I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 150 | Ano I

Desempenho econômico do Brasil supera o dos demais Brics
O Brasil registrou a melhor colocação entre os chamados Brics (grupo do qual faz parte com Rússia, Índia e China) na classificação dos indicadores sobre as perspectivas de conjuntura econômica na OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico -, divulgada nessa sexta-feira. O índice referente à OCDE como um todo (da qual os Brics não fazem parte) teve o pior resultado desde os anos 70. A classificação do Brasil ficou em 98,8 pontos em dezembro, o que representa uma queda de 1,8 ponto em relação a novembro. A Rússia registrou queda de 3,8 pontos em seu índice, que ficou em 86,7; a China teve queda de 2,4 pontos, para 87,6; e a Índia caiu 0,5 ponto, para 94,4.
Na OCDE, o índice geral caiu 1,1 ponto no último mês de 2008, fechando o ano em 92,9 pontos, contra uma média de longo prazo de 100. Os dados refletem "níveis nunca vistos desde os anos 70" para a maior parte dos membros da OCDE e "seguem mostrando um enfraquecimento das perspectivas de crescimento para as sete maiores economias" do mundo. Entre os países do G7 (grupo formado pelos sete países mais ricos, todos membros da organização) as maiores quedas foram as registradas na Alemanha (1,6 ponto, para 90,9) e EUA e Japão, com queda de 1,4 ponto cada. No G7 como um todo, a queda foi de 1,2 ponto, para 92,4 pontos.
Na zona do euro, a queda no índice foi de 0,9 pontos. Para o grupo de países asiáticos que compõem o G5 (que inclui China, a Índia, Indonésia, Japão e Coreia), a queda foi de 1,7, para 90,9 pontos. "As perspectivas de crescimento se deterioraram seriamente, também para as grandes economias que não são membros da OCDE, e enfrentam atualmente fortes esfriamentos", acrescenta a nota. A OCDE é formada por: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, República Tcheca, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, EUA, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, Reino Unido, Suécia, Suíça e Turquia. (Agência da Efe, de Paris)

OMC articula reação a medidas de protecionismo
A OMC - Organização Mundial do Comércio - vai se reunir nesta segunda-feira, pela primeira vez, para avaliar o que ocorreu nos últimos meses desde que a crise financeira eclodiu. O temor já declarado da OMC é de que governos abandonem as regras internacionais e passem a colocar seus interesses sobre qualquer coisa, mesmo que isso custe retaliações. Isso tudo em um cenário de queda no comércio internacional, a primeira retração desde 1982. De fato, pesquisas mostram que a lealdade de empresários ao livre comércio é um fenômeno frágil. Segundo a Ernest & Young, 78% das pequenas e médias empresas alemãs apoiam a adoção de "medidas protecionistas" nesse momento para se proteger da recessão. Há um ano, o apoio a essas medidas era de apenas 43%. Em um relatório preliminar, a OMC admite que os casos de protecionismo tradicional, com elevação de tarifas, foram limitados até agora. Mas a realidade é que a nova forma de protecionismo ganhou instrumentos, algumas vezes até mais poderosos e distorcidos que a simples elevação de tarifas a importação. Nos EUA, o presidente Barack Obama lançou um pacote dando preferência a produtos nacionais. O problema é que a proposta vai contra o que a Casa Branca por anos defendeu com unhas, dentes e retaliações. Há um ano, os EUA levaram a China a julgamento na OMC, porque Pequim estaria exigindo de suas empresas de veículos que mais de 60% dos carros fossem montados com peças ou produtos nacionais. "Há uma regressão", admitiu Charles Dallara, diretor do Instituto de Finanças Internacionais. "A recessão é tão profunda que há o risco de que governos não percebam mais os benefícios da globalização e comecem a questionar esse modelo."

Summers afirmou que herdaram 'o pior sistema financeiro desde a Grande Depressão'
O assessor econômico do presidente Barack Obama, Larry Summers, declarou ontem, domingo, dia 8/02, que a nova administração americana "herdou o pior sistema financeiro desde a Depressão de 1930". Em entrevista à rede FOX News, Larry Summers declarou: "herdamos uma situação. Quando, em um quarto de século, a gente voltar ao passado e estudar as grandes crises bancárias, a de 2007 e 2008 nos EUA será uma dessas crises". "Herdamos o pior sistema financeiro desde a Depressão", insistiu. Summers pediu a adoção rápida do plano de estímulo à economia, de US$ 780 bilhões, que o Senado planeja votar nesta segunda-feira, cujo texto deverá ser harmonizado com o aprovado pela Câmara de Representantes, de US$ 819 bilhões. Segundo ele, a economia americana precisará de apoio nos próximos dois anos: "Acho que essa economia ainda vai precisar de apoio por dois anos". O diretor do Conselho Econômico Nacional garantiu que os gastos contemplados no pacote, sobretudo, para a educação e, em parte, para a Previdência Social, "não serão permanentes" - na tentativa de acalmar os republicanos, que estão alarmados com o aumento do déficit e das ajudas às camadas mais desfavorecidas da população. "Isso não se fará de maneira permanente no orçamento. Em um dado momento, sairemos dessa recessão, e os gastos serão reduzidos", garantiu. "O presidente disse, claramente, que esse apoio temporário à educação é para evitar que professores sejam demitidos", acrescentou Summers. Em outra entrevista, à rede ABC, Summers se referiu ao "apoio aos bancos, de modo a estabilizá-los e que estejam em condições de emprestar". "Haverá apoio, em geral, para os mercados creditícios", afirmou. "É absolutamente fundamental: haverá apoio e pressão que garanta que serão evitadas essas execuções desnecessárias", insistiu, acrescentando que será preciso agir "agressivamente para conter o dano no mercado imobiliário". (Agência France Presse/AFP, de Washington/EUA)

