I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 178 | Ano I

Viena/Áustria
FMI prevê contração modesta da economia mundial em 2009
O número dois do FMI - Fundo Monetário Internacional -, John Lipsky, anunciou ontem, dia 18/3, que a instituição prevê uma contração modesta da economia mundial em 2009, depois de revisar para baixo as previsões de janeiro, que antecipavam um crescimento de 0,5%. "As previsões de janeiro antecipavam este ano, um crescimento mundial de meio ponto percentual, e o prognóstico revisado mostrará uma cifra modestamente negativa", afirmou Lipsky em Viena, à margem de um seminário internacional de energia organizado pela Opep - Organização de Países Exportadores de Petróleo. O vice-diretor-gerente do FMI não quis precisar qual será a contração do PIB - Produto Interno Bruto - mundial este ano e indicou que as cifras serão divulgadas oficialmente dentro de duas semanas. "A economia mundial retornará a um crescimento positivo durante o próximo ano", assinalou. "A queda da economia mundial no mundial, no último trimestre do ano passado e o primeiro trimestre deste ano, é o mais forte desde que o FMI começou a compilar dados", afirmou ainda. Antes, Lipsky incentivou os poderes públicos a estimular a produção de petróleo e pediu a cooperação das petroleiras, para evitar uma escalada dos preços com a recuperação da economia mundial. Lipsky reconheceu que a queda das cotações do petróleo "aporta inegavelmente uma certa estabilização à economia mundial", mas advertiu que "é preciso ser consciente dos riscos a longo prazo dos preços frágeis e de uma volatilidade maior". Em um discurso durante o seminário, ele afirmou que os "baixos preços de hoje preparam o terreno para uma escalada no futuro". O barril de petróleo, após alcançar US$ 147 em julho, desabou a US$ 32,40 em dezembro. O preço se estabilizou entre US$ 40 e US$ 50 desde o início do ano. (Agence France Presse/AFP)

Berlim/Alemanha
Merkel diz que crise seria pior na Europa se não existisse o euro
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou ontem, 18/3, que, sem o efeito estabilizador do euro, as repercussões da crise para a Europa seriam ainda piores. "Se não houvesse o euro, os países-membros da União Europeia teriam problemas mais graves para enfrentar do que os existentes agora", disse Merkel, após um encontro com o presidente do Parlamento Europeu, Hans-Gert Pöttering. Além disso, Merkel disse que a UE é uma "união da solidariedade" e que um Estado-membro em dificuldades deve ser ajudado, mas lembrou que cada país teve que, inicialmente, superar seus problemas com os próprios meios. Pöttering se disse a favor de regras mais severas para atividades bancárias dentro da UE. Ontem, Merkel e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, pediram que a UE adote uma posição comum na próxima cúpula do G20 (grupo que reúne representantes de países ricos e dos principais emergentes) e lidere uma saída para a atual crise. "A grande prioridade é construir uma nova arquitetura financeira global. A UE deve adotar uma posição comum e tomar a iniciativa neste assunto", destacaram os dois líderes, em carta dirigida ao presidente da UE e primeiro-ministro tcheco, Mirek Topolanek, e ao presidente da Comissão Europeia (órgão executivo da UE), José Manuel Durão Barroso. "Estamos totalmente convencidos de que devemos aproveitar a oportunidade histórica" oferecida pela reunião do G20, em 2/4, em Londres, para enfrentar as "causas profundas" da crise, acrescentam. (Agência EFE)

Paris/França
OIT afirma que modelo do Bolsa Família do Brasil pode diminuir impacto da crise
Um relatório produzido pela OIT - Organização Internacional do Trabalho - indica que a ampliação do programa Bolsa Família pode contribuir para estimular o consumo interno e amortecer o impacto da crise mundial entre as camadas mais pobres da população no Brasil. O documento, que foi discutido na quarta-feira, durante reunião da Comissão de Emprego e Política Social da organização, apresentou uma análise do programa social brasileiro, com base em dados fornecidos pelo governo e outros estudos independentes. "Como a população de baixa renda têm forte propensão ao consumo para suprir necessidades básicas, acreditamos que a extensão do programa vai contribuir para aumentar a demanda de alimentos e produtos de primeira necessidade, além de promover o desenvolvimento local", afirmou à BBC Brasil um dos autores do estudo, Vinícius Pinheiro. No final de janeiro, o governo brasileiro anunciou a extensão dos benefícios a 1,3 milhões de novas famílias. Estudos citados pela OIT apontam que o dinheiro recebido pelas famílias contempladas pela ajuda social, é utilizado principalmente, na compra de alimentos, roupas e material escolar. "O Bolsa Família tem um papel anticíclico", diz Pinheiro. "Por um lado, representa um fluxo de renda estável e regular, ajudando a população de baixa renda a manter ou mesmo a melhorar o nível de vida. Por outro, estimula a demanda, promovendo o comércio e o desenvolvimento local." Segundo o pesquisador, os recursos do Bolsa Família, que representam 0,4% do PIB brasileiro, acabam sendo "reinjetados" na economia.
Modelo brasileiro - O documento, intitulado Bolsa Família no Brasil: análise, conceito e impactos, também indica que o programa pode servir de exemplo para políticas de inserção social em outros países do mundo. "O modelo brasileiro é um exemplo brilhante de que é possível realizar um processo de integração social maciço, em um curto espaço de tempo e a custos relativamente baixos", diz o relatório. A OIT considera, entretanto, que o programa não pode ser incondicionalmente "exportado" a todos os países do mundo. "Algumas condições fundamentais devem ser respeitadas", avalia Pinheiro. "Um modelo similar somente tem sentido onde já existe uma estrutura de saúde e educação. Por isso, países mais pobres da América Latina ou da África têm mais limitações." Os dados analisados indicam ainda, que o Bolsa Família é o maior programa de distribuição de renda do mundo, contribuindo "consideravelmente" para a diminuição da pobreza no Brasil. Cerca de 25% da redução da pobreza extrema no Brasil podem ser atribuídos ao programa, segundo a OIT. (BBC Brasil)

Rio de Janeiro/RJ – Da redação
Lula diz que novas regras do petróleo saem nos próximos dias
O novo marco regulatório do petróleo, voltado para o pré-sal, deverá ser entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos próximos dias. Segundo ele, o texto já está pronto. Uma vez aprovado o novo marco, o presidente garantiu que serão retomados os leilões de petróleo da ANP - Agência Nacional do Petróleo. O objetivo principal das novas regras será o maior repasse de recursos para a sociedade brasileira. "Estamos com o texto pronto. Em alguns dias, (o ministro de Minas e Energia, Edison) Lobão vai levar para discutir comigo. Na hora em que estiver pronto, vamos fazer os leilões (da ANP), porque não vamos deixar o petróleo no fundo do mar e não vamos exportar petróleo cru", disse Lula. Ele visitou na quinta-feira, o novo terminal de regaseificação de GNL (gás natural liquefeito) da Petrobras, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Para o presidente, é importante "correr" com a extração do pré-sal porque haverá uma fase inicial experimental, que deve durar um ano. E o objetivo é conseguir extrair o óleo do pré-sal quando as refinarias previstas estiverem prontas. A Petrobras planeja a construção de duas refinarias Premium, no Maranhão e no Ceará, além de outras três unidades. "Não vamos deixar o petróleo no fundo do mar e não vamos exportar petróleo cru", disse o presidente. Para ele, o petróleo será a solução para dois "graves" problemas no Brasil: a educação e a miséria. Por isso, é necessário fazer um novo marco regulatório. Lula afirmou que o objetivo das novas regras é fazer com que os brasileiros "possam ganhar alguma com esse petróleo" do pré-sal. O marco atual havia sido feito quando o Brasil não era ainda, autossuficiente em petróleo. "Agora o Brasil já é autossuficiente. Além disso, nós vamos ter muito petróleo para exportar. Então é importante o novo marco regulatório para que a gente pegue onde tem muito óleo e a gente tenha uma parcela mais significativa para você, para o seu filho, para o meu filho, para o meu neto", disse. Lula confirmou que estará presente na extração do primeiro óleo de Tupi, na Bacia de Santos, em 1º de maio.

Washington/EUA
AIG será liquidada em quatro anos
A seguradora AIG, salva recentemente da falência pelo Estado americano, será liquidada em quatro anos, revelou ontem, dia 18/3, o presidente do grupo, Edward Liddy, durante uma audiência no Congresso sobre os pagamentos de bônus milionários a diretores da companhia. Liddy foi designado pelo governo para administrar a AIG, em setembro passado, após o socorro federal à seguradora. "Esta companhia deverá estar menor no final de 2009, e ainda menor no fim de 2010", declarou Liddy, acrescentando que "quanto menor estiver, menor será o risco". Perguntado sobre quanto tempo levará este processo, Liddy respondeu: "quatro anos", antes de acrescentar que o grupo "vai vender seus ativos e que a companhia, tal como existe há 90 anos, vai deixar de existir". O secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, já havia anunciado na véspera a liquidação da AIG de "maneira ordenada". A AIG - American International Group -, que registrou em 2008 o maior prejuízo da história americana – US$ 99,3 bilhões -, já foi alvo de quatro pacotes de socorro do Estado, totalizando US$ 180 bilhões. Os dirigentes da AIG colocaram a seguradora no olho do furacão ao decidir pelo pagamento de US$ 165 milhões em bônus para executivos da companhia, apesar da situação crítica do grupo e do socorro financeiro concedido pelo Estado. (Agence France Presse/AFP)

