I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 158 | Ano I

Rio de Janeiro/RJ – Da redação
Sondagem da FGV aponta que Brasil entra em ambiente econômico recessivo
O Brasil entrou em ambiente econômico de recessão, conforme critério adotado pela Sondagem Econômica da América Latina, feita pela FGV - Fundação Getúlio Vargas - e pelo IFO - Instituto de Pesquisa Econômica da Universidade de Munique. A pesquisa consultou 137 especialistas em 16 países da região, que indicaram piora na situação atual da economia e das expectativas para os próximos seis meses. Com isso, o ICE - Índice de Clima Econômico - registrou o menor nível da série histórica iniciada em janeiro de 1990 (2,9 pontos). O coordenador do Núcleo de Pesquisas e Análises Econômicas da FGV, Aloisio Campelo, explicou que a sondagem mapeia os ciclos econômicos, e não definem se as economias estão realmente em retração. "Pelo critério qualitativo que adotamos, o momento atual está no quadrante recessão", afirmou.
O critério adotado pela FGV estipula que, quando o ISA - Índice da Situação Atual - e o IE - Índice de Expectativas - ficam abaixo dos 5 pontos, está configurada uma fase recessiva. Pela sondagem de janeiro, o ISA do Brasil caiu de 7,3 pontos para 4,7 pontos, entre outubro e janeiro. Apesar de o IE ter melhorado de 2,7 para 3,1 pontos, ainda não se pode dizer que há um quadro otimista. "Deve-se levar em conta que o Brasil está no limite. O resultado daqui é superior ao do restante da América Latina e do mundo", observou Campelo. Para ele, é possível que as economias da América Latina tenham quedas no quarto trimestre de 2008 e nos primeiros três meses deste ano.
Desde outubro de 2001, após o atentado de 11 de setembro, que não se configurava ambiente recessivo, pelos critérios da pesquisa, tanto no Brasil quanto na América Latina. No Brasil, o quadro, naquela época, foi complicado ainda mais pelo racionamento de energia. O ISA de toda a América Latina ficou em 3,4 pontos - menor índice desde outubro de 2002 - e o IE caiu para 2,3 pontos, recorde histórico negativo. O quadro de tendência recessiva na região já estava configurado desde outubro.
O ICE da América Latina permanece ligeiramente superior à media do resto do mundo (2,8 pontos), mas as expectativas quanto ao futuro da economia no curto prazo estão ainda mais em baixa. No restante do mundo, houve pequena aceleração entre outubro e janeiro (3 para 3,1 pontos), enquanto na América Latina, houve recuo de 2,5 para 2,3 pontos. "Isso pode estar ligado ao fato de que os países da América Latina sentiram os efeitos da crise um pouco depois, já que vinham crescendo baseados principalmente, na forte demanda do mercado por commodities. Há uma espécie de efeito retardado", comentou Campelo, acrescentando que a média mundial é composta por países como China e Índia, que têm resultados melhores do que os países desenvolvidos.

Nova Iorque/EUA
HP anuncia lucro abaixo do esperado no 1º trimestre fiscal
A Hewlett-Packard anunciou um resultado mais fraco que o esperado no primeiro trimestre fiscal de 2009 (encerrado em 31/01) e projeções menores que a dos analistas para o segundo trimestre fiscal. A HP informou que registrou um lucro líquido de US$ 1,9 bilhão (US$ 0,75 por ação) no primeiro trimestre fiscal 2009, de um lucro de US$ 2,1 bilhões (US$ 0,80 por ação) registrado em igual período do ano fiscal anterior. A receita cresceu 1% para US$ 28,8 bilhões no primeiro trimestre fiscal 2009, de uma receita de US$ 28,5 bilhões registrado em igual período do ano fiscal anterior. Excluindo itens extraordinários, a HP teria um lucro de US$ 2,3 bilhões, ou US$ 0,93 por ação, no primeiro trimestre fiscal. A previsão dos analistas entrevistados pela Thomson Reuters era de um lucro de US$ 0,93 por ação sobre uma receita de US$ 31,9 bilhões. Para o segundo trimestre fiscal, a HP projeta um lucro entre US$ 0,70 e US$ 0,72 por ação, ou de US$ 0,84 a US$ 0,86 por ação, excluindo itens extraordinários. A companhia também disse que as vendas devem cair entre 2% e 3% em comparação com o ano anterior, o que seria equivalente a entre US$ 27,5 bilhões e US$ 27,7 bilhões. Os analistas estavam projetando para o segundo trimestre fiscal um lucro de US$ 0,89 por ação sobre uma receita de US$ 30,95 bilhões. (Associated Press)

Porto Alegre/RS
Zamprogna abre plano de demissão
Depois de tensas negociações com trabalhadores, a Zamprogna S.A., metalúrgica sediada em Porto Alegre, que foi adquirida em dezembro pela Usiminas, abriu na terça-feira, dia 17/02, um programa de demissão voluntária para 260 de seus 900 funcionários na planta gaúcha. O acordo foi fechado com o sindicato na manhã de ontem, e os operários que pedirem demissão até às 12h de hoje, receberão, além dos direitos trabalhistas, R$ 110 referentes a cada ano de trabalho na companhia. O acordo incluiu ainda três meses de plano de saúde para os demitidos e estabilidade de 60 dias para quem ficar na empresa, segundo o sindicato. Os dois dias de paralisação dos funcionários, que antecederam o acordo de ontem, não serão descontados. "Não é o que a gente queria, mas pelo menos dá um pouco de ordem para as demissões", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre, Claudir Nespolo. Fabricante de tubos e distribuidora de chapas e telhas de aço, a Zamprogna foi vendida por R$ 160 milhões para a Usiminas em dezembro do ano passado. No dia 02/3, a siderúrgica mineira passa a administrar a companhia. Antes da venda para Usiminas, a crise financeira internacional, que reduziu a demanda pelos produtos da companhia, provocou o anúncio da suspensão dos em investimentos de expansão que a Zamprogna projetava para o período 2008/2009. Além da capital gaúcha, a empresa também tem outros 150 funcionários em SP.

Washington/EUA
Goodyear fechará 5 mil postos de trabalho em 2009
O fabricante americano de pneus Goodyear Tire and Rubber anunciou na quarta-feira, que prevê fechar 5.000 postos de trabalho e congelar salários em 2009, depois de ter informado no quarto trimestre uma perda líquida de US$ 330 milhões. A Goodyear, terceira maior fabricante mundial de pneus, passou em 2007 por um longo processo de reestruturação de suas atividades, especialmente na América do Norte, onde nos últimos anos obteve resultados de pouca expressão. (Agence France Presse)

Rio de Janeiro/RJ – Da redação
Produção brasileira de aço bruto caiu 45,6% em janeiro
A produção brasileira de aço bruto registrou queda de 45,6% em janeiro - quando foram produzidas 1,6 milhão de toneladas -, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o IBS - Instituto Brasileiro de Siderurgia -, o maior recuo se deu em laminados, com redução de 54,6%. Em contrapartida, na comparação com dezembro, a produção de laminados registrou crescimento de 9,9%, por causa da reativação de usinas que estavam paradas naquele mês. "Temos uma preocupação muito grande em relação ao que vem pela frente, apesar da sinalização positiva de alguns setores consumidores", afirmou o vice-presidente executivo do IBS, Marco Polo de Mello Lopes. Ele conta que os três grandes consumidores de aço no País, indústria automotiva, construção civil e equipamentos - que respondem por quase 80% da demanda -, mostram alguns sinais de recuperação com as medidas de incentivo do governo, mas lembra que a situação é ainda difícil para o setor de equipamentos. O desaquecimento da demanda de aço também teve impacto na mão de obra do setor em janeiro. Os dados do IBS mostram que o efetivo em atividades siderúrgicas no mês passado era de 114.700 pessoas, ou 3.429 trabalhadores a menos do que janeiro do ano passado. Em termos percentuais, houve redução de 2,9% na força de trabalho da indústria do aço. O maior enxugamento se deu no quadro de empregados terceirizados, que registrou redução de 8.732 pessoas. As vendas de aço no mercado interno também registraram recuo, de 48,4% em janeiro, em relação ao mesmo mês do ano passado. As vendas das usinas no mercado externo também tiveram desempenho negativo, de 33% em janeiro. As exportações totais do setor recuaram 12% em relação a janeiro de 2008. Em contrapartida, as importações mostraram expansão de 62,5%.