EUA adiam anúncio de plano de resgate financeiro
O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, adiou até a terça-feira, o anúncio do novo plano de resgate financeiro, informou ontem o Governo. Inicialmente, estava previsto que Geithner fizesse seu anúncio na segunda-feira, mas o departamento do Tesouro assinalou em comunicado que nesse dia os responsáveis de política econômica "estarão em consultas com os senadores" sobre o programa de estímulo orçamentário que também é impulsionado pela Administração. Hoje haverá um voto de procedimento sobre esse programa e se não houver contratempos o voto final acontecerá no plenário do Senado na terça-feira, dia 10/2. O diretor do Conselho Econômico Nacional, Larry Summers, disse no domingo a tarde em uma entrevista à emissora de TV "ABC", que o adiamento do anúncio do plano financeiro se deve ao fato de o Governo querer "manter o enfoque no programa de recuperação" que está no Senado. Geithner deve definir como a administração de Obama usará o dinheiro que resta do fundo de US$ 700 bilhões para estabilizar os mercados, que foi aprovado pelo Congresso no ano passado por insistência do Governo de George W. Bush. O plano incluirá mais de US$ 50 bilhões de ajuda para que proprietários de imóveis não percam suas casas, assim como incentivos para que investidores privados adquiram os títulos de má qualidade dos bancos, antecipou ontem Summers. (Agência EFE, de Washington/EUA)

Fed está na linha de frente para salvar os bancos
O FED - Federal Reserve - deve desempenhar um papel crescente no novo plano de resgate do sistema financeiro que será apresentado nesta segunda-feira pelo governo americano, que finalmente teria renunciado a comprar diretamente os ativos invendáveis dos bancos, segundo a imprensa desse sábado nos EUA. "O plano final não incluiria a criação de um banco público encarregado de comprar dos bancos seus ativos podres, como vinha sendo contemplado", escreveu o The Wall Street Journal. "Em vez disso, a meta seria estender um programa do Federal Reserve encarregado de relançar o crédito, entre outros meios para aliviar os bancos de suas más apostas", acrescentou. O plano do governo deve ser anunciado hoje, segunda-feira, dia 9/2, às 10h (13h de Brasília) pelo secretário do Tesouro, Timothy Geithner. O plano deve modificar e complementar o de 700 bilhões de dólares aprovado em outubro pelo Congresso a pedido do governo de George W. Bush. (Agência France Presse/AFP, de Washington/EUA)

Sharp vai cortar 1,5 mil postos de trabalho no Japão
O grupo japonês do setor de eletrônica Sharp anunciou na sexta-feira, dia 06/02, a demissão de 1,5 mil funcionários e o fim de algumas linhas de produção, uma consequência das previsões de grandes prejuízos provocados pela crise e a valorização do iene. "Decidimos não renovar os contratos de 1.500 funcionários no Japão", afirmou o diretor da área de contabilidade da empresa, Tetsuo Onishi. "Construiremos assim, uma estrutura de recursos humanos que corresponde ao volume de vendas", acrescentou. Além disso, os executivos da empresa aceitaram reduções em seus salários. O grupo japonês prevê no ano fiscal em curso (que termina em março), um prejuízo líquido de 100 bilhões de ienes (US$ 1,1 bilhão). (Agência France Presse/AFP, de Tóquio)

British Airways anuncia prejuízo e prepara corte de gastos
A British Airways registrou perdas líquidas nos primeiros nove meses de seu ano fiscal 2008-2009, devido à fragilidade da libra esterlina e à crise econômica mundial, informou na sexta-feira, 06/02, a companhia aérea britânica, que prevê cortar gastos. Os prejuízos aumentaram para 127 milhões de libras (US$ 186 milhões) nos nove meses até 31 de dezembro de 2008, que contrastam com os lucros de 642 milhões de libras registrados no mesmo período do ano passado fiscal. "Estes resultados foram afetados por uma maior fragilidade econômica e a queda da libra", declarou o diretor executivo da British Airways, Willie Walsh, em comunicado que informa que as vendas aumentaram 6,2%, para 7,05 bilhões de libras (US$ 10,2 bilhões). A British Airways afirmou que a conta de combustível disparou 50%, apesar da queda dos preços do petróleo nos últimos meses, reflexo do colapso da libra frente ao dólar. O querosene, o combustível utilizado pelos aviões, é refinado a partir do cru, cujo preço é dado em dólares. Estes resultados levaram a companhia a abrir diálogo com sindicatos sobre salários e produtividade, necessários para melhorar o desempenho financeiro da empresa, disse a British Airways, sem dar mais detalhes. "O ambiente econômico enfraquecido traz a necessidade de reduzir custos de forma significativa", acrescentou a nota. (Agência France Presse, de Londres)

Avon entra no mercado de tinturas para cabelos

A Avon Cosméticos anunciou a entrada no mercado de tintura para cabelos, um movimento que deverá atrair novas consumidoras e aumentar as oportunidades de lucro para as mais de um milhão de revendedoras autônomas Avon no Brasil. A empresa não deu detalhes da nova linha de produtos, que são guardados para o lançamento oficial, que deve acontecer ainda no primeiro semestre. Esse não é um segmento tradicional para a Avon. Até o início do ano passado, apenas as subsidiárias da Argentina e do México vendiam uma linha desenvolvida pelo laboratório mundial da empresa, localizado nos EUA, em parceria com o centro de pesquisas no Brasil. Para a divulgação dos produtos, que farão parte da linha Advance Techniques, de cuidados com os cabelos, a Avon contratou a atriz Ana Paula Arósio, que deverá mudar a cor dos cabelos como parte da campanha de marketing do lançamento. O Brasil é o maior mercado da Avon, depois dos EUA. A empresa não divulga dados de faturamento no país, mas registrou crescimento de 30% no terceiro trimestre.

Morana marca presença na Franchise Expo Paris 2009
A Morana, maior rede de acessórios e bijuterias do país, administrada pelo Grupo Ornatus, participa pela primeira vez do principal evento internacional Franchise Expo Paris. A ABF - Associação Brasileira de Franchising - associou-se à organização deste evento anual e terá um pavilhão inteiro para exposição de uma dezena de marcas interessadas em exportar seus conceitos para a França e para o mundo. Um verdadeiro evento de referência para se informar sobre a atualidade mundial do setor e das últimas tendências do mercado, esta iniciativa também promoverá encontros com investidores brasileiros, interessados em trazer franquias internacionais para o Brasil. A Franchise Expo Paris é uma plataforma de encontro privilegiada que coloca empreendedores em contato com mais de 400 marcas. A expectativa é que o evento receba 30 mil visitantes decididos a montar seu próprio negócio.
A participação da Morana na Franchise Expo Paris possui um alto grau de importância, pois o Brasil é o país homenageado da Feira e o Diretor Executivo da ABF assumirá como secretário geral da CIF - Conselho Internacional de Franchising. Desta forma, é inegável a grande oportunidade de exposição da marca e do trabalho no contexto internacional e até mesmo nacional, levando-se em conta o apoio governamental que as empresas participantes terão.
Exportação - A estratégia no processo de internacionalização da marca é a de aprofundar entendimentos para que seja possível comercializar produtos em formato store in store, ou seja, criando pontos de venda em lojas que já atuam no mercado de moda feminina. A perspectiva para os próximos anos é bastante positiva, com prospecção de novos negócios em diversos países, pois a dinâmica que a moda emprega no mundo todo é de rápida velocidade e de várias mudanças e a Morana vai ao encontro a este conceito.


