I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 157 | Ano I

Brasília/DF
Argentina mantém protecionismo a produtos brasileiros
A Argentina não vai desmontar o aparato protecionista que afeta produtos de exportação brasileiros desde setembro de 2008. Essa posição foi sustentada ontem pelo ministro argentino de Relações Exteriores, Jorge Taiana, ao final do encontro de duas horas e meia entre as delegações dos dois países no Itamaraty. O Brasil recebeu ainda a inesperada pressão argentina para que adotasse medidas coordenadas com Buenos Aires para barrar bens provenientes de países de fora do Mercosul que estavam destinados originalmente aos mercados mais atingidos pela crise - o chamado desvio de comércio. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou, entretanto, que o governo não seguirá esse caminho e não aplicará medidas unilaterais. "O Brasil prefere não tomar essas medidas (contra o desvio de comércio) porque achamos que elas são contraproducentes em relação à própria integração. A convicção do Brasil é de que as medidas (unilaterais) não são positivas", disse Amorim. "As normativas continuam vigentes. Assim como as do Brasil", afirmou Taiana à imprensa, referindo-se às medidas restritivas ao comércio aplicadas por seu país e também às iniciativas brasileiras que, do ponto de vista argentino, igualmente afetam o intercâmbio bilateral. (Agência Brasil)

Brasília/DF
Crise impede recorde de vendas do comércio em 2008
A crise atingiu o varejo brasileiro e impediu que as vendas do comércio registrassem volume recorde em 2008, segundo avaliação do IBGE. De janeiro a setembro, antes do agravamento do quadro econômico mundial, a taxa de crescimento do volume de vendas no comércio era de 10,4% frente a igual período no ano anterior. A tendência, segundo o responsável pela PMC - Pesquisa Mensal de Comércio -, Reinaldo Pereira, era que o incremento das vendas ficasse acima dos 10%, superando os 9,7% observados em 2007, recorde da série iniciada em 2001. "A desaceleração no último trimestre mostra o reflexo da crise no varejo. O resultado ficou abaixo de 2007, por conta do resultado de outubro a dezembro", afirmou. As vendas do comércio registraram
alta de 9,1% ao longo de 2008. No último trimestre, houve queda acumulada de 2,3% ante o terceiro. Na comparação com igual trimestre do ano anterior, a expansão foi de 6%. Nessa relação, foi o pior quarto trimestre desde 2005. O resultado de dezembro indica queda de 0,3% frente a novembro. Na comparação com igual mês no ano anterior, as vendas no varejo cresceram 3,9%, pior resultado para o último mês do ano desde 2003, quando a alta não havia passado de 3,2%.
Reinaldo Pereira lembrou que setores ligados à concessão de crédito têm apresentado maiores reflexos nas vendas. Caso, por exemplo, do segmento de móveis e eletrodomésticos, que teve queda de 3,7% em dezembro, frente ao mês anterior. Se forem avaliadas as vendas por trimestre, na comparação com igual período no ano anterior, constata-se uma mudança no patamar de vendas do setor. De janeiro a setembro, o volume comercializado de móveis e eletrodomésticos vinha apresentando alta superior a 17%. No quarto trimestre, o crescimento não passou de 7,7% na relação com os últimos três meses de 2007.
"Os setores mais sensíveis ao crédito vêm sendo mais afetados. Existe também o fator da confiança do consumidor, que diante da crise e do anúncio de demissões, pode estar se precavendo mais e evitando se endividar", explicou Pereira. No comércio varejista ampliado, que engloba as vendas de veículos e motos e materiais de construção, o IBGE verificou recuperação nas vendas de veículos, motos e peças, com alta de 3,5% frente a novembro, depois de duas quedas consecutivas. (Agência Brasil)

Nova Iorque/EUA
Magnata texano é acusado de fraude de US$ 8 bilhões

A SEC - Securities and Exchange Commission -, organismo regulador do mercado financeiro americano, acusou na terça-feira, o financista texano Robert Allen Stanford e mais dois executivos de fraude de US$ 8 bilhões em produtos financeiros. No esquema, ele prometia rendimentos altos a seus clientes. Segundo documento divulgado pela SEC, Stanford enganou investidores com a promessa de "improváveis e infundadas altas taxas de juros" que permitiram ao banco obter lucros sobre os investimentos durante 15 anos. Os bens de Stanford e outros dois executivos foram congelados pela Justiça americana, James Davis e Laura Pendergest-Holt. No esquema, três companhias do milionário faziam parte do esquema: o Stanford International Bank, localizado num paraíso fiscal nas Bahamas, a Stanford Group e a Stanford Capital Management - as duas com base em Houston, no Texas/EUA. "Nós estamos descobrindo uma fraude de proporções chocantes, que espalhou seus tentáculos através de todo o mundo", afirma a CES em comunicado assinado por Rose Romero, diretor do órgão.
Madoff - No ano passado, outro esquema bilionário foi desmontado e Bernard Madoff detido em 11/12, acusado de ter montado um esquema de pirâmide envolvendo US$ 50 bilhões. O investidor pagou US$ 10 milhões de fiança para permanecer em prisão domiciliar, em seu luxuoso apartamento de Manhattan. (Agência Associated Press)

Brasília/DF – Da redação
Ipea realiza coletiva de imprensa para analisar impactos da crise no setor produtivo brasileiro

O Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – apresenta hoje, dia 18/02, às 9h, em entrevista coletiva, o Comunicado da Presidência nº 17, IMPACTOS DA CRISE SOBRE O SETOR PRODUTIVO BRASILEIRO, com o segundo relatório de estudos do GT de Crise, criado pelo Instituto. Há um mês, o Ipea apresentou as primeiras análises no comunicado nº 16, “A Crise Financeira e seus Efeitos sobre os Países em Desenvolvimento”. Agora o foco se concentra nos impactos sobre a economia real brasileira, o emprego agrícola e industrial, a análise de medidas já tomadas e projeções para 2009. A coletiva se realiza no Auditório do Ipea, na SBS, Q1, Bl J, subsolo, no Edifício Ipea/BNDES, em Brasília/DF.

Nova Iorque/EUA
Grupo de cassinos de Donald Trump pede falência
O grupo de cassinos do empresário americano Donald Trump, o Trump Entertainment Resorts, recorreu ontem, dia 17/02, à proteção da lei de falências. A dívida da companhia é calculada em US$ 1,7 bilhão. O conselho de administração do grupo, com sede em Nova Jersey, aceitou na segunda-feira, dia 16/02, a ideia de apresentar um pedido de concordata com base no chamado
Capítulo 11 da lei americana de falências, que permite a reestruturação de uma empresa com dificuldades. A demanda marcará a terceira aparição do grupo a um tribunal de falências. O Trump Entertainment Resorts possui várias áreas de jogos em Atlantic City, cidade de Nova Jersey onde moradores de Nova Iorque costumam fazer suas apostas. (Agência France Presse)

São Paulo/SP – Da Redação
Redecard quer investir até R$ 150 milhões em 2009
A Redecard irá destinar neste ano entre R$ 145 milhões e R$ 150 milhões para investimentos, sendo que a maior parte será aplicada na compra de equipamentos POS, que fazem a captura das transações com cartões de crédito e débito. A companhia já indicou que deverá comprar menos máquinas deste tipo neste ano; ainda assim o volume a ser investido é próximo ao realizado no ano passado. "O preço unitário do POS subiu", disse o diretor-presidente da empresa, Roberto Medeiros, em teleconferência a analistas. O executivo explicou que os fabricantes tentam repassar a alta do dólar integralmente para o valor final do equipamento, mesmo que parte do custo de produção não seja afetada pela valorização da moeda norte-americana. Por essa razão a companhia decidiu recuperar equipamentos inativos em estabelecimentos para reduzir a necessidade de compra neste ano. No final do ano passado, foram desinstaladas 71.982 unidades do POS que estiveram inativas por mais de 90 dias. A partir deste ano, a Redecard irá tentar fazer a reativação destas máquinas a partir de 60 dias de inatividade. Se as conversas com o estabelecimento não avançarem, o equipamento será retirado e, posteriormente, encaminhado a novos credenciados. Medeiros não forneceu as expectativas de crescimento para a Redecard neste ano. No entanto, reafirmou que a companhia está otimista em relação ao desempenho do primeiro trimestre e do ano. "Percebemos a migração do cheque e dinheiro para o cartão e também, estamos credenciando cada vez mais estabelecimentos", afirmou. Ao final de 2008, a base de equipamentos instalados era de 887.761 unidades, já desconsiderando os equipamentos inativos.

