I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 148 | Ano I

Pessimismo marca início do Fórum Econômico Mundial
O encontro anual de líderes mundiais e do setor de negócios no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, começou na quarta-feira em um clima de pessimismo, em meio à pior crise financeira das últimas décadas. Economistas alertam que a recessão global e o protecionismo no comércio serão terríveis para os países em desenvolvimento. Segundo uma pesquisa entre líderes do setor de negócios, a recuperação da atual crise poderá levar três anos. E Klaus Schwab, o fundador do Fórum Econômico Mundial, afirmou que o fim da crise não está próximo. O Fórum Econômico Mundial em Davos reúne 2.5000 convidados, incluindo executivos de alguns dos maiores bancos do mundo, além de 40 chefes de Estado e governo - um número recorde - para discutirem a crise econômica mundial, pobreza, energia, mudança climática e comércio livre. O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e seu colega russo, Vladimir Putin, participam do primeiro dia de discussões, cujo tema é "moldando o mundo pós-crise". Enquanto líderes mundiais se reúnem em Davos, em Belém, no Brasil, teve início na terça-feira, o Fórum Social Mundial, com uma passeata que reuniu dezenas de milhares de pessoas.
Políticos e banqueiros
O evento anual no vilarejo da região montanhosa da Suíça, ainda atrai grande parte das pessoas mais poderosas do mundo, mas o ambiente mudou de forma dramática em 2009. Algumas companhias faliram devido à crise financeira mundial e outras precisaram da ajuda de governos de seus países ou então foram nacionalizadas. Por isso, os participantes do Fórum Econômico Mundial concordam que, em 2009, os banqueiros não vão dominar as discussões. Ao invés disso, os políticos vão determinar a pauta. Uma nova pesquisa realizada pela consultoria internacional PricewaterhouseCoopers, mostra que o nível de confiança entre executivos das principais empresas do mundo despencou nos últimos meses. "Temos que encarar o fato de que a recuperação, quando vier mais para frente nesse ano ou no começo do próximo, será anêmica", disse Stephen Roache, presidente da Morgan Stanley da Ásia.
Um relatório recente publicado pelo próprio Fórum Econômico Mundial, em cooperação com o Citigroup e outros grupos financeiros internacionais, confirma o pessimismo. O relatório Global Risks 2009 prevê que a China deverá sofrer uma desaceleração no crescimento da ordem de 6% este ano, o que pode prejudicar ainda mais a economia global. Outro alerta feito pelo documento é que os grandes gastos governamentais, para dar apoio a instituições financeiras, está ameaçando as já precárias posições fiscais em países como EUA, Reino Unido, França, Itália, Espanha e Austrália. Além de prever o colapso nos preços de ativos e falhas na governança global. (ESPECIAL BBC News, de Davos/Suíça)

Brasil fica em 3º em número de empresas de alcance mundial entre emergentes
O Brasil é o terceiro na lista dos países emergentes com empresas capazes de disputar, em nível de igualdade, com outras gigantes internacionais. Segundo a BCG - Boston Consulting Group -, o país tem 14 empresas na relação. Os dados constam de levantamento divulgado ontem, 28/01, no
Fórum Econômico Mundial, em Davos/Suíça. À frente do Brasil estão a China (com 36 empresas, entre elas a siderúrgica Baosteel, a fabricante de veículos Chery e a fabricante de computadores Lenovo) e a Índia (com 20 empresas, entre elas seis ligadas ao conglomerado Tata e a companhia Infosys Technologies). As empresas brasileiras são: Camargo Corrêa, Coteminas, Embraer, Gerdau, JBS-Friboi, Marcopolo, Natura, Odebrecht, Perdigão, Petrobras, Sadia, Vale, Votorantim e WEG. A Camargo Corrêa entrou no ranking neste ano. "A Camargo Corrêa é um dos maiores conglomerados do Brasil, com atividades de construção e engenharia, calçados, têxteis, infraestrutura, materiais de construção, e imóveis", diz o documento. "A Camargo Corrêa dobrou de tamanho entre 2005 e 2007, e a estimativa para suas receitas no exterior é de um crescimento ainda mais rápido."
A Rússia é o último dos Brics, com seis empresas. A lista ainda tem três países latino-americanos: a Argentina (com a Tenaris); o Chile (com a CSAV e a Falabella); e o México (com sete empresas, entre elas a América Móvil, do bilionário Carlos Slim). "Segundo diversas medidas, alguns nomes da lista da BCG já estão superando líderes já estabelecidos em seus setores. As receitas destas empresas, cresceu 29% [em dólares] entre 2005 e 2007, superando em muito as empresas dos índices S&P 500, Nikkei 225 e DAX 30 [que reúnem ações de algumas das principais empresas dos EUA, do Japão e da Alemanha respectivamente]", diz a pesquisa.
O relatório destaca, no entanto, que estas empresas "não estão imunes em relação aos efeitos negativos da desaceleração global". "Para lidar com custos significativamente mais voláteis, as empresas estão diversificando sua presença geográfica, melhorando o desempenho de suas cadeias de fornecimento, melhorando a produtividade, repassando custos quando possível e buscando apoio dos governos." "Apesar da crise, a maioria destas empresas vai se tornar cada vez mais competitiva no cenário internacional", diz o documento.

