I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 137 | Ano I

Brasil é o único em 35 países a escapar de forte desaceleração na economia, afirma OCDE
As perspectivas econômicas para o Brasil continuam mais positivas do que para os países ricos e outras grandes economias emergentes, como China, Índia e Rússia, segundo relatório da OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - divulgada ontem, em Paris. A organização prevê que o Brasil é o único dos 35 países analisados no novo Indicador Composto Avançado, que não deverá registrar forte desaceleração econômica nos próximos seis meses. "Os Indicadores Compostos Avançados, em relação a novembro de 2008, sinalizam uma desaceleração profunda nas sete grandes economias mundiais e para as grandes economias que não são membros da OCDE, principalmente a China, a Índia e a Rússia", afirma o relatório. Já em relação ao Brasil, como havia previsto no início de dezembro passado, com dados relativos a outubro de 2008, a OCDE estima que o país deverá registrar apenas, uma "leve desaceleração" de sua atividade econômica.
Queda - Apesar disso, o Indicador Composto Avançado em relação ao Brasil, caiu 1,1 ponto em novembro na comparação com os dados do mês anterior e está 2,9 pontos abaixo do nível registrado há um ano. Mas o Brasil é o único do grupo das 29 economias que integram a OCDE e os seis países não-membros da organização analisados nesse último relatório que ultrapassa a barreira de 100 pontos, utilizada como referência para classificar o nível de atividade econômica dos países. Nesse novo indicador, o Brasil totaliza 101,2 pontos, enquanto os demais 34 países estão abaixo dos 100 pontos. No relatório anterior, o Brasil registrava 102,3 pontos. Segundo a metodologia para o cálculo do índice, os países que registrarem queda, mas mantiverem o indicador acima de 100, registram "leve desaceleração". Os que tiverem redução de atividade econômica e ficarem abaixo de 100 pontos recebem a classificação de "desaceleração", que pode ser caracterizada como forte em função do número de pontos perdidos. Para calcular o Indicador Composto Avançado, a OCDE leva em conta vários indicadores econômicos de curto prazo ligados ao PIB - Produto Interno Bruto -, como a produção industrial, por exemplo.
Outros países - A queda de 1,1 ponto registrada pelo Brasil em novembro é, no entanto, menor que a de outras grandes economias emergentes. O Indicador Composto Avançado da China diminuiu 3,1 pontos em novembro, está 12,9 pontos abaixo do nível verificado há um ano. No caso da Índia, a queda foi de 1,2 ponto em novembro, mas totaliza 7,6 pontos na comparação anual. A Rússia registra a maior queda entre os grandes emergentes que não são membros da OCDE, com uma redução de 4,3 pontos em novembro e de 13,8 pontos na comparação com os últimos 12 meses. Para os países que integram a OCDE, a queda em novembro foi de 1,3. Na comparação com o nível registrado em novembro de 2007, a redução é de 7,3 pontos. Os EUA totalizam uma queda de 1,7 em novembro e estão 8,7 pontos abaixo do nível verificado há um ano. Nos países da zona do euro, o indicador diminuiu 1,1 ponto em novembro passado e está 7,6 pontos abaixo do total registrado na comparação anual, segundo a OCDE.

Banco Central diz que Brasil deve crescer 2% em 2009
Os economistas ouvidos pelo Banco Central na pesquisa semanal Focus, reduziram a previsão de crescimento da economia em 2009 de 2,4% para 2%. A estimativa está abaixo dos 3,2% estimados pelo BC e dos 4% previstos no Orçamento desse ano para o crescimento do PIB - Produto Interno Bruto -, soma das riquezas produzidas no período. O Focus também passa a destacar nessa semana, os dados sobre 2010, para quando está previsto um crescimento de 3,8%. A estimativa para a produção industrial caiu de 2,7% para 2,5%. Para o próximo ano, está em 4,2%.
Juros e dólar - Os economistas mantiveram a previsão para o corte dos juros na primeira reunião do Copom - Comitê de Política Monetária do BC - de 2009, dos atuais 13,75% para 13,25% ao ano. Houve aumento, no entanto, nas previsões de corte de juros ao longo de 2009. Agora, a expectativa é que a taxa encerre o ano em 11,75% a.a., ante previsão de 12% feita na semana passada. No final de 2010, a Selic deve estar em 11,25% ao ano. A previsão para o dólar no fim desse ano, subiu de R$ 2,25 para R$ 2,30. Para 2010, está em R$ 2,25.
Inflação - Em relação às previsões de inflação, a expectativa para o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo -, que serve como meta para o BC, ficou em 5% (2009) e 4,5% (2010). A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta). Para esse ano, a expectativa do mercado para o IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - caiu de 5,50% para 4,93%; o IGP-M - Índice Geral de Preços – Mercado - recuou de 5,26% para 4,92%. O IPC - Índice de Preços ao Consumidor - da Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômica - caiu de 4,72% para 4,55%. A estimativa para o saldo da balança comercial ficou em US$ 14,5 bilhões. A expectativa para o déficit em conta corrente nesse ano, ficou em US$ 25 bilhões. As previsões de investimentos estrangeiros diretos subiram de US$ 23 bilhões para US$ 23,81 bilhões. A previsão para a relação dívida/PIB ficou em 37%.

Investimento é melhor forma de evitar que a crise aumente
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve o discurso otimista sobre a economia brasileira em 2009, mas alertou os governos dos três níveis (municipal, estadual e federal) para continuar investindo, principalmente no primeiro trimestre, como forma de evitar que a crise se alastre no Brasil. "Tudo que pudermos cortar de custeio vamos cortar, mas se for para gerar empregos, fazer obras da construção civil, rodovias, ferrovias, temos que fazer. E o mesmo, vale para Estados e municípios", afirmou Lula na abertura da 36ª edição da Couromoda. "Porque se não [fizermos isso], a crise pode chegar com mais força." Ainda sobre investimentos, Lula afirmou que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, deve ficar de olho para que nenhuma obra do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento - pare nesse momento, ressaltando que ela deve ainda, inventar novas obras e cuidar delas. No primeiro pronunciamento de 2009, Lula diz querer passar uma mensagem de otimismo baseado no que ele chama de melhor situação da economia frente a outros países mais desenvolvidos. "Temos otimismo porque temos convicção de que os países ricos não podem deixar a crise perdurar por muito tempo, porque outros países dependem deles. É aqui que entra o Brasil. Temos um país muito mais arrumado que os outros para enfrentar [a crise]", afirmou Lula, lembrando que, na condição de "corintiano, católico, brasileiro e presidente da República", ele não pode ser pessimista. Sobre as medidas que devem ser tomadas pelos países desenvolvidos, Lula disse que um dos pontos principais é uma maior regulação do mercado financeiro global. Segundo ele, isso deve ser discutido na reunião do G20 no Reino Unido. "Espero que em Londres, na reunião do G20, os países se convençam que é necessário maior regulação dos mercados financeiros", disse Lula, questionando, por exemplo, a forte oscilação dos preços das commodities ao longo do último ano. "Temos certeza que o Obama [que toma posse nos EUA dia 20] está com um pepino muito grande." "Ganhar fazendo investimentos [no mercado financeiro] é igual ganhar dinheiro numa roleta de cassino. É inadmissível ganhar dinheiro sem fazer sequer um prego", voltou a criticar Lula.

Balança comercial começa 2009 no vermelho e com queda de 18% nas exportações
A balança comercial começou 2009 registrando desaceleração no comércio do Brasil com o exterior. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, nos seis primeiros dias úteis do ano, as exportações somaram US$ 2,958 bilhões (média diária de US$ 493 milhões). O número representa uma queda de 18,3% em relação a janeiro de 2008 e de 21,5% na comparação com dezembro. As importações ficaram em US$ 2,970 bilhões (média diária de US$ 495 milhões). A média diária das importações recuou 11,9% na comparação com janeiro e 5,4% em relação a dezembro. A diferença entre exportações e importações, resultou em um déficit de US$ 12 milhões na balança, o que significa que o Brasil comprou mais do que vendeu para o exterior.
Previsões - O Banco Central prevê um superávit de US$ 17 bilhões para esse ano. Na pesquisa Focus, os economistas estimam um resultado positivo de US$ 14,5 bilhões. A balança comercial brasileira fechou 2008 com o pior resultado desde 2002, devido ao forte aumento das importações no ano. O superávit foi de US$ 24,7 bilhões, queda de 38% em relação a 2007. No começo do ano, o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, disse que o desempenho da balança comercial em 2009 vai
depender da "imaginação" dos exportadores brasileiros e do preço das commodities - produtos básicos, que puxam as vendas do Brasil para o exterior. O Ministério do Desenvolvimento espera manter a quantidade exportada em 2007 e 2008, cerca de 470 milhões de toneladas de produtos, mas informou que não é possível falar em valores nesse momento de instabilidade de preços.

Embraer bate recorde ao entregar 204 jatos em 2008
A Embraer entregou 204 jatos no ano passado, sendo 59 no quarto trimestre - queda em relação aos 61 entregues no mesmo período de 2007. Mesmo assim, segundo nota divulgada pela empresa, trata-se da segunda vez consecutiva em que se registra um novo recorde de entrega de aeronaves no ano, superando em 20% o resultado de 2007 (169 jatos). O valor dos pedidos firmes em carteira atingiu US$ 20,9 bilhões em 31 de dezembro de 2008, ante US$ 18,8 bilhões no mesmo período de 2007, valor recorde até então. No quarto trimestre, a companhia entregou 44 aviões para o segmento de aviação comercial, 11 para a área executiva e quatro para defesa e governo. Na área executiva, destaque para as duas primeiras aeronaves Phenom 100. No fim do ano passado, o presidente-executivo da Embraer, Frederico Curado, afirmou que por conta da crise financeira a companhia deve receber menos pedidos em 2009. A Embraer, segundo o executivo, está se preparando para lidar com uma recessão mais longa que a esperada por alguns analistas. Em novembro, a empresa havia cortado a previsão de entregas de um montante entre 315 a 350 aeronaves para 270 unidades.

