I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 154 | Ano I

Brasília/DF
Brasil pode ajudar vizinhos contra protecionismo
O governo brasileiro quer revidar a ameaça protecionista da vizinhança sul-americana, em especial da Argentina, com a injeção de recursos oficiais em empresas desses países que exportam para o Brasil. Novo instrumento da política de generosidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva para a América do Sul, o mecanismo abrirá uma alternativa para essas companhias quitarem dívidas e financiarem seus embarques em um cenário de escassez de linhas de crédito domésticas e internacionais. Defendida pelo Itamaraty, a medida está em estudos pela equipe econômica e foi o principal alvo da conversa de ontem entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o chanceler do Uruguai, Gonzalo Fernández. "É perfeitamente possível que o Brasil ajude os seus vizinhos a enfrentar esse momento de crise através de garantias financeiras que as reservas brasileiras podem oferecer, sem prejuízo dessas reservas", defendeu o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ao final de um encontro de trabalho com Fernández.
Em elaboração pelo Ministério da Fazenda, o mecanismo reproduz o acordo de troca de moedas firmado entre o Federal Reserve e o Banco Central do Brasil, em outubro do ano passado. Essa operação teve o objetivo de dotar o mercado brasileiro de maior volume de dólares em um momento de forte escassez da moeda americana. Envolveu US$ 30 bilhões, que foram colocados à disposição do governo brasileiro sob o compromisso de pagamento em reais.
A versão brasileira prevê o desembolso de recursos das reservas brasileiras, em reais, para os países vizinhos, que ressarciriam os valores também na moeda nacional. Não está definido ainda, de onde sairão os recursos. Mas os reais seriam injetados em empresas que apresentam dificuldades para renegociar suas dívidas ou para financiar os importadores brasileiros de seus produtos. A rigor, esse mecanismo acabará trazendo parte desses reais para as próprias companhias brasileiras - especialmente para as que prescindem de insumos fabricados na Argentina ou em outros países mais integrados à produção do Brasil.
A intenção brasileira de valer-se da generosidade como arma contra o protecionismo foi expressa a apenas cinco dias de um embate entre ministros brasileiros e argentinos, em Brasília, sobre as medidas de restrição ao ingresso de produtos brasileiros adotadas por Buenos Aires. Segundo Amorim, o Brasil vai reclamar dessas iniciativas, mas também, deve apresentar um leque de medidas nas áreas de financiamento e de facilitação do comércio como alternativa para ampliar o intercâmbio e aprofundar a integração e para demover Buenos Aires, a seguir na rota da proteção comercial. "A maneira de vencer a crise é atuando de maneira contracíclica e não pró-cíclica", afirmou Amorim.

Berlim e Bonn/Alemanha
Grande onda de insolvências empresariais ameaça Europa
Em sua análise Insolvência na Europa 2008/09, divulgada na terça-feira, 10/02, uma das principais agências de informação comercial da Europa, Creditreform, constatou que a tendência decrescente de insolvências de empresas, que perdurava no continente desde 2005, reverteu-se em 2008. Segundo a Creditreform, o número de insolvências empresariais no UE-15 (os 15 países-membros iniciais da União Europeia), juntamente com a Noruega e Suíça, subiu para 150 mil em 2008, 11% a mais do que no ano anterior. Para 2009, Creditreform calcula um número ainda maior de insolvências (170 mil a 175 mil). Na Europa Ocidental, em 2008, houve em média 83 insolvências em cada 10 mil empresas. Na Alemanha, essa média foi de 96. Com mais de 200 insolvências para cada 10 mil empresas, Luxemburgo, Áustria e França foram os países com a maior média de insolvências empresariais.Em termos absolutos, o número de insolvências foi decrescente na Holanda, em Luxemburgo e na Suíça. Por outro lado, Espanha, Irlanda e Dinamarca foram os países mais afetados pela atual onda de falências, que, na opinião dos analistas da Creditreform, ainda não atingiu, com toda sua força, a maioria dos países pesquisados.
Grande onda de insolvências deverá chegar em 2009
Com um avanço de 138,6%, a Espanha apresentou o maior acréscimo de inadimplência empresarial em 2008. O país foi seguido pela Irlanda, com 120,8% de aumento, e pela Dinamarca, com 54,5%. Os especialistas de Creditreform afirmaram que esse dramático desenvolvimento mostra que, já em 2008, tais países europeus ocidentais foram atingidos pela desaceleração global da economia e por condições mais rígidas de financiamentos para empresas.Bildunterschrift.
"Nós fomos surpreendidos pelo fato de que as falências reagiram tão rapidamente à quebra da economia, com cerca de três meses de atraso", afirmou um porta-voz da Creditreform. "A grande onda de insolvências deverá chegar, todavia, em 2009", acresceu. Segundo a agência de informação comercial, os principais setores afetados foram o de serviços e o comercial, comprometendo cerca de 1,4 milhão de postos de trabalho nos 17 países analisados. O porta-voz declarou ainda, que a queda nos negócios e problemas de liquidez foram os principais motivos para as empresas entrarem com pedidos de insolvência judicial. A insolvência civil, por outro lado, diminuiu na Europa Ocidental, em 2008. No total, o número de pedidos de falência pessoal foi 3,6% menor do que em 2007. Na Alemanha, com 6,4%, esse decréscimo foi ainda mais evidente. Finlândia e Áustria apresentaram, no entanto, considerável aumento de inadimplentes.
Inadimplência de empresas tradicionais
Para a Alemanha, a agência com sede em Neuss, reiterou um prognóstico feito em dezembro último, afirmando que o número de falências empresariais deverá ficar entre 30 mil e 35 mil em 2009. Este início de ano já comprovou que nem mesmo tradicionais empresas do país estão imunes à inadimplência. No início de janeiro último, a Rosenthal, tradicional fabricante alemã de porcelana, seguiu o exemplo da matriz irlandesa, a Waterford Wedgwood, e deu entrada no pedido de falência. Já em fevereiro, a Märklin, empresa com 150 anos de tradição em ferromodelismo, apresentou o pedido de insolvência para seus pólos de produção na Alemanha. Nesta semana, foi a vez da Schiesser, principal fabricante de roupas íntimas do país. Especialistas afirmam que, entre os principais motivos que levaram à inadimplência das tradicionais empresas, está a interrupção do fluxo de capital por parte de investidores estrangeiros. Segundo o economista-chefe da DIHK - Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio -, Volker Treier, empresas alemãs de pequeno e médio porte seriam muito dependentes de capital externo, devido à sua pequena disponibilidade de capital próprio. (Agência DW-World.DE)