FMI prevê para 2009 o pior crescimento global desde a 2ª Guerra
O FMI - Fundo Monetário Internacional - rebaixou na quarta-feira, sua previsão de crescimento global para 2009. Segundo o órgão, a economia mundial terá crescimento de apenas 0,5% neste ano - que, se confirmado, será o pior desempenho desde a Segunda Guerra Mundial. A previsão anterior do FMI, feita em novembro do ano passado, era de crescimento de 2,2%. Porém, desde então, as notícias macroeconômicas ao redor do mundo, se tornaram cada vez piores e diversos países entraram oficialmente em recessão (apresentaram dois trimestres seguidos de retração econômica), o que forçou o órgão a fazer nova revisão em seus dados. "O ritmo de crescimento mundial cairá a 0,5% em 2009, o índice mais baixo registrado desde a Segunda Guerra Mundial", explica o informe "World Economic Outlook". "A que se pese, que se tem adotado medidas de amplo alcance, se mantém agudas tensões financeiras que constituem um peso para a economia real."
"Não será possível uma recuperação econômica sustentável se não for restabelecida a funcionalidade do setor financeiro e não se destravar o mercado de crédito", explica o órgão. "Para isso, são necessárias novas iniciativas políticas que levem a reconhecer de maneira crível, os empréstimos podres; selecionar as companhias financeiras segundo sua viabilidade no médio prazo; e dar apoio público às que se mostrem viáveis, injetando capital e eliminando os ativos de má qualidade." O FMI informou ainda, que espera uma recuperação da economia global para 2010. Sua previsão para o próximo ano é de crescimento de 3%. "Com a ajuda dos contínuos esforços para aliviar as tensões creditícias e da adoção de políticas fiscais e monetárias expansivas, projeta-se uma recuperação gradual da economia mundial para 2010, com um crescimento de 3%", diz o órgão. "Porém, as perspectivas são muito incertas, e o momento e o ritmo de recuperação, dependerão de maneira crucial, da aplicação de medidas enérgicas."
Além do rebaixamento do crescimento global, o FMI também revisou para cima o tamanho das perdas causadas pelos papéis atrelados ao crédito imobiliário de alto risco ("subprime") norte-americano para US$ 2,2 trilhões. A previsão anterior, realizada em outubro do ano passado, era de US$ 1,4 trilhão.
No Brasil
O FMI reduziu significativamente, a previsão para o Brasil e para a América Latina, embora ambos ainda apresentem taxas positivas para este ano. O PIB - Produto Interno Bruto - do país deve crescer apenas 1,8%, contra previsão anterior de 3%. Para 2010 a nova previsão é de alta de 3,5% - um ponto percentual a menos do que a análise em outubro (4,5%). Já a economia latino-americana deve ter avanço de 1,1% em 2009. Na previsão anterior, o crescimento era de 2,5%. O pior desempenho será dos países desenvolvidos, que terão retração de 2% em 2009. Apesar de também ter previsão de recuo no crescimento, em 1,6%, os EUA - epicentro da crise - não deverá ser o que mais vai sofrer. Entre os países analisados pelo FMI em seu relatório, quem deve ter o pior desempenho neste ano será o Reino Unido (-2,8%), seguido por Japão (-2,6%) e Alemanha (-2,5%).

