I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 181 | Ano I

O Brasil e a EU - União Europeia - reafirmaram nesta segunda-feira em Bruxelas, seu compromisso com a conclusão de um acordo entre o bloco europeu e o Mercosul e com a Rodada de Doha da OMC, por ocasião de uma visita à capital belga do chanceler brasileiro, Celso Amorim. Foto: Dominique Faget/AFP
Bruxelas/Bélgica
Brasil e UE reafirmam em Bruxelas compromisso com Mercosul e Rodada de Doha
O Brasil e a União Europeia (UE) reafirmaram ontem, dia 23/3, em Bruxelas, seu compromisso com a conclusão de um acordo entre o bloco europeu e o Mercosul e com a Rodada de Doha da OMC, por ocasião de uma visita à capital belga do chanceler brasileiro, Celso Amorim. Amorim, que também viajará à Holanda e a Cabo Verde, se reuniu na segunda-feira, com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e com a comissária europeia para as Relações Exteriores, Benita Ferrero Waldner, para tratar de questões bilaterais e de assuntos relacionados à política internacional. "Ressaltamos a importância de um acordo entre o Mercosul e a UE, e de continuar o diálogo para avançar rapidamente neste sentido. Também falamos da Rodada de Doha, que está passando por um momento complicado mas da qual não vamos desistir", declarou Amorim depois da reunião com Ferrero Waldner. "Existe um consenso entre o Brasil e a UE sobre o fato de que a Rodada de Doha deva ser concluída", acrescentou. "Há dificuldades políticas, mas também motivações de natureza política para a conclusão da Rodada de Doha. Não chegaremos a lugar nenhum se continuarmos a nos focalizar em nossas pequenas desavenças. Ao contrário, se os líderes se concentrarem no que realmente importa para a economia mundial, haverá possibilidades reais de progresso", analisou. Lançadas em 2001, as negociações da Rodada de Doha da OMC - Organização Mundial do Comércio - continuam paralisadas por fortes divergências entre os países ricos e as nações emergentes e em desenvolvimento. Já as negociações para um acordo de livre-comércio entre a UE e o Mercosul, estão paralisadas desde 2004 por desavenças nos setores da agricultura e dos serviços e bens industriais. Estas discussões dependem em grande parte do sucesso da Rodada de Doha. Na quinta-feira passada, os EUA e a UE defenderam em comunicado conjunto a finalização "o quanto antes" da Rodada de Doha, e conclamaram os países a combater o protecionismo. Entretanto, e apesar destas declarações de boa vontade, Amorim frisou que "não foi marcada uma data" para uma eventual retomada das discussões na OMC, após o fracasso da conferência ministerial de julho de 2008 em Genebra. (Agence France Presse/AFP)


Washington/EUA
Comércio global deve recuar 9% em 2009
O comércio mundial deverá recuar 9% em 2009 sob o efeito da recessão, a maior queda desde a Segunda Guerra Mundial, segundo as últimas previsões da OMC - Organização Mundial do Comércio - divulgadas ontem, dia 23/3. "A derrubada da demanda mundial, gerada pela maior recessão econômica observada em décadas, levará a uma queda do volume das exportações de aproximadamente 9% em 2009", destacaram os economistas da OMC. A atual contração "não tem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial", acrescentaram. Seria ainda a primeira vez que o volume de comércio entre os países cairia desde 1982. Segundo o relatório, o comércio entre os países desenvolvidos cairão ainda mais, em aproximadamente 10%. Porém, quem sofre mais com a situação são os países mais pobres, que dependem mais das receitas provenientes das exportações. "Por pelo menos 30 anos o comércio tem tido uma importante crescente na atividade econômica, com o crescimento do comércio muitas vezes sendo maior do que o crescimento da produção", disse o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy. "O empobrecido dos fundos disponíveis para financiar o comércio tem contribuído para o declínio significativo nos fluxos comerciais, em especial nos países em desenvolvimento." (Agence France Presse/AFP)



São Paulo/SP
Dieese afirma que sem crise Brasil teria perdido 350 mil empregos em dezembro
Por conta do agravamento da crise econômica mundial e o reflexo mais intenso dos problemas no Brasil, o mercado de emprego formal no País perdeu
650 mil vagas em dezembro do ano passado, o pior resultado em dez anos. Caso não houvesse a crise, ainda assim haveria perda, mas da ordem de 350 mil vagas, aponta análise do Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. O Dieese destaca que dezembro é, tradicionalmente, um mês do ajuste geral do emprego no mercado de trabalho. Por "ajuste geral" entende-se um processo generalizado de demissões de trabalhadores, que atinge quase todos os setores da atividade econômica e regiões geográficas do País. "A análise da movimentação do mercado formal de trabalho brasileiro indica, claramente, que o mês de dezembro é, em todos os anos, um mês de ajuste geral da mão-de-obra no mercado de trabalho brasileiro", afirma a entidade em nota técnica elaborada sobre dados já divulgados pelo Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - e da Rais - Relação Anual de Informações Sociais -, um tipo de censo anual do mercado formal de trabalho. Porém, dezembro de 2008 foi atípico, com "ajuste sazonal" mais pesado em função da queda do processo produtivo e decisões estratégicas relativas ao volume de emprego, em função das quedas nas expectativas do mercado. "Seguindo a tendência corrente, era de se esperar que, em dezembro de 2008, o fechamento de vagas pelo 'ajuste geral' atingisse cerca de 350 mil empregos. Entretanto, foram fechadas 655 mil vagas de trabalho com carteira assinada, quase dobrando negativamente o resultado sobre o ano anterior", destaca o Dieese. Apesar da queda em dezembro - mês que "pode ser considerado o mês do início da crise capitalista sobre o mercado de trabalho" -, o Dieese afirma que "o saldo anual foi ainda bastante significativo, com crescimento de 5,1% sobre o saldo de 2007, determinando o acréscimo de quase um milhão e meio de vagas". A entidade destaca ainda, que de novembro a fevereiro, houve uma queda de 2,3% nos empregos formais, o que corresponde a cerca de 750 mil trabalhadores. "Com base no resultado do ano passado, estima-se que o mercado formal brasileiro projetado pela Rais-2008 será superior a 39 milhões de empregos formais, dentre os quais cerca de 31 milhões de trabalhadores serão celetistas da iniciativa privada e contratados pelos órgãos públicos", afirma o Dieese. (Agência Estado)



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INDICADORES ECONÔMICOS


Brasília/DF – Da redação
Economistas preveem crescimento de 0,01% do PIB e inflação abaixo da meta em 2009
Os economistas ouvidos pelo Banco Central reduziram a previsão de crescimento da economia brasileira neste ano de 0,59% para 0,01%, de acordo com a pesquisa semanal Focus, do Banco Central. Essa é a segunda revisão da estimativa realizada após a divulgação do PIB - Produto Interno Bruto -, soma das riquezas produzidas no país, do quarto trimestre do ano passado, que teve uma queda de 3,6% em relação ao trimestre anterior. Há quatro semanas, a previsão estava em 1,5%. Na semana passada, o próprio governo revisou sua meta de 3,5% para 2%, ao divulgar os novos números do Orçamento, que incluíram também uma queda de R$ 48 bilhões nas receitas. A pesquisa também mostra uma piora na previsão para o desempenho da indústria neste ano, de -1,59% para -2%.
Inflação na meta e juros
Com a desaceleração da economia, os economistas também passaram a apostar que a inflação ficará abaixo da meta de 4,5% para 2009. A expectativa para o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo -, que serve como meta para o BC, caiu de 4,52% para 4,42%. Também cresceu a estimativa para a queda dos juros. De acordo com a pesquisa, a taxa básica de juros (Selic) deve cair para 9,25% ao ano até o final de 2009. A previsão anterior era de um corte para 9,75% ao ano. Há duas semanas, o Copom - Comitê de Política Monetária do Banco Central - reduziu a taxa básica de juros de 12,75% para os atuais 11,25% ao ano. A redução nas previsões para inflação e juros foi influenciada pela divulgação da ata do Copom na semana passada. No texto, o BC indica que já trabalha com uma expectativa de inflação abaixo da meta para esse ano, o que dará um "espaço adicional" para o corte dos juros.
Outros indicadores
Em relação a outros índices de inflação, a expectativa do mercado para o IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - caiu de 3,69% para 3,18%; o IGP-M - Índice Geral de Preços – Mercado - passou de 3,45% para 3,17%. O IPC - Índice de Preços ao Consumidor - da Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômica -, de 4,35% para 4,30%. A previsão para o dólar no fim deste ano ficou em R$ 2,30. Para o saldo da balança comercial, passou de US$ 13 bilhões para US$ 13,02 bilhões. A expectativa para o déficit em conta corrente neste ano subiu de US$ 24,50 bilhões para US$ 24,70 bilhões. A estimativa de investimentos estrangeiros diretos ficou em US$ 22 bilhões. A previsão para a relação dívida/PIB passou de 36,4% para 36,5%.

