I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 155 | Ano I

Escada/Pernambuco
Crise é oportunidade para Brasil ganhar espaço na economia internacional
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que vê a crise financeira mundial como uma oportunidade para o Brasil ganhar espaço na economia internacional. Apesar de reconhecer o desafio de facilitar o crédito nesse momento, o presidente assegurou que o país está mais preparado para enfrentar a crise do que qualquer outra nação. “A crise, eu penso como oportunidade. Eu vejo como uma chance de a gente sair mais fortalecido”, disse Lula. “O Brasil está mais preparado para enfrentar essa crise do que todos os países ricos do mundo”, completou, ao visitar trechos da rodovia BR-101, em Escada, em Pernambuco – que integram o PAC - Programa de Aceleração do Crescimento. Os trechos, com mais de 80 quilômetros, devem ser concluídos em dezembro deste ano, com investimentos de R$ 530 milhões. Lula reforçou que o governo lançará as medidas de estímulo à construção civil nos próximos dias. Uma das metas do pacote é construir 1 milhão de casas até 2010. “Os empresários que estavam habituados a construir 100 mil, 200 mil casas, se preparem para 1 milhão. Acho que vocês não estão preparados, como o governo não está preparado, porque ninguém nunca construiu 1 milhão de casas”, afirmou o presidente, convocando o empresariado. A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, antecipou na quarta-feira, 11/02, que o foco do programa é atender famílias com renda de dois a dez salários mínimos. O governo quer ainda, reduzir o tempo de construção das moradias de 33 para 11 meses. (Agência Brasil)

São Paulo/SP
Investimento em obras de infraestrutura criam empregos e fazem regiões sem crise
A expansão dos portos de Santos e São Sebastião e a montagem de um novo complexo de produção de petróleo e gás natural no litoral paulista, conseguiram afastar, pelo menos por enquanto, a crise econômica da região. A partir das estatísticas do governo de São Paulo, apenas a Baixada Santista registrou crescimento no emprego em dezembro, auge crise financeira. As razões que sustentam o emprego na região de Santos alcançam também, cidades do litoral norte, como Caraguatatuba, onde foram gerados mais de 1.200 empregos entre setembro e dezembro de 2008 (alta de 8,21%), e São Sebastião, zona portuária, que registrou acréscimo de 3,24% na oferta de vagas no período.
Os dados são da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo. Os números mostram que foram gerados na Baixada Santista, entre setembro e dezembro de 2008, 2.400 vagas, expansão de 0,75%. Foi a única região, entre as 15 que compõem o Estado de São Paulo, a registrar aumento da contratação. A região de Ribeirão Preto, com forte influência do setor sucroalcooleiro, registrou queda de 8,38%, segundo dados do governo. Araçatuba, região predominantemente agrícola, teve baixa de 13,25% no período. "O turismo na Baixada foi beneficiado pela crise, mas isso sozinho não explica a situação relativamente tranquila da região. Outros dois vetores contribuem para minimizar aqui os impactos dessa crise: os grandes investimentos da Petrobras na montagem da bacia de Santos e os novos projetos no porto de Santos", afirma João Paulo Tavares Papa (PMDB), prefeito de Santos.
Os investimentos já iniciados da Petrobras na região têm surtido efeito. A estatal promete aporte de US$ 25 bilhões até 2013 na nova bacia de Santos, onde deve brotar o petróleo do pré-sal a partir de março. A Petrobras já tem na região 800 funcionários contratados e deve paulatinamente, recrutar mais 1.200 nos próximos meses. Isso sem contar a geração de vagas para a construção de uma sede própria no bairro portuário do Valongo, em Santos.
Na próxima sexta-feira, dia 20/02, um importante evento marca o início da operação do primeiro projeto da nova fase da bacia de Santos. O campo de Lagosta, a seis quilômetros do campo de Merluza, entra em operação. Produzirá 1,5 milhão de metros cúbicos de gás natural e mais 3.000 barris de petróleo. O campo de Mexilhão é o grande projeto do complexo e será o centro de escoamento de gás dos campos de Uruguá, Tambau e Tupi. Em terra, estão em andamento a construção do gasoduto que levará a produção de gás da bacia de Santos para o duto que liga São Paulo ao Rio e a estação de tratamento do gás em Caraguatatuba, onde 900 trabalhadores já montam a estrutura. Até o fim do ano, serão 2.300 funcionários. Cidade de vocação turística, Caraguá tem agora a primeira unidade industrial. Isso mudou até a demanda de mão-de-obra. No dia 11 passado, o Posto de Atendimento ao Trabalhador do município ofertava 510 vagas, a maior parte para construção civil e indústria.
No porto de Santos, a soma de investimentos do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento - e de empresas privadas chega a R$ 3,6 bilhões. Muitas obras já começaram como a via perimetral direita, um projeto de R$ 100 milhões com a contratação de 300 trabalhadores. Além da infraestrutura portuária, sob a responsabilidade do governo federal, há grandes projetos de terminais privados, entre os quais o da Embraport (empreendimento de R$ 1,2 bilhão e previsão de mil empregos) e o terminal da BTP - Brasil Terminais Portuários -, avaliado em R$ 1,8 bilhão. "A crise pode reduzir a movimentação de carga, mas ao mesmo tempo, há investimento na infraestrutura portuária e em novos terminais, o que pode garantir uma situação confortável para a região neste momento de crise", diz José Roberto Serra, presidente da Codesp - Companhia Docas do Estado de São Paulo. A mesma situação ocorre em São Sebastião, porto menor - pelo qual a Petrobras escoa para o continente metade do petróleo consumido pelo país. Segundo Frederico Bussinger, diretor-presidente da Companhia Docas de São Sebastião, o porto deve atingir neste ano a movimentação de 1 milhão de toneladas, 200 mil a mais do que em 2008, o que deve gerar novos empregos.