Federal Reserve mantém taxa de juros nos EUA entre zero e 0,25%
O Fed - Federal Reserve, o BC americano - decidiu na quarta-feira, na primeira reunião do FOMC - Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês - sob o mandato do novo presidente americano, Barack Obama, manter sua taxa de juros entre zero e 0,25% - foram oito votos a favor e um contra. A decisão de reduzir a taxa para o menor patamar da história do banco foi tomada na reunião anterior, no mês passado. Em
comunicado divulgado após a reunião, o Fed afirma que a taxa continuará baixa "por algum tempo" e reforçou que usará "todos os instrumentos disponíveis para promover o crescimento e preservar a estabilidade dos preços". "As informações recebidas desde o encontro do comitê, em dezembro, sugerem que a economia enfraqueceu ainda mais. A produção industrial, as construções de casas e o emprego continuaram a declinar acentuadamente, enquanto consumidores e empresas cortaram seus gastos", descreve o Fed para justificar sua decisão. A decisão tomada no fim do ano passado, e mantida hoje, esgotou as possibilidades do Fed agir contra a crise em termos de política monetária. A redução dos juros torna o dinheiro mais barato para os bancos, o que, em tese, faz com que os juros de empréstimos para empresas e pessoas físicas, também fiquem mais baixos. Com a taxa quase a zero, o Fed não tem mais como tornar a captação de recursos mais atraente para os bancos.

Espanha cita banco brasileiro em fraude de US$ 600 milhões
A polícia espanhola deteve na quarta-feira, seis pessoas suspeitas de uma fraude de US$ 600 milhões contra a Bolsa de Valores de Londres. O caso envolveria um banco brasileiro, cujo nome não foi revelado. A fraude ocorreu em 2003, na Langbar International Ltd., empresa que era listada no Mercado de Investimentos Alternativos da bolsa londrina. O SFO - Escritório de Fraudes Graves - do governo britânico começou as investigações no final de 2005, depois de a Langbar, antes conhecida como Crown Corporation Ltd., ter informado à Bolsa de Valores de Londres, em novembro de 2005, que uma auditoria feita por contadores da Kroll Associates não localizou 370 milhões de libras esterlinas, que a empresa acreditava que estariam depositados em um banco brasileiro. As seis pessoas foram detidas ontem, em Madri, Barcelona e Alicante e eram associadas à Crown Corp. (atual Langbar). O nome dos detidos não foi divulgado. Todos são homens com idades entre 56 e 76 anos. Um é de nacionalidade argentina e os outros são espanhóis, informou o SFO. Segundo as investigações, os seis detidos enganaram os investidores quanto aos recursos que a Crown Corp tinha disponíveis para supostamente, investir em projetos em empresas no Canadá e nos EUA. A companhia foi listada na bolsa londrina em outubro de 2003. As seis pessoas teriam se aproveitado da venda das ações que tinham na Crown Corp. "Através de operações complexas no mercado de ações, como falsificações, os detidos conseguiram inflar o valor das ações de uma empresa no mercado financeiro, sem depósitos que dessem sustento a esse valor, e tiveram lucro com a venda dos papéis", disse a polícia espanhola. A Langbar iniciou um processo contra o ex-dirigente da Crown, Mariusz Rybak, e outros executivos, no final de 2007. Rybak e os acusados concordaram em pagar 30 milhões de libras esterlinas à Langbar em abril do ano passado. (Agência Dow Jones, de Londres/Inglaterra)

Boeing planeja corte de 10 mil empregos em 2009
A fabricante americana de aviões Boeing planeja um corte de 10 mil empregos ainda neste ano, disse o presidente da empresa, Jim McNerney. Segundo ele, a Boeing terá de se preparar para enfrentar um clima econômico difícil. O corte representa 6,25% dos funcionários da empresa - que emprega atualmente 160 mil pessoas. Os 4.500 cortes de empregos anunciados no início deste mês, na divisão da aviação comercial, fazem parte destes 10 mil, informou à agência de notícias France Presse o porta-voz da empresa John Dern. "A economia mundial continua a enfraquecer. Isto afeta o tráfego aéreo e o financiamento" às companhias aéreas, explicou McNerney. Nesta perspectiva, a empresa viu a necessidade de "reduzir o número de empregos em zonas alvo de nossa empresa", afirmou. Estas supressões serão feitas, principalmente, através de incentivos a aposentadorias voluntárias. A Boeing havia anunciado ontem, que fechou o quarto trimestre de 2008 com prejuízo líquido de US$ 56 milhões (US$ 0,08 por ação), em reflexo ao impacto de uma greve de funcionários e aumento das despesas. Um ano antes, a companhia fabricante de aviões, havia registrado lucro de US$ 1,03 bilhão (ou US$ 1,36). A receita, por sua vez, caiu 27%, para US$ 12,68 bilhões - segundo a Boeing, uma greve reduziu as entregas de aviões comerciais em 70 unidades. No ano, porém, a Boeing registrou lucro líquido US$ 2,7 bilhões (US$ 3,71 por ação), recuo de 34% sobre 2007. Já a receita caiu 8%, a US$ 60,9 bilhões. A previsão da empresa para 2009 é de receita de US$ 68 bilhões a US$ 69 bilhões, e lucro por ação entre US$ 5,05 a US$ 5,35.