São Paulo/SP – Da redação
Abinee diz que faturamento da indústria eletroeletrônica cresce 10% em 2008
O faturamento da indústria eletroeletrônica cresceu 10% em 2008, de acordo com dados divulgados pela Abinee - Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica. A receita total do setor atingiu 123,1 bilhões de reais no período. Todos os setores, exceto o de componentes e de utilidades domésticas, que caíram 6% e 7%, respectivamente, apresentaram crescimento no ano. A indústria de telecomunicações subiu 18%, fechando o período com faturamento de 21,546 bilhões de reais, e a área de equipamentos de informática atingiu receita de 35,278 bilhões de reais, alta de 12%.
Para 2009, a expectativa é que o setor chegue a 128,564 bilhões de reais em faturamento, o que representa um crescimento de 4% em comparação ao ano passado. A indústria de telecomunicações, no entanto, deve cair 9% em receita este ano, principalmente, por conta da diminuição das vendas de aparelhos celulares. Para o segmento de informática, a Abinee prevê crescimento de 12%. Segundo a Abinee, o ano pode ser dividido em dois períodos. A partir de setembro, em decorrência da crise econômica, a indústria passou a enfrentar uma forte retração na demanda. No caso do setor de telecomunicações, por exemplo, a taxa de crescimento estava na casa dos 30% nos três primeiros trimestres do ano. No quarto período, o percentual caiu para 8%.
O segmento de informática registrou desempenho ainda pior.
Até setembro, o setor apresentava aumentos de até 14% em receita. Mas, no quarto trimestre, registrou queda de 10% no faturamento. As vendas de PCs atingiram 12 milhões de unidades em 2008, alta de 20% em comparação ao ano anterior. Os desktops representaram 64% do total e os notebooks 36%. Em termos de vendas, os desktops registraram queda de 5%, enquanto os notebooks cresceram 125%. A expectativa para 2009 é de estabilidade no número de máquinas vendidas.
Em relação às exportações e importações, a indústria eletroeletrônica terminou o ano com um déficit de 22,14 bilhões de dólares, em comparação a um déficit de 14,75 bilhões de dólares em 2007. Segundo Humberto Barbato, presidente da Abinee, a situação é bastante preocupante e a associação já está preparando um documento para ser entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No ano, o setor como um todo importou 32,033 bilhões de dólares, alta de 33%. As exportações somaram 9,891 bilhões de dólares, com crescimento de 6% ante o ano anterior. Apesar da alta do dólar, o setor de informática teve queda de 7% nas exportações.
Assim como em termos de faturamento, os dados de exportações e importações diferem muito nos três primeiros trimestres do ano, em comparação ao último período. O setor de telecom, por exemplo, apresentava alta de 6% nas exportações antes da crise, mas registrou queda de 13% nos meses posteriores. O segmento de informática teve desempenho contrário. Nos três primeiros trimestres de 2008, queda de 12% nas exportações. Já no final do ano, o setor conseguiu se recuperar parcialmente, com alta de 6% nas vendas para o exterior.

Porto Alegre/RS – Da redação
Safra 2009 irá produzir espumantes de alta qualidade
A Vinícola Garibaldi, de Garibaldi, na Serra Gaúcha, uma das mais conceituadas do país na elaboração de espumantes, com premiações nacionais e internacionais no segmento, aponta a evolução na qualidade dos primeiros vinhos brancos da safra 2009. De acordo com o enólogo Gabriel Carissimi, a amplitude térmica, com noites mais frias na época de maturação dos grãos, favoreceu o amadurecimento pausado dos cachos, o que originou uvas para elaboração de vinho base para espumante, com um maior índice de acidez e uma boa concentração de álcool. Outro fator de fundamental importância, segundo o especialista, foi o clima, que durante a maturação manteve índices similares ao europeu, o que fortaleceu a formação de aromas frutados e florais com uma ótima acidez, o que originará espumantes da mais alta qualidade, destaca o enólogo. “A safra de 2008, foi marcada pela excelente qualidade para os espumantes, que lhe garantiram uma boa complexidade e longevidade; porém, a safra 2009, marcará ainda mais por favorecer a elaboração de espumantes joviais no aspecto visual e aromático e pela complexidade de seu paladar, unindo o frescor e a vivacidade do clima tropical com o aconchego do clima europeu; fortalecendo ainda mais a imagem do espumante nacional”, explica Carissimi.

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ESPECIAL


Washington/EUA
Obama afirma que pacote de US$ 787 bilhões marca o "começo do fim" da crise econômica

O pacote de US$ 787 bilhões, aprovado na semana passada no Congresso, marca o "começo do fim" da crise no país, disse na terça-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, que promulgou o plano, que assim se torna lei. "Começamos o trabalho difícil de manter o sonho americano vivo em nosso tempo, é para isso que estamos aqui hoje. O dia de hoje não marca o fim de nossos problemas, mas marca o começo do fim", disse Obama. Ele disse que a "estrada para a recuperação" do país "não será reta, exigirá coragem e um novo senso de responsabilidade, que tem feito falta de Wall Street a Washington".
O pacote, segundo o presidente, é "o início do que precisamos fazer para oferecer alívio a famílias que tem de pagar suas contas, pavimentando o caminho para o crescimento de longo prazo". Obama disse ainda, que o plano do governo para reverter a recessão em que o país se encontra desde dezembro de 2007 é "o mais amplo pacote de ajuda econômica de nosso tempo". "Com um pacote desse tamanho vem a responsabilidade de gastar bem o dinheiro que os contribuintes deram duro para ganhar", disse o presidente - que citou o site
recovery.gov, para que os americanos possam acompanhar a evolução da aplicação dos recursos do pacote na recuperação da economia do país.
A Casa Branca
divulgou ontem detalhes sobre a aplicação dos recursos do pacote de estímulo à economia, aprovado na semana passada no Congresso, com o valor de US$ 787 bilhões. A projeção do governo é criar ou preservar 3,5 milhões de empregos nos próximos dois anos, 90% dos quais no setor privado. Além disso, 40% do pacote - cerca de US$ 312 bilhões - irão auxiliar diretamente, famílias americanas de classe média.
A Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) e o Senado aprovaram a versão final do plano para recuperar a economia americana na sexta-feira, após longas negociações e mesmo com a resistência de parte considerável dos congressistas republicanos. No Senado, a medida foi aprovada com 60 votos, a quantidade exata para ser aprovado. Na Câmara, a aprovação ocorreu com 246 votos - uma margem adequada, mas ainda assim, 183 deputados se opuseram.
O pacote prevê, entre outras medidas, US$ 116 bilhões em benefícios fiscais para 95% dos americanos, que devem chegar ao bolso do contribuinte, na forma de descontos menores nos salários, em dois anos, ao invés de um pagamento feito através de cheques enviados pelo correio - como no caso do pacote de estímulo aprovado em fevereiro do ano passado, de US$ 168 bilhões, na gestão do então presidente George W. Bush.
Os cortes de impostos devem ser de até US$ 400 por contribuinte e de até US$ 800, por casal que fizer a declaração de impostos em conjunto, e será concedido em uma escala que varia conforme os ganhos do contribuinte. Por exemplo, para alguém que ganha US$ 40 mil, por exemplo, o benefício será de US$ 400; para alguém que ganha US$ 85 mil, o benefício fiscal deve ser de US$ 200; e para quem ganha US$ 95 mil, não há desconto de impostos.
A medida já havia sido aprovada pela Câmara no dia 28 do mês passado, mas apenas na terça-feira, 10/02, o Senado a aprovou, mas com alterações: os deputados aprovaram o projeto com um valor de US$ 819 bilhões, enquanto os senadores elevaram a conta para US$ 838 bilhões. Antes de chegar à Câmara, o valor estava em US$ 825 bilhões; ao sair de lá, ficou em US$ 819 bilhões. Até ser posto em votação no Senado, chegou a passar de US$ 900 bilhões; pouco antes de ser votado pelos senadores chegou a recuar para US$ 829 bilhões; finalmente, foi aprovado com o valor de US$ 838 bilhões. Até ser aprovado na sexta, o pacote estava em US$ 790 bilhões. (Agências Associated Press e France Presse/AFP)

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INDICADORES ECONÔMICOS


Leia a Carta do IBRE/FGV

A Alta do dólar não significa inflação - Janeiro de 2009
http://www.fgv.br/noticias_internet/ARQ/13386.pdf


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

São Paulo/SP
Bovespa reflete nervosismo global e fecha com forte queda de 4,77%
A Bovespa amargou forte queda na jornada desta terça-feira, em meio à expectativa dos mercados, quanto aos planos do governo americano para enfrentar a pior recessão dos últimos 70 anos. Em meio ao nervosismo generalizado, o câmbio atingiu R$ 2,32.
- O termômetro da Bolsa,
o Ibovespa, desabou 4,77% no fechamento, aos 39.846 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,28 bilhões.
-
O dólar comercial foi negociado por R$ 2,328 na venda, em alta de 2,15%.
- A taxa de
risco-país marca 452 pontos, número 6,60% acima da pontuação anterior. "Enquanto não houver algum resultado visível desses pacotes, o mercado ainda continuará dominado pelas incertezas", comenta Marcos Trabold, gerente de câmbio da corretora Trabold.
Análise 1 - O mercado pouco reagiu à sanção presidencial do
pacote anticrise de US$ 787 bilhões, assinado ontem pelo presidente Barack Obama. E prevaleceu o temor quanto à delicada situação das montadoras, à beira da falência, e dos bancos, atolados nos chamados "ativos tóxicos" (créditos problemáticos). "[A aprovação do pacote] foi uma notícia já bastante negociada pelas Bolsas na semana passada. O que importa é que prevalece o sentimento de mercado sobre a piora do nível de atividade da economia em geral", avalia Ronaldo Zanin, gestor da Advisor Asset Management. "Há um vaivém, entre a melhora das expectativas: quando saem notícias sobre os pacotes governamentais e uma piora, quando surgem mais dados que mostram a deterioração da economia global", acrescenta.
Análise 2 - Entre as principais notícias do dia, a rede varejista americana
Walmart reportou lucro de US$ 3,79 bilhões (US$ 0,96 por ação) no trimestre encerrado no dia 31/01, contra US$ 4,09 bilhões (US$ 1,02 por ação), apurado no mesmo período de 2008. Analistas do mercado projetavam lucro de US$ 0,99 por ação.
- A montadora alemã
Daimler anunciou prejuízo líquido de 1,526 bilhão de euros no quarto trimestre (cerca de US$ 1,919 bilhão). Trata-se do primeiro resultado negativo da empresa num trimestre, desde que vendeu a marca Chrysler em 2007.
- Ontem também, a Eurostat - a agência europeia de estatísticas - informou que a zona do euro registrou em 2008 o maior déficit comercial de sua história, de 32,1 bilhões de euros (US$ 40,5 bilhões). Em 2007, a balança comercial da zona do euro havia registrado um excedente de 15,88 bilhões de euros (US$ 20 bilhões). O dado sinaliza a gravidade da situação em que se encontra a economia da zona do euro. Na semana passada, a Eurostat informou que a economia do bloco de países que utiliza a moeda comum européia, teve uma queda recorde no quarto trimestre, de 1,5%, aprofundando a recessão em que está. Na EU - União Europeia - como um todo, também houve uma queda de 1,5% do PIB - Produto Interno Bruto -, lançando essa região em recessão.
- No front doméstico, o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - informou que as vendas no setor varejista cresceram 9,1% em 2008, na comparação com o ano anterior. Em dezembro, no entanto, o comércio teve queda de 0,3% e, no quarto trimestre, a queda foi de 2,3% na comparação com o terceiro. Trata-se da terceira queda mensal consecutiva.