Magazine Luiza freará expansão em 2009
O desempenho nas vendas de fim de ano aquém do esperado, a crise de crédito e a perspectiva de um primeiro semestre difícil, podem ter sido os motivos que levaram o Magazine Luiza, terceira maior varejista de eletrônicos e móveis do país, a rever os planos de expansão para a Grande São Paulo em 2009. A meta era abrir mais 50 lojas na região e chegar a 100 pontos de venda, mas a empresa vai rever esse plano. A empresa aguarda o desempenho de janeiro para definir o tamanho do ajuste. A expectativa era que nesse semestre, as vendas crescessem cerca de 10%, já um recuo em relação ao ritmo de 15% registrado até outubro, mas agora a rede projeta crescer apenas no ritmo da inflação.

Drogasil é empresa de maior geração de valor ao acionista
A Drogasil, quarta maior rede de farmácias do país, foi a empresa que mais gerou valor aos acionistas nos últimos cinco anos, segundo pesquisa da corretora Elite com os 100 papéis mais negociados na Bovespa. Listada no Novo Mercado, as ações ordinárias da empresa acumularam uma alta de 1.150% entre 2003 e 2008. No mesmo período, o índice Ibovespa subiu 69%. A companhia aérea TAM ficou em segundo lugar, com alta de 931,89% para as ações preferenciais. A Drogasil também foi bem na distribuição de lucros. No período analisado, ela distribuiu o equivalente a 94,69% do valor dos papéis em dezembro de 2003. Na prática, alguém que tenha comprado ações da Drogasil há cinco anos, praticamente recuperou o valor nominal do investimento apenas com os dividendos. A rede foi a oitava empresa que mais distribuiu lucros no período. Ao somar a valorização dos papéis com os dividendos, a Drogasil apresentou um retorno total aos acionistas de 1.244,69%, também o maior entre as ações analisadas pela Elite. Os destaques foram os anos de 2006 e 2007, quando as ações subiram 488,24% e 187%, respectivamente. O Ibovespa apresentou uma alta acumulada de 87% no mesmo intervalo. Apesar de impressionante, o desempenho merece uma ressalva. Até a oferta de ações realizada em julho de 2007, a liquidez da Drogasil na Bovespa, era bastante baixa. Com isso, qualquer movimento mais forte de um investidor poderia influenciar pesadamente a cotação.

Shoppings da Multiplan faturam R$ 5,1 bilhões no ano
Os 12 shopping centers do grupo Multiplan, um dos maiores empreendedores do setor no mercado brasileiro, somaram R$ 5,1 bilhões em vendas em 2008, 18,6% mais que no ano anterior. No quarto trimestre, as vendas chegaram a R$ 1,6 bilhão, com crescimento de 19,6% na comparação anual. Entre outubro e dezembro, a Multiplan inaugurou o BarraShoppingSul, em Porto Alegre/RS, e as expansões dos shoppings ParkShopping, em Brasília/DF; Ribeirão Shopping, em Ribeirão Preto/SP; e ParkShopping Barigüi, em Curitiba/ PR, que foram responsáveis por R$ 90 milhões em vendas. Todos os shoppings apresentaram crescimento nas vendas no último trimestre do ano, com destaque para o Pátio Savassi, em Belo Horizonte/MG, com 17,7%; DiamondMall, também na capital mineira, com 17%; e o já citado ParkShopping, com 16,4%. No total do ano, os melhores desempenhos vieram do Pátio Savassi (22,6%), Ribeirão Shopping (17,2%), DiamondMall (24,5%) e ParkShopping Barigui (15,1%). O empreendimento de maior faturamento foi o BarraShopping, no Rio de Janeiro, com R$ 1 bilhão.

Abravest avança com padronização de medidas do vestuário
Para resolver o problema de falta de padronização nas medidas de roupas, a Abravest - Associação Brasileira do Vestuário - atua há anos junto às indústrias de vestuário para definir e aplicar o padrão em todo o setor. Em 2008, o trabalho ganhou forças com a aprovação da norma técnica NBR 15.525, focada no setor de meias, que veio se juntar às já aprovadas para os setores de vestuário masculino, feminino e infantil (NBR 13.377). Para efetivar a entrega dos moldes oficiais e selar o acordo da indústria com os grandes magazines do País, no próximo dia 15 de janeiro será iniciada a primeira fase de aplicação dessa padronização, em um evento que reunirá as indústrias do setor de meias, responsáveis por cerca de 70% da produção de meias do País, e 98% do grande varejo do setor.

Walmart e Target têm desempenho ruim em dezembro
Em dezembro, as vendas do Walmart, maior varejista do mundo, cresceram 1,7% pelo critério mesmas lojas, em relação ao mesmo mês de 2007. O resultado ficou abaixo da projeção de Wall Street, de 2,8% de alta, mas a empresa deverá ser uma das poucas a apresentar crescimento na temporada de Natal nos EUA. Na avaliação do Walmart, o ambiente econômico e o frio mais intenso que o esperado em algumas regiões, fizeram com que o fim de ano fosse ainda pior do que já se projetava. Se o Walmart cresceu, embora abaixo do esperado, com a rival Target aconteceu o oposto: as vendas em lojas abertas há mais de 12 meses, recuaram 4,1% em relação a dezembro de 2007, um resultado muito acima das expectativas do mercado financeiro, de queda de 9,1%. Em termos absolutos, o faturamento cresceu 0,2%, para US$ 9,3 bilhões.

Blockbuster oferece locação online em quatro Estados
A rede de videolocadoras Blockbuster, administrada pelas Lojas Americanas desde o final de 2007, estendeu seu sistema de locação online. O serviço, chamado Blockbuster Online, está disponível no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Paraná, oferecendo 12 mil títulos. O sistema funciona por meio de uma assinatura mensal, que, no plano básico (R$ 49,90), dá direito ao cliente de receber até 90 títulos por mês, sem se preocupar com prazo de devolução ou multa por atraso. As entregas são realizadas todos os dias. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, de segunda a sábado, pedidos feitos até as 12h são entregues no mesmo dia.


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ESPECIAL


Um terço das indústrias pretende demitir, segundo pesquisa da FGV
Pressionada por estoques elevados e queda nas vendas, quase um terço da indústria brasileira pretende reduzir o número de empregados até o mês que vem. O índice de empresas que planejam demitir é o maior dos últimos dez anos. No mês passado, 32,5% de 1.086 indústrias que, juntas, têm perto de 1,3 milhão de trabalhadores, informaram à Fundação Getúlio Vargas que pretendem demitir até fevereiro.
Esse índice é superior à média de 15 anos de empresas que planejam cortar pessoal, que foi de 19,5%. O pico mais recente de demissões na indústria ocorreu em janeiro de 1999, quando houve a mudança do câmbio fixo para flutuante e 32,7% das companhias informaram que iriam cortar o emprego. "A situação é mais preocupante hoje do que dez anos atrás: a crise é global e não tem para onde correr", diz o coordenador técnico da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da FGV, Jorge Ferreira Braga. Além disso, a situação se deteriorou rapidamente por causa da crise. Há apenas seis meses, a tendência era exatamente inversa. Isto é, 35,7% dos empresários consultados previam contratações nos próximos três meses. Os dados da pesquisa são livres das influências típicas de cada época do ano.
A perspectiva de demissão crescente na indústria faz soar o sinal de alerta, porque o nível de emprego nas fábricas tem efeito multiplicador no número de postos de trabalho nos demais setores, apesar de comércio e serviços ocuparem mais da metade (64,4%) das vagas formais abertas em 12 meses até novembro de 2008, segundo o Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Para cada vaga aberta nas fábricas são criados três empregos diretos ou indiretos no setor de serviços, calcula o sócio diretor da RC Consultores, Fabio Silveira. "Uma trava na indústria puxa o freio no emprego em outros setores."
O professor de Economia da Unicamp, Julio Gomes de Almeida, acrescenta que o desemprego industrial tem impacto maior na economia porque o salário é maior que nos demais setores. Além disso, as vagas são formais, o que abre as portas para o trabalhador comprar a prazo. A pesquisa da FGV revela que os setores da indústria de transformação com maior intenção de demitir, entre dezembro e fevereiro, são aqueles cujas vendas dependem do crédito, como automóveis, eletrodomésticos e eletrônicos; e ligados aos planos de investimentos, como máquinas e equipamentos; e relacionados à exportação, como celulose e siderurgia. Quem lidera o ranking dos cortes é a indústria mecânica, com 68,3% das empresas planejando demissões, mais que o dobro de novembro (32,5%). Na vice-liderança está a indústria de material de transporte, com 62,9% das empresas decididas a demitir, seguida pelos segmentos de matérias plásticas (39,4%), metalurgia (35,8%) e celulose (35,8%).


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)


Bovespa fecha em forte queda de 5,24% com mau humor global
A Bovespa desabou no pregão de ontem, dia 12/1, devolvendo boa parte dos ganhos acumulados ao longo desse mês. O mau humor com a economia global guiou os negócios de hoje, principalmente com o início da temporada de divulgação de balanços nos EUA. O câmbio refletiu em cheio esse nervosismo e atingiu R$ 2,29. Esse pessimismo também teve impacto nos preços das commodities (matérias-primas), a exemplo do
petróleo: a cotação do barril cedeu para US$ 37, em queda de 7%.

