I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 140 | Ano I

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que o Brasil está perdendo empregos desde dezembro de 2008. Foto: Antonio Cruz/ABr


Lula admite que demissões dobraram em dezembro de 2008
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem no final da tarde, admitir que o levantamento oficial – que será apresentado hoje - deve constatar uma média acima do comum de cerca de 600 mil dispensas em dezembro. O número ultrapassa a média de 300 mil a 400 mil na série histórica do mês. Os números oficiais referentes ao último mês do ano, reunidos pelo Ministério do Trabalho no Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados -, deverão ser divulgados ainda nesse mês.
Ele ponderou que a geração de empregos em 2008 ficou bem acima do que é normalmente registrado, citando que até outubro foram gerados 2,1 milhões postos de trabalho. O presidente disse que pediu ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, para solicitar à montadora de veículos GM que pague os salários respectivos a março aos funcionários dispensados. Segundo Lula, ele foi informado que os empregados demitidos teriam contratos vencendo em março. Ele determinou ainda, que os ministros do Trabalho, Carlos Lupi, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, elaborem relatório sobre quais setores estão demitindo mais no país, e os motivos.
O presidente também afirmou que a crise financeira mundial não deve ser motivo para os empresários tomarem medidas precipitadas. "A crise é motivo de preocupação, mas não pode ser motivo de nenhuma precipitação nem do governo e muito menos dos empresários", disse Lula, em Ladário/MS, ao ser questionado sobre decisão das centrais sindicais de paralisar as negociações com os empresários para evitar demissões devido à crise.Lula citou, entre as medidas tomadas pelo governo para minimizar os impactos da crise, a redução do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - para estimular a venda de carros e a compra de parte do Banco Votorantim, detentor da maior carteira de carros usados do país, pelo Banco do Brasil. O presidente reiterou que anunciará outras medidas, ainda nesse mês, para estimular o consumo e o crescimento da economia, e reafirmou que o Brasil é o país mais preparado para enfrentar a crise.

Fiesp defende redução de jornada e salários, sem garantia de estabilidade
Após reunião com empresários na quarta-feira, 14/1, o presidente da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo -, Paulo Skaf, voltou a defender a redução da jornada de trabalho e de salários para evitar demissões no país. Ele advertiu, no entanto, que um possível acordo não vai garantir estabilidade do emprego. "Enquanto a redução de jornada com redução de salário estiver em curso, a nossa preocupação é manter o nível de emprego. Mas não estamos falando de estabilidade de emprego, que não está na lei do país nem na competitividade das empresas", disse. Segundo Skaf, os cerca de 30 empresários presentes na reunião do Conselho Superior Estratégico da Fiesp, ontem, foram unânimes em apoiar a medida. "Foi feito um apelo que tudo seja feito, todas as alternativas sejam esgotadas antes de mexer no emprego. As empresas disseram que se tiver redução de jornada com redução de salário, vamos manter o nível de emprego. Se não, vamos demitir. Estamos em um momento atípico e temos de nos adaptar diante de um momento atípico", disse Skaf. Empresários ligados à Fiesp e trabalhadores representados pela
Força Sindical, se reuniram ontem, na sede da federação paulista para tratar a questão. Segundo Skaf, os dois lados devem orientar seus sindicatos, nos próximos dias, a buscar um entendimento sobre a redução da jornada e dos salários. "O sinal foi dado, para se antecipar e quebrar um paradigma. Esperamos que até quinta-feira chegue-se a um acordo. (...) A negociação está sendo feita em São Paulo, mas há empresas com negócios em outros Estados. A Força Sindical é nacional. Deve haver repercussão em outros Estados também", disse Skaf.
CUT - Quanto à recusa da CUT - Central Única dos Trabalhadores - de participar da negociação, Skaf disse que ainda há "um canal de entendimento" com a entidade e que o acordo vai ser fechado com ou sem sua aprovação. "Vamos fazer isso com a CUT ou sem CUT", disse Skaf. Segundo ele, quem se posiciona contra a medida "está a favor do desemprego" e advertiu que não é "momento de fazer média". Apesar de destacar a gravidade da crise econômica, Skaf disse que a situação não é generalizada e que um possível acordo de corte de jornada e redução de salário não deverá atingir todos os setores. Ele afirmou que tampouco o limite de redução - de 25% - imposto na legislação deverá ser usado integralmente, embora considere haver brechas para que seja ultrapassado.

Motorola anuncia corte de 4 mil empregos e prevê perdas trimestrais
A empresa americana de aparelhos eletrônicos e telecomunicações Motorola, anunciou que durante esse ano cortará quatro mil empregos, dos quais 3 mil procederão da área de dispositivos móveis. Com a medida, que se soma ao corte de três mil empregos anunciado no final de 2008, assim como a outras iniciativas destinadas a cortar gastos, a fabricante de telefones celulares calcula que poderá economizar US$ 1,5 bilhão em 2009. O corte, que começará a ser aplicado "imediatamente", afetará 3.000 postos de trabalho pertencentes à divisão de dispositivos móveis e mil cargos corporativos e de outras unidades de negócio. A companhia também advertiu ontem, de que, no quarto trimestre do ano, registrará perdas, já que "as vendas foram adversamente afetadas pela contínua fraqueza da demanda dos consumidores finais e a redução de estoque de seus clientes corporativos". (Agência Efe, de Nova Iorque)

Vendas do Carrefour no Brasil crescem 26,6% em 2008
As vendas da varejista francesa Carrefour no Brasil no quarto trimestre de 2008, avançaram 15,9% a taxas de câmbio constantes, para 2,095 bilhões de euros (US$ 2,753 bilhões). No conceito de mesmas lojas (abertas há um ano ou mais), as vendas no Brasil aumentaram 7,8% no trimestre. Em todo o ano de 2008, as vendas no País cresceram 26,6%, para 8,396 bilhões de euros (US$ 11,033 bilhões), e, no conceito de mesmas lojas, aumentaram 8,1%. O Carrefour afirmou em comunicado que todos os formatos de lojas continuaram tendo bom desempenho no Brasil, especialmente a rede Atacadão, que novamente registrou aumento recorde de dois dígitos. A varejista anunciou nessa quarta-feira, suas vendas globais no quarto trimestre e em todo o ano de 2008 e afirmou que os resultados positivos foram impulsionados pela América Latina, onde as vendas cresceram 19,6% a taxas de câmbio constantes no quarto trimestre, em comparação com o mesmo período de 2007. O Carrefour destacou as vendas no conceito de mesmas lojas na região, que subiram 11,1% no período. As vendas globais do Carrefour aumentaram 1,9% para 25,74 bilhões de euros (US$ 33,67 bilhões) no quarto trimestre de 2008. A receita de todo o ano de 2008, aumentou 5,73%, para 97,56 bilhões de euros. (Agência Dow Jones, de Paris)