Rio de Janeiro/RJ
OGX investe US$ 2 bilhões para perfurar blocos e estima produzir em 2011
A OGX, empresa de petróleo e gás do grupo EBX, do empresário Eike Batista, está antecipando os trabalhos de exploração nos blocos que detém e estima iniciar a produção, no sul da bacia de Campos, no final de 2011. A companhia também investirá US$ 2 bilhões nos trabalhos de exploração, que serão iniciados em junho, na bacia de Santos, no bloco BM-S-29, no qual a OGX é sócia da Maersk Oil, que é a operadora. O presidente da OGX, Rodolpho Landim, garantiu que a empresa tem recursos suficientes em caixa para tocar os investimentos. A companhia conseguiu captar mais de R$ 7,5 bilhões com a abertura de capital feita no ano passado, antes do agravamento da crise financeira que abalou os mercados. Em função disso e do atual momento de queda dos custos na indústria de petróleo e gás, Landim, em tom de brincadeira, disse que a empresa é "abençoada". "Fomos ao mercado em um momento bom, estamos gastando em um momento bom, e vamos produzir num momento bom", afirmou Landim, em entrevista coletiva na qual detalhou os planos da empresa para os próximos anos.
A OGX tem um portfólio de 22 blocos - Campos (7), Santos (5), Espírito Santo (5) e Pará-Maranhão (5). Estimativas preliminares apontaram que esses blocos teriam um total de 4,8 bilhões de barris de petróleo e gás. Esse volume não é, necessariamente, recuperável. O diretor de Operações e de Exploração e Produção, Paulo Mendonça, disse, no entanto, que as últimas pesquisas sísmicas apontaram indícios de que esses volumes podem ultrapassar a estimativa inicial. "Estamos focando nas pesquisas no pós-sal, que já é uma área conhecida. O pré-sal não é prioridade", observou Mendonça, que assim como Landim, trabalhou na Petrobras a maior parte da carreira.
Landim explicou que, desde a conquista do direito de explorar dos blocos, no final de 2007, até o início da produção, serão entre quatro e cinco anos. Normalmente, uma empresa leva de oito a 12 anos para começar a produzir. "Estamos fazendo tudo em paralelo. Contratamos as sondas, barcos de apoio, acertamos a logística e estamos planejando as plataformas de produção. Tempo é dinheiro, e queremos nos beneficiar do momento de resfriamento da indústria", explicou.
O executivo garantiu que a OGX não tem pretensão de atuar além da exploração e produção, e que o provável destino do petróleo que será extraído, é o exterior. Ao mesmo tempo em que admitiu buscar novas aquisições, dependendo da oportunidade, Landim não descartou a possibilidade de a companhia vender alguns ativos, caso seja vantajoso. "O nosso controlador [Eike Batista] já disse que não morre de amores por nenhum ativo. Mas que não vende nada barato. Se um dia chegar uma oferta, ele vai avaliar. Mas isso é com ele, o que temos que fazer é implementar o plano de desenvolvimento das reservas", afirmou.


Rio de Janeiro/RJ - Da redação
Coca-Cola anuncia investimentos maiores no Brasil
A Coca-Cola Brasil anunciou ontem a tarde, dia 12/2, que, mesmo diante da crise, vai ampliar os investimentos no Brasil em 2009. A empresa planeja aplicar R$ 1,75 bilhão no país, o que representa um incremento de 17% sobre o investido em 2008. O presidente da Coca-Cola Brasil, Xiemar Zarazúa, disse que o país é o terceiro maior mercado da empresa no mundo, perdendo para EUA e México, desperta uma confiança "muito alta" na companhia, apesar da desaceleração na economia, causada pela crise financeira global. Zarazúa ressaltou que a Coca-Cola aposta na continuidade da ascensão da classe média e que, embora mire todos os consumidores, vai dar atenção especial a esta parte da população. "Estamos muito otimistas com as perspectivas do mercado brasileiro em 2009. Continuaremos crescendo. O Brasil continuará sendo muito importante", disse o executivo durante coletiva no Rio, onde apresentou os resultados da empresa em 2008. No ano passado, a Coca-Cola Brasil registrou crescimento de 7% no volume de vendas, comercializando 9 bilhões de litros de bebidas não-alcoólicas. Isso trouxe faturamento de R$ 15 bilhões à empresa - 25% superior ao constatado em 2007. No mundo todo, as vendas da Coca-Cola cresceram 5%. No último trimestre de 2008, após o agravamento da crise, as vendas da empresa no Brasil tiveram expansão de 7% sobre igual período do ano anterior, mantendo o ritmo dos outros meses do ano. De acordo com Zarazúa, a empresa ainda não notou queda no consumo de seus produtos desde o agravamento da crise financeira.
Resultado global - No mundo todo, o lucro da Coca-Cola caiu 18% no quarto trimestre. "Não vamos nos contentar em atravessar a tempestade. Vamos considerá-la uma oportunidade de expandir o valor de nossa marca para nosso sistema e nossos consumidores", disse o executivo-chefe da empresa, Muhtar Kent. Em 2008 como um todo, o lucro da empresa caiu 3%, ficando em US$ 5,81 bilhões (US$ 2,49 por ação), contra US$ 5,98 bilhões (US$ 2,57 por ação) em 2007. O lucro da Coca-Cola no período foi de US$ 995 milhões (US$ 0,43) por ação no trimestre encerrado no dia 31/12, contra US$ 1,21 bilhão (US$ 0,52 por ação) um ano antes. A receita teve queda de 3%, ficando em US$ 7,13 bilhões, contra US$ 7,33 bilhões um ano antes. A empresa ainda informou que planeja acelerar seu programa de corte de custos e que pretende economizar US$ 500 milhões por ano até 2011.

Videira/SC
Perdigão fica maior e até poderia comprar a concorrente Sadia
Dois anos após a Sadia ter feito uma oferta hostil para compra da Perdigão, a situação se reverteu e agora os rumores - ainda que só rumores - são de que a Perdigão é que teria condições de adquirir a fragilizada Sadia. A oferta na época era de comprar a concorrente por até R$ 3,7 bilhões, valor que atualmente corresponde a metade do valor de mercado da Perdigão, mesmo com a desvalorização da companhia nos últimos meses por conta da crise econômica. Além de ter sido considerada hostil na oferta, a Sadia amargou uma péssima imagem uma vez que seu diretor de finanças e Relações com Investidores na época, Luiz Gonzaga Murat Júnior, foi acusado de ter usado a informação de possibilidade de compra da Perdigão em benefício próprio, com a compra das ações da companhia em patamares baixos para depois vendê-las em momento de alta, pós anúncio da oferta. Naquela época, em 2006, de fato, a Sadia estava em condições financeiras bem mais favoráveis com uma geração de caixa duas vezes maior do que sua concorrente - R$ 658,4 milhões, ante R$ 331 milhões da Perdigão. A relação do endividamento com a geração de caixa, também era favorável. Ao final de 2006, a dívida líquida da Sadia equivalia a duas vezes ao seu EBITDA, relação que no terceiro trimestre desse ano, estava em 3,4 vezes, ainda sem considerar a dívida com as perdas de contratos de derivativos cambiais com vencimento a partir de outubro. Em 2007, a Perdigão entrou em lácteos com a compra da Eleva, em 2008, a situação se reverteu. Nos nove meses de 2008, a Perdigão ultrapassou a concorrente em receita bruta com faturamento de R$ 9,5 bilhões. (Agência Reuters)

