I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 166 | Ano I

Sydney/Austrália
Chefe da OMC elogia resposta do Brasil perante crise econômica
O diretor-geral da OMC - Organização Mundial do Comércio -, Pascal Lamy, elogiou nesta segunda-feira na Austrália, a mentalidade aberta do Brasil e sua defesa do comércio para encarar a crise econômica mundial. Durante seu discurso em um fórum de debate privado, Lamy lembrou que há um mês, técnicos do Ministério de Indústria e Comércio brasileiro estabeleceram novas restrições em produtos que compõem 60% da pauta de importação desse país. A medida foi abolida em 48 horas por ordem do presidente Luis Inácio Lula da Silva, e atribuída por membros do gabinete a um erro de cálculo, pois ia contra ao que Lula defende. O chefe da OMC disse que também vários governos asiáticos, especialmente Japão e Coreia do Sul, estão atuando bem perante a crise, da mesma forma que Austrália e Nova Zelândia, mas que o Brasil é o país que destaca. "Se tivéssemos um prêmio para este período, acho que Lula o levaria", disse Lamy. Por outra parte, o diretor da OMC elogiou o pacote de medidas para reativar a economia, adotado pelo novo presidente dos EUA, Barack Obama, e ressaltou que para lutar contra a crise econômica é preciso resistir à tentação protecionista. (Agência EFE)

Porto/Portugal

Meirelles aponta dificuldades da crise e prevê simplificação do mercado
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem, na cidade do Porto/Portugal, que os mercados financeiros terão "produtos mais simples" e mais transparentes após a crise que atinge a maioria das economias mundiais. Ele apontou também, "dificuldades enormes" enfrentadas pela autoridade monetária, como o acesso a informações no exterior. "Não tenho dúvida que teremos mercados financeiros com produtos mais simples", afirmou Meirelles, na reunião extraordinária dos ministros ibero-americanos das Finanças, que acontece na cidade portuguesa. O período pós-crise, de acordo com Meirelles, será caracterizado por "menor exposição ao risco, maior transparência e menor alavancagem", sendo necessária maior coordenação entre as entidades reguladoras financeiras dos vários países, para que possam ser dadas respostas globais a problemas que também são globais. O presidente do BC citou como exemplo as "dificuldades enormes" que a instituição financeira teve, no pico da crise, para recolher informação sobre as aplicações que instituições financeiras brasileiras tinham fora do país. A falta de supervisão de algumas operações e de previsão de riscos sistêmicos, a desvalorização dos riscos de liquidez e o excesso de confiança nas agências de crédito, foram algumas das falhas apontadas por Henrique Meirelles no sistema financeiro internacional. Meirelles defendeu a adoção de "colchões regulatórios" que atenuem os efeitos de uma eventual nova crise, assim como o estabelecimento de mecanismos que facilitem a intervenção dos bancos centrais. "O sistema continuará global, interconectado e aberto", afirmou. (Agência Lusa)

Tóquio/Japão
Japão emprestará US$ 5 bi de suas reservas a empresas
O Governo japonês utilizará US$ 5 bilhões de suas reservas de divisa estrangeira para aliviar a escassez de fundos em dólares das empresas locais, anunciou hoje o ministro da Economia, Kauro Yosano. Os fundos sairão dos cerca de US$ 1 trilhão em divisas que o Japão possui e serão distribuídos em forma de crédito através do Banco Internacional de Cooperação do Japão (JBIC), ainda em março. Segundo informa hoje o diário econômico "Nikkei", a Toyota foi uma das primeiras a solicitar essa ajuda, pois espera conseguir um empréstimo de US$ 2,06 bilhões para garantir suas operações nos Estados Unidos. Yosano assegurou que a ajuda é de caráter extraordinário e tem como objetivo "aliviar as condições financeiras das empresas que operam no Japão e no exterior, já que a economia poderia piorar por volta do final do ano fiscal", que termina em 31 de março, segundo informou a agência de notícias local "Kyodo". (Agência EFE)

Brasília/DF – Da redação
Governo estima crescimento de 20% do turismo no primeiro bimestre
O turismo brasileiro cresceu cerca de 20% nos dois primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. A estimativa foi feita na segunda-feira, Dia Nacional do Turismo, pelo ministro Luiz Barretto, do Turismo. O setor de locação de automóveis foi o que apresentou o melhor desempenho, com crescimento de 40%. O ministro, porém, não divulgou os números exatos de faturamento da indústria do turismo nesse período. "É uma estimativa a partir dessa pesquisa [feita com associações do setor]. Os dados indicam que vai haver crescimento de 20%", afirmou. De acordo com os dados apresentados pelo ministério, a taxa de ocupação na rede hoteleira cresceu 23% no bimestre. Em São Paulo, onde geralmente os hotéis apresentam queda nesse período, houve um acréscimo de 5% nos hóspedes. No Rio de Janeiro, a ocupação chegou a 95%, com mais de 2,5 milhões de turistas visitando a cidade. Em Pernambuco, a ocupação chegou a 100% e em Santa Catarina, 85%, com aumento de 7% na quantidade de turistas estrangeiros.
Para o ministro, o crescimento é resultado da alta do dólar, que fez com que muitos brasileiros deixassem de viajar para o exterior e circulassem pelo Brasil, além de baratear os custos para turistas de países da América do Sul, principalmente Argentina. Além disso, ele cita o investimento de R$ 1,7 bilhão em infraestrutura no ano passado, principalmente com recuperação de rodovias, construção de aeroportos regionais e recuperação do patrimônio histórico. "Esse resultado é muito importante em um momento de crise como esse. O dólar nesse patamar torna o Brasil mais competitivo, já que ficou mais caro para o turista brasileiro viajar para fora", afirmou o ministro. Outros dados que indicam crescimento expressivo do turismo no primeiro bimestre, estão o aumento de 15% na venda de pacotes pelas operadoras de turismo, e o crescimento de 10% no número de passageiros em voos domésticos. Neste ano, a TAM bateu o recorde de passageiros transportados em um mesmo dia, 112.568.
Crise - Barretto disse que o governo acompanhará com cautela os impactos da crise econômica no setor de turismo. Além do foco no mercado interno, com campanhas como a "Se você é brasileiro, está na hora de conhecer o Brasil", o ministério vai intensificar a promoção do Brasil nos países da América do Sul. No último trimestre, o Brasil recebeu 540 mil turistas da Argentina. "Vamos olhar com cautela o desenrolar da crise econômica. Hoje, mais de 5 milhões de turistas externos visitam o Brasil, 3 milhões da Europa e dos EUA. Vamos fazer grandes esforços para manter esse fluxo, mas também fazer com que o turista brasileiro ocupe o espaço deixado", ressaltou. O ministério vai reforçar campanhas de promoção do turismo para idosos, e próximo a feriados, como a Semana Santa e o Dia do Trabalho. (Colaboração Agência Brasil)

Brasília/DF – Da redação
Lula defende que empresas nacionais comprem aviões da Embraer
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na segunda-feira, que o desafio neste momento é incentivar as companhias aéreas nacionais, principalmente as que atuam em rotas regionais, a adquirirem aviões da Embraer. A fabricante brasileira de aviões anunciou no último dia 19 a demissão de mais de
4,2 mil funcionários, que equivalem a 20% de sua força de trabalho, e culpou a crise financeira internacional. Na semana passada, a Justiça do Trabalho determinou a suspensão das demissões até a audiência agendada para empresa e sindicatos, no dia 5. A Embraer recorreu para derrubar a liminar. Lula afirmou que, entre as empresas brasileiras que sofrem com a crise, a Embraer é um caso específico porque mais de 90% de sua produção é voltada para exportação. "As criticas que eu tinha que fazer, eu já fiz. Precisamos pensar agora como podemos usar os aviões da Embraer em voos regionais", afirmou.
Demissões - A Embraer alegou que os efeitos da crise financeira internacional são os responsáveis pela queda das encomendas, o que gerou a necessidade de demissões. O corte representa cerca de 20% do efetivo de 21.362 empregados, e se concentram na mão-de-obra operacional, administrativa e lideranças, incluindo a eliminação de um nível hierárquico de sua estrutura gerencial. A Embraer também revisou suas estimativas para 2009. A empresa calcula entregar 242 aeronaves no período (ante 270 na previsão anterior), com uma receita prevista de US$ 5,5 bilhões (ante US$ 6,3 bilhões). Por conta da redução da estimativa de receita, a empresa refez sua previsão de investimentos para US$ 350 milhões neste ano (ante US$ 450 milhões).

