I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 143 | Ano I

Relação política entre EUA e América Latina deve mudar com Obama
O novo presidente dos EUA, Barack Obama, que tomou posse ontem, 20/01, deve mudar o relacionamento do país com a América Latina. A avaliação é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acredita que o momento político americano é também, uma oportunidade para o fim do bloqueio econômico a Cuba. "Os EUA, durante muito tempo, tiveram uma política equivocada para a América Latina", afirmou em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente, ao citar a interferência norte-americana na instalação de regimes autoritários no continente na década 1960.
Para Lula, o olhar de Obama sobre a América Latina deve ser democrático e desenvolvimentista, principalmente para os países da América Central e do Caribe. O presidente disse ainda, que não há nenhuma explicação científica para o embargo a Cuba. "É importante que Obama faça um sinal para Cuba. É importante que o bloqueio seja desobstruído para que Cuba possa ter uma vida normal como todos os países, tendo relação com todos os países", apontou.
Na avaliação de Lula, a crise financeira internacional, que nasceu dentro dos EUA, a busca de um acordo na Rodada Doha, da OMC - Organização Mundial do Comércio -, e a negociação pela paz no Oriente Médio, são os principais desafios de Obama. "O dado concreto é que o acordo no Oriente Médio depende muito da política americana. Esse é um problema que o Obama vai ter que dizer com muita competência se quer efetivamente a paz no Oriente Médio, ou não". Durante o programa, o presidente afirmou que a relação entre Brasil e EUA pode ser aprimorada. "Vamos continuar com a boa política que temos com os EUA. Ela é histórica e eu penso que o Obama, se quiser, pode aprimorar essa relação com o Brasil, aperfeiçoar porque se os EUA são o país mais importante do mundo, o Brasil é o país mais importante da América Latina", comparou. (Agências Brasil e Safras)

Lula reafirma que deve anunciar novas medidas anticrise na próxima semana O governo federal finaliza nos próximos dias as medidas econômicas que serão anunciadas na próxima semana, com objetivo de incentivar a geração de empregos na construção civil. O tema foi assunto de parte da reunião de coordenação realizada ontem, no Palácio do Planalto, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na presença do vice-presidente, José Alencar, e mais oito ministros. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez uma análise da conjuntura econômica atual e os efeitos da crise financeira internacional, e Lula contou como foi a reunião, realizada na segunda-feira, 19/01, com representantes de seis centrais sindicais. A reunião durou cerca de três horas. Participaram da reunião: Alencar, os ministros José Múcio Monteiro, das Relações Institucionais; Dilma Rousseff, da Casa Civil; Tarso Genro, da Justiça; Franklin Martins, da Comunicação; Celso Amorim, das Relações Exteriores; Luiz Dulci, da Secretaria Geral; Paulo Bernardo, do Planejamento e Mantega. Amanhã, Lula reunirá os dirigentes dos maiores bancos privados do país e também, do Banco do Brasil, da CEF - Caixa Econômica Federal - e Banco Central. Ele pretende discutir sobre a cobrança de juros do cheque especial, spread bancário e mais concessão de crédito.
Negativa
Interlocutores do presidente
negaram que ele tenha feito promessas aos sindicalistas. Na tarde de segunda-feira, Lula ouviu uma série de apelos por parte dos representantes das centrais sindicais para evitar mais demissões no país. Os sindicalistas sugeriram a redução da contribuição ao INSS - Instituto Nacional do Seguro Social -, por parte das empresas, para evitar mais demissões no setor produtivo. A proposta é reduzir a contribuição previdenciária patronal de 20% para 14% por seis meses, para reduzir os encargos das empresas e amenizar os efeitos da crise financeira internacional. Os representantes sindicais, também apelaram para que seja reduzida a taxa Selic em dois pontos percentuais, na próxima quarta-feira, quando termina a reunião do Copom - Comitê de Política Monetária. A Selic atual está em 13,75% ao ano. Outra sugestão feita é sobre a prorrogação do seguro-desemprego para dez meses, atualmente o benefício varia de três a cinco meses.

CNI: Nuci cai de 82,6% em outubro para 81,6% em novembro
O Nuci - Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria - caiu um ponto percentual em novembro em relação a outubro, passando de 82,6% para 81,6% na série dessazonalizada. Na comparação com novembro de 2007, o recuo é ainda maior, já que, naquele mês, a indústria operava a 83,4% de sua capacidade instalada. Os dados constam dos indicadores industriais da CNI, divulgados ontem. As horas trabalhadas na indústria também registraram queda de 1,5% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal. No confronto com novembro do ano passado, porém, o número é positivo, em 1,4%. No acumulado do ano houve crescimento de 5,6% em relação a igual período de 2007. A queda nas horas trabalhadas em novembro, ante outubro, é a maior na comparação mensal desde o início da série da CNI, iniciada em janeiro de 2003. O mesmo recorde negativo foi verificado no índice de emprego na indústria, que caiu 0,6% em novembro, ante outubro. O emprego, porém, registrou crescimento de 2,9% na comparação com novembro de 2007. No acumulado de janeiro a novembro, o índice é positivo em 4,2%. Segundo a CNI a massa salarial real paga pela indústria, cresceu 3,4% em novembro em relação a igual período de 2007. Para esse indicador não há comparação na margem.

Lucro da Johnson & Johnson sobe 14% no 4º trimestre; vendas caem 4,9%
O lucro da fabricante norte-americana de produtos para saúde e higiene pessoal Johnson & Johnson, teve um crescimento de 14% no quarto trimestre do ano passado, ficando em US$ 2,71 bilhões (US$ 0,97 por ação), contra US$ 2,37 bilhões (US$ 0,82 por ação) um ano antes. O resultado inclui ganhos com acordos em disputas legais e outros benefícios. Incluindo esses ganhos, o lucro por ação teria sido de US$ 0,94. No ano como um todo, o lucro por ação foi de US$ 4,55. As vendas, no entanto, caíram 4,9%, para US$ 15,18 bilhões, contra US$ 15,96 bilhões um ano antes. O resultado ficou abaixo do previsto pelos analistas, que estimavam as vendas em US$ 15,97 bilhões. A divisão de aparelhos e de diagnósticos teve vendas de US$ 5,64 bilhões, uma queda de 1,9% na comparação anual. Já a divisão de produtos de consumo teve um crescimento de 1,2%, chegando a US$ 3,86 bilhões. A empresa, ainda reduziu a previsão de lucro para 2009, para um valor entre US$ 4,45 e US$ 4,55 por ação. A previsão já inclui uma expectativa de redução de ganhos de US$ 0,03 a US$ 0,05 por ação, devido à aquisição da fabricante de implantes para seios Mentor, por cerca de US$ 1 bilhão em dinheiro.