Brasília-DF

Agora depositar pré-datado antes vai ter que pagar indenização
O STJ - Superior Tribunal de Justiça - aprovou súmula que estabelece o direito de cobrar indenização por dano moral em caso de depósito antecipado de cheque pré-datado. Súmula é um instrumento jurídico usado para difundir como regra, nas instâncias judiciais inferiores, o entendimento do STJ sobre um tema. Em sua nova súmula, de número 370, o STJ afirma: "caracteriza dano moral a apresentação antecipada do cheque pré-datado". A proposta foi apresentada pelo ministro Fernando Gonçalves e aprovada na última segunda-feira, em decisão colegiada dos ministros que integram a Segunda Seção do STJ. Portanto, de acordo com a assessoria de imprensa do tribunal, não é necessário que haja devolução do cheque. Basta que o título de crédito seja cobrado antes da data para a qual foi programado o desconto pelo interessado. O assunto já foi examinado diversas vezes pelo tribunal. Em regra, os julgamentos decidiam pelo reconhecimento do direito à indenização. Em decisão tomada em 1993, o STJ entendeu que não cabia pedido de restituição de valor de cheque pré-datado depositado antes da data. Segundo o entendimento, expresso em julgamento de um recurso especial, o fato de exibir data futura, não tira do documento a característica de título executivo extrajudicial. Isso significa, em linguagem jurídica, que as informações inscritas no papel dão o seu real valor e definem quando a importância ali apresentada, poderá ser exigida. Em 2000, o STJ decidiu que a devolução por falta de fundos de cheque pré-datado, depositado antes da data, gera dano moral -e consequentemente, possível pedido de indenização. Entre 2004 e 2008, ingressaram no tribunal 55.734 nas quais se busca a cobrança de indenização por danos morais. (Agência Brasil)

Porto Alegre/RS – Da redação
Antônio Salton assume presidência da vinícola interinamente
O atual diretor superintendente da Vinícola Salton, Antônio Agostinho Salton, assume o cargo de presidente da empresa até a realização de Assembleia Geral, prevista para o próximo mês de abril, quando será definido o sucessor do presidente Ângelo Salton Neto, que morreu vítima de um infarto no dia 10 de fevereiro. Antônio Agostinho Salton está na vinícola desde 1985.

Ribeirão Preto/SP
Grupo Naoum dá licença remunerada para 4 mil funcionários

O Grupo Nauom anunciou que concedeu ontem, licença remunerada para 4 mil funcionários, ou 80% dos 5 mil empregados de suas três unidades sucroalcooleiras - Usina Santa Helena, na cidade homônima de Goiás, e as usinas Jaciara S/A e Pantanal de Açúcar e Álcool, ambas no município de Jaciara/MS. A medida ocorre para uma redução de custos operacionais, como transporte a alimentação dos funcionários, e foi tomada em meio ao processo de recuperação judicial da companhia, iniciado em novembro de 2008. Segundo comunicado do Grupo Naoum, o período da licença remunerada deve se estender até o início do mês de março, período do inicio das atividades para a próxima safra. O retorno dos funcionários será gradativo e ocorrerá de acordo com o início das operações das usinas. Os cerca de mil funcionários que não terão licença remunerada são basicamente, do quadro administrativo. "O Grupo Naoum não mede esforços para garantir a preservação do patrimônio das empresas, a continuidade sustentável das operações, o cumprimento dos compromissos existentes e, prioritariamente, a preocupação com a manutenção do seu quadro de funcionários" informou Edison Couto, presidente da empresa. Com crise financeira internacional e as quedas nos preços de açúcar e etanol, o Grupo Naoum protocolou seu pedido de recuperação judicial, deferido no dia 25/01, pelo juiz da 4ª Vara Civil de Anápolis/GO, Dioran Jacobina Rodrigues. O grupo aguarda no momento a definição da data para a assembleia geral dos credores para aprovação do plano de recuperação judicial. (Agência Estado)

São Paulo/SP
Empréstimo do BNDES permitiria à Gradiente retomar produção
O Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas declarou que a Gradiente aguarda aprovação do empréstimo pedido ao BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - para retomar a produção de sua fábrica em
Manaus. Segundo Valdemir Santana, presidente do sindicato, o pedido feito há mais de um ano, soma 17 milhões de reais. Com o dinheiro, mais de 1.000 empregos poderiam ser gerados até o fim do ano. Além disso, seriam retomadas por completo as operações da linha de produção, paralisada desde 2007, devido às dificuldades financeiras da empresa. A Gradiente não se manifesta sobre o empréstimo e confirma apenas que a dívida com seus credores é estimada em 280 milhões de reais, além das dívidas trabalhistas em negociação com seus ex-funcionários e a Justiça do Trabalho. A fabricante explica que, ainda que, desde 2007, a linha de produção teve algumas ações pontuais, como a que ocasionou o acordo com a rede varejista Magazine Luiza. Esta semana, o Magazine Luiza recebeu um lote de 1.000 TVs de plasma produzidas pela Gradiente. Pelo site da loja, a TV de plasma de 42 polegadas esta à venda por 1.999 reais. Já o modelo de 50 polegadas encontra-se com o status "esgotado", sem preço definido. Como parte do acordo, a rede varejista será a responsável pela garantia dos equipamentos. Santana diz que a produção das TVs de plasma foi realizada com o uso de materiais em estoque, mas não há capital de giro suficiente para manter a produção regularmente. A Gradiente afirma que, atualmente, seus 180 funcionários operam em regime de banco de horas, recebendo salários e trabalhando quando há alguma demanda especial. Antes da retomada da produção, a companhia está concentrada na renegociação de suas dívidas, esclarece. (Agência IDG Now!)


_______________________
INDICADORES ECONÔMICOS



São Paulo/SP
FGV diz que clima econômico na América Latina é o pior desde 1990

O ICE - Índice de Clima Econômico - da América Latina ficou em janeiro em 2,9 pontos, o pior resultado desde o início da série de pesquisas, em janeiro de 1990, segundo a pesquisa "Sondagem Econômica da América Latina", divulgada na quarta-feira, pela FGV - Fundação Getulio Vargas -, em parceria com o instituto alemão de pesquisas Ifo. Na comparação com a pesquisa anterior, de outubro do ano passado, houve uma "deterioração acentuada das avaliações sobre a situação atual e a relativa estabilização do grau de pessimismo sobre o semestre seguinte", diz o documento. O ISA - Índice de Situação Atual - caiu de 4,2 pontos para 3,4, o menor desde outubro de 2002 (3,3) e o IE - Índice de Expectativas - caiu de 2,5 pontos para 2,3, nível baixo recorde.
Segundo a pesquisa, a América Latina teria entrado em fase recessiva a partir de outubro passado, um trimestre após a economia mundial. "Em janeiro de 2009, a economia da América Latina mantém-se em fase declinante, sem mostrar, ao menos nos resultados agregados para a região, perspectivas de recuperação significativa no curto prazo", diz o texto. A avaliação sobre a situação atual piorou significativamente em relação a outubro, com deteriorações mais expressivas no Brasil, Paraguai e Equador. No Brasil, o índice caiu de 7,3 para 4,7 pontos - mesmo assim, mantendo-se perto dos 5 pontos, que marcam o limite entre avaliações positivas e negativas. No Paraguai, o indicador caiu de 6,1 para 3,4 pontos e no Equador, de 3,9 para 2 pontos, menor nível desde outubro de 2000 (1 ponto).
Entre outubro de 2008 e janeiro de 2009, o ICE teve redução em nove das 11 principais economias da América Latina acompanhadas pela pesquisa. Nas duas restantes houve estabilização do índice em patamar baixo em termos históricos: na Bolívia, o índice de 3 pontos é o menor desde julho de 2003 (2,5 pontos); e no México, o índice de 2,3 pontos é o menor da série. Uruguai (7,0 pontos) e Peru (6,8) tiveram as melhores avaliações sobre a situação presente, com índices desacelerando em ritmo menos intenso que o da média da região. Entre outubro e janeiro, os únicos dois países a registrar melhora nas avaliações sobre o momento atual, foram México (o ISA elevou-se de 2,3 para 2,5 pontos) e Bolívia (de 3,7 para 5). Os resultados, no entanto, "devem ser considerados com ressalvas, uma vez que as expectativas continuaram piorando, e sinalizam pessimismo em relação ao primeiro semestre de 2009", diz o texto.
Expectativas
Em relação aos próximos meses, as expectativas permanecem desfavoráveis, mostra a pesquisa. No mês passado, o IE da região, refletiu "um maior grau de pessimismo que o da média mundial", diz o texto. Entre outubro de 2008 e janeiro de 2009, o cenário futuro piorou de forma mais intensa no Peru e no Uruguai. "O resultado parece indicar que o ritmo de desaceleração nestes países, teria sido ainda mais defasado em relação às economias desenvolvidas que a média da região". No Peru, o índice de expectativas caiu de 4,1 para 1,9 ponto; no Uruguai, de 4,5 para 1,7 ponto. Outros países com piora acentuada de expectativas em janeiro foram a Colômbia (diminuição de 2,7 para 1 ponto) e Bolívia (de 2,3 para 1 ponto), ambos atingindo o maior grau de pessimismo possível nesta pesquisa, situação em que todos os especialistas consultados projetam piora da situação geral da economia ao final dos próximos seis meses.