Londres/Inglaterra
PIB da zona do euro tem retração recorde no 4º trimestre
O PIB - Produto Interno Bruto - da zona do euro teve contração de 1,5% no quarto trimestre do ano passado, ante o terceiro trimestre de 2008 e declinou 1,2%, em relação a igual período de 2007, segundo dados da agência de estatísticas Eurostat, divulgados hoje. As quedas nas duas comparações são as maiores desde o início dos registros. Entre os 15 países europeus que faziam parte da zona do euro até dezembro do ano passado, o declínio foi liderado pela maior queda no PIB da Alemanha em mais de duas décadas. França e Itália também registraram contração severa no período. A partir de janeiro deste ano, a zona do euro passou a contar com 16 países europeus, com a entrada da Eslováquia. No terceiro trimestre de 2008, o PIB da zona do euro encolheu 0,2%, ante o segundo trimestre, mas cresceu 0,6%, ante igual período do ano anterior. A zona do euro entrou em recessão no terceiro trimestre do ano passado pela primeira vez, desde a formação em 1999. A economia da EU - União Europeia -, bloco formado por 27 países europeus, entrou em recessão no último trimestre do ano passado, informou a Eurostat. O PIB da região encolheu 1,5% no quarto trimestre de 2008, após declínio de 0,2% no trimestre anterior. Dois trimestres consecutivos de contração do PIB indicam recessão técnica. (Agência Dow Jones)

São Paulo/SP
Indústria de SP cortou até 40 mil vagas em janeiro
Depois de um dezembro sombrio, os números do nível de emprego da indústria paulista em janeiro não são nada animadores. No mês passado, as empresas do setor fecharam entre 30 mil e 40 mil postos de trabalho, que se somaram as 130 mil vagas eliminadas em dezembro. Desde 1994, foi a primeira vez em que as indústrias paulistas demitiram mais do que contrataram em um mês de janeiro. No ano passado, por exemplo, o nível de emprego teve crescimento de 0,6% em relação a dezembro, o equivalente à abertura de 13 mil postos de trabalho em janeiro. Os números de demissões no mês passado são estimativas da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Os dados oficiais serão divulgados hoje pela entidade. "Tradicionalmente, janeiro é um mês de aumento no nível de emprego industrial, mas este ano os indícios são de que houve demissões”, disse Paulo Skaf, presidente da Fiesp, após a solenidade em que o governador José Serra anunciou um pacote de medidas para conter o desemprego no Estado de São Paulo. "É um efeito forte da crise", emendou o presidente da Fiesp. (Agência Estado)

São Paulo/SP
Vendas de aviões agrícolas movidos a álcool sobem em 2008
A Indústria Aeronáutica Neiva, de Botucatu/SP, subsidiária da Embraer, negociou 32 unidades de aviões agrícolas em 2008, oito unidades a mais que no ano anterior. Do total, 95% são de aeronaves movidas a álcool. Somente no mês de janeiro, sete unidades foram encomendadas à companhia, informou a Neiva. A perspectiva é de que as vendas de 2009 repitam o mesmo desempenho de 2008, segundo o diretor da companhia, Almir Borges. Desenvolvido pela Neiva nos anos 70, a demanda pelo modelo Ipanema tornou-se crescente nos últimos anos, por conta das vantagens que possui sobre as tradicionais máquinas agrícolas terrestres. As aeronaves agrícolas são utilizadas na pulverização das lavouras. A velocidade da aplicação aérea é cinco vezes maior que a da terrestre. Outra vantagem é que a aplicação aérea pode ser feita em qualquer tipo de solo, inclusive nas regiões acidentadas, onde os tratores não alcançam, e também, em períodos de chuva.

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INDICADORES ECONÔMICOS

São Paulo/SP – Da FGV
RESUMO DA SEMANA – 9 a 13 de fevereiro de 2009

IGP-10 registra variação de 0,54% em fevereiro
O IGP-10 registrou em fevereiro variação de 0,54%. Em janeiro, a taxa foi de -0,85%. Os três componentes do IGP-10 apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de janeiro para fevereiro: IPA, de -1,50% para 0,52%, IPC, de 0,62% para 0,64% e INCC, de 0,17% para 0,43%.

SPI sobe em janeiro, após 3 meses de queda
O SPI - Sinalizador da Produção Industrial - indica que, após três recuos mensais consecutivos, a produção física da indústria de São Paulo cresceu 5,7% em janeiro de 2009, com ajuste sazonal, na comparação com dezembro de 2008.

IGP-M registra taxa de variação de 0,42% no primeiro decêndio de fevereiro
O IGP-M registrou, no primeiro decêndio de fevereiro, taxa de variação de 0,42%. Em janeiro, no mesmo período de apuração, a taxa foi de -0,31%. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem do primeiro decêndio de janeiro para o primeiro decêndio de fevereiro: IPA, de -0,56% para 0,49%, IPC, de 0,24% para 0,21%, e INCC, de 0,13% para 0,43%.

IPC-S fica em 0,81% na primeira prévia do mês
O IPC-S de 07 de fevereiro de 2009 apresentou variação de 0,81%, taxa 0,02 ponto percentual (p.p.) abaixo da apurada com base na coleta encerrada em 31/01. A maior contribuição para o decréscimo da taxa do índice partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação.

ECONOMIA NACIONAL
Dólar Comercial

Cotações de fechamento da PTAX
Data R$/US$
09/02 2,2446
10/02 2,2446
11/02 2,2870
12/02 2,2909
13/02 2,2670 (Cotação de 16h)
Fonte: BACEN

Índices de Preço ao Consumidor
Educação é a principal responsável pela inflação de janeiro
Em janeiro de 2009, o custo de vida no município de São Paulo apresentou alta de 0,69%, com 0,59 ponto percentual (pp.) acima da taxa de dezembro (0,10%), segundo cálculo do DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Os números foram divulgados na última segunda-feira. O aumento nas despesas com Educação e Leitura (5,76%) resultou em maior impacto na inflação do mês, respondendo por 0,44 pp. A Alimentação, que em dezembro havia recuado 0,20%, voltou a subir (0,51%) e contribuiu com 0,14 pp para a taxa de janeiro. O grupo Educação e Leitura (5,76%) foi o que mais contribuiu para a inflação de janeiro devido à alta ocorrida no subgrupo educação (6,13%). Os maiores aumentos foram apurados para as mensalidades dos cursos fundamental (8,3%) e médio (8,2%). Para os cursos universitários (6,3%) a elevação foi um pouco menor. Também houve alta expressiva nos livros didáticos (7,1%).