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INDICADORES ECONÔMICOS


RESUMO DA SEMANA de 2 a 6 de fevereiro de 2009

- IGP-DI apresentou em janeiro taxa superior à registrada em dezembro
O IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - variou 0,01%, em janeiro, taxa superior à registrada em dezembro, de -0,44%. Os componentes do IGP-DI apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de dezembro para janeiro: IPA, de -0,88% para -0,33%, IPC, de 0,52% para 0,83%, e INCC, de 0,17% para 0,33%.

- IPC-C1 tem a maior variação dos últimos sete meses
O IPC-C1 - Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 -, calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos mensais, registrou variação de 0,72% em janeiro. Esta foi a maior taxa de variação desde junho de 2008, quando o indicador subiu 1,29%.

- O IPC-S de 31 de janeiro de 2009 apresentou variação de 0,83%
O IPC-S de 31 de janeiro de 2009 apresentou variação de 0,83%, taxa 0,03 ponto percentual (p.p.) acima da apurada com base na coleta encerrada em 22/01. Nesta apuração, apenas o grupo Educação, Leitura e Recreação registrou acréscimo em sua taxa de variação, que passou de 2,57% para 3,53%.


ECONOMIA NACIONAL
Dólar Comercial (Cotações de fechamento da PTAX)
Data R$/US$
02/02 2,3475
03/02 2,3144
04/02 2,2994
05/02 2,3065
06/02 2,2540 (Cotação de 16h30min)
Fonte: BACEN


- IPCA fica em 0,48% e IPNC em 0,64% e em Janeiro
O IBGE divulgou na sexta–feira, dia 6/02, os números de janeiro do IPCA e INPC. Segundo o IPCA - Instituto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - apresentou variação de 0,48% e ficou 0,20 ponto percentual acima da taxa registrada no mês de dezembro (0,28%). Nos últimos doze meses, a variação ficou em 5,84%, pouco abaixo da taxa dos doze meses imediatamente anteriores (5,90%).

- Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC
Apresentou variação de 0,64% em janeiro, bem acima do resultado de 0,29% de dezembro. Nos últimos doze meses, a variação foi de 6,43%, resultado pouco abaixo da taxa imediatamente anterior (6,48%). Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,53%, em janeiro, superior ao resultado de dezembro (0,12%), enquanto os não alimentícios aumentaram 0,69%, em janeiro, e 0,36% em dezembro.

- IPC da FIPE registra elevação de 0,46% na quarta quadrissemana de janeiro
O IPC - Índice de Preços ao Consumidor -, referente à cidade de São Paulo, apresentou elevação de 0,46% durante a quarta quadrissemana de janeiro. O número divulgado na última terça-feira, 03/02, pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas -, é 0,10 ponto percentual maior do que o registrado na terceira quadrissemana do mesmo mês (0,36%). Nos sete grupos que compõem o IPC, as variações registradas na quarta quadrissemana foram: Alimentação (0,68%), Transportes (-0,30%), Despesas Pessoais (0,59%), Vestuário (-0,56%), Educação (5,95%), Habitação (0,21%) e Saúde (0,42%).

Comércio Exterior
MDIC divulga os resultados da balança comercial de janeiro de 2009
Em entrevista coletiva, realizada no último dia 02/02, o secretário do MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior -, Welber Barral, declarou que a retração da demanda mundial é o grande desafio para exportadores brasileiros em 2009 e que eles precisam manter os mercados já conquistados porque retomar um mercado perdido é muito difícil. Em janeiro as exportações brasileiras chegaram a US$ 9,788 bilhões e as importações a US$ 10,306 bilhões, o que resultou num déficit comercial (diferença entre o valor exportado e o importado) de US$ 518 milhões. Esse é o primeiro saldo negativo desde março de 2001, quando houve déficit de US$ 274 milhões, Em relação aos números de janeiro de 2008, as exportações brasileiras – pela média diária – apresentaram decréscimo de 22,8%. Por fator agregado, as exportações de produtos básicos caíram 6,5% e as de produtos industrializados 29,4%, sendo que os manufaturados apresentaram decréscimo de 34% e os semimanufaturados 13,7%.

Indústria
Produção industrial recuou 12,4% de novembro para dezembro
Segundo o IBGE, na série sem ajuste sazonal da produção industrial houve queda de 14,5% em relação a dezembro de 2007. A produção industrial acumulou 3,1% em 2008, ficando abaixo do crescimento acumulado em 2007 (6,0%). Em dezembro de 2008, o recuo foi de 12,4% frente a novembro, na série com ajuste sazonal. Esse foi o terceiro resultado negativo consecutivo nessa comparação, acumulando perda de 19,8% de setembro a dezembro. Já os índices regionais da produção industrial, ajustados sazonalmente, recuaram em doze dos quatorze locais pesquisados, com MG (-16,4%), BA (-15,6%) e SPo (-14,9%) apontando as reduções mais acentuadas. Os demais recuos foram menores que a média nacional (-12,4%): CE (-4,1%), PE (-5,7%), PA (-6,7%), SC (-7,5%), ES (-7,9%), RJ (-8,2%), Região Nordeste (-8,9%), RS (-10,0%) e PR (-11,3%). As únicas áreas que registraram acréscimo na produção entre novembro e dezembro foram AM (0,9%) e GO (0,4%).