___________________
MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)


São Paulo/SP

Bovespa reduz perda do dia e fecha em queda de 0,43%
A Bovespa teve um pregão muito volátil, por causa do vaivém das Bolsas norte-americanas e também, por uma razão própria, no caso, os vencimentos. Depois de uma abertura em alta, o principal índice à vista virou para baixo e assim ficou até o final, diminuindo as perdas na última hora com a melhora de Wall Street. Os investidores, lá, gostaram do plano para conter a execução de hipotecas, embora os indicadores ruins tenham limitado compras mais firmes.
- A Bovespa terminou o pregão de ontem em baixa de 0,43%, aos 39.674,39 pontos. Durante a sessão, atingiu a mínima de 39.209 pontos (-1,60%) e a máxima de 40.434 pontos (+1,47%).
- No mês, acumula alta de 0,95% e, no ano, de 5,66%.
- O giro financeiro somou R$ 4,622 bilhões.
Análise - As atenções de ontem estavam voltadas para o plano de ajuda do governo norte-americano aos detentores de hipotecas. Serão US$ 75 bilhões em subsídios para ajudar até 9 milhões de mutuários e mais US$ 200 bilhões que o Tesouro usará para financiar as agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac. O principal objetivo da proposta é evitar que os mutuários, com dívidas maiores do que o valor de suas casas, atrasem seus pagamentos. O governo quer também, ajudá-los a refinanciar seus empréstimos e usar seu controle sobre a Fannie Mae e a Freddie Ma,c para estabilizar os preços das moradias e oferecer liquidez.

Nova Iorque/EUA
Bolsas de NY fecham estáveis, apesar de dados negativos nos EUA

As Bolsas de Nova Iorque fecharam estáveis na quarta-feira, em um dia no qual foram divulgados dados econômicos desfavoráveis nos EUA. Os índices operavam no vermelho até o anúncio do
pacote imobiliário.
- O índice Dow Jones Industrial, o mais importante das Bolsas nova-iorquinas, fechou ontem, com leve alta de 0,04%, aos 7.555,63 pontos.
- O mercado Nasdaq caiu 0,18%, aos 1.467,97 pontos.
- O indicador S&P 500 perdeu 0,1%, aos 788,42.
Análise - Logo no início das negociações foram conhecidos os dados sobre as permissões de
construção e obras de casas novas, em andamento nos EUA. Segundo o Departamento de Comércio, a construção de casas novas nos EUA caiu 16,8% em janeiro, devido à queda da atividade em todo o país. A retração, no entanto, foi menor do que esperavam os analistas, que apontavam diminuição para 530 mil unidades, ante os 466 mil verificados. Além disso, o FED - Federal Reserve - informou que a produção industrial nos EUA teve uma queda de 1,8% em janeiro, acima do 1,5%, previsto pelos analistas. O dado referente a dezembro foi, por sua vez, revisto para baixo, mostrando uma queda de 2,4% - contra uma estimativa inicial de queda de 2%. Pouco mais tarde, o presidente norte-americano apresentou em Phoenix, no Arizona, o plano a fim de interromper o aumento dos despejos de mutuários que não consigam pagar suas hipotecas. A Casa Branca informou ontem, que esse programa tem o objetivo de reestruturar ou refinanciar as dívidas de 9 milhões de famílias. O pacote para socorrer os mutuários americanos está orçado inicialmente, em US$ 50 bilhões (cerca de R$ 115 bilhões).

Londres/Inglaterra
Bolsas europeias fecham com leve perda após plano imobiliário dos EUA

As principais Bolsas da Europa fecharam em baixa na quarta-feira, mas com um desempenho melhor do que a vista no início das negociações, influenciada pelo anúncio oficial do pacote imobiliário dos EUA. Algumas delas, como as de Zurique e Madri, fecharam a inverter o sinal e encerraram negócios em terreno positivo.
- A Bolsa de Londres fechou em baixa de 0,68% no índice FTSE 100, indo para 4.006,83 pontos.
- A Bolsa de Paris caiu 0,04% no índice CAC 40, indo para 2.874,07 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt teve baixa de 0,28% no índice DAX, operando com 4.204,96 pontos.
- A Bolsa de Milão registrou baixa de 0,73% no índice MIBTel, que ia para 13.514 pontos.
- Na contramão, a Bolsa de Amsterdã subiu 0,05% no índice AEX General, que estava com 238,30 pontos.
- A Bolsa de Madri avançou 0,25% no indicador Ibex-35, para 831,14 pontos.
- A Bolsa de Zurique ganhou 0,29%, com 4.955,47 pontos, no índice Swiss Market.
Análise - O início do dia foi marcado pelo aumento dos temores sobre a recessão nos países desenvolvidos, que parece crescer a cada dia. Nos EUA, por exemplo, a produção industrial teve uma queda de 1,8% em janeiro, acima do 1,5% previsto pelos analistas, segundo informou o Fed - Federal Reserve-. Algumas das principais Bolsas europeias, especialmente a de Londres, sentem mais os efeitos da recessão porque alguns setores ligados a commodities, como os de mineração, siderurgia e petróleo, tem forte peso nos índices. Esses setores sofrem com a queda dos preços desses produtos, resultado da menor demanda.

Tóquio/Japão
Bolsa japonesa avança 0,3%, puxada por exportadoras
A Bolsa de Tóquio fechou com ligeira alta, na medida em que exportadoras como Toyota e Toshiba se valorizaram com o enfraquecimento do iene, compensando as perdas em ações ligadas ao setor de petróleo.
- O índice Nikkei 225 ganhou 23,21 pontos, ou 0,3%, e encerrou aos 7.557,65 pontos.
Os analistas dizem, contudo, que os ralis devem ser de curta duração, pois os investidores continuam preocupados com a saúde da economia dos EUA. O mercado oscila entre as boas notícias sobre a prometida ajuda do governo norte-americano aos mutuários e as opiniões pessimistas sobre a economia real.


___________________
MERCADO FINANCEIRO

São Paulo/SP – Da redação
Febraban diz que bancos buscam dividir risco de crédito a empresas com o governo
Os bancos negociam com o governo uma forma de reduzir as taxas cobradas nos empréstimos para pequenas e médias empresas, setor mais afetado pela falta de crédito, como forma de dividir com o governo o eventual risco de inadimplência. Segundo o presidente da Febraban - Federação Brasileira de Bancos -, Fábio Barbosa, a ideia é viabilizar uma alternativa de financiamento com custo menor para as empresas que perderam espaço no crédito interno para companhias de maior porte, que se financiavam no exterior.
Pela proposta, o risco de inadimplência - maior componente do custo do "spread" (a diferença entre o custo de captação do dinheiro para os bancos e a taxa cobrada do cliente) - seria bancado por uma espécie de seguro de crédito, gerido por um fundo de aval capitalizado pelo BNDES. O governo assumiria aporte de 100% desse fundo. A proposta foi discutida ontem em reunião do ministro da Fazenda Guido Mantega com os banqueiros. O "spread" bancário tem sido um dos maiores motivos de críticas do governo aos bancos brasileiros. O economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, admitiu na quinta-feira, 12/02, que o "spread" teve elevação após o último corte na taxa básica de juros de 1 ponto percentual, realizada pelo Copom - Comitê de Política Monetária do Banco Central.
Segundo o economista, isso ocorreu porque, embora as taxas ao consumidor caíram, não houve o repasse total do corte na Selic, devido ao cenário macroeconômico vigente. "Isso é verdade [que as taxas caíram menos que a Selic]. Mas deve ser considerada a incerteza na economia e o aumento da demanda [por crédito]", disse Sardenberg. As dúvidas sobre o desempenho da economia brasileira, especialmente em relação a dados como produção industrial e nível de desemprego, fazem com que os bancos temam um aumento da inadimplência - e a provisão para cobrir essa inadimplência compõe o spread bancário. Na semana passada, o Banco Central liberou nova tabela sobre o ranking dos
juros bancários, para simplificar a divulgação dos dados aos consumidores.