IPC da FIPE registra elevação de 0,49% na primeira quadrissemana de fevereiro
O IPC - Índice de Preços ao Consumidor -, referente à cidade de São Paulo, apresentou elevação de 0,49% durante a primeira quadrissemana de fevereiro de 2009. O número divulgado na última terça-feira, 10/02, pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas -, é 0,03 ponto percentual maior do que o registrado na quarta quadrissemana do mês de janeiro deste ano (0,36%).
Nos sete grupos que compõem o IPC, as variações registradas da quarta quadrissemana de janeiro para a primeira quadrissemana de fevereiro, foram: Alimentação (de 0,68% para 0,83%), Transportes (-0,30% para -0,23%), Despesas Pessoais (de 0,59% para 0,56%), Vestuário (de -0,56% passou para -0,81%), Educação (de 5,95% para 4,77%), Habitação (0,21% para 0,30%) e Saúde (de 0,42% para 0,49%).

Custo da cesta básica tem queda em 10 capitais, em janeiro
Segundo o DIEESE o custo da cesta básica recuou em 10 das 17 capitais pesquisadas durante o mês de janeiro. Com o predomínio de queda no valor dos gêneros essenciais, o salário mínimo necessário, também teve pequena redução, ficando em R$ 2.077,15. De acordo com nota divulgada no dia 11/02, os destaques foram as reduções nas cidades de João Pessoa/PB, de 11,30%; Rio de Janeiro/RJ, de 6,27%; e Fortaleza/CE, de 5,12%. Em outras sete capitais o preço da cesta básica subiu, entre elas Belém/PA, com crescimento de 5,85%; Goiânia/GO, com 5,22%; Vitória/ES, com 4,79%;e Salvador/BA, com 4,48%. Em São Paulo, houve alta de 0,85%.

Indústria
Indústria automobilística recupera o fôlego em janeiro
O primeiro mês do ano de 2009 foi considerado positivo para a indústria automobilística. De acordo com a Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores –, o setor conseguiu retomar a produção e as vendas em janeiro, depois de uma quase paralisação em dezembro.
Depois de períodos turbulentos, com redução na produção e corte de pessoal, o setor voltou a respirar no mês passado, quando foram vendidos 197,4 mil veículos, número 1,5% maior que o de dezembro, mas 8,1% inferior ao de janeiro de 2008. Apesar da pequena melhora, o setor continua atento a possíveis alterações, já que o aumento é considerado pelos especialistas como um ajuste natural, depois de dois meses de vendas muito menores que a média do período janeiro-outubro.

Economia Internacional
Déficit comercial dos EUA é o menor em 6 anos
O Departamento de Trabalho dos EUA divulgou na última quarta-feira, dia 11, que o déficit comercial norte americano caiu, em dezembro, para o menor nível em quase seis anos, em meio ao declínio dos preços do petróleo e redução das compras internacionais de artigos como alimentos, carros e calçados. De acordo com a nota do Bureau of Labor Statistics, o déficit comercial recuou 4,0%, US$ 39,93 bilhões em dezembro, ante saldo negativo revisado de US$ 41,58 bilhões em novembro. Originalmente, o déficit de novembro era estimado em US$ 40,44 bilhões.


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)


Tóquio/Japão
Bolsas da Ásia caem e o PIB do Japão tem maior queda em 35 anos
A maior parte das Bolsas da Ásia e região iniciaram a semana em queda influenciadas pela divulgação do resultado da economia japonesa no último trimestre de 2008. O governo japonês nesta segunda-feira que o PIB (Produto Interno Bruto) do país recuou 12,7% entre outubro e dezembro de 2008 frente ao mesmo período do ano anterior, a maior queda em 35 anos.
- A Bolsa de Tóquio (Japão) fechou em queda de 0,38%, aos 7.750,17 pontos.
- A Bolsa de Hong Kong recuou 0,73%.
- O ASX, da Bolsa de Sydney (Austrália), perdeu 0,89%.
- O Kospi, da Bolsa de Seul (Coreia do Sul), também teve perdas, de 1,42%.
- Somente a Bolsa de Xangai teve alta, de 2,96%, com a declaração do vice-diretor do banco central chinês, Yi Gang, de que o Banco Popular da China (BC do país) não deve cortar as taxas de juros para zero. 'Não é uma boa escolha para a China', disse Yi, ressaltando que as taxas no país estão atualmente em 5,31%.
A queda, de 3,3% contra o trimestre anterior, é a
terceira redução consecutiva e supera a previsão de diversos analistas. Economistas consultados pela agências de notícias Kyodo acreditavam que o recuo do PIB japonês cairia até 11,6% no período.
Entre abril e junho, o país havia registrado contração de 3% em seu PIB, enquanto de julho a setembro a economia recuara 0,4%. A causa direta do recuo é a queda nas exportações, causada pela diminuição da demanda global em decorrência da crise financeira.
Resgate japonês
"A recessão global é mais profunda do que o previsto. Ao mesmo tempo, os governos estão falhando na criação de medidas para minimizar os problemas", afirmou Dariusz Kowalczyk, chefe de investimentos do SJS Markets em Hong Kong. "Parece que estamos fazendo tudo tarde demais."
O Japão prepara um
novo pacote de estímulo econômico para combater a recessão que deve ser divulgado nesta semana. Alguns integrantes do governo defendem uma ajuda que poderia chegar a US$ 109 bilhões em incentivos à infraestrutura e ao desenvolvimento de empresas.
A pior recessão no Japão durou 36 meses, no início dos anos 80, quando a economia do país foi atingida pelas consequências dos choques do petróleo.


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MERCADO FINANCEIRO


Brasília/DF
Bancos públicos reservam mais R$ 2,3 bilhões contra calote

O medo do crescimento do calote em 2009 com a retração econômica, fez os dois principais bancos públicos comerciais, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, elevarem em R$ 2,335 bilhões a reserva adicional para cobrir calotes no final do ano passado. A decisão de separar uma quantia de recursos além do normal - o equivalente a todo o gasto do governo com compra de merenda escolar e livros didáticos em 2008 - para proteger as instituições de calotes reduz o lucro dos bancos e tem se mostrado uma tendência no sistema financeiro. No caso específico dos bancos públicos, essa reserva extra é feita num momento em que as instituições são usadas pelo governo como instrumento para tentar minimizar a crise de crédito no Brasil e evitar uma desaceleração mais forte. Desde o final de setembro, Caixa Econômica e BB têm comprado carteiras de bancos em dificuldade de caixa e elevado a concessão de crédito. A ideia do governo era suprir a restrição imposta pelos bancos privados, que colocaram o pé no freio nos financiamentos e se mostraram mais conservadores diante da turbulência.