Philips anuncia fim das atividades em Portugal para esse ano
A Philips vai fechar até o final de 2009 a sua última fábrica em Portugal, em Ovar (centro do país), especializada em controles remotos. A decisão vai deixar cerca de 70 trabalhadores desempregados, disse à Agência Lusa uma fonte da empresa. Francisco Hortihuila, responsável pela comunicação da Philips Iberia, afirmou que o fechamento da fábrica, ainda não tem data definida, estando apenas decidido que será esse ano. A empresa está negociando a rescisão contratual com os cerca de 70 trabalhadores, acrescentou. Hortihuila afirmou que o fechamento da fábrica se enquadra na estratégia do grupo de consolidar a produção e fazer economia de escala, transferindo a produção para unidades em outros países. A Philips se instalou em Portugal em 1927, com a criação de uma empresa comercial, tendo iniciado em 1942 a atividade industrial, com a fabricação de lâmpadas na Fábrica Portuguesa de Artigos Elétricos, em Cabo Ruivo. Em 1970, instalou um parque industrial em Ovar, que chegou a empregar cerca de 2.500 pessoas. Trinta anos mais tarde, a empresa dividiu o parque de Ovar em cinco unidades industriais, quatro das quais já foram desmanteladas ou vendidas, restando apenas a de controles remotos, que deve ser fechada até o fim do ano. (Agência Lusa)

Warner Bros. vai cortar 10% de sua força de trabalho
A Warner Bros. Entertainment, pertencente à Time Warner, anunciou que vai eliminar quase 800 vagas, ou 10% de sua força de trabalho, em todas as suas divisões e em todos os níveis hierárquicos. A empresa de produção de filmes citou "a situação econômica global e as atuais expectativas para os negócios". A medida vai cortar 600 empregados, dos quais 300 serão demitidos nas próximas semanas. Mais 300 serão dispensados gradualmente, durante os próximos dois anos. Outras 200 vagas, atualmente abertas, não serão preenchidas, para ajudar a diminuir os custos. Além dos 800 cortes, a Warner Bros. vai transferir mais 155 empregados, durante os próximos meses para a Cap Gemini, uma consultoria e empresa de terceirização francesa que já administra muitas operações da Warner Bros. Esses empregados continuarão trabalhando como consultores de projetos relacionados à Warner Bros. "Estamos muito tristes em anunciar que, com base na situação econômica global e nas atuais expectativas para os negócios, o estúdio terá de reduzir a equipe nas próximas semanas, com objetivo de controlar os gastos", afirmou Barry Meyer, chairman e executivo-chefe, e Alan Horn, presidente da empresa, em um memorando divulgado ontem. (Agência Dow Jones)

New York Times fecha acordo para receber US$ 250 milhões de Slim
A New York Times Co.,empresa que edita o jornal The New York Times, chegou na noite de segunda-feira a um acordo com o bilionário mexicano Carlos Slim, para levantar cerca de US$ 250 milhões, na mais recente de uma série de medidas para defender as finanças da companhia. Slim receberá como retorno, títulos que podem ser convertidos em 15,9 milhões de ações ordinárias a um preço de US$ 6,36 por ação, um pequeno desconto em relação ao preço de fechamento de sexta-feira passada. Os notes, com cupom de 14,1%, vencem em 2015. Em comunicado, o diretor executivo da companhia, Janet Robinson, disse que os recursos serão usados para refinanciar dívida, incluindo uma linha de crédito de US$ 400 milhões que vence em maio. "Esse acordo nos dá mais flexibilidade financeira para continuar a executar nossa estratégia de longo prazo", afirmou. O acordo foi fechado com o Banco Inbursa e a Imobiliária Carso, empresas controladas por Slim e sua família. (Agência Dow Jones)

Grupo Votorantim está financeiramente saudável, afirma executivo
O diretor-geral da Votorantim Industrial, Raul Calfat, afirmou na terça-feira, 20/01, que o grupo está saudável financeiramente, apesar das perdas bilionárias com operações de derivativos de câmbio e as demissões no final do ano passado, e a recente venda de parte do Banco Votorantim para o Banco do Brasil. "A Votorantim não tem nenhum tipo de dificuldade. Queria saber qual empresa em dificuldade anunciaria investimentos de R$ 5 bilhões para 2009", disse o executivo, referindo-se aos projetos para uma planta de celulose da VCP - Votorantim Celulose e Papel - em Três Lagoas/MS, uma planta de aço em Resende/RJ, duas plantas de cimento em Tocantins e Rondônia e dois geradoras de energia em Santa Catarina e Goiás. "A Votorantim vai muito bem, obrigado."
Segundo ele, só a Votorantim Industrial possui atualmente, R$ 9 bilhões em caixa - uma parte disso será usado para a fusão da VCP com a Aracruz, anunciada ontem, que formará a maior empresa de celulose do mundo. As especulações sobre a saúde financeira do grupo pipocaram, segundo Calfat, por causa dos reposicionamentos que a Votorantim fez devido à crise financeira -que incluiu, entre outras medidas, adiamentos de projetos e a demissão de cerca de 400 pessoas. "Fizemos ajustes em setembro e outubro, saíram mais ou menos 400 funcionários. Mas de lá para cá já contratamos o mesmo montante", disse. "Só que fizemos isso antes, o que causou boatos. Agora a Votorantim saiu das manchetes porque outros estão demitindo."
Além das demissões, a Votorantim admitiu em outubro do ano passado, ter perdido R$ 2,2 bilhões, devido à exposição financeira da empresa às oscilações do câmbio. Tal problema atingiu também a Aracruz, e a fusão já negociada há mais de dois anos, só foi retomada quando a empresa conseguiu chegar a um acordo com a maioria dos bancos credores. Outro efeito da crise sobre o grupo ocorreu no Banco Votorantim - principal empresa da Votorantim Finanças, o seu braço financeiro. Com problemas de liquidez, metade do banco foi vendido ao Banco do Brasil, no início do mês, por R$ 4,2 bilhões.

IBM compra participação na maior fabricante de TVs da China
A subsidiária chinesa da
IBM investiu 15,8 milhões de dólares na Changhong Electric, maior fabricante de TVs da China. A IBM Global Services China, o braço de serviços e consultoria da companhia, adquiriu 1,56% de participação na Sichuan Changhong Electric, a partir da companhia controladora Sichuan Changhong Group, que transferiu 29,76 milhões de ações para a IBM em 16/01, numa transição no valor 0,53 centavos de dólar por ação. Baseado nesses valores, a participação da IBM na Changhong Electric está avaliada em 15,8 milhões de reais. A Changhong também produz aparelhos de ar condicionado e outros eletrônicos, como MP3 players, set-top boxes e DVD players. A companhia também é cliente da IBM, tendo adotado o modelo de desenvolvimento Product Innovation Management, da IBM Global Services.