São Paulo/SP – Da redação
Venda de material de construção cai 21% e setor pede ajuda ao governo
A venda de material de construção caiu 21,4% em fevereiro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2008. No bimestre, a queda foi de 18,5%, segundo dados da Abramat - Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção. Com os dados do primeiro bimestre, o setor solicitou ajuda ao governo com corte de IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados. No acumulado dos últimos 12 meses houve crescimento de 7,4%. "A crise financeira internacional, que já se estende por seis meses, e a demora do governo em divulgar medidas de estímulo ao setor, agravaram os resultados. É necessário o anúncio imediato dessas providências para reverter esse quadro", afirmou Melvyn Fox, presidente da Abramat.
A queda nas vendas no mercado interno em fevereiro, em relação ao mês anterior, foi de 8,5%. Para a Abramat, essa diminuição do faturamento se explica em parte pela diferença no número de dias úteis entre os meses. Para Fox a comparação aponta para um fraco desempenho já associado a reflexos da crise econômica sobre o mercado brasileiro. Todas as categorias de materiais de construção apresentaram resultados negativos. As vendas que mais encolheram foram de materiais de base com queda de 11,6%, na comparação entre fevereiro e janeiro de 2009, e 24%, em relação a fevereiro de 2008. O resultado acumulado no primeiro bimestre apresentou queda de 20,3%, comparados ao mesmo período do ano passado. Já nos últimos 12 meses, crescimento de 12,1%.
Os materiais de acabamento foram os menos afetados. O faturamento das vendas internas diminuiu 2,3%, em relação ao mês anterior e 15,7%, se comparado a fevereiro de 2008. No resultado acumulado no primeiro bimestre de 2009, houve queda de 14,6%, em relação ao mesmo período do ano passado. O acumulado dos últimos 12 meses acompanhou a tendência com retração de 1,9%.
O número total de funcionários da indústria de materiais manteve-se estável em relação ao mês de janeiro deste ano. Nos últimos 12 meses houve crescimento de 4,5% no número de funcionários contratados na indústria. Mesmo com os números desfavoráveis no início do ano, as previsões da Abramat de resultados para 2009, continuam apontando para um crescimento de 5%, em relação ao atingido em 2008. Isso levando em consideração a queda de 3,6% no PIB brasileiro, divulgada recentemente pelo IBGE. Fox afirmou que essa previsão deve ser revista, de acordo com as medidas que forem tomadas para estímulo do setor.

Porto Alegre/RS – Da redação
Empresários italianos visitam empresas do Rio Grande do Sul para parceria
Um grupo de empresários da região de Emilia Romagna, da Itália, estará no Rio Grande do Sul entre os dias 14/5 e 16/5, para visitas técnicas e encontros de negócios. A missão é promovida pela Câmara de Comércio Italiana Rio Grande do Sul - Brasil e a Câmara de Comércio de Ferrara, na Itália. As empresas italianas são dos setores metalmecânico; vestuário; transporte e logística; pesquisa, desenvolvimento e monitoramento ambiental; massas e molhos; equipamentos eletrônicos para vigilância e segurança; motores para equipamentos; e assistência e venda de cozinhas para restaurantes e hoteis. As empresas gaúchas interessadas em participar do projeto podem se inscrever gratuitamente. Solicitações mais completas e o formulário de inscrição podem ser solicitados com Eugenia Polidori, pelo email promo@ccirs.com.br ou com Mariela Klee pelo e-mail desk@ccirs.com.br.

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ESPECIAL

Londres/Inglaterra
Londres vive onda de liquidações com comércio em crise
Não é preciso andar muito por Londres para se deparar com uma situação que já se tornou comum: há uma onda de liquidações pelo comércio da cidade. Mas não se trata de descontos tradicionais da estação nem de um chamariz para esquentar os negócios. São, na verdade, varejistas queimando estoques para fechar definitivamente as portas. O cenário dá a dimensão da gravidade da crise no Reino Unido, onde o número de desempregados superou 2 milhões de pessoas em fevereiro, a marca mais expressiva em 12 anos. O País é um dos mais atingidos pela crise, em razão da importância do setor financeiro para a economia e da explosão da bolha imobiliária. Os prognósticos negativos sobre o Reino Unido continuam se acumulando. O FMI - Fundo Monetário Internacional - acredita que o País será a única grande economia que não conseguirá sair da recessão no ano que vem. O fundo estima que o PIB - Produto Interno Bruto -levará um tombo de 3,8% neste ano, seguido de retração de 0,2% em 2009.
Diversos economistas apontam que o número de pessoas sem emprego, vai chegar a 3 milhões no ano que vem. "As perspectivas para o desemprego estão piorando e existe necessidade urgente de ação", declarou a Câmara Britânica de Comércio. Se a previsão se concretizar, a taxa de desemprego passará dos atuais 6,5% para 10%. A fraqueza econômica também está refletida na libra, que acumula desvalorização de 30% nos últimos 12 meses. O ambiente aumenta o risco de depressão no País, algo que já vem sendo apontado por especialistas. A crise é o principal assunto entre a população, bastante preocupada com as perspectivas cada vez mais negativas. O mercado imobiliário, antes um símbolo da pujança de Londres, está bem longe do aquecimento visto até o começo de 2008. Conforme a instituição financeira Nationwide, o preço dos imóveis acumula queda de 17,7% em 12 meses, até fevereiro. Os valores estão bem mais convidativos e os juros caíram bastante, mas nada disso leva a população a comprar novas residências. O problema é que agora os bancos querem uma entrada de 10% a 25% do preço do imóvel, um percentual extremamente elevado para os britânicos - antes da crise, as instituições concediam hipotecas de 120% do valor das residências.
No comércio, os sinais da recessão são evidentes. "Estamos fechando, vamos ter de encerrar as atividades em razão da crise", disse o proprietário de uma loja no sudoeste de Londres, desanimado ao liquidar o estoque. Mesmo as lojas que seguem com atividade normal estão tendo de realizar promoções expressivas. Foi esse movimento que provocou a alta de 0,7% nas vendas no varejo em janeiro, na comparação com dezembro. O governo tem tomado diversas medidas para combater a crise, desde a redução de impostos até a nacionalização de bancos. Neste ano, o RBS - Royal Bank of Scotland - e o Lloyds já passaram para o controle do governo. O Banco da Inglaterra (banco central) gastou toda sua munição com a política monetária tradicional ao derrubar os juros básicos para 0,5% ao ano na última reunião. Agora, está imprimindo dinheiro para comprar títulos, medida nada convencional, mas que acabou sendo necessária diante da gravidade da crise. (Agência Reuters)


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COBERTURA ESPECIAL – 10ª ExpoDireto Cotrijal

Não-Me-Toque/RS
Caren Martins Oliveira, enviada especial


Movimento aumenta no terceiro dia da Feira e otimismo cresce
Mais de 42 mil pessoas passaram pelo Parque de Exposições da Expodireto Cotrijal ontem, dia 18/3. O destaque, mais uma vez, ficou por conta do otimismo. Suinocultores afirmaram estar confiantes na recuperação da atividade, durante o 5º Seminário Estadual da Suinocultura. A redução dos custos de produção e o aumento das exportações, que somam mais de 600 mil toneladas, o que corresponde a 20% do total de 3 milhões de toneladas produzidos no País, renovam o ânimo da suinocultura gaúcha, que passa por um período de turbulências. Além disso, as expectativas são de recuperação de preços nas granjas já no segundo semestre do ano. A redução dos custos do milho e do farelo de soja e o ajuste da oferta e da demanda contribuem para essa mudança positiva no cenário.
A importância do planejamento estratégico também esteve em pauta na programação da Feira, durante o Fórum Estadual do Leite. Com o tema Integração Pecuária – Lavoura, o produtor e associado da Cotrijal, Luiz Carlos Schuster, falou sobre a importância do gerenciamento leiteiro para o aumento da produtividade e lucratividade da propriedade. “Planejamento estratégico é fundamental para o bom desenvolvimento de qualquer negócio. No caso da pecuária leiteira, o manejo alimentar é uma das prioridades”, afirma. O produtor falou ainda, sobre a produção leiteira brasileira, que apesar da crise econômica, não sofre com grandes prejuízos. “O Brasil é um país privilegiado. Felizmente não sofremos os impactos da crise global como os países europeus e a China”, completou.
Autoridades como o Secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, João Carlos Machado e o Secretário da Segurança do Rio Grande do Sul, Edson Goularte, estiveram presentes na Feira. Além disso, o ex-ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento, gestão 2002-2006, Roberto Rodrigues, também esteve presente e recebeu o Troféu Semente de Ouro, uma homenagem da Câmara de Vereadores de Não-Me-Toque/RS. A Expodireto Cotrijal 2009 acontece até 20/3. Hoje,dia 19/3, está programada visita do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes. Na programação também está o Seminário O Seguro Agrícola para o Rio Grande do Sul – Desafios.


Produtores de suínos acreditam na recuperação do setor
A suinocultura gaúcha passa por um período de turbulências, com preços ao criador abaixo dos custos de produção. Porém, as perspectivas são positivas, com reação do mercado externo e redução dos custos de produção. “Esse panorama é histórico e a partir do 2º trimestre nossa expectativa é de recuperação dos preços nas granjas”, explica Valdecir Folador, presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, que participou na manhã de 4ª feira, do 5º Seminário Estadual da Suinocultura, na Expodireto Cotrijal. Segundo Folador, o suinocultor gaúcho recebe, em média, até R$ 1,75 por quilo, enquanto o seu custo de produção gira em torno de R$ 2,40. “Mas essa diferença está caindo. E historicamente o criador passa a ter rentabilidade a partir das próximas semanas”. Contribuem para essa mudança positiva no cenário, a redução dos custos do milho e do farelo de soja e o ajuste da oferta e da demanda. Em termos internacionais, o ano começou positivo para a suinocultura, com volumes crescentes de vendas externas nos dois primeiros meses de 2009. “Deveremos ficar entre 550 e 600 mil toneladas exportadas, o que representa em torno de 18% a 20% da nossa produção”, informa o presidente da ACSURS.