Bancos já assumem perda de US$ 1 trilhão
Os bancos nos países ricos já sofreram prejuízos que superam US$ 1 trilhão desde a eclosão da pior crise financeira dos últimos 60 anos. Desde a quebra do Lehman Brothers em setembro, bancos como UBS, Credit Suisse, Dexia e Deutsche Bank, foram obrigados a reconhecer suas perdas bilionárias e demitir milhares de pessoas. Os dados fazem parte de relatório confidencial preparado pela Comissão Europeia para orientar os 27 países membros, sobre a crise. De acordo com o levantamento obtido pelo Estado, as perdas para os bancos americanos já somam US$ 738 bilhões, ante outros US$ 294 bilhões na Europa.
Reestruturações ainda obrigaram os bancos a demitir 280 mil funcionários desde a eclosão da crise. Para a Associação de Funcionários dos Bancos Suíços, o número de demissões pode ultrapassar 300 mil ainda neste semestre. No bairro dos bancos de Genebra, uma das principais praças financeiras do mundo, funcionários de instituições admitem que o clima é de depressão. "Ninguém sabe quem será o próximo a ser demitido ou se voltará do fim de semana e será informado de que não tem mais trabalho", diz Jean-Claude Blaise, bancário que há 20 anos trabalha no mercado financeiro suíço.
A UE admite em seu relatório que o FMI - Fundo Monetário Internacional - chegou a indicar que a perda potencial seria ainda, o dobro do que já ocorreu. Os bancos europeus têm uma exposição de cerca de US$ 1,6 trilhão no mercado do Leste Europeu. Uma eventual quebra de economias, como Hungria e Ucrânia pode fazer desmoronar parte do sistema financeiro europeu. Nos balanços de recursos dos bancos europeus, a Comissão indica que há cerca de 41 trilhões depositados. Mas as dívidas corporativas da Europa representam 95% do PIB da região. Nos EUA, a taxa é de 50%. Não por acaso, a Comissão Europeia teme que uma eventual nova onda de pacotes para salvar os bancos da região, leve a um default (calote) nos governos nos próximos anos, realidade que era conhecida apenas nos países emergentes.
Na Europa, o déficit público da Irlanda já chega a 12% do PIB, ante 10% no Reino Unido e Espanha. Enquanto isso, os prejuízos dos bancos estão se transformando em verdadeiras tragédias nacionais. Na Suíça, o volume de dinheiro retirado dos bancos por clientes já é equivalente a 50% do PIB do país. O UBS registrou perdas de US$ 17 bilhões em 2008, o maior tombo de uma empresa na história da Suíça. Na Alemanha, o CEO do Commerzbank, Martin Blessing, saiu em defesa da tese de que bancos não devem pagar bônus a seus executivos caso estejam dando prejuízos. "Uma empresa com prejuízos não pode ter espaço para distribuir bônus", diz. O Commerzbank recebeu 18,2 bilhões de euros do governo para se manter. Em um ano, as ações dos maiores bancos do mundo já perderam em média 40% de seus valores, segundo o índice BKX Bank Index. Alguns, como o UBS, tiveram 70% de queda em suas ações. (Agências Efe e Reuters)

São Paulo/SP
Banco PINE divulga resultado
O Banco PINE é focado e especializado, principalmente, no crédito a empresas. Oferece aos clientes uma completa gama de produtos de crédito, tanto em moeda local como em moeda estrangeira. Adicionalmente, o Banco PINE oferece serviços de assessoria financeira e estratégica, produtos de tesouraria, investimentos, linhas de crédito especializado e repasses. A estratégia consiste em conhecer profundamente as necessidades das empresas, bem como sua estratégia, de modo a atendê-las de forma personalizada, eficaz e ágil.
O lucro líquido alcançou R$ 157.487 mil em 2008, excluindo os efeitos extraordinários. O ROAE - Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio -, por sua vez, encerrou o ano em 19,4%. No trimestre, o resultado operacional atingiu R$ 61.356 mil, um crescimento de 20,5% em relação ao 3T08. Com isso, o lucro líquido sem efeitos extraordinários alcançou R$ 38.798 mil e o ROAE anualizado, 20,1%.
As despesas administrativas recorrentes apresentaram queda de 4,0%, ante o 3T08 e de 7,8% ante o 4T07, atingindo R$ 30.629 mil, no 4T08, em função do rígido controle de custos e disciplina orçamentária. A carteira de crédito total, incluindo os créditos cedidos e fianças, atingiu R$ 4,3 bilhões, em 31 de dezembro de 2008. A carteira de crédito de empresas, principal negócio do Banco PINE, encerrou dezembro em R$ 3,1 bilhões.
A qualidade da carteira de credito é atestada pelo fato de que 98,0% de sua composição estava classificada entre AA e C, ao final de dezembro de 2008. Na mesma data, a cobertura da carteira D-H de Empresas era de 151,4%. O Banco PINE permaneceu com patamares confortáveis de caixa, equivalentes a 40% dos depósitos a prazo em 31 de dezembro de 2008. Este montante é superior ao valor de mercado do banco na Bovespa. na mesma data. O Índice da Basileia atingiu 19,3% ante 15,6% do 3T08, o que demonstra uma base confortável de capital. A partir de 2008, o Banco PINE passou a pagar juros sobre capital próprio/dividendos trimestralmente. No ano, o total bruto distribuído soma R$ 57,2 milhões. (Agência PR Newswire)