Nova Iorque/EUA
Warner Music Group e Qtrax assinam contrato de licenciamento digital
A Warner Music Group e a Qtrax, companhia de serviço musical baseado em publicidade, anunciaram ontem, um acordo para disponibilizar o catálogo premiado de músicas digitais da WMG para os fãs de todo o mundo, através do serviço Qtrax. "A Warner Music Group continua sendo uma das companhias pioneiras na área da música digital e estamos muito felizes de poder anunciar nossa negociação de licenciamento global com eles", disse o Presidente e Executivo-Chefe da Qtrax, Allan Klepfisz. "Eles possuem uma das maiores coleções dos selos mais famosos da indústria musical americana e artistas conhecidos, e não poderíamos estar mais empolgados em nos associarmos a eles. A plataforma Qtrax, entre outras coisas, incorpora exclusiva experiência legal peer-to-peer (ponto a ponto) a qual temos certeza irá competir de maneira favorável com os sites ilegais e irá provar que o modelo baseado em publicidade é uma alternativa viável e valorosa para o financiamento futuro da música gratuita", acrescentou Klepfisz. Durante o anúncio, Stephen Bryan, Vice-Presidente Sênior de Estratégia Digital e Desenvolvimento de Negócios da WMG, disse, "A indústria musical atual está passando por uma transição dinâmica, o que faz com que exploremos continuamente novas maneiras de fornecer música aos consumidores. Estamos ansiosos por alavancarmos plataformas como a da Qtrax, para expandirmos o alcance da música de nossos artistas e proporcionar aos consumidores, uma experiência única e legal de descoberta musical". A Qtrax apresenta um modelo de entrega baseado em publicidade que, de forma fácil e precisa, direciona as receitas de volta para os artistas e detentores de direitos autorais. Os usuários que baixarem e instalarem o programa de cliente Qtrax poderão usá-lo para procurar, descobrir e baixar um catálogo exuberante e variado de arquivos de música digital de alta qualidade com milhões de opções. A Qtrax irá financiar a experiência através da venda de patrocínio e anúncios de publicidade apresentados durante o processo de busca e de execução das músicas. Além disso, os usuários terão a opção de comprar músicas e itens relacionados de terceiros, através da interface Qtrax.

São Paulo/SP

Inadimplência dos consumidores cai 1,5% em janeiro
A inadimplência dos consumidores registrou queda de 1,5% em janeiro na comparação com dezembro de 2008, apontou o Indicador Serasa Experian de Inadimplência de Pessoa Física. Em relação a janeiro do ano passado, porém, a inadimplência mostrou alta de 12,7%. Segundo a Serasa, trata-se praticamente, do mesmo ritmo verificado entre dezembro de 2008 e dezembro de 2007 (aumento de 12,8%), "sinalizando estabilidade na evolução da inadimplência nestes últimos dois meses". Outro dado divulgado ontem, mas pela Fecomercio-SP - Federação do Comércio do Estado de São Paulo -, apontou que o nível de endividamento do paulistano caiu 7 pontos percentuais em fevereiro e atingiu o menor patamar desde o início da pesquisa, em 2004. De acordo com a entidade, os consumidores estão mais cautelosos em razão das incertezas sobre os efeitos da crise financeira mundial. Para os técnicos da Serasa, "as férias, a menor demanda e a retomada gradual do crédito, colaboraram para a queda de 1,5% da inadimplência dos consumidores em janeiro de 2009, na relação com dezembro de 2008". Já o aumento da inadimplência verificado na comparação janeiro 2009/2008 "reflete não apenas o acentuado crescimento do crédito às pessoas físicas, registrado em 2008, como também, o impacto da crise financeira internacional sobre a política de concessão de crédito por parte das instituições financeiras".
Ranking - No ranking de representatividade, a inadimplência em janeiro de 2009 foi liderado pelas dívidas com os bancos, com 43,6% de participação, ante 42,6% em janeiro de 2008. Em seguida, estão as dívidas com cartões de crédito e financeiras, com representação de 36,8%, ante 31% no mesmo mês do ano passado. Os cheques devolvidos aparecem na terceira colocação do ranking, com 17,7% de participação, abaixo dos 24% registrados em janeiro de 2008. Os títulos protestados, com representação de 1,9%, fecham a lista. Em relação ao valor médio das dívidas, os débitos com bancos em janeiro eram de R$ 1.417,36, elevação de 2,8% na comparação com janeiro de 2008. Já as dívidas com cartões de crédito e financeiras somaram valor médio de R$ 402,63, alta de 13,6% na mesma comparação. Os títulos protestados, por sua vez, registraram em janeiro de 2009 um valor médio de R$ 1.010,47, 8,2% acima do valor de 2008. Por fim, o valor médio dos cheques devolvidos foi de R$ 824,06, aumento de 30,6% quando comparado com janeiro de 2008.

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INDICADORES ECONÔMICOS

São Paulo – Da redação
O IBRE/FGV anuncia mudanças nos cálculos das ponderações do IPA e INCC
O IBRE-FGV - Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas - comunica que, em março de 2009, atualizará as ponderações do IPA - Índice de Preços por Atacado - e reduzirá de 12 para sete o número de capitais pesquisadas para o cálculo do INCC - Índice Nacional de Custo da Construção. O INCC também receberá novas ponderações e terá atualizada sua cesta de itens componentes. A seguir são detalhadas as alterações mencionadas.

Alteração nas ponderações do IPA - Índice de Preços por Atacado:
O sistema de ponderações do IPA é construído em dois níveis. Inicialmente, ponderam-se as séries Produtos Agropecuários, Indústria Extrativa Mineral e Indústria de Transformação, de acordo com as participações médias destas atividades no Valor Adicionado Bruto1, calculado pelo IBGE no âmbito das Contas Nacionais. A ponderação da série IPA - Produtos Industriais é obtida pela soma das séries Indústria Extrativa Mineral e Indústria de Transformação. As ponderações atualmente em vigor, introduzidas em janeiro de 2008, têm por base a média de 2002 a 2004. Após a atualização, será usada a média de 2004 a 2006.

- No caso da atividade agropecuária, as ponderações dos produtos integrantes do IPA têm por referência os valores de produção médios observados nas pesquisas PAM - Produção Agrícola Municipal - e PPM - Produção da Pecuária Municipal -, do IBGE.

- Na parcela industrial do IPA, as ponderações baseiam-se em estatísticas do DNPM - Departamento Nacional da Produção Mineral - e na PIA-Produto - Pesquisa Industrial Anual – Produto -, do IBGE.

- As ponderações dos grupos e produtos do IPA, segundo os setores de origem (IPAOG) e estágios de processamento (IPA-EP). No IPA-EP será feito o seguinte remanejamento: o tomate deixará de ser classificado como matéria-prima e passará a fazer parte dos bens finais.

Alteração na estrutura de cálculo do INCC - Índice Nacional de Custo da Construção
O INCC, que hoje é calculado com base em pesquisas de preços em 12 capitais, terá sua abrangência reduzida para sete. O peso das capitais que deixarão de integrar o cálculo corresponde a 22,63% do índice geral2. Os índices referentes a estas cinco capitais continuarão a ser calculados à parte, até o final de 2009.
Como a nova cobertura equivalerá a quase 80% da atual e a pesquisa continuará a ser feita em diferentes regiões do país, o INCC terá preservada sua característica de índice nacional. O quadro a seguir apresenta as capitais que permanecerão na pesquisa com seus novos pesos, resultantes da redistribuição da parcela excluída de maneira proporcional aos pesos atuais. Além da redução do número de capitais, o INCC terá a lista de itens componentes e respectivos pesos atualizados com base em orçamentos de edificações previstas pela ABNT3.
Informações adicionais sobre estas mudanças acesse:
http://www.fgv.br/noticias_internet/ARQ/13510.PDF

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)