Nova Iorque/EUA

Bolsa de NY cai até nível mínimo de novembro com temores sobre recessão
A Bolsa de Nova York caiu nesta terça-feira, em um mercado assolado pela amplitude da crise financeira, atingindo o piso alcançado em novembro do ano passado.
- O índice Dow Jones Industrial Average (DJIA), da Nyse fechou em baixa de 3,79%, a 7.552,6 pontos - muito próximo de seu menor patamar, de 7.552,29 pontos, registrado em novembro do ano passado.
- O índice tecnológico Nasdaq, caiu 4,15%, para 1.470,66 pontos, e o S&P 500, 4,56%, para 789.17 pontos.
Depois de ter permanecido fechada na segunda-feira, dia 16/2, devido ao feriado nos EUA, Wall Street sofreu na abertura, com o Dow Jones em queda de 3% durante quase toda a sessão.
Análise 1 - As notícias do fim de semana não foram propícias à compra de ações", disse Mace Blicksilver, da Marblehead Asset Management, quando se multiplicavam as estatísticas sobre uma degradação da recessão, principalmente na Europa e no Japão. A promulgação do plano de reativação do presidente Barack Obama
de US$ 787 bilhões não foi suficiente para sustentar um mercado. Ele afirmou que o pacote O pacote marca o "começo do fim" da crise no país. "Há muitas questões importantes que surgem na mente dos investidores sobre a eficiência dos programas na estabilização da economia, da reconstrução do balanço de grandes bancos em dificuldades e de reparações na estrutura dos mercados de crédito", afirmou Frederic Dickson, da D.A. Davidson.
Análise 2 - A Casa Branca
divulgou hoje detalhes sobre a aplicação dos recursos do pacote de estímulo à economia, aprovado na semana passada no Congresso, com o valor de US$ 787 bilhões. A projeção do governo é criar ou preservar 3,5 milhões de empregos nos próximos dois anos, 90% dos quais no setor privado. Além disso, 40% do pacote - cerca de US$ 312 bilhões - irão auxiliar diretamente famílias americanas de classe média.

Londres/Inglaterra
Bolsas da Europa fecham em baixa com setor financeiro

As principais Bolsas europeias terminaram a sessão de ontem em queda, pressionadas novamente pelo fraco desempenho dos bancos, que já haviam prejudicado o comportamento dos mercados europeus, ontem.
- A Bolsa de Londres caiu 2,43% e fechou a 4.034,13 pontos.
- A Bolsa de Paris recuou 2,94% e fechou com 2.875,23 pontos.
- Em Frankfurt, o índice Xetra-Dax caiu 3,44% e fechou a 4.216,60 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 recuou 2,87% e fechou com 7.843,20 pontos.
- A Bolsa de Lisboa caiu 3,20% e fechou a 6.170,89 pontos.
Análise 1 - A agência de classificação de risco Moody's divulgou ontem, um relatório em que demonstrava receios em relação ao apoio dos bancos da Europa Ocidental aos bancos do Leste europeu. "Os países do Leste europeu agora entraram em um declínio econômico longo e acentuado, expondo os bancos da Europa Ocidental", afirmou a agência. De acordo com o relatório, entre os bancos mais presentes na região estavam o KBC, que caiu 12,9%, o Société Générale, que perdeu 9,6%, o UniCredit, com queda de 6,9%, o Raiffeisen, que encerrou em baixa de 14,8%, e o Erste Bank, que perdeu 17%. Para Kenneth Broux, economista do Lloyds Corporate Markets, "o declínio sincronizado no Leste europeu e na Rússia não é uma boa notícia para o apetite por risco". Em outros setores, as ações da montadora alemã Daimler recuaram 3,8%. A empresa divulgou um prejuízo líquido de 1,53 bilhão de euros (US$ 1,93 bilhão) no último trimestre de 2008, depois de um forte declínio nas vendas da Mercedes-Benz e das perdas acentuadas relativas à participação da empresa na Chrysler.
Reação das ações - As ações do grupo de fertilizantes norueguês Yara International recuaram 5,5% depois de a companhia anunciar um prejuízo líquido de 2,1 bilhões de coroas norueguesas no quarto trimestre de 2008. No ano anterior, a empresa teve lucro de 2 bilhões de coroas norueguesas.
As ações da Iberdrola subiram 2,59%, apesar da companhia de eletricidade espanhola ter anunciado um corte nos planos de gasto de capital para 2009, depois de reportar um declínio acima do esperado de 49% no lucro líquido do quarto trimestre do ano passado, em meio a queda nos preços e na geração de energia. Em 2008, o lucro da Iberdrola cresceu 22% para 2,86 bilhões de euros, de um lucro de 2,35 bilhões de euros registrado no ano anterior. A companhia prevê para este ano um lucro "em linha ou ligeiramente maior que o de 2008".
A norueguesa StatoilHydro, também anunciou uma acentuada queda em seu lucro líquido, em virtude dos preços mais baixos do petróleo e da fraqueza da coroa norueguesa ante o dólar. A companhia também disse que prevê gastos com explorações muito menores para 2009, em comparação com 2008, em meio à incerteza nas condições do mercado. Na Bolsa de Oslo, as ações da StatoilHydro fecharam em baixa de 1,41%.

Tóquio/Japão
Bolsas da Ásia caem por cauda de montadoras dos EUA que pedem mais US$ 21 bilhões ao governo
As principais Bolsas da região Ásia-Pacífico tiveram quedas nesta quarta-feira depois que as montadoras americanas General Motors e Chrysler
pediram mais US$ 21,6 bilhões ao governo dos Estados Unidos para superar a crise financeira.
- A Bolsa de Tóquio (Japão) fechou em queda de 1,45%, aos 7.534,44 pontos.
- O ASX, da Bolsa de Sydney (Austrália), perdeu 2,29%; o Kospi, da Bolsa de Seul (Coreia do Sul), também teve perdas, de 1,24%.
- O Shangai Composite, da Bolsa de Xangai (China), teve retração de 4,72%.
- O Somente a Bolsa de Hong Kong teve alta, de 0,55%.
Análise 1 -
General Motors e Chrysler, a primeira e a terceira montadoras dos EUA, apresentaram nesta terça-feira (17) seus planos de reestruturação, requisito do governo de Barack Obama para liberar empréstimos às duas montadoras. Somente a GM declarou necessitar de mais de US$ 16,6 bilhões do governo. Além disso, a empresa anunciou que deve demitir mais de 47 mil funcionários como parte dos planos de reestruturação. A Chrysler, por sua vez, pediu US$ 5 bilhões e anunciou que vai demitir mil. Somando os valores já emprestados no final de 2008 e os prometidos, os créditos podem somar US$ 39 bilhões - sendo US$ 30 bilhões para a GM e US$ 9 bilhões para a Chrysler. De início, as duas montadoras tiveram acesso a US$ 9,6 bilhões e US$ 4 bilhões, respectivamente.
Economia japonesa
No Japão, derrubou o mercado o anúncio da Toyota de que planeja
parar suas fábricas por três dias em abril para controlar o nível de seus estoques em meio à queda da demanda global. No último dia 6, a Toyota anunciou que deve ter seu primeiro prejuízo em mais de 70 anos de história em 2008. A previsão é de que deverá encerrar o atual ano fiscal, que acaba em março, com perdas de 350 de bilhões de ienes (cerca de US$ 3,8 bilhões).
Análise 2 - Os investidores continuam vendendo suas ações depois que o governo japonês divulgou, na segunda-feira, dia 16/2, que o PIB - Produto Interno Bruto - do Japão recuou 12,7% entre outubro e dezembro de 2008, aprofundando a crise no país. A queda, a maior em 35 anos, é resultado da pior crise no país desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), disse o ministro da Economia do país, Kaoru Yosano. "Os investidores estrangeiros perderam o apetite de comprar ações japonesas porque o Japão é o único que vê sua economia recuar em dois dígitos", afirmou Koichi Ogawa, da Daiwa SB Investments. "O mercado não pode esperar medidas efetivas de um governo que está em uma posição como essa agora."