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AGRONEGÓCIOS


Brasília/DF – Da redação
Há novas esperanças para o agronegócio

Diante de tantas notícias ruins para a economia mundial, e consequentemente para o agronegócio brasileiro e catarinense, onde ultimamente só se fala em prejuízos, crise, negativismo, incertezas e assim por diante, surge uma pequena luz no fim do túnel. Parece que o mercado está se acomodando, os preços dos insumos se estabilizando e a possibilidade de novas formas de comercialização das carnes, assim como reações positivas nos preços dos grãos.
Na área de fertilizantes depois de uma queda acentuada nos preços das matérias primas no exterior, e uma desvalorização cambial estrondosa que provocou prejuízos para quem importou e não pagou os produtos, nesta semana que passou, parece que o mercado começou a se mover e tentar se ajustar a nova realidade dos preços. No caso das carnes, que inquestionavelmente é o problema mais sério do momento, não apenas para as agroindústrias, mas principalmente, para os suinocultores que estão produzindo com prejuízos, vislumbra-se uma nova perspectiva de negócio através do escambo, ou para ser mais claro, o troca-troca de produtos. A Coopercentral Aurora foi a primeira a se manifestar oficialmente, propondo trocar carnes por trigo da Rússia. A Fecoagro também já manifestou essa intenção de troca de carnes por fertilizantes. O governo Federal, através do Ministerio da Agricultura, está enviando uma delegação de negociadores à Rússia para propor essa troca e pedir o aumento das quotas de exportações para aquele que é o país que mais consume carne brasileira. A torcida é que mais essa delegação consiga sensibilizar os russos para que ampliem os volumes de importação de carne brasileira e assim, passem a movimentar o mercado para desovar os vultosos estoques que estão paralisados no Brasil. Ainda como notícia positiva, anunciada pelo Ministério da Agricultura, foi à possibilidade de exportação para a Europa e outros países do oriente, pois a pequena quantidade exportada para o Chile e o anúncio dos americanos de liberar importações brasileiras, parece que sinalizou positivamente no mercado internacional. Ainda está nas possibilidades e anúncios, e nada de negócios concretos, porém, precisa ser reconhecido que para viabilizar negócios precisamos antes passar por essa etapa que está sendo vencida. Agora é só torcer que as coisas avancem e o mercado flua para evitar que o complexo das carnes não acabe ruindo e com isso levando muitos agricultores do nosso estado. Temos que ter o pensamento positivo. Pense nisso. Com informações Fecoagro SC.

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SETOR AUTOMOTIVO


Tóquio/Japão
Toshiba e Volkswagen fecham parceria para desenvolver carros elétricos
A Toshiba e a Volkswagen assinaram uma parceria para desenvolver sistemas eletrônicos de energia para os futuros veículos elétricos. As companhias planejam trabalhar juntas no projeto da montadora de construir um veículo elétrico confortável, com zero emissão de poluentes e produzidos em massa. A Volks trabalha com diversas empresas em diferentes elementos do projeto. A parceria com a Toshiba visa a produção de sistemas com bateria de íons de lítio para os carros. "Uma quantidade considerável de pesquisa e desenvolvimento continua sendo desenvolvida até que possamos produzir um veículo elétrico, em particular no campo da tecnologia das baterias de íons de lítio", disse o presidente da Volkswagen, Martin Winterkorn, em um comunicado. Recentemente a Toshiba começou sua produção em massa de um novo tipo de bateria de íons de lítio desenvolvida para diversos usos, incluindo carros. A SCIB - Super Charge Ion Battery -, desenvolvida pela Toshiba, pode carregar até 90% de sua capacidade em poucos minutos e tem alta resistência, até mesmo em caso de batidas. A Toshiba já demonstrou a SCIB em bicicletas elétricas e também está mirando o setor da indústria de veículos. Atualmente, a produção é relativamente pequena, com volume de 150 mil células por mês. Mas a Toshiba já anunciou que vai construir uma nova fábrica este ano - o que aumentará a produção para algumas dezenas de milhões de células por mês. (IDG News Service)

Washington/EUA
Crise leva Toyota a anunciar novos cortes de produção
A Toyota informou no dia 12/02, que a queda nas vendas e as crescentes perdas econômicas levarão a cortar ainda mais, sua produção na América do Norte. "Estamos agindo de forma responsável e passo a passo para responder a esta situação nos últimos meses e esperamos que as novas medidas, ajudem a ajustar a produção protegendo empregos", disse o vice-presidente para assuntos exteriores da Toyota, Jim Wiseman, em um comunicado. A empresa disse que aumentará os dias sem produção em abril, uma medida que variará em cada unidade que tem na América do Norte. Outras medidas serão a redução da jornada de trabalho e a eliminação dos bônus a executivos, que terão também, seus salários reduzidos. A Toyota também oferecerá a seus empregados programas para que abandonem de forma voluntária a empresa. (Agência Efe)

Washington/EUA
GM pode pedir mais dinheiro ao governo dos EUA para evitar declarar falência
A General Motors, ao se aproximar o prazo fixado pelo governo dos EUA para que apresente um plano de reestruturação, estuda pedir mais dinheiro à Casa Branca ou declarar falência, afirmou hoje o jornal "The Wall Street Journal". A edição digital da publicação citou como fonte "pessoas familiarizadas com os planejamentos da GM". No final de 2008, o governo emprestou à General Motors um total de US$ 13,4 bilhões, e outros US$ 5 bilhões à Chrysler, para impedir que os problemas financeiros das empresas as levassem à falência, e deu prazo até 16/02, para que apresentem ideias sobre sua viabilidade econômica.
Por sua parte, o serviço de informação financeira e econômica pela internet "MarketWatch", afirmou que o UAW - Sindicato de Trabalhadores do Automóvel - retirou as concessões que tinha feito em suas negociações com a GM, e as conversas foram suspensas. "As opções, que realçam a rápida deterioração das operações da GM, apresentam um dilema para o Congresso e para o governo de (o presidente Barack) Obama", indicou o jornal. "Se recusam uma ajuda adicional à GM, correm o risco de que um ícone da indústria americana peça falência", segundo a reportagem.
O "Wall Street Journal" afirmou que a GM pedirá mais fundos em seu plano de reestruturação, "embora não se espere que a companhia inclua um valor em dólares". "No entanto, alguns funcionários do Departamento do Tesouro acham que a GM precisa de pelo menos, outros US$ 5 bilhões em empréstimos para continuar suas operações além do primeiro trimestre" deste ano, acrescentou.
PDV
Nesta semana, a GM ofereceu um plano de demissão voluntária a seus
62 mil funcionários que são filiados ao UAW - United Auto Workers, principal sindicato do setor -, informou o porta-voz da empresa Tom Wilkinson. A proposta "foi oferecida a todos", disse Wilkinson. O objetivo da medida é permitir à empresa contratar novos operários com salários e com custos sociais menos elevados. A direção da GM espera que pelo menos 11 mil, desses funcionários, aceitem o pacote preparado para incentivar a saída da empresa, que consiste em US$ 20 mil de indenização e um bônus de US$ 25 mil para a compra de um novo veículo. A oferta deverá permitir aos funcionários enquadrados nas condições propostas deixar o grupo até 01/4l. (Agência Efe)