Parlamento gaúcho debate alternativas à crise econômica na Expodireto
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul apresenta hoje, 19/3, na 10ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque/RS, audiência sobre "Alternativas de enfrentamento da crise no estado”. O presidente da Assembléia, deputado Ivar Pavan, abrirá o evento às 9h, no auditório da Produção no Parque. Entidades do setor agrícola estarão presentes com apresentações de possíveis soluções para o segmento produtivo. As discussões sobre a crise econômica fazem parte da pauta do presidente do Parlamento desde o mês de fevereiro. Entidades da região Nordeste estiveram presentes no último encontro em Caxias do Sul/RS. Após a Expodireto Cotrijal, Pelotas será palco de nova reunião que acontecerá dia 23/3, às 14h, na Câmara Municipal da cidade. Os resultados dos debates serão entregues aos governos, estadual e federal, no dia 27/3, na sede do Parlamento e posteriormente, serão sistematizados para a audiência final, com a presença de secretários de Estado; lideranças empresariais e de trabalhadores, e a participação da ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Roussef. A atividade é uma realização conjunta de quatro comissões permanentes da Casa: Agricultura, Economia, Finanças e Mercosul, com participação do Fórum Democrático.

Mais informações sobre a Expodireto Cotrijal 2009 podem ser obtidas no site
www.expodireto.cotrijal.com.br


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INDICADORES ECONÔMICOS


São Paulo/SP – Da redação
LEIA - Carta do IBRE
Em 2009, atenção redobrada na política fiscal - Fevereiro de 2009. Conjuntura Econômica de março traz depoimentos do ex-ministro Marcílio e do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, sobre a política econômica do Governo.
ACESSE:
http://www.fgv.br/noticias_internet/ARQ/13622.pdf

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

São Paulo/SP
Bovespa fecha em alta de 1,60% e acumula ganho de 5,13% no mês
Após operar em baixa na maior parte do pregão de ontem, a Bovespa teve uma brusca inversão de tendência logo depois da decisão do Federal Reserve (banco central dos EUA). Houve surpresa no mercado com o total da injeção de recursos no sistema financeiro pela autoridade monetária americana. O câmbio desceu para R$ 2,25 e tem queda acumulada de 5,02% em março.
- O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, avançou 1,60% no fechamento e atingiu 40.142 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 4,58 bilhões.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 2,251, o que significa um decréscimo de 1,48% sobre a cotação de terça-feira,17/3.
- A taxa de risco-país marca 439 pontos, número 2,81% acima da pontuação anterior.
Análise - Entre as principais notícias do dia, o Federal Reserve manteve os juros básicos dos EUA na faixa de zero a 0,25% ao ano, conforme o esperado por boa parte dos economistas do setor financeiro. Também anunciou uma oferta de recursos superior a US$ 1 trilhão para o sistema financeiro, uma operação esperada com ansiedade pelos agentes financeiros. "Não havia mais o que mexer nos juros e a grande expectativa era sobre o que o 'Fed' poderia fazer em termos de política monetária, com uma possível injeção de recursos. O que foi anunciado, me parece, foi bem melhor do que muitos esperavam, pelo menos não na quantidade e no apetite que ele mostrou", comentou Reginaldo Galhardo, diretor da corretora de câmbio Treviso.

São Paulo/SP – Da redação
Lucro da BM&F Bovespa cai 8,8% no 4º trimestre
O lucro líquido da BM&F Bovespa no quarto trimestre do ano passado teve uma queda de 8,8%, na comparação com o mesmo período do ano passado, ficando em R$ 202,4 milhões (R$ 0,10 por ação). No ano, no entanto, o lucro foi de R$ 909,6 milhões (R$ 0,45 por ação), 20,3% acima do registrado em 2007. Os resultados foram anunciados na terça-feira, 17/3. A receita líquida da empresa atingiu R$ 356 milhões no quarto trimestre, 10,6% abaixo do obtido um ano antes, refletindo uma queda dos volumes negociados nos mercados de renda variável e de derivativos. Em 2008, a receita líquida ficou em R$ 1,6 bilhão, resultado 16% maior que o do ano anterior.
O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) do quarto trimestre ficou em R$ 235,6 milhões, 12,8% que o do mesmo período um ano antes. A margem Ebitda diminuiu, de 68% para 66,3%. No ano, por sua vez, houve aumento de 25,8%, com as margens subindo de 62,9% para 68%. As despesas operacionais, já considerando reduções de custos anunciadas após a integração entre a BM&F e a Bovespa, diminuíram 4,9% no quarto trimestre, em relação ao mesmo período de 2007 e atingiram R$ 128,1 milhões. No ano, ficaram em R$ 544,5 milhões. O resultado se deve principalmente, à redução nos custos de pessoal (em 9%), marketing (em 32,2%) e processamento de dados (em 13,9%). Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, as despesas foram 6,6% inferiores. O diretor presidente da empresa, Edemir Pinto, destacou que "mesmo nesse momento de elevada incerteza, entregamos resultados positivos". "A despeito da queda de volume em nosso mercado de renda variável, alguns números indicam que a dinâmica do nosso mercado manteve-se ativa, como o número de negócios subindo 49% entre o quarto trimestre do ano passado e o mesmo período de 2007, e 16,9% em comparação ao trimestre anterior."

Nova Iorque/EUA
Nos Estados Unidos as bolsas viram e fecham em alta após ajuda trilhonária do Fed
As Bolsas americanas fecharam ontem, 18/3, com nova alta. Os pregões apontavam perdas até meados da tarde, mas viraram o sinal após a divulgação de novo aumento da ajuda do Fed (Federal Reserve, o BC americano) para o setor imobiliário, que agora chega ao montante de US$ 1,25 trilhão.
- O Dow Jones Industrial Average (principal indicador da Nyse - Bolsa de Valores de Nova Iorque) fechou em alta de 1,23%, indo para 7.486,58 pontos.
- O S&P 500 subiu 2,09%, indo para 794,35 pontos.
- A Bolsa eletrônica Nasdaq ganhou 1,99% no indicador Nasdaq Composite, com 1.491,22 pontos.
Análise 1 - O dia positivo ontem garantiu a sexta alta nos últimos sete pregões, dando ao índice Dow Jones uma alta acumulada de mais de 13%. Ontem o Fed se reuniu para decidir o que fazer com a taxa básica de juros, que foi mantida pela segunda vez seguida em uma faixa entre zero e 0,25% ao ano. Porém, a autoridade monetária americana resolveu ainda elevar a US$ 1,25 trilhão os recursos destinados para socorrer o mercado imobiliário nos EUA. O Fed informou, no comunicado divulgado após o anúncio de sua decisão sobre a taxa de juros, que vai comprar outros US$ 750 bilhões em títulos lastreados em hipotecas. O Fed informou ainda, que, visando colocar mais crédito em circulação entre as instituições privadas, vai adquirir até US$ 300 bilhões de títulos do Tesouro de longo prazo nos próximos seis meses. Além disso, o BC americano elevou de US$ 100 bilhões para US$ 200 bilhões o valor para comprar papéis de dívida, emitidos diretamente pelas três empresas hipotecárias que contam com apoio do governo - a Fannie Mae, a Freddie Mac e a Ginnie Mae. Assim, só os valores anunciados ontem, somam US$ 1,15 trilhão. Com a decisão, os papéis dos bancos e das construtoras dispararam, fazendo com que o mercado acionário deixasse o terreno negativo, onde estava desde o início dos negócios. Entre os destaques do pregão ficaram os papéis do Citigroup (22,71%), Bank of America (22,33%), AIG (43,75%), Wells Fargo (17,46%), JPMorgan (7,84%) e Fannie Mae (40,35%).
Análise 2 - Os indicadores econômicos divulgados ontem,dia 18/3, não chegaram a afetar a disposição dos investidores para os negócios. O Departamento do Trabalho informou que o CPI - Índice de Preços ao Consumidor – (na sigla em inglês) nos EUA teve uma alta de 0,4% em fevereiro, maior avanço desde julho do ano passado. O núcleo da inflação (que exclui preços de alimentos e energia) teve alta de 0,2%, mesma variação verificada em janeiro e acima do 0,1% esperado pelos analistas. A MBA - Associação de Bancos de Hipoteca –(na sigla em inglês), por sua vez, informou que as solicitações de contratos de hipoteca nos EUA tiveram na semana encerrada no último dia 13/3, um aumento de 21,2% na comparação com o período imediatamente anterior, devido a um aumento nos pedidos de refinanciamento. Na comparação com a mesma semana de 2008, o número de pedidos teve um aumento de 31,2%.

São Paulo/SP
Principais Bolsas europeias fecham em queda, mas Frankfurt sobe
A maior parte das Bolsas europeias fechou com queda ontem, 18/3, com exceção da Bolsa de Frankfurt, que teve leve alta. O principal índice europeu, que reúne ações importantes de todo o continente, também caiu, à espera dos resultados da reunião do Fed - Federal Reserve – (o BC americano) e com as commodities em queda, puxadas pela desvalorização do petróleo e outros metais.
- O índice Eurofirst 300 recuou 0,8%, para 710 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 1,35%, a 3.804 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX ganhou 0,21%, para 3.996 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 caiu 0,25%, para 2.760 pontos.
- Em Milão, o índice Mibtel encerrou em alta de 1,7%, a 11.754 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 registrou valorização de 0,21%, para 7.661 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 avançou 1,20%, a 6.119 pontos.
Análise - As ações ligadas ao setor de matérias-primas (commodities) oram as que apresentaram queda mais acentuada. Os preços do petróleo tiveram queda de 2% ontem, 18/3, o ouro perde mais 3%, o alumínio retrocede 1,3% e o zinco perde 2,8%. "Há alguns sinais de que não está tão ruim como estava na história recente, mas, menos pior não significa bom", diz Andrew Bell, diretor de pesquisa da Rensburg Sheppards, à agência de notícias Reuters.