Filadélfia/EUA e Londres/Inglaterra
Thomson Reuters apresenta o InCites(TM)
O departamento de Healthcare and Science da Thomson Reuters anunciou ontem à tarde, o lançamento do InCites(TM) - uma solução customizada para a web que fornece aos usuários as ferramentas necessárias para demonstrar o impacto e a importância da pesquisa em suas instituições. Através do InCites, a Thomson Reuters oferece a seus clientes um sistema completo para avaliar quantitativamente a produtividade e a influência, a fim de tomar decisões estratégicas. "O lançamento do InCites marca outra solução da Thomson Reuters que foi desenvolvida em resposta direta às necessidades de nossos clientes", afirmou Jim Pringle, vice-presidente de desenvolvimento de produto da Thomson Reuters. "Mais do que nunca, as instituições de pesquisa acadêmicas e governamentais precisam quantificar de modo objetivo o desempenho de suas pesquisas. Convencionalmente, reunir esse tipo de informações exige uma ampla pesquisa e toma muitíssimo tempo. Agora essas informações podem ser encontradas utilizando uma plataforma intuitiva pela web: o InCites." O InCites oferece um benefício exclusivo entregando conjuntos de dados definidos pelo cliente em uma interface web para pesquisa e análise. O produto permite que os usuários façam análises da produtividade de suas próprias instituições e definam o benchmark de sua produção em face de seus colegas, tanto no contexto nacional como internacional. O InCites também permite que os usuários criem subconjuntos ao redor de instituições, tais como departamentos ou autores, fornecendo mais análise em um âmbito local. Esse produto integra o mesmo conteúdo de citações de alta qualidade que os usuários esperam da Thomson Reuters. Os conjuntos de dados de Ciências provenientes da Web incluem dados bibliográficos e artigos citados, métrica atual, links internos a registros completos, e a capacidade de exportar dados e gráficos. (FONTE: Thomson Reuters)

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INDICADORES ECONÔMICOS


Brasília/DF – Da redação
Pesquisa do Banco Central apura que economistas aumentam previsão de corte de juros em 2009
O Banco Central deve reduzir a taxa básica de juros em mais 2,5 pontos percentuais neste ano, para tentar frear a desaceleração da economia em 2009. Esta é a previsão dos economistas ouvidos pelo próprio BC na pesquisa semanal Focus. A taxa básica de juros deve cair dos atuais 12,75% ao ano para 10,25% ao ano, até dezembro. Na última reunião do Copom - Comitê de Política Monetária do Banco Central -, em janeiro, o BC cortou a taxa Selic de 13,75% para 12,75% ao ano. Foi o maior corte de juros em cinco anos. Para a próxima reunião do Copom, no dia 11/3, foi mantida a previsão de um novo corte de 1 ponto percentual, para 11,75% ao ano. Na pesquisa divulgada ontem, foi mantida a previsão de crescimento do PIB - Produto Interno Bruto - (soma das riquezas produzidas no período), de 1,5% para 2009. O número está abaixo dos 3,2% estimados pelo próprio BC e dos 4% previstos no Orçamento deste ano. Para 2010, a previsão recuou de 3,6% para 3,5%.
Inflação
- Em relação às previsões de inflação, a expectativa para o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo -, que serve como meta para o BC, ficou em 4,66%. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta).
- A expectativa do mercado para o IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - caiu de 4,55% para 4,50%; o IGP-M - Índice Geral de Preços – Mercado - passou de 4,24% para 3,99%.
- O IPC - Índice de Preços ao Consumidor - da Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômica - ficou em 4,50%. A previsão para o dólar no fim deste ano ficou em R$ 2,30. Para o saldo da balança comercial, a previsão caiu de US$ 14 bilhões para US$ 13 bilhões.

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

São Paulo/SP
Bovespa fecha com forte retração de 5,10%, em um dos piores dias do ano
A Bovespa registrou a sua pior queda em quase dois meses na jornada desta segunda-feira.
O prejuízo histórico da AIG gerou um princípio de "quase pânico" no mercado, com investidores temendo mais balanços desastrosos de grandes instituições financeiras. O dólar fechou a R$ 2,44, a maior taxa desde dezembro.
- O termômetro da Bolsa,
o Ibovespa, desabou 5,10% no fechamento, aos 36.234 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 3,91 bilhões.
-
O dólar comercial foi cotado a R$ 2,442, em alta de 3,03%, a maior disparada desde dezembro.
- A taxa de risco-país marca 454 pontos, número 8,09% acima da pontuação anterior.
Análise – “Tem muita gente no mercado achando que 2009 já é um ano perdido para as Bolsas de Valores. E o problema é que nós temos ainda mais dez meses pela frente", comenta Ivanor Torres, analista da corretora gaúcha Geral. "Com o resultado da AIG, a percepção geral é de que a situação é ainda mais crítica do que se imaginava. Mesmo com todas essas iniciativas dos governos para deter a crise, a sensação é que o revés é forte demais e vai demorar para melhorar", acrescenta o profissional. O Banco Central evitou intervir no câmbio, mesmo com as oscilações bruscas do dia, o que criou expectativas pela abertura dos mercados amanhã. Todo mundo esperava que o Banco Central pudesse voltar e colocar um pouco de dólares no mercado, o que não ocorreu e isso com certeza, contribuiu para o dólar de ontem. Vamos ver como fica amanhã: o mercado vai querer ver se o BC vai ficar de fora de novo, caso a taxa inicie o dia com uma alta forte.

Nova Iorque/EUA
Bolsas de NY despencam e Dow Jones recua ao menor nível em 11 anos
As Bolsas americanas fecharam em forte baixa nesta segunda-feira, com o índice Dow Jones - principal indicador da Nyse - caindo para abaixo dos 7.000 pontos pela primeira vez em mais de 11 anos. Os prejuízos recordes da seguradora AIG - American International Group - US$ 61,7 bilhões no quarto trimestre e quase US$ 100 bilhões em 2008 - levaram os investidores a venderem posições, pois evidenciaram a incerteza sobre a saúde do setor financeiro, não só nos EUA, mas no mundo todo.
- O índice Dow Jones fechou em baixa de 4,24%, indo para 6.763,29 pontos. O índice já perdeu, assim, mais de 50% desde outubro de 2007, quando passou dos 14 mil pontos.
- O índice S&P 500, também da Nyse, recuou 4,66%, indo para 700,82 pontos.
- A Bolsa tecnológica Nasdaq, por sua vez, perdeu 3,99% no índice Nasdaq Composite, indo para 1.322,85 pontos.
Análise 1 - "Por piores que as coisas estejam, elas podem ficar piores. Bem piores", disse à agência de notícias Associated Press o estrategista Bill Strazzullo, da Bell Curve Trading. O prejuízo bilionário da seguradora apresentado hoje - de US$ 61,7 bilhões no quarto trimestre, o maior já registrado por uma empresa americana, e de US$ 99,289 bilhões em todo o ano de 2008 - trouxe à tona o medo dos investidores de que os problemas relacionados com ativos podres não acabaram. Apesar da péssima notícia, as ações da AIG fecharam estáveis graças ao novo pacote de ajuda federal à seguradora no valor de US$ 30 bilhões. A AIG já havia recebido US$ 150 bilhões do governo e vinha tentando vender algumas de suas operações para pagar o primeiro pacote de ajuda, mas não obteve sucesso.
Análise 2 - Sob o novo pacote, o Fed - Federal Reserve, o BC americano - passaria a ter participação em duas unidades internacionais da seguradora. Ao invés de pagar US$ 38 bilhões, entre principal e juros, já usados da ajuda concedida à empresa, a AIG vai pagar o empréstimo com uma participação na American International Assurance, na Ásia, e na American Life Insurance, que opera em 50 países. Por conta do medo do avanço dos problemas no setor financeiro, os papéis dos bancos fecharam com fortes perdas, com destaque para Citigroup (-20%), Bank of America (-8,1%), Wells Fargo (-10,41%), JPMorgan Chase (-7,4%) e Morgan Stanley (-8,14%).
O Departamento do Comércio informou ainda, que os gastos do consumidor americano em janeiro tiveram um avanço de 0,6%, interrompendo uma sequência de seis quedas consecutivas. O aumento foi impulsionado pelos gastos com alimentos e outros itens não-duráveis. O dado superou as expectativas dos analistas, que previam um avanço de 0,4%. A renda dos americanos, por sua vez, teve um aumento de 0,4%, em parte refletindo os ajustes para os pensionistas do país. A expectativa era de uma queda de 0,2%.
Já o ISM - Instituto de Gestão de Oferta, na sigla em inglês - informou que a atividade no setor manufatureiro dos EUA terminou fevereiro com a 13ª contração consecutiva. O índice de atividade do setor ficou em 35,8 pontos contra 35,6 pontos no mês passado.