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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília/DF – Da redação
Saldo comercial da primeira semana de fevereiro tem superávit de US$ 471 milhões
Na primeira semana de fevereiro de 2009, com cinco dias úteis (entre os dias 1º e 8), o país exportou US$ 2,7 bilhões (média diária de US$ 548 milhões) e importou US$ 2,2 bilhões (média diária de US$ 453,8 milhões), desempenhos que resultaram num saldo comercial (diferença entre o valor exportado e o importado) positivo de US$ 471 milhões. Nesse período, a corrente de comércio (soma das exportações com as importações) foi de US$ 5 bilhões. Pela média diária, o saldo comercial brasileiro registrado na primeira semana de fevereiro (US$ 94,2 milhões) ficou 110,6% maior que o apresentado em fevereiro de 2008 (US$ 44,7 milhões).
Exportações
Pelo critério da média diária, as exportações brasileiras, nesse período, tiveram um decréscimo de 18,7% em relação ao desempenho médio diário apresentado em todo o mês de fevereiro de 2008 (US$ 673,7 milhões). Nessa comparação, verificou-se que o desempenho negativo se deve ao declínio por causa das três categorias de produtos: manufaturados (-26,2%), por conta de gasolina, laminados planos de ferro e aço, automóveis, aviões, autopeças e calçados; semimanufaturados (-12,9%), – com destaque para ferro e aço, óleo de soja em bruto, madeira serrada, ferro-ligas e couros e peles –; e básicos (-4,9%), principalmente carne de frango, bovina e suína, café em grão e soja em grão. Em relação ao valor médio diário exportado em janeiro deste ano (US$ 466,1 milhões), o resultado de fevereiro foi 17,6% superior, devido ao crescimento dos produtos manufaturados (+26,2%), básicos (+11,8%) e semimanufaturados (+11,7%).
Importações
Na primeira semana de fevereiro, as importações registraram desempenho médio diário 27,8% menor que o registrado em todo o mês de fevereiro do ano passado (US$ 628,9 milhões), principalmente em função dos gastos com cobre e suas obras (-79,5%), cereais e produtos de moagem (-71%), combustíveis e lubrificantes (-69,7%), adubos e fertilizantes (-69%), peixes e crustáceos (-47,6%), papel e obras (-43,9%), filamentos e fibras sintéticas (-39,4%), extratos tanantes e corantes (-29,5%), alumínio e obras (-29,5%) e equipamentos eletroeletrônicos (-29,2%). Na comparação com janeiro deste ano (US$ 490,8 milhões), observou-se queda de 7,5% na média diária dos desembarques internacionais, por causa das compras de aeronaves e partes (-64%), cobre e suas obras (-54,8%), combustíveis e lubrificantes (-50,4%), cereais (-26,8%) e siderúrgicos (-11%).
Ano
No acumulado do ano – 26 dias úteis – o saldo comercial foi deficitário em US$ 47 milhões. As exportações, de janeiro até a primeira semana de fevereiro, somaram US$ 12,528 bilhões, com média diária de US$ 481,8 milhões, enquanto as importações totalizaram US$ 12,575 bilhões – média diária de US$ 483,7 milhões.

Brasília/DF
Reclamação formal contra cotas definidas pela Rússia
Uma missão do governo brasileiro terá, nesta segunda-feira, 16/02, reuniões com autoridades da Rússia para reclamar formalmente, contra a decisão de Moscou de retirar fatias de mercado de carnes suínas e de aves do País no processo de distribuição das cotas para este ano. A missão composta pelos secretários de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, e o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, e representantes do Itamaraty, tentará reverter as perdas em conversas com os vice-ministros do Desenvolvimento Econômico e da Agricultura.
Em caso de dificuldades nas conversas, a missão deve acionar o presidente Lula, que enviaria uma carta ao primeiro-ministro Vladimir Putin para reiterar as queixas pelo descumprimento de um recente acordo feito no âmbito da comissão intergovernamental de comércio, por melhores condições de acesso da carne brasileira. O objetivo é voltar às cotas anteriores, recuperando 50 mil toneladas para a carne suína, e reduzir os impostos sobre vendas "extra-cota" nas carnes de aves.
Pelo acordo assinado durante uma visita de Lula a Moscou, o Brasil apoiaria a entrada da Rússia na OMC - Organização Mundial do Comércio - em troca do compromisso dos russos em pelo menos manter a compra de carnes brasileiras.
O Ministério russo de Desenvolvimento Econômico aumentou a cota de importação de carne suína, com tarifa menor, de 493 mil para 531 mil toneladas. Na mudança, os EUA ganham e o Brasil perde. A fatia americana saiu de 40,3 mil toneladas para 100 mil. Já o Brasil vendia e dominava a cota para "outros países". Essa fatia era de 197 mil em 2008 e cai para 177 mil em 2010.
Para os exportadores de frango, o cenário piorou. A cota geral russa foi reduzida de 1,2 milhão de toneladas este ano, para 952 mil toneladas em 2009. Para o Brasil, a cota "outros" desmorona de 71 mil toneladas para apenas 12.400. Ao mesmo tempo, o governo russo aumentou as tarifas de importação fora da cota. Para o frango, a alíquota passa de 60% para 95%, e de não menos de 480 por tonelada para 800 por tonelada. No caso da importação de carne suína, a taxa sobe de 60% para 75%, mas não menos de 1.500 por tonelada, comparado a 1.000 euros, este ano. (Agência Brasil)

Brasília/DF
Agenda de Eventos Internacionais 2009 está disponível no site do MDIC