Shell fecha contrato com AGCO para fornecer lubrificantes
Em janeiro de 2009, a Shell e a AGCO ampliaram sua parceria. Há quase 18 anos, a Shell é a fornecedora de lubrificantes para as fábricas e rede de concessionários Massey Ferguson no Brasil. E durante os próximos quatro anos, a Shell irá também, fornecer lubrificantes para a marca Valtra. O acordo envolve ainda, o desenvolvimento tecnológico de produtos em parceria entre as duas empresas, além da participação conjunta em eventos e o lançamento de uma campanha de comunicação integrada. A AGCO é uma das principais fabricantes e distribuidoras de equipamentos agrícolas no mundo e tem entre suas marcas mais conhecidas, a Massey Ferguson, Valtra, Challenger e Fendt. No Brasil, responde por 55% do market share de tratores, ao qual a Shell deve atender integralmente. “Esse é um segmento estratégico para a Shell, em virtude do crescimento na demanda mundial por alimentos. A necessidade de produção de mais alimentos com menor custo, requer máquinas mais sofisticadas, que necessitam de lubrificantes de alta performance”, ressalta o gerente de vendas para o mercado agrícola da Shell, Paulo Ferreto.
A partir de 2009, a Shell vai comercializar cerca de 12,5 milhões de litros para a AGCO no Brasil. Isso representa um crescimento de 5,5 milhões de litros com relação aos negócios realizados em 2008. Previamente, a Valtra vendia e recomendava sua marca própria de lubrificantes, contudo o sucesso da aliança estratégica com a Massey fez a AGCO mudar esse modelo. Ao longo dos anos de parceria, a Shell desenvolveu produtos específicos para atender às necessidades dos tratores da Massey. “Compartilhamos com a Massey todos os novos produtos e tecnologias que desenvolvemos. Nosso trabalho está totalmente alinhado”, destaca Ferreto. Exemplo disso é o Shell Harvella T, lubrificante desenvolvido para tratores de maior potência. A Shell trouxe o produto para o país e passou a produzi-lo localmente para atender exclusivamente, a Massey Ferguson. O crescimento da parceria, entre a primeira no ranking mundial no segmento de lubrificantes e a líder nacional absoluta do mercado de equipamentos para o setor agrícola, tem como premissa também, o elevado nível de serviços e a confiabilidade dos produtos oferecidos. “Aliamo-nos a uma empresa líder para compartilhar e aprofundar o conhecimento sobre o mercado agrícola. Somamos o que temos de melhor”, explica Paulo Ferreto.

Presidente da Symantec pode ser secretário do comércio dos EUA
John Thompson, presidente de uma empresa norte-americana de softwares, é um dos candidatos para ser o novo secretário do comércio dos EUA, a última vaga no gabinete do presidente eleito Barack Obama, segundo uma fonte familiarizada com a escolha do time de Obama. Thompson é o presidente do conselho e o principal executivo da Symantec Corp., principal empresa mundial de softwares de segurança, mais conhecida dos consumidores pela linha de produtos Norton. O porta-voz da Sumantec Chris Payden, disse que só sabia que Thompson estava em conversas com o time de transição de Obama, mas não podia confirmar se ele era cotado a assumir algum cargo no governo. "Não tenho nenhuma informação para compartilhar", disse Payden, acrescentando que Thompson sempre insistiu em manter suas atividades políticas separadas de seus negócios na companhia. Ele adicionou, entretanto, que Thompson esteve em Washington no último final de semana. (Agência Reuters, de Washington)

Boticário investe R$ 54 milhões no Fantástico
O ano de 2009 marcará um recorde para a rede de franquias de cosméticos e perfumaria, O Boticário. Nos próximos 12 meses, o grupo fará o maior investimento em mídia de sua história, aplicando R$ 54 milhões para ter a sua marca veiculada em todas as edições do Fantástico, da rede Globo, que vai ao ar nas noites de domingo. A varejista adquiriu uma das cotas de patrocínio do programa, que compreende a veiculação da marca em vinhetas de sete segundos na abertura e encerramento da atração e cerca de 20 chamadas, durante a exibição do programa. O espaço será usado para anunciar novos produtos, linhas e promover ações pontuais.