Londres/Inglaterra
Bolsas europeias caem com perdas no HSBC, em mineradoras e petrolíferas
As Bolsas europeias fecharam em baixa no dia de ontem. As perdas nas ações do banco britânico HSBC - cujo lucro caiu 70% em 2008 - lideraram as quedas, seguidas pela baixa nas ações da mineradora BHP Billiton e da petrolífera Royal Dutch Shell.
- A Bolsa de Londres fechou em baixa de 5,33% no índice FTSE 100, indo para 3.625,83 pontos.
- A Bolsa de Paris caiu 4,48% no índice CAC 40, indo para 2.581,46 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt teve baixa de 3,48% no índice DAX, indo para 3.710,07 pontos.
- A Bolsa de Milão registrou baixa de 5,67% no índice MIBTel, fechando com 11.816 pontos.
- A Bolsa de Amsterdã caiu 4,99% no índice AEX General, que ficou com 208,84 pontos.
- A Bolsa de Zurique perdeu 5,38%, fechando com 4.438,27 pontos no índice Swiss Market.
Análise - As ações do HSBC caíram 19% ontem. O banco anunciou um aumento de capital de 12,5 bilhões de libras (cerca de US$ 17,7 bilhões), a maior da história do Reino Unido, depois de apresentar um lucro de US$ 5,728 bilhões referente ao ano passado. O HSBC anunciou ainda o fechamento da maioria das agências de crédito ao consumidor HFC e Beneficial nos Estados Unidos, o que representará a demissão de 6.100 trabalhadores no país. O resultado do HSBC chega depois das divulgações pouco animadoras do setor bancário britânico na semana passada. O grupo bancário britânico Lloyds apresentou na sexta-feira, 27/2, um lucro de 819 milhões de libras (US$ 1,162 bilhão) em 2008, uma queda de 75% frente ao ano anterior. O Royal Bank of Scotland, por sua vez, teve prejuízo de 24,137 bilhões de libras, o maior da história empresarial britânica.
No setor bancário também tiveram queda as ações do Commerzbank (-6,5%) e do BNP Paribas (-6,8%).
O governo da França informou ontem suas expectativas econômicas para este ano e disse que o PIB (Produto Interno Bruto) do país deve cair 1,5% - estimativa mais próxima das previsões feitas pela Comissão Europeia - o órgão executivo da - União Europeia (UE) - e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), que deixam a baixa próxima a 2%.
O governo francês anunciou os novos números, que estão na versão corrigida do Orçamento, que vêm a substituir os que tinha mantido desde o semestre passado, quando previu uma progressão do PIB de entre 0,2% e 0,5%. A Itália, por sua vez, informou que sua economia teve uma queda de 1% em 2008 na comparação com o ano anterior.
No setor de commodities, as ações da BHP caíram 6,5% e as da Rio Tinto caíram 5,6%. Entre as petrolíferas, as da Shell caíram 6,5% e as da British Petroleum caíram 4,4%.


HOJE – Bolsas asiáticas
- Tóquio - O índice Nikkei, da Bolsa de Valores de Tóquio, caiu hoje no fechamento 50,43 pontos (0,69%), aos 7.229,72. Já o índice Topix caiu 7,79 pontos (1,06%), aos 726,80.
- Hong Kong - O índice Hang Seng, da Bolsa de Valores de Hong Kong, caía 350,39 pontos (2,84%), aos 11.967,07, na abertura do pregão de hoje.
- Cingapura - O índice Straits Times, da bolsa de Cingapura, ganhava 1,06 ponto (0,07%), aos 1.534,40, na abertura do pregão desta terça-feira.
- Jacarta - O índice composto JKSE, da bolsa de Jacarta, perdia 4,24 pontos (0,34%), aos 1.251,87, na abertura do pregão desta terça-feira.
- Bangcoc - O índice SET, da Bolsa de Valores de Bangcoc, caía 6,88 pontos (1,65%), aos 409,64, na abertura do pregão desta terça-feira.
- Kuala Lumpur - O indicador composto KLCI, da bolsa de Kuala Lumpur, estava em 866,46 pontos, após perder 10,10 (1,15%), na abertura do pregão desta terça-feira.
- Manila - O índice seletivo Psei, da Bolsa de Valores de Manila, perdia 9,26 pontos (0,50%), aos 1.847,17, na abertura do pregão desta terça-feira.


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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo/SP
HSBC anuncia lucro recorde no Brasil em 2008 e descarta demissões
O HSBC no Brasil anunciou na segunda-feira, dia 02/3, lucro líquido recorde de R$ 1,35 bilhão em 2008, crescimento de 9% em relação a 2007. O banco também informou que a
demissão de mais de 6 mil funcionários, divulgada ontem em Londres, não vai atingir as operações e os funcionários da instituição britânica no Brasil. O banco iniciou suas operações no país em 26 de março de 1997 e tem hoje 2.502 pontos de atendimento. Conforme o balanço divulgado hoje, o ativo total do HSBC no Brasil aumentou 58% em 2008, avançando de R$ 70,75 bilhões para R$ 112,1 bilhões. "As operações de crédito tiveram papel preponderante no resultado recorde do ano passado. Os ativos de crédito cresceram 27% em 2008, com forte ênfase nos mercados de financiamento a pessoas físicas e a pessoas jurídicas", informou a instituição financeira em comunicado.
Por outro lado, o HSBC elevou em 23% - para R$ 2,17 bilhões - as previsões contra devedores duvidosos, de acordo com uma "política conservadora de concessão de crédito e em face à crise econômica internacional, que afetou a liquidez e aumentou o risco das operações financeiras no Brasil". "Em 2008, continuamos a aumentar nosso capital, adotando uma política conservadora em face ao cenário econômico global. Continuamos a ver o crescimento do ativo total, devido à nossa forte capacidade de captação de depósitos, e a manutenção de confortável nível de liquidez. Estivemos sempre abertos para negócios, buscando oferecer aos nossos 10 milhões de clientes, soluções financeiras adequadas", afirmou Shaun Wallis, presidente e CEO do HSBC Bank Brasil, em nota.
Europa
Em Londres, o HSBC informou queda de 70% do lucro líquido em 2008, para US$ 5,728 bilhões e o fechamento da maioria das agências de crédito ao consumidor HFC e Beneficial, nos EUA, o que representará a demissão de 6.100 trabalhadores no país. Segundo o diário financeiro britânico FT - Financial Times -, o banco vai fechar ainda 800 agências. O grupo também informou redução de 28,9% dos dividendos em dólares para o ano de 2008 e gastos por desvalorização de créditos e créditos de risco de US$ 24,937 bilhões no ano passado, uma alta de US$ 7,695 bilhões em relação a 2007. O HSBC, maior da Europa em termos de capitalização, também divulgou aumento de capital de 12,5 bilhões de libras (US$ 17,7 bilhões), a maior da história do Reino Unido. (Agência Estado e Financial Times)

Rio de Janeiro/RJ – Da redação
Lucro líquido da Sul América cresce 29,4% e atinge R$ 415,9 milhões
A Sul América S.A. registrou em 2008 lucro líquido de R$ 415,9 milhões, o que representa um crescimento de 29,4% em relação ao lucro de R$ 322 milhões do ano anterior. O resultado é o maior já registrado na história da seguradora, que atua no mercado brasileiro há 113 anos e abriu capital em outubro de 2007. Excluídos os efeitos de eventos extraordinários, o lucro líquido da companhia foi de R$ 381,8 milhões, uma marca igualmente recorde, e que corresponde a um crescimento de 12,5% em bases recorrentes. No quarto trimestre, a SulAmérica obteve lucro de R$ 88 milhões com uma evolução de 37,5% em relação ao mesmo trimestre de 2007.
A rentabilidade do patrimônio atingiu 19,6% no ano e a companhia encerrou o exercício com total de ativos de R$10,3 bilhões. Os prêmios de seguros totalizaram R$ 7,7 bilhões, com crescimento de 12,4% em 2008. Nesse mesmo período, a indústria de seguros, considerando exclusivamente os dados do mercado regulado pela SUSEP, registrou um total de prêmios de R$ 76,3 bilhões, com crescimento de 14,7%. Nas mesmas bases, a SulAmérica cresceu 15,3%. No final do exercício, a seguradora contava com uma base de 6,3 milhões de clientes, com destaque para as carteiras de automóveis, de seguro saúde com uma estrutura de distribuição formada por cerca de 26 mil corretores ativos e parcerias de distribuição com 25 instituições. Os prêmios de seguro saúde, que representam 52,4% do total de prêmios de seguros da companhia, cresceram 9,1%, em termos recorrentes, nos doze meses de 2008, em relação a 2007 e alcançaram R$ 4,1 bilhões. No quarto trimestre o incremento nos prêmios foi de 8,2% em relação ao 4T07 (0,2% em relação ao 3T08), em termos recorrentes, e alcançando R$ 1,1 bilhão.
Nos doze meses de 2008, os prêmios de seguros de automóveis atingiram R$ 2,3 bilhões com aumento de 18,2% em relação a 2007, com isso, a participação de mercado da companhia neste segmento, elevou 0,6 p.p. chegando a 15,3%. A frota segurada alcançou 1,922 milhão de veículos. Em relação ao quarto trimestre, a companhia observou crescimento da receita na ordem de 14,2% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (crescimento de 2% em relação ao terceiro trimestre de 2008). Os prêmios de seguros de pessoas cresceram 45,8% em 2008, alcançando R$ 496,6 milhões, principalmente pelo crescimento de 123,2% nos prêmios de VGBL - Vida Gerador de Benefícios Livres. No trimestre, a receita em prêmios aumentou 30,9% em relação à igual período de 2007 (queda de 14,7% em relação ao terceiro trimestre de 2008) No acumulado do ano, os prêmios do segmento de outros ramos elementares se mantiveram praticamente estáveis, atingindo R$ 782 milhões, com redução de 0,6% em relação a 2007. A composição da carteira foi alterada, com menor participação dos prêmios de DPVAT e aumento nos demais segmentos, principalmente aeronáutico, petróleo e incêndio. No quarto trimestre registrou-se R$ 230,8 milhões em prêmios, o que representa crescimento de 21,6% em relação ao quarto trimestre de 2007 (aumento de 12% em relação ao terceiro trimestre de 2008).
O resultado das operações de gestão de ativos cresceu R$ 1,8 milhão em 2008 devido, sobretudo, ao aumento do volume médio dos ativos administrados, que atingiu R$12 bilhões no final de 2008. No mesmo período, de acordo com informações da Anbid, o mercado apresentou retração de 0,8%. Em 2008, o índice de sinistralidade total, atinge 71%, com aumento de 1,4 p.p. em relação a 2007. No quarto trimestre a sinistralidade foi de 69,3% com aumento de 3,7 p.p. recorrentes e queda de 3,0 p.p., em relação ao terceiro trimestre de 2008. O Índice combinado atingiu 98,4% no ano e o resultado dos investimentos em 2008 totalizou R$ 606,4 milhões, com rentabilidade equivalente a 93,6% do CDI. A infraestrutura de apoio às vendas contava, no final do exercício, com 14 sucursais e outras cinco unidades comerciais. A rede de centros de serviços automotivos C.A.S.A. - Centro Automotivo de Super Atendimento - totalizou 15 unidades, com a inauguração de novos centros em Fortaleza/CE, Blumenau/SC, Uberlândia/MG, Caxias do Sul/RS, Vitória/ES, Santana/São Paulo, capital, e Manaus/AM em 2008.