Brasília/DF
Banco Central aprova fusão Itaú e Unibanco, mas exige congelamento de tarifas
O Banco Central aprovou na quarta-feira, a maior fusão bancária da histórica do país, a união Itaú-Unibanco. A fusão foi anunciada em novembro do ano passado, formando o maior banco brasileiro e o maior grupo financeiro do Hemisfério Sul. Na semana passada, o presidente do banco Itaú,
Roberto Setubal, disse que a fusão deve ser concluída até o final de março. Com a autorização do BC obtida ontem, ainda serão necessárias mais algumas semanas para que comece a negociação conjunta sob o mesmo papel na Bovespa. De acordo com o BC, a união foi aprovada tanto sob o aspecto societário como em relação à concentração bancária.
Sobre esse último ponto, os dois bancos terão de adotar as menores tarifas praticadas entre as duas instituições, considerando a data de 2 de janeiro de 2009. O novo banco terá 15 dias para adotar tal regra, sendo que a tarifa deverá ser mantida por um ano. O Itaú informou que a regra vale para as 28 tarifas classificadas como prioritárias pelo BC, como transferências, saques e consultas de saldos e extratos. Nos cinco anos seguintes, segundo o BC, o reajuste só poderá ocorrer naquelas tarifas que se encontrarem com valor inferior à média das tarifas cobradas pelos cinco maiores bancos do país. Além disso, o valor delas jamais poderá superar essa média. A regra vale para os serviços prestados a pessoas físicas e jurídicas. "Tais compromissos, assumidos pelo novo conglomerado como contribuição para reduzir os preços de serviços bancários, estão em sintonia com o esforço desenvolvido pelo Banco Central no sentido de estimular a competitividade do sistema financeiro", diz o BC em nota.
Solidez
O BC afirmou também, que a fusão contribui para "a solidez do Sistema Financeiro Nacional na atual conjuntura do mercado financeiro internacional", ou seja, nesse momento de crise. "O Banco Central concluiu em sua análise, que a associação entre os dois conglomerados apresenta características sistemicamente importantes, uma vez que envolve duas instituições de grande porte, com ampla atuação no território nacional e presença em todos os mercados de produtos financeiros no atacado e varejo", diz o BC em nota. (Agência Brasil)

______________
AGRONEGÓCIOS


Brasília/DF
CNA quer isentar ração e sal mineral de PIS/Cofins
A presidente da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil -, senadora Kátia Abreu (DEM/TO), defendeu ontem, a desoneração das rações e do sal mineral, insumos básicos da pecuária de leite, da cobrança de PIS e Cofins. A tributação incidente sobre esses produtos é de 9,23%, de acordo com ela. "Essa desoneração reduziria de R$ 0,04 a R$ 0,06 por litro o custo de produção", afirmou ela ao defender a adoção de uma série de medidas de apoio ao setor leiteiro.
A expectativa da CNA é que o governo anuncie a desoneração em "breve". Ela explicou que os gastos com rações representam 40% do custo de produção da atividade leiteira. No acumulado do ano passado, os preços do sal mineral subiram 153%, de acordo com cálculos da CNA. Os pedidos de apoio ao setor leiteiro foram apresentados pela senadora ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda-feira. No encontro, foram tratados dos problemas de outros segmentos do agronegócio.
A desoneração daria ao produto brasileiro competitividade frente ao produto importado da Argentina. Cálculos da CNA indicam que o Brasil precisaria produzir a custo de US$ 2 mil por tonelada, preço do leite argentino no mercado interno. Transformado em reais, esse valor representa um preço de R$ 0,41 por litro de leite pago ao produtor pela indústria de laticínios. No Brasil, o preço médio pago ao produtor de leite atualmente, é de R$ 0,59, o que representaria um custo industrial de US$ 2.370 pela produção de uma tonelada de leite em pó. Além da desoneração, a dirigente propôs ao governo o fim da autorização automática para importação de leite da Argentina. A CNA suspeita que os importadores argentinos importem leite "subsidiado" da União Europeia e revendam o produto ao Brasil, prática de comércio desleal, considerando as diferentes alíquotas de importação impostas pelos dois países. "Estamos repetindo a grande crise da década de 90, gerada pela importação de leite subsidiado da União Europeia, supostamente triangulado para o Brasil via Argentina", explicou a senadora. (Agência Estado)

Brasília/DF – Da Redação
Entram em vigor medidas para apoiar uva e produtos do extrativismo
O preço mínimo de R$ 0,46/ kg para a uva industrial, que serve como base para as operações de EGF - Empréstimo do Governo Federal - durante a safra 2008/2009, entrou em vigor na terça-feira, 17/02, com a publicação da Portaria 101, no DOU - Diário Oficial da União. A medida, que havia sido aprovada pelo CMN - Conselho Monetário Nacional - em 29/01, sob indicação do Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -, aplica-se às regiões Sul, Sudeste e Nordeste. O pó cerífero de carnaúba e a borracha natural estão, a partir de ontem, incluídos nas operações de AGF - Aquisição do Governo Federal - para a região Norte, conforme determina a portaria 103, também publicada no DOU. A mesma portaria determina que a castanha-do-brasil, com casca, passará a contar com subvenção do governo federal para equalização de preços. O preço mínimo desse produto passa a ser R$ 52,49 por hectolitro.

Guiabá/MT
Sudão se espelha em Mato Grosso para produzir biodiesel
A transferência de tecnologia na produção de biodiesel foi o tema da audiência entre o governador Blairo Maggi e o governador do Estado de Khartoum, do Sudão, Abdelhalem Almutaafi, na terça-feira, 17/02. O gestor africano adiantou que pesquisadores e empresários sudoneses devem visitar Mato Grosso em setembro para acompanhar o ciclo da soja, oleaginosa escolhida como matéria prima para a produção do biodiesel africano. “Essa é uma situação onde ambas as partes ganham. O Sudão tem interesse não só na tecnologia, mas em todos os equipamentos brasileiros, nas máquinas. Queremos aumentar as relações com uma região que alcançou a excelência agrícola e que pode transferir um pouco para um país que está em vias de se desenvolver”, afirmou o governador de Khartoum.
Mato Grosso tem se consolidado como uma referência internacional na produção do biodiesel, explicou o chefe da Casa Militar, Alexander Maia. O maior número de países investindo e utilizando o biodiesel como um combustível renovável, e menos poluente, abre assim, uma série de oportunidades para as empresas mato-grossenses. “O Sudão é um país que recebe apenas um terço do volume de chuva que nosso Estado recebe. Neste sentido estamos com as pesquisas mais avançadas, que com ajustes, podem ser aplicadas no país vizinho”.
Para o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja, Ricardo Arioli, o mundo não aceitará novamente, ficar “refém” de uma tecnologia que poucos países dominam sua produção, como hoje é o petróleo. “Nós já fomos ao Sudão para confirmar o seu potencial na agricultura. Existem muitas áreas que podem facilmente serem irrigadas com as águas do rio Nilo”. Ele ainda destacou a posição geográfica estratégica do país, que tem ao Norte o Egito, portos no mar Vermelho, com fácil acesso ao Oriente Médio e a Europa.
A questão política do Sudão também foi lembrada na visita da comitiva do Estado de Khartoum. O Sudão há cinco anos superou conturbações administrativas e atravessa um momento de estabilidade na gestão pública. “Esta tranquilidade é fundamental para investimentos e parcerias comerciais”, lembrou Arioli.
Cenário nacional – A aproximação mato-grossense segue a política internacional brasileira de relacionamento com os países da África. “Nós queremos uma relação mais prática em nosso Estado. Nossa tecnologia, além de parceiros comerciais, deve gerar oportunidades de renda no país africano”, comentou o tenente-coronel Alexander Maia. Ele ainda antecipou que uma viagem do Executivo estadual deve ser realizada brevemente, para alguns países da África. “Temos recebidos vários convites para conhecermos Estados e Países no continente africano. O governador já sinalizou positivamente, em relação a esta oportunidade para Mato Grosso conhecer novos parceiros”.