Editora do "New York Times" registra perda de US$ 57,8 milhões
A editora do "The New York Times" foi afetada em 2008 pela crise pela qual passam a imprensa americana e o conjunto da economia, e perdeu US$ 57,8 milhões (R$ 131 milhões), frente ao lucro de US$ 208,7 milhões (R$ 473,1 milhões) de um ano antes. A New York Times Company, que também controla o "International Herald Tribune", "The Boston Globe" e outros 16 jornais e 50 sites, informou ontem a noite, dia 28/1, que, só no quarto trimestre, seu lucro caiu 47,8% em relação a 2007, até US$ 27,64 milhões (R$ 62,6 milhões), um número que, mesmo assim, supera a previsão dos analistas. O faturamento da editora caiu 7,7% em 2008, para US$ 2,791 bilhões (R$ 6,3 bilhões), e 10,8% no quarto trimestre, até US$ 772 milhões (R$ 1,7 bilhão), enquanto os gastos operacionais baixaram 4,7% e 8,5%, respectivamente. As amortizações trimestrais de ativos no grupo aumentaram 74,2% no total, enquanto as realizadas em todo o ano de 2008 foram mais de 17 vezes superiores às do ano anterior. No entanto, as vendas por publicidade registraram queda de 17,6% no trimestre e 13,1% no ano, devido ao retrocesso na edição impressa. Por outro lado, o faturamento por venda de exemplares impressos cresceu 2,3% anual e 3,7% no trimestre graças à alta dos preços. (Agência Efe, de Nova York/EUA)

Atividade da indústria paulista tem pior trimestre desde 2002
A indústria paulista apresentou no quarto trimestre do ano passado o seu pior desempenho acumulado da série histórica do INA - Indicador do Nível de Atividade da Indústria - iniciada em 2002, informou ontem a tarde, dia 28/1, a Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. A retração no acumulado dos três últimos meses do ano passado foi de 10,2%. Na soma de todo o ano passado, o setor industrial em São Paulo apresentou
crescimento de 4,8% - já apresentando uma retração de 1,3 ponto percentual sobre 2007 (6,1%), puxado pelo desempenho ruim no final do ano, devido aos efeitos da crise financeira global. Na comparação entre bimestres, o último de 2008 (novembro e dezembro) teve retração de 8,5%, que só é menor do que a vista no segundo bimestre de 2003. "Mas naquela época havia uma perspectiva [de melhora] porque o mundo passava por uma pirotecnia, um crescimento grande. Já hoje o mundo está de luzes apagadas", disse Paulo Francini, diretor do Depecon - Departamento de Pesquisas Econômicas - da Fiesp. "O resultado de 2008 não chega a ser decepcionante, mas preocupa quanto à rota que está tomando."
Segundo o economista, as perspectivas para os próximos meses não são animadoras porque a expectativa do empresariado é ruim, como aparece na pesquisa antecedente do Sensor Fiesp, também divulgado ontem - ficou em 38,9 pontos na segunda quinzena de janeiro, ante 43,5 pontos na primeira quinzena. Uma pontuação abaixo de 50 indica pessimismo. "Como o empresário tem certeza da rota de queda, ele se prepara", disse - o que resulta, segundo ele, em demissões e redução de investimentos. "Por isso que o emprego está respondendo muito mais rápido à queda de produção do que em outros momentos". Com as demissões, Francini prevê que o próximo passo da crise é a redução da renda, e consequentemente, da demanda. "O mundo está mostrando essa sequência", disse o economista, se referindo às revisões feitas ontem pela OIT - Organização Internacional do Trabalho - que elevou o número de desempregados pela crise no mundo de
20 milhões para 51 milhões - e do FMI - Fundo Monetário Internacional - que reduziu o crescimento médio global para 2009 de 2,2% para 0,5%. "Como pegamos a crise um pouco atrasados [em relação aos países desenvolvidos], sabemos qual será o próximo passo."