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INDICADORES ECONÔMICOS


Crise leva à queda histórica dos preços em janeiro
A crise econômica internacional levou o IGP-10 - Índice Geral de Preços-10 - de janeiro a registrar a menor taxa de sua história (queda de 0,85%), na avaliação do coordenador de Análises Econômicas da FGV - Fundação Getúlio Vargas -, Salomão Quadros. De acordo com ele, os primeiros sinais de recuo na demanda internacional, devido à crise, atingiram setores na economia doméstica cujas produções, compras ou vendas estavam relacionadas ao mercado internacional. Ou seja: com a menor procura por itens no exterior, produtos com forte participação nas exportações brasileiras, acabaram elevando sua oferta no mercado interno, levando à despencada de preços. Ao mesmo tempo, o recuo nos preços das commodities no exterior ocasionado pela crise, também afetou os preços das commodities brasileiras no cenário interno.
Um ponto ressaltado pelo economista foi o fato de que, atualmente, "estamos em um movimento de desvalorização do real ante o dólar, mas mesmo assim, os IGPs têm apresentado taxas negativas. O fato de o dólar estar subindo e os IGPs, em trajetória de queda, é algo bem inédito", afirmou.
Entre os destaques de preços em queda e em desaceleração no IGP-10, todos estão concentrados no setor atacadista. Ele comentou que tanto o setor agropecuário quanto o setor industrial, no atacado, apresentaram aprofundamento em seu processo deflacionário, respectivamente, de -0,21% para -1,56%, e de -0,22% para -1,47%. "Os dois estavam com taxas moderadamente negativas e agora os dois estão com taxas intensamente negativas", afirmou Quadros.
Ainda, segundo o economista da FGV, dos 356 produtos componentes do IPA - Índice de Preços por Atacado -, 127 tiveram variação negativa, e o restante, variação positiva. "Mas, embora um número maior de produtos no atacado tenha registrado variação positiva, os produtos que apresentaram deflação foram os de maior peso no atacado", comentou o economista.
Quadros citou como exemplos as quedas de preços, no atacado, em produtos alimentícios (-0,94%); carne bovina (-5,17%); aves abatidas frigorificadas (-3,64%); couros e calçados (-1,99%); celulose, papel, e produção de papel ( -1,07%); produtos de derivados de petróleo (-3,08%) e produtos químicos (-3,28%).
Mas o comportamento de preços que mais surpreendeu o economista da FGV foi o do setor automotivo. Ele comentou que esse segmento é o de maior peso individual no setor industrial atacadista, e que somente os preços dos automóveis para passageiros, passaram de alta de 0,85% para queda de 8,56%, de dezembro para janeiro. Ele lembrou que houve uma redução na alíquota do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - em dezembro para os automóveis novos, que ajudou a puxar para baixo os preços dos carros. Entretanto, comentou que somente essa explicação não é suficiente para justificar uma queda de tal magnitude.
As empresas do setor automotivo foram uma das primeiras a serem afetadas pela crise internacional. "As montadores estão com os estoques cheios, e querem se livrar desses estoques. E esse movimento de recuo de preços já pode ser detectado no varejo", afirmou o economista. No âmbito do consumidor, a deflação nos preços de automóveis novos passou de 0,03% para -14,32%, de dezembro para janeiro.
Copom
Para o coordenador de Análises Econômicas da FGV, o cenário de movimentação de preços mostra que há espaços para cortes de juros básicos (taxa Selic), de magnitude expressiva, na próxima reunião do Copom - Comitê de Política Monetária - do Banco Central, nos dias 20 e 21/1. Ele fez o comentário ao concordar que a inflação mostra um cenário favorável, exemplificado pela sequência de três taxas negativas consecutivas em IGPs fechados, como foi o caso do IGP-M - Índice Geral de Preços-Mercado - de dezembro (deflação de 0,13%); IGP-DI - Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna - de dezembro (deflação de 0,44%) e o IGP-10 de janeiro (queda de 0,85%), anunciado ontem.
Ao falar sobre resultados futuros do IGP-10, o economista observou que não espera uma sequência de quatro ou cinco taxas negativas mensais consecutivas, como já tinha ocorrido em anos anteriores. "Uma deflação intensa, como a mostrada pelo IGP-10 de janeiro, ontem, não sugere que vai ocorrer uma continuidade em um período longo. No máximo, creio que pode ser que ocorra uma segunda taxa negativa (em fevereiro)", afirmou.
Porém, ao se falar sobre o tipo de comportamento que o Banco Central pode ter ao avaliar a situação da demanda no mercado doméstico e os rumos futuros da inflação, Quadros admitiu que "há vários argumentos" para uma redução na taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano. "A inflação não parece motivo de preocupação, e a chance de se convergir para a meta desse ano (4,5%), é muito grande", afirmou.
Entretanto, ele acha difícil que o BC possa cortar a Selic de uma forma muito brusca, em um ponto percentual, por exemplo. Na análise do economista, isso não combina com a postura do BC em decisões anteriores, nas quais a entidade privilegiou cortes gradativos, com decisões mais conservadoras. (Agência Estado)

Outros indecadores
- O IPA - Índice de Preços por Atacado - caiu 1,50% nesse mês, contra deflação de 0,22% em dezembro. O índice referente ao grupo dos Bens Finais passou de deflação de 0,16% no mês passado para uma de 0,93%, nesse mês. O destaque ficou por conta do subgrupo veículos e acessórios (de alta de 0,76% para deflação de 7,53%). Excluídos os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice teve queda de 1,33%, contra ligeira variação positiva de 0,05% há um mês.
- O índice do grupo Bens Intermediários caiu 1,80%, contra 0,88% de queda em dezembro. O destaque foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura (de deflação de 0,30% para uma de 2,42%). Excluído o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, houve deflação de 1,74%, contra queda de 0,79% um mês antes.
- O índice de Matérias-Primas Brutas caiu de uma alta de 0,71% em dezembro para deflação de 1,67% em janeiro. Os destaques foram os itens tomate (64,28% para -9,26%), bovinos (-2,19% para -6,75%) e minério de ferro (7,53% para 0,61%). Já os itens milho em grão (-5,67% para 3,50%), arroz em casca (-7,29% para -4,31%) e leite in natura (-2,73% para 1,33%), tiveram aceleração.
- O IPC - Índice de Preços ao Consumidor - teve alta de 0,62% nesse mês, mesma variação do mês anterior. Os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,41% para 1,22%) e Transportes (0,31% para 0,83%), influenciadas pelos reajustes dos cursos formais (de estabilidade para alta de 1,68%) e da tarifa de ônibus urbano (0,19% para 1,50%), registraram alta. Os grupos Despesas Diversas (0,22% para 0,29%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,59% para 0,62%) e Vestuário (0,37% para 0,40%) tiveram ligeiro aumento, com destaque para os itens alimento para animais domésticos (-1,92% para 1,14%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,62% para 1,04%) e calçados (-0,52% para -0,41%). Já os preços nos grupos Habitação (0,57% para 0,29%) e Alimentação (1,00% para 0,81%), desaceleraram, com destaque para tarifa de eletricidade residencial (0,74% para 0,02%) e laticínios (1,41% para -0,21%).
- O INCC - Índice Nacional de Custo da Construção - teve alta de 0,17% nesse mês, abaixo do 0,33% um mês antes. Os grupos Materiais e Mão-de-Obra desaceleraram, de 0,47% para 0,17% e de 0,14% para estabilidade, respectivamente. O grupo Serviços passou de 0,57% para 1,05%

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

Em dia volátil, Bovespa fecha em alta de 3,08%
Em uma jornada bastante volátil, a Bovespa disparou a poucas horas do encerramento do pregão de quinta-feira. As Bolsas americanas também inverteram a tendência negativa e durante poucas horas, mostraram recuperação. O câmbio marcou R$ 2,38.
- O termômetro da Bolsa,
o Ibovespa, valorizou 3,08% no fechamento, aos 39.151 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 4,05 bilhões.