- O termômetro da Bolsa,
o Ibovespa, recuou 5,24% no fechamento e voltou aos 39.403 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,39 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova Iorque, ainda aberta, retrai 1,54%.
-
O dólar comercial foi negociado por R$ 2,296 na venda, o que representa uma alta de 1,05%.
- A taxa de
risco-país marca 444 pontos, número 4,96% acima da pontuação.
- A ação preferencial da Petrobras amargou perdas de 6,46%, enquanto a ação da Vale, outro papel bastante influente da Bolsa, cedeu 7,26%.

Análise - Passados os bons ventos que levaram a bons resultados até o terceiro trimestre de 2008, iniciaremos uma sequência até o segundo trimestre de 2009, de fracos resultados, tanto em relação aos seus comparativos em 2008, como aos trimestres anteriores. Na semana passada, o mercado repercutiu mal os números do Departamento de Trabalho dos EUA, que mostraram o fechamento de 524 mil postos no mês de dezembro, dado que continuou a repercutir nas Bolsas asiáticas na jornada de hoje. Nessa semana, há poucos motivos para mudar o ânimo: os balanços do quarto trimestre, e os próximos indicadores macroeconômicos, devem mostrar ainda, números pouco animadores. A agenda econômica foi bastante esvaziada, com exceção de algumas cifras domésticas.
O boletim Focus, preparado pelo Banco Central, revelou que a maioria dos economistas do setor financeiro, ajustaram para baixo suas previsões de crescimento: a mediana das projeções caiu de 2,4% para 2%. Os economistas também reajustaram suas projeções da taxa Selic, de 12% para 11,75% em dezembro. Já a FGV - Fundação Getúlio Vargas - divulgou a primeira estimativa do IGP-M de janeiro, que apontou uma deflação de 0,31% contra uma alta de 0,14%, na primeira leitura de dezembro.

Bolsa de Nova Iorque fecha em baixa afetada por quedas de ações de financeiras e GM
- O índice Dow Jones Industrial, o mais importante das Bolsas de Nova Iorque, fechou ontem com baixa de 1,5%, aos 8.473,73 pontos, arrastado pela forte queda do Citigroup e de outras financeiras. Além disso, os negócios também refletem pessimismo sobre a situação da montadora GM - General Motors -, que declarou ao congresso que pode precisar de mais ajuda do governo dos EUA.
- O indicador Nasdaq caiu 2%, até 1.538,79 pontos.
- O índice S&P 500 baixou 2,2%, para 870,26 pontos.

As ações do Citigroup registraram queda de 17,33% nessa segunda, com especulações de que o banco anunciaria acordo para unir sua corretora à Morgan Stanley.

Análise 1 - O executivo-chefe da GM, Rick Wagoner, disse no domingo, dia 11/01, que a empresa pode vir a precisar de mais empréstimos do governo. No mês passado, o governo lançou uma ajuda de até US$ 17,4 bilhões, tirados do chamado Tarp - Programa para Alívio de Ativos Problemáticos, na sigla em inglês -, o pacote de US$ 700 bilhões aprovado em outubro e destinado inicialmente, a resgatar empresas do setor bancário com problemas ligados a papéis "podres" (com alto risco de calote), para evitar quebras no setor automobilístico. De início a GM - General Motors - e a Chrysler terão acesso a US$ 13,4 bilhões, com outros US$ 4 bilhões que podem ser oferecidos em março. O acordo exige como contrapartida das empresas, a apresentação de dados que mostrem que estão em condição financeiramente viável até o fim de março de 2009. Wagoner havia dito, também no mês passado, que a ajuda anunciada seria suficiente para manter as operações da companhia. "Vamos obviamente revisar todo o plano e aí veremos quais serão as exigências. Mas no momento, acreditamos estar bem cobertos", disse Wagoner ontem, segundo a agência de notícias Reuters. Ele destacou ainda, que a GM procura um comprador para a marca sueca Saab.

Análise 2 - A debilidade da economia americana reduz as expectativas dos investidores para os resultados corporativos. No terceiro trimestre do ano passado, o PIB - Produto Interno Bruto - dos EUA teve contração de 0,5%, e para o quarto trimestre, a previsão é de uma queda ainda maior. Na sexta-feira, 9/1, o Departamento do Trabalho informou que o país
perdeu 2,6 milhões de postos de trabalho no ano passado, pior resultado desde 1945. A economia dos EUA se encontra em recessão desde dezembro de 2007.


Bolsas da Europa fecham em queda com petroleiras
As principais bolsas europeias fecharam com queda pela quarta sessão consecutiva, pressionadas pelas petroleiras, cujas ações reagiram a um novo tombo nos preços da energia.

- Na Bolsa de Madri, as ações da Repsol caíram 3,22%, enquanto em Londres as da British Petroleum, cederam 1,93%, estendendo as perdas de sexta-feira.
- Em Milão, os papéis da ENI recuaram 2,34%.
- Em Paris, os da Total perderam 1,23%.
- Em Londres, índice FTSE-100 fechou com queda de 22,35 pontos, ou 0,50%, a 4.426,19 pontos. Entre as mineradoras, Anglo American perdeu 2,62%; BHP Billiton cedeu 3,27% e Xstrata teve baixa de 1,09%. No setor financeiro, os papéis do Lloyds TSB e do HBOS subiram 7% e 5,40%, respectivamente, após anúncio de que o Tesouro britânico irá assumir uma participação de 43,4% no grupo bancário formado pela fusão de ambos.
- Na Bolsa de Paris, o CAC-40 perdeu 53,38 pontos, ou 1,62%, a 3.246,12 pontos. As ações da Peugeot Citroën subiram 5,4% depois que o Credit Suisse aumentou a nota da companhia para "outperform" (acima do mercado), de "underperform" (abaixo do mercado). O Goldman Sachs também, elevou a classificação da empresa para "neutro", de "venda".
- Em Frankfurt, o índice DAX teve queda de 64,27 pontos, ou 1,34%, a 4.719,62 pontos. As ações da energética RWE caíram 2,74% depois que a companhia anunciou a compra da holandesa Essent por 9,3 bilhões de euros. Volkswagen recuou 8,40% com realização de lucro.
- Em Madri, o índice Ibex-35 cedeu 178,60 pontos, ou 1,90%, a 9.199,90 pontos. Iberdrola recuou 1,44% e GasNatural perdeu 2,11%.
- Em Lisboa, o índice PSI-20 teve baixa de 62,53 pontos, ou 0,95%, a 6.529,68 pontos. Galp Energia, que estuda a venda de 132 estações de serviços em Portugal, foi a maior queda do índice: -3,53%. - - Em Milão, o índice S&P/MIB teve queda de 182 pontos, ou 0,91%, a 19.911 pontos.

Análise - As ações de mineradoras também estiveram sob pressão, com os investidores à espera do balanço da Alcoa hoje, após o fechamento das bolsas nos EUA. Na semana passada, a companhia anunciou novos cortes na força de trabalho, fechamento de mais fábricas e redução de 50% nos investimentos.


Bolsas da Ásia caem; Coreia do Sul tem alta com medida anticrise
As principais Bolsas de Valores da Ásia registraram queda nesta terça-feira com resultados negativos de empresas japonesas e grandes exportadoras orientais. Em compensação, a Bolsa de Seul (Coreia do Sul) subiu com o ânimo dos investidores em relação à medida do governo para ajudar bancos do país em crise.
O
Banco Central do país emprestou US$ 3 bilhões em forma de leilão aos bancos locais com problemas de liquidez devido à crise financeira mundial. O montante faz parte dos US$ 30 bilhões de crédito que conseguidos em outubro do ano a partir de um acordo com o Federal Reserve (Fed, banco central americano).
- Com isso, a Bolsa de Seul teve alta de 0,95% no indicador KOSPI.
- Em Tóquio (Japão), o dia foi de queda: o índice Nikkei 255 recuou 4,79%, puxado principalmente pelos papéis da gigante de tecnologia Sony.
A empresa divulgou hoje que deve registrar no ano fiscal 2008 - que termina em março - suas primeiras perdas operacionais em 14 anos. O prejuízo seria o primeiro desde 1995 e o segundo desde 1958, quando começou a publicar seus resultados financeiros, de acordo com o jornal japonês "Nikkei". O jornal afirma que as perdas por operações do grupo Sony serão de pelo menos 100 bilhões de ienes (US$ 1,118 bilhão). A causa principal, da mesma forma que aconteceu com outras grandes empresas japonesas, é a revalorização do iene e a queda nas vendas no mercado de telas planas de televisão e outros produtos eletrônicos.
Nos outros mercados:
- Queda foi de 1,64% no ASX da Bolsa de Sydney (Austrália).
- De 2,01% no Hang Seng, de Hong Kong.
- E 1,95% no Shangai Composite da Bolsa da China.