São Paulo/SP – Da redação
Alimentos ficam mais caros

O IPC-S - Índice de Preços ao Consumidor Semanal -, medido pelo Ibre - Instituto Brasileiro de Economia - da FGV - Fundação Getulio Vargas -, atingiu 0,46%, na terceira semana de março. O resultado é 0,09 ponto percentual superior ao da pesquisa anterior (0,37%). Dos sete grupos pesquisados, quatro aceleraram, sendo o de alimentos o que mais pressionou a taxa, com um avanço de 0,73%, ante 0,37%. Os produtos alimentícios que mais subiram foram frutas (de 1,83% para 3,72%), hortaliças e legumes (de 2,42% para 4,13%) e pescados frescos (de 1,55% para 2,65%). No período, o grupo vestuário foi o único a apresentar variação negativa (-0,05), mas já em processo de recuperação de preços, uma vez que, na pesquisa anterior havia registrado deflação de 20%. De acordo com a análise técnica do Ibre/FGV, o motivo para essa aceleração foi o reajuste médio dos calçados, que ficaram 0,64% mais caros, ante uma taxa anterior de 0,12%. Em despesas diversas ocorreu alta de 0,37%, ante 0,16%. A principal causa foi o aumento de preços do cigarro em 0,41%. Na pesquisa anterior, encerrada em 15/3, a cotação do produto no mercado estava estável. O outro grupo que teve aceleração foi habitação, passando de 0,33% para 0,36%. Nesse caso, a alta foi puxada pelo aumento verificado em serviços de reparos, que ficaram 0,67% mais caros, ante 0,50%. Os três grupos que registraram desaceleração foram transportes, com 0,36% ante 0,58%; educação, com 0,14% ante 0,30%; e saúde e cuidados pessoais, com 0,61% ante 0,65%. (Fonte: FGV)


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

São Paulo/SP
Ibovespa tem 2ª maior alta do ano com plano de Geithner
Os investidores gostaram do detalhamento do plano do Tesouro dos EUA para limpar ativos tóxicos do mercado e foram às compras. As Bolsas de Valores subiram em todo o globo, sendo que a Bolsa brasileira voltou ao nível do início do mês passado, com poucas ações do índice Bovespa (Ibovespa) em baixa. Embora ainda precisem sentir na prática como isso vai funcionar, os investidores resolveram dar um voto de confiança ao plano.
- O Ibovespa avançou 5,89% ontem, maior alta percentual desde 2/1 deste ano (7,17%). Fechou nos 42.438,55 pontos, o mais alto patamar desde os 42.755,50 pontos do dia 6/2. Durante a sessão, oscilou dos 40.077 pontos (estabilidade) na mínima até os 42.509 pontos (6,07%) na máxima. Com o desempenho desta segunda-feira, passou a acumular alta de 11,15% no mês e de 13,02% no ano.
- O giro financeiro somou R$ 4,771 bilhões.
Análise - O plano de Geithner prevê a limpeza de US$ 500 bilhões de ativos lastreados por hipotecas problemáticas e outros de risco, montante que pode subir até US$ 1 trilhão. Chamada de Programa de Investimento Público-Privado, a proposta prevê que Tesouro dos EUA, Federal Reserve e FDIC - Corporação Federal de Seguro de Depósito - trabalhem em conjunto com investidores privados para tentar reiniciar o mercado para esses ativos problemáticos. Para incentivar o setor privado a participar do programa, o FDIC dará garantia à maior parte do financiamento para a compra dos ativos. Porém, não se sabe até quando esse entusiasmo de ontem vai durar, já que, segundo ele, esse pacote reforça o já elevado montante de recursos injetado no sistema, ampliando os riscos de inflação. Isso sem considerar que alguém vai pagar a conta, pois a inflação é o maior risco assim que o dinheiro desembolsar.


Nova Iorque/EUA
Bolsa de NY encerra com a maior alta desde outubro
O mercado de ações norte-americano teve a maior alta desde outubro na segunda-feira, impulsionado pelo novo plano da administração do presidente Barack Obama, para livrar os balanços dos bancos dos ativos podres e um dado melhor que o esperado de vendas de imóveis residenciais usados - que gerou esperanças de que a economia possa estar se estabilizando. As ações de bancos - como o Bank of America - e de companhias sensíveis aos ciclos econômicos - como a Alcoa - lideraram os ganhos do Dow Jones.
- O índice Dow Jones subiu 497,48 pontos, ou 6,84%, e fechou em 7.775,86 pontos. Esta foi a maior alta em percentual desde 28/10 e o índice ainda fechou no melhor nível desde 13/2.
- O Nasdaq subiu 98,50 pontos, ou 6,76%, e fechou em 1.555,77 pontos - maior alta percentual desde 10/3.
- O NYSE Composite avançou 54,38 pontos, ou 7,08%, e fechou em 822,92 pontos.
- O S&P-500 avançou 54,38 pontos, ou 7,08%, e fechou em 822,92 pontos - nível mais alto desde 13/2 e maior alta desde 28/10. O S&P-500 agora acumula uma alta de 22% sobre a mínima em 12 anos e meio, registrada em 9/3, com 677 pontos, o que representa tecnicamente, um mercado com tendência de alta. No entanto, o S&P-500 já registrou um ganho similar entre 20/11 e 6/1, que depois foi apagado.
Análise - Para alguns analistas, o plano do Tesouro ataca o coração dos problemas para o sistema financeiro: os temores com relação à solvência dos bancos por causa dos balanços abarrotados de ativos que ninguém quer comprar. Ao criar um mercado para aqueles ativos, o plano pode ajudar os bancos a liberar mais capital para empréstimo. Em combinação com outros programas do Federal Reserve e do Tesouro, o plano pode "estimular" o sistema financeiro, a economia e, certamente, o mercado de ações. Um analista observou que a reação positiva do mercado de ações reflete ainda, a leitura de que o plano favorece o investidor privado, que tem apenas de responder por cerca de 7% do total de qualquer transação. Contudo, outros analistas foram menos confiantes. "O plano é uma recauchutagem do que já vimos antes e ainda não resolve a questão de como avaliar os ativos podres", disse Stephen Leeb, presidente da Leeb Capital Management, para o CNNMoney.com.
Reação das Ações - As ações do Bank of America - que possui pesada exposição em bônus hipotecários "tóxicos" e outros ativos após a aquisição do Merrill Lynch - dispararam 26,01% e lideraram os ganhos no Dow Jones. As ações do JPMorgan avançaram 24,67%, enquanto as do Citigroup fecharam em alta de 19,47%. Fora do setor financeiro, as ações da Alcoa subiram 13,15%. A alta do petróleo deu suporte às ações de energia: Chevron ganhou 6,86% e ExxonMobil, 6,72%. No setor industrial, Caterpillar avançou 9,46% e Boeing fechou em alta de 9,06%
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Londres/Inglaterra
Bolsas da Europa fecham em alta com plano dos EUA
Os principais índices do mercado de ações europeu terminaram em alta, impulsionados pelo anúncio dos detalhes do plano do Departamento de Tesouro dos EUA para retirar ativos tóxicos do sistema financeiro. O índice pan-europeu Dow Jones Stoxx 600 subiu 2,98%, para 177,73 pontos.
- Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 subiu 109,96 pontos, ou 2,86%, para 3.952,81 pontos.
- Em Frankfurt, o índice Xetra-DAX avançou 107,63 pontos, ou 2,65%, para 4.176,37 pontos.
- Na Bolsa de Paris, o CAC-40 teve alta de 78,43 pontos, ou 2,81%, para 2.869,57 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 teve ganho de 242,30 pontos, ou 3,14%, para 7.952,30 pontos.
Análise 1 - As atenções dos investidores europeus ontem, estavam voltadas para Washington, após o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, anunciar os detalhes de um plano para retirar ativos tóxicos do sistema financeiro. As ações de bancos e outras instituições do setor subiram. O HSBC Holdings avançou 12,6%, o ING Group teve alta de 17,32% em Amsterdã e o Commerzbank, ganhou 9,45% em Frankfurt. "O setor bancário provavelmente é o único negócio verdadeiramente mundial", disse Heino Ruland, da Ruland Research. "Se começarmos a resgatar o maior mercado de crédito do mundo, as pessoas acreditarão que outras ações serão tomadas em outros mercados." Ele acrescentou que o rali nos papéis de bancos está perto do fim, argumentando que há dúvidas sobre a rentabilidade das instituições financeiras no futuro por conta de seus novos modelos de negócio.
Análise 2 - Segundo Jon Peace, analista do grupo financeiro Nomura, também pesa sobre os bancos o risco de que o plano do governo norte-americano pode acelerar as baixas contábeis e aumentar a necessidade de levantar capital. Ele apontou o Barclays, o Deutsche Bank e o UBS, como os mais expostos a este risco. Em outros setores, as ações de mineradoras tiveram uma sessão forte. A Rio Tinto subiu 13,02% e a Lonmin, 11,92%.