Análise - A Bolsa brasileira acompanhou a recuperação de Wall Street, que durou algumas horas. Lá fora, analistas estavam algum bom humor com a perspectiva de mais ajuda governamental para os bancos, avariados pela crise dos créditos "subprime". O mercado estava em baixa desde pelo menos terça-feira, e acredito que os preços das ações ficaram muito deprimidos, o que pode ter chamado alguma compra. O volume também melhorou um pouco, com mais de R$ 4 bilhões, quer dizer, com certeza essa alta foi puxada por dinheiro novo entrando.

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O dólar comercial foi cotado a R$ 2,380 para venda. A taxa de risco-país marca 459 pontos, número 1,07% abaixo da pontuação anterior. "Ontem o mercado reagiu mal às notícias sobre emprego nos EUA e também ao resultado do PPI. Na verdade, essa oscilação brusca [do dólar] é uma reação a todos esses indicadores ruins que foram divulgados ao longo dessa semana", comenta Celso Siqueira, operador da Advanced Corretora de Câmbio.
O Banco Central restringiu sua atuação a um leilão de venda, às 12h36min, aceitando ofertas por R$ 2,3740 (taxa de corte). Nessa operação, a autoridade monetária não informa a quantia negociada com os agentes financeiros.


Bolsa de NY sobe com alívio dos temores sobre o Citi
O mercado norte-americano de ações fechou em alta, em dia de grande volatilidade. O índice Dow Jones chegou a cair 205 pontos e a operar abaixo dos 8 mil pontos, o que não acontecia desde 21 de novembro. Investidores disseram que estavam esperando que o Dow Jones e o S&P-500 caíssem para níveis técnicos de suporte para voltar a comprar. O operador Roger Volz, da Hampton Securities, afirmou que estava na hora de se esgotar o movimento de vendas dos seis pregões anteriores, e que o noticiário da tarde sobre Bank of America e Citigroup deu impulso à recuperação. O informe de que a bancada do Partido Democrata na Câmara está apresentando um plano de estímulo à economia de US$ 825 bilhões, sendo US$ 550 bilhões em gastos públicos e US$ 275 bilhões em cortes de impostos, foi bem recebido pelo mercado.
- O índice Dow Jones fechou em alta de 12,35 pontos, ou 0,15%, em 8.212,49 pontos. A mínima foi em 7.995,13 pontos e a máxima em 8.286,16 pontos.
- O Nasdaq fechou em alta de 22,20 pontos, ou 1,49%, em 1.511,84 pontos.
- O S&P-500 subiu 1,12 ponto, ou 0,13%, em 843,74 pontos.
- O NYSE Composite subiu 19,07 pontos, ou 0,36%, para 5.347,75 pontos.



Análise 1 - As ações do Bank of America chegaram a cair 28% pela manhã, mas recuperaram terreno e fecharam em queda de 28,43%, em reação a informes de que o banco estaria para receber mais US$ 15 bilhões em ajuda financeira do governo, além dos US$ 25 bilhões já repassados pelo Departamento do Tesouro, e poderia receber também garantias de pelo menos US$ 100 bilhões para facilitar a absorção do Merrill Lynch e da Countrywide Financial. As do Citigroup chegaram a cair 26% pela manhã, em meio a especulações de que ele estaria negociando sua própria estatização, mas reduziram as perdas e fecharam em queda de 15,45%, depois de o grupo negar os rumores. As ações do JPMorgan Chase caíram 6,06%, em reação a seu informe de resultados do quarto trimestre.
Análise 2 - No setor de tecnologia, as ações da Apple caíram 2,29%, depois de seu presidente, Steve Jobs, anunciar que vai tirar licença médica. As da Intel, que divulgaria resultados depois do fechamento, subiram 1,61%. As ações da Motorola subiram 7,52%, depois de a empresa anunciar que fará mais 4 mil demissões (além das 3 mil anunciadas no mês passado). Algumas das ações que mais haviam caído recentemente subiram, entre elas Alcoa (+3,77%), Home Depot (+4,11%) e DuPont (+3,22%).






Bolsas europeias caem com perdas entre bancos e queda do petróleo
As Bolsas europeias fecharam em baixa nessa quinta-feira. O setor financeiro teve um novo dia de perdas com as quedas nas ações dos bancos e a
queda do petróleo, que prejudicou os papéis das empresas no setor de energia.
- A Bolsa de Londres fechou em baixa de 1,42% no índice FTSE 100, ficando com 4.121,11 pontos.
- A Bolsa de Paris caiu 1,84% no índice CAC 40, para 2.995,88 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt teve baixa de 1,94% no índice DAX, fechando com 4.336,73 pontos.
- A Bolsa de Amsterdã teve queda de 1,50% no índice AEX General, que ficou com 243,60 pontos.
- A Bolsa de Milão teve perda de 1,44% no índice MIBTel, que ia para 14.526 pontos.
- A Bolsa de Zurique, a exceção do dia, teve ligeira variação positiva de 0,07% ficando com 5.382,44 pontos no índice Swiss Market.
- O índice FTSEurofirst 300 - que reúne as ações das principais empresas européias - teve queda de 1,2%, indo para 794,44 pontos, depois de recuar para 788,81 pontos, menor resultado em seis semanas. Na quarta-feira, dia 14/1, o indicador caiu 4,3% e no ano passado acumulou perda de 45%. No setor bancário caíram as ações do Deutsche Postbank (-18,7%), do Lloyds TSB (-11,7%), do BNP Paribas (-6,6%), do HSBC (-7%) e do Barclays (-8,2%).


Análise - Segundo o estrategista Darren Winder, da Cazenove, os investidores ainda se sentem incomodados com os altos níveis de endividamento e os baixos níveis de poupança. "Há um grau de ceticismo sobre as ações que os governos já adotaram", disse, segundo a agência de notícias Reuters. "Os mercados provavelmente, irão voltar em níveis baixos e continuaremos a ver altos níveis de volatilidade."


Tóquio fecha em alta de 2,6% com ajuda ao BofA
A Bolsa de Tóquio fechou em alta com as renovadas esperanças em relação às políticas estratégicas dos EUA para enfrentar a desaceleração econômica. O mercado local ampliou os ganhos no final do pregão com a notícia do plano para a concessão de US$ 20 bilhões em nova ajuda oficial ao Bank of America (BofA).
- O Nikkei 225 avançou 206,84 pontos, ou 2,6%, para 8.230,15 pontos. Na semana, o índice acumulou perda de 6,7%, e no ano, de 7,1%.