Setores ensaiam retomada na Bovespa
Após o tombo de 2008, a Bolsa de Valores iniciou 2009 em ritmo forte. Alguns setores que muito perderam recentemente, têm se destacado nesses primeiros pregões do ano. Mas o que a Bovespa reserva para os próximos meses ainda é uma incógnita. Analistas aconselham aos investidores a não se empolgarem com a arrancada dos últimos pregões, pois nada mudou de forma radical no cenário internacional para promover uma inversão de tendência do mercado.
Ainda é prematuro para afirmar, por exemplo, que o petróleo e as commodities metálicas - muito importantes para a Bolsa de Valores local e que se depreciaram em 2008 - irão se recuperar nesse ano. "O mercado está nesse momento, sem muitos parâmetros, rodeado de incertezas em relação ao que vai ocorrer com a economia mundial", afirmou Luiz Antonio Vaz das Neves, analista da KNA Consultores. "Com tantas dúvidas, o ideal é focar agora, em ações de companhias e setores mais tradicionais. Não é a hora de pensar em ações de segunda linha", disse o especialista.
O índice Ibovespa (que reúne as 66 ações mais negociadas) registrou perdas de 41,2% em 2008, no que foi seu pior ano desde 1972. Nesse ano, a Bolsa já conseguiu subir 10,74%. O setor de siderurgia e mineração é um que tem forte dependência da economia internacional. Para esse segmento, o ritmo da economia chinesa será um ponto relevante para melhorar os preços das matérias-primas e ajudar a dar novo ânimo a papéis de companhias como Vale, CSN e Gerdau.
A Vale, a segunda maior companhia listada na Bovespa, reflete bem o atual cenário. Seu papel preferencial "A", que recuou 51,1% em 2008 na esteira da depreciação das commodities, registra alta de 18,2% nesse ano. Mas, ainda é cedo para saber até quando conseguirá manter esse atual ritmo forte.
As ações da Petrobras, que não registraram resultados animadores em 2008 com o enfraquecimento do preço do petróleo, também têm tido um bom começo de ano. A ação preferencial da companhia, a mais negociada no mercado doméstico, recuou 46,1% no ano passado. Nesse ano, já subiu 11,2%. O valor do petróleo, que chegou ao recorde de US$ 145 em julho passado, depende de diferentes fatores para se recuperar, como o desempenho da economia mundial e a consequente demanda pelo produto. Na sexta-feira, o barril encerrou a US$ 40,83 - ou 72% abaixo de sua máxima.
Dependência interna
Se esses segmentos vão depender do ânimo internacional para se recuperarem na Bolsa, outros setores vão estar mais ligados ao desempenho da economia doméstica. Como a expectativa é a de que a economia brasileira cresça a um ritmo menor nesse ano, há setores que talvez, tenham mais dificuldades para conquistar bons resultados que ajudem a impulsionar as suas ações. A construção civil, por exemplo, já foi uma das decepções do ano passado. Os papéis de empresas do setor se depreciaram em 70,7% em 2008, segundo cálculo da Economática. A ação ON da Rossi Residencial foi o papel do Ibovespa que mais caiu no ano, com perdas de 83,2%. Mas, no embalo do atual ritmo de recuperação, a ação da Rossi Residencial disparou 27,2% na semana passada. "As revisões negativas para o cenário econômico de 2009 continuam. Nem bem começamos o ano e já temos informações novas suficientes para revisarmos para baixo nossas estimativas para o crescimento de 2009", alerta Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra. "O crescimento do PIB de 2009 deve ser inferior a 2%", afirma a economista.
Para 2008, a projeção do mercado é a de que a economia brasileira tenha crescido 5,6%. "A economia vai crescer menos, e empresas que dependem apenas do mercado interno, terão dificuldades. Talvez o setor de construção, um dos mais punidos em 2008, consiga algum impulso com um esperado incentivo do governo. Esse segmento é um importante gerador de emprego e o governo está atento a isso", afirma Neves.


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INDICADORES ECONÔMICOS


Carta do IBRE de dezembro de 2008 - Dilemas da crise apontam, mais uma vez, para a falta de poupança.

- O IGP-M registrou, no primeiro decêndio de janeiro, taxa de variação de -0,31%. Em dezembro, no mesmo período de apuração, a taxa foi de 0,14%. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem do primeiro decêndio de dezembro para o primeiro decêndio de janeiro: IPA, de 0,04% para -0,56%, IPC, de 0,36% para 0,24%, e INCC, de 0,27% para 0,13%.

RESUMO da Semana: 05 a 09 de janeiro de 2009

- IPC-3i tem a segunda maior taxa trimestral de 2008
O IPC-3i - Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade -, que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, registrou no quarto trimestre de 2008, variação de 1,60%. Essa foi a segunda maior taxa trimestral em 2008, permanecendo abaixo da apurada no segundo semestre, que foi de 2,64%. Nos últimos 12 meses, a variação acumulada pelo IPC-3i foi de 6,35%.

- IPC-S acelera na primeira semana do ano
O IPC-S de 07/1/2009 apresentou variação de 0,68%, taxa 0,16 ponto percentual (p.p.) acima da apurada com base na coleta encerrada em 31/12. Dos sete grupos componentes do índice, quatro apresentaram acréscimos em suas taxas de variação.

- IPC-C1 registra alta de 7,37% nos últimos doze meses
O IPC-C1 - Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 -, calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos mensais, registrou variação de 0,57% em dezembro. Com esse resultado, o índice registrou alta de 7,37% nos últimos 12 meses, superando o IPC-BR, que no mesmo período subiu 6,07%.

- IGP-DI varia -0,44% em dezembro
O IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - variou -0,44%, em dezembro, taxa inferior à registrada em novembro, de 0,07%. Os componentes do IGP-DI apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de novembro para dezembro: IPA, de -0,17% para -0,88%, IPC, de 0,56% para 0,52%, e INCC, de 0,50% para 0,17%.

Dólar Comercial
Cotações de fechamento da PTAX
Data R$/US$
05/01 2,2780
06/01 2,1889
07/01 2,2174
08/01 2,2683
09/01 2,2970* (Cotação de 14h)
Fonte: BACEN (Semana: 05 a 09 de janeiro de 2009)


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MERCADO FINANCEIRO


Compra do banco Votorantim visa aquecer setor de carros usados, diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, que o principal motivo da compra de parte do
Banco Votorantim pelo Banco do Brasil é aquecer o setor de veículos usados e, assim, impulsionar a indústria automotiva como um todo. Segundo Lula, a experiência do Banco Votorantim no setor de financiamento de carros será fundamental para que o Banco do Brasil reforce sua atuação nesse ramo de crédito. "Compramos metade do Votorantim porque não tínhamos expertise em veículos usados", disse Lula na abertura da 36ª edição da Couromoda, feira do setor de calçados e afins. "Sabemos que o mercado de carro usado precisa andar, porque senão não vende carro novo, mesmo com a redução do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados -", em alusão à medida que reduziu o imposto de carros para estimular o setor em meio à crise de falta de crédito e à queda brusca nas vendas.
Setor - Os preços dos carros usados caíram 2,14% em novembro. Segundo a pesquisa Autoinforme/Molicar, foi o maior recuo dos últimos oito anos, desde que o levantamento começou a ser feito. "O impacto da crise no setor de usados foi fulminante. Os preços despencaram nos últimos dois meses e com a perda do valor do bem, muita gente deixou de trocar o usado pelo novo, desaquecendo ainda mais o movimento do setor", informa o estudo. Conforme o estudo, a queda de preço dos carros usados - verificada desde 2006 por conta do aumento na venda de carros novos, que aumentou a oferta no setor de usados - vinha ocorrendo de maneira mais branda, por conta da grande demanda no setor devido ao aumento do poder aquisitivo da classe média e das facilidades de financiamento. Em relação aos carros novos, as montadoras com unidades instaladas no Brasil, terminaram o ano de 2008 com 211.625 veículos no estoque, o que representa 36 dias de vendas, segundo dados da Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. O estoque ficou abaixo do resultado alarmante de novembro, quando somava mais de 305 mil veículos parados, o equivalente a 56 dias.



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AGRONEGÓCIOS


China vira maior cliente do agronegócio do Brasil
Pela primeira vez desde 1997, os EUA deixaram de ser os maiores compradores individuais de produtos do agronegócio brasileiro. O recuo de 2,4% nas importações americanas levou o país ao terceiro posto na lista, com uma participação de 8,7% do total exportado pelo Brasil. Foram US$ 6,25 bilhões. Na outra mão, os chineses compraram 70% a mais e abocanharam uma fatia de 11% das vendas brasileiras com US$ 7,93 bilhões, sobretudo de soja. Mesmo tendo recuado em sua participação, a União Européia fechou 2008 como principal bloco destino dos produtos do agronegócio, com 33%, ou US$ 23,77 bilhões. A fatia da Ásia cresceu para US$ 16,85 bilhões (23,5%) e o Nafta recuou para US$ 7,21 bilhões (10%). Beneficiadas pelo aumento nos preços internacionais das commodities, redução nos estoques e elevação da demanda nos países emergentes, as exportações do agronegócio atingiram o recorde de US$ 71,8 bilhões em 2008. Com vendas adicionais de US$ 13,4 bilhões sobre 2007, a expansão dos embarques chegou a 23%. Mesmo pressionado pelo crescimento de 35% nas importações, o superávit da balança comercial do setor atingiu US$ 60 bilhões, um desempenho 21% superior aos US$ 49,7 bilhões. A fatia do agronegócio nas vendas totais brasileiras chegou a 36,3%. O complexo da soja ainda é o carro-chefe das vendas externas do agronegócio, com US$ 18 bilhões. Em seguida, permaneceu o complexo carnes, com US$ 14,54 bilhões. As vendas de soja e carnes saltaram de US$ 22,7 bilhões, em 2007, para US$ 32,5 bilhões. As exportações de lácteos cresceram 80%, de US$ 299 milhões, em 2007, para US$ 541 milhões em 2008.