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AGRONEGÓCIOS


Bruxelas/Bélgica
Milho transgênico da Monsanto sofre revés na União Europeia
Os países da UE - União Europeia - se negaram nesta segunda-feira, a obrigar a Áustria e a Hungria a cultivar o milho geneticamente modificado MON 810, da multinacional americana Monsanto, como pedia a Comissão Europeia. Apenas quatro países (Reino Unido, Holanda, Suécia e Finlândia) apoiaram a proposta de Bruxelas, que pedia aos ministros do Meio Ambiente a UE que votassem na suspensão das cláusulas de salvaguarda decididas pela Áustria e Hungria. Todos os demais países votaram contra. O resultado antecipa uma nova derrota para a Comissão Europeia quando os países da UE forem convocados a votar, para obrigar a França e a Grécia a suspender as restrições provisórias ao cultivo do milho MON 810. Os países da UE são tradicionalmente divididos em relação aos OGM - Organismos Geneticamente Modificados. A organização não-governamental Greenpeace saudou o resultado como "uma vitória para o meio ambiente, os fazendeiros e os consumidores, e um grande inconveniente para a Comissão Europeia". A Comissão já havia fracassado em 16/02, em uma primeira tentativa de forçar a França e a Grécia a autorizar a retomada do cultivo de milho transgênico da Monsanto, em uma votação do Comitê Permanente da Cadeia Alimentar e Saúde Animal da UE. (Agence France Presse/AFP)


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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo/SP
Setor automotivo garante melhora da confiança industrial em fevereiro
O setor automotivo foi o principal responsável pela melhora do desempenho do ICI - Índice de Confiança da Indústria -, que
cresceu 1,3% em fevereiro, ao passar de 75,3 pontos em janeiro para 76,3 pontos, no mês passado. Segundo o coordenador do Núcleo de Pesquisas e Análises Econômicos, da Fundação Getúlio Vargas, Aloisio Campelo Junior, a contribuição do setor de Materiais de Transporte - que inclui montadoras e empresas de autopeças - para o aumento do índice, foi de 142,4%. "Ou seja, se não contássemos esse setor, a confiança teria caído", disse Campelo. Um dos subíndices que compõem o ICI, o de nível de estoques, mostra uma mudança no rumo do setor automobilístico, depois de se apresentar como um dos principais responsáveis pelas sucessivas quedas na confiança industrial desde setembro do ano passado, quando a crise financeira global aportou definitivamente no Brasil. Pela primeira desde julho do ano passado, a quantidade de empresas de materiais de transporte que disseram ter estoques insuficientes da demanda, saiu do zero - 3,9% informaram estar nesta situação em fevereiro. Já os que apontavam estoques excessivos, despencou de 32,5% em janeiro para 8% no mês passado. "Esses números mostram que a mudança no IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - deu certo", disse Campelo, se referindo à redução temporária das alíquotas do imposto para veículos, chegando a zerar a taxa para veículos populares, que durará até o final deste mês.
Expectativas menos pessimistas - Campelo ainda ressaltou uma melhora na expectativa dos industriais brasileiros para o futuro próximo, expressada no IE - Índice de Expectativas -, que avançou de 72,5 pontos em janeiro para 75,2 pontos em fevereiro. Porém, lembrou que o IE ainda está muito aquém da média histórica do indicador, que fica em torno dos 100 pontos. O subíndice que puxou o IE para cima foi o da situação dos negócios nos próximos seis meses, que subiu de 77 pontos para 85,7 pontos. A porcentagem de empresas que apontaram melhora, quase dobrou - de 12,8% para 23,4%. "Deu uma boa melhorada, mas deve-se levar em conta que janeiro foi o pior mês da série histórica", disse Campelo. As previsões de produção e de emprego também tiveram leves altas - a produção de 98,3 pontos para 99,3 pontos, e o de emprego de 82,6 para 83,4. Mas ainda apresentam, segundo Campelo, um desempenho muito fraco sobre a média. (Agência Estado e Folha Oline)

Washington/EUA
Montadora chinesa negocia compra da Volvo Cars
A fabricante chinesa de automóveis Geely poderia fazer na próxima semana, uma oferta para adquirir a marca sueca Volvo Cars, que pertence à Ford, informou ontem, 02/3, o site do jornal "The Wall Street Journal". A publicação informou que, além da Geely, outras duas empresas também estariam interessadas em disputar a fabricante de automóveis. Fontes consultadas pelo jornal asseguraram que o presidente da Geely, Li Shufu, se reuniu em meados de janeiro com altos executivos da Ford para discutir a venda da Volvo Cars, e que outros representantes das duas companhias se encontraram nas últimas semanas para seguir as conversas. No início de fevereiro, a imprensa chinesa informou que a Ford estava mantendo conversas com a Geely - a maior fabricante privada de automóveis da China - e com a Changan - empresa com a qual a americana é associada no país asiático - para vender a Volvo Cars. (Agência EFE)

Paris/França
Mitsubishi e Peugeot Citroën fecham acordo para produzir carro elétrico
A Mitsubishi Motors Corporation e a PSA Peugeot Citroën anunciaram na segunda-feira, dia 02/3, a assinatura de um acordo para produção de um veículo elétrico, baseado em um modelo que está em fase de desenvolvimento na MMC no Japão. Em junho de 2008 as duas empresas haviam iniciado um estudo de viabilidade sobre o desenvolvimento, a fabricação e a utilização de um sistema de tração elétrica para pequenos veículos urbanos. Os dois grupos chegaram agora, a um acordo de parceria para o desenvolvimento de um veículo elétrico adaptado ao mercado europeu, baseado no i MiEV da MMC. Esse veículo será produzido pela MMC e comercializado com a marca Peugeot paralelamente com o i MiEV da Mitsubishi. As empresas afirmaram que essa nova etapa facilitará e acelerará a introdução de seus veículos elétricos no mercado europeu. As duas empresas pretendem fazer um lançamento comercial no final de 2010 ou início de 2011. A PSA Peugeot Citroën é atualmente o primeiro fabricante mundial de veículos elétricos, com mais de 10.000 unidades vendidas. O grupo informou que vai contribuir com o projeto com sua experiência na área de sistemas de tração elétrica. A Mitsubishi informou que realiza atualmente testes e demonstrações do i MiEV no Japão, Nova Zelândia, EUA e Europa. O i MiEV será lançado no mercado japonês no verão deste ano. Em paralelo com o projeto de lançamento do veículo na Europa em 2010, a MMC estuda outros mercados, incluindo os EUA, onde lançar este veículo elétrico. (Agence France Presse/AFP)