Com o objetivo de coordenar as ações de promoção comercial do governo brasileiro no exterior, o MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - lançou no último dia 10/02, em Brasília, a Agenda de Eventos Internacionais 2009. O documento, que está disponível somente na versão online no portal do ministério, contém informações sobre mercados de interesse dos exportadores brasileiros, datas previstas para reuniões bilaterais de comércio, feiras internacionais e missões empresariais ao exterior. O documento será atualizado regularmente, a partir de informações enviadas por órgãos diversos do governo e, segundo o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral, permitirá ao próprio governo e aos empresários se prepararem antecipadamente para os eventos previstos ao longo do ano. "Queremos oferecer transparência e unificação nas ações governamentais voltadas à promoção comercial, evitando que diferentes órgãos trabalhem separadamente em ações ou eventos que tenham o mesmo foco", explica.
Outra finalidade da agenda, de acordo com Barral, é divulgar as potencialidades de mercados para os quais o Brasil tem exportado pouco. Ele também destacou que o país precisa neste ano de crise financeira internacional, de uma agenda mais agressiva para o comércio exterior, apesar de continuar valendo as ações de médio prazo previstas na Estratégia Brasileira de Exportação, lançada no ano passado pelo ministério. Para o secretário-executivo do MDIC, Ivan Ramalho, a agenda internacional representa o amadurecimento da política de promoção comercial brasileira no exterior. Ele destacou a importância da participação do empresariado nas ações governamentais de promoção comercial do país no exterior e lembrou a criação da primeira comissão de monitoramento do comércio bilateral, entre Brasil e Argentina. Segundo ele, esse modelo de negociação comercial tem obtido resultados expressivos, motivo pelo qual foi estendido a diversos países.
Agenda 2009
A Agenda de Eventos Internacionais 2009 foi desenvolvida pelo MDIC, com o apoio do MRE - Ministério das Relações Exteriores -, Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -, Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - e CNI - Confederação Nacional da Indústria. No evento de lançamento, na sede da CNI, além de Ivan Ramalho e Welber Barral, participaram: o chefe do Departamento de Promoção Comercial do MRE, Henrique Sardinha; o gerente-executivo de Comércio Exterior da CNI, José Frederico Álvares; o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Célio Porto; e o vice-presidente da Apex-Brasil, Maurício Borges, além de empresários e representantes de diversos órgãos do governo. (Assessoria de comunicação do MDIC)

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MERCADO DE TI

São Paulo/SP
SAS nomeia gerente geral para as operações no Cone Sul
Gustavo Gutmam é o novo gerente geral para o cone sul do SAS. Ele será o responsável pelas operações no Chile e na Argentina e se reportará ao presidente, a Márcio Dobal, presidente da subsidiária brasileira da companhia. O argentino será responsável pelo desenvolvimento de negócios e pela consolidação do SAS nos principais mercados da região do Cone Sul. Com sua nomeação, a companhia pretende fortalecer alianças globais e parcerias locais, garantir crescimento na operação e ampliar o market share da empresa. Antes de ingressar na SAS, Gutman trabalhou como country manager na Microstrategy Argentina, atuou como gerente de vendas para o cone sul da EMC e ocupou vários cargos em posições comerciais na Microsoft, também da Argentina.

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MERCADO ONLINE


Framingham /EUA
Tráfego na web móvel chegará a 2,2 millhões de TB por mês em 2013
Um relatório publicado pela Cisco diz que o volume de tráfego na web móvel vai dobrar todos os anos e, em 2013, chegará a 2,2 milhões de TB - Terabytes - por mês. A Cisco prevê que o principal motivo que estimulará tal crescimento serão os vídeos, que tomarão cerca de 64% do tráfego móvel nos próximos cinco anos. Em 2008, a média de tráfegos de vídeo ficou em cerca de 13 mil TB por mês, ou 39% de todo o tráfego móvel. Até 2013, o tráfego de vídeos crescerá mais de 100 vezes e chegará a cerca de 1,3 milhão de TB por mês.Sobre os dispositivos, a Cisco afirma que celulares e notebooks com velocidade maior que a da atual tecnologia 3G, irão representar 80% de todo o tráfego móvel. O advento dos smartphones e laptops com 3G vão liderar a explosão do tráfego de dados nos próximos cinco anos. A Cisco diz que os aplicativos mais interessantes na atual capacidade da rede móvel 3G, são: TV, uma "versão light" de vídeo conferência, games básicos, e-mails básicos, SMS e navegação na web.
Aplicativos móveis mais complexos, como telemedicina, games interativos e sistemas educacionais móveis, não estarão realmente disponíveis até que as operadoras lancem suas redes 4G na próxima década. Até 2015, para a Cisco, uma variedade de dispositivos serão lançados para as redes de banda larga móvel, incluindo tablets para games, câmeras de vídeo e aparelhos de TV.Um recente estudo da Opera mostrou que o tráfego de dados realizado por meio de celulares cresceu 463% em novembro de 2008, comparado com o mesmo mês em 2007. O número de sites visitados pela navegação móvel na internet cresceu 303% no mesmo período. (Network World)


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TELECOMUNICAÇÕES


São Paulo/SP
Vivo dribla crise e lucro dispara 722,5% no 4º trimestre
No auge da crise financeira internacional, que no Brasil resultou em fortes cortes na produção da indústria e queda no consumo nos últimos meses do ano passado, a Vivo registrou no quarto trimestre de 2008 um desempenho bem acima do obtido no mesmo período de 2007. A receita líquida da operadora de telefonia celular subiu 14% no período entre outubro e dezembro do ano passado, ante igual intervalo de 2007, para R$ 4,268 bilhões, enquanto os custos operacionais avançaram apenas 3,9%, para R$ 2,872 bilhões. A combinação desses dois fatores levou a empresa a anotar um lucro líquido de R$ 215,5 milhões no período, o que representa uma alta de 722,5%.
O presidente da operadora, Roberto Lima, atribui o resultado à "política de seletividade" que vem sendo praticada pela operadora. "Não buscamos novos usuários a qualquer custo: queremos um crescimento saudável da carteira, com clientes que gerem receita", afirmou. A Vivo terminou 2008 com uma base de 44,9 milhões de clientes, 20% maior na comparação anual. A empresa também se diz mais seletiva na concessão de subsídios e nos projetos de investimento. A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da Vivo somou R$ 1,396 bilhão, com 42,6% de acréscimo sobre o quarto trimestre de 2007.
Em todo o ano passado, a Vivo teve lucro líquido de R$ 389,7 milhões. Em 2007, a empresa havia registrado prejuízo líquido de R$ 99,8 milhões. A receita líquida da companhia nos 12 meses do ano passado, totalizou R$ 15,819 bilhões, um aumento de 14,2%. A geração de caixa medida pelo Ebitda em 2008 ficou em R$ 4,867 bilhões, um aumento de 37,3% em relação ao acumulado do ano anterior.
Captação
A Vivo vai manter o investimento em infraestrutura de rede em 2009. Para esta finalidade, serão desembolsados R$ 2,635 bilhões, dos quais R$ 407 milhões serão empregados em Minas Gerais, onde passou a atuar por meio da compra da Telemig celular. Em 2008, o investimento em ativo permanente (Capex) da Vivo superou os R$ 6 bilhões, mas este montante contempla eventos extraordinários, como a compra de licenças de terceira geração (3G) de telefonia móvel e a aquisição da operadora mineira. Estes recursos também financiaram a construção da rede no Nordeste, bem como as despesas pré-operacionais. Segundo o presidente da operadora, os aportes em infraestrutura de rede em 2008 somaram R$ 2,65 bilhões.
Para executar seus planos de investimento e rolar dívidas, a Vivo vai captar recursos, além de se fiar em seu caixa, que reunia R$ 2,271 bilhões ao fim do ano passado. A escolha da praça - no Brasil ou no exterior - vai depender do custo da captação. De acordo com o diretor de Relações com Investidores da Vivo, Carlos Raimar Schoeninger, da dívida líquida de R$ 5,302 bilhões existente em 31 de dezembro de 2008 (acréscimo de 33,6% sobre a posição final de setembro), R$ 3,119 bilhões vencem ao longo de 2009.
Questionado se a Vivo ambiciona fazer aquisições em 2009, o presidente da tele respondeu que o mercado está "estreito" e que o interesse da operadora para completar uma importante lacuna de cobertura, que era a Telemig, já foi realizado. Ele declarou, no entanto, que segue atento à licitação de licenças para expandir a capacidade de transmissão de dados da empresa.