Agropecuária
Em 2009, safra deve atingir 134,7 milhões de toneladas
Em janeiro, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, realizado pelo IBGE, estimou que dentre os vinte e cinco produtos selecionados, sete apresentam alta na estimativa de produção em relação a 2008: amendoim em casca 2ª safra (15,0%), arroz em casca (2,2%), cana-de-açúcar (0,6%), cebola (4,0%), feijão em grão 1ª safra (17,7%), mamona em baga (14,8%) e mandioca (1,4%). De acordo com o IBGE a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá ser 7,6% menor que a obtida no ano passado (145,8 milhões de toneladas). A área a ser colhida deve atingir 47,6 milhões de hectares, 0,8% maior que a de 2008 (47,2 milhões de hectares). Regionalmente, a produção e as variações esperadas para 2009, em relação à safra anterior, serão: Norte, 3,8 milhões de toneladas (-1,8%), Nordeste, 13,0 milhões de toneladas (4,7%), Sudeste, 16,9 milhões de toneladas (-3,5%), Sul, 53,5 milhões de toneladas (-12,7%) e Centro-Oeste, 47,5 milhões de toneladas (-6,3%).

Economia Internacional
Desemprego nos EUA sobe em janeiro de 2009
A taxa de desemprego nos EUA subiu de 7,2% para 7,6%, em janeiro, segundo o Departamento de Trabalho Americano. De acordo com as informações divulgadas na sexta-feira, 06/02, 598 mil postos de trabalho foram fechados no primeiro mês de 2009. Com os cortes, o total de empregos eliminados subiu para 3,6 milhões, sendo que, de acordo com os especialistas americanos, metade destas vagas desapareceram apenas nos últimos três meses. Em janeiro, os cortes na indústria de bens de produção chegaram a 300 mil.


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)


Bolsas da Ásia sobem; setor bancário faz Bolsa de Tóquio recuar
As principais Bolsas da Ásia iniciaram a semana em alta, empurradas pela expectativa de aprovação do pacote de estímulo à economia dos Estados Unidos nesta semana. No Japão, a Bolsa fechou a segunda-feira em queda puxada pelo setor bancário.
- A Bolsa de Tóquio registrou perdas de 1,33%, aos 7.969,03 pontos, no índice Nikkei 255.
- A Hang Seng da Bolsa de Hong Kong avançou 1,14%.
- A Bolsa de Xangai teve ganhos de 1,99%.
- O ASX, da Bolsa de Sydney (Austrália), ganhou 1,11%.
- O Kospi, da Bolsa de Seul (Coreia do Sul), também teve perdas nesta segunda (-0,63%).
No mercado japonês, o que puxou o mercado para terreno negativo foram as ações do banco Nomura Holdings (-14,3%), o maior do Japão, que anunciou nesta segunda-feira que terá de levantar um capital de US$ 3,3 bilhões para cobrir o prejuízo causado pela compra da filial do americano Lehman Brothers, que faliu no ano passado.
Para analistas, a notícia sobre o Nomura Holdings assustou os investidores, que já estão cautelosos à espera da aprovação do plano de resgate de US$ 780 bilhões negociado pelo Senado dos EUA para reativar a economia americana --maior parceiro comercial do Japão.
Além disso, hoje o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, deve anunciar um novo "[plano para ajudar os bancos do país a se livrar de seus piores ativos para voltar a atrair mais investidores privados e se recapitalizar.
A medida, em vez de criar oficialmente um "banco ruim" com ativos tóxicos, irá incentivar investidores privados a comprar títulos problemáticos por meio da garantia de absorção de parte dessas perdas se o valor dos papéis continuar a cair. "Até que o plano de ajuda bancária saia, ninguém quer comprar [ações]. Ainda há muita coisa que não conhecemos, e com o Japão fechado devido a um feriado na quarta-feira, o mercado não terá tempo de responder", disse Noritsugu Hirakawa, estrategista da Okasan Securities.


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MERCADO FINANCEIRO


Royal Bank of Scotland pode pagar US$1,5 bilhão em bônus
Rumores de que o Royal Bank of Scotland deve conceder a seus funcionários 1 bilhão de libras em bônus, disseminaram discussões na Grã-Bretanha neste domingo, 08/02, em uma época de aumento de desemprego em um cenário de recessão profunda. O ministro das Finanças britânico, Alistair Darling, garantiu que os banqueiros que perderam muito dinheiro não receberiam bônus altos, mas ele afirmou que é muito cedo para seguir a medida do presidente dos EUA, Barack Obama, e obrigar a restrição do pagamento dos banqueiros.
A Comissão Europeia já pediu que os governos nacionais limitassem os pagamentos nos bancos. Políticos da oposição disseram que a decisão de Darling de criar uma revisão da administração e remuneração dentro dos bancos, é muito tardia para impedir uma onda de bônus altos. O jornal Sunday Telegraph divulgou que os planos do RBS são de pagar perto de 1 bilhão de libras (1,47 bilhão de dólares) em bônus este ano, mesmo após o banco ter divulgado a maior perda financeira já registrada entre as empresas britânicas.
O RBS pediu ao governo um pacote de 20 bilhões de libras para permanecer funcionando no ano passado e agora, é 70% controlado pelo governo. O Sunday Telegraph ainda informou que para garantir a ajuda governamental, o banco deveria limitar o pagamento de bônus em dinheiro em 25 mil libras. Outras remunerações poderiam ser realizadas através de ações e opções.
Os bônus planejados pelo RBS são 60% menores dos pagos há um ano e o banco acredita que é obrigado por contratos, a pagar a maioria dos bônus aos funcionários que vieram em 2007, com a aquisição do banco holandês ABN AMRO, segundo o jornal. O RBS informou que não chegou a uma decisão final sobre o pagamento de bônus. O porta-voz econômico da oposição conservadora, George Osborne, disse que casos como o do RBS fortalecem a possibilidade da imposição de restrições para pagamentos nos bancos. (Agência Reuters, de Londres)