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ANÁLISE SETORIAL


Berlim/Alemanha
Acesso gratuito à música pela internet prejudica profissionais do setor
Baixar arquivos de música da internet traz obviamente, desvantagens para os próprios músicos. Muitos deles, que disponibilizam eles mesmos suas obras para acesso público, têm que lutar pela sobrevivência. Em 2006, Ekkehard Ehlers lançou o CD A life without fear, considerado pela mídia alemã a resposta musical do país a Brian Eno. Num show realizado na Suécia, ele foi aclamado por muitos fãs, que usavam até mesmo camisetas estampadas com referências à capa de seu CD. Algumas semanas depois, o músico levaria um verdadeiro choque: em toda a Suécia haviam sido vendidos somente dois exemplares de seu CD. Também na Alemanha o álbum de Ehlers vendeu somente mil cópias, enquanto se registraram 25 mil downloads na internet. O músico acredita ter sido espoliado por seus próprios fãs, ou seja, pelas pessoas que ouvem com prazer o que ele produz e até escrevem comentários elogiosos no MySpace. Essa situação faz com que Ehlers não tenha recursos financeiros para trabalhar num próximo CD, porque recebeu nada ou muito pouco em dinheiro com o primeiro. No momento, ele passa até mesmo por sérias dificuldades para sustentar a si e sua família, tendo que trabalhar como funcionário de uma sauna para pagar suas contas.
A teoria do long tail
Até há pouco tempo, a internet significava para boa parte dos músicos, a esperança de atingir um público mais amplo. Era comum a crença na teoria do long tail, anunciada pelo norte-americano Chris Anderson na revista Wired Magazine, em 2004. Anderson acreditava que produtos como CDs ou livros, que só vendem poucos exemplares, poderiam abandonar o nicho do mercado e serem comercializados de forma rentável pela internet. E por muito tempo. A prova seria, segundo ele, os números registrados pelo serviço online de música Rhapsody, que, num curto espaço de tempo, teve mais lucros com produtos de baixa demanda do que com grandes sucessos de público. O gráfico das vendas long and little (longas e poucas) de determinados produtos se assemelhava ao rabo de um animal; daí o conceito long tail (rabo longo).
Negócios deficitários
Na realidade, essa teoria não costuma funcionar: 85% de todos os títulos de música oferecidos na rede no ano de 2008 não foram vendidos nem uma única vez. E até os formatos clássicos CD e LP estão vendendo mal. A crise, que assola as grandes gravadoras há alguns anos, chegou aos pequenos selos. "Antes, um artista que estava em alta sempre vendia seu novo disco", diz Gudrun Gut, proprietária do selo berlinense Monika Enterprise. Essas vendas, no entanto, foram reduzidas a um terço do que eram antigamente. Atualmente, o selo independente é um negócio deficitário para Gudrun Gut, algo que ela só consegue manter porque também, trabalha como locutora de rádio e música, podendo, desta forma, subvencionar seu próprio selo.
Mudança de valores
Mas não só o costume de baixar músicas de graça da internet é responsável pela crise do setor. Achim Bergmann, do selo independente Trikont, de Munique, aponta para uma profunda mudança de valores na sociedade: "Não dá para esquecer que, nos últimos 20 anos, tinha um monte de festas com música", lembra Bergmann. A mídia e a indústria da comunicação criaram uma cultura jovem de entretenimento, para poder vender melhor seus produtos. Com isso, foi se perdendo o interesse real pela música, acredita ele. Ou seja, embora a música esteja por todo lado disponível para o consumo, são poucas as pessoas que têm um interesse real por ela. A proposta de Bergmann é promover uma conscientização neste sentido, através de uma divulgação mais precisa na mídia. As tendências atuais, no entanto, vão na direção contrária.
Cultura da recompensa
Mark Chung, ex-funcionário da Sony Music em Londres e atual presidente da associação dos empresários, editoras e produtores musicais independentes, sugere a implementação de mecanismos que tragam retorno a músicos com trabalho de acesso público na rede. "Na Inglaterra, por exemplo, buscam-se soluções neste sentido. Quanto se deveria, na verdade, receber de um provedor de internet, a fim de que valha novamente a pena produzir música?" pergunta ele. No entanto, é claro que modelos como esse também levantam outras questões, principalmente a respeito de quem seria o responsável por distribuir o dinheiro recolhido e de acordo com quais critérios. De qualquer forma, Ekkehard Ehlers vê com bons olhos uma solução como essa: "Se houver algo assim, no formato certo, tempos melhores virão para pessoas como eu", espera o músico. (ESPECIAL - Agência DW World.DE/ Deutsche Welle)

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MERCADO FINANCEIRO

São Paulo/SP – Da redação
Bradesco vai agrupar ações ordinárias e preferenciais de uma para 50
O Conselho de Administração do Bradesco aprovou ontem à tarde, dia 17/2, uma proposta que prevê o grupamento das ações ordinárias e preferenciais na proporção de uma para 50, e o posterior desdobramento na mesma proporção. A proposta ainda precisa passar pelo crivo de uma assembleia geral extraordinária, marcada para o dia 10/3. O plano, na verdade, praticamente obriga os acionistas minoritários com menos de 50 ações em mãos, que suplementem seus lotes até esse número mínimo. A instituição coloca duas alternativas: ou ir a mercado, ou "no caso de eventual falta de liquidez no mercado", comprar diretamente do banco, por meio de uma agência do banco, ganhando isenção de taxa de corretagem e emolumentos.
Segundo o Bradesco, esses acionistas minoritários geram "significativo volume de serviços e custos operacionais" e que as operações de grupamento/desdobramento, "com a finalidade de ajustar a base acionária", podem trazer "maior eficiência ao sistema operacional de ações escriturais e de divulgação de informações aos acionistas". A proposta do Conselho do Bradesco prevê o grupamento das 3,069 bilhões de ações do capital social em 61,397 milhões. Na sequência, os acionistas devem receber 49 novas ações para ação em carteira na data do grupamento, transformando as 61,397 milhões de ações em 3,069 bilhões de ações.
Ainda segundo o banco, a proposta deve ser estendida para os papéis da instituição financeira negociadas nos EUA (as ADRs) e na Espanha (as GDRs). O desdobramento visa ainda, conforme o Conselho do Bradesco, "manter o valor de cotação da ação no mercado a um patamar atrativo para negociação, proporcionando melhor liquidez às ações no mercado doméstico e aos DRs [depositary receipts, os papéis negociados no exterior]". Nos últimos 12 meses, a ação preferencial do Bradesco desvalorizou 27,20%.

São Paulo/SP
Bancos vão adequar cobrança de consignado às reduções de salário
Os bancos, por meio da Febraban (Federação), fecharam um acordo com a Força Sindical que flexibiliza a cobrança dos empréstimos consignados dos funcionários que tiveram redução ou suspensão de salário. A medida só vale para funcionários que sejam cobertos pelos sindicatos ligados à Força Sindical. Segundo a Febraban o reescalonamento de pagamentos de crédito consignado será feito a pedido da central sindical para amenizar os efeitos da crise financeira internacional nos funcionários da iniciativa privada e reforçar o relacionamento com esses clientes.
A medida prevê que, sempre que houver um acordo coletivo de trabalho para redução ou suspensão temporária de salário, os pagamentos das prestações do consignado poderão, também, ser reduzidos ou suspensos, pelo mesmo período. Segundo exemplo da Febraban, um trabalhador que tenha R$ 500 descontados mensalmente para pagamento de sua parcela e cujo salário seja reduzido em 20%, terá esse mesmo percentual aplicado à sua parcela, ou seja, terá uma redução de R$ 100. A parcela ficaria reduzida em R$ 400 mensais pelo período de vigência do acordo coletivo. Os valores reduzidos ou suspensos serão acrescidos ao final do parcelamento.
Ainda segundo o acordo das entidades, toda vez que for firmado um acordo de suspensão do contrato ou de redução da jornada de trabalho, a empresa deverá enviar, ao banco responsável pelos empréstimos, uma base de dados com os empregados e respectivos valores, que têm descontos em folha de pagamento referentes ao crédito consignado, bem como uma cópia do acordo celebrado com o sindicato. A Febraban informou ainda que o próprio empregado poderá procurar diretamente o banco para entendimentos sobre os valores e prazos de sua operação. (Agência Estado)


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AGRONEGÓCIOS


São Paulo/SP – Da redação
A ABIC lançará guia da qualidade dos cafés do Brasil

A ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café - passará a avaliar, a partir da safra que começa a ser colhida em maio, a qualidade da produção nacional. "Vamos produzir o 'Guia da Qualidade dos Cafés do Brasil', que será publicado no mês de setembro e que permitirá aos empresários nacionais, e demais industriais do mundo, conhecer as características de nossos grãos, estimulando a oferta de produtos diferenciados e de alta qualidade", diz Almir José da Silva Filho, presidente da entidade.
Na primeira edição do Guia serão avaliadas diversas regiões e microrregiões cafeeiras, cobrindo os principais Estados produtores, como Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná e Rondônia. Uma equipe de especialistas, entre classificadores e provadores, fará o estudo da safra, em um trabalho conjunto com técnicos de cooperativas e associações de produtores. Além da classificação física dos grãos e avaliação sensorial da qualidade global da bebida na xícara, a equipe levantará informações sobre processos e métodos de secagem dos lotes, condições climáticas, geográficas e meteorológicas de cada localidade. "O Guia será uma referência da alta qualidade dos nossos cafés, colaborando com o trabalho realizado pelos profissionais de compra das empresas para a aquisição de lotes de boa qualidade", diz Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da ABIC. "O Brasil possui uma diversidade imensa de aromas e sabores, e o Guia mostrará esse leque de opções, acompanhando anualmente a nossa produção".

Uberlândia/MG
Brasil colheu 8% da safra 2008/09 de soja
A colheita da safra 2008/09 de soja do Brasil atingiu, até o dia 13/02, 8% da produção total estimada, mesmo percentual verificado na safra passada, informou na segunda-feira a consultoria Céleres, acrescentando que as vendas antecipadas estão bem atrás dos níveis de 2007/08. A safra de soja brasileira 08/09 está prevista pela Céleres, em 57 milhões de t. A colheita no Centro-Oeste do Brasil, onde ela é realizada antes das demais regiões, está seguindo em um bom ritmo. Os trabalhos nos campos avançaram 10 pontos percentuais em relação à semana anterior no Mato Grosso, o principal produtor de soja do Brasil, para 18% do total estimado, ante 20% na mesma época do ano passado. Os dados da Céleres estão em linha com os levantados pelo Imea - Instituto Mato-Grossense de Economia Agrícola -, que apontou na segunda-feira, que 17,5% da área total de soja do Estado já foi colhida, contra 9,8% na semana anterior. "A colheita de soja na primeira quinzena de fevereiro é tradicionalmente de intensos trabalhos, o que não foi diferente desta semana (semana passada), quando cerca de 430 mil hectares foram colhidos apesar das chuvas", afirmou boletim do Imea, observando que as produtividades obtidas, resultado de chuvas mal distribuídas no início do ciclo, estão variando de 42 a 55 sacas por hectare.
Com as cotações internacionais registrando perdas na semana passada, o que resultou em preços menos atraentes para vendedores, os produtores mato-grossenses realizaram poucos negócios, focando as entregas já programadas para o mês, informou o Imea. A colheita em Goiás também está mais avançada em relação a outros Estados. De acordo com a Céleres, quase 15% da safra do quarto produtor nacional, havia sido colhida até a última sexta-feira, dia 13/02.
No Sul, onde o plantio e a colheita começam mais tarde, o Paraná aparece no relatório da consultoria tendo colhido 6% da safra, ante 3% no mesmo período do ano passado. As condições climáticas no Paraná para a soja estão se normalizando, após uma seca no final do ano passado provocar grandes perdas em relação à estimativa inicial, segundo a agrônoma do Deral - Departamento de Economia Rural - do governo paranaense, Margorete Demarchi. Mas ela ainda não quis falar sobre a produtividade obtida. "Só à medida que colhermos mais é que será possível saber", afirmou. O Rio Grande do Sul, terceiro Estado produtor, ainda não começou a colher, segundo a Céleres.
Vendas lentas - Um real mais fraco frente ao dólar está mantendo os preços internos de soja firmes e as exportações competitivas, mas as vendas antecipadas no Brasil ainda estão 23 pontos percentuais abaixo das verificadas na mesma época do ano passado. Até 13/02, 32% da safra estimada havia sido vendida, apenas 1 ponto percentual acima dos dados da semana anterior, contra 55% de vendas nesta época no ano passado. Na média dos últimos cinco anos, a Céleres aponta um índice de vendas de 46% para meados de fevereiro. Estimativas menores de safras nos últimos meses, devido ao tempo seco no Sul do Brasil e na Argentina, criaram a expectativa entre produtores de que a oferta será apertada - o que sugere, que os vendedores estão retardando as vendas, na esperança de melhores cotações em um futuro próximo.
Chuvas no Centre-Oeste - Uma condição climática de seca no Sul tem dado lugar a chuvas regulares desde janeiro, e alguns analistas avaliam que as safras dos Estados sulistas poderão até se recuperar. O tempo está chuvoso no Centro-Oeste, onde as lavouras estão perto do amadurecimento e precisam ser colhidas. Segundo a Céleres, produtores desta região estão ficando nervosos com as chuvas abundantes nesta época do ano, quando a colheita requer um solo mais seco para que as máquinas possam entrar nos campos. (Assessoria de Imprensa da Céleres)