HOJE – Bolsas da Ásia
Bolsas da Ásia fecham em alta impulsionadas por plano americano
As principais Bolsas da Ásia fecharam em forte alta nesta terça-feira, dando continuidade à escalada dos últimos dias e refletindo os ganhos das Bolsas americanas, que subiram ontem impulsionadas pelo anúncio do plano dos EUA de retirar papéis "podres" dos balanços dos bancos.
- O índice Nikkei 225, da Bolsa de Valores do Japão, subiu 3,3% para fechar em seu nível mais alto em dois meses e meio, 8.488 pontos. Bancos como o Mizuho Financial Group e o Mitsubishi Financial Group lideraram os ganhos. Empresas exportadoras, que subiram apoiadas numa desvalorização do iene, também contribuíram para o bom resultado.
- Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em alta de 3,44%, aos 13.910 pontos. As ações do HSBC, que se apoiou na alta global de papéis bancários, lideraram a subida.
- Na China, o índice Shangai Composite teve alta de 0,6% e alcançou os 2.338 pontos.
- Na Coreia do Sul, o índice Kospi subiu 1,8% e chegou aos 1.221 pontos.
- Em Taiwan, o índice Taiex fechou em alta de 2,3%, atingindo os 5.242 pontos.
- Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 também subiu (0,8%), alcançando 3.580 pontos.

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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo/SP e Brasília/DF
Investidores ainda fogem da poupança
Em meio à discussão sobre os riscos de os investidores migrarem dos fundos para a caderneta de poupança, devido à maior atratividade da aplicação, o que se vê hoje no mercado é outra realidade. Tanto neste mês quanto no acumulado do ano, a poupança sofre com saques de recursos, enquanto os fundos atraem investidores. Em março, até o dia 16, a poupança registra saques líquidos de R$ 884 milhões, sendo, por enquanto, o mês mais fraco desde abril passado. No ano, a captação líquida (diferença entre saques e aplicações) está negativa em aproximadamente R$ 620 milhões, segundo dados do Banco Central. Ao menos por enquanto, os fundos ainda mantêm a preferência dos investidores. No ano, o mercado de fundos registra captação positiva de R$ 9,49 bilhões. No mês, até o dia 16, a entrada de recursos nos fundos alcança R$ 4,61 bilhões. "Mas vejo uma ameaça de migração de recursos dos fundos para a poupança em um futuro próximo. Como se espera que a taxa Selic prossiga em queda, os ganhos dos fundos vão encolher e diminuir sua competitividade em relação à poupança. Se isso não começou a ocorrer ainda, o risco é eminente", diz Mauro Calil, professor e educador financeiro.
Menor retorno histórico
A poupança teve em fevereiro um de seus menores retornos da história. Com rentabilidade de 0,545%, aproximou-se de sua mínima histórica, os 0,524% pagos em fevereiro do ano passado. Naquele período, o governo fez exatamente o inverso do que se espera que faça agora: tomou medidas para garantir que os ganhos da poupança fossem de ao menos 0,5% ao mês. Como a poupança tem esse piso de 0,5% ao mês e os fundos, não, o impacto da continuidade da queda da taxa básica de juros não poderá ser evitado. Um dos grandes problemas enfrentados pelos fundos é a cobrança de IR e de taxa de administração, que não incidem sobre a poupança. Ou seja, a rentabilidade líquida dos fundos - computada após os descontos de taxas e impostos - pode ficar abaixo do que é oferecido pela poupança em breve. Apenas a taxa de administração consome uma parcela que pode ser bem elevada do retorno de um fundo. Essa taxa costuma oscilar entre 1% e 4% anuais. Com os juros a 10% (ou menos que isso) daqui a alguns meses, como projeta o mercado, o impacto da taxa de administração vai ser ainda maior. "O pequeno investidor não se preocupa muito com essas contas. Mas os grandes, sim. E o problema vai surgir quando esses grandes aplicadores resolveram trocar os fundos pela poupança", afirma Calil.
Migração desembestada
Uma migração desembestada dos fundos para a poupança não interessa nem aos bancos nem ao governo. Para os bancos, uma das perdas viria da diminuição dos ganhos com taxa de administração. Para o governo, os fundos são importantes por serem grandes compradores de títulos públicos. "Quando a taxa Selic estava em 12,75%, os fundos ainda mantinham-se mais atrativos que a poupança. Mas com a taxa básica nos atuais 11,25%, a situação começa a mudar. O governo está correto em se preocupar e buscar uma maneira de mexer com a rentabilidade da poupança", avalia a consultora de investimentos Márcia Dessen, da Bankrisk. Com a taxa Selic em 11,25% ao ano, os fundos DI ou de renda fixa que cobram uma taxa de administração acima de 2%, já começam a perder para a poupança. Segundo uma simulação feita pelo economista José Dutra Vieira Sobrinho, atualmente o rendimento da caderneta está em 0,58% ao mês, enquanto um fundo que cobre taxa de administração de 2,5% oferece retorno de apenas 0,55%. A comparação considera que incide sobre a rentabilidade do fundo a cobrança de 20% de IR. Caso a Selic caia para 10,25% ao ano, no próximo mês, quando o Copom volta a se reunir, só fundos com taxa de administração de, no máximo, 1% continuariam ganhando da caderneta. (Agências Brasil e Estado)


Tóquio/Japão
Maior banco do Japão vai demitir mil empregados e fechar 50 agências
O Mitsubishi UFJ, maior banco do Japão em ativos, anunciou ontem, 23/3, que demitirá mil empregados e fechará 50 filiais nos próximos três anos, dentro de um processo de fusão iniciado há mais de três anos. Um porta-voz do banco disse à agência de notícias Efe, que a reestruturação já estava prevista na fusão do grupo Mitsubishi Tokyo Financial e a sociedade UFJ Holdings, efetiva em outubro de 2005. Atualmente, o banco tem 670 filiais e cerca 33 mil empregados. No último trimestre, ele sofreu o primeiro prejuízo líquido de sua história, perdendo 134,1 bilhões de ienes (US$ 1,3 bilhão) entre outubro e dezembro. (Agência Efe)


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INDÚSTRIA


São Paulo/SP
Perdigão registra prejuízo de R$ 20 milhões no 4º trimestre
A Perdigão registrou prejuízo de R$ 20 milhões no quarto trimestre do ano passado, ante um lucro de R$ 98 milhões registrados no mesmo período de 2007. Desconsiderando as parcelas amortizadas de ágio, a empresa teria tido um lucro de R$ 8 milhões no mesmo intervalo. No ano, a empresa obteve um ganho de R$ 54 milhões, representando queda de 83% na comparação com 2007. Também pelo mesmo critério de desconto do ágio, o lucro anual ajustado foi de R$ 155 milhões. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações), de R$ 465 milhões, foi recorde no último trimestre de 2008, com alta de 93% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. A margem Ebitda, uma medida de rentabilidade, passou de 12,5% para 15,2%, na mesma comparação. No ano, o Ebitda ficou em R$ 1,159 bilhão, o que representa aumento de 44% em relação a 2007. A receita líquida da Perdigão no quarto trimestre foi de R$ 3,058 bilhões, valor 59% maior que o do mesmo período do ano anterior. (Agência Estado)


São Paulo/SP
Sadia inaugura sua primeira fábrica no Nordeste
A fábrica de embutidos da Sadia inaugurada ontem, 23/3, no município de Vitória de Santo Antão, a 50 quilômetros de Recife/PE, deve gerar uma receita adicional de R$ 390 milhões por ano à companhia, segundo informações da assessoria da companhia. A capacidade de produção da unidade, que recebeu R$ 300 milhões em investimentos, é de 147 mil toneladas de embutidos por ano, como mortadela, apresuntado, salsicha, linguiça cozida e lanche. Quando estiver operando em plena capacidade, a fábrica deverá gerar 1,5 mil empregos diretos e 4 mil indiretos, conforme a empresa. Essa é a primeira unidade da Sadia na Região Nordeste. A companhia já possui um centro de distribuição em Recife que abastece todos os Estados do Nordeste, com exceção de Bahia e Sergipe. Com a instalação da nova fábrica, a Sadia projetou a construção de um novo centro de distribuição em Pernambuco, com 16,5 mil m². A fábrica inaugurada ontem, pela Sadia, é a primeira do setor de carnes do Brasil a neutralizar 100% das emissões de carbono. (Agência Estado)