Fábrica da Aracruz no RS teve produção recorde em 2008
A fábrica de celulose da Aracruz localizada em Guaíba/RS produziu 453,1 mil toneladas do insumo no ano passado. A marca, equivalente a uma expansão de 3,8% sobre 2007, representa um novo recorde anual da unidade. O volume também foi 1,8% (8,1 mil toneladas) superior ao previsto anteriormente pela companhia para o período. A capacidade nominal da fábrica gaúcha é de 450 mil toneladas, segundo consta no site da Aracruz. Além da celulose, o complexo localizado na região metropolitana de Porto Alegre, também tem capacidade para produzir 50 mil toneladas de papéis.

Vendas dos supermercados fecham ano com alta de quase 9%
As vendas do setor supermercadista fecharam 2008 com um crescimento de 8,98% em relação a 2007, segundo números divulgados pela Abras - Associação Brasileira de Supermercados. No mês de dezembro, a alta foi de 6,07% na comparação anual e de 27,12%, em relação a novembro de 2008. Todos estes valores são deflacionados pelo IPCA. Em termos nominais, o crescimento do setor foi de 15,18% no acumulado do ano, com alta de 12,33% em dezembro, na comparação anual e de 27,48%, na variação mensal. Para a Abras, o desempenho do setor de supermercados deveu-se ao aumento da renda da população ao longo do ano e, mesmo com a chegada da crise financeira no último trimestre, o setor foi pouco afetado. Para 2009, porém, a Abras afirma que a preocupação é com a possibilidade de aumento da taxa de desemprego.

Abimaq: faturamento cai 9,9% no 4º trimestre
O setor de máquinas e equipamentos encerrou 2008, com faturamento nominal recorde de R$ 78 bilhões, o que significa crescimento de 26,7% sobre 2007, segundo dados divulgados ontem, pela Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos. O presidente da entidade, Luiz Aubert Neto, ressalta que, apesar do resultado anual positivo, no quarto trimestre houve queda de 9,9%, em relação ao terceiro trimestre, devido aos efeitos da crise financeira internacional. Entre os segmentos que apresentaram melhor desempenho no ano estão máquinas e implementos agrícolas, que encerrou o exercício com aumento de 42,5% no faturamento, seguido de mecânica pesada, com alta de 40,2%, e bombas e motobombas, com expansão de 40%. Quando comparado o resultado do quarto trimestre com o imediatamente anterior, os dois primeiros segmentos registraram queda de 28,8% e 6,6%, respectivamente, enquanto bombas e motobombas cresceram 5,7%. Sondagem realizada pela Abimaq com associados constatou que o ritmo de encomendas caiu 39% em janeiro, na comparação com o mês setembro, quando a concordata do banco norte-americano Lehman Brothers acirrou a crise financeira internacional. A mesma pesquisa revelou que o setor prevê uma queda de 19% nas vendas no primeiro trimestre do ano, ante o quarto trimestre de 2008.
Ajuda - Para reverter o cenário identificado no levantamento, a Abimaq encaminhou uma série de sugestões ao governo federal. "São todas no sentido de dar fôlego financeiro para as empresas, já que a maior dificuldade é a falta de crédito", disse Luiz Aubert Neto, presidente da entidade. Entre as sugestões feitas está a redução da taxa Selic para um dígito (contra os 12,75% atuais) e a desoneração total dos investimentos no Brasil. A Abimaq também sugere o aumento do limite de crédito do cartão BNDES, de R$ 250 mil para R$ 500 mil, além da possibilidade de utilizar esse crédito para capital de giro - hoje os recursos são usados apenas para compra de máquinas. A associação também solicita ao governo o deferimento parcial do recolhimento dos encargos sociais e trabalhistas, durante os próximos seis meses. Segundo a entidade, o débito acumulado nesse período, seria pago em 24 meses sem juro.
Investimentos - Os investimentos realizados pela indústria brasileira de máquinas e equipamentos no ano passado totalizaram R$ 7,1 bilhões, o que representa uma queda de 9,8% ante 2007, segundo dados divulgados pela Abimaq. A entidade destaca que 65,5% do total aplicado (R$ 4,6 bilhões) foram destinados para a compra de máquinas e equipamentos. A pesquisa realizada pela Abimaq com associados indica uma expectativa de retração nos investimentos para 2009. O volume total previsto para o ano é de R$ 6,9 bilhões (sendo R$ 5,1 bilhões para compra de máquinas e equipamentos), o que representa queda de 2,9% em relação a 2008. O resultado da intenção de investimento dos fabricantes já leva em consideração a atual conjuntura, de aumento do custo e dificuldade para o crédito, além da perspectiva de redução da demanda mundial.