São Paulo/SP
Bovespa fecha com perda de 0,84%, prejudicada por NY
As dúvidas quanto ao alcance dos planos de estímulo econômico nos EUA - bem como em relação às medidas em si, no caso do pacote do Tesouro - criaram um ambiente de aversão a risco reforçado pela continuidade de indicadores frágeis e balanços ruins. Isso levou a uma queda generalizada nas bolsas de valores mundiais, embora a Bovespa tenha encontrado um ponto de suporte importante que acabou por limitar as perdas.
- O Ibovespa terminou a sessão em queda de 0,84%, aos 40.500,79 pontos. Tocou a mínima de 39.992 pontos (-2,09%) e a máxima de 41.082 pontos (+0,58%).
- No mês, acumula elevação de 3,06% e, no ano, de 7,86%.
- O giro financeiro somou R$ 3,667 bilhões.
Análise 1 - A onda de pessimismo que abateu o mercado ontem foi tão forte que nem mesmo o fato de o principal indicador aguardado nos EUA, o de vendas no varejo, ter sido positivo, desanuviou o ambiente. Pela primeira vez em sete meses, as vendas cresceram 1% em janeiro, ante previsão de queda de 0,8%. Os especialistas interpretaram o dado como sendo um ajuste. No Brasil, o Ibovespa chegou a operar no azul no meio da tarde, depois que alguns pontos de suporte, do índice e de algumas ações, foram atingidos ao longo da sessão. "Havia um suporte nos preços das blue chips (ações de primeira linha), mas a bolsa começou a diminuir as perdas depois de cair, momentaneamente, abaixo dos 40 mil pontos", comentou um experiente profissional.
Análise 2 - A recuperação momentânea da Bovespa para o azul - e a diminuição das perdas até o final da sessão - foi patrocinada principalmente, pela inversão para cima das ações da Petrobras. No final, entretanto, as ações recuaram, 0,76% a ON e 0,41% a PN. Vale também melhorou na parte da tarde, mas também não teve gás para sustentar-se em alta. A ON terminou em baixa de 1,89% e a PNA, de 1,62%. O noticiário no setor minerador foi bastante rico ontem, com o principal destaque reservado à Chinalco, que vai formar uma parceria estratégica com a Rio Tinto, no valor de US$ 19,5 bilhões.

Nova Iorque/EUA
Bolsas de NY se recuperam na última hora com rumor de plano habitacional
Depois de passar o dia todo com perdas, as Bolsas americanas se recuperaram na última hora de negociações devido a rumores sobre o lançamento de um pacote de estímulo ao setor habitacional do país. Com isso, os principais índices fecharam próximos da estabilidade.
- O Dow Jones Industrial Average, principal indicador da Nyse, fechou em baixa de 0,09%, indo para 7.932,76 pontos.
- O S&P 500 teve alta de 0,17%, para 835,19 pontos.
- A Bolsa tecnológica Nasdaq fechou em alta de 0,73% no índice Nasdaq Composite, indo para 1.541,71 pontos.
Pessoas próximas ao governo americano informaram no final da tarde de ontem, que o presidente Barack Obama está planejando um pacote habitacional que teria como principal medida, subsidiar o pagamento de hipotecas de proprietários que estão com dificuldades em honrar as parcelas.
Assim, o governo federal poderia dar uma ajuda efetiva para a indústria imobiliária americana, evitando que aumente o número de despejos por falta de pagamento - a espiral que, inclusive, foi o cerne da atual crise financeira global. "Isso inicialmente é visto como positivo, tanto para o setor hipotecário como para a indústria da construção de casas", disse Richard Sparks, analista da Schaeffer's Investment Research, para a agência de notícias Reuters.
A animação com o boato foi suficiente para mudar completamente o cenário do mercado até então - até pouco mais de uma hora antes do final do pregão, o Dow Jones chegou a recuar mais de 3%. Até então, o pessimismo predominava entre os investidores por causa dos outros dois pacotes em andamento - o de estímulo econômico e o segundo para o setor bancário.

Londres/Inglaterra
Bolsas europeias caem com perdas em bancos e dado econômico negativo
As Bolsas europeias fecharam em baixa na quinta-feira. O setor bancário liderou as perdas, devido à incerteza sobre que efeito poderá ter o
plano de resgate do setor bancário americano, anunciado na terça-feira, 10/02, pelo secretário do Tesouro. Timothy Geithner. Os dados sobre a produção industrial da zona do euro, também afetou o ânimo dos investidores europeus para os negócios.
- A Bolsa de Londres fechou em baixa de 0,76% no índice FTSE 100, ficando com 4.202,24 pontos.
- A Bolsa de Paris teve queda de 2,09% no índice CAC 40, para 2.964,34 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt teve baixa de 2,70% no índice DAX, fechando com 4.428,11 pontos.
- A Bolsa de Milão teve baixa de 1,89% no índice MIBTel, que ficou com 14.149 pontos.
- A Bolsa de Zurique caiu 0,33%, ficando com 5.106,67 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Amsterdã teve baixa de 1,98% no índice AEX General, que ficou com 248,27 pontos.
- O índice FTSEurofirst 300, que reúne ações das principais empresas europeias, fechou com queda de 1,5%, aos 791,26 pontos.
Entre os bancos europeus, subiram as ações do BNP Paribas (-7,5%), Barclays (que caiu mais de 3%) e UBS (que teve perda de cerca de 4%).

HOJE - Tóquio sobe 1% com cobertura de posições e queda do iene
A Bolsa de Tóquio fechou em alta, ajudada pela cobertura de vendas a descoberto e pela modesta desvalorização do iene, que sustentou os papéis de importantes empresas exportadoras, como Canon e Honda.
- O índice Nikkei 225 avançou 74,04 pontos, ou 1%, e fechou aos 7.779,40 pontos.

HOJE – Bolsa de Seul: Kospi sobe 1,07%
O índice Kospi da Bolsa de Seul ganhou hoje 12,06 pontos (1,07%) e terminou o pregão a 1.192,44.
O indicador de ações tecnológicas Kosdaq teve alta de 9,77 pontos (2,53%), aos 395,69.


HOJE – Bolsa de Bangcoc abre em alta de 0,46%
O índice SET, da bolsa de Bangcoc, ganhava 2,02 pontos (0,46%), 442,65 pontos, na abertura do pregão de hoje.

HOJE – Bolsa de Jacarta abre em alta de 0,11%
O índice JKSE, da bolsa de Jacarta, ganhava 1,45 ponto (0,11%), 1.326,87 pontos, na abertura do pregão de hoje.

HOJE – Bolsa de Cingapura abre em alta de 0,66%
O índice Straits Times, da bolsa de Cingapura, ganhava 11,16 pontos (0,66%), aos 1.696,12, na abertura do pregão de hoje.

HOJE - Bolsa de Kuala Lumpur abre em alta de 0,08%
O índice KLCI, da bolsa de Kuala Lampur, ganhava 0,72 ponto (0,08%), aos 895,32, na abertura do pregão de hoje.

HOJE - Bolsa de Manila abre em baixa de 0,05%
O índice seletivo Psei, da Bolsa de Valores de Manila, caía 0,40 ponto (0,05%), aos 1.923,70, na abertura do pregão de hoje.

HOJE - Bolsa de Hong Kong: Hang Seng sobe 0,65% na abertura
O índice Hang Seng da Bolsa de Hong Kong ganhou na abertura do pregão 86,51 pontos (0,65%), aos 13.314,81.