Bento Gonçalves/RS – Da redação (Porto Alegre)
Grupo Amazonas leva tecnologia para setor moveleiro na FIMMA 2009
A tecnologia, sustentabilidade e inovação dos produtos para o setor moveleiro do Grupo Amazonas podem ser conferidos, de ontem, 23/3, até dia 27/3, na FIMMA Brasil 2009. No stand, a empresa apresenta as linhas inovadoras de adesivos para o segmento de móveis, como os termoplásticos - Hot Melt e PSA-, e as já consagradas: linha base solvente e adesivos base água. Entre os destaques está o Anti Chama, um adesivo base solvente que contribui na segurança das empresas, com tecnologia revolucionária contendo base solvente "não inflamável". Líder nos mercados em que atua, a Amazonas há 62 anos, atende aos setores calçadista, moveleiro, embalagens, gráfico, automobilístico e construção civil e auditado pela certificação ISO 9001. A empresa, com sede-matriz em Franca/SP, atua também, em todo território nacional e em mais de 58 países. Neste ano, a Amazonas concorre ao Prêmio Inovação FIMMA, na categoria matéria-prima, com o adesivo Spray Flex MAIS. Primando pela sustentabilidade, o produto destaca-se por ser um adesivo base água, para a colagem de espumas, resultando em menos danos ao meio ambiente e mais qualidade de vida a quem realiza a sua aplicação. As vantagens estendem-se também, ao maior aproveitamento de matérias-primas e à maximização do tempo e da mão-de-obra. Na edição anterior do prêmio, a Amazonas foi vencedora com a versão anterior do adesivo SPRAY FLEX, com aplicação de dois lados na espuma, o que mostra a superação em desenvolver sempre novos produtos e novas tecnologias.

São Paulo/SP – Da redação
Indústria da carne suína sofre com baixos preços do mercado
As vendas no primeiro bimestre deste ano registraram preço 13,78% mais baixo, em relação aos dois primeiros meses em 2008. Outro fator que contribui para a apreensão dos produtores de carne de porco é a ausência de abertura de novos mercados no planeta. Os principais destinos da carne suína brasileira em janeiro e fevereiro foram Rússia, Hong Kong, Cingapura, Angola e Argentina, tradicionais compradores da mercadoria. A crise econômica global, de acordo com o presidente da Abipecs - Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína -, Pedro de Camargo Neto, afetou fortemente a oferta de crédito no Brasil e, assim, tem prejudicado o desempenho do segmento. “As empresas estão enfrentando dificuldades para contratar recursos, seja para o financiamento de operações de exportação ou para financiar a produção em toda a cadeia produtiva, que vai dos leitões, dos insumos, da ração e da industrialização até os estoques”.
Apesar da queda de preço, as exportações de carne suína surpreenderam de maneira positiva no último mês. Segundo Camargo, o País embarcou 46 mil toneladas neste período, um aumento de 16,74% em relação a 2008. Mas a indústria suína salienta, que nem sentiu o impacto desse crescimento devido aos preços que não remuneram suficientemente a cadeia produtiva nacional. De acordo com o presidente da Abipecs, o fato das exportações continuarem concentradas nos mesmos países, devido ao Brasil não conseguir formular novos acordos comerciais, faz com que o setor fique dependente da demanda do mercado desses poucos compradores. O Governo Federal, segundo Camargo, não tem obtido sucesso em viabilizar as vendas de carne de porco para o exterior. "A missão do Ministério da Agricultura, realizada em fevereiro na África do Sul, não obteve resultados concretos, postergando mais uma vez a abertura desse importante mercado, inexplicavelmente fechado desde o foco de febre aftosa em bovinos em Eldorado/MS". Entre os países que visitaram recentemente o Brasil, as Filipinas geram grande expectativa. No entanto, o país asiático ainda não liberou os resultados das inspeções veterinárias que executou. Segundo Camargo, os suinocultores também vivem a expectativa de que o Brasil feche acordo comercial com a China. O objetivo, explica, é sempre acrescentar novos países à lista de compradores. "A crise nos obriga a trabalhar mais na busca de novos mercados e a agilizar esse processo".


Curitiba/PR - Da redação
Leão lança mate em lata pronto para beber
A Leão, principal fabricante de chá do País, traz ao mercado o chá mate pronto para beber em latinhas de 335 ml nos sabores, natural e limão, ampliando as opções da marca, que oferece seus produtos em copos de 300 ml e garrafas PET de 330 ml, 500 ml e 1,5 l. Com a nova opção, a Leão avança em sua estratégia de facilitar o acesso à bebida em diversas ocasiões do dia-a-dia. O chá Matte em latinhas traz a vantagem de que a bebida gela mais rápido em função do material da embalagem. O lançamento faz parte das novidades da empresa para o verão 2009, em que toda a linha chega ao mercado com uma nova identidade visual. A versão em lata pode ser encontrada nos principais supermercados de Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba/PR.


São Paulo/SP – Da redação
Famastil Taurus lança selo de proteção ambiental em seus produtos
A proteção ambiental é um dos principais aspectos que a gaúcha Famastil Taurus levará para a edição 2009 da Feicon, maior feira da indústria da construção civil, que acontece em São Paulo, a partir de ontem, dia 23/3. Detentora de 30% do mercado de ferramentas para construção civil no Brasil e uma das 10 principais empresas de ferramentas da América Latina, a companhia apresentará sete novos itens que não agridem o meio ambiente. Principal fornecedora de martelos para o mercado nacional, a Famastil lançará diferentes modelos para uso doméstico ou profissional, que vêm em cabo de fibra de vidro, deixando para trás a utilização da madeira. Além de mais resistentes e duráveis, os produtos têm cabo emborrachado, proporcionando maior conforto ao usuário. Além de martelos, serão apresentados marretas, machados e picaretas, também com o selo de proteção ambiental. “A preocupação com a natureza é uma das nossas políticas mais importantes, reconhecida em todos os mercados que atuamos no mundo”, explica o Diretor de Marketing da empresa, Giuliano Tissot. Conforme ele foi pensando nisso que a empresa criou uma linha de produtos para levar ao consumidor conceitos que o façam refletir sobre as preocupações com o bem-estar do planeta. Outra linha que traz esse perfil é a de colher de pedreiro inteiriça. Os produtos são forjados em uma só peça, que além de minimizar a utilização de recursos naturais, como energia e outras matérias primas, têm garantia de maior durabilidade. “Nosso objetivo é proteger o meio ambiente já no estágio da manufatura, onde os recursos são racionalizados o máximo possível”, explica Giuliano. (Fonte: Due Company)


Caxias do Sul/RS – Da redação (Porto Alegre)
Safra 2009 do Suco de Uva Salton já está no mercado
Engarrafado ainda durante a safra, para preservar as características de frescura, cor e aroma, o Suco de Uva Salton 2009 já começa a chegar ao mercado. A elaboração, que deve estar concluída ainda nesta semana, irá resultar num total de 2,2 milhões de garrafas à disposição do consumidor. No ano passado, mais de 43,4 milhões de litros de suco elaborados no Rio Grande do Sul foram comercializados no Brasil e no exterior, um incremento de 15,56% em relação a 2007 e de 144,15%, quando comparado a 2003. Os benefícios do produto para a saúde, especialmente com efeitos de antienvelhecimento e contra o câncer, aparecem como os principais motivos para os altos números. No caso do Suco de Uva Salton, o sabor é outro diferencial. Natural e integral, sem adição de açúcar ou de conservantes, o produto é elaborado com 100% de uvas americanas (Isabel e Concord). Apresenta tonalidade púrpura e aromas que remetem a frutas vermelhas e de compota. Na boca, a sensação é intensa de fruta fresca com boa acidez e açúcar equilibrado. A qualidade do Suco de Uva Salton já rendeu à vinícola alguns destaques, como a distinção no Guia Quatro Rodas em degustação às cegas, quando foram avaliados sucos naturais de sete vinícolas do RS, principal Estado produtor da bebida. (Fonte: Enter Comunicação)