Cepea divulga relatório sobre impacto da crise
O Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - da Esalq/USP - Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz -, em Piracicaba, divulgou um relatório que confirma o impacto da crise internacional sobre o agronegócio brasileiro. Cálculos dos pesquisadores demonstram que em outubro de 2008 o agronegócio decresceu 0,88%. Os pesquisadores do Cepea concluiram que, naquele mês, a agricultura foi atingida fortemente pelo recuo dos preços. A agroindústria passou a cair em todos os segmentos. São exceções o etanol e os óleos vegetais. O relatório completo, que inclui tabelas detalhadas, pode ser acessado pelo endereço www.cepea.esalq.usp.br/pib/.

Colheita do Nordeste será 6% menor

A colheita de cana no Nordeste deve ficar entre 61 milhões e 63 milhões de toneladas na safra 2008/09, 6% menor que no ciclo anterior, 2007/08, segundo Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar/PE - Sindicato das Indústrias de Açúcar e Álcool de Pernambuco. O recorde da colheita de cana no Nordeste foi na safra 1986/87, quando atingiu 71 milhões de toneladas. Alagoas e Pernambuco são o primeiro e segundo maiores produtores de cana da região, respectivamente. A colheita da região ocorre entre os meses de setembro a março. A produção de açúcar deve ficar em 4,9 milhões de toneladas e a de álcool em 2,3 bilhões de litros. Cerca de 62% da produção de açúcar da região será exportada. Os embarques de álcool devem ficar em 550 milhões de litros. Nessa safra, o consumo mensal de álcool combustível subiu em média 20%, para 200 milhões de litros, segundo Cunha.



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SETOR AUTOMOTIVO


Indústria automotiva espera mais falências e menos lucros
Presidentes e diretores dos maiores fabricantes de automóveis e fornecedores de autopeças do mundo, preveem um futuro sombrio para o setor nos próximos cinco anos, segundo um levantamento da empresa de consultoria KPMG divulgado essa semana em Berlim. A pesquisa da empresa KPMG foi divulgada pouco antes do início do Salão do Automóvel de Detroit/EUA, no domingo, dia 11/1. O Salão de Detroit, que acontece até o dia 25/1o, é um dos mais importantes do gênero no mundo. (Agência Deutsche Welle, da Alemanha)

Volkswagen estabelece recorde de vendas em 2008
A fabricante alemã de veículos Volkswagen estabeleceu um recorde de vendas em 2008 e expandiu suas cotas de mercado nos EUA e Alemanha, apesar da crise econômica mundial, informou a companhia alemã nesse domingo. "Mantivemos nossa promessa", afirmou o presidente do grupo, Martin Winterkorn, ao discursar no Salão do Automóvel de Detroit. A Volkswagen vendeu 6,23 milhões de veículos no ano passado em todo o mundo, um aumento de 0,6%. Na Alemanha, a produção foi de 1,06 milhão de veículos, ou seja, 0,4% a mais que no ano anterior, enquanto que o mercado caiu 1,8%. Nesse mesmo período, em termos de mercado, a Volkswagen cresceu levemente, alcançando 33,6%. (Agência France Presse)

Crise levou dez maiores montadoras a demitir 35 mil
As dez maiores fabricantes de carros do mundo anunciaram, até agora, pouco mais de 35 mil cortes de empregos em todo o mundo. Os maiores afetados são os trabalhadores temporários, mas muitas fábricas também implantaram o programa de demissão voluntária, férias coletivas ou diminuição da carga horária. No entanto, o número total de pessoas que perderam o emprego por causa da crise no setor, pode ser até três vezes maior, segundo sindicalistas. Isso porque muitas pequenas fábricas, fornecedoras de peças para as grandes montadoras, fecharam as portas ou reduziram drasticamente o número de funcionários. Os prejuízos no setor ultrapassam os US$ 30 bilhões.
Recuperação - Mas apesar da demissão em massa e das perdas, as grandes montadoras devem começar a se recuperar ainda em 2009, na opinião de analistas ouvidos pela BBC Brasil. Apesar dos dados negativos, os analistas de mercado preveem que a situação deve melhorar nesse ano, para os fabricantes de veículos. "O ano de 2009 deve ser pobre para as montadoras, mas o pior dessa queda desenfreada, já passou", opina Edward J. Lincoln, diretor do Centro de Estudos Econômicos Japão-EUA e professor da Universidade de Nova Iorque. O especialista disse à BBC Brasil, que as vendas podem começar a ter uma reação positiva após o início do segundo semestre, pelo menos nos EUA. "A idade média dos carros que rodam nas ruas atualmente, será o principal fator para que as pessoas troquem de veículo", acredita. Gary Burtless, economista do Instituto Brookings e ex-membro do Departamento do Trabalho dos EUA, concorda. "Outra boa notícia para os fabricantes de carros é a queda no preço da gasolina, o que torna os carros 'beberrões' de combustíveis novamente atraentes para o público consumidor norte-americano", diz. O professor Lincoln vai mais além, e aposta numa volta triunfal das vendas já em 2010. "A recessão vai passar e os consumidores vão se sentir mais confiantes em comprar um carro novo", afirma.
Ajuda do governo - O final de 2008 foi marcado pelo auge da crise no setor automobilístico. A queda nas vendas atingiu os fabricantes do mundo todo e deve continuar ainda, nesse começo de ano. Somente no Japão, a expectativa é de que em 2009, o país tenha o pior índice de vendas de veículos em 31 anos, segundo levantamento da Jama, sigla em inglês da Associação de Fabricantes de Automóveis do Japão. Para conter um possível colapso geral, as indústrias foram atrás de ajuda estatal. A alemã Opel, braço europeu da GM, foi a primeira montadora da Europa a pedir socorro. Depois, foi a vez da Volkswagen. Nos EUA, o governo teve de desembolsar US$ 17,4 bilhões para salvar a General Motors e a Chrysler. O Canadá seguiu o exemplo e ofereceu mais US$ 3,3 bilhões para as empresas. O maior medo dos governos é a falência de uma das gigantes do setor. Pelas contas de especialistas, a quebra de uma das fabricantes vai afetar uma cadeia enorme de fornecedores e negócios, gerando um problema social. Para Gary Burtless, Toyota, Honda, Nissan, Peugeot, Mercedes e BMW, apesar da queda nas vendas, ainda parecem estar melhores financeiramente do que as rivais norte-americanas. "A grande diferença é que as montadoras de Detroit sobreviveram até agora graças ao mercado interno, enquanto as outras buscaram outros espaços para colocar seus produtos", explica. Outro fator importante nessa balança é o fato de os carros japoneses serem bem mais econômicos do que os fabricados nos EUA. "Por isso, diferente do que aconteceu com as três grandes de Detroit, a venda de veículos japoneses não caiu imediatamente, após a alta do preço dos combustíveis", analisa o economista.
Mudanças no mercado - Para os analistas ouvidos pela BBC Brasil, a única certeza em relação ao futuro, por enquanto, é de que o setor de veículos não será mais o mesmo. "O mercado está muito concorrido, não somente nos EUA, mas em outros países", analisa Burtless, que sugere que não haverá espaço para todos. Segundo eles, as empresas agora devem disputar mercados menores e consumidores mais exigentes, principalmente em relação a custos e emissões de CO2. Daí a preocupação do Japão em ganhar a corrida na busca por carros mais baratos e menos poluentes. (BBC Brasil, em Tóquio)

GM anuncia 744 demissões no interior de SP
A General Motors vai demitir 744 funcionários da unidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo, informou o sindicato de metalúrgicos da cidade ontem, dia 12/1. Segundo comunicado do sindicato, a direção da empresa reuniu-se com dirigentes da entidade nesta tarde, para anunciar que "demitirá 744 trabalhadores". Procurada pela Reuters, a GM afirmou que vai evitar fazer comentários imediatos sobre as informações divulgadas pelo sindicato, e que falará sobre o assunto ainda nesta segunda-feira. Dirigentes do sindicato não estavam imediatamente disponíveis para detalhar o assunto. A unidade de São José dos Campos emprega cerca de 8.900 pessoas e produz modelos como Corsa, Zafira, Meriva e a picape Montana, informou o sindicato. De acordo com o comunicado do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, entre os demitidos estão 600 trabalhadores contratados em 2008 por prazo determinado. "Alguns desses contratos venceriam somente em junho, mas a empresa dispensará os metalúrgicos imediatamente", informou o sindicato. A GM vinha optando por deixar trabalhadores em férias coletivas na unidade desde outubro. Desde esse período, segundo o sindicato, cinco períodos de férias coletivas foram anunciados pela companhia, na fábrica. Atualmente 500 funcionários estão sob período de recesso. A GM viu suas vendas de automóveis e comerciais leves caírem 1,3% em dezembro, em relação a novembro, para 29.310 unidades. No mesmo período, as vendas de veículos novos vendidos no país pela indústria subiram 9,4%.

Citröen amplia presença na região Norte
O grupo La Villette investiu R$ 2,6 milhões na primeira concessionária de veículos Citroën, em Porto Velho/RO. Essa é a 118ª concessionária da marca no país e reforça a presença da marca na região Norte. Com uma área total de 2.000 metros quadrados, a concessionária gerou 25 empregos diretos e indiretos. A previsão inicial é comercializar 420 veículos novos por ano e outros 150 seminovos, em busca de uma participação de cerca de 5% do mercado de Porto Velho, bem acima dos 2,07% de share que a Citröen possui em todo o país.