HOJE – Nas bolsas da Ásia
Dia de altos e baixos nas asiáticas
Todas as bolsas asiáticas oscilaram pouco nesta quinta-feira, dia 19/3, e não apresentaram uma tendência definida. Com exceção da Bolsa de Xangai, que subiu 1,9%, os outros principais indicadores não subiram ou caíram mais que 1%. O
anúncio do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) de que os recursos destinados a socorrer o mercado imobiliário nos Estados Unidos seriam elevados a US$ 1,250 trilhão impulsionou alta nas ações de bancos.
- No Japão, uma valorização do iene em relação ao dólar afetou os exportadores e fez com que o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, caísse (0,3%) pela primeira vez na semana e atingisse 7.945 pontos. As ações dos bancos, entretanto, subiram.
- Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,1% e fechou em 13.130 pontos. Apesar da alta das ações dos bancos no resto da Ásia, investidores venderam papéis do HSBC após sete dias de alta e as ações do banco encolheram 2,8%. Já as commodities, impulsionadas pelo novo anúncio do Fed, subiram.
- Na China, as ações subiram pelo quarto dia seguido, com os investidores esperançosos de que algumas indústrias do país estão se recuperando. O índice Shangai Composite subiu 1,9% e chegou aos 2.265 pontos.
- Na Coreia do Sul, o índice Kospi caiu 0,7% e fechou em 1.161 pontos.
- Em Taiwan, o índice Taiex caiu 0,2% e chegou aos 5.035 pontos.
- Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 subiu 0,98% e atingiu os 3.480 pontos.
- O indicador composto JKSE, da bolsa de Jacarta, abriu o pregão desta quinta-feira em alta de 17,52 pontos (1,32%), aos 1.340,36.
- O índice SET, da bolsa de Bangcoc, abriu o pregão desta quinta-feira em 426,82 pontos, após subir 0,62 (0,15%).
- O índice seletivo KLCI, da bolsa de Kuala Lumpur, abriu o pregão desta quinta-feira com alta de 4,40 pontos (0,52%), aos 852,36.



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MERCADO FINANCEIRO


Brasília/DF – Da redação
BB diz que carteira de crédito cresceu 13% após início da crise
A carteira de crédito do Banco do Brasil cresceu 13,2% desde outubro, quando começaram os efeitos da crise financeira global sobre o sistema bancário brasileiro. Segundo dados apresentados ontem, dia 18/3, pelo presidente da instituição, Antonio Francisco de Lima Neto, o volume emprestado passou de R$ 212 bilhões no início da crise econômica, para R$ 240 bilhões, em fevereiro deste ano. Além disso, com a escassez nas linhas para comércio exterior nos bancos privados, o maior banco público do País aumentou sua participação nesse segmento, de 25% para 33% do total nesse período. Para Lima Neto, esses números mostram que o BB agiu na contramão das instituições privadas, que reduziram o crédito durante os piores momentos da crise. "Temos atuado aproveitando a crise como uma oportunidade. Não tomamos nenhuma medida de contingência, travando o crédito", afirmou o presidente do BB durante audiência pública na CAE - Comissão de Assuntos Econômicos - do Senado. Juros e spread - Lima Neto negou que o banco tenha aproveitado a crise para aumentar o spread bancário - diferença entre a taxa de captação dos bancos e os juros que eles cobram dos clientes. O spread embute os custos, riscos, impostos e lucro das instituições financeiras. No caso do BB, o custo com a provisão contra inadimplência, representa 38% do spread. Segundo ele, houve divergências nas informações prestadas pelo BB ao Banco Central, que divulga semanalmente o ranking das taxas de juros no País. O primeiro problema foi uma informação incorreta sobre o IOF - Imposto sobre Operações Financeiras -, tributo que incide nos empréstimos.
Outro problema foi a comparação de uma linha de capital de giro do BB, com prazo de 24 meses, com linhas de 12 meses de outros bancos. Com prazo maior, a linha do banco estatal apresenta juro mais caro. "O juro praticado pelo BB, podia parecer que tinha extrapolado. Mas o que tivemos foi um erro de informação, o que deixava o Banco do Brasil aparecendo mal nos primeiros rankings. Hoje isso foi concertado e o BB aparece em colocações razoáveis", afirmou.
A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, também afirmou que os bancos públicos reduziram suas taxas de juros desde o início da crise. No caso da Caixa, foram três reduções. Os presidentes das duas instituições defenderam a aprovação do cadastro positivo de bons pagadores, projeto que tramita no Congresso, como uma medida importante para reduzir o spread bancário. O cadastro vai significar juros menores para quem tem um bom histórico de pagamento de suas dívidas.


Washington/EUA
Fed surpreende ao anunciar reforço no mercado financeiro
O banco central dos EUA, Fed, bateu forte ontem, dia 18/3, onde não se esperava, anunciando um reforço de suas intervenções no mercado financeiro, comprando obrigações do Tesouro americano, para dar uma folga nas condições de crédito. O Fed "decidiu comprar até US$ 300 bilhões de bônus do Tesouro de longo prazo, nos próximos seis meses", informou o FOMC - Comitê de Política Monetária - do banco central, em comunicado publicado ao final de dois dias de reunião em Washington. A ação surpreendeu os analistas que estavam preparados para que o Fed repetisse, simplesmente, seu compromisso de empregar "todos os instrumentos à sua disposição" para promover a retomada econômica. Com efeito, o banco central anunciou uma série de medidas que vão aumentar o tamanho de seu balanço em US$ 1,150 bilhão suplementares. Para Julia Coronado, do Barclays Capital, o Fed "passou a usar de artilharia pesada": "concluiu que não poderia ficar de braços cruzados esperando que o Tesouro e o Congresso resolvessem os problemas, e que deveria ser mais agressivo para voltar a dar a partida nos mercados financeiros". Sem surpresa, o banco central anunciou que manteria sua taxa básica de juros na margem de flutuação de 0% a 0,25% em vigor desde dezembro. O anúncio sobre a atuação no mercado financeiro foi recebida com entusiasmo em Wall Street.
A chegada do Fed no mercado da dívida pública deverá fazer baixar as taxas de longo prazo e, por consequência, o custo dos empréstimos obrigatórios contraídos pelas empresas, trazendo-lhes, assim, um pouco de alívio. O Banco da Inglaterra havia decidido no dia 5/3 resgatar empréstimos do Estado, e este anúncio foi seguido de uma redução sensível das taxas de longo prazo na Grã-Bretanha, o que, sem dúvida, levou o Fed a fazer o mesmo. Para Ian Shepherdson, economista do instituto HFE, a adoção de uma tal estratégia pelo Fed, era "inevitável".
O Fed anunciou, também, um aumento de seu programa de compra de títulos indexados a ativos imobiliários de US$ 750 bilhões, para levá-lo ao máximo de US$ 1,25 trilhão. O objetivo deste programa de compra de papéis, emitidos pelos organismos de refinanciamento hipotecário, Fannie Mae e Freddie Mac, é de fazer baixar, no final de tudo, o custo dos empréstimos imobiliários. Considerando "más" as perspectivas econômicas de curto prazo, o banco central considerou que essas ações, associadas ao plano orçamentário de US$ 787 bilhões, promulgado em fevereiro, "vão contribuir para a retomada gradual de um crescimento econômico durável". O comunicado do Fed não menciona nenhuma data específica para isto; mas seu presidente, Ben Bernanke, havia estimado há alguns dias que deveria acontecer no início de 2010. (Agence France Presse/AFP)

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INDÚSTRIA


São Paulo/SP – Da redação
Aracruz adia investimentos de R$ 75 milhões em produção de celulose
A Aracruz Celulose informou ontem, dia 18/3, que suspendeu os investimentos de R$ 75 milhões previstos para este ano com o objetivo de expandir a produção da Veracel, na Bahia. Foram cancelados os investimentos para compra de terras, formação de florestas e estudo de viabilidade. "Os sócios acreditam que essa é uma ação prudente, à luz do atual cenário de mercado", afirma a empresa, em nota assinada pelo diretor de Relações com os Investidores, Marcos Grodetzky. No final de janeiro, a Votorantim Celulose e Papel e a Aracruz anunciaram que devem concluir em aproximadamente cinco meses o processo de fusão entre as duas empresas, que formará a maior companhia de celulose do mundo. No final do ano passado, a Aracruz sofreu com as turbulências do mercado financeiro, devido a operações atreladas ao dólar, os derivativos cambiais, contratados pela fabricante de celulose para se proteger da alta do real. Até o terceiro trimestre de 2008, a companhia apurou um prejuízo líquido de R$ 1,642 bilhão, ante um lucro líquido de R$ 260,9 milhões, em idêntico período em 2007. A Aracruz revela os resultados do quarto trimestre de 2008 no próximo dia 27/3.