Sadia demite 350 e espera economizar R$ 44 milhões ao ano
A Sadia vai demitir 350 trabalhadores de setores administrativos, o que vai gerar uma economia de R$ 44 milhões por ano, segundo informou a assessoria de imprensa da companhia. Ainda segundo a empresa, as demissões não afetarão o volume de produção, uma vez que os cortes, vão ocorrer em áreas administrativas. A Sadia informou que a medida foi tomada para readequar custos e conferir agilidade aos processos da empresa. Em setembro do ano passado, a companhia admitiu perdas de R$ 760 milhões, devido a operações no mercado de câmbio. Três meses depois, a empresa informou que reduziu sua exposição cambial. No mês passado, a Sadia divulgou que vai investir R$ 500 milhões em 2009, "na conclusão dos projetos que já estão em andamento, melhoria nas unidades, infraestrutura, tecnologia da informação e matrizes". Na época, a empresa argumentou que o setor de alimentos deve ser um dos menos impactados pela crise financeira internacional. (Agência Brasil e Folha Online)


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ESPECIAL


Álcool brasileiro pode ganhar espaço no mercado dos EUA, diz especialista
O álcool brasileiro poderá ganhar estímulo e espaço no mercado norte-americano durante o governo de Barack Obama, que já se mostrou simpático a causas ambientais. Com isso, os EUA podem se tornar patrocinadores das energias renováveis. Entre seus compromissos de campanha estavam a redução das emissões de carbono em 80% até 2050, diminuição da dependência das importações de petróleo, desenvolvimento e implementação de tecnologias de energia limpa e fazer dos EUA, um líder em matéria de mudanças climáticas.
A principal economia do planeta tem como meta consumir 136 bilhões de litros de álcool em 2022. O consumo atual é de 30 bilhões (contra 25 bilhões no Brasil). "Se Obama mantiver essas metas de consumo de álcool, pode ser que considere necessária a complementação do mercado americano com importação e, nesse caso, a expectativa é de que aceitaria reduzir, para um certo volume de exportação, a tarifa aplicada hoje sobre o álcool brasileiro", afirma o diretor-geral do Instituto Ícone de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais, André Nassar.
Hoje, os EUA aplicam uma tarifa de US$ 0,54 por galão de álcool brasileiro, o que inibe a entrada do produto naquele país. Nassar acredita que a preocupação de Obama com uma maior eficiência energética, também poderia se traduzir na participação dos EUA no Protocolo pós-Kioto e em um novo mecanismo de desenvolvimento limpo para comércio de carbono, com adoção de metas de redução de emissões de gases de efeito estufa.
"Os americanos têm uma matriz energética muito pesada em termos de emissão de CO2. Se eles tiverem que limpar essa matriz, isso tende a abrir oportunidades para o Brasil, sobretudo no álcool, que é nossa principal fonte de energia renovável exportável", ressalta. Além de vender mais álcool para os EUA, o Brasil poderia atrair investimentos americanos em energia limpa e também, desenvolver parcerias em transferência, pesquisa e desenvolvimento de tecnologia.
Quanto ao mito do protecionismo democrata e o que isso pode representar para o agronegócio brasileiro, Nassar pondera que os subsídios concedidos a grãos e questionados pelo Brasil, estão definidos na Lei Agrícola americana, a chamada Farm Bill, e variam de acordo com os preços no mercado internacional. A lei atual foi aprovada em meados do ano passado e vale até 2013. "Em termos de política agrícola e subsídios para grãos, a entrada do Obama não muda nada. É o que a lei define e acabou", resume Nassar. Ele alerta que durante o governo do democrata Bill Clinton, especialmente em 98 e 99, os preços caíram muito, e o presidente foi pressionado pelo Congresso a conceder subsídios complementares ao setor agrícola. Isso, segundo ele, poderia acontecer novamente, mas é pouco provável. "O déficit americano nunca foi tão grande e os momentos em que eles supersubsidiaram o setor agrícola, coincidem com momentos de menor déficit. Acho que, se os produtores baterem no Obama, pedirem além do que está estipulado na Lei Agrícola, acho que não vão conseguir."
Rodada Doha
O terceiro tema de interesse do setor agrícola brasileiro é Rodada Doha, no âmbito da OMC - Organização Mundial do Comércio. Ainda não se sabe se as negociações, que se arrastam há sete anos, serão prioridade no novo governo. De acordo com Nassar, a retomada das conversas depende do interesse norte-americano. "As negociações não vão promover grande abertura de comércio, serão um sinal mais político. Não é a coisa mais importante do mundo, mas é importante para a gente encerrar esse assunto e partir para coisas mais ambiciosas", afirma.
A expectativa, de uma forma geral, é favorável, diz ele. "Dados os últimos oito anos de unilateralismo americano, que foi o que assistimos no governo Bush, os democratas estão entrando com uma postura de maior abertura para conversas internacionais, o que é bom. Como isso vai se traduzir na prática é algo que ainda não está claro, mas a tendência é achar que a forma que Obama está propondo, é positiva para o Brasil", avalia.


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

A Bovespa desabou no pregão de ontem, refletindo o mau humor predominante nas Bolsas americanas

O setor bancário continua no foco das preocupações de investidores e analistas, à medida que mais balanços de 2008 revelam os estragos da crise dos créditos "subprimes" nas instituições financeiras.
- O câmbio atingiu R$ 2,37, mesmo após uma intervenção do Banco Central.
O discurso do novo presidente dos EUA,
Barack Obama, também não ajudou a melhorar os ânimos nos mercados. O recém-empossado mandatário advertiu para as dificuldades no enfrentamento da crise. "Hoje eu digo a vocês que os desafios que enfrentamos são reais. Eles são sérios e muitos. Eles não serão encontrados de maneira fácil ou em um curto período de tempo", afirmou.
- O termômetro da Bolsa,
o Ibovespa, retrocedeu 4,01% no fechamento, atingindo os 37.272 pontos. O giro financeiro foi de R$ 2,86 bilhões, ainda bastante fraco.

Análise - O discurso do Obama teve pouco efeito sobre o mercado, que estava muito mais preocupado com os bancos. Já vimos os problemas com o Citigroup e o Bank of America, no dia 19/01 já tivemos o Royal Bank, que previu prejuízo de US$ 41 bilhões, e ontem, as ações do State Street já estavam caindo mais de 50% em Nova Iorque". O volume também está fraco e há muita gente que aproveita para fazer alguma especulação. O efeito manada está muito forte e enquanto o mercado não perceber alguns sinais de melhora, vai continuar assim.