Brasil sobe para quinto mercado consumidor de veículos em 2008
O Brasil ganhou três posições no ranking dos maiores mercados consumidores de automóveis do mundo, chegando à quinta colocação, e subiu um degrau entre os maiores produtores em 2008, apontam dados preliminares divulgados pela associação de montadoras instaladas no País, a Anfavea. O Brasil encerrou 2008 como quinto maior mercado consumidor do mundo, ficando atrás de EUA, China, Japão e Alemanha, ultrapassando Grã-Bretanha, França e Itália. No ranking de maiores fabricantes, o Brasil ficou em sexto lugar, superando a França e tendo à sua frente: Japão, China, EUA, Alemanha e Coréia do Sul. Parte desses ganhos de posições deve-se ao fato de que muitos mercados perderam muito no fim do ano, devido ao impacto da crise financeira mundial na indústria.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Exportações de produtos com maior valor caem 39,4% no início do ano
A queda nas exportações de produtos manufaturados foi o fator que mais afetou a balança comercial no início de 2009, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. De acordo com o governo, houve um recuou de 39,4% até o dia 11/1, em relação ao primeiro mês de 2008. A queda se deu, principalmente, nas vendas de aviões, autopeças, óleos combustíveis, laminados planos, veículos de carga e calçados. No geral, as exportações somaram US$ 2,958 bilhões, queda de 18,3% na média diária. A queda nos manufaturados foi parcialmente compensada pelo aumento de 19,8% nas vendas de produtos semimanufaturados - açúcar, alumínio, ferro fundido e celulose - e de 1,9% nos básicos, com destaque para milho, farelo de soja, minério de ferro e frango. Na comparação com dezembro, houve queda de 21,5% nas exportações, puxada pelo recuo dos produtos manufaturados (-42,8%) e básicos (-14,2%). As vendas de semimanufaturados cresceram 56%.
Fertilizantes e eletroeletrônicos - Também foi registrada queda nas importações brasileiras no começo do ano. Em relação a janeiro, elas caíram 11,9%, para US$ 2,970 bilhões. Houve redução dos desembarques de adubos e fertilizantes (-79,2%), cereais (-48,2%), combustíveis e lubrificantes (-40,5%), farmacêuticos (-31,7%) e aparelhos e instrumentos eletroeletrônicos (-25,6%). Em relação a dezembro, a retração foi de 5,4%, com destaque para adubos e fertilizantes (-64,4%), combustíveis e lubrificantes (-48,9%), farmacêuticos (-48,1%) e cereais (-11,4%). A diferença entre exportações e importações resultou em um déficit de US$ 12 milhões na balança, o que significa que o Brasil comprou mais do que vendeu para o exterior.

Exportações do agronegócio de MG crescem 17% e batem recorde histórico
O valor é 17,7% maior que o de 2007, que foi de US$ 4,9 bilhões. Os números foram organizados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, com base nos dados do MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O café foi responsável por mais da metade do valor das vendas. Foram US$ 3 bilhões em 2008. Um crescimento de 17,8% em relação ao ano passado. Além do café, quase todos os principais produtos do agronegócio de Minas Gerais apresentaram crescimento no valor exportado. “Até setembro, tivemos um período com o preço das commodities em elevação”, explica o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Ricardo Albanez.
As vendas de carne somaram US$ 649 milhões, com um crescimento de 4,7% em relação a 2007. As vendas de carne suína cresceram 58% e somaram US$ 64,9 milhões. O valor dos embarques de carne de aves chegou a US$ 196 milhões, com alta de 22%. Já as vendas de carne bovina, caíram 14% e somaram US$ 286 milhões. No complexo soja (grão, farelo e óleo), o crescimento foi de 31,7%. O valor das vendas para o exterior foi de US$ 271 milhões. Os embarques da soja em grão foram os principais responsáveis pela alta. Foram US$ 178 milhões. Um crescimento de 67,6% em relação a 2007. As vendas de madeiras e derivados somaram US$ 633 milhões, com um crescimento de 8% em relação a 2007. As exportações de produtos lácteos, com destaque para o leite em pó, somaram US$ 252 milhões, graças aos bons preços no mercado internacional registrados no primeiro semestre. O crescimento foi de 117,7% em relação a 2007.
A comercialização internacional de açúcar por Minas Gerais, subiu 4% e somou US$ 350 milhões. As vendas de álcool também cresceram. O valor de US$ 137 milhões de 2008 representa um aumento de 16,3% em relação a 2007. O volume de produtos do agronegócio exportado por Minas Gerais, também bateu recorde, porém o crescimento foi bem menor. Em 2008, foram embarcados 4,91 bilhões de toneladas. Uma alta de apenas 0,13% em relação a 2007. “Apesar da desaceleração de preços médios nos últimos meses do ano, houve uma alta significativa em relação a 2007, garantindo o crescimento do valor exportado mesmo com a estabilidade do volume embarcado”, comenta Albanez.
Saldo da balança - O saldo da balança comercial (diferença entre exportação e importação) do agronegócio mineiro em 2008 foi de U$ 5,5 bilhões. Um aumento de 18,2% em relação ao saldo do ano passado. Os principais produtos importados por Minas Gerais são: trigo, madeiras e derivados, algodão, frutas e arroz.Dezembro e a crise - Apesar da crise mundial, as vendas do agronegócio mineiro em dezembro de 2008, foram 23,7% maiores em relação a dezembro de 2007. O valor comercializado no último mês do ano passado foi de US$ 507 milhões. Os produtos que mais contribuíram para a alta foram: café (28,5%), complexo soja (79,6%), produtos lácteos (57,5%), carne bovina (18,1%), açúcar (23,9%) e álcool (4.000 %). Já os produtos que apresentaram queda no valor das vendas na comparação entre dezembro de 2008 e dezembro de 2007 foram: carne suína (-50,9%), aves (-18,2%), algodão (-46,5%) e madeiras e derivados (-21,3%). Em volume embarcado, o crescimento foi 29,5% na comparação com dezembro de 2007. Destaque para o crescimento de 55% da vendas de carne bovina, 3.100% de álcool e de mais de 5.000 % nos embarques de soja em grão.


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LOGISTICA & infra-estrutura


Ferrovia projeta crescimento de 17% na movimentação de cargas
A ALL - América Latina Logística -, concessionária do serviço ferroviário no Porto de Santos, projeta um crescimento de 17,6% no total de mercadorias transportadas em vagões, no cais, até o final do ano. O cálculo baseia-se no aumento da capacidade de carga das composições, que poderão carregar até 8 mil toneladas, graças à implementação de novas tecnologias.No ano passado, a empresa descarregou 17 mil vagões nos terminais do porto. Em 2009, a expectativa é que esse total chegue a 20 mil. Se a movimentação total do complexo permanecer estável, a concessionária promoverá um aumento na participação do modal ferroviário frente ao rodoviário. Esse crescimento será possível com o transporte de composições formadas por até 80 vagões, arranjo que já está sendo testado. O limite anterior era de 62 vagões, que poderiam transportar até 6,1 mil toneladas.Segundo a empresa, a nova capacidade será atingida com o uso de locomotivas operadas por controle remoto, via rádio, que serão inseridas entre os vagões e comandadas pelo maquinista do carro principal, a até 700 metros de distância. As composições serão movidas por mais locomotivas e, consequentemente, poderão reunir mais vagões. Das 900 máquinas compradas pela ALL, duas estão sendo utilizadas no trajeto até a Baixada Santista.O condutor do Locotrol,­ como são conhecidas as novas locomotivas, terá maior controle sobre a frenagem e a potência da composição. Segundo a ALL, o equipamento reduz em 30% a distância necessária para frenagem e aumenta, em 60%, a eficiência e o controle do trem. Para o gerente de Engenharia e Operação de Trens da ALL, Luiz Carlos Hohmann, a medida permitirá economia de tempo, aumento de produtividade e maior segurança. Ele estima também, uma redução no tempo necessário para a chegada da carga até o cais santista. "Creio que do Alto Araguaia/MT até Santos vamos ganhar quatro horas. Hoje são necessárias 32h para esse trajeto".O gerente adiantou que a empresa deve ousar ainda mais, até a metade do ano e passar a operar com trens de 12 mil toneladas. "Vamos começar a testar composições maiores antes do período de safra. Entre março e setembro, quando ocorre a colheita, pretendemos operar normalmente esse volume de carga". O grosso das operações da ALL resume-se ao transporte de açúcar do interior de São Paulo e de soja e milho de Mato Grosso, até o Porto de Santos.
Investimentos em 2009 - Até o final desse mês, a concessionária deve encerrar o programa de intervenções e investimentos previstos em suas instalações no Porto de Santos. Hohmann adiantou que os pátios do Valongo/Santos e de Conceiçãozinha/Guarujá, terão que ser readequados para receber as composições mais longas. A estimativa de investimento da ALL, para esse ano, é de R$ 600 milhões, compreendendo toda sua malha ferroviária e os pátios do Sudeste e do Centro-Oeste do País.
Iniciam obras do novo terminal de fertilizantes do Porto do Rio Grande
Em uma área de 31,9 hectares, localizada no Superporto do Rio Grande, iniciaram os trabalhos para construção do segundo terminal marítimo do porto rio-grandino, especializado na movimentação de matéria-prima para fertilizante. A Bunge Fertilizantes, responsável pelo empreendimento e que já possui uma unidade fabril no Distrito Industrial do Rio Grande, pretende dotar o local de uma completa infraestrutura para operar os modais marítimo, ferroviário e rodoviário. Por interesse do Governo do Estado em desenvolver a indústria naval, a área dessa obra foi cedida pelo Governo, através de permuta realizada com a Bunge, de área localizada junto ao Porto Novo e que passou a ser destinada para um Estaleiro. De acordo com o chefe de Produção da Bunge Fertilizantes, Alexandre Santos, o projeto será dividido em duas etapas. A primeira, que está em execução, prevê a construção de um armazém com capacidade para 120 mil toneladas, para operar na descarga rodoviária e no carregamento rodoviário e ferroviário; uma unidade de ensaque (onde o produto é colocado em sacos); prédio administrativo, e balanças. A outra etapa, sem cronograma definido, compreende a construção do píer graneleiro e das oficinas e a instalação do guindaste, com capacidade de movimentação de 1,2 mil toneladas/hora, e das correias transportadoras. A obra que está na fase de terraplenagem, tem previsão de conclusão da primeira etapa, para outubro de 2009. Com o novo terminal, o Porto passará a contar com nove terminais especializados: Tecon, Termasa, Tergrasa, Bianchini, Bunge Alimentos, Yara Brasil, Transpetro, Copesul e Bunge Fertilizantes. Além desse projeto o porto rio-grandino ainda tem previsto para abrigar em sua área, mais três novos terminais, sendo dois na área de produtos florestais e um na de granéis agrícolas.