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MERCADO FINANCEIRO


Merkel e Brown exigem regras transparentes para mercados financeiros
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, exigiram ontem, que a transparência seja a principal característica das novas regras que o G20 (grupo que reúne os países mais ricos e os principais emergentes) estabelecerá para o funcionamento dos mercados financeiros internacionais. No final de uma reunião na Chancelaria Federal, os dois disseram que estipularam uma estreita colaboração nos preparativos para o encontro que acontecerá no início de abril, em Londres.
Os países europeus do G20 celebrarão, já em fevereiro em Berlim, uma reunião para firmar suas iniciativas na hora de estabelecer as novas regras para o funcionamento dos mercados financeiros internacionais. Quanto às medidas para enfrentar a atual crise conjuntural, Merkel reivindicou uma atuação coordenada dos países-membros da UE - União Europeia.
"Caso unamos esforços, poderemos enfrentar a crise", declarou a chanceler alemã, enquanto Brown reivindicou que se reforce a aliança transatlântica para estimular a economia e uma abertura mundial dos mercados financeiros. Após lançar uma advertência contra qualquer tipo de protecionismo, o primeiro-ministro do Reino Unido, afirmou que a transparência dos mercados é condição indispensável para recuperar a confiança no sistema bancário. "Não podem existir portos seguros para os fugitivos fiscais", declarou Brown. (Agência Efe, de Berlim)

Bicbanco nega negociação com Bradesco; ação disparou na Bolsa
O banco de médio porte BicBanco, negou na quinta-feira, 14/1, que esteja em negociações para uma aquisição de parte ou a totalidade do controle pelo Bradesco. Especulações sobre a possível operação provocaram furor na Bovespa e fizeram a ação dessa instituição financeira disparar. Às 16h59min, a ação preferencial do BicBanco valorizava 9,50%, com pouco mais de 1.500 negócios. Por meio de nota oficial, a diretoria informou que "não existem negociações, propostas, ou fatos quaisquer" que envolvam "a alienação da totalidade ou de parcela do capital do Banco, por parte dos seus Controladores". Desde a fusão Itaú-Unibanco, e as recentes aquisições do Banco do Brasil, o mercado especula sobre a reação do Bradesco para reaver escala e posição no setor bancário brasileiro. Pelo ranking do Banco Central, o BicBanco seria a 20ª instituição financeira do país, com ativos totais de R$ 13 bilhões (setembro de 2008). O Bradesco é o terceiro maior, com ativos de R$ 365 bilhões.




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AGRONEGÓCIOS

BNDES oferece apoio às empresas cerealistas
O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - vai apoiar o setor de armazenagem por meio do Programa de Incentivo à Armazenagem para Empresas Cerealistas Nacionais. O objetivo é incentivar o desenvolvimento e a modernização do setor, em empresas que trabalham diretamente, com produtor rural integrado e suas cooperativas. Também vai ampliar a capacidade de armazenamento no segmento que atende diretamente o agricultor, podendo minimizar as pressões logísticas nos períodos de safra.Para participar, as empresas devem exercer cumulativamente as atividades de secar, limpar, padronizar, armazenar e comercializar produtos de origem vegetal in natura, com ROB - Receita Operacional Bruta -, inferior a R$ 500 milhões ao ano. Os investimentos relacionados aos itens de armazenagem, como máquinas, equipamentos e obras civis, podem ser financiados com prazo de até 96 meses, incluído a carência de até 36 meses.Os interessados devem se dirigir à instituição financeira credenciada, que informará a documentação necessária, analisará a possibilidade de concessão do crédito e negociará as garantias. O prazo de vigência é até 30 de dezembro de 2009, respeitando os limites orçamentários.

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SETOR AUTOMOTIVO


Volks deixa de renovar 150 temporários em Taubaté, mas 650 são mantidos e GM teve paralisação por duas horas

A Volkswagen do Brasil informou ontem, que vai encerrar 150 contratos temporários que terminam entre janeiro e fevereiro, na unidade de Taubaté/SP. Os empregados dispensados estão entre os 800 com emprego por prazo determinado. Deles, 450 serão efetivados imediatamente, e 200 serão renovados. A montadora informou ainda, que negociou com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté a introdução do sistema de banco de horas que permitirá a flexibilização da jornada de trabalho na unidade. O acordo prevê que a empresa poderá conceder até 25 dias de descanso durante 2009, com o lançamento do período no banco de horas para compensação futura. "Diante do atual cenário é fundamental ter mecanismos de flexibilidade para adequação da jornada de trabalho e dos volumes de produção que assegurem condições de rápida reação às demandas de mercado", afirmou Nilton Junior, gerente executivo de Relações Trabalhistas da empresa.
A proposta referente ao banco de horas, ainda depende de avaliação por parte dos funcionários da unidade, o que deve ocorrer na próxima semana. "Uma vez aprovado o banco de horas, o comportamento do mercado definirá a necessidade da redução de jornada através de dias de descanso. Faremos essa avaliação mensalmente. Por ora, não temos dias de descanso previstos para Taubaté", afirmou Nilton Junior. O sindicato de Taubaté confirmou as negociações com a empresa, e informou que elas começaram no dia 05/1. De acordo com a entidade, a redução da jornada de trabalho, como será compensada com o banco de horas, não resultará em redução de salários.
A unidade de Taubaté da Volks tem ainda, cerca de 600 empregados contratados por prazo determinado, com vencimento principalmente, nos meses de setembro e novembro de 2009. A empresa afirmou que as efetivações serão avaliadas conforme as necessidades de produção do momento. De acordo com a Volks, nas próximas semanas, a empresa deve discutir medidas de flexibilidades com os sindicatos das unidades de São Bernardo/Grande SP, São José dos Pinhais/PR e São Carlos/SP.
Centrais sindicais - A Força Sindical, depois de anunciar que
concordava com a redução de jornada e de salários proposta pelas indústrias, representadas pela Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo -, informou ontem, que decidiu recuar na negociação e suspender as conversas por dez dias. A entidade também quer o envolvimento do governo.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, já afirmou que
as empresas não podem usar a crise econômica mundial para demitir, e que não haverá mais liberação de recursos para empresas sem garantia de emprego. Lupi reiterou que as empresas que não derem garantia de que irão manter o emprego dos trabalhadores, não terão mais acesso a empréstimos com novos recursos do FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - e do FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador.
A CUT - Central Única dos Trabalhadores -, desde a primeira reunião, se recusou a discutir o assunto com a Fiesp. Nessa quinta-feira, segundo o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, a CUT teria apoiado a decisão de suspender as conversas com a federação patronal.
A CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil -, a Nova Central, a UGT - União Geral dos Trabalhadores - e a CGTB - Central Geral dos Trabalhadores do Brasil - se reuniram ontem, em São Paulo, para discutir ações conjuntas de proteção ao emprego durante a crise. A CUT foi convidada, mas não tomou parte.
GM
Trabalhadores do primeiro turno da General Motors paralisaram a produção por 2 horas nessa quinta-feira. Trata-se da segunda manifestação realizada nessa semana, em protesto às demissões anunciadas pela empresa. Na
última terça-feira, os metalúrgicos já haviam parado por 1 hora. A GM confirmou na segunda-feira, 12/1, a suspensão de 744 contratos por tempo determinado, alguns deles no fim do prazo e outros, ainda em andamento. Segundo o sindicato, outros 58 tiveram o contrato encerrado na última sexta-feira, dia 9/1.
Os metalúrgicos querem a readmissão dos companheiros e estabilidade no emprego para todos os funcionários. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à Conlutas, a manifestação de ontem, também é um repúdio à proposta reiterada na terça-feira, 13/1, pela Fiesp. "É inadmissível que os patrões, que lucraram muito nos últimos anos, e que têm todas as condições para garantir empregos e direitos, venham agora tentar jogar a crise sobre os trabalhadores. A posição dos metalúrgicos da GM é clara. Não queremos demissões e nem redução ou flexibilização de direitos", afirmou o diretor do Sindicato e coordenador nacional da Conlutas, Luiz Carlos Prates, conhecido como Mancha.