Brasília/DF
Lucro da Embratel cai para R$116,3 milhões por câmbio e diferimentos

O resultado da Embratel Participações no quarto trimestre, e em todo o ano de 2008, foi afetado pelo reconhecimento de créditos fiscais diferidos e pela variação cambial. A companhia, controlada pelo grupo mexicano Telmex, informou na sexta-feira, um lucro líquido de 116,3 milhões de reais no último trimestre do ano passado, uma queda de 6,2% sobre os ganhos de 123,9 milhões de reais do mesmo período do ano anterior. Em todo o exercício, a companhia registrou lucro líquido de 612,7 milhões de reais, cifra 22,4% menor que a de 2007.
De acordo com o balanço, os resultados de 2008 foram afetados por 179 milhões de reais do reconhecimento de créditos fiscais diferidos da incorporação da Vésper, e por 168 milhões de reais de efeito líquido negativo da variação cambial, sobre os contratos de empréstimos e derivativos.
A receita líquida da companhia foi de 2,58 bilhões de reais no último trimestre do ano, com alta de 15,8%, e de 9,78 bilhões de reais em todo o ano, um aumento de 13,4% sobre 2007. A receita dos serviços de telefonia local cresceu 33,2% no ano, enquanto os serviços de transmissão de dados geraram receita 14,7% maior e a longa distância - que ainda responde por 50% da receita total - teve alta de 8,1%. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de 630,8 milhões de reais nos três últimos meses, ante 515,3 milhões de reais no mesmo intervalo de 2007. No ano, o Ebitda subiu 13,6%, para 2,46 bilhões de reais.
A margem Ebitda, que ficou estável no ano e subiu 1,3 ponto percentual no quarto trimestre, sobre o mesmo período do ano anterior. Segundo o balanço, em 31/12 a Embratel tinha 585 milhões de reais em caixa e dívida líquida de 2,5 bilhões de reais. Da dívida em moeda estrangeira de curto prazo, 92,4% estavam protegidos, segundo a companhia. (Agência Reuters)

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MERCADO DE LUXO


São Paulo/SP
Café Orfeu: qualidade internacional ao alcance de todos
Seguindo a tendência da democratização dos produtos de luxo, o Café Orfeu é exemplo de qualidade máxima acessível a todas as classes. Com o achatamento da pirâmide sócio-econômica e o aumento da classe média brasileira, os produtos e serviços voltados ao mercado luxuoso estão expandindo suas atividades também para outros públicos, que agora, também exigem qualidade e exclusividade em seu dia-a-dia. Um grande exemplo dessa ‘massificação do luxo’ é o Café Orfeu. O café especial gourmet, feito com os melhores grãos de arábica, pode ser encontrado na casa de brasileiros de classe média que fazem questão de uma bebida de qualidade, com reconhecimento internacional.
Antes voltado apenas para a exportação, o Café Orfeu sentiu a necessidade de ofertar seu produto também para o consumidor nacional: “Nossa produção de café especial era integralmente vendida a outros países, como Inglaterra, Itália e Suíça. Pensamos que o Brasil também deveria ter a oportunidade de consumir algo que antes não tinha acesso”, diz José Renato Gonçalves Dias, diretor da Fazenda Sertãozinho, produtora do Café Orfeu. Atualmente, 25% do café especial produzido pela Sertãozinho têm como destino o mercado brasileiro.
Alinhado a essa grande tendência, outros produtos segmentados para o público AB, também vêm sendo procurados por quem opta por pagar um pouco mais para consumir o que o mercado tem de melhor para oferecer. Para Ana Cecília Gonçalves Dias, diretora de marketing da Café Orfeu, produtos considerados objetos de desejos, são pequenos deleites que podem e devem ser apreciados: “Saborear uma bebida de primeira linha, de qualidade internacional ao invés de outro produto mais barato, comoditizado, faz toda a diferença. O momento do cafezinho se torna interessante e prazeroso. É uma experiência de consumo que as pessoas devem valorizar e se permitir”, aponta Ana Cecília.
A executiva defende que presentear-se com pequenos luxos é algo extremamente importante e pode acontecer diariamente: “Ao contrário do que se pensava antes, transformar hábitos cotidianos em rituais e se consentir o direito de consumir produtos Premium, deixam de ser supérfluos para serem primordiais para a qualidade de vida”, conclui.
Café Orfeu - O Café Orfeu é um produto criado especialmente para atender o público brasileiro, resultado de um blend com os melhores lotes de café arábica da Fazenda Sertãozinho. Localizada em Botelhos (região sul de Minas Gerais), a Fazenda Sertãozinho foi a primeira produtora de café do mundo a obter a certificação ISO 9001:2000 de qualidade total. Seus processos de rastreabilidade e controle de plantio permitem ao Café Orfeu oferecer um produto estável, com qualidade constante.


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EXPEDIENTE


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