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ENERGIA & Telecomunicações


Skype inicia avanço no setor de telefonia móvel
O Skype, que ajudou legiões de consumidores a reduzir suas contas de telefonia de longa distância por meio de chamadas via Internet, está iniciando um grande avanço no setor de telefonia móvel, e anunciou apoio ao sistema operacional Android, do Google, na quinta-feira. Enquanto consumidores e empresas com verbas curtas tentam reduzir despesas devido à desaceleração econômica, o Skype está expandindo seu software para fazer telefonemas baratos a mais de 100 modelos de celulares, entre os quais telefones acionados pelo sistema operacional Android para aparelhos móveis.
A maioria das operadoras de telefonia móvel, ainda não aceitou software do Skype, subsidiária do eBay, em seus aparelhos, por medo de perder receita, caso os assinantes optem por fazer seus telefonemas via Web e não pelo sistema regular de telefonia de voz. Mas isso começa a mudar à medida que cresce a popularidade do Skype, disse Scott Durschlag, vice-presidente de operações do grupo. A operadora de telefonia móvel 3 UK , controlada pela Hutchison Whampoa, reportou forte adoção de seu serviço Skype para celulares. "As operadoras imaginavam no passado que nós fôssemos quase tão ruins quanto Satanás," disse Durschlag à Reuters, em entrevista durante a the Consumer Electronics Show, em Las Vegas. "Agora são elas que estão nos procurando."
Embora o Skype prometa oferecer telefonia móvel barata aos consumidores para ligações internacionais e ligação para linhas fixas, os usuários terão de pagar as operadoras pelo custo das ligações locais, bem como as taxas de serviço de Internet relacionadas aos telefonemas feitos com o sistema Skype. Durschlag disse que os problemas da economia estavam ajudando e não prejudicando a Skype, porque os consumidores estão em busca de opções mais baratas. Até mesmo os clientes empresariais, que demoraram a adotar a Skype, agora veem seus serviços como uma forma de reduzir custos. "As coisas nunca estiveram melhores, do nosso ponto de vista," disse Durschlag, acrescentando que as empresas respondem agora por 30% dos minutos usados no Skype, ante 20% no começo de 2008. (Reuters, de Las Vegas/EUA)


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MERCADO DE TI

Antes poderosas, fabricantes de computadores sucumbem à crise
O setor mundial de computadores pessoais se manteve bem pela maior parte do ano passado, enquanto a maioria dos demais setores tropeçava, mas agora, ele também foi contaminado pela crise econômica cada vez mais profunda, que prejudicou a demanda dos consumidores e das empresas. Ainda em novembro, J. T. Wang, presidente do conselho da Acer, terceira maior fabricante mundial de computadores, estava confiante em que os computadores pessoais estariam imunes às desacelerações mundiais, devido à crescente importância dos computadores na vida diária. "As crianças continuarão precisando ir à escola. Elas necessitarão de computadores. As empresas continuarão trabalhando. Elas também necessitarão de computadores," disse Wang.
Mas passados apenas dois meses, uma série de alertas recentes de problemas de vendas e de cortes nas projeções de negócios, sinaliza uma desaceleração súbita que durará pela maior parte de 2009, se não por mais tempo. "A demanda está fraca e não creio que sejamos os únicos a prever crescimento negativo em 2009", disse Pranab Sarmah, analista de tecnologia da informação no Daiwa Institute of Research. "Podemos ver alguma recuperação da demanda no segundo semestre de 2009, quando a temporada de volta às aulas chegar, e os consumidores recomeçarem a gastar", afirmou.
As projeções dos analistas quanto aos embarques de computadores pessoais em 2009 variam, mas muitos deles antecipam quedas. O grupo de pesquisa IDC calcula que os gastos com computadores pessoais possam cair em 5,3% esse ano, para cerca de 267 bilhões de dólares, ante sua projeção anterior de alta de 4,5%.
Marcas como Dell e Lenovo, segunda e quarta maiores fabricantes mundiais de computadores, podem enfrentar mais dificuldades devido à sua dependência de vendas para empresas, em função dos cortes de custos mais acentuados no setor empresarial do que entre os consumidores, diz Lillian Tay, analista do Gartner. "Elas já mudaram o foco para o setor de consumidores, mas conseguirão se reformar em tempo? Além disso, os gastos dos consumidores são sazonais e só sobem nas temporadas de festas e de volta às aulas, ou seja, não agora", ela afirmou. (Reuters, de Taipei)

Apreensões de softwares piratas chegaram a 1,6 milhão de programas em 2008
A ABES -
Associação Brasileira das Empresas de Software - informou ontem, dia 12/1, que o combate à pirataria em 2008, levou à apreensão de 1,6 milhão de CDs com softwares ilegais. Para chegar a esse resultado, a entidade destacou a participação de órgãos públicos e disse que foram realizadas 754 operações de apreensão em todo o País, no ano passado. Segundo a associação, também foram retirados do ar cerca 15,3 mil anúncios irregulares e 360 sites que comercializavam produtos ilegais, um número 48% superior em comparação com 2007. A Abes informou ainda, que, além do trabalho de repreensão à pirataria, foram adotadas medidas educativas. O Programa de Treinamento de Capacitação em Antipirataria passou por 24 cidades brasileiras em 2008 e contou com a participação de mais de 2,2 mil agentes públicos e 1,3 mil universitários e empresários. Esse programa explica como identificar software pirata, o prejuízo que eles causam e quais medidas devem ser tomadas. O Projeto Escola Legal, por sua vez, procura ensinar às crianças a importância de não se piratear conteúdo protegido por direitos autorais. Em 2008 o programa visitou Campinas, Goiânia, Porto Alegre e São Paulo e atingiu 62 escolas. Segundo a Amcham - Câmara Americana do Comércio -, mais de 12 mil alunos e 302 professores participaram dessa edição do projeto.

LG Display fecha contrato com a Apple de US$ 500 milhões
A
LG assinou um contrato de cinco anos para oferecer painéis de LCD à Apple. Anunciado ontem, dia 12/1, o acordo é muito importante para a LG Display, divisão de painéis da fabricante sul-coreana, que ganha um alto perfil de consumidores da Apple e representa um aumento na receita da empresa, no momento em que a crise financeira global começa a ser preocupante também para o mercado de eletrônicos. A companhia receberá 500 milhões de dólares da Apple, disse a LG, que não forneceu outros detalhes sobre o acordo.

SouthTech cria canal de fornecimento aéreo direto com a Ásia
Focada no mercado e com a meta de ampliar sua estrutura, a SouthTech Telecom faz novos investimentos, adquirindo mais de 1800 itens em produtos importados da Ásia, com frete aéreo. As negociações, que duraram mais de 90 dias, foram finalizadas em lance estratégico da empresa, que aproveitou a janela de fretes internacionais do final de ano. "Já estávamos buscando esses equipamentos há algum tempo, e com a redução dos custos de frete aéreo, aproveitamos para fechar o ano com mais essa aquisição" conta o diretor comercial Iedo Joner Junior. Apesar da grande quantidade, os novos equipamentos são de modalidades variadas. Entre as aquisições estão os kits para certificação das instalações com fibras ópticas, modalidade de atendimento em franca expansão. É a primeira grande importação da SouthTech em sua nova fase de Telecom: "Não é a primeira importação da SouthTech em toda sua trajetória, mas definitivamente, ela marca nosso trajeto ao longo do tempo. É um volume muito grande de produtos, que servirão para fomentar todo nosso suporte e cobertura" finaliza Joner.