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MERCADO FINANCEIRO


Brasília/DF
Lucro da Caixa cresce 62% e chega a R$ 3,9 bilhões em 2008
Caixa Econômica Federal fechou 2008 com lucro de R$ 3,88 bilhões. O resultado supera em 62,3% o lucro registrado em 2007. Somente no quarto trimestre, o lucro foi de R$ 618 milhões, 14,5% abaixo do registrado no trimestre anterior. Os efeitos da crise reduziram, no entanto, o lucro do banco estatal no último trimestre de 2008. O resultado foi de R$ 618 milhões, 14,5% abaixo do registrado no trimestre anterior (R$ 723 milhões). Houve queda também em relação ao quarto trimestre de 2007 (R$ 673 milhões). Um dos fatores que afetou o lucro do trimestre foi a provisão adicional contra inadimplência feita pelo banco, no valor de R$ 635 milhões, mas que teve um impacto menor devido ao ganho com créditos tributários. A Caixa também atribuiu a redução ao reajuste maior dos salários dos bancários no ano passado.
O saldo das operações de crédito passou de R$ 55,8 bilhões para R$ 80,1 bilhões, crescimento de 43% no ano. O destaque ficou com o crédito para pessoa jurídica, com aumento de 87,2%, para R$ 15 bilhões. Sem o empréstimo para a Petrobras, o crescimento cai para 50%. "Nós tivemos um crescimento extraordinário na nossa carteira de crédito e mantivemos o controle da inadimplência", disse a presidente da Caixa, Maria Fernanda Coelho. Nos financiamentos habitacionais, por exemplo, o índice de inadimplência caiu de 2,1% no final de 2007 para 1,7% em 2008. No crédito comercial, passou de 5,4% para 4%.
O desempenho de 2008, também foi impulsionado pelo resultado da intermediação financeira de R$ 11,2 bilhões, 25% a mais do que no ano anterior. Títulos e valores mobiliários tiveram uma alta de 28,8%, com R$ 17,4 bilhões. Outro fator que influenciou o resultado foi o aumento das receitas de prestação de serviços em 7,3% (R$ 6,5 bilhões), resultado da expansão em 8,8% da base de clientes (47 milhões de correntistas e poupadores).

Brasília/DF
Operações de crédito da Caixa crescem 43% em 2008
As operações de crédito da Caixa Econômica Federal cresceram 43,3% em 2008. O número consta do balanço anual divulgado ontem. De acordo com os dados distribuídos, o ano passado terminou com carteira de crédito de R$ 80,062 bilhões, ante R$ 55,888 bilhões em 2007. Entre as operações que mais cresceram, destaque para a carteira das empresas, com expansão de 87,2% na comparação com o ano anterior, para R$ 15,107 bilhões. O vice-presidente de controle e risco do banco, Marcos Vasconcelos, disse que esse resultado foi influenciado pelo empréstimo feito pela instituição no último trimestre de 2008 à Petrobras. Sem essa operação, a carteira para as empresas teria crescido 50%. O banco não confirma, mas o empréstimo à estatal teria sido de cerca de R$ 3 bilhões. Nas operações para as pessoas físicas, a carteira teve expansão de 24,3%, para um total de R$ 13,747 bilhões. Na habitação, os financiamentos tiveram expansão de 38,8%, para R$ 45,075 bilhões.

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AGRONEGÓCIOS


São Paulo/SP – Da redação
Sem crédito, Coperfrango de Descalvado/SP atrasa salários
Sem obter crédito para injetar R$ 3 milhões em capital de giro, a Coperfrango, maior cooperativa avícola de São Paulo, atrasou os salários de janeiro, ainda não pagou o décimo terceiro salário de 2008 e informou os cerca de 2 mil funcionários, que nem sequer tem dinheiro para pagar rescisões contratuais em possíveis demissões. Ontem, os funcionários da cooperativa, em Descalvado/SP, paralisaram as atividades pela manhã e só voltaram ao trabalho após a promessa do presidente da Coperfrango, Carlos Garcia, que iriam receber parte dos salários.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação de Porto Ferreira e Região, Orlando dos Santos, a situação na Coperfrango é tão crítica que a empresa pediu aos trabalhadores que quisessem ser demitidos, a devolução da multa de 40% para um reembolso futuro em quatro parcelas. "Liguei no Ministério do Trabalho para saber a legalidade desse procedimento", disse Santos. "É muito triste a situação na empresa", completou.
Com o estoque de nutrição dos animais, a Coperfrango não estaria recebendo mais insumos para a nutrição animal e teria fechado a fábrica de rações, de acordo com o sindicalista. O presidente da Coperfrango afirmou que trabalha em outras linhas para conseguir recursos para a cooperativa, já que as ações junto à Nossa Caixa e ao Banco do Brasil, não obtiveram sucesso. No final de janeiro, representantes da cooperativa pediram que o secretário da Agricultura e colunista do Campo News, João Sampaio, intercedesse junto às instituições financeiras para a liberação da linha de capital de giro de R$ 3 milhões. "Não obtivemos os recursos, seguimos trabalhando para contornar a situação e esperamos ter uma definição em 20 ou 30 dias", afirmou Garcia. Ele admitiu que cortes de funcionários são analisados e que o abate está até 30% abaixo das 150 mil aves processadas pela Coperfrango diariamente. "Ainda temos frango no campo e segue o abate", concluiu Garcia.
O fechamento da Coperfrango poderia causar um colapso em Descalvado, cidade de 30 mil habitantes no interior paulista. Além dos empregos, a empresa é responsável por 35% do recolhimento do ICMS - Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - do município. Sem o dinheiro para o capital de giro a Coperfrango trabalha em outras frentes: obter mais recursos dentro da linha de R$ 700 milhões, anunciada pelo governo federal às cooperativas, liberar créditos retidos de ICMS e de PIS/Cofins junto aos governos estadual e federal e ainda, se desfazer de algum dos seus ativos.

Brasília/DF
Pacote não sustenta soja e milho
O milho e a soja caíram pelo segundo dia devido ao ceticismo de que o resgate financeiro e os planos de incentivo financeiro nos EUA vão pôr fim na recessão, ofuscando as perspectivas em relação à demanda por alimentos, ração animal e biocombustível. Além disso, as importações chinesas recuaram 12% no primeiro mês de 2009, fechando com 3,03 milhões de toneladas. A redução das atividades por parte das processadoras, antes do feriado do Ano-Novo Lunar, também favoreceram a queda. As aquisições de óleos vegetais em janeiro retrocederam 42,9% na comparação anual, para 290 mil toneladas, informou a Administração Geral Alfandegária. Com isso, os contratos da soja para maio recuaram 1,8% para US$ 9,82 o bushel.
O milho acompanhou o movimento e os papéis para maio ficaram cotados em US$ 3,7850 o bushel, recuo de 2,1%. A demanda global por milho vai chegar a 777,5 milhões de toneladas no ano que começou no dia 01/10, queda de 0,7% em relação a uma projeção de janeiro, disse na quarta-feira, dia 11/2, o USDA - Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. O Usda também reduziu sua estimativa de demanda da soja em cerca de 2%. "O Usda vê o dano econômico ao mundo reduzindo a demanda", disse Roy Huckabay, vice-presidente executivo do Linn Group, em Chicago. "As pessoas estão muito preocupadas que as soluções do governo não vão reanimar rapidamente a economia". (Agência Brasil)