Wolfsburg/Alemanha
Lucro da Volkswagen cresce 15% em 2008 e fica em US$ 6 bilhões
A fabricante alemã de veículos Volkswagen informou ontem, dia 02/3, que seu lucro líquido em 2008 teve crescimento de 15,4%, para 4,8 bilhões de euros (US$ 6,05 bilhões), contra 4,1 bilhões (US$ 5,17 bilhões) um ano antes. As vendas da empresa no período tiveram um crescimento de 4,5%, atingindo 114 bilhões de euros (US$ 143 bilhões), contra 109 bilhões de euros (US$ 137 bilhões) um ano antes. No sábado, dia 28/02, o presidente mundial da montadora, Martin Winterkorn, disse, segundo a revista alemã "Der Spiegel", que a Volks irá demitir neste ano, 16.500 funcionários devido à crise no setor automobilístico.
A Volkswagen do Brasil informou, também no sábado, que as demissões anunciadas não afetarão os funcionários da empresa no Brasil, no setor de produção. Winterkorn disse não haver "nenhum problema" sobre o quadro de funcionários fixos, mas sinalizou que a Volks pode "rever sobre outras coisas" caso a empresa não possa "seguir adiante".
O diretor de Assuntos Corporativos da empresa no Brasil, André Senador, explicou que as demissões vão atingir funcionários da produção empregados como terceirizados através de agências. Segundo ele, não há funcionários no setor de produção da Volks no Brasil, empregados sob esse tipo de contrato. A Volks emprega 1.600 pessoas em regime temporário no Brasil, e a manutenção desses funcionários em seus postos de trabalho, dependerá da situação do mercado automobilístico mundial e dos rumos da economia, disse Senador - que acrescentou que
não há planos de demitir esses funcionários no Brasil.
No último dia 11/02, no entanto, a Volks informou que
vendeu em janeiro 382 mil veículos em todo o mundo, 21,3% a menos do que no mesmo período de 2008, devido à queda da demanda provocada pela crise econômica. O Brasil foi o único mercado entre os principais da empresa, em que suas vendas cresceram a comparação, em 1,3%. O diretor de vendas da empresa, Detlef Wittig, disse então, que "em mercados importantes pudemos aumentar nossa fração de mercado". Ele admitiu, no entanto, que o retrocesso geral do mercado automobilístico em janeiro, mostra que uma melhora da crise econômica vai demorar. Na semana passada, no entanto, a empresa informou que vai parar sua produção nas fábricas da Alemanha durante cinco dias, repetindo uma medida que realiza há 25 anos para evitar excesso de capacidade. (Agência EFE)

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VAREJO


São Paulo/SP – Da redação
Varejo popular prevê crescer até 5%, com lucros menores
Embalados pelo ritmo de carnaval, comerciantes de varejo popular esperam fechar o trimestre com crescimento de até 5%. Contudo, os varejistas ressaltam que as margens de lucro são menores, pois não houve grandes repasses aos consumidores. De acordo com Ondamar Ferreira, gerente-geral do Armarinhos Fernando, o primeiro trimestre deste ano deve superar o do ano passado, com crescimento de 4,5%. Uma das molas propulsoras do crescimento da rede foi o material escolar. A aposta de Ferreira para fechar o trimestre dentro da meta de 4,5%, também está ancorada na Páscoa, com a novidade dos ursos de pelúcia. Marcelo Mouawad, dono das quatro lojas Semaan, comemora o incremento de 15% de vendas no carnaval e espera fechar o bimestre com crescimento 4% maior. Apesar de manter os mesmos índices de expansão do ano passado, Mouawad destaca que o lucro foi menor, apesar do maior volume de vendas. O principal ingrediente para crescer foi à manutenção dos preços. O especialista em varejo Luiz Góes, coordenador do Núcleo de Estudos e Projeções Econômicas da GS&MD-Gouvêa de Souza, diz que a tendência do varejo popular é crescer, mas com margens e ritmo menor que em 2008, por causa da crise.

São Paulo/SP – Da redação
Supermercados prevêem vendas até 20% maiores na Páscoa
Nem bem passou o Carnaval e os supermercados já apostam nos ovos de Páscoa. Faltando pouco menos de 40 dias para a data que mais vende chocolates no País, os típicos corredores forrados com produtos pascoais começaram a ser montados. Dados da Abicab - Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados - indicam que a produção de chocolates - barras, bombons e tabletes - atingiu as 300 mil toneladas em 2008, 2,7% a mais que em 2007. Este ano, a previsão é de crescimento de 2% na produção. Aproveitando os números positivos, a Coop - Cooperativa de Consumo -, prevê vendas 20% superiores a 2008. A aposta da rede são os chocolates de marca própria. Este ano, os ovos Coop Plus são fabricados pela Cacau Show. Com a antecipação das ofertas dos produtos de época, que se tornou tradicional, o Walmart prevê crescimento de 15% nas vendas de toda a categoria, que além dos ovos de chocolate, inclui colombas pascoais, vinhos e pescados, como o bacalhau. A rede aposta nos produtos exclusivos, licenciados e de marca própria. No Grupo Pão de Açúcar, a expectativa é que as vendas de produtos pascoais aumentem 15%, ante mesmo período do ano passado. A empresa estima vender mais de 2 milhões de quilos de chocolates nos dias que precedem a Páscoa.

São Paulo/SP – Da redação
Como a Sodexo engoliu a VR
Os franceses são conhecidos por sua cozinha refinada e sofisticada e o tamanho tímido de suas porções. É curioso, portanto, que o gigantesco mercado de alimentação industrial no País seja dominado por uma companhia francesa, a Sodexo - que recentemente perdeu o "h" em seu nome. Mas, para chegar nessa posição, a empresa teve que adicionar um toque de tempero brasileiro à sua receita ao adquirir o Grupo VR, por R$ 1 bilhão em 2007. De fato, embora presente há 20 anos no Brasil, a Sodexo era pequena no segmento de tíquetes quando comparada à VR, uma das líderes nesse produto. Com a compra da empresa brasileira, os franceses se tornaram líderes nesse segmento no País, do dia para a noite. Hoje, possuem 15 mil funcionários e 700 clientes na área de refeições industriais. No setor de tíquetes, são mais de 300 mil contratos, cinco milhões de usuários e funcionários de 40 mil empresas. Para sustentar essa posição, a Sodexo optou por manter todos os 160 funcionários da antiga VR. Com o crescimento repentino na área de tíquetes no Brasil, a companhia reconheceu que só poderia gerir esse negócio com eficácia se tirasse proveito da experiência desses profissionais. A compra da VR ainda permite que o grupo francês experimente, no País, atuar com duas marcas. Por conta da força da identidade da empresa brasileira, o nome VR foi mantido pela Sodexo. De modo geral, a área de tíquetes ficará sob o guarda-chuva da marca VR, enquanto as atividades de gestão e operação de restaurantes, refeitórios e afins serão oferecidos com a marca mundial. A francesa, porém, continuará a comercializar cartões com seu próprio nome no Brasil.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Brasília/DF – Da redação
Balança comercial fecha fevereiro com superávit de US$ 1,7 bilhão
A balança comercial brasileira do mês de fevereiro de 2009 apresentou superávit – diferença entre os valores exportados e importados – de US$ 1,767 bilhão, resultante de exportações de US$ 9,588 bilhões (média diária de US$ 532,7 milhões) e importações US$ 7,821 bilhões (média diária de 434,5 milhões) realizadas nos 18 dias úteis do mês. A corrente de comércio (soma das operações de exportação com as de importação) somou US$ 17,409 bilhões em fevereiro. A média diária das exportações apresentada no mês, ficou 20,9% menor que a verificada no mesmo mês do ano passado (US$ 673,7 milhões). Porém, em relação ao desempenho médio diário em janeiro último (US$ 465,8 milhões), houve crescimento de 14,4%. As exportações nos meses de fevereiro de 2008 e de janeiro de 2009, totalizaram US$ 12,800 bilhões e US$ 9,782 bilhões, respectivamente.
No mesmo período, a média diária das importações brasileiras apresentou queda de 30,9% sobre o desempenho verificado em fevereiro de 2008 (US$ 628,9 milhões) e retração de 11,5%, sobre o resultado médio diário de janeiro de 2009 (US$ 490,8 milhões). Terceira e quarta semanas de fevereiro - Na terceira semana de fevereiro (entre os dias 16 e 22), as exportações brasileiras somaram US$ 2,960 bilhões e as importações US$ 2,297 bilhões, o que resultou num superávit comercial de US$ 663 milhões. A corrente de comércio registrada no período foi de US$ 5,257 bilhões. Na quarta semana, entre os dias 23 e 28 do mês, as empresas brasileiras venderam US$ 1,527 bilhão ao mercado internacional e compraram US$ 1,119 bilhão de mercados estrangeiros. Dessa forma, o saldo comercial ficou positivo em US$ 408 milhões e a corrente de comércio chegou a US$ 2,646 bilhões. Nos 39 dias úteis acumulados até 28/02, as exportações brasileiras somaram US$ 19,370 bilhões, com média diária de US$ 496,7 milhões, valor 21,9% menor que o desempenho médio diário das exportações, apresentado no mesmo período de 2008 (US$ 636 milhões).
Na mesma comparação, observou-se retração de 21,6% nas importações brasileiras que saíram de uma média diária de US$ 592,8 milhões, nos dois primeiros meses do ano passado, para US$ 464,8 milhões no mesmo período de 2009. As importações, nesse período, somaram US$ 24,305 bilhões e, em 2009, US$ 18,127 bilhões. O saldo comercial, de janeiro e fevereiro, foi de US$ 1,243 bilhão (média diária de US$ 31,9 milhões). Pelo critério da média diária, o superávit comercial foi 26,3% menor que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 43,2 milhões). (Fonte: MDIC)