_________________
SETOR AUTOMOTIVO


Nova Iorque/EUA
Futuro de GM e Chrysler permanece incerto apesar da ajuda
As montadoras americanas General Motors e Chrysler não hesitaram em solicitar vários bilhões de dólares a Washington como parte de seus planos de reestruturação. Mas as companhias, ainda assim, correm risco de falência, informaram analistas na quarta-feira. No dia seguinte à apresentação pelas duas montadoras dos progressos realizados em seus respectivos planos de reestruturação, várias questões permanecem sem respostas. A equipe do secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, deve trabalhar nessas apresentações antes de se pronunciar sobre a ajuda que será liberada por Washington. Mesmo se GM e Chrysler conseguirem a quantia suplementar que solicitaram -
US$ 5 bilhões para a Chrysler, que já obteve US$ 4 bilhões, e até US$ 16,6 bilhões para a GM, que já conseguiu US$ 13,4 bilhões - "ainda não terão resolvido seus problemas", avaliou Michelle Krebs, analista do escritório Edmunds, especializado no setor automotivo.
"Em que medida as montadoras vão conseguir negociar com todos os parceiros fora de um tribunal de falências?", perguntou, lembrando que o Capítulo 11 da lei americana de falências permite à empresa impor concessões a seus parceiros. "As concessões pedidas aos sindicatos, aos credores e aos fornecedores de equipamentos, estão longe de serem ganhas", advertiu Greg Lemos Stein, analista da Standard & Poor's. De acordo com Douglas McIntyre, do site de análise financeira 247WattSt, um cheque de Washington pode até afastar o fantasma de uma crise de liquidez no curto prazo, mas não o risco de falência. "Fundos suplementares não garantirão às montadoras uma volta ao equilíbrio se as vendas de carros continuarem despencando", alertou. "O problema é que o mercado automotivo e a economia continuam caindo. Enquanto a situação não mudar, não haverá recuperação", acrescentou Krebs.
Em sinal da gravidade da situação, tanto a GM como a Chrysler, baixaram suas previsões para o mercado automotivo americano, estabelecidas em dezembro. A GM prevê agora, vender apenas 9,5 milhões de veículos em 2009, o que representa uma queda de quase 30% em relação a 2008. Rod Lache, do Deutsche Bank, ressaltou que estas novas previsões integram "a deterioração dos mercados automobilísticos mundiais", que levaram a GM a estender sua reestruturação à Europa. "Em apenas dois meses, a demanda caiu significativamente, levando a perspectivas ainda mais sombrias", confirmou Lemos Stein, chamando a atenção para a fragilidade dos fornecedores de equipamentos, muitos dos quais já faliram. "Isso reforça o risco de um pedido de concordata para GM e Chrysler", frisou. Segundo a maioria dos observadores, a bola está agora no campo de Washington. O analista Douglas McIntyre lembrou que a administração americana enfrenta um dilema "complexo", porque tem que ajudar empresas que preveem o corte de dezenas de milhares de empregos. (Agence France Presse/AFP)

Amsterdam/Holanda
ING surpreende e anuncia que vai patrocinar o GP da Turquia de F-1

Mesmo após anunciar sua retirada da F-1 para o fim da temporada deste ano, o banco holandês ING surpreendeu e anunciou que será o patrocinador principal do GP da Turquia, em junho. Nos anos anteriores, a corrida tinha como principal anunciante a petrolífera Petrol Ofisi. Além do GP turco, o ING, que teve grandes prejuízos com a crise mundial, patrocina as etapas da Austrália, Hungria e Bélgica e a equipe Renault. (Agence France Presse)


______________________
ANÁLISE SETORIAL / Artigo


São Paulo/SP
O mundo vai precisar do Brasil, e muito
Roberto Rodrigues*

A demanda mundial por produtos agrícolas - alimentos, fibras e energia - vai crescer muito nos próximos anos. Segundo a ONU, a população do planeta saltará de 6,2 bilhões de pessoas em 2000, para 8,3 bilhões em 2025, um aumento de 30% em apenas 25 anos. Destes 2,1 bilhões de terráqueos a mais, 85% estarão nos continentes mais pobres: Ásia, África e América Latina. Por coincidência, nessas regiões a renda per capita vai crescer quase três vezes mais do que nos países ricos. Portanto, a população e sua renda crescerão mais entre os países em desenvolvimento. É lógico que é também neles que se dará o aumento do consumo agrícola. Aliás, nos últimos sete anos nossa exportação agrícola para os países em desenvolvimento, cresceu duas vezes mais que a destinada aos países ricos.
A FAO calcula que, entre 2005 e 2025, a oferta de cereais e carnes deverá crescer 42%. Um desafio e tanto! Por outro lado, a Agência Internacional de Energia acredita que até 2030 a demanda global por combustíveis líquidos, aumentará 55% comparativamente a 2000. Claro que o petróleo não atenderá a tudo isso, pelo menos a preços acessíveis, sobretudo em países mais pobres. Por essa razão, pesquisadores do mundo todo estudam novas formas de energia e de combustíveis renováveis, que sejam capazes de mitigar os efeitos nocivos das emissões de CO2 dos derivados de petróleo no aquecimento global.
Sabe-se que a cadeia produtiva do etanol representa apenas 11% das emissões de CO2 do petróleo. Portanto, é também claro que os biocombustíveis resultantes de agroenergia serão uma alternativa importante para o futuro, mudando o paradigma agrícola global. Mais do que isto, mudando a geopolítica global, visto que os biocombustíveis serão produzidos amplamente nos países tropicais, exatamente os mesmos onde a população e a demanda por alimentos crescerão mais.
Sendo assim, o agronegócio mundial tem dois portentosos desafios pela frente: aumentar a produção de alimentos e fibras e participar da maior oferta de combustíveis líquidos. O Brasil é um dos poucos países com enorme potencial para atender a parte substancial desta demanda.Hoje, cultivamos 72 milhões de hectares com todas as culturas, das quais 5% com cana-de-açúcar para fabricar etanol. Nesta área estamos produzindo, em 2008, nossa maior safra de grãos (145 milhões de toneladas) e nossa maior safra de cana, 559,4 milhões de toneladas, e 25 bilhões de litros de etanol. Também estamos produzindo nossa maior safra de carnes, de leite e de produtos florestais oriundos de florestas plantadas. Isto mostra que um mito ridículo - a produção de biocombustíveis afetará a oferta de alimentos - é completamente errado, e não só em termos de Brasil.
Temos quase 200 milhões de hectares ocupados com pastagens. Como a tecnologia da nossa pecuária de corte evoluiu espetacularmente, produzimos hoje muito mais carne por hectare do que dez anos atrás, e também mais leite por vaca. Com isso, áreas de pastagens degradadas vão sendo ocupadas pela cana, pela soja e por florestas. Mais de 90 milhões de hectares de pastagens são aptos para agricultura, dos quais cerca de 21 milhões para cana. Portanto, nossa área pode crescer, no longo prazo, mais do que o dobro daquela que é hoje cultivada. E, com aumento da produtividade, pode chegar a 350 milhões de toneladas de grãos e 300 bilhões de litros de etanol.
Tudo isso passa por uma estratégia público/privada que não depende só da vontade dos agricultores ou de Brasília. É preciso uma grande coordenação entre os diversos órgãos do governo para que logística e infra-estrutura, recursos para crédito rural e seguro de renda, redução tributária e criação de novos mercados se somem às nossas principais vantagens comparativas: tecnologia tropical diferenciada, um agricultor moderno e competitivo e terras à vontade. Claro que, em 2009, outro obstáculo terá de ser vencido - a crise financeira global. Mas não é tão difícil: basta vontade política para pôr em prática conhecidos instrumentos de política agrícola, como os preços mínimos e os recursos para comercialização. Com isto, faremos da crise uma grande oportunidade.
*Roberto Rodrigues é coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas e ex-ministro da Agricultura.