Buenos Aires/Argentina
Coteminas investirá US$ 25 milhões na Argentina
A brasileira Coteminas investirá US$ 25 milhões para ampliar sua unidade na província argentina de Santiago del Estero, informaram ontem,dia 18/3, fontes oficiais. O investimento permitirá à empresa ampliar a capacidade produtiva de sua fábrica e duplicar o quadro atual de 350 operários, informou uma representante da Coteminas, em encontro com a ministra da Produção argentina, Débora Giorgi. Através deste investimento, a Coteminas incorporará a sua unidade em Santiago del Estero, uma linha de tinturaria industrial que entrará em operações em aproximadamente um ano. "Temos o compromisso de manter o nível de atividade e os postos de trabalho. Estes projetos de integração produtiva e agregação de valor estão alinhados às políticas ativas de nosso ministério", disse Giorgi. A Coteminas opera em Santiago del Estero desde 2004 e, atualmente, emprega diretamente cerca de 350 trabalhadores na produção de tecidos com os quais abastece o mercado interno e exporta para Brasil, Chile, Uruguai e EUA. (Agência EFE)

Tóquio/Japão
Toshiba aponta novo presidente-executivo e corta custos
A japonesa Toshiba apontou Norio Sasaki como seu novo presidente-executivo, confiando ao experiente líder de sua divisão de energia, a condução de um plano de corte de custos de US$ 3 bilhões, enquanto a gigante da eletrônica caminha em direção a um prejuízo recorde. A Toshiba, que está encarando um prejuízo anual de 280 bilhões de ienes (US$ 2,8 bilhões), principalmente devido aos problemas de sua divisão de chips, anunciou ontem, dia 18/3, que desejava ter um líder único que comandasse sua reestruturação, recuperação e as fases de crescimento subsequentes. A mudança de comando surgiu dois dias depois que a rival Hitachi apontou outro veterano do setor de energia, Takashi Kawamura, como seu novo presidente-executivo, a partir de abril, com a missão de reestruturar suas amplas operações.
Como importante assessor do atual presidente Atsutoshi Nishida, Sasaki estava encarregado dos negócios de infraestrutura social da Toshiba, que incluem usinas de energia, elevadores e equipamentos médicos. Essa é a única divisão lucrativa da empresa no momento, já que a recessão mundial vem exercendo pesado impacto sobre os semicondutores, os eletrônicos e os eletrodomésticos. Sasaki, que liderou a aquisição pela Toshiba do grupo de energia nuclear norte-americano Westinghouse, em 2006, se tornará presidente-executivo em junho, se os acionistas aprovarem a mudança, enquanto Nishida assumirá a presidência do conselho depois de quatro anos como líder executivo do grupo.
O atual presidente do conselho, Tadashi Okamura, se tornará assessor. Nishida comandou a ascensão da Toshiba como segunda maior fabricante de chips de memória flash NAND, atrás da Samsung Electronics. "A crise econômica pode ser superada pelo uso da imaginação, e da inovação, e acredito que essa possa ser uma grande chance de darmos o próximo salto adiante", disse Sasaki em um briefing. A Toshiba definiu um plano de corte de custos de 300 bilhões de ienes (US$ 3,1 bilhões), para o ano fiscal que está por começar, com o corte de investimentos de capital e trabalho terceirizado. A empresa também planeja adiar a construção de novas fábricas de chips de memória flash, enquanto dedica mais recursos a áreas de crescimento como as baterias de lítio íon e os sistemas de energia solar. (Agência Reuters)

Guarulhos/SP
Fábrica de motores fecha unidade em Guarulhos e demite 370 funcionários
A WEG anunciou ontem,dia 18/3, uma reestruturação em sua área de motores elétricos para eletrodomésticos que incluiu o fechamento da unidade em Guarulhos, Grande São Paulo, e a demissão de 370 funcionários, sendo que a maioria já está em licença remunerada. A empresa informou que o objetivo é "conseguir maior produtividade e competitividade neste segmento" e considerou ainda, a "atual situação econômica e consequente retração de consumo". A unidade de Guarulhos é uma das três fábricas de motores para eletrodomésticos operadas pela WEG no Brasil.
Segundo a WEG, dentre os produtos fabricados na unidade de Guarulhos, os motores para ar-condicionado sofreram retração mais acentuada da demanda, em razão da alteração ocorrida na política industrial de referência da Zona Franca de Manaus. Até o primeiro semestre de 2007, de acordo com a WEG, a política industrial incentivava a utilização de componentes produzidos nacionalmente. Com a alteração feita pelo governo, passou-se a admitir a atividade industrial baseada em CKD (kits desmontados), que permite a importação com incentivos fiscais de componentes estrangeiros. "O encerramento das atividades em Guarulhos é uma decisão difícil, mas necessária no contexto atual", afirmou o diretor-presidente da WEG, Harry Schmelzer Junior.
Schmelzer afirmou ainda, que "embora o crescimento das receitas neste primeiro trimestre, esteja ainda próximo de nossa expectativa inicial, principalmente pelo desempenho dos projetos já em andamento de grandes máquinas elétricas para o setor de energia, a visibilidade das condições de mercado para os próximos trimestres não melhorou em relação ao final de 2008. Desta forma, estamos adotando medidas para enfrentar em melhores condições este cenário econômico".
As ações incluem a reavaliação de atividades nas áreas produtivas e administrativas, com foco no controle de custos e despesas, a suspensão temporária de novas contratações e possíveis negociações para adoção de medidas alternativas, para enfrentar redução de produção em áreas que forem mais afetadas pela queda de mercado. A WEG é uma das maiores fabricantes mundiais de equipamentos eletroeletrônicos, produzindo motores elétricos, geradores, transformadores e componentes eletrônicos e eletromecânicos de proteção, comando e controle. No País, o grupo tem sua sede e principais unidades industriais em Jaraguá do Sul/SC. Suas demais fábricas estão espalhadas por Rio Grande do Sul: Gravataí; Santa Catarina: Blumenau, Guaramirim e Joaçaba; São Paulo: São Bernardo do Campo e Hortolândia; e Amazonas: Manaus. No exterior, a WEG possui unidades fabris na Argentina, México, Portugal e China.

Porto Alegre/RS – Da redação
Cia do Sono rumo a Angola
Estão saindo de Glorinha/RS esta semana, os primeiros containers com colchões, acessórios e travesseiros da Cia do Sono, rumo à Angola. Os produtos serão comercializados no país por um grupo de empresários interessados em difundir os efeitos da magnetoterapia aplicada em acessórios de efeito prolongado. O grupo - Organizações Canaan - que esteve visitando as instalações da fábrica no final de 2008, mostrou interesse em tornar-se representante oficial da Cia do Sono em terras angolanas. Conforme Letícia Barcellos, Diretora de Expansão da empresa, “esta primeira remessa para o exterior marca o início do processo de abertura de novos mercados, planejada para este ano”. (Fonte: Amorim Comunicação)

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AGRONEGÓCIOS


São Paulo/SP – Da redação
Painel Conjuntural da AveSui focará no atual cenário e no futuro dos mercados de aves e suínos
Os rumos da avicultura e da suinocultura nacional, bem como os potenciais, desafios, dificuldades e diversas outras informações que envolvem o atual cenário destes mercados, serão debatidos por renomados especialistas durante o Painel Conjuntural de Avicultura e Suinocultura, que será realizado na AveSui Regiões 2009. A Feira, considerada a principal vitrine do setor, acontece entre os dias 27/4 e 29/4, no Expo Center Norte, em São Paulo/SP, das 14h às 21h. O painel reunirá nomes de grande representatividade nos mercados de aves e suínos, como Francisco Sérgio Turra, presidente executivo da Abef, Pedro de Camargo Neto, presidente executivo da Abipecs, Roberto Rodrigues, ex-ministro da agricultura e coordenador de agronegócios da GV Agro, Dilvo Grolli, presidente da Coopavel, Luis Carlos Correia de Carvalho, coordenador do Comitê Nacional de Agroenergia, e Inácio Kroetz, Secretário da Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura.
Os temas do Painel Conjuntural da AveSui Regiões 2009 abordarão o cenário geral e econômico da avicultura, suinocultura, agroenergia e do agronegócio brasileiro. Além disso, também estarão em pauta os acordos sanitários internacionais na área de saúde animal e o impacto dos preços das commodities no agronegócio e nas exportações nacionais. O objetivo deste painel, que será realizado no primeiro dia do evento, a partir das 8h30min, é fornecer diversos subsídios estratégicos para produtores, estudantes, pesquisadores e empresários, de modo a apresentar os diversos fatores que influenciam em cada uma destas áreas. "O seminário da AveSui vêm ao encontro às necessidade do mercado, trazendo renomados pesquisadores para tratar de temas necessários para a atualização e formação daqueles que integram as cadeias produtivas de aves e suínos”, afirma Andrea Gessulli, diretora da AveSui Regiões 2009. (Fonte: Texto Assessoria de Comunicação)

Washington/EUA
Obama não tem permissão para cortar subsídios agrícolas
A proposta do presidente americano Barack Obama, de cortar os subsídios agrícolas, foi rejeitada pelos representantes da Câmara da Agricultura dos EUA. Obama planejava reduzir em US$ 500 mil os subsídios destinados aos agricultores. Segundo a comissão, um plano desse tipo só poderá ser executado em 2012. O representante da Comissão, Frank Lucas, declarou que a proposta de economizar US$ 10 bilhões era "ridícula" e "mal-concebida". (Fonte: World Poultry)

Brasília/DF – Da redação
Brasil e Holanda vão desenvolver pesquisas em genética
Nos próximos cinco anos, a Embrapa vai desenvolver projetos de cooperação técnica com uma das mais importantes empresas do mundo em investigação, desenvolvimento e inovação em genética molecular, a holandesa Keygene N.V. Um memorando de entendimento vai permitir a realização das pesquisas. De acordo com o pesquisador Manoel Souza, que atua no Labex Europa - Laboratório Virtual da Embrapa na Europa - e na representação com sede em Wageningen, o memorando prevê a criação de comitê diretivo para elaborar projetos de cooperação técnica (PCTs). O comitê terá dois membros de cada organização e deverá ser formado nos próximos 30 dias. (Fonte: Assessoria do Mapa)