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AGRONEGÓCIOS


Agroindústrias tiveram o menor crescimento no PIB até novembro
A desvalorização elevada do real já se reflete na recuperação de preços para os segmentos de soja e milho, mas o quadro pode mudar nos próximos meses. A avaliação é da área técnica da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil -, que divulgou ontem o resultado do PIB - Produto Interno Bruto - do agronegócio em novembro do ano passado. "A expectativa é de que, a partir do plantio da safrinha, os sinais de queda de atividade possam começar a reverter", avaliaram os técnicos em nota distribuída pela assessoria de imprensa da confederação.
No acumulado de janeiro a novembro de 2008, o segmento primário da pecuária registra aumento de 11,33%. Este bom desempenho em 2008 resulta da expansão de preços e volume de produção, especialmente dos bovinos, suínos e leite. Embora o preço do frango apresente crescimento em 2008, a média de preços reais continua inferior ao observado em 2007.
A agroindústria segue em dificuldades, registrando desempenho negativo de 0,48%, em novembro. Este recuo reflete as quedas das indústrias de base agrícola e pecuária, acumulando crescimento de apenas 0,69% no ano. O segmento de distribuição do agronegócio registrou queda de 0,46% em novembro, acumulando expansão de 3,65% no ano.
A maioria dos setores industriais/agropecuários já revelava perda no ritmo de atividade desde novembro de 2007. Para a CNA, o fato das maiores perdas ocorrerem nos segmentos de açúcar, calçados, beneficiamento de produtos vegetais, têxtil, vestuário, madeira e mobiliário reflete o efeito da perda de competitividade devido ao real muito valorizado até setembro.


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SETOR AUTOMOTIVO


GM pode cortar milhares de funcionários nos EUA
A General Motors está desenvolvendo um plano para demitir até 5 mil funcionários assalariados em um movimento para cortar custos até 31/3, prazo final para a ajuda de 13,4 bilhões de dólares oferecida à montadora pelo governo norte-americano, informa a Bloomberg. O volume de cortes pode se equiparar ao total de empregados regulares demitidos em 2008, afirma a agência, citando fontes próximas do plano. A companhia vai incluir o plano em um relatório de progressos que será entregue em 17/02 ao governo dos EUA. Um porta-voz da GM não estava imediatamente disponível para comentar o assunto. A GM, que viu suas vendas despencarem 49% em janeiro, afirmou em dezembro que enfrenta possibilidade de colapso no curto prazo se não receber ajuda governamental. A companhia recebeu 9,4 bilhões de dólares em financiamento de emergência, como parte de um plano de resgate aprovado pelo governo norte-americano em dezembro. A montadora de veículos tem até 31/3 para demonstrar ao governo que é comercialmente viável. (Agência Reuters, de Chicago/EUA)

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COMÉRCIO EXTERIOR


Mercados emergentes se voltam para o comércio sul-sul
Países em desenvolvimento, procurando compensar a queda de demanda dos países ricos e os preços mais baixos das commodities, buscam formas de aumentar um dos mais dinâmicos aspectos das suas economias: o comércio sul-sul. No mês passado, o FMI - Fundo Monetário Internacional - afirmou que países em desenvolvimento cresceriam cerca de 3,3% neste ano, enquanto as economias avançadas encolheriam cerca de 2%. Como um todo, a economia mundial ficaria estagnada.
A UNCTAD, organismo das Nações Unidas para comércio e desenvolvimento, prevê que as exportações dos países em desenvolvimento poderiam cair cerca de 9,2% em 2009. O comércio sul-sul pode ser a única luz neste túnel. O secretário-geral da UNCTAD, Supachai Panitchpakdi, declarou que a crise financeira abalou as fundações econômicas do norte e ameaça as aspirações ao desenvolvimento do sul. "O momento agora é para ver o quanto uma maior cooperação sul-sul pode ajudar os países em desenvolvimento a lidar com a crise", disse Supachai, ex-diretor da OMC - Organização Mundial de Comércio. Ele fez a declaração numa reunião da UNCTAD sobre o tema na semana passada.
Deslocamento de poder
O esforço de países em desenvolvimento, especialmente os grandes, como China, Índia e Brasil, para, cada um, poder contar mais com o outro, é mais um sinal do deslocamento do poder global que se concentrava nos EUA e Europa, no momento em que o mundo combate a crise econômica. O ministro brasileiro de Relações Exteriores, Celso Amorim, encontrou-se com os ministros do Comércio indiano, Kamal Nath, e sul-africano, Mandisi Mpahlwa, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos. O tema da conversa foi como incrementar o comércio mútuo.
À imprensa, Amorim afirmou que eles haviam concordado que a África do Sul organizaria um encontro num futuro próximo, para discutir um acordo entre o Mercosul, o bloco do sul da África e a Índia. "Também queremos estudar mecanismos que permitam que nosso comércio se mantenha, independentemente do que aconteça com os mercados financeiros", declarou Amorim. Essa cooperação não será sempre fácil, já que a crise pode levar os países a criar barreiras para exportações.
A Índia aumentou as tarifas para o aço no ano passado, para impedir as importações chinesas. Também vetou importações de brinquedos da China por seis meses, o que pode acarretar em disputa na OMC. Os avanços, porém, em anos recentes já são uma fundação para iniciar o trabalho. O comércio entre países em desenvolvimento aumentou. Dados da OMC mostram que o comércio sul-sul representou 16,4% do total de 14 trilhões de dólares de vendas globais em 2007. Esse percentual em 2000 era de 11,5%. "O comércio sul-sul tem sido um dos mais dinâmicos aspectos dos negócios entre países nos últimos 10 anos e nossa expectativa é que continue crescendo, mas em um ritmo menor, por enquanto. Estamos otimistas de que se torne um componente ainda mais dinâmico do comércio internacional", afirmou o economista Bonapas Onguglo, da UNCTAD.
Uma das razões pelas quais o comércio sul-sul continuaria a crescer é que, emergentes, esses mercados precisariam de mais comida, energia, entre outros produtos. Isso encorajaria países em desenvolvimento a investirem nesses locais, como a China faz na África, atualmente. As alternativas para fortalecer o comércio sul-sul incluiriam mais financiamentos de bancos regionais. Países em desenvolvimento também poderiam diversificar as suas reservas, comprando os débitos de outros. Diferentemente do pregado nos anos 70 e 80, o apoio ao comércio sul-sul, hoje não significa que esses países virariam as costas para as nações ricas. "O comércio sul-sul é uma via. Não a usamos plenamente ainda. Agora é a hora", disse Onguglo. (Agência Reuters, de Genebra/Suiça)