São Paulo/SP – Da redação
Representação da Abef participa da Gulfood, em Dubai

A Abef - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos - estará presente, entre os dias 23/02 e 26/02, na Gulfood, feira do ramo de alimentos realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O evento, que é realizado desde 1987, reúne algumas das mais importantes empresas e instituições do mundo ligadas ao setor e é um dos principais pólos para o desenvolvimento de negócios, não só com o Oriente Médio, mas também com a África. "O Oriente Médio continua sendo um dos mais importantes mercados para o setor exportador de carne de frango brasileiro. Em 2008 a região foi responsável por embarques de 1,1 milhão de toneladas, o que representou um aumento de 13% sobre 2007. A Gulfood é sempre uma oportunidade inestimável para mantermos contatos com novos e importantes países e ampliarmos os negócios", destaca o Presidente Executivo da ABEF, Francisco Turra, que estará presente à feira.
A ABEF, que tem o apoio da Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos -, estará presente na Gulfood com um estande junto com seus associados Big Frango, Copacol, Dagranja, Diplomata, Mabella, Penasul, Unifrango e Zanchetta. Antes da Gulfood, nos dias 21 e 22 de fevereiro, a ABEF estará presente no evento "Sabores do Brasil. Um país, muitos sabores", destinado a apresentar ao Oriente Médio, os atributos dos setores de alimentos e bebidas brasileiros, fortalecendo sua imagem e posicionando o setor como fornecedor de produtos com alta qualidade e diversidade. Na agenda de atividades da Associação, também estão previstos encontros com autoridades e importadores.
A Abef (
www.abef.com.br) reúne as principais empresas produtoras e exportadoras de carne de frango do Brasil. Atualmente essas empresas representam cerca de 92% da exportação brasileira do produto. Entre as principais missões da ABEF estão o desenvolvimento das exportações, o acesso a novos mercados e a garantia da qualidade do frango brasileiro. O setor avícola brasileiro mantém uma completa integração entre produtores e frigoríficos – uma característica exclusivamente do Brasil - plena atualização tecnológica e um elevado status sanitário. A questão da sanidade, aliás, é um grande diferencial da avicultura nacional. Tudo isto é fruto do trabalho empreendido pela ABEF e seus associados, com o apoio do Governo Federal, para continuar fazendo do Brasil o maior fornecedor de carne de frango do mercado mundial. (Assessoria de imorensa da Abef)

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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo/SP
Venda de automóveis aponta recuperação e cresce 7% em fevereiro
A venda de automóveis e comerciais leves indica recuperação na primeira metade de fevereiro, segundo dados divulgados na terça-feira, pela Fenabrave (associação das concessionárias). Os números gerais, no entanto, incluindo, caminhões, ônibus e motos, apontam queda. De acordo com a Fenabrave, foram vendidos 109.258 automóveis e comerciais leves na primeira metade do mês, alta de 15,56% na comparação com o mesmo período de janeiro deste ano (94.547) e de 7,43% sobre o mesmo intervalo em 2008 (101.699). Somados as demais categorias, a venda geral de veículos somou 182.522 unidades na primeira metade de fevereiro, alta de 8,35% sobre o mesmo período de janeiro deste ano (168.454), mas queda de 3,01% na comparação com o mesmo intervalo de 2008 (188.178).
Ranking - A Volkswagen foi a montadora com maior participação de mercado na primeira metade de janeiro (27,35%), considerando apenas automóveis e comerciais leves, à frente da Fiat (24,21%), General Motors (17,64%) e Ford (11,17%). O carro mais vendido no período foi o Gol (VW), com 11.800 unidades - 32% dos veículos de entrada comercializados. Em segundo aparece o Palio (Fiat), com 6.978 unidades (19,44% dos veículos de entrada). O ranking aponta, ainda, o Uno (Fiat), com 6.719 veículos vendidos (18,71%). (Agência Estado)

Berlim/Alemanha
Crise vai promover revolução na indústria automobilística

As montadoras registram quedas vertiginosas em suas vendas em todo o mundo e reduzem o ritmo da produção. Segundo uma pesquisa realizada pelo Deutsche Bank, no entanto, a crise pode trazer progressos ao setor. O automóvel como o conhecemos hoje, tem cem anos e provavelmente, ainda permanecerá nas ruas de todo o mundo ainda por mais cem anos. A demanda por carros deverá até mesmo crescer nos próximos tempos e as montadoras certamente, vão voltar a produzir como antes da atual crise. No entanto, é possível que das esteiras de produção do futuro saiam carros diferentes dos de hoje: talvez nem tanto na aparência, mas sim nos interiores. Essas são algumas das previsões de um estudo realizado pelo Deutsche Bank. (Agência Deutsche Welle)

Nova Iorque/EUA
GM e Chrysler pedem mais US$ 21 bi aos EUA e devem demitir 50 mil

As fabricantes de veículos
General Motors e Chrysler apresentaram seus planos de reestruturação no final do dia de ontem, dia 17/2, que incluem a necessidade de empréstimos que podem somar mais US$ 21,6 bilhões, sendo até US$ 16,6 bilhões da GM e US$ 5 bilhões da Chrysler. O plano também inclui a demissão de um total de 50 mil trabalhadores em todo o mundo, sendo 47 mil da GM e 3.000 da Chrysler. Somando os valores já emprestados no final de 2008 e os prometidos, os empréstimos podem somar US$ 39 bilhões, sendo US$ 30 bilhões para a GM e US$ 9 bilhões para a Chrysler, se os planos de hoje foram acatados. Em dezembro de 2008, o governo americano anunciou ajuda para o setor automobilístico com até US$ 17,4 bilhões, tirados do pacote de US$ 700 bilhões aprovado em outubro e destinado inicialmente a resgatar empresas do setor bancário com problemas ligados a papéis "podres" (com alto risco de calote).De início a GM e Chrysler tiveram acesso a US$ 13,4 bilhões. A GM recebeu US$ 9,6 bilhões e, a Chrysler, US$ 4 bilhões. Em janeiro, a taxa anualizada de vendas de automóveis nos EUA ficou em 9,6 milhões de unidades, quase a metade da atingida há apenas três anos.
General Motors
A General Motors poderá pedir até US$ 30 bilhões em empréstimos ao Estado até 2011, e quer reduzir seus efetivos em todo o mundo em 47 mil empregados ainda este ano. Excluindo os US$ 13,4 bilhões acertados no final de 2008, a ajuda inclui novos US$ 16,6 bilhões. "Se o novo e ainda mais desanimador cenário da queda da demanda ocorrer, a GM precisará de mais ajuda federal, estimada, atualmente, em US$ 7,5 bilhões, que poderiam chegar a um total de US$ 30 bilhões em fundos do governo até 2011", indicou a GM em seu
plano de reestruturação, apresentado ontem no final do dia ao departamento do Tesouro americano.
Além disso, o grupo anunciou que planeja cortar até 47 mil funcionários de suas fábricas em todos os países, 26 mil deles, fora dos Estados Unidos. A proposta, enviada ao Tesouro dos Estados Unidos, inclui o fechamento de cinco fábricas nos EUA. O grupo informou ainda que sua unidade Saab, na Suécia, pode ter que pedir a proteção da lei de falências "ainda este mês" caso não receba ajuda do governo sueco.
As vendas da GM tiveram queda de 10,8% em 2008, com a montadora
perdendo pela primeira vez na história a liderança em vendas no mercado automobilístico mundial para a rival japonesa Toyota Motor. A GM vendeu, no ano passado, 8,35 milhões de unidades, contra 9,37 milhões em 2007. A Toyota, por sua vez, viu uma queda de 4% em suas vendas em 2008, em relação ao ano anterior, com 8,97 milhões de unidades.
Chrysler
A montadora norte-americana Chrysler informou ontm precisar de US$ 5 bilhões a mais em financiamento público, cortar 3 mil postos de trabalho e suspender a produção de três modelos. GM (General Motors) e Chrysler tinham até hoje para apresentar às autoridades americanas os
planos de reestruturação que lhes permitirão receber bilhões de dólares de ajuda pública. A empresa informou que chegou a acordos com sindicatos, fornecedores e vendedores para poder cumprir as exigências do governo para reestruturar suas dívidas. A montadora também afirmou que vai reduzir a produção de veículos em 100 mil unidades e cortar custos U$ 700 milhões.
A Chrysler, que já obteve US$ 4 bilhões em empréstimos federais, e informou, inicialmente, que pediria pelo menos outros US$ 3 bilhões para colocar em prática seu plano de reestruturação --que acabou fechando em US$ 5 bilhões. A obtenção deste empréstimo, que a Casa Branca afirmou considerar de forma separada à solicitação da GM, é um requisito para que a Chrysler firme definitivamente uma
aliança industrial com a Fiat.
As duas empresas chegaram em janeiro a um acordo no qual a Fiat vai fornecer à montadora americana design, engenharia e material para a fabricação de carros pequenos, em troca de 35% do capital da Chrysler. Os diretores da Chrysler qualificaram o acordo com a Fiat como fundamental para garantir a sobrevivência da empresa, mas também estão trabalhando em outros acordos caso o estipulado com os italianos não se torne realidade. (Agence France Presse/AFP)