Porto Alegre/RS – Da redação
Incoterm lança nova estratégia de marketing para atingir público infantil
A Incoterm, maior indústria de termômetros da América Latina, criou uma campanha direcionada ao segmento infantil. A estratégia da empresa será apresentar ao mercado, durante a Abradilan Farma 2009, considerada a maior feira brasileira do setor farmacêutico, que acontecerá em Florianópolis, a partir desta quarta-feira, 25/3, até 27/3. Durante o evento, a empresa vai destacar o material gráfico elaborado para a linha infantil. Exemplo disso será a apresentação da nova embalagem do termômetro clínico digital Flex Term. Com haste flexível, o aparelho torna-se mais confortável durante seu uso, podendo ser utilizado facilmente também em crianças. O Flex Term tem design exclusivo e corpo emborrachado. Tem a vantagem de ser à prova d’água e emite sinais sonoros ao final de cada aferição, para temperatura febril ou normal. Sua faixa de medição varia entre 32º C e 42º C, com precisão centesimal, o que torna a medição ainda mais precisa. Entre as dezenas de itens que serão apresentados na Feira, outro que chama a atenção do consumidor pela eficiência e praticidade é o termômetro Infraterm. O aparelho emite um sinal infravermelho, que mede a temperatura de superfícies. Basta direcionar o aparelho ao objeto a ser medido e, em menos de um segundo, a temperatura aparecerá no visor. O termômetro é ideal para medir temperatura da mamadeira ou da papinha do bebê, por exemplo. Outro destaque será o lançamento de mais uma cor do termômetro digital para banho, em formato de caranguejo. Agora, além de dispor do produto nas cores amarelo, laranja, azul, a Incoterm tem a opção rosa para combinar com o estilo da mamãe e do bebê. A novidade controla a temperatura da água do banho e é ideal para o conforto da criança, evitando riscos de queimaduras. A apresentação da empresa e de seus produtos, virão acompanhados do lançamento de novos conceitos ilustrando a estratégia de marketing da Incoterm. “A Incoterm Cuida da Minha Saúde”, “A Incoterm Cuida do Nosso Planeta” e “A Incoterm Acompanha a Trajetória de sua Marca” são os conceitos explorados durante a Feira. (Fonte: Due Company)


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AGRONEGÓCIOS


Brasília/DF
Brasil busca a sua autossuficiência em trigo
Cerca de 10% das exportações argentinas ao Brasil podem evaporar até meados da próxima década. Diante da incerteza sobre as safras de trigo e sobre a capacidade argentina de exportação do produto, o governo brasileiro decidiu impulsionar a produção no cerrado, tendo a autossuficiência como meta. Na próxima semana, o Ministério da Agricultura vai anunciar um pacote de estímulo ao plantio, que prevê o aumento entre 10% e 15% no preço mínimo do cultivo de trigo da região. Em quatro anos, o governo espera que a colheita de trigo no País alcance sete milhões de toneladas - 70% do consumo nacional. "O trigo sempre foi usado pelo Brasil como moeda de troca para a indústria vender seus produtos para a Argentina, principalmente os da linha branca", disse Julio Cesar Albrecht, pesquisador da Embrapa Cerrados, sobre um dos pontos sensíveis do comércio bilateral entre Brasil e Argentina. "Agora, em médio e longo prazo, o governo aposta na expansão do trigo no cerrado."
A Embrapa Cerrados trabalha no melhoramento genético de sementes de trigo, para adaptá-las à região, desde os anos 70. Para a safra de 2006, duas novas sementes - BRS 254 e BRS 264 - mostraram-se produtivas. Em 2008, a semente BRS 254 permitiu uma colheita de 7,6 toneladas por hectare, e a BRS 264, de 6,5 toneladas por hectare. Na última safra, as lavouras da região se estenderam por 55 mil hectares, com uma produção de cerca de 500 mil toneladas. Além da alta produtividade, a produção no cerrado tem a vantagem de ser colhida na entressafra, em agosto, o que permite a venda por melhores preços.
A gritaria da Argentina, que perderá um negócio que rendeu US$ 1,264 bilhão em 2008, já é um custo calculado dessa estratégia. O Itamaraty está ciente de que, na medida em que a produção nacional aumente, terá de conter a reação do país vizinho - provavelmente, com compensações comerciais - para evitar prejuízos na consolidação do Mercosul. Qualquer cobrança, entretanto, será desproporcional. Na opinião de Silvio Porto, diretor de Logística e Gestão Empresarial da Conab- Companhia Nacional de Abastecimento -, a Argentina não terá problemas para colocar seu produto em outros mercados, uma vez que é esperada a redução da produção dos EUA nos próximos anos.
A diplomacia já acumula argumentos para apresentar a Buenos Aires. Desde a criação do Mercosul, em 1995, a Argentina conquistou o mercado cativo do Brasil, que passou a importar seu trigo com tarifa zero. A partir de 2008, essa oferta foi contaminada pelo risco de desabastecimento e induziu o governo a perseguir a substituição de importação do produto. O governo brasileiro recorreu à adoção de uma cota, com tarifa zero, para importar os grãos dos EUA. Neste ano, a ameaça voltou com as retenções de guias de exportação pela aduana argentina e a quebra da safra. (Agência Estado)


Porto Alegre/RS – Da redação
Colheita das lavouras de soja no RS inicia lentamente
De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, estas áreas estão no Médio Alto Uruguai e nas Missões, e apresentam rendimentos ao redor dos 2.000 kg/ha, abaixo do esperado como média para o Estado, que é de 2.258 kg/ha. A produtividade é prejudicada porque a maioria das lavouras é de ciclo precoce, semeadas mais cedo, e que atravessaram as fases de floração e formação de grãos em períodos de deficiência hídrica. Já as lavouras de ciclo médio e tardio, semeadas posteriormente, apresentam desenvolvimento e potencial melhor. Ainda na soja é significativo o percentual de lavouras em fase crítica quanto à disponibilidade de água, sendo fundamental a necessidade de umidade em níveis mais elevados que aqueles registrados nos últimos dias, para a fixação da produtividade nos níveis esperados. Além do 1% das lavouras colhidas, a soja está com 18% madura e por colher, 65% das áreas estão em enchimento de grãos, 14% estão em floração e 2% estão em germinação e desenvolvimento vegetativo. No milho, a colheita segue em ritmo normal, e alcança 43%. Outros 20% já se encontram maduros e podem ser colhidos sem problemas. A partir de agora, a colheita deverá ser menos intensa, pois os produtores tendem a dar mais atenção à soja que começa a ser colhida e tem um tempo menor para a retirada sem prejudicar a qualidade. O feijão da 2ª safra é outra cultura que tem encontrado boas condições para o seu desenvolvimento. À medida que aumenta o percentual de área colhida, que na semana chega a 3%, mais se firma a convicção de uma colheita acima das expectativas iniciais, com os produtores obtendo rendimentos acima dos 1.200 kg/ha em alguns casos. No feijão 2ª safra, 4% das lavouras estão maduras e por colher, 28% em enchimento de grãos, 28% em floração e 37% estão em germinação e desenvolvimento vegetativo. No arroz, a colheita também avançou, atingindo 27% do total da área cultivada. As lavouras colhidas seguem apresentando bons resultados, com produtividade oscilando entre 6,5 mil kg/ha e 7 mil kg/ha, e bom rendimento de engenho. O que não tem agradado aos produtores é a constante diminuição nas cotações do grão, dada a oferta cada vez maior. Durante a semana, o preço da saca de 50kg variou entre limites de R$ 27 e R$ 31, dependendo da praça. O preço médio pago ao produtor ficou em R$ 28,96, representando uma diminuição de 1,13%, em relação à semana passada. Uva – A colheita da cultura na maior região produtora do Brasil encaminha-se para o final. Faltando em torno de 5% da área cultivada para serem colhidos, o produto na região da Serra apresenta sanidade, coloração e teor de açúcar, razoáveis. As práticas culturais se resumem aos tratamentos foliares pós-colheita, feitos à base de cobre, no intuito de manter a sanidade das folhas e maturação dos sarmentos. Os produtores recebem em torno de R$ 0,30/kg da indústria pela variedade Isabella de boa qualidade. Pelo produto destinado ao consumo in natura, o valor é de R$ 1/kg. Na região da Campanha e Fronteira Oeste, as videiras viníferas encontram-se em fase final de colheita, alcançando boa qualidade. A estiagem ocorrida na região influenciou no teor de açúcar no produto, que chegou aos 22º Brix, considerados excelentes.