__________________
COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília/DF – Da redação
Árabes compram milho do Brasil somando US$ 42 milhões
O Brasil exportou 221 mil toneladas de milho para os países árabes em janeiro, de acordo com dados da Secex - Secretaria de Comércio Exterior -, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A receita brasileira com as vendas de milho - em grão – aos árabes, ficou em US$ 42,5 milhões. No mesmo período do ano passado, o país não chegou a exportar a commodity para a região. O país árabe que fez importações significativas de milho no Brasil, em janeiro, foi a Arábia Saudita. Os sauditas gastaram US$ 26,1 milhões com as compras para um volume de 166 mil toneladas. Outros dois países, o Marrocos e os Emirados, também importaram, mas volumes menores. O Marrocos fez importações de US$ 15,6 milhões, com 50 mil toneladas, e os Emirados de US$ 784 mil, com quatro mil toneladas.
A maior parte do milho exportado partiu do Paraná. Das 221 mil toneladas embarcadas, 97,6 mil foram enviadas do Estado. O volume correspondeu a US$ 14,4 milhões. Já o Mato Grosso exportou 96,6 mil toneladas, mas de preço maior. A receita alcançou US$ 23 milhões. O Mato Grosso do Sul e Rondônia também venderam. O Mato Grosso do Sul exportou 26 mil toneladas ou US$ 3,9 milhões e Rondônia 831 toneladas para US$ 398 mil. O Brasil está exportando milho apesar da previsão de queda na safra deste ano. No ano passado o país colheu 58,6 milhões de toneladas do produto. Neste ano, a previsão da Conab - Companhia Nacional de Abastecimento - é de que se colha 50,3 milhões de toneladas. Houve diminuição da área plantada com milho no país, em função dos custos dos insumos e baixo preço do grão antes do começo do plantio da primeira safra no país.
São duas safras de milho plantadas no Brasil, uma entre setembro e novembro e colhida no primeiro semestre do ano seguinte e outra, semeada entre dezembro e janeiro e colhida na metade do ano seguinte. Segundo a Conab houve queda de 30% na área plantada na primeira safra em função dos preços baixos do milho no mercado. No começo deste ano, porém, os preços da commodity começaram a se recuperar. O Brasil exportou, em janeiro, um total de 1,04 milhão de toneladas de milho. Previsões da Conab indicam que o país vai embarcar ao exterior, neste ano, nove milhões de toneladas de milho.

_____________
MERCADO DE TI


São Paulo/SP – Da Redação
Cast Informática abre 80 vagas para a área de tecnologia da informação
A Cast Informática, prestadoras de serviços de tecnologia, abriu 80 vagas para profissionais da área de TI, nas cidades de Araraquara, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. As contratações abrangem programadores e analistas de sistemas especializados em tecnologias como Java, Net, Delphi e ASP. Serão contratados também, analistas de requisitos, arquitetos de software, analista de testes, analistas de processos, analista de suporte, administrador de banco de dados, gerente de fábrica de software, gerente de projetos, líder de projetos, entre outros. A empresa afirma que faturou mais de 100 milhões de reais em 2008 e cresceu cerca de 50% em relação a 2007. Ainda segundo a companhia, o aumento se deve ao fechamento de novos contratos no mercado privado, que já responde por 20% dos negócios da Cast. Como benefícios, a empresa oferece um programa de bolsa de estudo para colaboradores com mais de um ano de casa, que inclui, graduação, pós-graduação, MBA, mestrado, curso de idiomas, além de treinamento e certificações. Os interessados devem cadastrar seu currículo no
site da companhia.

Porto Alegre/RS – Da redação
Camera Agroalimentos migra plataforma livre para Microsoft

A projeção de forte crescimento dos negócios nos próximos anos levou a Camera Agroalimentos, empresa do setor de agronegócios com sede em Santa Rosa/RS, a fazer a migração da sua plataforma de serviços. Em um projeto que durou cerca de duas semanas, a Central de Softwares, foi a parceira escolhida para ajudar na transformação do ambiente de cerca de 200 equipamentos. Ele envolveu a implementação do domínio baseado no Windows Server 2003, a migração de conteúdo do servidor de arquivos para a nova plataforma e a instalação do Microsoft Exchange 2007. Até então, a empresa tinha a sua estrutura baseada na tecnologia Samba. Dois servidores atuavam com as funções de correio eletrônico, o Postfix, e outro como firewall e Proxy. A Central realizou uma análise do cenário da Câmera Agroalimentos, que teve um alto índice de crescimento da sua infraestrutura de TI - Tecnologia da Informação - nos últimos dois anos.
Com isso, as facilidades de gerenciamento do ambiente começaram a ficar mais limitadas para as necessidades cada vez mais exigentes do negócio. "Já estamos sentindo o retorno do investimento, através de uma maior estabilidade da nossa plataforma e de uma melhor percepção dos serviços pelos nossos usuários", relata o gerente de TI da Câmera Agroalimentos, Gerson Muraro, destacando que o processo de implantação foi tranquilo e escalonado, com cada etapa atendendo a programação realizada previamente.
A empresa ocupa posição de destaque na originação de grãos como soja, trigo, milho, canola, girassol e arroz e atua na comercialização de farelos e óleos vegetais e de produtos de nutrição animal, entre outros segmentos. São 20 pontos de atuação no Rio Grande do Sul. A assessora de negócios da Central de Softwares, Silnira Colombo, destaca ainda, os benefícios de colaboração e gerenciamento que essa migração trouxe para a empresa. O diretor da Central de Softwares, Reges Bronzatti, diz que a migração para as plataformas que não sejam livres, é uma tendência por parte das empresas que estão em processo de expansão. Isso porque elas passam a precisar de mais mobilidade para a comunicação entre filiais e também, dos profissionais que não estão na sede, como acessar correio eletrônico no celular, como se fosse o próprio ambiente da empresa. "A plataforma livre, em muitos casos, não tem toda essa facilidade de entrega e de suporte, onerando a médio e longo prazo os custos de mantê-la atualizada", observa. (Fonte: Assecom)

Porto Alegre/RS – Da redação
Ecocentro agiliza processos diários com solução da Defferrari
A necessidade de tornar ágil os processos de agendamento, cadastramento e faturamento dos exames, gerenciamento financeiro e de imagens, emissão e arquivamento dos laudos médicos, levou a Ecocentro a implantar a ferramenta SDPI da Defferrari. O SDPI - Sistema para clínica de Diagnóstico por Imagens - gerencia processos diários e permite visualizar exames médicos a qualquer momento, via internet, com fidelidade de imagens que são de relevante importância, tanto na qualidade técnica da apresentação fotográfica, como na velocidade de processamento.
Atualmente todos os setores da empresa usam o SDPI, somando 15 usuários que trabalham realizando desde agendamento do exame, passando pelo cadastramento, emissão dos laudos, impressão das fotos, faturamento e até gerenciamento das finanças. Os benefícios conquistados pelo Ecocentro com o SDPI são muitos, pois com essa agilidade nos processos, a empresa economiza tempo, melhora a apresentação visual dos exames e garante segurança no arquivamento dos dados dos pacientes.
A empresa conquistou uma redução significativa de custos ao otimizar o tempo de envolvimento com cada paciente/exame, permitindo que um número maior de atendimentos fosse realizado com um número menor de funcionários no cumprimento dos trabalhos diários da Clínica. “Estamos plenamente satisfeitos com esta ferramenta, a qual muito tem nos auxiliado a qualificar o serviço e nos permite dedicar mais tempo na atividade fim, que é de realizar diagnósticos médicos por imagem. Se fosse para dar uma nota de zero a dez, com certeza daria dez”, ressalta Dr. Renato Silva Machado, sócio-diretor do Ecocentro. (Fonte: Comunicative+Ideali)

Porto Alegre/RS – Da redação
SADIG prevê crescimento de 30% em 2009
Com o retorno positivo recebido do mercado após os lançamentos de 2008, estão previstos para este ano, além do lançamento oficial do produto Sadig ETL, o qual permite flexíveis extrações, integrações e cargas de dados, também o novo Sadig Mobile, produto que permitirá aos usuários acessarem às suas informações utilizando dispositivos móveis tipo celulares e smartfones.
Amplamente presente nas regiões Sul e Sudeste, através de suas sedes de Porto Alegre, Montenegro/RS, Londrina/PR e São Bernardo do Campo/SP, para suportar o crescimento experimentado no biênio 2007/2008, a SADIG projeta a ampliação de sua unidade paulista. Medidas estão sendo tomadas para a expansão nos estados de SC, PR, MG e ES e serão credenciados novos parceiros objetivando reforçar sua ação comercial no nordeste e permitir o atendimento mais personalizado aos clientes da região.
Um plano de exteriorização também foi iniciado e deverá ser colocado em prática em momento mais adequado. Moacir Pogorelsky, Presidente da SADIG, complementa: “Para 2009, além do lançamento de novos produtos, estamos trabalhando em uma nova plataforma tecnológica, alinhada às atuais demandas do mercado (full web, SOA, SaaS, cloud computing, parallel computing, memory database), que acreditamos poderá revolucionar a forma de armazenar, recuperar, analisar e distribuir informações nas organizações. Estamos sempre na busca da qualidade, da performance, da facilidade e da flexibilidade de implantação objetivando tornar o negócio de nossos clientes mais competitivos”. (Fonte: Comunicative+Ideali)