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O dólar comercial foi negociado por R$ 2,372 na venda, em alta de 1,71%. A taxa de risco-país marca 456 pontos, número 2,01% acima da pontuação anterior. Por volta das 15h24min, o Banco Central vendeu dólar, sem deter a escalada dos preços.
Reação das Ações:
- O banco americano State Street anunciou uma queda de 13% no lucro do quarto trimestre e advertiu que 2009, deve ser um "ano difícil", projetando estabilidade nos resultados desse ano. O State Street foi um dos primeiros bancos a receberem ajuda financeira do governo americano.
- Entre outras notícias, a fabricante norte-americana de produtos para saúde e higiene pessoal
Johnson & Johnson, reportou um lucro de US$ 2,71 bilhões (US$ 0,97 por ação) no quarto trimestre de 2008, contra US$ 2,37 bilhões (US$ 0,82 por ação) um ano antes. As vendas caíram 4,9%, para US$ 15,18 bilhões, abaixo do previsto por analistas (US$ 15,97 bilhões).
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A VCP - Votorantim Celulose e Papel - e a Aracruz estimaram ontem, que devem concluir a fusão de suas operações em cinco meses. Ontem, a VCP anunciou a compra de 28,03% da Aracruz por R$ 2,71 bilhões. Além disso, pode nos próximos dias, adquirir pelo mesmo preço, outros 28,03%.
- A ação preferencial da VCP perdeu 3,65% enquanto a ação da Aracruz despencou 11,32%.
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A CNI - Confederação Nacional da Indústria - revelou que o volume faturado e o nível de emprego no setor industrial, tiveram o pior desempenho desde 2003. O faturamento da indústria brasileira caiu 9,9% entre outubro e novembro, enquanto o total de mão-de-obra empregada recuou 0,6%, no mesmo período.
Copom
Investidores também operaram sob expectativa do Copom - Comitê de Política Monetária -, que anuncia hoje, a nova taxa básica de juros do país - atualmente em 13,75% ao ano. Projeções do setor financeiro variam entre um corte de 0,50 ou 0,75 ponto percentual. A forte desaceleração na atividade, bem como resultados mais favoráveis da inflação na margem - com destaque para a deflação dos preços por atacado - parecem justificar um corte inicial na taxa Selic acima do que se imaginava inicialmente. É esperado um corte dentre 0,70 a 0,75 pontos.

Bolsas de NY fecham em forte queda mesmo com euforia por Obama
Em um dia de fraco desempenho para as ações de entidades financeiras, o Dow Jones Industrial, principal índice de Wall Street, fechou segunda-feira, 19/01, com uma queda de 4,01%, fixado em 7.946 pontos. O otimismo da população pela posse de Barack Obama não foi suficiente para animar o mercado.
- O indicador da Nasdaq caiu 5,78%, para 1.440,86 pontos.
- O seletivo S&P 500, que mede o desempenho de 500 grandes empresas, recuou 5,28%, para 805,22 pontos.
Dentro do Dow Jones, os papéis que mais caíram foram as do Bank of America (29%) e do Citigroup (20%). Em baixa, também fecharam os títulos do JPMorgan (20,7%) e da American Express (8,29%).
- No setor energético, nem mesmo a alta de 6,1% do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) impediu a desvalorização das ações da Exxon Mobil (2,3%) e da Chevron (4,78%).
Por sua vez, os papéis do "The New York Times" caíram 7,8%, para US$ 5,91, depois que no dia 19/01, o Banco Inbursa e a Imobiliária Carso, ambos controlados pelo mexicano Carlos Slim, anunciaram um acordo a partir do qual a editora do jornal receberá uma injeção de US$ 250 milhões.
No mercado secundário da dívida, o valor dos bônus do Tesouro com resgate em dez anos, caiu e sua rentabilidade, que se movimenta em sentido inverso, subiu para 2,37%.

Bolsas europeias fecham em baixa com pessimismo sobre bancos
As Bolsas europeias fecharam em baixa na terça-feira, com as preocupações dos investidores sobre o setor bancário. Mesmo com o ligeiro otimismo trazido pela posse de Barack Obama como presidente dos EUA, e a expectativa por novas ajudas ao setor financeiro, não bastou para restaurar a confiança na economia global.
- A Bolsa de Londres fechou em baixa de 0,42% no índice FTSE 100, ficando com 4.091,40 pontos.
- A Bolsa de Paris caiu 2,15% no índice CAC 40, para 2.925,28 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt teve baixa de 1,77% no índice DAX, fechando com 4.239,85 pontos.
- A Bolsa de Amsterdã teve baixa de 2,08% no índice AEX General, que ficou com 240,11 pontos.
- A Bolsa de Zurique caiu 1,12%, ficando com 5.321 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Milão teve baixa de 1,21% no índice MIBTel, que ficou com 14.359 pontos.
"O setor financeiro continua a levar os mercados para baixo", disse o analista Hans Redeker, do BNP Paribas, à agência de notícias Associated Press.
As ações do banco JP Morgan Chase caíram 11%, e o Bank of America, sofreu perda de 19% em suas ações, nos EUA. No Reino Unido, o Royal Bank of Scotland já anunciou que prevê que em 2008, tenha sofrido um prejuízo de US$ 41,3 bilhões - se confirmado, será o maior prejuízo já sofrido por uma empresa britânica.
O diário britânico "Financial Times", informou que o BofA - Bank of America - deve cortar cerca de 4.000 postos de trabalho, principalmente em suas operações no mercado de capitais em Nova Iorque, devido à compra do Merrill Lynch. O BofA recebeu mais US$ 20 bilhões do governo para ajustar sua contabilidade, depois da compra do Merrill Lynch, e outros US$ 118 bilhões em garantias contra "perdas incomuns" devido à aquisição do Merrill. O Citigroup, por sua vez, teve um prejuízo de US$ 8,29 bilhões (US$ 1,72 por ação) no trimestre passado, e no ano, o tombo do banco foi de US$ 18,72 bilhões.
Análise - Os resultados e previsões bancárias já anunciadas, ressaltou o temor dos investidores de que, mesmo com as ajudas anunciadas por governos europeus e pelos EUA, tanto bancos como empresas, e a economia global como um todo, ainda estejam distantes de uma solução. Na segunda-feira a montadora Fiat anunciou uma parceria com a rival americana Chrysler; a italiana deverá ficar com 35% da rival, mas não deverá fazer pagamentos em dinheiro, e sim partilhar a tecnologia para veículos pequenos e de consumo mais eficiente de combustível.


HOJE - Tóquio cai 2% pressionada por setor financeiro
A Bolsa de Tóquio fechou em queda, sob influência das preocupações com o setor financeiro europeu e das quedas de ontem nas bolsas de Nova York, apesar da posse do presidente eleito dos EUA, Barack Obama.
- O índice Nikkei 225 perdeu 164,15 pontos, ou 2%, para 7.901,64 pontos, encerrando abaixo da marca psicológica dos 8 mil pontos pela primeira vez desde o início de dezembro.