Genebra/Suiça
Brasil quer US$ 2,5 bilhões dos EUA em sanções por algodão
O Brasil pediu nesta segunda-feira, US$ 2,5 bilhões em sanções contra os EUA por não ter se adequado às regras após uma condenação da OMC - Organização Mundial do Comércio - sobre seus subsídios aos produtores de algodão, indicou a jornalistas o embaixador brasileiro na organização, Roberto Azevedo. "Pedimos na OMC que o Brasil seja recompensado em US$ 2,5 bilhões pelo prejuízo causado a nossos produtores de algodão entre 1998 e 2002", explicou Azevedo ao final de uma reunião na OMC com a delegação americana. Esta demanda segue a condenação de 2 de junho do ano passado pelas subvenções americanas ao algodão, consideradas desleais por Brasília e reconhecidas como tal pela OMC. Segundo a condenação, os EUA tinham se comprometido a respeitar as regras da OMC, sem o que estariam sujeitos a sanções. O órgão de acertos de divergências da OMC anunciará uma decisão sobre este montante dia 30 de abril, informou Azevedo.
Se for avalizado, Brasília poderá aplicar elevações de direitos aduaneiros à altura deste valor, sobre todos os produtos provenientes dos EUA que chegam a seu território durante o período que desejar. Azevedo não disse quais produtos poderiam ser atingidos. "Queremos uma conformação do valor do prejuízo para aplicar, em seguida, as disciplinas de compensação multilaterais da OMC", indicou o embaixador do Brasil na OMC. Brasília considera que os subsídios americanos aos produtores de algodão chegaram a US$ 12 bilhões entre 1999 e 2002, enquanto o valor das colheitas foi de US$ 13,9 bilhões, durante o mesmo período, ou seja, uma taxa de subsídio média de 89,5%. O caso foi apresentado na OMC em 2002 pelo Brasil, que havia ganhado uma primeira vez em 2004 e depois em apelação em 2005. Como não obteve resposta satisfatória, Brasília apresentou queixa novamente contra os EUA em 2006, ganhando mais uma vez em dezembro de 2007. O órgão de apelação da OMC confirmou sua decisão em junho de 2008.
Garantia - Os relatórios dos árbitros da organização haviam estabelecido que o programa de garantia do crédito a exportações em questão consistia em uma subvenção às exportações. "Os EUA agem de uma maneira incompatível com o acordo sobre a agricultura aplicando subvenções à exportação contrárias a seus compromissos", disseram os árbitros. Segundo esta condenação, os EUA foram intimidados a se colocar de acordo com as regras da OMC e de revisar seus subsídios, caso contrário seriam expostos a sanções brasileiras. O Brasil havia falado anteriormente que o valor pode chegar a US$ 1 bilhão, antes de uma revisão para cima. Estas subvenções americanas ao algodão foram denunciadas pelas associações de defesa dos países pobres, que indicam que elas distorcem os preços mundiais e castigam os produtores de inúmeros Estados, particularmente os africanos, que não podem sustentar a concorrência com os produtores americanos de algodão. (Agence France Presse/AFP)

Brasília/DF – Da redação
Participação na Gulfood pode render US$ 55 milhões a empresas brasileiras
As 12 empresas brasileiras que participaram do pavilhão organizado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira na maior feira de alimentos do Oriente Médio, a Gulfood, poderão fechar negócios de US$ 55 milhões neste ano. Nos quatro dias de evento, realizado em Dubai/Emirados Árabes Unidos, na semana passada, os pedidos alcançaram US$ 15 milhões. Outros US$ 40 milhões foram encomendados para os próximos 12 meses. Apesar da crise financeira mundial, o movimento da feira foi além da expectativa. “Mesmo em momentos de crise, sempre existirá demanda para os alimentos”, afirmou o diretor de Promoção Internacional do Agronegócio, Eduardo Sampaio. As empresas brasileiras fizeram mais de dois mil contatos com, empresas de, pelo menos, 20 países. (Fonte: MAPA)

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MERCADO DE TI


San Francisco/EUA
Vendas mundiais de chips caem 28,6% em janeiro por causa da crise
As vendas mundiais de chips de informática somaram US$ 15,3 bilhões em janeiro, uma queda de 28,6% em relação ao mesmo mês de 2008, afetadas pela recessão econômica, informou ontem, a SAI - Associação da Indústria de Semicondutores – (sigla em inglês). A entidade, com sede no Vale do Silício, acrescentou que a redução frente ao mês anterior chegou a 11,9%. Janeiro é, tipicamente, um mês de vendas baixas no setor, mas a forte queda reflete "uma erosão contínua da confiança dos consumidores e os efeitos da recessão econômica global", disse o presidente da SIA, George Scalise, em comunicado. Ele ressaltou também, que os estoques das companhias do setor "são muito baixos", o que significa que a capacidade de provisão destas companhias "está aumentando". Esta não foi a única notícia negativa recente para o setor, pois a Spansion, uma das principais fabricantes de artigos de memória flash dos EUA, declarou falência no domingo. Estes tipos de semicondutores são utilizados frequentemente, em produtos como câmeras digitais. A Spansion possui aproximadamente 8.900 trabalhadores no mundo todo, e suas ações cotam no índice Nasdaq, onde perderam cerca de 98% do valor no último ano. (Agência EFE)

Mumbai/Índia – Da redação
Etisalat e Tata Communications apresentam serviços avançados de comunicações nos Emirados Árabes Unidos
A Etisalat e a Tata Communications, fornecedora líder de um novo mundo de comunicações e integrante do Tata Group, avaliado em US$ 62,5 bilhões, anunciaram conjuntamente, ontem, o lançamento de serviços de rede para empresas, possibilitando a oferta de uma série de serviços dedicados de Ethernet a clientes que buscam conectividade nos Emirados Árabes Unidos e globalmente. Com a sociedade, a Etisalat pode ampliar o seu alcance, oferecendo serviços globais de Ethernet de camada 2 dentro e fora dos Emirados, enquanto a Tata Communications pode ampliar ao país a sua cobertura global de rede. A Tata Communications é a líder global em portfólio de serviços de Ethernet. A Etisalat agora pode utilizar o portfólio de Ethernet da Tata Communications para oferecer serviços de rede avançados a clientes que estão se expandindo globalmente rumo a mercados novos e emergentes e procurando uma prestadora de serviços que forneça as melhores opções de conectividade.
O conjunto de serviços de Ethernet da Tata Communications, certificado pelo MEF - Metro Ethernet Forum -, chega a cinco continentes e apresenta Ethernet de camada 2 sobre SONET/SDH, Ethernet sobre MPLS e uma série de configurações para acompanhar as crescentes exigências dos clientes. A Ethernet é hoje a opção ideal para empresas com exigências crescentes de largura de banda e tecnologia, já que é uma solução econômica, escalonável e flexível para empresas de todos os tamanhos. "A aliança da Etisalat com a Tata Communications é uma realização significativa, alinhada com a nossa estratégia de associação com importantes prestadoras de serviços para ampliar o alcance global da Etisalat", afirmou Abdulla Hashim, vice-presidente de soluções de negócios da Etisalat. "Por meio desta parceria, a Etisalat oferecerá os benefícios da largura de banda dedicada de ponta a ponta por intermédio de uma variedade superior de soluções globais de Ethernet, além de prestar aos nossos clientes serviços que agregam valor, como recuperação gerenciada de desastres, serviços gerenciados de centro de dados e outros". a Etisalat também pretende ampliar o seu alcance global criando os seus próprios nós ou se associando às melhores operadoras de telecomunicações em todo o mundo. Desde 2005, a Etisalat está associada a 15 grandes prestadoras de serviços de telecomunicações no mundo todo e oferece soluções de conectividade internacional a grandes clientes. Associando-se à Tata Communications, a Etisalat completou o círculo que a leva a todos os cantos do mundo.
A Tata Communications agora poderá fornecer conectividade nos Emirados Árabes aos seus clientes de Ethernet e MPLS global. A Tata Communications considera os EAU um mercado altamente estratégico que passa por um rápido crescimento em comércio e negócios internacionais. A Tata Communications, com uma das maiores redes de cabos submarinos do mundo e um conjunto sofisticado de serviços gerenciados, desenvolveria ainda mais os nós existentes nos Emirados, criando um pólo para as suas soluções de rede direcionadas a empresas na região do Golfo.
Ambas as sócias pretendem construir e oferecer na região uma série de serviços que agregam valor, como telepresença, serviços gerenciados de segurança, redes de fornecimento de conteúdo (CDNs), hospedagem e centros gerenciados de contato. A Tata Communications agora tem um novo escritório em Dubai, além do já existente em Abu Dhabi. Comentando esta parceria, Vinod Kumar, CEO da Tata Communications, disse que "a expansão para os Emirados Árabes Unidos, em parceria com a Etisalat, atinge um marco fundamental na nossa estratégia de construir conectividade em mercados emergentes e ser a operadora preferencial, fornecendo soluções perfeitas para atender às amplas e variadas necessidades de serviços de rede dos nossos clientes globais".
Ambas as prestadoras colaborarão efetivamente, para atuar em diversas atividades de marketing e suporte de vendas nos Emirados Árabes e globalmente, com o objetivo de desenvolver e fornecer soluções inovadoras. Estas soluções serão direcionadas a importantes segmentos empresariais, como os setores de companhias aéreas, de mídia, imobiliário, de logística, bancário, financeiro e outros. "Estamos posicionados para obter benefícios longos e duradouros, resultantes da união com uma aclamada prestadora de serviços de telecomunicações como a Etisalat", comentou Radwan Moussalli, diretor-gerente da Tata Communications nas regiões do Oriente Médio e África Setentrional. "A sua expertise, experiência nos Emirados Árabes Unidos e, ampla gama de serviços, serão de grande utilidade para os nossos clientes que estão expandindo operações nesta região". (Fonte: PR Newswire)