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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo/SP – Da redação
Ford diz que carros atingidos pela chuva não serão vendidos
A Ford afirmou ontem, dia 18/3, por meio de comunicado, que os cerca de 400 carros estacionados no pátio da fábrica em São Bernardo do Campo, alagado ontem por conta das chuvas, não serão vendidos. "A chuva não prejudicou as operações da fábrica, que encerrou o turno de trabalho normalmente às 16h30min, e retornou as operações na manhã de quarta-feira", informa ainda a montadora. A unidade de São Bernardo produz os modelos Ka, as picapes Courier e F-250, além dos caminhões da linha Cargo e Série F para os mercados brasileiro e latino-americano. As chuvas provocaram 60 pontos de alagamento na cidade de São Paulo, interromperam a circulação de trens e fizeram com que a cidade registrasse o maior congestionamento do ano: 201 km às 19h, ou 24% das vias monitoradas. O recorde anterior do ano era de 188 km de lentidão, registrado no último dia 6/3, quando, também choveu em São Paulo durante o dia. Com os temporais, o CGE decretou estado de atenção em toda a cidade - a escala passa por: observação, atenção, alerta e alerta máximo.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília/DF – Da redação
Superávit da segunda semana de março soma US$ 138 milhões
Entre os dias 9/3 e 15/3/2009 – segunda semana do mês –, a balança comercial brasileira registrou superávit (diferença entre as exportações e as importações) de US$ 138 milhões (média diária de US$ 27,6 milhões). No período, as exportações somaram US$ 2,515 bilhões (média diária de US$ 503 milhões) e as importações US$ 2,377 bilhões (média diária de US$ 475,4 milhões). A corrente de comércio (soma dos valores exportados e importados) verificada nesses cinco dias úteis foi de US$ 4,892 bilhões, o que corresponde a US$ 978 milhões negociados, em média, por dia útil.
A média diária das exportações, na segunda semana de março, ficou 6,2% menor do que a verificada na primeira semana do mês (US$ 536,4 milhões). Nesse período, foram observadas retrações nas vendas de produtos das três categorias: semimanufaturados (-21,2%) - principalmente, açúcar em bruto, celulose, ferro-ligas, couros e peles e óleo de soja em bruto –, manufaturados (-5,3%) – por conta de aviões, veículos automóveis, autopeças, motores e geradores, calçados e aparelhos celulares – e básicos (-2,2%) – em virtude de petróleo em bruto, carne de frango, farelo de soja e milho em grão. Nas importações, fazendo-se a mesma comparação, houve redução de 0,9%, motivada, principalmente, pela diminuição dos gastos com equipamentos eletroeletrônicos, automóveis e partes, produtos químicos orgânicos e inorgânicos, farmacêuticos e siderúrgicos.
Exportações no mês
Nas duas primeiras semanas de março, as exportações brasileiras alcançaram a cifra de US$ 5,197 bilhões, (média diária de US$ 519,7 milhões). Por esse critério, o desempenho dos embarques brasileiros ficou 17,6% abaixo do verificado em todo mês de março do ano passado, quando a média diária foi de US$ 630,7 milhões.
Nessa comparação, foram verificadas retrações nos embarques de manufaturados (-26,3%) – em função de aviões, autopeças, aparelhos celulares, calçados, automóveis, pneus e polímeros plásticos – e semimanufaturados (-26,2%) – por conta de óleo de soja em bruto, couros e peles, ferro-fundido, celulose, alumínio em bruto e ferro-ligas. As exportações de produtos básicos, entretanto, cresceram 3,1%, principalmente, minério de ferro, soja em grão, fumo em folhas e algodão em bruto.
Em relação ao desempenho médio diário das exportações em fevereiro de 2009 (US$ 532,7 milhões), observou-se uma queda de 2,4%, em virtude dos embarques de produtos semimanufaturados (-16,2%) e básicos (-2,5%). As vendas de produtos manufaturados mantiveram-se estáveis.
Importações no mês
As importações, nos dez dias úteis acumulados em março de 2009, somaram US$ 4,775 bilhões, com uma média diária de US$ 477,5 milhões. Esse valor foi 17,8% menor do que o apresentado em todo mês de março do ano passado, quando a média diária dos desembarques de produtos estrangeiros no Brasil chegou a US$ 581,3 milhões. Nesse período, houve retração, principalmente, nas importações de produtos de cobre (-52,2%), combustíveis e lubrificantes (-40,8%), produtos de borracha (-35,9%), automóveis e partes (-23,9%) e equipamentos elétrico-eletrônicos (-17,5%).
Sobre o resultado médio diário verificado em fevereiro último (US$ 434,5 milhões), as importações cresceram 9,9%, em virtude de aumento nas compras de produtos de cobre (+68,2%), combustíveis e lubrificantes (+47,1%), farmacêuticos (+26,1%), equipamentos elétrico-eletrônicos (+24%), cereais e produtos de moagem (+23,9%), aeronaves e peças (+11,1%) e automóveis e partes (+10,3%).
O saldo comercial, nas duas semanas de março, acumulou US$ 422 milhões (média diária de US$ 42,2 milhões), valor 14,6% menor do que o superávit apresentado em março do ano passado, quando a média diária foi de US$ 49,4 milhões. Em relação ao desempenho médio diário do saldo apresentado em fevereiro de 2009 (US$ 98,2 milhões), houve uma queda de 57%.
Acumulado do Ano
Até a segunda semana de março de 2008 - com 49 dias úteis -, as exportações totalizaram US$ 24,567 bilhões (média diária de US$ 501,4 milhões), desempenho 22% menor que o verificado no mesmo período de ano passado, quando a média diária das exportações foi de US$ 643,1 milhões. Na mesma comparação, as importações apresentaram queda de 22,3%, saindo de uma média diária de US$ 601,2 milhões, até a segunda semana de março de 2008, para US$ 467,4 milhões no mesmo período deste ano. As importações no acumulado deste ano atingiram US$ 22,902 bilhões. O superávit comercial acumulado no ano somou US$ 1,665 bilhão (média diária de US$ 34 milhões), um decréscimo de 19% em relação ao saldo médio diário apresentado no mesmo período do ano passado (US$ 42 milhões). (Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MDIC)


Brasília/DF
Exportações brasileiras têm previsão de queda de 11%
A constatação é de que a América Latina terá um dos piores resultados comerciais neste ano. No mundo, a nova projeção indicou ontem uma queda do comércio de 12,5% em volume em 2009. Para 2010, os países ricos continuarão a sofrer queda das exportações. Os especialistas holandeses estimavam que o comércio mundial iria encolher em mais de 10% em 2009, bem acima de qualquer previsão da OMC - Organização Mundial do Comércio. Em valores, a queda seria de 22%. "Esses números não eram vistos desde os anos 30. A partir de 1945, não há nenhum registro de quedas como a que teremos neste ano", afirmou Wim Suyker, autor da projeção. "O encolhimento do comércio é drástico e afetará em cheio a América Latina." A queda na demanda nos países ricos, a falta de créditos para exportação e ainda, as medidas protecionistas, devem aprofundar a crise no setor comercial.
A América Latina sofrerá uma queda de 11,5% nas exportações no ano. A redução é a maior entre todas as regiões de países em desenvolvimento. Na Ásia, a queda será de 10,75%, ante 6,5% apenas na China. Os últimos meses de 2008 já tiveram um impacto no comércio latino-americano. O ano terminou com uma queda de 2% no volume exportado pela região ao mundo e a América Latina, foi o único continente a sofrer uma contração. "O Brasil, por sua dependência em exportações de commodities, será um dos países mais afetados", afirmou Suyker. Segundo ele, a queda deverá ser de "pelo menos" 11%. Outro país na região que sofrerá em 2009 será o México, diante de sua relação comercial de proximidade com a economia americana, em plena recessão.
Parte da explicação para o resultado negativo no Brasil está nos países ricos. A previsão é de que os EUA reduzirão as compras de produtos importados em 14% em volume, em 2009. Na Europa, a queda será de 10,5%, e no Japão de 20%. Já a China, um dos principais mercados para as exportações latino-americanas, sofrerá redução nas importações de 9,5% em 2009. A queda das importações na América Latina, também será substancial, com 12,5% neste ano, após um crescimento de 3,5% em 2008. Entre os países ricos, as estimativas apontam para uma queda das exportações de 13,75% em 2009. Nos EUA, a redução será de 16% em volume, ante 23% no Japão e 12,5% na Europa. Já em 2008, o comércio dos países ricos ficou praticamente estagnado, com alta de apenas 0,7%, já afetados pelos últimos três meses do ano.
O Escritório de Análise Econômica da Holanda, porém, destaca que as exportações mundiais terão leve recuperação em 2010, com alta de 2,25%, graças à recuperação da Ásia. A taxa é ainda menor que a de 2008, de 2,7%. A recuperação tímida indica que o mundo levará "alguns anos" para voltar a ter os mesmos volumes de comércio de 2007 e 2008. Segundo especialistas, isso poderia ocorrer apenas em 2012 ou 2014. No caso da América Latina, a estimativa é de que as exportações voltem a se expandir em 2% em 2010, em comparação aos níveis baixos de 2009. A taxa será bem abaixo dos demais emergentes, que, em média, vão crescer 4,25%. (Agências Brasil e Estado)