_____________
MERCADO WEB


Brasília/DF
Banco Central alerta sobre nova tentativa de fraude online
O Banco Central alertou, na quarta-feira, 18/02, para uma nova tentativa de golpe pela internet usando o logo da instituição. O
phishing convida clientes de várias instituições financeiras a atualizarem um suposto sistema de segurança. O BC recomenda que os internautas não copiem arquivos, preencham formulários ou executem outras tarefas sugeridas por mensagens desta natureza. A instituição enfatiza que não envia e-mails diretamente a correntistas e usuários do sistema financeiro nacional, exceto quando responde a demandas específicas solicitadas por clientes de instituições financeiras. Quaisquer dúvidas podem ser esclarecidas nas centrais de atendimento do banco, no telefone 0800–979 2345 ou pelo site oficial. (Agência Brasil)

_______________________
LOGISTICA & infra-estrutura


Brasília/DF
Azul prevê investir até US$ 800 milhões este ano

O fundador e presidente do conselho administrativo da Azul Linhas Aéreas, David Neeleman, afirmou ontem, que os investimentos da companhia aérea este ano, devem somar US$ 600 milhões, "talvez US$ 800 milhões". Segundo ele, a questão dos financiamentos para 2009 está resolvida e agora, o trabalho é para viabilizar os recursos já pensando em 2010. "Esperamos que o mercado melhore", afirmou. Segundo Neeleman, a Azul deve comprar em 2009 de 12 a 14 aeronaves para operar novas linhas. "Nós temos opção de até 14 aviões. Acho que vamos comprar 12. De 12 a 14, isso depende do que vai acontecer com o Santos Dumont (aeroporto)", afirmou o executivo, explicando que aguarda a autorização para a companhia operar no aeroporto do Rio de Janeiro ainda no primeiro semestre deste ano. Em 22/01, o presidente executivo da Azul, Pedro Janot, havia afirmado, no Rio de Janeiro, que a empresa poderia reduzir a frota prevista para 2009, de 16 aeronaves, devido à escassez de crédito no mercado internacional. O executivo, porém, não estimou qual seria a redução.
Para 2010, a Azul planeja adquirir mais 10 aviões, segundo Neeleman, que se reuniu ontem, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O executivo contou que fez uma explanação sobre o desenvolvimento do mercado de aviação no Brasil depois da chegada da Azul. "Hoje tem muito mais gente viajando do que há dois meses", afirmou ele, destacando que o mercado aéreo brasileiro é muito pequeno para o tamanho de um país como o Brasil. "Hoje temos 50 milhões de passageiros. Deveria ter de 150 milhões a 200 milhões", afirmou. Neeleman destacou dificuldades do mercado brasileiro, como as tarifas altas e a falta de voos. O fundador da Azul espera que o mercado de aviação civil continue sua trajetória de expansão apesar da crise e disse que a sua companhia deve crescer mais do que a média do mercado. "Nossas rotas vão crescer até dez vezes mais do que hoje", afirmou Neeleman, que prometeu novas promoções de passagens. "Vamos encher os aviões", afirmou. (Agência Estado)


_________________
TELECOMUNICAÇÕES


Brasília/DF
Anatel multa Claro em R$ 3 milhões por descumprir metas de qualidade
A Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações - multou a Claro em R$ 3,123 milhões por descumprir metas de qualidade previstas em regulamento da agência. De acordo com a Anatel, a multa foi aplicada em 2007, mas a empresa recorreu e o processo só foi encerrado agora. Segundo a agência, a Claro já pagou o valor devido. Entre os problemas apresentados pela operadora está o número de reclamações, maior do que 1% do total de celulares em operação, irregularidades na oferta de call center 24 horas, o não cumprimento do percentual mínimo de chamadas completadas (67%) entre outros. Na semana passada, a Anatel já havia multado a Claro em
R$ 517,3 mil por não completar o número mínimo de chamadas. (Agência Brasil)

São Paulo/SP – Da redação
Faturamento da Embratel cresce 13,4% em 2008
O faturamento da Embratel chegou a 2,58 bilhões de reais no quarto trimestre de 2008. O resultado representa um crescimento de 15,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A receita obtida com serviços de longa distância nacional (LDN) ficou em 1,14 bilhão de reais, alta de 11,8%. Com as ligações internacionais (LDI), a operadora faturou 126,5 milhões de reais, um crescimento de 3,3% em comparação ao quarto trimestre de 2007. Destaque para os
serviços de rede corporativa, que cresceram 20,2%, gerando receitas de 529,4 milhões de reais, e de internet, área que alcançou receita de 160,6 milhões de reais, com crescimento de 27,7%. No ano, a empresa registrou faturamento de 9,77 bilhões de reais, um crescimento de 13,4%, frente ao ano anterior. Os serviços de LDN registraram alta de 9,7%, fechando 2008 com receita de 4 bilhões de reais. Já os serviços de longa distância internacional apresentaram queda de 4,9%, com faturamento de 475,4 milhões de reais, contra 500 milhões de reais em 2007.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da operadora em 2008 foi de 2,549 bilhões de reais, alta de 13,6%, com margem de 25,2%, praticamente estável em comparação à margem de 25,1% registrada em 2007. No quarto trimestre, o EBITDA foi de 630,8 milhões de reais, um crescimento de 22,4%, com margem de 24,4%. No mesmo período do ano anterior, a margem foi de apenas 1,3%. Os custos totais de operação cresceram 12,4% no ano, para 8,530 bilhões de reais. Os gastos com interconexão foram de 4,09 bilhões de reais, alta de 19,1%. Os custos de venda aumentaram 5,8%, para 1,11 bilhão, e os administrativos subiram 7,2%, fechando o ano em 1,9 bilhão de reais.

Brasília/DF
Brasil tem 152 milhões de celulares
O número de celulares no Brasil alcançou 151,9 milhões de unidades, de acordo com dados divulgados na quarta-feira, pela Anatel. Em janeiro, foram habilitados 1,307 milhão de aparelhos, o que representa um crescimento de 0,87% em relação a dezembro. Foi o segundo maior número para o mês de janeiro dos últimos dez anos, ficando atrás apenas, do mesmo período do ano passado. Dos mais de 151 milhões de aparelhos, 81,59% são pré-pagos e 18,41% pós-pagos.
Mercado - A Vivo continua na liderança do mercado, com 29,81% de participação. A Claro está em segundo, com 25,73% e, em terceiro, a TIM, com 24,06%. A Oi tem 16,19% de participação e a Brasil Telecom, 3,84%. Com os números de janeiro, o Brasil tem agora 79,79 celulares para cada 100 habitantes. Em janeiro de 2008, o índice era de 64,50 para cada 100 habitantes. O Distrito Federal é a unidade da federação com a maior relação de celulares por habitantes, 1,37 celular para cada habitante. O Rio de Janeiro vem em segundo, com 0,98 por habitante. Em terceiro, o Mato Grosso do Sul, com 0,95. (Folha Online)