Fabricante de autopeças Magneti Marelli demite 480 no ABC Paulista
A fabricante de autopeças Magneti Marelli anunciou ontem à tarde, a demissão de 480 funcionários em suas duas fábricas no ABC Paulista. Na unidade de Santo André-Mauá serão dispensados 350 de um total de 1,6 mil funcionários, enquanto em São Bernardo, serão 150, de um total de 600 pessoas. Segundo Adilson Torres, o Sapão, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, a Magneti explicou que os pedidos das montadoras diminuíram devido à crise econômica, e, portanto, as dispensas foram inevitáveis. O sindicato informou ainda, que antes da dispensa, a empresa havia aberto um programa de demissão voluntária que teve 35 adesões. A produção da fábrica de São Bernardo, voltada à exportação, teria caído 80%, e na de Santo André, 40%. O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá marcou para as 13h30min de hoje, um protesto contra as demissões.




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COMÉRCIO EXTERIOR


Milho puxa para baixo exportação de grãos no porto de Paranaguá
As exportações de milho, soja e farelos pelo porto de Paranaguá caíram 26% em volume no ano de 2008, na comparação com 2007. Dados compilados pela administração do porto, apontam para embarques de 10,921 milhões de toneladas ante 14,848 milhões de toneladas escoadas nos 12 meses do ano anterior. O recuo foi puxado pelo milho, cuja exportação foi 60% menor em 2008.
A menor demanda pelo cereal brasileiro levou Paranaguá a embarcar 1,881 milhão de toneladas, contra 4,751 milhões de toneladas em 2007. No País, as vendas externas somaram 6,5 milhões de toneladas em 2008, ante 10,9 milhões de toneladas no ano anterior.
Os embarques de soja em grão pelo porto paranaense somaram 4,172 milhões de toneladas nos 12 meses, ante 4,498 milhões de toneladas no mesmo período de 2007. Já as exportações de farelos atingiram 4,867 milhões de toneladas, enquanto no ano anterior, foram de 5,597 milhões de toneladas.
Açúcar - Os embarques de açúcar pelo porto paranaense superaram em volume o registrado em 2007. Nos 12 meses de 2008 foram embarcadas 2,825 milhões de toneladas, contra 2,206 milhões de toneladas em 2007, aumento de 28%. Em 2008, o Brasil exportou mais açúcar também por outros terminais. Os fretes mais baixos tornaram o produto brasileiro novamente competitivo no mercado externo
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MERCADO DE TI


Microsoft pode anunciar demissões na próxima semana
A Microsoft está considerando fortemente reduzir sua força de trabalho. Segundo o Wall Street Journal, as demissões podem ser anunciadas na próxima semana, como sinal que a
crise financeira mundial está forçando até mesmo as mais fortes companhias do setor de tecnologia a tomar duras decisões. A gigante do software faria demissões distribuídas em suas várias divisões. No entanto, os cortes ainda estão sendo planejados como uma alternativa para a Microsoft reduzir custos, diz o jornal. Demissões em TI passam de 140 mil em 2008. Apesar do número de possíveis cortes de vagas não seja conhecido ainda, fontes próximas disseram que será bem menos que as 15 mil ditas nos rumores das últimas semanas, o que significaria 16% de sua força de trabalho mundial. Na semana passada, o CEO - Chief Executive Officer - da Microsoft, Steve Ballmer, se recusou a comentar se a companhia estava planejando demissões e disse que reduções drásticas "não fazem parte da cultura da empresa". O anúncio do corte de funcionários pode acontecer durante a apresentação dos resultados financeiros referentes ao último trimestre de 2008, marcado para a próxima quinta-feira, dia 22/1.