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De volta para o futuro?
Ontem foi o dia da tão esperada posse de Barak Obama, e não são poucos os desafios que se apresentam ao 44° presidente norte-americano. Guerras, mudança climática e essa crise financeira, são apenas alguns dos desafios que se acumulam na mesa de despacho do Salão Oval. Até aí nada de novo. Afinal, isso tudo é notícia de domingo, 18/01, e a Era Bush termina de forma melancólica sob o fogo cerrado na Faixa de Gaza. Mas, é justamente isso que há de novo: Obama representa da sua maneira, uma mudança no que poderá ser o mundo daqui pra frente, não no que ele foi até ontem.
Sendo um tanto quanto simplório, essa atual crise financeira (como todas as outras) é um momento onde o futuro some por conta de uma expectativa ruim. Fica no ar a impressão que o futuro será pior que o presente, e como reposta, os agentes econômicos se desfazem do futuro em nome de uma liquidez imediata. O resultado? Queda geral e irrestrita de todos os ativos (bolsa, commodities, salários e preços). Essa descrença em relação ao futuro impede que a empresa capitalista se ponha em movimento via investimentos, reprime o consumo por medo e transforma em ralo o sistema financeiro. É como se o mundo estivesse “vendido” no futuro e “comprado”, no presente, deveria ser o inverso.
Obama pode pelo carisma alongar o horizonte de tempo. E tempo, como sabemos, é dinheiro. Se o presidente eleito conseguir lançar e impor uma agenda positiva, onde o déficit fiscal norte-americano seja gasto em novas tecnologias, em energia limpa, no sistema de saúde, onde o Oriente Médio seja menos conflituoso, que as tensões com a Rússia sejam amenizadas, as relações com a América Latina sejam mais desenvolvimentistas; ele pode reorientar o mundo para de volta ao futuro. Em suma: o futuro do planeta será melhor.
Mas só palavras não bastam, e todo o carisma do mundo não será suficiente para reverter essa tendência. A crise entrou numa terceira fase, onde o distúrbio financeiro tocou o chão da fábrica e desorganiza ainda mais as forças produtivas. Prova disso, foram os dados do emprego no Brasil divulgados na segunda-feira, pelo Ministério do Trabalho. Os dados de dezembro apontam para uma queda de 654 mil postos de trabalho, segundo o CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.
Porém, o mais preocupante é perceber que, ao dessazonalizar os dados, a queda é ainda mais aguda. É a primeira vez que há perda de empregos na Era Lula. Por conta desse dado, e mais tantos outros (Produção Industrial em queda e produção de automóvel idem), é que apresentamos nossa expectativa de crescimento para 2009, em torno de míseros 1,10%.
Simulações feitas para o PIB do 4° trimestre de 2008, levando em conta a Pesquisa Mensal da Indústria e do Comércio (pelo IBGE), apontam para uma retração de -1,00%. Por isso mesmo, atividade em queda e inflação moderada, é que acreditamos que o COPOM vá iniciar o afrouxamento monetário hoje, com um corte de 100 pontos-base. Há poucas alternativas na mesa do BC hoje em dia, e seria muito difícil comunicar ao mercado de forma correta, o porquê de um corte mais modesto. Ele pode desorganizar o discurso oficial caso faça um movimento confuso.
A realidade se impõe para além do discurso oficial dos governos. Se num primeiro momento, no início do ano passado, os bancos não emprestavam à sociedade por conta dos ativos tóxicos que tinham em carteira; hoje não emprestam dinheiro porque os tesoureiros dessas instituições, desconfiam que quem toma empréstimo possa pagar. Logo não há consumo e não há porque ter investimento. Aqui o círculo se fecha, de forma viciosa.
A esperança que Obama restabeleça o horizonte é a grande aposta do mundo. E ele terá uma missão difícil, mas está assessorado por uma equipe competente e tem virtualmente, carta-branca do Congresso. Fora isso, boa parte do mundo vê com bons olhos o novo presidente. Os desafios são enormes, mas os prêmios também. Só nos resta desejar sorte a ele nesse novo trabalho. E a nós, também. (Fonte: Gradual Investimentos / www.gradualinvestimentos.com.br)


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MERCADO FINANCEIRO


França injetará 10,5 bilhões de euros no setor bancário
A ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, afirmou que o governo injetará 10,5 bilhões de euros (US$ 13,6 bilhões ou R$ 32,2 bilhões) no setor bancário francês e disse que o presidente do país, Nicolas Sarkozy, exigiu que os executivos renunciem aos bônus de 2008. Lagarde disse também, que Sarkozy quer que os bancos aumentem as reservas em vez de pagar dividendos. Os comentários da ministra foram realizados após uma reunião de Sarkozy com os executivos-chefes dos principais bancos franceses. (Agência Dow Jones, de Paris)

Banco do Brasil vai investir R$ 41 milhões em cultura em 2009
Ao que tudo indica, o setor cultural terá fôlego para enfrentar, esse ano, os efeitos da crise financeira global. Além da manutenção do calendário internacional de shows, que abriu com Elton John, no último sábado, e ainda recebe Orishas, Alanis Morissette, Radiohead, Iron Maiden, entre outros, o Banco do Brasil anunciou ontem, que o investimento total em 2009 para a programação do CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil - com unidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, mais o projeto itinerante que envolve 18 cidades brasileiras, será de R$ 41 milhões. "Estamos muito felizes", afirmou o gerente de comunicação, Lourivaldo Paula de Lima Junior, durante coletiva.
Mesmo diante de um cenário imprevisível no mercado, o BB, que comemora 20 anos de CCBB, aportará esse ano um volume de investimento 10% superior ao de 2008, que foi de R$ 37 milhões. A iniciativa revela que as recentes aquisições - da Nossa Caixa, em dezembro último, mais os 50% do Banco Votorantim, anunciado há duas semanas - poderão deixar o banco em uma situação ligeiramente confortável em meio à turbulência global.
Segundo o executivo de comunicação, a consolidação das aquisições deve fazer com que o volume de investimentos para 2010, se mantenha no patamar de 2009. "Ou até maior", destacou. Lima Junior admitiu, porém, que, com o advento da crise, a instituição teve de fazer uma nova análise de planejamento. Mas, frisou que não houve nenhuma redução no plano inicial. "Já partimos desse número (de cerca de R$ 41 milhões)."
É com esse expressivo investimento que o CCBB receberá grandes atrações até o fim de 2009. Os R$ 41 milhões serão distribuídos entre os setores culturais: artes cênicas, artes plásticas, cinema e vídeo, ideia e música, além do projeto educativo. Grande parte dos destaques da programação está concentrada em teatro e exposições, áreas já conceituadas do CCBB.
Programação
Nas artes visuais, as exposições 'Vanguardas Russas' e 'Yves Saint Laurent -Voyages Extraodinaires', devem atrair grande público, além da mostra dos brasileiros Os Gemeos. Quem abre a programação teatral, em São Paulo, em fevereiro, é a atriz Debora Duboc, com a peça 'Um dia (quase) igual aos outros', que segue com 'Shirley Valentine' (abril), com Betty Faria, e 'Simplesmente eu', monólogo de Beth Goulart sobre a escritora Clarice Lispector, previsto para o segundo semestre, entre outras.
A programação é extensa e envolve o Ano da França no Brasil, além de shows, concertos, mais de 40 mostras de cinema e muitas palestras. A atriz Beth Goulart, que esteve na coletiva de ontem, aproveitou para alertar o governo de que está na hora de se pensar em outras alternativas de incentivo à cultura, já que as empresas podem retrair os investimentos fiscais por meio da Lei Rouanet. "Esperamos não sofrer com retração. Mas é preciso que o governo pense em políticas culturais", declarou.


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AGRONEGÓCIOS


Cenários para a safra Sucroenergética 2009/2010: Setor discute nova agenda para sobreviver
Os efeitos da crise financeira internacional na cadeia produtiva, da agroenergia e dos biocombustíveis, são maiores e mais predadores do que inicialmente poderia se imaginar. Por essa razão o setor discutirá, nos próximos dias 10 e 11 de fevereiro, no Teatro Municipal de Sertãozinho, uma nova agenda com vistas às profundas mudanças nos contextos econômicos e sociais, nacional e internacional.
O fato dos produtores terem suportado as duas últimas safras com preços baixos, muitas vezes inferiores aos dos custos de produção, agravou sobremaneira a situação das usinas, muitas das quais investiram pesadamente na ampliação das suas unidades de produção e também, na construção de novas plantas industriais.
Com a crise financeira internacional, a situação só se deteriorou ainda mais, e hoje, os empresários do setor, sabem que só sobreviverão aqueles que estiverem dispostos a enfrentar as mudanças que já são exigidas pelo mercado. O evento de Sertãozinho, promovido pelo BrasilAgro, propiciará a discussão dos novos cenários e tendências para o setor.