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MERCADO DE TI


Nova Iorque/EUA
IBM negocia a compra da Sun Microsystems por US$ 6,5 bilhões
A IBM está negociando a compra da Sun Microsystems, em um movimento que pode amparar a gigante de tecnologia contra as rivais no mercado de servidores para computadores. A informação foi dada pelo diário norte-americano "Wall Street Journal", ontem, dia 18/3. A oferta feita pela IBM gira em torno de US$ 6,5 bilhões. Depois da reportagem do jornal, as ações da Sun subiram 64%. Se a fusão for concretizada, será a maior aquisição feita pela IBM, e representa um caminho da estratégia recente de enfoque no fortalecimento de softwares e negócios, além do fornecimento de hardware. A IBM batalha com a Hewlett-Packard e a Cisco Systems, pelo controle de centro de dados em empresas. As três competem também, no fornecimento de computadores e sistemas de rede. "Faz sentido na visão de consolidação do setor, mas, observando a performance da Sun nos últimos dois anos, não seria uma das minhas favoritas para que a IBM comprasse", disse o analista Robert Jakobsen, do banco dinamarquês Jyske. "O mercado não foi muito bom para a Sun Microsystems nos últimos 12 meses, então não se trata de uma aquisição muito cara, na minha opinião." Nenhum representante da Sun estava disponível para comentar o assunto. O porta-voz da IBM não quis dar declaração. (Agência Reuters)

Boston/EUA
Oracle divulga resultados do terceiro trimestre fiscal
A Oracle divulgou ontem, dia 18/3, os resultados de seu terceiro trimestre fiscal de 2009. No período, o faturamento da companhia chegou a US$ 5,45 bilhões, o que representou um crescimento de 2%. No entanto, o lucro caiu 1% e ficou em US$ 1,3 bilhão. A venda de novas licenças de software – um indicador chave da força do negócio – caiu 6%, registrando faturamento de US$ 1,5 bilhão. Analistas da Thomson Financial disseram que – excluindo-se itens especiais – a Oracle deveria pagar dividendos de US$ 0,32 por ação no trimestre, mas o resultado da companhia esteve acima da previsão. Com exclusão dos chamados itens especiais, as vendas foram de US$ 5,5 bilhões e os ganhos por ação, de US$ 0,35. (Agência Associanted Press)

São Paulo/SP – Da redação
Santander unifica políticas de sustentabilidade de TI com o Banco Real
Desde que o Santander comprou o Banco Real, em 2007, teve início um longo processo de integração entre os dois bancos que envolveu, também, a unificação das políticas de sustentabilidade. Uma das iniciativas é doar servidores e desktops obsoletos para reutilização em instituições e organizações não-governamentais. Em 2008, foram distribuídos 5 mil equipamentos, número que deve subir este ano com a integração de prédios. Outro destaque da política de sustentabilidade do grupo Santander, é a virtualização de servidores e desktops. O banco encerrou o ano passado com cerca de 600 máquinas virtualizadas. “Começamos timidamente no fim de 2007, e tenho certeza que vamos avançar este ano, porque estamos com um projeto forte neste sentido. Por isso, não quero dar previsão para 2009”, afirma Hilda Raquel Guiaro Sicuto, superintendente da Produban, empresa de tecnologia do grupo. Segundo a executiva, o consumo mensal de energia e ar condicionado caiu cerca de 40% com as iniciativas. No quesito espaço físico, a redução foi superior a 30%. “Virtualizar dá trabalho. É um projeto que traz riscos e você tem que estar disposto a mexer em aplicativos, em software. Há benefícios de redução, mas, num primeiro momento, você tem que investir em capital humano e em abrir espaço no seu calendário”, destaca Hilda. “Mas no primeiro ano o investimento se paga”, completa.

São Leopoldo/RS – Da redação (Porto Alegre)
Embratec Good Card aposta no aumento da colaboração do seu ambiente
Com cerca de 900 usuários distribuídos em diversos escritórios, como São Leopoldo/RS, Porto Alegre e São Paulo, e um grande crescimento projetado para os próximos anos, a Embratec Good Card - empresa que atua no ramo de convênios e de gestão de frotas - decidiu que era hora de ampliar os recursos de colaboração. Para isso, intensificou os investimentos, especialmente, na área de infraestrutura, com a visão de aumentar e melhorar a colaboração entre os funcionários, tornando-a mais efetiva e fácil. Uma das medidas chaves nesse processo, foi a migração da plataforma de correio eletrônico que utilizava, o PostFix, para o Microsoft Exchange Server 2007, passando do ambiente Linux para Microsoft. Em parceria com a Processor, iniciou esse trabalho com 30 contas de usuários, envolvendo gestores e executivos. "Foi uma decisão arriscada porque envolveu a migração de um público altamente exigente. Mas fomos muito bem-sucedidos", comemora o gerente de Infraestrutura da Embratec Good Card, Luis Alberto Aloy. Até a metade do ano essas melhorias devem chegar a todos os colaboradores. Ele relembra que a empresa tinha 18 dias para implantação, treinamento e migração e conseguiu finalizar tudo em 8 dias. "O projeto foi muito bem elaborado e a Processor nos ajudou muito no planejamento e treinamento", acrescenta.
O consultor de infraestrutura da Processor, Alexander Petrushenko, explica que um dos principais benefícios gerados com essa migração, é o aumento da colaboração. "Além da redução dos custos administrativos com a solução de correio eletrônico anterior, a integração com outros sistemas se tornou muito mais simples, o que garante maior produtividade para os usuários.", destaca. Outras vantagens são a segurança, já que o Exchange oferece recursos de criptografia e novos dispositivos para controle de vírus e spams. Os gestores conseguem receber e-mails a partir de qualquer dispositivo e, com isso, o tempo de resposta para assuntos urgentes se torna mais rápido. E, como não poderia deixar de ser, essa evolução permitirá a redução de custos, já que fará com que seja mais fácil administrar o ambiente e realizar backups, além da alta disponibilidade.
Aloy explica ainda, que a implantação do Exchange teve também como objetivo, facilitar o controle de agenda e a integração com as tecnologias VoIP. Segundo ele, o PostFix era uma ferramenta que deixa a desejar no aspecto de facilidade visual, mobilidade e agenda corporativa. Ele ressalta também, que a empresa passou a ter uma agenda mais colaborativa, que está disponível para os diretores e superintendentes, independente do meio que portarem. O mesmo sincronismo foi possível em termos de mobilidade, através dos smartphones. "Ganhamos tempo", conclui. A Embratec - Empresa Brasileira de Tecnologia e Administração em Convênios HOM Ltda - desenvolve soluções corporativas através de cartões Good Card e atua nos segmentos de Benefícios e Gestão de Frotas, com produtos como, por exemplo: alimentação, refeição, no segmento de convênios e Gestão de Frotas, visando controle geral da frota, abastecimento, manutenção entre outros serviços. A empresa está presente em todo o território nacional. (Fonte: Assecom)

Porto Alegre/RS – Da redação
Grupo Arara Azul automatiza gestão com ERP Cigam
O Grupo Arara Azul, com atuação nos estados do ES, MG e RJ, especialista nos segmentos de energia e logística adotou o ERP Cigam para automatizar seus processos. O sistema de gestão vai auxiliar o grupo capixaba que reúne empresas nos setores de logística, petróleo, gás, varejo, portos e embarcações de pequeno e médio porte. Os projetos de expansão no varejo na sua rede de postos, em conjunto com as ações de fidelização de clientes (cartão private-label e gestão de frotas), fazem parte da estratégia que pretende atrair mais o mercado, que agora passa a ser controlada de maneira mais ampla e unificada, com a utilização do ERP CIGAM: “O grupo atinge mais agilidade em seus processos, garantindo a satisfação do Cliente, que torna o ciclo favorável para todos”, conta Luiz Augusto Saraiva, gestor de TI do Grupo Arara Azul.
De acordo com ele, o CIGAM foi escolhido devido ao alto nível de aderência ao negócio e também por suas modernas práticas de gestão: “Buscamos um aplicativo que integrasse todas as atividades do Grupo, com automação da frente de loja até ao BI”, salienta Luiz Augusto. Para o diretor da Cigam Prodaly, responsável pela comercialização do CIGAM, José Luiz Todero, a solução foi adotada para integrar todos os negócios do Grupo, com sucesso: "Vamos atender plenamente todos os setores de atuação do Grupo Arara Azul, integrando todas as Empresas do Grupo numa solução única, com destaque na Rede Postos que, utilizando o módulo, Gestão de Postos do CIGAM, vai ser totalmente gerenciada remotamente”, explica. (Fonte: Assecom)

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MERCADO ONLINE


São Francisco/EUA
Grupo pede que FTC investigue proteção à privacidade no Google
Um grupo de defesa da privacidade online apelou a autoridades regulatórias do governo que investiguem a qualidade das salvaguardas de segurança do Google, depois que a empresa inadvertidamente, divulgou informações privadas de usuários este mês. Em queixa apresentada à FTC - Federal Trade Commission - dos EUA na terça-feira,dia 17/3, o Electronic Privacy Information Center critica as práticas do Google com relação aos seus chamados serviços de computação em nuvem, que armazenam documentos gerados pelos usuários e outras informações pessoais em servidores da empresa, e não no computador pessoal do usuário.
A organização, que se concentra na defesa das liberdades civis e da privacidade, também solicitou que a FTC proíba o Google de oferecer serviços de computação em nuvem até que a empresa tenha adotado certas salvaguardas. O Google afirmou em comunicado que a empresa havia recebido uma cópia da queixa, mas não a havia revisado em detalhes. "Estamos amplamente conscientes de quanto os dados de nossos usuários são importantes para eles, e levamos muito a sério a nossa responsabilidade", afirmou a empresa, acrescentando que tinha extensas normas, procedimentos e tecnologias para garantir o nível mais elevado de proteção a dados.
Em 7/3, o Google anunciou que um bug em seu software de produtividade online, o Google Docs, havia inadvertidamente permitido o acesso de terceiros a documentos pessoais de uma pequena percentagem de seus usuários. O problema, que já foi consertado, afetou 0,05% dos documentos armazenados no sistema e estava limitado a pessoas que, no passado, tivessem compartilhado documentos com terceiros, informou o Google. "O problema com os dados do Google Docs, destaca os riscos acarretados pelas práticas de segurança inadequadas do Google, bem como os riscos dos serviços de computação em nuvem, em termos mais gerais", afirmou Marc Rotenberg, diretor executivo do EPIC, em comunicado. Ele acrescentou que existiam "amplos precedentes" para que a FTC iniciasse uma investigação. (Agência Reuters)