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SETOR AUTOMOTIVO


Brasília/DF – Da redação
Indústria automotiva dá sinais de recuperação em fevereiro
O presidente da CNI - Confederação Nacional da Indústria -, Armando Monteiro Neto, disse que o ministro Guido Mantega apresentou dados que mostram crescimento da indústria automobilística nos onze dias de fevereiro, em comparação ao mesmo período do mês anterior. Monteiro Neto se reuniu com Mantega ontem, em Brasília. Em janeiro, a retomada da expansão no setor foi considerada "muito forte” em comparação a dezembro de 2008. "Os números de produção e de venda [do setor automotivo] são positivos. Então, eu diria, que há uma percepção que existe uma melhora no ambiente da indústria", afirmou.
Monteiro Neto destacou que embora tenha havido "um sensível processo de acomodação" da situação, não existe nenhum dado que o autorize a dizer que há reversão do quadro de desaceleração da economia. Ele voltou a dizer que o problema na concessão de crédito para pequenas e médias empresas, se mantém. E pediu a redução dos "spreads" bancários considerados elevados tanto pela CNI, quanto pelo governo. Segundo Monteiro Neto, o ministro ouviu a reivindicação, mas não manifestou posição.
O presidente da CNI criticou ainda a morosidade dos agentes financeiros no repasse dos recursos do BNDES destinados ao capital de giro das empresas. "O BNDES teve desembolso recorde em 2008, mas as linhas de capital de giro puras, ainda não estão sendo operacionalizadas como o setor produtivo gostaria. Isso porque uma parte o banco opera diretamente, e outra é via agentes financeiros", disse. Ele lembra que os bancos estão mais avessos ao risco e mais seletivos na hora da concessão do crédito e também, avalia o volume destinado ao capital de giro do BNDES muito pequeno. Essa semana a instituição anunciou a flexibilização de R$ 6 bilhões para esse tipo de financiamento, com ampliação dos prazos e mudanças na taxa de juros. O presidente da CNI não descarta o risco da recessão no país. Para ele, o ambiente externo não melhorou e a crise no resto do mundo se acentuou, com o comércio exterior retraído e queda nas exportações. "O Brasil está fazendo essa travessia de forma razoalvemente indolor, mas não podemos de forma alguma fazer avaliações muito otimistas porque somos parte do mundo", avaliou. (Agência Brasil)

São Paulo/SP – Da redação
BMW se prepara para vender compacto Mini no Brasil a partir de R$ 90 mil
A BMW se prepara para comercializar o compacto Mini no Brasil. As primeiras unidades estarão disponíveis em abril, em lojas específicas da marca. O veículo deve custar a partir de R$ 90 mil, cerca de 15% abaixo do valor alcançado hoje nas importações independentes. Em São Paulo, a loja da Mini ficará na Avenida Rebouças, e pertence a rede Caltabiano de concessionárias. Deve haver outras duas lojas próprias em Curitiba e Belo Horizonte. A marca Mini deve vender cerca de 800 unidades no primeiro ano no Brasil e pode passar a 1.000, em 2010. O compacto é produzido na Alemanha e os processos de aprovação das autoridades brasileiras de emissão de poluentes, entre outras condições, já estão em andamento. Ainda não há detalhes sobre quais modelos do Mini estarão disponíveis. Segundo estimativas do setor, há cerca de 60 unidades do veículo no Brasil importados individualmente.


Londres/Inglaterra
Rolls-Royce tem prejuízo de US$ 1,910 bilhão em 2008
A fabricante de motores Rolls-Royce bateu recorde de pedidos no ano passado, recebendo um número recorde de encomendas apesar da crise, mas, mesmo assim fechou 2008 com um prejuízo de 1,345 bilhão de libras (US$ 1,910 bilhão). O resultado se deveu a despesas de financiamento, informou ontem a companhia à Bolsa de Valores de Londres. Em 2007, o grupo inglês teve lucro de 600 milhões de libras (US$ 852,3 milhões) um ano antes. O executivo-chefe de Rolls Royce, John Rose, afirmou que estes resultados são "bons", dadas as condições "sem precedentes" que enfrenta a economia global. O lucro operacional cresceu 67%, de 512 milhões de libras (US$ 727 milhões) registrados em 2007 para 855 milhões de libras (US$ 1,21 bilhão) no ano passado. As vendas do grupo cresceram 22%, alcançando 9,082 bilhões de libras (US$ 12,902 bilhões) e os pedidos, 21%, batendo o recorde de 55,5 bilhões de libras (US$ 78,8 bilhões). Por setores, o aeroespacial concentrou mais da metade das vendas - 4,437 bilhões de libras (US$ 6,303 bilhões) -, enquanto o de defesa teve 1,688 bilhões de libras (US$ 2,398 bilhões). O setor vendeu no valor total de 2,2 bilhões de libras (US$ 3,1 bilhões), e o energético, 757 milhões de libras (US$ 1,075 bilhão). (Agência Efe)

São Paulo/SP
Renault troca comando no Brasil e Citroën anuncia mudança mundial
A Renault no Brasil vai trocar de comando em março, enquanto que a Citroën anunciou mudança na direção mundial da marca. A partir de 01/3, Jérôme Stoll, atual presidente da Renault no Brasil, assume como vice-presidente Comercial do Grupo Renault e diretor geral da região Europa. Até o momento, Stoll ocupava ainda o cargo de diretor da região Américas do Grupo Renault. Para substituí-lo, à frente da Renault do Brasil e do Mercosul, chega Jean-Michel Jalinier, que até agora ocupava o cargo de diretor geral da Renault na Rússia. Patrick Pélata, atual chefe de operações do grupo, acumulará temporariamente o comando da região Américas.
Citroën - Jean-Marc Gales, atualmente diretor mundial de vendas da Mercedes-Benz, vai para o Grupo PSA Peugeot Citroën no mês de março, para assumir a direção mundial da Citroën. Ele será nomeado membro do diretório da PSA Peugeot Citroën na próxima reunião de Conselho do Grupo, dia 21/4l. Jean-Marc Gales, 46 anos, nascido em Luxemburgo, desenvolveu essencialmente sua carreira no setor automotivo, com passagens pela Volkswagen, General Motors e BMW.