Santos/SP - Da redação
Escândalo sobre quebra de sigilo de cartões de crédito gera maior incidente do gênero da história
O último escândalo envolvendo a quebra de sigilos no Brasil e EUA fala por si só. De acordo com a imprensa mundial, hackers invadiram o banco de dados de empresas que processam transações de cartões de crédito do mundo todo, colocando em alerta as principais companhias do ramo e deixando suscetíveis dados sigilosos de cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. Os hackers conseguiram capturar nome, número e data de expiração de usuários de cartões de crédito – informações que poderiam ser utilizadas para clonar os cartões em circulação. Uma das companhias invadidas - a Heartland Payment Systems, nos EUA -, lida com cerca de 100 milhões de transações por mês e, apesar de os ataques terem ocorrido entre maio e novembro de 2008, a empresa só comunicou publicamente o incidente em janeiro deste ano. Para evitar o pior, bancos do mundo todo recolheram e cancelaram cartões de crédito, inclusive o Citybank no Brasil. Ainda assim, os estragos resultantes alcançaram os milhões de dólares, sem levar em conta o dano incalculável à imagem das empresas envolvidas.
A invasão, feita através de um software, poderia ter sido evitada pelas empresas envolvidas, pois os dados violados não estavam criptografados ou protegidos por senha, uma medida preventiva que poderia ter evitado o episódio e, consequentemente, os gastos gerados por esse tipo de ataque. O contraste de valores é desproporcional se levados em conta os custos das medidas preventivas contra esse tipo de ocorrência. “A precaução custa muito menos do que a negligência com a segurança evitando-se, assim, perdas maiores”, recomenda Wilfried Hafner, presidente da Securstar, empresa responsável pelo software DriveCrypt, que criptografa os dados de instituições como a Scotland Yard e Ministérios de Defesa de vários países.
O software, agora na versão DriveCrypt Plus Pack, oferece proteção pró-ativa, que previne que ladrões de dados em potencial coloquem as mãos em dados confidenciais, independente de onde os mesmos estejam guardados – desktops, laptops ou chaves USB, através do uso de criptografia 256 bit AES, em tempo real, protegendo dados de negócios contra acessos externos não autorizados com funções como autenticação pré-boot, ou através de chave USB, que garantem que os dados estejam sempre protegidos. Além disso, ainda existe a possibilidade de esconder um sistema operacional completo, de forma que o mesmo fique completamente invisível. Utilizando um método de senha especial, o software impede que invasores consigam acessar os arquivos criptografados no sistema, apresentando as mesmas informações falsas.

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MERCADO ONLINE


São Paulo/SP – Da redação
Pequena empresa é o novo nicho da Internet
Apesar do movimentado e incerto cenário de crise econômica que ameaça o setor de tecnologia no País, empresas especializadas em internet, encontraram um novo nicho de negócios que deve ajudá-las a enfrentar este período difícil - a criação de plataformas tecnológicas para inserir pequenas e médias empresas no mundo do comércio eletrônico. De olho nisso, o UOL - Universo Online - e a Locaweb lançaram, há pouco mais de um mês, ferramentas específicas para este tipo de empresas e já conquistaram, juntas, mais de 2.000 cadastros de lojistas que colocaram suas empresas no universo virtual. Google e Buscapé, especializados em busca de conteúdo na web, ficaram encarregados de dar visibilidade a esses lojistas. A entrada de pequenas e médias empresas no varejo virtual é incentivada pela ACSP - Associação Comercial de São Paulo - e pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, que funcionam como uma porta de acesso a esse público. Em parceria, elas promovem seminários voltados especificamente a esse nicho empresarial, indicando quem eles podem procurar para criar sua empresa na web de forma simples e de pouco investimento. Os pequenos e médios empresários passaram a enxergar na internet uma forma de lucrar mais, já que a crise deve forçar o consumidor a ser mais seletivo e pesquisar melhores preços, prática que pode ser facilitada com ao auxílio da rede. Segundo dados do Relatório WebShoppers, análise elaborada pelo e-bit, mais de 11,5 milhões de pessoas já compraram pela web no Brasil.

São Paulo/SP – Da redação
Internautas do Brasil são os mais online do mundo
Nem o verão tirou os brasileiros da frente do computador. Mais uma vez os internautas daqui, ficaram em primeiro lugar no tempo de navegação na web em computadores residenciais. De acordo com levantamento do Ibope/NetRatings, os brasileiros permaneceram em média 24 horas e 49 minutos na internet em janeiro. Comparado a dezembro, o índice subiu 8,7%. Atrás do Brasil, estão países como Reino Unido (24h37min), França (24h35min), e Espanha (24h06min). A pesquisa aponta ainda, estabilidade no total de internautas ativos com acesso residencial em comparação a dezembro. Em janeiro, eles somavam 24,5 milhões. Na comparação com janeiro de 2008, o número é 16% maior. Ao todo, 38,2 milhões de brasileiros têm internet em casa – apesar de nem todos utilizarem. Considerando todos os ambientes (residências, trabalho, escolas, lan-houses, bibliotecas, telecentros), o número de pessoas de 16 anos ou mais de idade, com acesso, foi de 43,1 milhões no terceiro trimestre de 2008. (Fonte:IBOPE/NetRatings)

São Paulo/SP – Da redação
American Airlines lança serviço móvel para clientes frequentes
A American Airlines desenvolveu um serviço que reconhece quando um cliente pertencente a seu programa de milhagem liga a partir de seu telefone celular, algo cada vez mais comum. O serviço Remember Me ajuda os participantes do programa AAdvantage a obter informações sobre os horários e condições de voo. Antes da implantação do sistema, o atendimento podia demorar mais de dois minutos, já que era preciso passar por uma série de menus. Com o Remember Me, o tempo de resposta cai para quase 30 segundos, segundo a empresa, já que o sistema reconhece o telefone, o número do programa fidelidade e o voo para o qual o cliente adquiriu passagens. (Fonte: Mobile Marketer)

Washington/EUA
JC Penney tem recuo de 8,6% nas vendas online
A JC Penney, uma das principais redes de lojas de departamentos dos EUA, disse que no quarto trimestre de 2008 suas vendas pela internet caíram 8,6% na comparação anual, contra uma alta de 13,3% em 2007. O resultado foi atribuído à crise financeira, que atingiu com muita força o segmento de lojas de departamentos. No quarto trimestre, as vendas da JC Penney recuaram 10,8% em mesmas lojas e 10% no total, para US$ 5,75 bilhões, fazendo com que o faturamento fechasse o ano com queda de 6,9%, para US$ 18,48 bilhões. Apesar do declínio das vendas online, a JC Penney disse que continuará a investir no canal online, que considera estratégico para o desenvolvimento de seus negócios. (Fonte: Internet Retailer)

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ENERGIA


Rio de Janeiro/RJ – Da redação
ONS diz que consumo de energia volta a crescer fevereiro
O consumo de energia elétrica em fevereiro cresceu 4,9% em relação a janeiro e apresentou alta de 0,7% ante fevereiro de 2008, de acordo com dados preliminares do ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico. Com o resultado, foi revertida a tendência de decréscimo no consumo de energia, registrada em dezembro e em janeiro, devido à crise financeira. No acumulado de 12 meses, terminados em fevereiro, houve acréscimo de 2,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Neste intervalo, todas as regiões tiveram alta no consumo de energia.
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, a alta de fevereiro foi ainda maior do que a média, tendo atingido 1,4%. Já a região Norte apresentou redução de 1,2%. No Nordeste também houve queda, de 0,7%. O Sul ficou praticamente estável, com elevação de 0,3%. De acordo com comunicado do ONS, o aumento da produção na indústria "pode sinalizar uma reação à crise econômica que se instalou a partir do último trimestre do ano passado." Apesar de setores industriais continuarem concedendo férias coletivas e paradas preventivas de manutenção, o órgão divulgou que o aumento do consumo é resultado de setores mais otimistas em relação à retomada de produção, mesmo que em ritmo ainda inferior em relação aos meses antes do agravamento da crise.
A redução de IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - para a indústria automobilística, também incentivou a recomposição de estoques, com consequente elevação do consumo de energia. Setores voltados para o mercado interno foram menos afetados pela crise, mantendo assim a demanda por energia. Temperaturas mais altas do que no mesmo período do ano passado, também contribuíram para a alta do consumo.