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SETOR AUTOMOTIVO


Frankfurt/Alemanha
Daimler vende fatia de 9% a fundo árabe por US$ 2,6 bilhões
A montadora alemã Daimler AG informou no fim de semana, que o fundo árabe Aabar Investments irá adquirir participação de 9,1% na companhia por 1,95 bilhão de euros em ações (US$ 2,64 bilhões), o que representa um desconto de 5% sobre o preço do fechamento da ação na última sexta-feira, dia 20/3. Dessa forma, o fundo do emirado Abu Dabi se tornará o maior acionista individual da empresa. A Daimler disse, por meio de um comunicado, que o investimento vai "fortalecer a base de capital da empresa e oferecer mais flexibilidade para investimento em novas tecnologias automotivas". A companhia irá emitir 96,408 milhões de novas ações registradas em troca dos recursos do fundo Aabar. Um aumento de capital já tinha sido aprovado pelos acionistas da empresa no ano passado. O valor da emissão é de 20,27 euros por ação. Na sexta-feira, dia 20/3, o papel da empresa fechou em 21,34 euros por ação na Bolsa de Frankfurt. O fundo Aabar Investments irá tomar o lugar de maior acionista da Daimler do Kuwait, até então o maior acionista da montadora e cuja participação cairá de 7,6% para 6,9%, após a emissão das ações. O presidente do Aabar, Khadem Al Qubaisi, disse que não descarta participar do conselho de supervisão da montadora alemã no futuro, mas atualmente não tem planos nesse sentido. "Não planejamos ficar envolvidos no dia-a-dia do negócio", afirmou. Ele reiterou que o investimento do Aabar na Daimler, "é de longo prazo". (Agência Dow Jones)

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VAREJO & COMÉRCIO


São Paulo/SP – Da redação
Iguatemi cresce quase 40% em 2008
O grupo Iguatemi, um dos maiores empreendedores de shopping centers do País, disse que no ano passado as vendas em seus centros de compras avançaram 14,1% em relação a 2007, para R$ 5,1 bilhões. A receita bruta cresceu 39,1%, atingindo R$ 213,5 milhões, em função das aquisições e das compras de participações. A empresa apresentou um Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado, foi de R$ 136,7 milhões, com expansão de 35,1% na comparação anual. A empresa investiu R$ 331,1 milhões em 2008 e fechou o ano com uma dívida líquida de R$ 4,6 milhões.

Nova Iorque/EUA
Blockbuster tem forte queda nos resultados
A rede americana de videolocadoras Blockbuster disse que suas vendas caíram para US$ 1,38 bilhão no quarto trimestre do ano passado, contra US$ 1,57 bilhão um ano antes. Os resultados foram prejudicados por uma semana a menos no final de 2008, fechamento de lojas, câmbio e menores receitas da locação via correios. Com isso, a empresa fechou o ano com um faturamento de US$ 5,29 bilhões, contra US$ 5,54 bilhões em 2007. Em mesmas lojas, porém, suas vendas subiram 6,4% nos EUA e caíram 0,4%, no exterior. A companhia fechou o exercício com um prejuízo de US$ 374,1 milhões, contra uma perda de US$ 73,8 milhões em 2007. A empresa se disse satisfeita com os resultados, mas pretende neste ano reduzir seus investimentos e focar o aumento da rentabilidade do negócio.

São Paulo/SP – Da redação
Lego encerra 2008 com crescimento acima das expectativas
Na contramão da crise, a Lego apresentou no Brasil um aumento de 8% nas vendas acima das projeções, acompanhando o resultado mundial da marca. Para a M.Cassab, representante da Lego no País, o resultado mostra que, mesmo com a chegada da crise financeira global, os pais optaram por produtos mais resistentes e educativos. Além disso, a marca garantiu um bom espaço nas gôndolas, graças a ações estratégicas. Todas as linhas da Lego apresentaram resultados de vendas satisfatórios. As linhas Batman e Star Wars, inspiradas no sucesso dos cinemas, também contribuíram para a marca alcançar os bons índices. Para este ano, a expectativa é de um crescimento de 20% nas vendas no Brasil.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Brasília/DF – Da redação
Balança comercial acumula saldo positivo de US$ 1,04 bilhão em março
A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 1,04 bilhão nas três primeiras semanas de março. O número é a diferença entre exportações de US$ 7,99 bilhões e importações de US$ 6,95 bilhões, registradas no período. Pela média diária, as exportações estão 15,5% abaixo do verificado em todo o mês de março do ano passado e no mesmo patamar, registrado em fevereiro de 2009. Já as importações apresentam retração de 20,3% em relação a 2008 e alta de 6,6%, na comparação com o mês passado. O saldo comercial no mês apresenta queda de 29,3% em relação a fevereiro e alta de 40,5%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Somente na terceira semana de março (dia 16 a 22), as exportações brasileiras somaram US$ 2,793 bilhões (média diária de US$ 558,6 milhões) e as importações US$ 2,174 bilhões (média diária US$ 434,8 milhões), desempenhos que garantiram um superávit de US$ 619 milhões.
Ano - No acumulado do ano, as exportações brasileiras acumularam US$ 27,360 bilhões, com média diária de US$ 506,7 milhões. Esse desempenho foi 20,7% menor que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 639 milhões). As importações totalizaram US$ 25,076 bilhões, com um desempenho médio diário de US$ 464,4 milhões, valor 22,2% inferior ao verificado no mesmo período do ano passado (US$ 596,7 milhões). O saldo comercial chegou a US$ 2,284 bilhões. Pelo critério da média diária, não houve variação em relação ao desempenho observado no mesmo período de 2008.

São Paulo/SP – Da redação
Exportadores promovem ações para incrementar comércio com a Rússia
Durante encontro realizado na sexta-feira passada, dia 20/3, na sede da Fiesp, em São Paulo, representantes de associações de exportação da área de carnes - como a ABEF - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos - e dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Agricultura e Relações Exteriores, além da Apex-Brasil, acertaram a realização de iniciativas estratégicas de forma a fomentar os negócios com a Rússia. As propostas incluem a realização de estudos mais aprofundados do mercado russo, com vistas ao aumento das exportações brasileiras e também, a abertura de um escritório da Apex-Brasil em Moscou, no que a ABEF e a ABIPECS - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carne Suína - se comprometeram a disponibilizar um técnico. Está prevista também a expansão de missões comerciais à Rússia, com representantes dos três ministérios. A primeira delas ocorrerá em abril, quando será negociado maior volume das encomendas de trigo àquele País, dentro de um contexto de ampliação das importações de carne de frango brasileira. As outras duas missões ocorrerão em maio e junho. “Essas iniciativas são da maior importância, pois o mercado russo ainda tem um enorme potencial e pode perfeitamente ampliar de forma considerável, as encomendas de carne de frango brasileira”, destacou o Presidente Executivo da ABEF, Francisco Turra. A reunião foi realizada em paralelo ao Encontro Binacional Brasil-Argentina, realizado na sede da Fiesp e do Ciesp, em São Paulo, com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

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MERCADO DE TI


Nova Iorque/EUA
Negociações entre IBM e Sun devem continuar nos próximos dias
A IBM continua negociando a aquisição da Sun Microsystems, e as discussões podem demorar mais alguns dias, enquanto a IBM estuda diversas partes dos negócios de servidores e software da Sun, de acordo com pessoas próximas do assunto. As fontes, que não estavam autorizadas a falar publicamente sobre a questão, classificaram o exame dos ativos da Sun pela IBM como procedimento padrão. Acrescentaram que um acordo é improvável antes de no mínimo esta semana. IBM e Sun se recusaram a comentar o assunto. Caso cheguem a um acordo, a Sun seria a maior aquisição já realizada pela IBM e reforçaria sua oferta de hardware, software e serviços de computação. Uma combinação entre a maior e a quarta maior fabricante mundial de servidores, porém, poderia atrair a atenção das autoridades antitruste, nos EUA e no exterior, disseram analistas na semana passada. A companhia combinada deteria 65% do mercado de servidores Unix, que movimenta US$ 17 bilhões anuais. Grandes empresas e governos empregam essas máquinas para operações essenciais, de acordo com o grupo de pesquisa de mercado IDC. IBM e Sun eram as duas líderes nesse segmento em 2008, com 37% e 28% de participação, respectivamente. A Hewlett-Packard ocupava a terceira posição com 27%. A CNBC, citando uma reportagem do Wall Street Journal, havia informado na sexta-feira, dia 20/3, que o processo de busca de informações pela IBM era responsável pela demora no acordo com a Sun. A IBM está examinando os termos das diversas licenças de tecnologia, a fim de verificar se existe conflito com quaisquer de seus negócios, publicou o jornal em seu site. Segundo a reportagem, a transação teria valor de entre US$ 6,5 bilhões e US$ 8 bilhões. Alguns analistas questionaram se o pagamento de um ágio de 100% pela Sun, cujas ações caíram em quase 70% nos 12 meses anteriores ao surgimento de informações sobre a possível aquisição, na quarta-feira, dia 18/3, valeria a pena para a IBM. (Agência Reuters)