Centro de Ecografia e Radiologia reduz em 50% seus custos com ferramenta da Defferrari
Pioneiro em oferecer serviços de ecografia na região do Vale do Sinos, o Centro de Ecografia e Radiologia conquista uma redução em seus gastos com o SDPI, pois a ferramenta permite imprimir exames em papel e auxilia na administração dos processos rotineiros da empresa. O Centro de Ecografia e Radiologia que tem unidade em Novo Hamburgo e São Leopoldo, atendendo 5.000 pessoas por mês, implantou o SDPI - Sistema para clínica de Diagnóstico por Imagens -, com o objetivo de gerenciar os processos diários da empresa que vão desde marcação de exames, cadastro completo do paciente, registro de laudos, relatórios estatísticos, controle do financeiro até o armazenamento de todos os exames, permitindo visualizá-los a qualquer momento, via internet.
Anteriormente, esses mesmos exames eram impressos em filmes radiológicos que são mais custosos, levam mais tempo para serem apresentados e, às vezes, não tem boa qualidade de imagem. Depois da implantação do SDPI, foi permitido utilizar outras formas de imprimir os exames que podem ser até em papel, o que não diminui a qualidade do exame e ainda, reduz em 50%, os gastos do Centro. Atualmente, todos os setores do Centro utilizam o software da Defferrari que, além da economia, agiliza o tempo de resposta ao paciente, pois ele não precisa esperar pelo resultado, podendo retirá-lo em qualquer lugar do mundo, a qualquer hora. Além disso, permite que os médicos possam enviar as imagens a outros profissionais para a discussão de casos, visando melhorar o resultado do exame.
Segundo o Dr. Claudionor Forbrig, diretor técnico do Centro de Ecografia e Radiologia, a ferramenta apresenta uma base de dados única, com relatório consolidado, que auxilia no monitoramento à distância. O paciente tem agilidade, pois pode ter o resultado do exame rapidamente, conquista confiabilidade, pois em muitos casos há uma segunda opinião sobre o caso e também, consegue arquivar os exames. “O SDPI é muito positivo, pois quantas vezes guardamos aqueles filme de raio-x para quem sabe, um dia, o médico solicitar novamente. Os pacientes, normalmente, nunca mais utilizará do exame, mas quando precisam não sabem mais onde está. Com a ferramenta SDPI que apresenta os exames através de imagens digitais, é possível recuperar esses exames do paciente”, completa Dr. Forbrig.


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MERCADO ONLINE


E-commerce cresce 30% em 2008
O comércio eletrônico brasileiro movimentou R$ 8,2 bilhões no ano passado, de acordo com um balanço preliminar divulgado pela consultoria e-bit. Em relação a 2007 (R$ 6,3 bilhões), o crescimento foi de 30%. O tíquete médio foi de R$ 328, com destaque para o período de Natal, quando o tíquete foi de R$ 346. Na temporada de fim de ano, o setor movimentou R$ 1,25 bilhão. A expectativa da e-bit é que as vendas via internet, alcancem a marca de R$ 10 bilhões em 2009, mesmo com a crise financeira global.

Diretoria do iG sofre mudanças após aquisição da BrT pela Oi
Na semana seguinte à
aquisição da Brasil Telecom pela Oi, o iG anunciou mudanças em sua diretoria. Paulo Narcélio do Amaral, ex-vice presidente financeiro da Brasil Telecom, assume a presidência do iG e passa a cuidar das operações de internet da Oi. Sua atuação já estará alinhada às mudanças necessárias com a compra. Narcélio assume suas novas funções a partir dessa quarta-feira, dia 14/1, e se reportará à diretoria de Desenvolvimento de Tecnologia & Estratégia, dirigida por Pedro Ripper. Caio Túlio Costa, que ocupava a presidência do iG, assume o cargo de consultor na estratégia de desenvolvimento da plataforma digital e multimídia da Oi, se reportando diretamente a Pedro Ripper.

AOL completa transformação com crescimento em conteúdo
A AOL, divisão de Internet do conglomerado de mídia Time Warner, vai completar a reorganização de suas operações esse ano, com a expansão e centralização das operações de conteúdo digital, informou a companhia em comunicado. A ex-gigante da Internet, que alguns investidores pedem para a Time Warner vender, afirmou que criou uma nova unidade de negócios para centralizar suas operações de publicação e conseguir gerar receita. A Time Warner informou na semana passada, que espera um prejuízo no quarto trimestre e que o ambiente econômico tem se mostrado mais desafiador que o esperado para a AOL e unidades editoriais. A AOL vem se transformando de provedora de acesso à Internet e serviços de assinatura em fornecedora de notícias, informações esportivas e de entretenimento, além de ponto de venda de publicidade online. "O anúncio de hoje... completa a transformação da AOL para um negócio apoiado em publicidade", informou a companhia. A nova divisão da AOL se chama "MediaGlow" e será comandada por Bill Wilson, que supervisionou a reconstrução do portal da AOL. A unidade vai unir as ofertas em publicidade da AOL com as operações de mídia e redes sociais que incluem os serviços Bebo e de mensagens instantâneas AIM. A AOL planeja desenvolver 30 novos sites esse ano, incluindo notícias, esportes e conteúdo voltado para crianças. (Agência Reuters, de Londres)

Standard & Poor’s lança novo portal de crédito global para profissionais de finanças
A Standard & Poor's, principal provedora de informações do mercado financeiro, anuncia hoje o lançamento do novo portal de crédito global RatingsDirect. Dado o panorama de investimentos em rápida mudança e as necessidades em evolução de crédito dos profissionais financeiros, a nova solução, com conteúdo ampliado e aumento dos pontos de vista de mercado, se integrará ininterruptamente com o fluxo de trabalho dos participantes de mercado, permitindo-lhes análise eficiente direcionada para risco de crédito. Com a incorporação de feedback de milhares de usuários globais do RatingsDirect inclusive analistas de crédito, gerentes de portfólio, administradores de risco, tesoureiro, geradores e negociantes, a nova solução oferecerá visões de setor, subsetor, ramo e entidade para ajudar a conduzir a vigilância, monitorar riscos de terceiros e executar análise de crédito. (Agência PRNewswire, de Nova Iorque)


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MERCADO DE LUXO


Salão de Detroit deixa o luxo de fora
O Salão do Automóvel de Detroit (ou Naias, como é chamado nos EUA), um dos mais importantes do mundo automobilístico, será aberto ao público no dia 15 em meio à maior crise da indústria americana. O evento de 2008 já ocorreu em clima de insegurança, mas o desse ano, será mais sombrio. Em um ano, os EUA perderam em vendas quase um mercado inteiro brasileiro, que em 2008 atingiu volume recorde de 2,8 milhões de veículos. Os negócios no maior mercado mundial de carros caíram de 16 milhões de unidades em 2007, para pouco mais de 13 milhões no ano passado.
Duas das três maiores montadoras americanas - a General Motors e a Chrysler - só conseguiram resistir à possível falência na virada do ano porque receberam US$ 14 bilhões de ajuda governamental. A Ford, embora também passe por período difícil, tem um pouco mais de fôlego financeiro que as concorrentes. Em meio a esse furacão, intensificado após a crise dos subprimes, o Salão de Detroit, cidade sede das três montadoras, será diferente do que os visitantes estão acostumados a ver. “Vai ter muito produto voltado às tecnologias alternativas, principalmente em uso de combustível, e pouco produto de luxo, segmento que não está vendendo nada”, diz o presidente da GM do Brasil, Jaime Ardila. “Será um salão mais austero, não só por causa dos custos, mas da nova tendência.” Para ele, o evento será a oportunidade de as montadoras passarem confiança aos consumidores de que estão trabalhando para tornar seus veículos mais econômicos e menos poluentes.
A GM informa o executivo, vai apresentar cinco modelos híbridos (movidos a gasolina e a energia elétrica), além do Volt, carro elétrico mostrado há um ano, mas agora mais próximo da sua versão final, com lançamento previsto para 2010. A GM também vai expor uma nova versão crossover (mistura de carro com utilitário) do Cadillac, de porte menor que os veículos dessa faixa, a perua Cadillac e o Cruse, um sedã do tamanho do Vectra brasileiro. Também terá o compacto Aveo, do tamanho do Corsa, que será importado inicialmente, da Coreia para o mercado americano e depois do México.
Os organizadores informam que o número de lançamentos será similar ao do ano passado, com cerca de 60 novidades entre aproximadamente 700 veículos em exposição. O público previsto também foi mantido em 700 mil visitantes. São esperados mais de 7 mil profissionais da imprensa de 60 países na cobertura no evento, que será aberto na quinta-feira, dia 15/01.
Ausentes, porém, importantes executivos do setor, como o presidente mundial da Toyota, Katsuaki Watanabe, e o da Renault/Nissan, Carlos Ghosn. A Nissan desistiu inclusive de montar estande no Cobo Center, o pavilhão que abriga todas as marcas. A Toyota, por sua vez, vai mostrar a nova geração do híbrido Prius e seu primeiro compacto elétrico, ainda conceito. Além da Nissan, anunciaram que ficarão fora do salão a Rolls-Royce, Land Rover, Ferrari, Suzuki e Mitsubishi. Pela primeira vez, duas fabricantes chinesas, a BYD Auto e a Brilliance Jimbei, terão estandes no primeiro piso, área nobre do Cobo Center. Em anos anteriores, as chinesas ficaram no subsolo. Agora, vão ocupar o espaço que era da Mitsubishi.A Ford promete seis lançamentos, número igual ao de 2008. Entre eles também, há modelos híbridos e a nova versão do Mustang. “O Salão do Automóvel de Detroit em 2009 será mais uma demonstração da estratégia da Ford em continuar investindo e oferecendo tecnologias e produtos desejados pelo consumidor, incluindo novos automóveis com estilo moderno e muito eficientes no consumo de combustível”, afirma Marcos de Oliveira, presidente da Ford Brasil e Mercosul.
Ajuda - GM e Chrysler tem até março para apresentar seus planos da recuperação ao governo, para justificar a ajuda financeira. Os principais executivos das duas empresas, Rick Wagoner e Bob Nardelli, respectivamente, já avisaram que não falarão sobre o tema durante o salão, mas sabem que terão de dar algumas respostas sobre a situação das empresas. O setor automobilístico americano prevê nova queda de vendas esse ano, para algo próximo a 13 milhões de veículos, calcula Ardila. “É uma queda sem precedentes na história dos EUA”, afirma o presidente da GM brasileira. Dezembro foi um dos piores meses para a maioria das empresas. As vendas da GM, Ford, Honda e Toyota caíram mais de 30%; e as da Chrysler, na casa dos 50%. (Especial Agência Estado, de Detroit/EUA)

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EXPEDIENTE


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