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MERCADO DE LUXO


São Paulo/SP – Da redação
Apesar da crise, grifes estrangeiras desembarcam no Brasil com grandes perspectivas de lucros e expansão
Em um período marcado por notícias de demissões e prejuízos de grandes empresas, marcas tradicionais e de luxo estrangeiras, parecem descobrir o mercado brasileiro. De outubro de 2008, quando começaram a surgir informações consolidadas sobre a crise financeira internacional, até agora, pelo menos sete empresas anunciaram - ou abriram - negócios no Brasil. As empresas são dos mais variados setores: desde uma grife de alto luxo de sapatos até uma unidade de uma rede especializada em hambúrgueres. Em comum, têm uma reputação internacionalmente conhecido e um histórico sólido. Esses investidores são o estilista de sapatos de alto luxo Christian Louboutin, o estilista norte-americano e designer da Louis Vuitton, Marc Jacobs, a marca inglesa de 'fast-fashion' Topshop, a rede norte-americana de restaurantes P.J.Clarke's, a rede de casas norturnas Pink Elephant, a marca italiana de jeans Fiorucci e a fabricante de motos tipo scooter Lambretta.
Hamburguer tradicional
Fundada em 1884, a rede nova-iorquina P.J. Clarke's chegou ao Brasil em novembro do ano passado, no mesmo momento em que o mundo começava a usar o termo "recessão" para definir sua situação econômica. A empresa abriu uma casa no bairro paulistano do Itaim, onde serve hambúrgueres e clássicos da cozinha norte-americana. A sócia Maria Rita Pikielny Marracini, que trouxe a marca ao Brasil, conta que o projeto da unidade paulista é pré-crise. "Já tinha um ano, um ano e meio que discutíamos quando a crise estourou. Era um momento bem diferente, bem pujante, principalmente nos EUA". Marracini diz que o projeto era "mais agressivo" inicialmente e que foi preciso "segurá-lo". "Não nos preocupamos tanto, mas, obviamente, reavaliei mais um pouco. Seguramos o investimento, para ir com calma. Fui com mais cautela." Segundo ela, a crise é notada no movimento do restaurante, que ficou um pouco abaixo das expectativas iniciais. Esse reflexo não é o suficiente, no entanto, para cancelar os planos de abrir mais unidades - apenas remodelá-lo. "Vou fazer um investimento mais pé no chão, com a realidade que aprendi em São Paulo. Talvez não faça uma casa tão grande como essa", diz.
Balada
Em dezembro, a versão brasileira da também nova-iorquina Pink Elephant, abriu suas portas. Diferentemente do exemplo citado pela comandante brasileira do P.J.Clarke's, o sócio que comanda a franquia brasileira da boate Thiago Mansur, diz que não sentiu os reflexos da crise no negócio e que as expectativas, no ato da abertura, já foram "rebaixadas". "Elas superaram muito. Por conta da crise, não sabíamos o que ia ser desenrolado, o quanto eles [os clientes] estariam dispostos a gastar. Então, mesmo nas nossas melhores expectativas, o negócio acabou superando", diz Mansur que afirma acreditar que o mercado de luxo leva vantagens no cenário financeiro internacional e que não "sofreu tanto com essa crise". "O Brasil tem demanda, tem um público que busca o mercado de luxo, do alto padrão, de vestuário, de bebidas, carros, o que a gente precisa é seguir os padrões de fora e atender expectativas do consumidor", afirma.
Alto luxo no pé
Se há demanda por luxo, há oferta. No começo do ano, São Paulo abriu as portas para a primeira butique da América Latina do norte-americano Marc Jacobs, nos Jardins, e, em março, inaugura a loja nacional do designer francês de sapatos Christian Louboutin, com trabalho voltado para clientes "AAA", no shopping Iguatemi, também em São Paulo. A marca Louboutin é hoje encontrada em 46 países, em famosas lojas de departamento como Saks, Neiman Marcus, Barney's, Harvey Nichols e Bergdorf Goodman. Os sapatos de solado vermelho - marca registrada da Louboutin - e, mais recentemente, as bolsas, estão presentes também em 16 lojas próprias, dentre elas em Paris, Londres, Nova Iorque, Los Angeles, Moscou, Cingapura, Hong Kong e Jacarta. Seus sapatos são fabricados na Itália e criados no ateliê do designer. O interesse pelo Brasil foi do próprio Louboutin, que comandará a operação no país que desembarcou no dia 09/02, para apresentar o projeto ao mercado nacional. Já a abertura da loja de Jacobs é resultado de oito meses de negociação com a empresária Natalie Klein, que já comandava a multimarcas NKStore e que já vendia peças do estilista, que também faz design para a francesa Louis Vuitton. A versão nacional reúne as duas linhas de Jacobs, a Marc Jacobs Collection, primeira linha, e a Marc by Marc Jacobs, mais despojada, em roupas, sapatos, óculos, bolsas, pulseiras e colares, além de produtos em couro.
Fast-fashion
Mas nem só de mercado de luxo vive o interesse internacional pelo Brasil. A marca de "fast-fashion" - roupas modernas, que seguem as últimas tendências de moda, por um preço bem acessível - inglesa Topshop começa a ser vendida no país na próxima semana na loja 284, na Villa Daslu. Inaugurada em 1964 na Inglaterra, a Topshop tem cerca de 300 lojas no Reino Unido e outras cem em diferentes países. Para começar a operação no país, a empresa traz um lote de mais de mil peças, entre calças, camisetas, coletes, jeans, saias, shorts, tops e vestidos, além de acessórios. Além do preço, outro atrativo da grife inglesa é a linha assinada pela top model Kate Moss.
Ressurreição
Enquanto marcas novas entram pela primeira vez no mercado brasileiro, a italiana Fiorucci, preferida do público fashion nos anos 80 no Brasil, tenta costurar a ressurreição no mercado brasileiro de cara nova. Depois de um período de crise nos anos 90, a Fiorucci acabou comprada pelo grupo japonês Edwin, que concedeu à gaúcha Supermarcas, o direito de explorar a marca no Brasil em 2006. Desde então, a empresa terceirizou a produção dos jeans e malharias - confeccionados pela capixaba Lei Básica - e também de bolsas e calçados, que são divididos pela gaúcha Calçados Miúcha e Cordez, com sede em São Paulo. Agora, a companhia se prepara para abrir sete lojas exclusivas da marca até o fim deste ano, que se juntará à unidade-conceito que já existe em Foz do Iguaçu, no Paraná. Os projetos das novas lojas não estão 100% fechados, mas a expectativa do sócio da Supermarcas, Moacir Galbinski, é que os mercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília sejam atendidos pelas lojas da Fiorucci. O empresário define o estilo da Fiorucci - que já foi sonho de consumo - como "luxo acessível".
De moto
Moacir Galbinski diz que a Supermarcas pretende trazer outra marca famosa de volta ao imaginário brasileiro - trata-se das motocicletas Lambretta, que voltarão em versão repaginada, mas ainda retrô, a partir do segundo semestre. O objetivo, segundo o empresário, é lançar o novo modelo da Lambretta no Brasil, em outubro, de maneira simultânea à apresentação na Itália. O sócio da Supermarcas diz que ainda não definiu como a moto chegará ao Brasil - pode ser por meio de importação ou pela terceirização da produção no pólo de duas rodas da Zona Franca de Manaus. Galbinski diz preferir a segunda opção. "Nossa missão é trazer essas marcas famosas e garantir sua produção no Brasil", diz ele, citando a Fiorucci e a empresa de cama, mesa, banho e decoração britânica Laura Ashley, que é produzida no país pela Artelassê, de Itatiba/SP. O empresário não vê efeito relevante da crise na área de grifes famosas, e planeja também, projetos para marcas como Pepsi e Beverly Hills Polo Club, cujos direitos a empresa acaba de acertar para o mercado brasileiro. "Essa crise ficou só na divulgação, na mídia. O nosso mercado vem em [trajetória] crescente. O mercado de grifes está crescendo e sabemos que vai continuar a crescer." (Especial G1)

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