Lucro da Intel cai para US$234 milhões no trimestre
A Intel, maior fabricante mundial de chips para computador, afirmou nessa quinta-feira, que não vai fornecer previsões sobre seu desempenho no primeiro trimestre, diante de "incertezas econômicas e visibilidade limitada", mas disse que internamente, planejava alcançar uma receita em torno de 7 bilhões de dólares. Analistas projetavam um faturamento de 7,2 bilhões de dólares para a empresa no período, segundo pesquisa feita pela Reuters. A companhia de chips informou ontem, resultados em linha com as mais baixas projeções dos analistas, depois de um alerta de queda nas receitas, divulgado na semana passada. O lucro do último trimestre do ano caiu para 234 milhões de dólares, ou 0,04 dólar por ação, ante os 2,27 bilhões de dólares, ou 0,38 dólar por ação, um ano antes. A receita líquida também caiu, para 8,2 bilhões de dólares, enquanto em igual trimestre de 2007 foi de 10,7 bilhões de dólares. Como fornece a peça central das CPUs de computadores, o alerta dado pela Intel na semana passada, de que sua receita seria menor, acendeu um sinal de alarme em todo o setor de tecnologia. (Agência Reuters, de San Francisco/EUA)

IDC reduz previsão de crescimento para o mercado de TI na América Latina
A IDC reduziu suas previsões de crescimento para a América Latina em 2009. Em novembro, a consultoria estimava um aumento de 7,8% do mercado, número que deve ser menor em 2 ou 3 pontos percentuais. Mesmo assim, Ricardo Villate, vice-presidente de pesquisas e consultoria para a América Latina da empresa, ressalta que a taxa latino-americana é cerca de 3 vezes maior em comparação com o crescimento mundial do mercado de TI. O segmento de médias e pequenas empresas deve sofrer mais com a
crise financeira, afirmou Villate, em conferência online realizada com jornalistas. “Historicamente, esse mercado tende a demorar mais para se recuperar”, destacou o analista. Por outro lado, com a pressão sobre os orçamentos das empresas, tecnologias emergentes, como cloud computing e software como serviço (SaaS), tendem a ser adotadas mais rapidamente. Segundo a IDC, uma massa crítica de componentes preparados para a computação em nuvem, está sendo construída, processo que deve continuar com força em 2009. Na área de servidores, a consultoria estima que a participação dos blades deva chegar a 11,8% do mercado, enquanto que 10% de todos os servidores serão virtuais, até o final do ano. Ao mesmo tempo, na área de cloud computing, a empresa espera que muitas parcerias entre fornecedores de diferentes setores, irão surgir em 2009. As operadoras de telecom também devem se aproveitar da tendência para oferecer serviços por meio de suas redes. Os orçamentos reduzidos vão afetar a venda de novas licenças de software, que devem crescer 9% no ano. Já as receitas com manutenção de sistemas devem aumentar em 13%. Para os CEOs, as maiores prioridades estarão nas áreas de assistência ao consumidor, produtividade de vendas, desempenho dos negócios, inovação e eficiência da cadeia produtiva. O mercado de sistemas analíticos deve crescer 30% em 2009 e o de CRM, 11%. A oferta de serviços de dados, especialmente banda larga, estará no topo das prioridades para as operadoras de telefonia móvel, que também devem subsidiar netbooks e notebooks para aumentar a venda de planos de dados. Esse tipo de oferta pode ser importante para os fabricantes, pois, segundo a consultoria, com a crise, o mercado cinza de PCs tende a ganhar força na região, interrompendo a forte queda da pirataria registrada nos últimos anos, especialmente no Brasil. O movimento deve ocorrer por conta da alta sensibilidade em relação aos preços dos produtos, que tende a aumentar devido à redução do poder de compra.

Seagate troca CEO e anuncia quase 3 mil demissões
A Seagate vai demitir, até o final de março, 2,9 mil funcionários de sua força de trabalho global, ou 6% dos profissionais. Além das demissões, a empresa reduzirá salários para atingir uma economia de 210 milhões de dólares por ano. O CEO e os outros principais executivos terão uma redução de 25%. Vice-presidentes terão cortes que variam de 15% a 20%. Outras posições importantes sofrerão redução de 10%. As más notícias sucedem a troca de CEO da empresa. Stephen Luczo substitui William Watkins. Luczo tem mais de 15 anos de casa. Ele ingressou em 1993, com o cargo se vice-presidente sênior de desenvolvimento corporativo. Apesar do caráter global das demissões, a subsidiária brasileira da Seagate, ainda não se manifestou sobre algum eventual impacto no País. Segundo a assessoria de imprensa da companhia, ainda não existe uma posição oficial. As ações da empresa na Nasdaq estão em queda de 5,13%, valendo 4,04 dólares. Antes da abertura da bolsa, cada ação valia 4,29 dólares.




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MERCADO ONLINE


Preços na internet caíram 0,23% em janeiro sobre dezembro
Os preços dos produtos vendidos por meio da internet registraram deflação de 0,23%, na primeira quinzena de janeiro em relação a dezembro, segundo o e-Flation, levantamento divulgado ontem, pelo Provar - Programa de Administração do Varejo. As maiores quedas nos preços ocorreram nas categorias de eletroeletrônicos (-2,57%), linha branca (-2%) e perfume e cosméticos (-0,17%). A consultora do Provar, Paula Pereda, disse que a agressividade das maiores redes de varejo nos saldões de início de ano em suas unidades físicas, contribuiu para a retração dos valores oferecidos na internet. "O e-commerce acompanhou a tendência para não perder competitividade", afirmou. Sete das dez categorias que fazem parte do levantamento apresentaram alta nos preços: livros (7,12%), brinquedos (3,87%), eletroportáteis (3,77%), cine e foto (2,52%), CDs e DVDs (2,16%), informática (1,68%) e telefonia e celulares (0,59%). Segundo a consultora, o aumento na maioria das categorias, refletiu a recomposição dos preços após as promoções do Natal. Sobre os efeitos da valorização do dólar no e-commerce, Paula afirmou que parte do repasse ocorreu em novembro e dezembro, principalmente nas categorias de informática e cine e foto. Ela ressaltou ainda, que as categorias de eletrônicos e linha branca devem apresentar reajuste de preços em fevereiro.

YouTube silencia videoclipes para proteger copyright
Alguns usuários perceberam que o portal de vídeos YouTube começou a combater a infração de direitos autorais de uma forma diferente. Diversos novos videoclipes musicais ao serem enviados ao ar têm suas faixas de áudio removidas. Segundo o site Tech Radar, o silêncio é resultado de uma ferramenta empregada pelo site que varre trilhas e as compara com um banco de músicas de direitos reservados. Ao encontrar uma infração, o site informa ao detentor dos direitos que podem manter o vídeo no ar, completo e com anúncios, ou pedir a retirada. Segundo o site TechCrunch , a medida está causando confusão entre os usuários, que acreditam que o computador ou o vídeo em questão, está com problema. Para diminuir esses casos, o clipe infrator recebe uma marca que informa que o áudio foi removido.