Porto Alegre/RS – Da redação
Studio 20 assume concessão da NET na Serra Gaúcha
O Canal 20 da Net começa 2009 com um novo conceito de trabalho para Caxias do Sul, na Serra Gaúcha: a máxima aproximação do veículo com toda a comunidade. O objetivo é do empresário Oli Paz da Costa, que assumiu a concessão do Canal ainda em outubro de 2008, e planeja torná-lo uma fonte de comunicação entre entidades, empresas e toda a sociedade. O proprietário da Studio 20 Produções – empresa que mantinha a representação do canal da NET na cidade desde sua abertura, em 1998, – passa a comandar todas as ações referentes ao veículo, seja no aspecto comercial ou na programação. Ao contrário do que acontecia anteriormente, quando todo programa que cumprisse os requisitos da NET, automaticamente, estava liberado para ir ao ar, as produções passam a ter o aval do empresário. Várias são as vantagens da concessão particular, tanto para os produtores como para quem investe no canal e, especialmente, para os telespectadores, que poderão contar com uma programação mais ampla e diversificada. Entre as mudanças dessa nova fase, Oli destaca a reestruturação da grade de programação, já que não existe mais a limitação de tempo para as produções. “A partir de agora, podemos abrir espaço a partir de 10 minutos, por exemplo.” Sendo assim, novos produtos serão criados, e a expectativa é que o canal seja uma ferramenta utilizada por todos, do grande ao pequeno empresário, do profissional liberal às entidades.
Foco na região - Com foco voltado na programação local, praticamente 100% do conteúdo divulgado será produzido na cidade. “Se trouxermos algo de fora, será de interesse da comunidade caxiense”, destaca. O investimento está alicerçado na certeza do empresário no potencial de Caxias do Sul. “A cidade tem totais condições de assegurar a sustentabilidade do canal, tanto no que consiste à informação como no aspecto financeiro, pois a cada dia reúne um número maior de empresas na área industrial, comercial e de serviços.” Com uma característica segmentada, a intenção é que o veículo que nasce seja uma janela de oportunidades para todos. Para isso, algumas providências já estão sendo tomadas, como a ampliação da equipe de profissionais, que já teve início.
Tecnologia de ponta - Os investimentos, no entanto, não ficam restritos aos recursos humanos. Um dos principais diferenciais do Canal 20 será a alta tecnologia. Prova disso está na recente aquisição de um exibidor profissional, que possibilitará transmissão durante as 24h do dia, além de poder ser controlado remotamente. “Na prática, significa que poderemos controlar o canal de qualquer parte do mundo, mantendo a mesma qualidade.” Novas câmeras também foram adquiridas, todas com tecnologia digital de alta definição. O destaque fica para o modelo da Panasonic HVX 205E. Com HD acoplado, dispensa o uso de fita e possibilita gravação HD Full (totalmente digital). “É uma das duas máquinas a chegar ao Brasil.
Nasce um novo veículo - Dar ao Canal 20 uma característica de veículo convencional é um dos objetivos do novo detentor da concessão, que aposta em parcerias com as entidades de classe da cidade, como CDL, CIC, Sindilojas, Sindigêneros, Simecs... para ampliar a abrangência de usuários e, assim, de telespectadores. Além disso, serão disponibilizados os estúdios para gravações e programas ao vivo. Outra novidade será a criação do site, que funcionará também, como um canal de comunicação, inclusive, disponibilizando a programação (grade) e programas (vídeos) para serem assistidos. “As mudanças serão graduais, mas efetivas. Nossa aposta será na parceria de todos para Caxias do Sul poder contar com um novo canal, que vá ao encontro dos interesses da comunidade”, conclui o empresário.
O gestor - Com uma experiência de 10 anos na área da comunicação, Oli Paz da Costa, atuou em importantes companhias, como Shell Brasil, Texaco Brasil, Jornal Gazeta Mercantil/SP e Grupo RBS, até abrir sua própria empresa, a Studio 20 Produções, em 1994. Graduado em Engenharia Mecânica pela UFSM - Universidade Federal de Santa Maria - e com MBA em Marketing pela FGV, tem como motivador profissional a superação de desafios, como o que começa agora com a concessão do Canal 20 da Net. (Fonte: Enter Comunicação)

________________
MERCADO DE LUXO


Paris/França e Londres/Inglaterra
Setor de luxo deve sofrer recessão histórica em 2009
O setor de luxo, normalmente menos afetado em períodos de crise, deve registrar em 2009 uma recessão de 4%, segundo previsões do Banco JP Morgan e da consultoria Eurostaf. Se a contração nas vendas mundiais for confirmada, será a maior redução já enfrentada por esse segmento, de acordo com analistas do setor. A perspectiva de forte queda nas vendas é atribuída à diminuição da demanda nos países ricos. Somente a Europa representa 38% do mercado mundial de produtos de luxo. Setores como moda, jóias e relógios já vêm anunciando queda nas vendas desde o último trimestre de 2008, após o agravamento da crise mundial. "Estamos revisando nossas previsões para baixo semanalmente. Na previsão mais otimista, o mercado de luxo vai estagnar em 2009. Na pior, irá contrair em 4%", disse à BBC Brasil, Nicolas Boulanger, diretor da seção luxo e beleza da consultoria Eurostaf, em Paris. "Mesmo se continuar havendo crescimento das vendas nas economias emergentes, isso não será suficiente para compensar a retração da demanda nos países ricos", diz Boulanger.
Queda nas vendas
O grupo suíço Richemont, número dois mundial do setor de luxo, dono das marcas Cartier, Montblanc, Piaget e Van Cleef & Arpels, entre outras, anunciou recentemente uma queda de 12% nas vendas no último trimestre de 2008. A maior redução foi registrada nos EUA, onde as vendas caíram 28%. "A demanda por produtos de luxo caiu de maneira dramática, e Richemont enfrenta as condições de mercado mais difíceis desde sua criação, há 20 anos", informou o grupo em um comunicado.
O resultado foi considerado extremamente decepcionante por analistas de mercado porque a queda nas vendas abrange o período de Natal, tradicionalmente uma época de grande atividade para o setor da joalheria. No texto, o grupo Richemont informa que "não vê nenhuma razão para ser otimista" e afirma também, que deve reconhecer "que não haverá melhora significativa no curto prazo". A companhia anunciará o resultado das vendas no último ano fiscal apenas em maio próximo.
Megaloja abandonada
O faturamento do setor do luxo em 2008 ainda não é conhecido. O grupo francês LVMH, dono das marcas Dior, Louis Vuitton, Kenzo, champanhes Veuve Clicquot e Moët Chandon, entre inúmeras outras, divulgaram os resultados de 2008 no início do mês. Em dezembro, a LVMH anunciou ter abandonado o projeto de abrir uma megaloja da Louis Vuitton, com 12 andares, em Tóquio. A imprensa francesa atribuiu a notícia à crise econômica e ao fato de que as vendas da LVMH caíram 7% no Japão nos primeiros nove meses de 2008.
Analistas estimam que o setor do luxo deverá movimentar 175 bilhões de euros em 2008, com aumento de 3% nas vendas. Mas em comparação a 2007, quando foi registrado um crescimento de 7%, o resultado representa uma forte desaceleração. Especialistas também acreditam que apenas as grifes de ultra luxo, com uma clientela de maior poder aquisitivo, deverão sofrer menos os efeitos da crise. É o caso, por exemplo, do setor de carros de alto luxo. A Lamborghini aumentou suas vendas em 6% no ano passado.
Mesmo assim, analistas acreditam que deve haver uma diminuição da clientela de produtos de altíssimo luxo em 2009, já que muitos corretores financeiros ou compradores da Rússia ou de países do Oriente Médio, também estão sendo afetados pela crise nas bolsas e pela redução dos preços do petróleo nos últimos meses. (ESPECIAL - BBC)

___________
EXPEDIENTE


Porto Alegre - RS
Kátya Desessards -
Editora-chefe -
katya@i-press.biz
Redação: +55 51 3276.2143
Caren Martins Oliveira - Repórter -
redacao@i-press.biz
Editorias: bolsas de valores, mercado financeiro, matérias especiais e artigos

Lúcia Iná Sá d’Oliveira - Revisora -
professoraluciaina@gmail.com
Nilton Santolin - Fotógrafo - www.niltonsanolin.com.br

São Paulo – SP
Ana Lúcia S. H. Diaz -
Editora Assistente -
redacao@i-press.biz
Editorias: indústria, agronegócio, mercado de luxo e setor automotivo

EMPRESAS PARCEIRAS:
- Pezco Consultoria & Pesquisa - www.pezco.com.br
- PR Newswire -
www.prnewswire.com.br

Brasília – DF
Marco Aurélio Reis
- Repórter -
redacao@i-press.biz
Editorias: Governo, comércio exterior e indicadores econômicos

Rio de Janeiro – RJ
Luiz A. Mascarenhas
- Repórter -
redacao@i-press.biz
Editorias: mercado de TI, mercado online, logística e infraestrutura, energia e telecomunicações

Lisboa – Portugal
Maria João S. Freitas -
Correspondente internacional -
redacao@i-press.biz

Comercial: +55 51 9136.2404 - comercial@i-press.biz

Os direitos autorais deste Sítio estão protegidos pela lei nº 9.610/98.
I-Press.biz - Copyright © 2008/2009 - Todos os direitos reservados