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MERCADO DE TELECOM & ENERGIA


São Paulo/SP – Da redação
Setor de telecom encerrou 2008 com 200 mil empregos formais

O setor de telecomunicações no Brasil registrou cerca de 200 mil trabalhadores formais em 2008, de acordo com estimativas da Abeprest - Associação Brasileira de Empresas de Soluções de Telecomunicações e Informática -, que reúne empresas que prestam serviços para as operadoras. A área de prestação de serviços encerrou o ano com mais de 67 mil pessoas contratadas formalmente, contra 54.046 de 2007 e 48.303 de 2006. "Em 2008, percebemos uma mudança no setor, com um impulso à formalização", comenta Silvio de Carvalho Vince, diretor presidente da Abeprest. "Em 10 anos, o setor cresceu 40% no número de empregos formais e o segmento de prestação de serviços dobrou de tamanho neste período. Isso mostra que as operadoras intensificaram a terceirização", completa Helio Bampi, diretor de relações institucionais da associação.
No entanto, apesar da expansão no número de vagas formais, a área de telecomunicações sofreu um achatamento na faixa salarial dos profissionais que são funcionários das operadoras. Entre os prestadores de serviço, o nível da remuneração se manteve, mas ele é mais baixo do que os salários pagos diretamente pelas empresas de telecomunicações. Isso se dá, explica Vince, pelo próprio perfil dos profissionais que compõem a mão-de-obra das prestadoras de serviço e das operadoras de telecom. No primeiro caso, os funcionários são mais técnicos, enquanto as pessoas contratadas pelas teles, são mais estratégicas e de planejamento.
Segundo a pesquisa da Abreprest, entre as prestadoras de serviço, apenas 3% dos técnicos diplomados recebem de 10 a 20 salários mínimos, percentual que sobe para 15% no caso das operadoras. Vince acredita que o perfil dos funcionários das prestadoras de serviço pode se alterar com o passar do tempo, pois as operadoras de telefonia exigem cada vez mais que os prestadores de serviço contratem e mantenham mão-de-obra qualificada. O diretor presidente da associação conta que está desenvolvendo junto ao Senac do Rio de Janeiro - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - um projeto para oferecer treinamento técnico a distância para qualificar esses profissionais.
A expectativa é que os cursos sejam oferecidos entre o fim de março e início de abril, sobre temas como redes IP e roteadores. Serão treinados pelo menos 700 profissionais em 1 ano, mas, dependendo de acordos que estão sendo fechados com operadoras e outras entidades do setor, o número pode chegar à casa de milhares. "Há uma convergência de agenda das operadoras para qualificar mão-de-obra. É uma preocupação porque as empresas do setor lideram o ranking do Procon", diz Bampi. Como o número ainda está em aberto, a Abraprest também não tem estimativas definidas sobre o valor que será investido na iniciativa. Parte dos recursos virá do FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador -, do Ministério do Trabalho, informa o diretor de relações institucionais da associação. (Fonte: Abeprest)

Viena/Áustria
Crise abre espaço para pacto de energia limpa, diz agência internacional
O diretor-executivo da AIE - Agência Internacional da Energia -, Nobuo Tanaka, defendeu ontem, dia 18/3, em Viena, a introdução de um novo "pacto de energia limpa" como parte principal das medidas de estímulos econômicos no âmbito internacional. Em discurso durante um seminário internacional da Opep - Organização dos Países Exportadores de Petróleo -, Tanaka considerou que a crise econômica é "uma oportunidade" para uma "revolução energética" necessária. O diretor-executivo lembrou que a crise mundial provocou queda de 70% nos preços do petróleo durante a segunda metade do ano passado, e obrigou a AIE a revisar para baixo sua previsão sobre a demanda petrolífera global.
A agência prevê agora uma demanda global de 3 mbd (milhões de barris diários) a menos do que em suas projeções iniciais, publicadas em agosto de 2008. "A queda da demanda esperada para 2009 é a maior desde meados da década de 70", ressaltou Tanaka, lembrando que "é improvável que os números reflitam plenamente o impacto da crise." Os analistas da agência ainda não sabem como a situação afetará as empresas que operam no setor e seus investimentos.
Até agora, o que está claro para a AIE é que a situação atual representa um grande desafio, porque "também são necessários investimentos para substituir os poços com produção em queda", lembrou Tanaka. A curto prazo, esses investimentos também estão sob risco, devido ao congelamento do fluxo de crédito que está provocando a crise do setor bancário e financeiro. Além disso, a agência considera inadiável a tarefa de limitar a mudança climática por meio de uma "maior descarbonização do sistema energético mundial", o que pode ser obtido por meio do desenvolvimento de tecnologias, como a captura e armazenamento de carbono. Um dos cenários está calcado em uma forte redução das emissões de gás carbônico e uma melhora da segurança energética, o que, por sua vez, limitaria a demanda por combustíveis fósseis. Neste caso, a AIE espera que a produção da Opep aumente em 12 mbd até 2030, partindo dos cerca de 28 mbd atuais. (Agência EFE)

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MERCADO DE LUXO


Japão/Tóquio
Saquês de ouro
Se você é do tipo que acha que saquê é tudo igual e que, tirando a zonzeira que se sente ao tentar levantar depois da terceira dose, a bebida está mais para água do que para álcool, pode parar de ler esta matéria. O assunto aqui é para entendedores. Ou pelo menos para aqueles que estão tão dispostos a buscar as sutilezas do destilado de arroz que não se importariam de pagar caro por isso. Dividido em seis categorias – daiginjo, ginjo, tokubetsu, junmai, honjouzou e futsuu-shu –, de acordo com o nível de polimento de arroz e o tipo de álcool, o universo dos saquês reserva àqueles classificados como daiginjo, o mesmo glamour que recebem os Grand Crus no mundo do vinho. Feitos com arrozes especiais - como o Yamada Nishiki –, polidos em até 70% de seu tamanho original para que somente o coração de cada grão seja utilizado, alguns saquês ultra premium, produzidos artesanalmente e em edições limitadas, se tornam objetos de desejo no mercado.
Caso do Hokusetsu YK35 Shizukuzake, avaliado em R$ 22 mil. Produzido com grãos do tipo Yamada Nishiki na província de Niigata – uma das mais tradicionais regiões produtoras de saquê do país, ao norte do Japão -, ele é obtido da lenta filtragem – e não prensagem - do “moromi” (mosto de arroz já fermentado) em sacos de pano. O resultado é um líquido seco, com notas sutis de lichia e aroma floral, comercializado em garrafas de titânio, para que as ações nocivas, dos raios ultravioleta, não danifiquem suas características originais.
Niigata
Outra estrela internacional é o Myoka Rangyoku, produzido pela Daishichi, uma das fabricantes mais antigas e respeitadas na região de Fukushima. Envelhecido por três anos antes de ser distribuído ao mercado, seu preço tem variado de R$ 1.485 a R$ 2.970 nos restaurantes mais badalados de Las Vegas. E, segundo especialistas, seu nome, dado em homenagem a um espetáculo dramático do século XIV, dá a exata sensação que se tem ao degustá-lo.
Raridade etílica oriental, o Gekkakou Kikusakari Daigijo Vintage 89 é um dos poucos saquês safrados em circulação. Daí, sua garrafa de 500 ml ser vendida a R$ 932 no restaurante londrino Sake no Hana. “Apesar de trazer uma data de validade de dois anos no rótulo, o saquê pode envelhecer bem, mas seu sabor, aroma e coloração certamente irão mudar com o tempo”, afirma o especialista Alexandre Tatsuya Iida. Com uma impressionante variedade de saquês, a casa inglesa conta com o Mizubasho Daiginjo Premium (R$ 939) e o Wataribune Junmai Daiginjo Nama Zume (R$ 739), ambos classificados entre os mais frutados da carta com mais de 90 rótulos.
No Brasil, onde não circulam mais de 80 rótulos diferentes – no Japão, esse número é superior a 49 mil -, o Koshi No Hana pode ser apontado como o saquê mais valioso a disposição. Importado pela Adega de Sake, ele é vendido no restaurante Kinoshita, em São Paulo, a R$ 523. “Levemente seco, aveludado e com um bom corpo, este é, sem dúvida, uma boa opção para acompanhar charutos”, diz Iida. Dono da importadora, ele explica que o público alvo desse tipo de bebida, ainda se limita a grandes empresários e executivos de multinacionais asiáticas. Mais do que o alto custo, o interesse restrito se justifica por um fator cultural. “Este mercado ainda está engatinhando no País e, de fato, é muito difícil sentir as nuances que caracterizam um saquê especial. O diferencial quase sempre está na qualidade do arroz e da água utilizados, na tradição do fabricante e na escassez de oferta”, explica.

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