ABEF participa de encontros na União Europeia
O Presidente Executivo da ABEF - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos -, Francisco Turra, participou na terça-feira, 20/1, de almoço de trabalho na residência do Embaixador Ricardo Neiva Tavares, responsável pela missão do Brasil na União Europeia. A agenda é uma das ações que visa aprimorar as atividades da entidade na UE. O conselheiro do Itamaraty, Luiz César Gasser, o presidente da União Brasileira de Avicultura, Ariel Mendes, além de Emiliano Alonso e Emílio Oviedo, representantes do escritório de advocacia Alonso & Associados, também estiveram presentes ao encontro. A série de compromissos do Presidente Executivo da ABEF prevê ainda, reuniões com Angel Carro, que integra o Grupo de Dirigentes do Mercosul da Comissão Europeia, e com Jesus Zorrilla, representante do grupo de Agronegócio da Comissão Europeia. Francisco Turra, que também participou na capital belga da Conferência sobre Comércio Global e Bem-Estar Animal, vai ainda se reunir com Henrique Baron, que representa os consumidores no Parlamento Europeu. O Presidente Executivo da ABEF aproveita a ocasião para convidá-lo a visitar o Brasil, e conhecer a qualidade e sanidade da produção de carne de frango nacional. “Essa série de visitas faz parte da estratégia da ABEF para reforçar a imagem do setor exportador de carne de frango brasileira junto a União Europeia, visando incrementar os negócios com esse importante mercado”, destaca Turra.

Vendas de fertilizantes caíram 8,9% em 2008, divulga Anda
As vendas de fertilizantes somaram 22,430 milhões de toneladas em 2008, recuo de 8,9% na comparação com 2007, quando o setor atingiu o recorde de 24,6 milhões de toneladas, informou a Anda - Associação Nacional para a Difusão de Adubos. Segundo os dados divulgados pela Anda, o Mato Grosso, Paraná e São Paulo lideram o ranking dos maiores consumidores no País em 2008. A expectativa da Anda é de retomada da demanda agora em janeiro, por conta da melhora nos preços futuros de commodities, em especial da soja, por conta da seca que afeta Argentina e Sul do Brasil. (Agência Estado)

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SETOR AUTOMOTIVO


Fabricantes de carros precisam de estratégia para manter clientes
Os fabricantes de carros não poderão sobreviver sem estratégias para manter clientes, disse um estudo divulgado na terça-feira, dia 20/01, pela firma de pesquisa de mercado do setor automotivo R.L. Polk. "Cuidar dos clientes e concessionárias nunca foi tão importante para os fabricantes", disse a firma, explicando que esse ano e o próximo serão "fundamentais". O estudo revelou que os consumidores de modelos que deixam de ser fabricados, trocam de marca em 55% das vezes que compram o próximo veículo. A Polk relatou que esse número está 8% acima do normal, e que devido à crise, a perda de um cliente é bastante dolorosa, "especialmente porque muitos consumidores não comprarão novos veículos no mesmo ritmo que antes". "Com a expectativa de menos vendas nos EUA, aliada às taxas de lealdade dos proprietários de aproximadamente 45%, essas condições supõem uma ameaça financeira extrema para qualquer fabricante de automóveis", disse. Stephen Polk, presidente da firma, divulgou nota afirmando que o setor vai superar esse momento. Além disso, recomendou que as empresas criem estratégias para minimizar o impacto negativo do rápido desaparecimento de produtos - e que esses programas sejam tão importantes como o lançamento de novos veículos. (Agência Efe, de Washington/EUA)

GM admite revisão das metas e afasta mais de 1.600 no Brasil
A General Motors do Brasil admitiu ontem, em comunicado, que vai revisar as previsões de vendas de veículos de porte médio no mercado interno, para o primeiro trimestre desse ano, em função finda crise financeira internacional. A empresa também decidiu afastar 1.633 empregados temporários da fábrica de São Caetano, até o vencimento de seus contratos. A empresa afirmou que vai honrar o pagamento dos salários pelo tempo determinado nos contratos, mas não detalhou qual é o prazo.
No comunicado, a empresa não faz qualquer referência às dificuldades financeiras enfrentadas pela matriz da GM, nos EUA, e diz que a decisão de rever as expectativas e afastar os funcionários, baseia-se na "diminuição da atividade industrial em geral e, particularmente, no setor automobilístico". A montadora, a primeira a realizar um grande corte desde o agravamento da crise no Brasil, quando
demitiu 744 funcionários temporários de sua fábrica de São José dos Campos (91 km de SP), afirmou ainda, que as dispensas pretendem "adequar os seus níveis de produção com a demanda prevista". Segundo a GM, a decisão já foi comunicada ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul.
Drama
Na semana passada, o vice-presidente da GM do Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, afirmou que a venda de veículos nesse ano, devia ficar
11% abaixo do ano passado, aos 2,5 milhões de unidades. O executivo afirmou, no entanto, que o quadro não é "dramático". Além dos vários períodos de férias coletivas nas unidades no Brasil, a GM já soma, com esse afastamento, o desligamento anunciado de mais de 2.300 funcionários temporários em apenas uma semana.

Marcopolo inicia férias coletivas de 20 dias em Caxias do Sul no RS
A fabricante brasileira de carrocerias para ônibus Marcopolo, vai dar férias coletivas a cerca de 1,8 mil funcionários em suas unidades em Caxias do Sul, na Serra gaúcha. Os trabalhadores vão parar por 20 dias, menos de um mês após as coletivas de final de ano. Segundo o diretor de administração da Marcopolo, Milton Susin, todos são "colaboradores com férias vencidas e a empresa optou por concedê-las nessa época, para aproveitar o menor nível de produção atual". Ele descartou demissões na empresa. "Estamos ajustando nossas atividades ao nível de demanda que é historicamente menor no primeiro trimestre do ano. Como temos funcionários com férias vencidas e entendemos que, a partir de março o mercado deverá retomar o seu patamar normal, essas medidas serão suficientes e não estamos cogitando redução no quadro", disse Susin. Segundo informou a Marcopolo, a empresa tem 7.600 funcionários nas duas plantas de Caxias do Sul e que, em 2008, houve a ampliação de cerca de 10% no quadro de colaboradores. De um total de 13,5 mil empregados no mundo, 11 mil ficam no Brasil. Os funcionários voltaram de férias coletivas dia 11/01.