Pequin/China
GM negocia venda da Hummer para fabricante chinês
A montadora americana GM - General Motors - negocia com uma fabricante chinesa a venda da marca Hummer, como uma das alternativas da empresa para diminuir suas dívidas e voltar a crescer em meio à crise financeira. De acordo com o jornal "Shanghai Daily", a GM negocia com o Grupo Industrial Automotivo de Sichuan, conhecido como Sichuan Auto, cujos ativos somam cerca de 1 bilhão de iuanes (US$ 146 milhões). No entanto, o porta-voz da GM para a China, Henry Wong, só confirmou à Efe que a companhia ainda está na fase de negociar "com investidores em potencial", como parte da revisão estratégica da marca Hummer. Nos EUA, o presidente Barack Obama anunciou que vai criar uma comissão especial, representantes de diversos órgãos do governo para supervisionar a reestruturação do setor automotivo no país.
A GM, que recebeu US$ 9,4 bilhões em empréstimos do governo americano, elogiou a ideia. Nesta terça-feira a empresa deve apresentar seus planos preliminares de reestruturação para conseguir pelo menos outros US$ 4 bilhões, como ajuda para superar a crise. Na segunda-feira, dia 16/02, o comitê europeu sindical da GM afirmou que o plano de viabilidade elaborado pela montadora de automóveis multinacional "não é viável" e que a empresa deveria vender suas marcas para voltar a registrar lucros.
Segundo o comitê, órgão sindical que representa todos os centros de trabalho da companhia na Europa, a "única opção razoável e possível para não destruir as operações" da GM na Europa e evitar possíveis demissões maciças, é separar as marcas Opel-Vauxhall e Saab. Em todo o mundo, a GM é dona de várias divisões, como a Buick, Cadillac, Chevrolet, GMC, Holden, Hummer, Oldsmobile, Opel, Pontiac, Saturn, Saab e Vauxhall, além de possuir participações em empresas como as japonesas Suzuki e Subaru, a coreana Daewoo e a russa Lada. (Agência Efe)

Berlim/Alemanha
Montadora alemã Daimler tem prejuízo no último trimestre de 2008

A montadora alemã Daimler registrou prejuízo líquido de 1,526 bilhão de euros no quarto trimestre (cerca de US$ 1,919 bilhão), informou a companhia na terça-feira. Trata-se do primeiro prejuízo trimestral da Daimler desde que vendeu a marca Chrysler em 2007. Já o lucro líquido caiu para US$ 1,764 bilhão no acumulado do ano, 64,8% menos que o apurado em 2007. A Daimler informou ainda, em comunicado, que o faturamento caiu no exercício passado 3,9%, para US$ 120,330 bilhões, contra o montante de 2007. Os números foram muito piores do que a Daimler tinha previsto em outubro passado, quando revisou para baixo suas previsões de lucro. A Daimler revisou suas previsões de lucro operacional para 2008 para mais de US$ 7,680 bilhões, frente aos mais US$ 8,960 bilhões que tinha calculado no final de julho. A previsão de receita do grupo Daimler deve diminuir em todas as divisões de veículos. "Um pronunciamento mais detalhado em relação ao resultado, só será possível mais tarde neste ano, quando o desenvolvimento da economia mundial e dos mercados automotivos poderão ser melhor avaliados", afirmou a empresa em comunicado. Para 2009, a empresa espera uma queda de 10% na demanda global por automóveis. (Agência Efe)

Paris/França
Renault dispensa 63 funcionários da equipe de Fórmula 1
A crise econômica mundial e seus desdobramentos continuam tendo efeito na Fórmula 1. Depois de a Honda anunciar o fim de suas atividades na categoria, a bola da vez é a Renault. Nesta terça-feira, a equipe francesa revelou um plano de reestruturação. Resultado: 63 técnicos serão dispensados. O inglês Max Mosley, presidente da FIA, declarou no início do ano, que "os tempos das escuderias com mil funcionários estão com os dias contados". O dirigente sabia que a suspensão dos testes durante o campeonato, definida para esta temporada, implicaria o corte de integrantes.
O comunicado da Renault apontou o fim dos testes como a maior responsável pela revisão de funções. Mas há outro motivo: o principal patrocinador da escuderia, a financeira holandesa ING, informou na segunda-feira, que vai se retirar da Fórmula 1 no fim de 2009. "De nossa força de trabalho de 525 trabalhadores, as dispensas afetarão o grupo de testes e desenvolvimento aerodinâmico", diz a nota oficial da Renault. Outro aspecto importante das novas regras, e que pode implicar mais demissões, é a limitação nos experimentos em túnel de vento.
A Ferrari, atual campeã de Construtores, também já remanejou seu quadro de funcionários. A área de cessão de motores perdeu o contrato com a Force India, que passará a utilizar os motores Mercedes e tecnologia da McLaren. Mas, mesmo com a nova cliente, a equipe inglesa também deve fazer cortes. Como é a tendência de todas as outras da Fórmula 1. (Agence France Presse/AFP)

Curitiba/PR
Renault diz que reconvocação é reflexo de recuperação nas vendas em 2009
A direção da Renault no país atribuiu a decisão de
reconvocar metade dos 854 trabalhadores que tiveram o contrato suspenso por cinco meses a um início de recuperação nas vendas no início deste ano. Em janeiro, após o regresso do período de férias das festas de fim de ano, cerca de mil trabalhadores da montadora, em São José dos Pinhais (PR), ficaram numa lista que os colocaria temporariamente, até junho, fora da empresa em razão da crise internacional, que afetou as vendas do setor automotivo. Depois, o número de suspensos foi baixado para 854.
De acordo com o gerente geral de Recursos Humanos da Renault, Marino Rodilha, os metalúrgicos reconvocados deverão começar a trabalhar a partir do final de março. É o tempo necessário, segundo ele, para fazer a readaptação da linha de montagem e dos próprios funcionários que vão reativar a produção. Rodilha disse que uma série de fatores influenciou na decisão da empresa de chamar os trabalhadores de volta. Entre elas, o executivo citou o efeito econômico para o consumidor da redução de alíquota e da isenção do IPI no mercado de venda de veículos.
Outro fenômeno observado, segundo Rodilha, foi uma mudança no perfil do próprio consumidor, que partiu para a aquisição de modelos superiores aos populares, como o Sandero e o Logan, que ajudaram a impulsionar as vendas deste início de ano da montadora. Rodilha advertiu, porém, que a reconvocação não representa ainda "o fim da crise" e que será preciso mais tempo para se saber qual será o comportamento definitivo do mercado. "A crise ainda não acabou. Esta é uma readequação que estamos fazendo em razão de uma perspectiva de mercado".
O executivo disse que ainda será preciso aguardar o comportamento do mercado para medir a possibilidade de reconvocar a outra metade do contingente de metalúrgicos com o contrato suspenso. Eles permanecem fazendo, até junho, cursos profissionalizantes remunerados somados a um auxílio desembolsado pela própria Renault para manter seus vencimentos líquidos. (Agência Folha Online)

Belo Horizonte/MG
Fiat assina acordo de estabilidade por 20 dias, com chance de prorrogação
A Fiat Automóveis e mais 14 empresas fornecedoras de produtos para a montadora italiana instalada em Betim/MG firmaram hoje acordo de garantia de emprego por 20 dias, sem redução de salários, redução de carga de trabalho ou suspensão de contratos. O acordo, assinado com o Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Igarapé e São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte, engloba cerca de 18 mil trabalhadores (aproximadamente 13 mil da Fiat), de um total de 40 mil da base do sindicato filiado à CTB - Central de Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil, criada há 14 meses.
Marcelino Rocha, presidente do sindicato, disse que o acordo é uma extensão da primeira reunião de 22 de janeiro, quando 18 empresas estabeleceram uma espécie de compromisso pela manutenção dos empregos, já que houve redução de IPI e aumento das linhas de crédito para a montadora. O acordo agora, com 15 empresas, foi para o papel. Valerá até o próximo dia 10. Um novo encontro entre as partes já está marcado para daqui a 15 dias, podendo haver prorrogação do acordo de estabilidade. "Esse é um acordo importante porque não fizemos o que tem sido feito pelo Brasil [acordos de flexibilização com redução de salário e jornada], que resolve o problema da empresa, mas não do trabalhador", disse Rocha.
O sindicato homologou em janeiro 1.578 demissões de metalúrgicos com mais de um ano de registro. Segundo o presidente do sindicato, é possível estimar em cerca de um terço desse contingente como sendo de pessoas vinculadas à Fiat ou aos seus fornecedores. A Fiat, via assessoria, não confirma nem nega as demissões em janeiro. Diz apenas que o saldo dos empregos em 2008 foi positivo em 1,1 mil empregos. Ou seja, entre demissões e contratações realizadas de janeiro a dezembro, o saldo maior de admissões prevaleceu.
A montadora também evita comparações com situações de concorrentes, caso da Renault no Paraná, que deverá reconvocar 420 trabalhadores com contrato suspenso, por causa da melhoria do mercado. A Fiat diz apenas que a sua produção também vem melhorando. A produção do último mês foi de 46 mil unidades, contra 27 mil em dezembro. Mas, em relação à média de 2008, a produção foi 13% menor. A média diária, no entanto, voltou a crescer. Foi de 2,3 mil carros/dia em janeiro; neste mês está em 2,6 mil carros/dia. Em 2008, a média diária foi de 3 mil, com a montadora trabalhando a plena carga, em três turnos. (Agência Folha Online)