Detroit/EUA
GM oferece plano de demissão voluntária a 62 mil funcionários
A fabricante americana de veículos GM - General Motors - ofereceu um plano de demissão voluntária a seus 62 mil funcionários que são filiados ao UAW - United Auto Workers -, principal sindicato do setor -, disse na quinta-feira o porta-voz da empresa Tom Wilkinson à agência de notícias France Presse. A proposta "foi oferecida a todos", disse Wilkinson. O objetivo da medida é permitir à empresa contratar novos operários com salários e com custos sociais menos elevados. A direção da GM espera que pelo menos 11 mil desses funcionários aceitem o pacote preparado para incentivar a saída da empresa, que consiste em US$ 20 mil de indenização e um bônus de US$ 25 mil para a compra de um novo veículo. A oferta deverá permitir aos funcionários enquadrados nas condições propostas deixar o grupo até 01/4l.
De forma complementar a isso, a GM já havia anunciado que iria oferecer
aposentadorias antecipadas. "Os funcionários elegíveis para a aposentadoria dentro do programa, receberão um vale para a compra de um veículo e um pagamento em dinheiro", afirmou a GM em comunicado na ocasião. Atualmente, cerca de 22 mil trabalhadores têm direito a optar pelo plano de aposentadoria antecipada. A proposta é parte do plano de negócios que a montadora apresentará às autoridades federais na próxima semana, para justificar a ajuda recebida do governo. Em reportagem de ontem, o diário americano “WSJ” - "The Wall Street Journal" - informou que a proposta seria estendida a 22 mil desses funcionários.
O governo emprestou à empresa
US$ 13,4 bilhões em dezembro para que a empresa pudesse fechar suas contas. A GM ficou, assim, comprometida a apresentar um plano de reestruturação para viabilizar suas operações. Na terça-feira, dia 10/02, a empresa informou que vai cortar 10 mil postos de trabalho em 2009 - 13,7% de sua força de trabalho - como parte do plano. Só nos EUA, cerca de 3.400 dos 29.500 cargos administrativos, devem ser fechados - a expectativa é que os cortes ocorram até maio.
A General Motors não especificou a distribuição geográfica dos outros postos que serão eliminados. Procurada pela Folha Online, a GM do Brasil afirmou que "não tem nenhuma informação adicional ao que foi divulgado pela matriz, nos EUA, ou sobre o detalhamento da medida". Segundo o "WSJ", a GM e representantes do sindicato, devem passar o fim de semana estudando outra forma de reduzir custos, que podem incluir reduções nos pagamentos suplementares feitos a funcionários que já foram demitidos e um afrouxamento nas regras estabelecidas pelos sindicatos, segundo uma fonte próxima as negociações ouvida pelo jornal. Com isso, teriam de ser revistas cláusulas estabelecidas nos contratos de trabalho assinados em 2007.
A GM tem um custo por veículo produzido de US$ 1.300 a mais que a Toyota, segundo dados das montadoras fornecidos ao "WSJ". Desde o início da crise, a GM já anunciou a demissão de
11 mil empregados nos EUA, sendo os últimos 2.000 postos nas fábricas nos Estados de Michigan e Ohio. Além disso, unidades foram paradas e a linha de produção reduzida. A montadora é a mais afetada pela crise mundial. Em janeiro, a GM registrou queda de 49% em suas vendas nos EUA, em relação ao mês anterior, com 129.227 veículos comercializados. Com o resultado ruim, a GM prevê que a produção somará 380 mil carros no primeiro trimestre de 2009, o equivalente a uma queda de 57% sobre o mesmo período do ano passado. (Agência France Presse/AFP)

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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília/DF
Abiec afirma que exportações de carne bovina caem 45% em janeiro
As exportações de carne bovina em valores caíram 45% em janeiro de 2009, em relação ao mesmo período do ano passado. No total do primeiro mês do ano, foram comercializadas no mercado externo US$ 255 milhões contra US$ 465 milhões no mesmo mês do ano passado. Em volume, houve queda de 34%, com 81,8 mil toneladas vendidas ante as 124,7 mil toneladas exportadas em janeiro de 2008. Os dados foram divulgados na quinta-feira, pela Abiec - Associação Brasileira das Indústrias Exportações de Carne. A exportação de carne in natura registrou queda de 38% com 56,6 mil toneladas exportadas em janeiro, contra 91,9 mil toneladas no mesmo período de 2008. Em valores, as exportações de carne in natura caíram 54%, com o faturamento de US$ 168,5 milhões ante os US$ 364,7 milhões de janeiro do ano passado.
A carne industrializada totalizou 13,5 mil toneladas exportadas. Em janeiro de 2008, o volume exportado da carne industrializada chegou a 19,2 mil toneladas, representando uma queda de 18%. Em valores, a queda foi de 45%, com US$ 54,7 milhões vendidos em janeiro, ante US$ 69,5 milhões no mesmo mês do ano passado. Segundo o diretor executivo da Abiec, Otávio Hermont Cançado, a queda de janeiro deste ano, se deve à antecipação das exportações promovida pelos empresários em janeiro de 2008. O movimento se deu em decorrência da restrição da carne bovina brasileira por parte da Europa.
Com isso, o primeiro mês do ano alcançou números recordes em 2008, o que foi totalmente atípico para o período. "O outro fator é a crise de fato, a falta de crédito”. Para Hermont, a comparação pode até ser injusta, mas os números são um fato. O diretor da Abiec afirmou que, até março, o setor deve passar por uma readequação de mercado e, no segundo trimestre, será possível ter uma prévia de como vai caminhar o setor. Hermont acredita que, no segundo semestre, o setor deve recuperar seus índices, chegando em níveis iguais ou um pouco inferiores aos registrados no segundo semestre de 2008. "Assim, poderemos voltar a exportar em 2010, em franca ascensão, normalmente, com todos os mercados abertos e gerar toda renda, emprego e saldo na balança comercial".
Na sua avaliação, a recuperação do preço dependerá da demanda dos países importadores, que queimaram estoque no final do ano passado e, agora, estão voltando a comprar do Brasil. Segundo Hermont, as indústrias estão trabalhando com volume maior para manter a mesma renda, mas a tendência é a de que ocorra um ajuste de preços. "Isso tudo depende da demanda e da volta do crédito tanto para o exportador quanto para o importador da carne brasileira. O problema do setor não é de demanda, é de crédito, ou seja, faltou crédito no mundo e no Brasil".
Hermont explicou que o preço das carnes nobres tem caído no mercado interno nos últimos meses, devido a um reflexo da crise econômica global e da queda das exportações. É que, com a previsão de exportações não confirmada, o excesso de produção foi desviado para o mercado interno, que ficou superaquecido. O diretor executivo ressaltou que já se enxerga a possibilidade de protecionismo com relação ao setor da carne bovina brasileira, mas que a Abiec fará articulações com o governo e também, procurará os países que insistirem em adotar qualquer medida restritiva. (Agência Brasil)

Belo Horizonte/MG
Receita com exportações do agronegócio cai 11,5% em MG
Os primeiros reflexos da crise financeira global sobre as exportações mineiras foram observados no mês de janeiro, de acordo com levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura, a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No primeiro mês do ano, a receita com as vendas externas recuou 11,5% em relação ao mesmo mês de 2008, para US$ 374,4 milhões. As principais quedas no mês de janeiro, na comparação com o mesmo intervalo de 2008, foram registradas nas receitas com a comercialização de carne bovina, de 42,34%, para US$ 15,6 milhões, e de carne de frango (-20%), para US$ 8,6 milhões. A receita do café, um dos principais produtos na pauta de exportações do Estado, caiu 3%, para US$ 218,3 milhões.
A retração foi observada também nas receitas das exportações de madeiras e subprodutos, algodão e couros. No período, registrou-se uma pequena queda no comércio internacional de carne suína, leite e laticínios procedentes de Minas Gerais. Por outro lado, alguns produtos apresentaram desempenho positivo, como é o caso da soja em grão. O aumento da receita de exportação para o produto cresceu quase 437% na comparação com janeiro de 2008, com a movimentação de US$ 16,7 milhões. O mesmo ocorreu com as vendas externas de álcool, que aumentaram 228% em janeiro deste ano, alcançando US$ 14,7 milhões. Já no caso do açúcar, o aumento da receita no primeiro mês deste ano foi de 54,8%, para US$ 21,2 milhões. No segmento de farinhas e farelos a receita foi de US$ 10,7 milhões ou 434% sobre janeiro de 2008. (Agência Estado)