China já é 2º parceiro comercial do Brasil
A China ultrapassou a Argentina e já é o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas dos EUA. Em 2008, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) do País com a China, chegou a US$ 36,443 bilhões, um aumento de 56% em relação ao resultado do ano anterior, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Nesse mesmo período, o comércio com a Argentina somou US$ 30,863 bilhões, com crescimento de 24 %. Já as trocas com os EUA aumentaram 21%, para US$ 53,049 bilhões.
Entre os três principais parceiros, a China é o único que exportou mais do que importou no intercâmbio comercial com o Brasil em 2008. O déficit comercial com a China chegou a US$ 3,636 bilhões, ante um resultado, também negativo, de US$ 1,872 bilhões em 2007. Nos seis anos anteriores, o saldo havia sido favorável ao Brasil. Mas o que preocupa os empresários brasileiros é o desequilíbrio no conteúdo da corrente de comércio entre os dois países. "Exportamos matéria-prima aos chineses e importamos deles produtos acabados, como calçados, têxteis e máquinas, possivelmente feitos com a mesma matéria-prima que vendemos", diz José Augusto de Castro, vice-presidente da AEB - Associação de Comércio Exterior do Brasil.
Não por acaso, o principal responsável pela deterioração do saldo do País com a China, foi o resultado negativo da indústria de transformação, cujo déficit foi de US$ 18 bilhões em 2008, valor que superou em 58% o do ano anterior (US$ 11,3 bilhões). A exportação de manufaturados brasileiros ao gigante asiático não passou de US$ 1,1 bilhão. "A fatia dos manufaturados, que em 2000 representavam 19% da nossa pauta de exportação para a China, já caiu para 6%", conta o executivo da AEB. "Em contrapartida, a participação das commodities subiu de 68% para 78%". Em 2008, o País vendeu US$ 12,7 bilhões em produtos básicos para a China.
Segundo ele, os empresários veem com preocupação o avanço chinês na pauta de importações brasileira. No mês passado, o Brasil importou US$ 1,348 bilhão em produtos chineses, o que representou queda de 8,1% em relação ao US$ 1,537 bilhão de janeiro de 2007. Mesmo assim, a participação desses produtos nas importações totais do País, aumentou de 12,4%, em janeiro do ano passado, para 13,1%, agora. A explicação é simples: a importação de produtos de outros países teve uma queda ainda maior que a dos chineses, de 12,6%. A queda das vendas chinesas aos mercados americano e europeu, que estão em recessão, só fez crescer a preocupação dos empresários. (Agência Estado)

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MERCADO DE TI

Unilever intensifica programa de redução de custos e padronização de sistemas
A fabricante de bens de consumo
Unilever promete intensificar seu programa de redução de custos e padronização dos sistemas de tecnologia da informação. Segundo Paul Polman, CEO da companhia, “as mudanças que já foram feitas fortaleceram nossos negócios e deixaram a empresa bem posicionada para enfrentar os desafios do futuro”. De acordo com o executivo, os esforços para reduzir gastos vão aumentar. A empresa conseguiu economizar 1,1 bilhão de euros por meio do programa One Unilever Plan, que promoveu melhorias organizacionais e na cadeia de suprimentos. As ações incluem um plano global de padronização da tecnologia usando plataforma SAP. O programa está promovendo a padronização dos processos de negócios nas três regiões de operação da Unilever: Américas, Europa e Ásia/AMET (África, Oriente Médio e Turquia). Um acordo com a SAP, feito em 2007 pelo CIO Neal Cameron, prevê a mudança de toda organização para uma plataforma comum de TI. De acordo com a empresa, grandes progressos foram feitos para simplificar os negócios, inclusive a integração de diferentes unidades em cada país e a formação de organizações multinacionais, o que está possibilitando tomadas de decisão mais rápidas e maior eficiência nas operações. A empresa divulgou, na quinta-feira, 05/02, que obteve crescimento de 7,4% nas vendas do ano passado. O lucro da companhia ficou em 1,14 bilhão de euros, contra 721 milhões de euros no ano anterior. Durante a divulgação dos resultados, a empresa afirmou que a adoção da plataforma SAP na Europa Ocidental, foi concluída. As mudanças promoveram crescimento no Reino Unido e na Holanda. (Agência IDG News Service, do Reino Unido)

Invasão de hacker faz Citibank recolher cartões no Brasil
Uma invasão de hackers em uma empresa americana que faz processamento de pagamentos eletrônicos levou o Citibank a cancelar e a recolher cartões de crédito em vários países, inclusive no Brasil. O Citi suspeita de que os hackers tenham obtido dados como nome, número e data de expiração de cartões de crédito Citicard e Credicard Citi no país. O banco não revelou o número de clientes expostos ao problema, mas afirmou que eles estão sendo contatados. Mesmo com dúvida se os dados foram, de fato, roubados, o Citi afirma que decidiu, preventivamente, recolher os cartões dos clientes que tiveram dados processados pela prestadora de serviço americana. O processamento dos dados era feito pela Heartland Payments Systems, de Nova Jersey/EUA, que sofreu ataque a seus sistemas entre maio e novembro de 2008. A empresa processa 100 milhões de transações mensais para mais de 250 mil estabelecimentos nos EUA e no Canadá. Os clientes mais expostos são os que viajaram a esses países no período.
Maior violação de dados - O incidente é visto como a maior violação de dados da história e colocou em alerta as principais empresas de processamento de dados do mundo. Especialistas estimam que 50 milhões de pessoas tenham ficado com seus dados vulneráveis. A Heartland criou um hotsite (www.2008breach.com) para esclarecer as principais dúvidas dos clientes. "Devido a uma suspeita de fraude ocorrida no sistema de processamento de transações de cartões de crédito e débito da Heartland, [o Citi] decidiu realizar o imediato cancelamento e a substituição dos cartões de crédito de alguns clientes do Citibank e do Credicard Citi", disse o banco, em nota.
O Citi afirma que segue "os mais rígidos sistemas de segurança do mundo" e que dispõe de "ferramentas de alta tecnologia voltadas a inibir fraudes". "O Citi atua de maneira preventiva ao detectar probabilidades de fraude. Ao receber as informações sobre algum potencial comprometimento da segurança, o Citi empreende ações que protegem o sistema, reduzindo o risco [de fraude] para os clientes", disse. Clientes com dúvida podem ligar para os serviços de atendimento ao consumidor do Credicard Citi (0800 724 2483) e do Citicard (0800 979 2484).
Segundo a Heartland, a invasão aos dados ocorreu quando os consumidores passavam os cartões em máquinas de cobrança para realizar pagamentos. Os softwares invasores capturaram os dados dos usuários no momento em que os sistemas solicitavam autorização às operadoras e aos bancos emissores. A Heartland só comunicou o incidente no final de janeiro, após receber alertas da Visa e da MasterCard. "Peço desculpas pela inconveniência causada. A Heartland compreende a preocupação que essa violação gerou, e nosso objetivo é transformar o incidente em algo positivo para o público, os emissores de cartão e outros processadores de pagamentos", diz Robert Carr, presidente da Heartland, em carta aos clientes.