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MERCADO DE TI

Londres/Inglaterra
Empresas de tecnologia já anunciaram corte de 300 mil funcionários
O mercado de tecnologia já anunciou a demissão de mais de 300 mil funcionários em todo o mundo, desde o agravamento da crise financeira, no segundo semestre do ano passado, segundo a contagem do site especializado
Techcrunch. O portal iniciou o levantamento no fim de agosto de 2008, levando em conta os anúncios dos cortes, como o realizado pela Pioneer na semana passada. Segundo o site, o ritmo das demissões tem aumentado. Prova disso é que levou três semanas para que o registro passasse de 200 mil, no fim de janeiro, a 300 mil, agora. Antes, havia demorado cinco semanas para que a marca crescesse de 100 mil para 200 mil - foram cerca de quatro meses, entre agosto e dezembro do ano passado, até que as demissões atingissem os primeiros 100 mil. O setor tem sido prejudicado por fatores como a escassez do crédito, que faz com que as pessoas tenham mais dificuldade para adquirir produtos, e a redução nos investimentos em tecnologia por parte das empresas. Grandes companhias como Cisco, NEC, Electronic Arts e Microsoft, já anunciaram que farão demissões. (ESPECIAL - Techcrunch)

São Paulo/SP – Da redação
Dell afirma que rumor sobre compra da Positivo é especulação
A fabricante de computadores Dell informou ontem à tarde, em coletiva à imprensa, que os rumores de que estaria interessada em comprar a Positivo Informática são apenas "especulações de mercado". O diretor geral da Dell Brasil, Raymundo Peixoto, afirmou que a empresa não fará nenhum comentário adicional sobre o assunto. Na segunda-feira, dia 16/2, as ações da Positivo registraram forte alta em função dos rumores. A Positivo divulgou ontem, após o fechamento do mercado, um comunicado para negar que haja negociação de venda da empresa.
Questionado sobre o interesse da Dell em outras aquisições, Peixoto disse que a companhia tem dado prioridade à compra de empresas que ofereçam soluções adicionais aos seus clientes, como companhias desenvolvedoras de softwares. A aquisição de empresas com o objetivo de ampliar a base de clientes, que seria o caso da Positivo, não é o foco da Dell, segundo o executivo. "Estamos abertos a oportunidades de compra, mas tem que agregar novos serviços aos clientes", disse. Ele destacou que a prioridade da Dell é o crescimento orgânico.
Segundo ele, caso a chinesa Lenovo compre a Positivo, não haverá nenhuma mudança de cenário para a Dell. "Estamos apostando no mercado corporativo no Brasil, onde já temos a liderança", disse. Ontem, a empresa divulgou uma nova linha de produtos neste segmento, em que possui participação de mercado de 20,2%. O setor corporativo corresponde a 80% do faturamento da Dell no País, enquanto o consumidor final corresponde ao restante da receita.
Parcerias - Disposta a ampliar a sua participação de mercado no segmento de computadores para o consumidor final, a Dell está negociando novas parcerias com varejistas brasileiros. Dentre os varejistas que já vendem os produtos da companhia estão a Fnac, o Ponto Frio e o Carrefour. "Estamos em conversas permanentes para encontrar novos parceiros", disse Peixoto. "Também estamos estudando novos produtos para atender o varejo", afirmou. A companhia também tem planos de ampliar seu portfólio no segmento corporativo, mesmo com a atual crise na economia, por acreditar que daqui a cinco ou sete anos o Brasil será o quarto maior mercado mundial no setor de computadores. "O País é estratégico para a empresa. Atualmente, o Brasil não está nem entre os dez maiores mercados", afirmou.
Emprego - Questionado sobre a necessidade de cortes de produção ou demissões na Dell Brasil, o executivo disse que não poderia dar nenhuma informação antes da divulgação dos resultados do quarto trimestre da empresa, que deve ocorrer após o carnaval. Segundo Peixoto, a crise gera oportunidades de negócios porque a Dell oferece soluções para que seus clientes cortem custos, mas ele também admitiu que a redução do número de postos de trabalho afeta diretamente a demanda por novos computadores

São Paulo/SP – Da redação
Jadson Almeida assume TI das lojas Vivara e Etna
Depois de um ano à frente da área de Tecnologia da Informação do Grupo Pontes - que concentra as Lojas Esplanadas e a Indústria Eurosono, em Belém/PA -, Jadson Almeida passa a responder pela TI do Grupo Tellerina, controlador da joalheria Vivara e da loja de móveis e decoração Etna. "Meu grande desafio é consolidar
a implementação do ERP da Microsiga", avisa Almeida, que complementa: "além disso, estamos reestruturando a área de infraestrutura, especialmente em telecom, onde enxergo espaço para reduzir custos." Ainda de acordo com o executivo, hoje, a equipe de TI do Grupo Tellerina conta com 50 profissionais - 25 deles terceirizados -, os quais respondem por todo o parque instalado da companhia, que contempla mais de 100 lojas da Vivara, espalhadas em todo o País e outras quatro lojas da Etna, localizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Com uma carreira de 20 anos na área de TI, Almeida acumula passagens de sete anos no GBarbosa - quarta maior rede de supermercados do País -, além de mais de uma década no Banco do Estado de Sergipe.

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MERCADO WEB


Barcelona/Espanha
Pesquisa mostra que usuários de web móvel pelo celular, preferem navegar pela manhã
Um estudo realizado pela
GSMA, em parceria com as operadoras Telefonica, Vodafone, Orange, T-Mobile International e 3, mostra que os assinantes de internet móvel pelo celular usam o serviço principalmente no início da manhã (entre 7h e 10h). Neste período, os clientes deste tipo de serviço concentram 22% do total de minutos de navegação, o que corresponde ao dobro do tempo das pessoas que acessam a web pelo PC no mesmo horário.
Uma das conclusões do estudo, segundo comunicado divulgado pela GSMA, apresentado durante o
Mobile World Congress, é que a internet móvel pelo celular é uma "extensão de outras mídias, como a Internet e a TV, e ao mesmo tempo reforça outras mídias do começo da manhã, como rádio e jornais". A pesquisa mostra também, que os sites móveis das empresas de telefonia celular no Reino Unido recebem 68% dos usuários que navegam na internet móvel e que o Google é o principal destino de saída dos portais.
O
Facebook é o site que concentra o maior tempo de navegação dos internautas móveis, com a média de 24 minutos diários, por usuário - contra 27,5 minutos gastos por pessoa no PC. Em média, na versão móvel do Facebook, os usuários de internet pelo celular fazem 3,3 visitas por dia, contra 2,3 visitas de quem usa o PC. A telefonia móvel está confirmada como um forte meio jovem, com 48% de usuários entre 18 e 34 anos, em comparação a 40% da Internet fixa e 29% do público da TV, segundo o estudo TGI da BMRB. A telefonia móvel também é mais utilizada por homens, que representam 63% do total de usuários em comparação com 53% para a Internet fixa.
O estudo é parte do programa de Métrica de Mídia por Telefonia Móvel da GSMA, que criou um processo de medição para análise de telefonia móvel, fornecendo informações de planejamento para as comunidades de mídia e
propaganda. Um total de 167.648 sites de internet de telefonia celular foram medidos durante o estudo de viabilidade. A GSMA é uma associação que reúne fabricantes e operadoras de telefonia móvel em todo o mundo. (Agências Reuters e France Presse/AFP)


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LOGISTICA & infra-estrutura

São Paulo/SP – Da redação
Operadora de ferrovia anuncia contratações para 2009
A operadora de ferrovia ALL - América Latina Logística - anunciou a contratação de 300 funcionários em 2009. Mesmo com a crise, a companhia mantém os planos de investir R$ 600 milhões para adquirir 35 novas locomotivas e mais 1,2 mil vagões. Como no ano passado, a ALL espera obter em 2009, um crescimento entre 10% e 12% em volume de carga. A companhia identificou a tendência de que parte das cargas transportadas por caminhões retornem para os trilhos. De acordo com o presidente da ALL, Bernardo Hees, produtos como: etanol, açúcar, petroquímicos e papel e celulose, encontraram no transporte ferroviário mais vantagens em relação ao rodoviário.

Goiânia/GO
Produtores de soja reclamam do transporte precário no Brasil
Acontece entre os dias 19 e 22 de maio deste ano, o V Congresso Brasileiro de Soja – Mercosoja 2009. O evento deverá reunir cerca de 1.500 pessoas no Centro de Convenções de Goiânia/GO – o anterior, que ocorreu em 2006, foram 950 participantes. Durante o encontro, serão discutidos temas como os gargalos na logística de transporte da soja, do campo até os portos.
Mesmo sendo o segundo maior produtor de soja do mundo, os gargalos prejudicam o escoamento do produto no Brasil. Segundo o presidente do CBSOJA – Mercosoja e chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Soja, Londrina/PR, José Renato Bouças Farias, a cadeia produtiva, cuja safra de 2007/2008 rendeu 60 milhões de toneladas, envolve 200 mil produtores nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Tocantins, Piauí, Rondônia e Pará. “O Cone Sul é o principal pólo produtor de soja do mundo e tudo indica que sua importância crescerá a cada ano. A região responde por 116 milhões de toneladas de grãos, que equivalem a 52,5% da produção mundial. Em 1970, a região respondia por menos de 20% da safra mundial”.
Mas Bouças Farias acrescenta que o transporte da soja é um dos principais problemas da região. O custo é muito alto porque pouco se utilizam as hidrovias ou ferrovias – o principal meio de transporte é o rodoviário. A exceção fica com a Argentina que, embora tenha a maior parte da sua produção transportada por caminhões, a distância dos centros de produção até os portos de exportação ou os centros de consumo, é pequena (média de 300 km). Brasil, Paraguai e Bolívia percorrem distâncias superiores a 1.000 km para chegar aos centros de consumo ou aos portos. Ele acrescenta que a exportação da soja, também esbarra nas deficiências de armazenagem do produto e nos portos nos centros de produção/dispersão.