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Mercado de TI


Porto Alegre/RS
Zero-Defect firma parceria com banco angolano
A Zero-Defect, especialista em teste de software, auditoria, validação e verificação independente, está em Angola, país africano, para estabelecer parceria com o BPC - Banco de Poupança e Crédito. A empresa vai atuar na testagem de sistemas daquela instituição financeira, ou seja, do maior banco comercial do País. A estratégia faz parte da inovação que a empresa brasileira consolida em 2009, com a Zero-Defect tornando-se referência em diferentes setores e localidades. O BPC, que possui uma suíte de produtos de seu fornecedor para ser implantado, contratou a Zero-Defect para realizar Consultoria de Segurança da Informação de um dos produtos, verificando arquitetura e funcionalidades do aplicativo. A parceria, anima os planos da empresa gaúcha. "Com nossa reestruturação de serviços, e com o primeiro contrato totalmente internacional, um novo mercado é aberto, com possibilidades de expansão ainda maiores do que as expectativas," diz Krug.
Segmentação
A reestruturação, iniciada em 2009, consiste na abertura de novos caminhos a partir da segmentação da clientela na Zero-Defect, investindo nas áreas web, financeira e de estrutura: "Estamos nos especializando para consolidar a empresa como referência em testagem para mais setores. A intenção é avançar em mais nichos, investindo todo nosso expertise para certificação de sites, sistemas eletrônicos web, e diferentes ferramentas" finaliza Krug. Além da área de atendimento a sistemas financeiros, responsável pelo contrato com o BPC, a Zero-Defect já abriu um setor específico de atendimento web, e inicia nos próximos dias, implantação do departamento para sistemas ERP - software de gestão.
Sobre o BPC - Banco de Poupança e Crédito
Com sede principal no Largo Major Saydi Mingas, Marginal de Luanda, o BPC - Banco de Poupança e Crédito -, é o maior Banco comercial de capitais públicos da Angola. O BPC, tendo em conta as perspectivas de crescimento do mercado bancário angolano, adotou uma visão de banca universal reestruturando e modernizando o seu modo de intervenção de forma ativa neste processo de desenvolvimento. Nos resultados da atividade do BPC figuram, tanto as conquistas do mercado como a capacidade em manter vigentes princípios de boa prática bancária. A interação entre a modernização operacional e a utilização das mais modernas ferramentas de apoio à gestão bancária e a consolidação de uma forte cultura corporativa, tem permitido melhorar a eficiência de serviços aos clientes. A qualidade e a iniciativa são características da marca BPC, associados ao encorajamento e apoio ao desenvolvimento econômico e social de Angola. (http://www.bpc.ao/)





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TELECOMUNICAÇÕES


Rio de Janeiro/RJ

Oi corta 400 vagas gerenciais e incentiva aposentadoria
A Oi anunciou ontem, que fará um corte de, aproximadamente, 400 postos de trabalho de nível gerencial. As demissões são, de acordo com a companhia, reflexo da sobreposição de cargos ocorrida após a aquisição da Brasil Telecom, concluído no início de janeiro deste ano. A empresa de telefonia também informou que será posto em prática um programa de aposentadoria incentivada.
As demissões tiveram como parâmetro, levantamento realizado pela empresa junto a 1.300 executivos das duas empresas. Esse processo consistiu em um censo curricular e pessoal, seguido de entrevistas individuais com consultores em todo o Brasil. "Através desse mapeamento, a Oi identificou os talentos que mais se alinham às necessidades do novo desenho organizacional, considerando formação, perfil, experiência e interesses de carreira", afirmou a empresa.
A manutenção do número de postos de trabalho por três anos foi um dos compromissos firmados pela Oi na ocasião do anúncio do início das negociações entre as empresas, em abril do ano passado. A base de referência são os empregos em vigor em fevereiro do ano passado. "A companhia reitera esse compromisso e estima permanecer como importante geradora líquida de empregos no País", acrescentou a empresa, afirmando que hoje tem em seus quadros mais de cem mil empregos diretos.
No que diz respeito ao incentivo à aposentadoria, a empresa informou que o plano é aberto a todos os níveis hierárquicos da companhia. A Oi oferece, além dos direitos trabalhistas e os previstos nos acordos sindicais, indenização de 0,4 salário para cada ano na empresa, no limite de doze salários. O recurso pode ser destinado ao plano de previdência ou revertido, parcialmente, em dinheiro. Já os gerentes que estão deixando a companhia, receberão indenização de 0,3 salário para cada ano trabalhado, com piso de um salário e meio e máximo de seis salários.

São Paulo/SP
Interesse da TIM na Intelig pode estar no aumento da capacidade de rede
As
negociações da TIM com a Intelig devem girar em torno de duas possibilidades, na opinião do analista sênior do Yankee Group, Julio Püschel. Na primeira delas, a empresa italiana estaria interessada exclusivamente, em ampliar sua capacidade de rede. Para isso, compraria apenas a infraestrutura da Intelig, cuja rede é totalmente digital e abrange 10 mil quilômetros de fibra óptica instalada de norte a sul do Brasil. "A Intelig poderia ser uma forma da TIM aumentar sua capacidade de rede em algumas cidades do Brasil, principalmente devido à rede de alta capacidade de dados, o que promoveria o aumento do backhaul da operadora italiana", diz Püschel.
Outra alternativa, enumera o analista, pode ser uma estratégia da TIM para aumentar sua participação no mercado corporativo, seguindo a
tendência das operadoras de telecomunicações buscarem, cada vez mais, oferecer serviços que antes eram tipicamente prestados por empresas de Tecnologia da Informação.
Bons exemplos são gerenciamento de segurança e de desktops, além do próprio gerenciamento de redes. "As operadoras não mais estão vendo oportunidades apenas na área de telecom, mas também, estão investindo mais na oferta de serviços gerenciados que cubram questões diretamente ligadas a telecom, mas também a áreas de TI. Isso é importante para manter a participação no mercado corporativo", pondera o analista sênior do Yankee Group. No entanto, para que essa estratégia seja bem-sucedida, a TIM precisará realizar investimentos na Intelig, pois, segundo Püschel, o portfólio da Intelig ficou defasado, sem, justamente, ofertas como serviços gerenciados, por exemplo. "A rede é um ativo valioso, mas comprando a operadora, acredito que existiriam mais oportunidades. Mas aí depende muito da estratégia dos executivos da TIM. Seria um passo bastante grande da TIM, entrar no mercado corporativo como operadora fixa", comenta.

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MERCADO DE LUXO


Londres/Inglaterra
Vendas da casa de leilões Christie's caem 19% em 2008
As vendas da casa de leilões Christie's em 2008 caíram 19% no mundo todo, ficando US$ 5,1 bilhões abaixo do que o registrado em 2007, informou na quinta-feira, a companhia em Londres. Por áreas de negócio, as vendas em leilões chegaram a US$ 4,6 bilhões, 20% a menos que em 2007, enquanto as vendas privadas somaram US$ 487 milhões, queda de 9%. A companhia indicou que estes resultados incluem as vendas realizadas nos mais de 600 centros de leilões dependentes das 14 sedes espalhadas pelo mundo. Em 2008, 629 obras de arte foram leiloadas por valor unitário superior a US$ 1 milhão, segundo a empresa. O executivo-chefe de Christie's International, Edward Dolman, destacou que, apesar da crise, a empresa "conseguiu manter sua rentabilidade" e é capaz de seguir liderando os mercados "mais importantes" no mundo todo. "Os últimos resultados e as previsões para o futuro nos permitem olhar para o futuro do mercado da arte com otimismo", acrescentou. No entanto, o diretor especificou que as atuais condições econômicas obrigaram a empresa a implementar estratégias e redefinir seus planos estratégicos para reduzir custos. (Agência Efe)

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