VisaNet lança sistema para pagamento rápido
A VisaNet lançou um novo projeto piloto para o varejo brasileiro. O serviço Pagamento Rápido permite efetuar pagamentos com cartões Visa ou Visa Electron sem a impressão do comprovante de venda do varejista e, consequentemente, sem a assinatura do cliente. O sistema pode ser usado nas compras de até R$ 40 e trará agilidade aos consumidores, mantendo a segurança da transação. Para o lojista, as vantagens do sistema são redução de custos com bobina, aumento na durabilidade da impressora, redução de custos e trabalhos operacionais com armazenagem dos comprovantes e aumento do vínculo de parceria entre o lojista e seus clientes. O Pagamento Rápido está sendo testado em lojas das redes Pizza Hut, Estapar Estacionamentos, Hoyts Cinema e Bem Ditos Grill nas cidades de São Paulo e Guarulhos/SP.


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MERCADO ONLINE

Amazon tem forte alta nos números do ano
A Amazon, maior varejista online do mundo, anunciou que no quarto trimestre do ano suas vendas líquidas cresceram 18% na comparação anual, para US$ 6,7 bilhões, enquanto os lucros avançaram 9%, para us$ 225 milhões. Com isso, a empresa fechou 2008 com um faturamento líquido de US$ 19,17 bilhões (+29% na comparação anual) e lucros de US$ 645 milhões (+36%).

"Economia grátis" se espalha para o mercado real
Pagar está em baixa. Pagar caro, então, nem pensar. Além da crise, que tem desestimulado compras, a chamada “economia grátis”, surgida na internet, está chegando ao mundo real. Na rede, a maioria já se acostumou a usar serviços sem pôr a mão no bolso. Fora, formas de consumo grátis têm se disseminado, com a força dessa geração viciada em pegar sem pagar. Operadoras de celular usam esse modelo, quando “dão” o celular ao consumidor em troca da sua fidelidade a um contrato. É o tal subsídio cruzado. Agora, na Inglaterra, uma operadora dá chip, minutos e mensagens SMS grátis a usuários, com a contrapartida de poder entupi-los de torpedos publicitários. É a Blyk, que se mantém por anúncios e alveja jovens de 18 a 24 anos. A loja de móveis Ikea, presente na Europa e nos EUA, criou uma linha de balsa entre a ilha de Manhattan, em Nova York, e sua loja, no Brooklyn. Quem a usa não paga e nem precisa comprar na Ikea: isso serve para o consumidor gostar mais da marca. Na Inglaterra, o serviço Matter, dos correios, envia à casa de quem se cadastra no site uma caixa de novidades selecionadas, como produtos de beleza e DVDs. As primeiras foram enviadas no fim do ano e a idéia é juntar produtos de acordo com o perfil de cada pessoa. O lucro viria em forma de publicidade boca-a-boca dos produtos. Iniciativa semelhante vem do Japão. O Sample Lab, em Tóquio, cobra taxa anual de US$ 9 para que as pessoas levem novos produtos para casa, a título de experiência. Esses modelos buscam burlar a pulverização da atenção dos consumidores, perdida pela internet. Segundo a teoria, dessa forma o alvo da mensagem fica concentrado e ela chega só a quem interessa.


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LOGISTICA & infra-estrutura


ArcellorMittal sinaliza investimento no setor portuário do Rio de Janeiro
Para escoar a produção da mina a ArcelorMittal Serra Azul, subsidiária brasileira da gigante siderúrgica franco-indiana, está utilizando um terminal da Vale. Mas José Francisco Martins Viera, executivo que irá gerir os ativos de minério de ferro da companhia, garantiu que não vai deixar de buscar uma saída para exportar seu próprio minério pelo litoral fluminense, utilizando a ferrovia da MRS Logística. "Podemos disputar a licitação para construção e operação do terminal da Docas do Rio, como foi sugerido pelo governo, mas ela tem de acontecer", argumentou o executivo. No último dia 30, o governo do Rio de Janeiro não aprovou três grandes projetos de terminais portuários de multinacionais. A justificativa do Estado foi que questões ambientais, sociais e econômicas impediam os investimentos, já que nenhum deles gerava ICMS para os cofres estaduais.


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ENERGIA & Telecomunicações


Apesar da crise investimentos da Claro podem crescer
Embora julgue difícil prever os efeitos da crise sobre as telecomunicações, o presidente da Claro, João Cox, diz que pode elevar os investimentos no País em 2009. "Não há previsão de corte. Se eu tiver de mexer nos investimentos, será para aumentá-los", afirmou hoje a jornalistas. No ano passado, a Claro investiu US$ 1 bilhão. Outros R$ 1,4 bilhão foram empregados na compra de licenças para explorar a tecnologia de telefonia móvel de terceira geração (3G). Segundo Cox, o investimento em ativo permanente - Capex - deve priorizar a expansão da rede nas áreas já cobertas e levar a 3G da Claro, cujo sinal está disponível a 97 milhões de pessoas em mais de 300 cidades, às áreas que hoje não são cobertas. Cox disse que é difícil traçar um panorama de mercado com base nos dados de janeiro, mês tradicionalmente mais fraco para o setor em razão do período de férias. Mesmo assim, ele comentou que as vendas no início deste ano foram melhores que no começo de 2008 - e que a operadora não percebeu mudanças nos índices de inadimplência. Apesar das incertezas, ele acredita que 2009 exibirá o mesmo número de adições líquidas na telefonia móvel que em 2008, período em que a Claro recebeu 8,5 milhões de clientes. Em termos percentuais, o avanço no número de adições líquidas deve ser menor do que no calendário passado, "mas ainda de dois dígitos", no Brasil e na Claro.