São Paulo/SP
Positivo Informática encerra 4º trimestre com prejuízo de R$ 25 milhões
A maior fabricante de computadores do País, Positivo Informática, anunciou no final da sexta-feira, dia 20/3, prejuízo líquido no 4º trimestre, de R$ 25,06 milhões, já ajustados pela mudança na legislação contábil no final do ano passado, revertendo resultado positivo de R$ 72,31 milhões, registrado no mesmo período de 2007. A companhia, que fechou os últimos três meses de 2008 com participação total no mercado de computadores do País, de 15,6%, prevendo que seu desempenho no primeiro trimestre deste ano, continuará sendo atingido pelos efeitos da crise financeira internacional. "Os resultados do primeiro trimestre deverão continuar sendo prejudicados pelo atual contexto da indústria, tanto em volume quanto em rentabilidade. Esperamos uma pequena melhora no segundo trimestre, normalizando no segundo semestre", informou a companhia em comunicado ao mercado.
A Positivo, que foi alvo de oferta de compra da gigante chinesa Lenovo, no final do ano passado, citou previsão da companhia de pesquisa de mercado IDC, que espera uma redução de 12% no volume vendido no mercado total este ano, em relação a 2008. A redução prevista para o mercado de varejo é de 10,2%. Segundo o relatório da Positivo, o resultado do trimestre passado foi impactado pela escassez de crédito ao consumidor nas redes de varejo, fator que vinha sendo apontado pelo setor como um dos principais motivos para o salto das vendas dos últimos quatro anos. Com isso, acumularam-se estoques no varejo, contribuindo para queda de preços e aumento de custos.
A Positivo vendeu nos últimos três meses do ano passado 410,61 mil computadores, entre desktops e notebooks, queda de 8,4%, sobre o mesmo período de 2007. O destaque de baixa foram as vendas de PCs de mesa, que recuaram 21,9%. Por outro lado, as vendas de notebooks da companhia subiram 35,1%, na mesma comparação. Em 2008, a empresa vendeu 1,604 milhão de computadores, crescimento de 15,5% sobre o ano anterior, puxado mais pelas performances dos três primeiros trimestres. A receita líquida recuou 4,9% no trimestre, para R$ 528 milhões. Enquanto isso, a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) despencou 66,2%, a R$ 27,4 milhões. A margem caiu 9,4 pontos, para 5,2%. (Agência Reuters)


Washington/EUA
Novo malware utiliza geolocalização para enganar usuários

Notícias falsas de desastres e sistemas de geolocalização. Foi com isso que hackers inovaram jogando na rede um novo tipo de malware, que de tão real vem enganando muitos usuários da internet. Ao contrário do Conficker, este precisa da intervenção do usuário – e consegue! De acordo com o site Digital Trends, tudo começa com um e.mail sobre um suposto ataque terrorista, com o título “Por que isso aconteceu na sua cidade?” e “Pelo menos 18 pessoas morreram na sua cidade”. No corpo da mensagem, apenas um link para um site de notícias falso. Porém, um sofisticado sistema faz com que o nome da cidade do usuário seja inserido no título do link contido no e.mail, e também no título da notícia apresentada no site, através de geolocalização. “Eles estão utilizando o nome da cidade do usuário que visita o site, e inserindo este nome no próprio site”, afirmou Micha Pekrul, pesquisador da McAfee. “Por causa disso, as notícias ganham mais atenção, porque quando um ataque acontece na sua cidade, todos ficam ansiosos e curiosos”, completa. Pela curiosidade, o usuário é levado a querer assistir um vídeo do desastre, disponível no site de notícias. Ao clicar no link para o vídeo, o usuário é levado a um arquivo .exe, que instala o malware, conhecido como Waledac. O Waledac é um worm capaz de colher e transmitir informações secretas do usuário. O verme pode receber comandos de um servidor remoto, como instruções para executar arquivos do malware e enviar informações do computador infectado. Normalmente, são espalhados através de anexos em e.mails. De acordo com o site vnu.net, a tática dos hackers não é necessariamente nova. Páginas falsas de notícias já são utilizadas para pegar usuários desprevenidos. A geolocalização vem apenas aumentar a eficácia dos ataques. (Agência Efe)


Rio de Janeiro/RJ – Da redação
Sony Computer Entertainment registra patente de periférico robô
A Sony Computer Entertainment registrou a patente de um novo periférico robô, capaz de interagir com videogames. Segundo o site Kotaku, o registro foi pedido em junho de 2008 e não há muitos detalhes disponíveis de como a empresa pretende integrar o aparelho e os videogames. Sabe-se, porém, que o robô possuirá uma câmera e a capacidade de compreender o ambiente ao seu redor. Com a ajuda de um microfone, também será capaz de reagir a estímulos sonoros, e um sensor de detecção de movimentos também está previsto. O robô ainda terá um visor que poderá ser utilizado para mostrar imagens, e o site Siliconera possui informações que indicam que a fabricante planeja adicionar acelerômetro, sensor giroscópico e possivelmente um receptor GPS. O blog Kotaku lembra que, com a recessão, a Sony está congelando diversos de seus setores a fim de impedir um grande prejuízo, então se a intenção da empresa for realmente montar um robô para os games, isto só deve acontecer depois do fim da crise.


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MERCADO WEB

São Paulo/SP – Da redação
Varejo eletrônico aponta descentralização
Segundo dados divulgados recentemente pela e-Bit, o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 8,2 bilhões em 2008, o que significa um aumento de 30%, se comparado com o ano anterior. O resultado dá mostra que o mercado do e-commerce nacional continua em franca expansão, entretanto, uma mudança significativa indica que o segmento está em vias de um novo momento: a descentralização das lojas no montante de vendas. Levantamento comparativo do quarto trimestre de 2008, com igual período de 2007, revela que os dez maiores varejistas do mercado nacional perderam 3,2 pontos percentuais de participação no mercado, mesmo que continuem registrando forte crescimento em seus resultados individuais. Se considerado somente a participação do líder de mercado, a perda chega a 5,3 pontos percentuais de market share.
Para Pedro Guasti, diretor-geral da e-Bit, o menor custo para implantação e divulgação online de uma loja aliado a maior oferta de ferramentas e fornecedores especializados em e-commerce, são os principais responsáveis para a desconcentração do mercado de comércio eletrônico. "É possível encontrar dispositivos para segurança, crédito, propaganda online, logística e pós-venda com custos acessíveis, o que garante uma presença mais democrática das lojas".
Ao mesmo tempo em que os primeiros perdem terreno, os pequenos e médios varejistas registraram um crescimento de 6% na participação no mercado, se comparado os resultados do quarto trimestre de 2007 e 2008. Segundo Guasti, isso demonstra a maturidade do consumidor, já que ele deixou de se guiar somente por grifes e lojas de marca reconhecida e passou a buscar a melhor oferta e condição de venda por meio de vasta informação disponível de loja e produtos em sites de busca, comparação de preços e conteúdo colaborativo (Web 2.0).
Entretanto, o executivo da e-Bit alerta para o cuidado que se deve ter em não acabar sendo vítima de um golpe. "Antes de comprar um produto, é necessário checar a credibilidade e a reputação da loja", ressalta. Ao que tudo indica, apesar de ainda pequena, a desconcentração do setor pode ser uma tendência, abrindo espaço e oportunidades para as PME’s investirem nesse setor. Chegou a vez dos pequenos, assim como acontece no mundo offline no qual as 50 maiores empresas varejistas são responsáveis por mais de 58% do faturamento. (Fontes: ABRAS e e-Bit)

Nova Iorque/EUA
Microsoft cancela servico adCenter Analytics
Em anúncio feito no dia 12/3, a Microsoft informou o fechamento do adCenter Analytics, serviço de anúncios online oferecido em fase beta pela empresa. O serviço, que era para ter sido um concorrente do serviço Google Analytics, era baseado nas ferramentas Web Analytics, desenvolvidas pela DeepMetrix Corp., uma pequena companhia comprada pela Microsoft em 2006, noticiou o site The Inquirer. No anúncio, a Microsoft avisou que o serviço será terminado no dia 31/12, e novos usuários já não têm mais seu cadastro aceito no sistema. Entretanto, usuários beta poderão continuar utilizando o serviço até o final do ano, quando o suporte técnico também será encerrado. “Usuários precisarão exportar suas informações do serviço antes do dia 31/12, para evitar a perda de informações”, informou em seu blog Mel Carson, gerente da comunidade adCenter. “Vocês nos ajudaram a trabalhar para sabermos melhor quais decisões devemos tomar para construir uma solução para o Web Analytics, e apesar de ser o fim do plano, o beta foi em sua maioria, um sucesso. Ele nos permitiu determinar com confiança que podemos agregar mais valor aos anunciantes se oferecermos soluções personalizadas que atendam a necessidades especializadas.”, completou. A Microsoft não informou se está trabalhando em uma nova versão do produto. (Agência Reuters)