Fiat ficará com 35% de participação na Chrysler
A montadora italiana Fiat e o fundo de investimentos Cerberus Capital Management, que controla a montadora americana Chrysler, fecharam um acordo na terça-feira, para a formação de uma parceria, que dará à italiana uma participação de 35% na rival dos EUA. A Fiat não fará pagamentos em dinheiro e também, não se comprometerá a investir futuramente na Chrysler, diz o comunicado divulgado pela montadora italiana. As duas empresas irão partilhar instalações para a produção de modelos pequenos e mais eficientes no consumo de combustível, além de partilharem suas redes de distribuição. Com isso, a Fiat pode voltar a entrar no mercado americano com suas marcas principais.
A parceria é "consistente com os termos e condições dos recursos dirigidos à Chrysler pelo Departamento do Tesouro", diz a nota. Ontem a Fiat suspendeu as negociações com suas ações na Bolsa de Milão, antes do anúncio da parceria ser feito. A imprensa italiana havia informado que a Fiat, também teria interesse em adquirir no futuro, mais 55% do capital da montadora americana.
No mês passado, o executivo-chefe da Fiat, Sergio Marchionne, disse que a empresa precisava encontrar um parceiro, para continuar a existir em um mercado automobilístico mundial que passa por um momento de crise. "É preciso [produzir] ao menos entre 5,5 milhões e 6 milhões de carros [por ano para ter uma chance de ganhar dinheiro]", disse, em entrevista ao periódico do setor automobilístico "Automotive News". Na segunda-feira, dia 19/01, a revista especializada "Automotive News Europe" já havia informado que a Fiat negocia com a Chrysler a formação de uma parceria estratégica. "Esse pacto ajudaria a Chrysler a acelerar e reforçar seu plano de recuperação", informou a publicação.



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COMÉRCIO EXTERIOR


Exportação de biscoitos brasileiros cresce 25% em 2008 para US$ 114 milhões
As exportações de biscoitos em 2008 cresceram cerca de 25% em faturamento, em relação a 2007, apesar das variações do dólar durante o ano. As remessas somaram US$ 114 milhões no ano passado contra US$ 91,6 milhões no ano anterior. "O real estava muito valorizado principalmente no primeiro semestre do ano e tivemos que realinhar nossos preços no mercado internacional", afirmou o presidente do Simabesp - Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos do Estado de São Paulo -, José dos Santos dos Reis. Ele afirmou o realinhamento foi necessário principalmente os custos operacionais cresceram em dólar. "Nos últimos meses do ano, com a valorização da moeda norte americana, acabamos tendo uma lucratividade que não estava prevista", disse.
Segundo a entidade, os produtos mais exportados foram os biscoitos recheados (38%) e waffers (30%). Angola continua sendo o principal comprador de biscoitos brasileiros, representando 22% do total. Seguem Paraguai, com 13%; Argentina, com 9%; Uruguai, com 8,9% e EUA, com 7,7%. Em 2007 os cinco principais compradores foram os mesmos. A diferença foi que, em 2008, o Uruguai ultrapassou os EUA no ranking.
O setor de biscoitos encerrou o ano de 2008 com um crescimento de 4,1% em volume, acima de 2007, o que corresponde mais de 46 mil toneladas. A estimativa do setor para 2009 é de um crescimento de 2,2% em volume. "Quanto ao valor, deveremos acompanhar a inflação", afirmou. O setor terminou 2008 com cerca de 1,177 milhão de toneladas exportadas, enquanto em 2007 o volume comercializado foi de 1,131 milhão de toneladas - 1,7% acima de 2006, quando chegou a 1,112 milhão.


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MERCADO DE TI


Qualcomm compra unidade de chips para handheld da AMD por US$ 65 milhões
Segundo informações publicadas pelo Wall Street Journal, a AMD acertou com a Qualcomm a venda de sua unidade de chips para handhelds. O valor da transação é de 65 milhões de dólares. A venda da unidade de negócios já estava prevista desde maio do ano passado. A ação faz parte de um plano de reestruturação da companhia, que vem enfrentando
dificuldades financeiras. O mercado de semicondutores não está apresentando um bom desempenho desde o ano passado. Muitas empresas estão tendo dificuldades de manter a lucratividade, uma vez que os preços dos produtos estão muito baixos e não cobrem os custos de produção.

IBM supera estimativa dos analistas no 4º trimestre
A IBM - International Business Machines -, maior companhia mundial de serviços de tecnologia, divulgou resultados trimestrais que superaram as estimativas de Wall Street, mesmo diante do aprofundamento da recessão econômica. A companhia informou na terça-feira, 20/01, que seu lucro líquido foi de 4,43 bilhões de dólares no último trimestre do ano, ou 3,28 dólares por ação, cifra 12% maior que em igual período de 2007. Um ano antes, a empresa teve um lucro de 3,95 bilhões de dólares, ou 2,80 dólares por ação. Os analistas ouvidos pela Reuters esperavam, em média, um ganho de 3,03 dólares por papel. A receita líquida, entretanto, caiu 6,4% na comparação com o quarto trimestre de 2007, para 27 bilhões de dólares. A empresa norte-americana, também informou a expectativa de que os ganhos em todo o ano de 2009 sejam de, pelo menos, 9,20 dólares por ação.

EMC aposta em popularização de disco rígido externo no Brasil
A EMC, maior empresa mundial em sistemas de armazenamento de dados, quer popularizar o disco rígido externo no Brasil. Para isso, pretende fazer acordo com grandes redes varejistas, ampliar o número de distribuidores no país e até estudar a fabricação local dos equipamentos. A companhia adquiriu o controle da Iomega, terceira maior em discos rígidos do mundo (HD) externos no ano passado, e agora se prepara para levar esse tipo de equipamentos ao consumidor final, através do grande varejo.
Acostumada a atender grandes e médias corporações com seus sistemas de armazenamento de dados, a EMC tem uma explicação para se voltar agora, ao consumidor final: "mais de 70% dos dados digitais produzidos todo ano, são gerados pelos consumidores", explicou Joel Schwartz, vice-presidente mundial da EMC, em encontro com a imprensa brasileira ontem. O volume cresce em média 60% ao ano e não dá sinais de desaquecimento. "As pessoas não pararam de baixar filmes e músicas e de compartilhar fotos", afirmou o executivo. "A dinâmica fundamental que nos moveu (para a compra) não entrou em queda," completou. Por isso, ainda que o cenário seja de crise, ele disse que a EMC comprou a Iomega em junho do ano passado "e o faria de novo", diante do potencial de crescimento que vê para esse negócio.
Segundo ele, as pessoas não dispõem de recursos para trocar de computador pessoal cada vez que sua capacidade de armazenamento se esgota. E com a disseminação de vídeos, fotos e música pela Internet, "hoje é muito fácil ficar sem capacidade de armazenamento", apontou. Além disso, muitos querem manter os dados em um dispositivo sob seu controle, ao invés de armazená-los na Internet, no chamado "cloud computing", como os serviços oferecidos pelo Google, por exemplo. A Iomega, segundo ele, tem 20% do mercado mundial e vendeu 4 milhões de HDs externos no ano passado, em um segmento que movimenta 7 bilhões de dólares por ano.
Schwartz afirmou que o preço dos HDs externos vendidos no Brasil são quatro vezes maiores que nos EUA e atribuiu o fato a "uma ineficiente cadeia de distribuição". Segundo ele, a fabricação local pode reduzir essa lacuna, mas só ela não faria tudo - os preços ainda ficariam duas vezes maiores, segundo o executivo. Por isso, a estratégia da EMC para a linha Iomega, será credenciar mais de um distribuidor (hoje só a Controlenet distribui os produtos da marca em todo o Brasil), além de fazer acordos diretamente com as grandes redes de varejo. Segundo ele, os preços devem cair "entre 25% e 45%" em um período de 90 a 120 dias. A companhia passou a contratar produção terceirizada de alguns sistemas de armazenamento de dados no ano passado, com a Celéstica, que tem unidade fabril em Campinas/SP. De acordo com Scwartz, a empresa pretende "explorar a possibilidade de fazer o mesmo com os produtos Iomega". (Reuters, de São Paulo)