Vivo investe R$ 103 milhões na Paraíba e em Alagoas
Com investimentos superiores a R$ 103 milhões, a Vivo inicia hoje suas operações comerciais na Paraíba e em Alagoas. Os recursos foram destinados, principalmente, à consolidação da rede e da operação própria nestes Estados. São dez novas cidades cobertas, as quais têm uma estrutura com 293 colaboradores diretos e indiretos, 127 pontos de venda e uma capilaridade de 27 mil pontos de recarga. A ampliação da cobertura para o Nordeste brasileiro teve início em outubro do ano passado, com a chegada em Pernambuco e no Ceará. O investimento acumulado no projeto supera a marca de R$ 308 milhões. Antes, a Vivo atuava com rede própria no Nordeste apenas no Sergipe e na Bahia. "Ao longo deste ano, manteremos a nossa agenda de investimentos em que novos municípios serão contemplados brevemente", disse Paulo Cesar Teixeira, vice-presidente executivo de Operações da Vivo. Pelo projeto de implantação, a rede da Vivo chegará, em breve, nos Estados do Piauí e Rio Grande do Norte, completando a extensão das operações próprias no Nordeste. A cobertura desses mercados tornou-se possível a partir da aquisição de faixas de frequência de 1,9 GHz, em leilão realizado pela Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações - no final de 2007, por R$ 85 milhões.

Expansão do mercado de etanol requer R$ 50 bilhões em 10 anos
Para expandir o mercado brasileiro de energia e garantir o atendimento ao consumo, serão necessários investimentos de R$ 767 bilhões nos próximos 10 anos. A previsão consta do Plano Decenal de Energia 2008/2017, divulgado oficialmente hoje pelo Ministério de Minas e Energia e pela EPE - Empresa de Pesquisa Energética. Estão previstos investimentos na expansão da oferta de biocombustíveis líquidos, como etanol e biodiesel, que deverão receber R$ 50 bilhões ao longo de 10 anos, de acordo com o planejamento do governo.
Segundo a EPE, responsável pela elaboração do plano, quase 70% dos recursos, R$ 536 bilhões, serão aplicados nos segmentos de petróleo e gás natural, incluindo as atividades de exploração, produção e oferta de derivados desses produtos. O setor elétrico necessitará de R$ 181 bilhões até 2017, o que representa 23,6% do total. O dinheiro será aplicado em projetos de geração e transmissão de energia elétrica, por exemplo.
O objetivo do programa é investir em projetos que garantam o suprimento de energia, promovam redução nos custos de investimentos e que tenham sustentabilidade ambiental. Para elaborar o Plano, foi considerado cenário demográfico com acréscimo de 15,5 milhões de habitantes no período 10 anos. Sendo assim, o Brasil chegaria a 2017 com 204,1 milhões de pessoas.


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MERCADO DE LUXO

Indústria do luxo perde brilho na crise
A indústria do luxo não foi poupada dos efeitos devastadores da crise econômica mundial, com queda nas vendas, cortes de empregos e adiamento na abertura de novas lojas, superando inclusive as projeções mais pessimistas. Este cenário será marcado, segundo as previsões, pela publicação no dia 5 de fevereiro, dos resultados anuais de Louis Vuitton Moët Hennessy (LVMH), líder mundial do luxo.Apesar de a empresa ter anunciado no Brasil um aumento de 14% no faturamento na divisão de perfumes e cosméticos de 2008, na comparação com 2007, e esperar um crescimento 10% para 2009, os analistas europeus esperam praticamente, uma estagnação de suas vendas em 2008. A indústria do luxo vinha confiando que não seria afetada pela turbulência global devido ao alto poder aquisitivo de seus clientes.No entanto, após muitos anos de desenvolvimento ininterrupto, a atividade dos fabricantes de cosméticos e perfumes, de estilistas de alta costura e joalheiros, vem sofrendo desde os primeiros meses do ano passado um claro desaquecimento que vai chegar a uma recessão em 2009, segundo Marc-André Kamel, sócio do gabinete Bain & Company. "Podemos esperar uma chuva de más notícias em termos de consumo no mercado de luxo", confirmou Shamina Bhaidjy, da Natixies Securities.Por exemplo, as vendas de relojoaria cairão mais de 25%", afetando "sobretudo as linhas de médio e alto luxo", segundo a casa Raymond James. Em seu conjunto, o mercado mundial do luxo deve cair, segundo Bain, entre 5% e 10% em 2009, se as taxas de câmbio se mantiveram constantes, mais do que a margem de 3% e 7% anunciada inicialmente. As más previsões já estão se confirmando: os produtores de champanhe anunciaram uma queda de suas vendas de 6% nos 11 primeiros meses de 2008, a marca de joalheria Cartier, decretou três meses de desemprego temporário para 180 assalariados e a Chanel prevê cortes de postos de trabalho.O britânico Burberry cortará 540 empregos e as grandes lojas de luxo americanas Saks, 1.100 empregos. A Tiffany reduzirá também seu pessoal. Até o britânico Bentley (grupo Volkswagen), cujos carros podem custar até 260.000 euros, interromperá sua produção durante seis ou sete semanas. O último anúncio, o do suíço Richemont, número dois mundial do luxo, que registrou uma queda de 12% de suas vendas, caiu como um balde de água fria. "Não esperávamos uma desaceleração tão generalizada, em todos os ramos de atividade e em todas as regiões", disseram os analistas do Deutsche Bank.A Richemont reduzirá sua produção e desacelerará o ritmo de novas aberturas de lojas para enfrentar a época de vacas magras. A contração da atividade do setor é "mais pronunciada" que a registrada no começo dos anos 2000, explicou Kamel. Primeiramente, porque muitos grupos quiseram "democratizar" seus produtos, indicou uma analista parisiense sob anonimato: para ampliar sua clientela, alguns vendem agora a preços mais acessíveis.Com a crise, o consumidor médio deixou de comprar produtos de alto luxo como os vendidos por "Coach ou Hugo Boss", segundo Kamel. A forte desaceleração dos pedidos dos distribuidores e grandes lojas, dois canais importantes para o setor, também pesou. "Estas lojas são agora extraordinariamente prudentes em suas compras", afirmou o especialista. (Agência France Presse/AFP, de Paris)

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EXPEDIENTE


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