Belo Horizonte/MG
Consumo de café cresce, mas a logística encarece o produto

Estudos da Interscience mostram que o consumo de café no Brasil vem crescendo ao longo dos anos, principalmente, entre os maiores de 15 anos perdendo, apenas, para a água e à frente dos refrigerantes. Nove em cada dez brasileiros consomem café, diariamente. Minas Gerais é o principal estado produtor de café, Espírito Santo é o segundo e São Paulo aparece em terceiro lugar. Mas, o mercado interno não é o único a crescer no consumo do produto. De acordo com Christian Santiago e Silva, coordenador executivo do PSI - Programa Setorial Integrado - para exportação de café torrado e café moído (convênio ABIC - Associação Brasileira das Indústrias de Café – Apex Brasil), o setor superou suas expectativas para 2008 em relação ao produto exportado. Foi comercializado o equivalente a US$ 35,6 milhões, a um preço médio de US$ 5,35 FOB por quilo. Os principais estados brasileiros produtores de café são Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná, Rondônia e outros.


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TELECOMUNICAÇÕES


Barcelona/Espanha
Presidente da Ericsson diz que investimentos em telecom podem acelerar recuperação global
O presidente e CEO da fabricante de equipamentos de telecomunicações
Ericsson, Carl-Henric Svanberg, acredita que investimentos em infraestrutura de telecomunicações podem direcionar o crescimento da economia global. O executivo declarou, durante o Mobile World Congress, que "investir em infraestrutura de banda larga móvel pode contribuir para acelerar a recuperação na recessão global". Svanberg informou que tais investimentos podem ter um impacto direto no PIB - Produto Interno Bruto -, já que cada dólar investido em banda larga, oferece um retorno 10 vezes maior para a economia, segundo a Câmara dos Deputados dos EUA. Para Svanberg, a migração para uma rede totalmente IP cria novas oportunidades e desafios para o setor de telecomunicações, já que, cada vez mais, os usuários exigem acesso a qualquer serviço, por meio de qualquer tela, de qualquer lugar e a qualquer momento, o que aumenta a demanda nas redes das operadoras. Segundo comunicado da GSMA, entidade que reúne fabricantes e operadoras de telefonia celular, na China, o lançamento do novo espectro para serviços de banda larga móvel este ano, deverá somar 211 bilhões de dólares ao PIB daquele país e pode adicionar outros 95 bilhões de dólares ao PIB da Índia. Os dados são parte de um relatório da consultoria LECG, realizado para a GSMA. (Agência France Presse/AFP)


São Paulo/SP - Da Redação
Telefônica registra alta no lucro, mas queda no número de linhas
A Telefônica informou na noite de ontem, dia 17/2, que registrou aumento no lucro líquido de 2008 e aumentou o número de clientes de seus serviços de banda larga e TV por assinatura. O número de linhas em serviço, no entanto, apresentou redução. A empresa informou que registrou lucro líquido de R$ 2,42 bilhões em 2008 representa um crescimento de 2,4% em relação ao valor alcançado no ano anterior, que foi de R$ 2,36 bilhões. A receita operacional líquida obtida pela empresa ao final de 2008 foi de R$ 15,98 bilhões, valor 8,5% superior ao obtido no ano anterior. "Os números mostram a eficiência da Telefônica na busca por fontes alternativas de receita e ampliação do portfólio além do serviço de voz. Os bons resultados que colhemos em 2008, somados à nossa solidez econômica e ao nosso compromisso com a inovação, nos mantêm na direção correta e nos deixam ainda mais otimistas para enfrentar os desafios que estão surgindo em 2009", afirmou Antonio Carlos Valente, presidente do grupo. O serviço de banda larga, com as marcas Speedy e Ajato, registrou um crescimento de 23,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, encerrando dezembro de 2008 com 2,555 milhões de assinantes, contra 2,068 milhões em dezembro de 2007. O serviço de TV por assinatura registrou aumento de 104,5% na base de clientes, de 230,9 mil, em dezembro de 2007, para 472,2 mil, em dezembro de 2008. O número de linhas fixas em serviço, no entanto, apresentou queda de 2,5% em 2008, de 11,96 milhões em 2007 para 11,66 milhões ao final de 2008. (Agência Estado)

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MERCADO DE LUXO



São Paulo/SP
O luxo entra na era da liquidação
Quem passa pela Oscar Freire sabe - porque vê - que os tempos são outros. Liquidações temporãs, com descontos que chegam a 80% em quase todas as lojas e vão até depois do Carnaval, quando em anos anteriores não passavam das primeiras semanas de janeiro, tentam desovar o estoque encalhado. A própria rua, que no ano passado foi eleita, pela segunda vez, a oitava região mais luxuosa do mundo, à frente da Avenida Champs-Élysées, em Paris, e da praça do Cassino, em Mônaco, sente nas calçadas os tempos de escassez da crise.
Com projeto de aterramento dos fios das ruas Haddock Lobo e Bela Cintra entre a Alameda Lorena e rua Estados Unidos, aprovado na prefeitura há um ano, os lojistas esperam patrocínio de bancos e de bandeiras de cartão de crédito - que não vêm - para tocar as obras. As cinco quadras em cada uma das ruas custariam R$ 8 milhões - R$ 1,6 milhão por quarteirão. "Tivemos a aprovação, mas não quer dizer que vamos até lá. Óbvio que minha vontade seria que toda aquela região tivesse o projeto reurbanizado, mas infelizmente não é questão de opção. O caro não é calçada, não é mobiliário. O caro é o aterramento dos fios e sumir com os postes", diz Rosângela Lyra, presidente da Associação de Lojistas da Oscar Freire.
Otimista até o último fio de seda do vestido Dior - ela é diretora da marca no Brasil -, Rosângela não gosta de falar em crise, prefere ver o mundo num período de "adversidade". "É um momento de incerteza." "Passo por aqui quase todo dia e a sensação é que a rua virou um show-room. Não vejo ninguém sair das lojas com sacolas", diz a advogada Priscila Farias, sem nada nas mãos. O Shopping Iguatemi, que tem projeto de reurbanização das calçadas parecido para a Avenida Faria Lima, está na mesma. "Não diria que está parado, está no gerúndio, estamos avaliando", diz Charles Krell, vice-presidente de operações.
Empresas fazem mimos aos clientes
Para segurar a clientela, o Iguatemi investiu R$ 1,5 milhão numa série de mimos. Entre eles, carregadores de sacolas, um guarda-volumes, um balcão de informações sobre a programação da cidade, um fraldário decorado para bebês nascidos em berço de ouro (em vez das bancadinhas para trocar fraldas, há cabines individuais), trocou as escadas rolantes, abriu um serviço de embrulho de presentes e contratou até uma "personal shopper" e consultoras de imagem. "É para ajudar a personalizar a escolha de produtos à venda no shopping. São mimos e atenção especiais. Muitas pessoas ficam em apuros", diz Krell. Por lá, as liquidações de fim de ano continuam - como na Dolce & Gabbana, com 60%.
Na Daslu os descontos fora de época - no nacional e importado - estão na moda e andam na casa dos 70%. Eliana Tranchesi conta que diminuiu as peças importadas ("porque estão muito caras") e está investindo mais em marcas nacionais e fazendo "compras mais seletivas". "Estou há 30 anos no mercado e já escutei milhões de vezes que este ano é de crise, mas agora realmente acredito que essa crise vai mudar o comportamento das pessoas. Reestruturei toda a criação da loja", diz.
O comedimento no mercado do luxo se vê também fora da Daslu. Na Expand, rede importadora de vinhos, uma promoção de 70% (iniciada em novembro e que vai até março, quando o normal é em alguns dias depois do Natal) e o dólar com a cotação congelada de R$ 1,60 (contra R$ 2,27 hoje no mercado) são a estratégia para manter as vendas.
Petrus
Lá, os rótulos que custam mais de R$ 100 deixaram de ser o foco, e as garrafas entre R$ 30 e R$ 100 passaram a vender mais. "O consumidor hoje é mais consciente em relação a preço", diz o gerente Rodrigo Lanari. Os Romanée-Conti, agora, só por encomenda. É que 18 garrafas do Petrus, que chegavam a R$ 25 mil, estão encalhadas, embora estejam com desconto por R$ 9,8 mil.
Em restaurantes de alta gastronomia como o D.O.M. e o Fasano, em que era preciso fazer reserva com ao menos duas ou três semanas de antecedência, hoje é possível conseguir mesa para o mesmo dia. "Está todo mundo pobre, não tem mais luxo", exagera o florista Vic Meirelles, famoso entre o círculo das milionárias paulistanas. "As mulheres ricas estão mandando a empregada comprar flores na feira e no Ceagesp. Só me chamam agora quando não conseguem fazer arranjos complicados para eventos importantes", diz. "Também estão colocando folhagem e flores que duram mais, como orquídeas, que seguram um mês. Sinto todo mundo bem cauteloso na hora de fazer casamento e festa. Elas dizem: "Tenho tanto para gastar e não extrapole'", completa.
A empresária Mirian Ofenhejm Gotfryd diz que o momento "é de reavaliar os conceitos de consumismo" e "usar o dinheiro de forma mais inteligente, sem perder o prazer". "Estou cultivando hábitos prazerosos para substituir o supérfluo e o consumismo desenfreado, como sair para comprar flores e passar por galerias de arte. Agora, levo o presente só na cabeça. O mesmo dinheiro compra o feio e o bonito, vai da educação de cada um", afirma.

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