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MERCADO ONLINE


Internet abre portas para a exportação
Fabricante de equipamentos de segurança e detectores em Garopaba/SC, a pequena Mineoro, tem uma carteira de clientes no exterior digna de muita multinacional. Com apenas 15% do faturamento atrelado às exportações, a companhia vende para 85 países, nos cinco continentes. Uma estratégia aparentemente simples - a criação de um site com informações em oito idiomas, do inglês ao grego - permitiu o resultado.
"A internet levou nossa mensagem para o mundo", diz o sócio-fundador Paulo Damásio. Além do site, a empresa contratou profissionais fluentes em idiomas como turco e árabe, para ajudar no atendimento e no pós-venda. Eles formam o enxuto departamento internacional da companhia e estimam que, nesse ano, um quarto do faturamento virá das vendas externas. O carro-chefe das exportações, um detector para empresas de mineração, tem tecnologia patenteada e já era vendido no mercado doméstico há anos. "Depois do site, descobri que tínhamos clientes para o produto em países que nem sabia que existiam no mapa."
Casos como o da empresa catarinense, que se aventurou de forma solitária no mercado internacional, são raros. As micro e pequenas empresas responderam por apenas 1,3% do total exportado por companhias nacionais, segundo dados de 2007 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. E boa parte das que chegam lá fora, ainda utilizam os caminhos tradicionais, como participação em missões comerciais e feiras de negócios - geralmente apoiadas por governos ou entidades setoriais.
"É muito difícil para as pequenas buscarem mercado pela própria força. Elas não têm dinheiro para pagar pesquisas e viagens", diz o consultor de comércio exterior do Sebrae-SP, Jaime Akila Kochi. Segundo ele, porém, a rede mundial de computadores "desmistificou" a exportação para muitos empresários. Um dos motivos, segundo ele, é a disponibilidade de sites que ensinam o passo-a-passo para o mercado externo. Outro é a utilização das páginas corporativas para captar clientes e apresentar os produtos.
O carioca Miguel de Lima, fundador da empresa Consuldent, que vende consultórios dentários portáteis, também apareceu para o mundo com a criação do site, há seis anos. "Não fazia ideia de como começar (a exportar)", diz Lima, que contratou então, uma empresa de marketing para ajudá-lo. Os profissionais montaram a página e a incluíram em mecanismos de busca, como o Google. Logo os interessados começaram a aparecer. As maletas que viram consultório despertaram interesse de governos de países africanos, como Benin, que encomendou o produto para suas Forças Armadas. Hoje, a exportação via Correios, para mais de 20 países, responde por 30% do faturamento. Segundo Lima, a empresa dobrou de tamanho depois que começou a vender a esses mercados. (Agência Estado)


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ENERGIA & Telecomunicações


Tim confirma troca na presidência
O Conselho de Administração da TIM Participações confirmou ontem a nomeação de Luca Luciani, como diretor presidente da companhia no Brasil. Nascido na Itália, Luciani é funcionário da TIM desde 1999 e, desde 2003, acompanha as operações brasileiras. "A nomeação (...) representa a demonstração da importância estratégica da TIM para o Grupo Telecom Italia", afirmou nota da companhia. O atual presidente, Mario Cesar Pereira de Araújo, assume a presidência do Conselho de Administração.


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MERCADO DE LUXO


Michelle Obama arrasa com vestido amarelo-ouro de estilista cubana
A primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, surpreendeu mais uma vez na terça-feira. Com um vestido de lã amarelo-ouro da estilista cubana Isabel Toledo, a primeira-dama roubou os holofotes do marido e foi o centro das atenções durante a cerimônia de posse. Michelle já usou antes criações de estilistas inesperados, como as de Narciso Rodríguez, também de origem cubana, e as da chilena María Cornejo. Segundo o jornal The New York Times, a primeira-dama trocou de roupa para as festividades da noite, causando furor com um lindo vestido longo branco de um ombro só. (Agência ANSA, de Washington/EUA)

Grifes jovens marcam terceiro dia da SPFW
O terceiro dia da SPFW - São Paulo Fashion Week - ficou reservado para as marcas de moda jovem. Exceto a Huis Clos, que mira em mulheres mais chiques e sofisticadas, as demais grifes do dia têm como foco jovens consumidores. A Iódice, que apresentou sua coleção pela manhã no Shopping Iguatemi, também flerta com mulheres mais maduras, mas o público da grife, ainda é de garotas que cresceram usando o jeanswear que marcou sua trajetória. Na passarela, inúmeros vestidos pretos e curtos, alguns trabalhos de alfaiataria, e ombros bem marcados na maior parte das propostas. Drapeados são usados para franzir as peças e revelar a forma.
As demais grifes do dia são assumidamente feitas para a galera fashion. Carlota Joakina, a irmã mais nova da G, de Gloria Coelho, 2nd Floor, o projeto de jovens estilistas da Ellus, Fábia Bercsek, Triton e Cavalera (assinada por Marcelo Sommer), fazem moda para quem pretender ser vanguarda. O primeiro sinal de que a faixa etária baixou, foi o uso de cores.
Tirando do foco principal o preto, que vêm dominando as passarelas (estamos em crise e a cor vende), as coleções vieram mais coloridas. Na 2nd Floor, todas as modelos vestiam polainas de lã e bota altíssima, o que dificultava um pouco o caminhar. Houve alguns "quase tombos". Muitas peças em vinho, azul, marrom e toques de laranja e rosa. As calças eram largas e curtas, estilo pula-brejo. A cintura marcada, também foi constante nos vestidos e saias, alguns deles com aplicações de flores e brilhos.
A Carlota Joakina jogou a plateia dentro um Atari, o tataravô dos videogames, à SPFW. A coleção remete a lutas e ao pugilismo. Com 33 looks, tem toques robóticos, com shape mais quadrado, que ganha toques delicados de plissados e laços. As modelagens são próximas ao corpo, em materiais variados, como tecidos metálicos, vinil, malha, gabardine e malhas. Vestidos, shorts e saias curtas, vêm casados com leggings, arrastão e meias rendadas. A cintura é alta e os braços desnudos dão o ar da graça em boa parte das peças.

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