Mountain View/EUA
Google lança novo beta de Chrome
A Google lançou uma nova versão beta de seu navegador Chrome, a maior atualização do aplicativo desde que foi lançado, em 2008. No blog oficial do aplicativo, a empresa explicou que a marca BETA que havia sido retirada do produto em dezembro, está de volta, uma vez que o navegador está sendo “polido”. Entre as novidades, estão algumas ferramentas de navegação, como autopreenchimento de formulários, zoom completo, suporte a rolagem automática e uma nova forma de trabalhar com abas. A velocidade também foi foco de atenção, e a empresa citou testes em que a versão beta esteve 25% e 35% mais rápido que a versão estável anterior, conforme noticiou o site IT Pro. A melhoria no desempenho se deve a uma melhoria no mecanismo JavaScript. O site Webware indicou que, para o futuro, a empresa trabalha em extensões para o aplicativo, um dos principais diferenciais que garantem a preferência de muitos internautas pelo navegador Firefox. Estatísticas da Net Applications mostram que o Internet Explorer possui 67% da preferência, seguido pelo Firefox, com 22%, e pelo Safari, que equipa o Mac OS X, com 8%. O Chrome fica com 1%. A nova versão beta funciona em Windows Vista e XP SP2 e pode ser baixada em tinyurl.com/cmp69w. (Agence France Presse/AFP)
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MERCADO DE TELECOM & ENERGIA

Bangolore/Índia
Skype lança versão de software voltada para usuário corporativo
A Skype, unidade do EBay, anunciou ontem, 23/3, uma versão do software de chamadas por Internet, que conectará sistemas de telefonia corporativos globalmente, informou a companhia em um comunicado. O novo software, denominado Skype para SIP - Session Initiation Protocol -, permitirá aos usuários aproveitar as chamadas de baixo custo para aparelhos fixos e móveis ao redor do mundo, além de receber ligações de usuários do Skype, diretamente no sistema PBX. "A introdução do Skype para SIP é uma medida significativa para o Skype e para qualquer negócio de intensa comunicação ao redor do mundo", disse Stefan Oberg, gerente-geral do Skype para usuários corporativos. Inicialmente, a empresa cobrará 2,10 centavos por minuto pelas chamadas para telefones fixos e celulares, acrescentou o documento. O Skype, que foi adquirido pelo eBay em 2005, e é uma das empresas de chamadas por Internet mais conhecida, permite chamadas gratuitas entre usuários de Internet. Os usuários pagam por chamadas para telefones fixos e móveis, mas a tarifa é menor que os serviços normais de longa distância. (Agência Reuters)

São Paulo/SP
Conselho da Vivo aprova reestruturação com incorporação da Telemig
Os conselhos de administração da Vivo Participações SA, da TCP - Telemig Celular Participações - e da TC - Telemig Celular SA - aprovaram em reunião realizada ontem, 23/3, a proposta de reestruturação societária do grupo. O texto aprovado prevê a incorporação de ações da TC pela TCP e da TCP pela Vivo Participações - para conversão da TC em subsidiária integral da TCP e da TCP em subsidiária integral da Vivo. O objetivo da medida é simplificar a estrutura organizacional atual do grupo, que conta com três companhias abertas, sendo duas delas com ADRs negociados no exterior. "A estrutura simplificada reduzirá custos administrativos e propiciará aos acionistas, a participação em uma única companhia com ações negociadas nas Bolsas brasileiras e internacionais, com maior liquidez, além de facilitar a unificação, padronização e racionalização da administração geral dos negócios", explica a empresa em fato relevante. Com isso, serão cancelados os registros da Telemig Celular na CVM e na Bovespa e os registros da TCP na Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM norte-americana) e na Bolsa de Valores de Nova Iorque, a fim de eliminar os custos a eles associados. A empresa ressalta no comunicado que a operação não alterará a composição do controle final das companhias envolvidas. (Agência Estado)


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MERCADO DE LUXO


Lisboa/Portugal – Da Redação - Maria João S. Freitas - Correspondente
Porcelanas Meissen: cultivando o luxo ao longo de 300 anos

A primeira e mais antiga porcelana europeia, situada em Meissen, no leste alemão, cultiva há 300 anos a arte da porcelana artesanal e de luxo sem concessões. A fama da porcelana de Meissen é legendária. Em l710, a partir de um decreto feito pelo Príncipe Eleitoral da Saxônia e pelo Rei da Polônia, a Porcelana Meissen Manufactory inicia as suas atividades no Castelo de Albrechtsburg. O luxo das porcelanas produzidas em Meissen está caracterizado na matéria prima utilizada, no artesanato tradicional e, em uma estética especial de individualidade, sensualidade e de alta qualidade.
O mais importante para a Meissen foi manter em segredo durante séculos a sua fórmula e a tecnologia de fabricação artesanal. Apenas alguns colaboradores conhecem parte do segredo de fabrico. Segredo este que leva o nome de Arcanum. Quando em 1718, o perito de Meissen, Samuel Stötzel, tentou usar seu conhecimento para criar concorrência, Meissen viu a necessidade de criar uma "marca registrada". Somente desta forma, seria possível provar que a peça era original da Meissen ® porcelanas.
As Swords Crossed - Espadas Cruzadas, que são gravadas nas peças, trouxeram uma marca cuja história e notoriedade em nível global é, ainda hoje, única. Meissen manteve a liderança na produção de porcelana artesanal mesmo depois da criação de marcas como KPM, Royal Copenhagen e Hering Berlin. Atualmente, a situação das fábricas de porcelanas da Alemanha é um tanto delicada. A porcelana de Meissen é um artigo de luxo. A atual crise financeira mundial tem feito cair a demanda por este tipo de produto nos países de primeiro mundo.
Devido à queda das últimas barreiras no comércio da porcelana, boas opções e de preços mais acessíveis estão vindo da China. Por isso, as fábricas acreditam que se manter no mercado de luxo ainda é a melhor opção. Para as marcas, o segmento de porcelanas de preço médio irá desaparecer, mais cedo ou mais tarde. Desta forma, só haverá espaço para as marcas que produzem produtos baratos ou então, para aquelas que produzem produtos diferenciados e caros. Portanto, manter os preços altos pode ser o melhor caminho para assegurar o futuro dessas empresas. Ou ainda, centrar esforços nos países emergentes, para com isso reduzir os efeitos da crise nos países de primeiro mundo. Não seria esta uma boa oportunidade para trazer a marca para o Brasil?

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TERCEIRO SETOR

Porto Alegre/RS – Da redação
Inicia o ‘Encontro de Dirigentes Socialmente Responsáveis’ da Rede Projeto Pescar
Entre esta última semana de março e o mês de abril, estão previstas oito reuniões regionais com dirigentes das unidades franqueadas e das empresas mantenedoras do Projeto Pescar. A primeira ocorreu ontem, dia 23/3, na sede da Fundação Projeto Pescar, em Porto Alegre. Na ocasião, foi apresentado o Relatório de Atividades 2008 e planos para 2009, momento também para a troca de idéias e experiências entre os participantes. A Fundação Projeto Pescar entregou placas de homenagens a empresas e instituições que fazem parte da Rede Pescar a partir de cinco anos. São elas, no RS: Aracruz Celulose, Associação Antônio Vieira, Associação dos Empresários do Bairro Humaitá, Planalto Transportes, Viação Ouro e Prata, Ferramentas Gerais Comércio e Importação, Imobiliária City, Companhia Fiação e Tecidos Porto Alegrense, Condomínio DC Navegantes, Guaíbacar Veículos e Peças, Banrisul, Fazenda Ranchinho, Sheraton Porto Alegre Hotel, Stemac Grupos Geradores, Areva Transmissão & Distribuição de Energia, Cimpor Cimentos do Brasil (CCB) e Indústria de Peças Inpel; no DF: Laboratório Sabin de Análises Clínicas; em SP: Fischer Agropecuária e ZF do Brasil; no CE: Vicunha Têxtil. A novidade desta edição do Encontro de Dirigentes é a entrega do Prêmio Ação Multiplicadora - edição 2008, um agradecimento a empresas e instituições que indicaram outras com o intuito de expandir a Rede Pescar. Receberam troféus 14 premiados que contribuíram para esse crescimento. (Fonte: Martha Becker Assessoria de Comunicação)


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