Base de internautas pode superar 50 milhões
O Brasil fechou 2008 com mais de 43 milhões de pessoas com acesso à internet, segundo o instituto de pesquisa Ibope/NetRatings. No fim de 2003, esse contingente era de 22 milhões de pessoas. Para 2009, a projeção é que, mesmo em um cenário econômico pessimista, esse número supere 50 milhões de pessoas. O acesso residencial, que tem sido o principal motor da rede de computadores no país, continuará a ser estimulado pela entrada das classes C e D no mercado. Na avaliação do Ibope/NetRatings, a internet vem se transformando em um item essencial de consumo do usuário urbano.

C&C cresce acima da média no comércio eletrônico
A C&C, principal varejista de materiais para construção, reforma a decoração do Brasil, disse que suas vendas pela internet tiveram um desempenho bastante positivo no ano passado. Sem revelar números, a empresa disse que teve resultados bem acima da média do varejo online, que cresceu 30% no ano e 15% em dezembro, na comparação anual, de acordo com dados da e-bi. Entre os produtos mais procurados estão eletrodomésticos, ferramentas elétricas e equipamentos para cozinha.


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ENERGIA & Telecomunicações

Grupo Cluster investirá R$ 2,8 bi em três usinas no Mato Grosso
O Grupo Cluster de Bioenergia assinou, nessa quinta-feira, 15/1, um Termo de Acordo para oficializar a decisão da companhia em investir na região do Vale do Araguaia, na região Leste de Mato Grosso. A assinatura aconteceu às 14h, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá/MT. Em outubro do ano passado, a empresa anunciou o interesse em implantar um complexo industrial de beneficiamento de cana-de-açúcar, na produção de etanol, bioenergia e suplemento para gado, em Barra do Garças, a 509 quilômetros de Cuiabá. Pelo Termo de Acordo, o Grupo Cluster se compromete a implantar três unidades industriais. De acordo com o projeto da empresa, serão três destilarias em uma cadência escalonada e sequencial, com defasagem de dois anos de implantação de cada uma, com início de operação em 2012, 2014 e 2016. O investimento previsto é de R$ 2,8 milhões e deve beneficiar além da cidade de Barra do Garças, outros municípios da região Leste de Mato Grosso, como Nova Xavantina, Campinápolis, Canarana, Araguaiana e Água Boa. A expectativa dos investidores é de que sejam gerados 2,4 mil diretos em cada unidade, somando um total de 7,2 mil empregos diretos e mais de 28 mil indiretos na região assim que todas as usinas estiverem funcionando com capacidade total.

Anatel abre processo contra Oi e Telefônica
A Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações - abriu processo contra a Oi e a Telefônica pelo descumprimento de metas, previstas para 2008, de instalação de infraestrutura de banda larga (internet rápida). A Telefônica deixou de cumprir a meta em relação às escolas públicas. A Oi falhou nessa meta e também, na referente aos municípios de sua região. A Oi deveria levar banda larga a 40% dos municípios de sua região. A previsão para 2008 era a de que a Oi atendesse a 1.092 municípios até 31/12, mas ela só atendeu a 561. A superintendente de Universalização da Anatel, Enilce Versiani, disse que a agência ainda não recebeu as explicações da Oi e que analisará a documentação quando for apresentada. A superintendente adiantou uma avaliação: "A Oi descumpriu um decreto da Presidência da República."
Ela lembrou que as metas de universalização da banda larga foram assumidas pelas concessionárias de telefonia fixa em substituição à obrigatoriedade de instalarem PSTs - Postos de Serviços de Telecomunicações. Segundo Enilce, a legislação prevê de advertências a multas de até R$ 50 milhões no caso de descumprimento de obrigações de universalização. A superintendente explicou que uma multa é imposta de acordo com vários critérios, entre eles o universo de pessoas que foram prejudicadas pelo descumprimento. Segundo a Anatel, a Oi, além de desobedecer ao decreto, não cumpriu o contrato de concessão.
As outras concessionárias, segundo a Anatel, cumpriram com folga suas metas. A Telefônica teria que atender a 103 municípios e atendeu a 111; e a BrT - Brasil Telecom - teria que atender a 181 municípios, e atendeu a 183. O decreto presidencial, editado em abril do ano passado, prevê que, até 31 de dezembro de 2010, todos os municípios brasileiros terão uma infraestrutura de banda larga.
Escolas - A Anatel abriu processo contra a Telefônica e a Oi por não terem cumprido a meta de levar banda larga a escolas públicas. As duas empresas só atenderam a 70% do total de escolas públicas que deveriam ter beneficiado. A Sercomtel também não cumpriu a meta. Atendeu a apenas 86,7% das escolas que estavam previstas em sua meta para 2008. Já a Brasil Telecom e a CTBC atenderam a todas as escolas a que estavam obrigadas. No total, as cinco empresas deveriam ter levado banda alarga a 22.693 escolas, mas cerca de 5.000 estabelecimentos ficaram sem o serviço, segundo a Anatel.
O gerente-geral de Serviços Privados de Telecomunicações da agência, Dirceu Baraviera, disse que a Oi e a Telefônica terão que cumprir, até abril desse ano, a meta de 2008. Além disso, elas terão que cumprir as metas previstas para 2009. Segundo Paraviera, as empresas disseram à Anatel, em reunião realizada ontem, que tiveram problemas na implantação do programa e apresentaram como exemplo, o fato de que as escolas estiveram fechadas em boa parte do mês de dezembro. A Anatel, ao avaliar o processo, poderá estabelecer multa de até R$ 25 milhões. Da reunião participaram representantes das empresas, da Anatel, da Casa Civil e dos ministérios das Comunicações e da Educação.



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MERCADO DE LUXO


Cândido Portinari vira grife de luxo
As cores, traços e obras do pintor Cândido Portinari, um dos principais nomes da arte brasileira, passarão a estampar produtos voltados ao público de alto padrão. A empresa de licenciamentos Angelotti foi escolhida para trabalhar a marca Portinari em marcas e produtos direcionados às classes A e B. A escolha da empresa foi realizada pelo filho do modernista, João Cândido Portinari. A grife será trabalhada pela empresa de forma a transmitir beleza, brasilidade, exclusividade e bom-gosto. O primeiro contrato de licenciamento fechado pela Angelotti é com a empresa Recriar, especializada em produção de obras de arte. Serão produzidas réplicas catalogadas e numeradas, com o certificado de qualidade da marca Portinari. O pintor deixou um acervo de mais de cinco mil obras, cujos temas principais são a flora, a fauna, as paisagens, os tipos e figuras pitorescas do Brasil.

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