Ipea lança Boletim sobre Políticas Regionais e Urbanas
O Ipes - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - lança hoje, dia 29/1, às 11 horas, em Brasília, o primeiro número do Boletim Regional e Urbano, documento que reúne diversos trabalhos em torno da questão regional e urbana e a sua importância para o desenvolvimento de longo prazo. Nesta primeira edição, o Boletim da Diretoria de Estudos Regionais e Urbanos do Ipea, que terá periodicidade semestral, debate temas sobre governança ambiental, reforma fiscal, crescimento das cidades médias, função social da propriedade urbana e alíquotas do IPTU. O documento também apresenta o quadro institucional do setor de saneamento básico e a estratégia operacional do PAC, abordando possíveis impactos sobre o perfil dos investimentos e a redução do déficit. O Boletim se completa com um estudo sobre o estado da política e do planejamento regional recente.

Salton começou a receber a safra 2009
A Salton começou a receber nesta semana a safra 2009 da variedade Pinot Noir, conhecida como a “grande dama das viníferas”. Cerca de 150 mil quilos da uva são esperados na vinícola, 100% oriundos de um novo clone importado da Itália, que tem como principal característica cachos mais soltos e maiores. Apesar de se tratar de uma uva tinta, a Pinot Noir tem sua colheita junto das variedades brancas, pois além do vinho tinto é muito utilizada para a elaboração de espumantes, tanto brancos como roses. Na Salton, a produção é oriunda de vinhedos de Bagé e também da Serra Gaúcha. Na região da fronteira, a fruta é colhida acima de 21ºC e se destina inteiramente ao tinto Salton Volpi Pinot Noir que, lançado no final de 2007, conquistou premiações pela alta qualidade. O volume da Serra, retirado aos 16ºC, tem sua totalidade voltada para a elaboração de espumantes nobres, como o brut rosé Salton Poética (100% Pinot Noir), Salton Reserva Ouro e Salton Èvidence, elaborado pelo método champenoise.

Auditoria estratégica chega às pequenas e médias empresas
Apesar de ainda não estar totalmente disseminado, o trabalho de auditoria tem sido utilizado de forma estratégica por algumas empresas do Rio Grande do Sul. O principal motivo é a ajuda que esse tipo de serviço oferece para corrigir falhas, maximizar resultados e gerar economia. “Quando se fala em auditoria, em geral a primeira palavra que vem à cabeça do empresário ou executivo, é problema”, explica o sócio da DRS Auditores, Valter Dall´Agnol. A associação, segundo ele, acontece porque durante muito tempo, a auditoria era usada para resolver questões de fraude, apresentar os problemas e parar por aí. “Entretanto, hoje, o papel da auditoria é muito mais estratégico e orientador. A visão de Dall´Agnol é compartilhada pelo sócio, Roberto Fidryszewski. “Os dados precisos e compilados servem para formação de custos ou então para indicar determinadas estratégias e segmentos que a empresa não está gerando resultados e precisa de mudanças”. A empresa Voges, um dos principais players do setor de motores elétricos e fundição na América Latina, com sede em Caxias do Sul, viu a necessidade de aperfeiçoar os processos internos e melhorar ainda mais seu posicionamento junto ao mercado. Essa percepção, segundo Roberto, vai reforçar a imagem do Grupo frente a parceiros, fornecedores, clientes e instituições financeiras e vai impactar positivamente na gestão da empresa. Para os diretores da DRS, essa postura terá que ser adotada pelas empresas o mais breve possível, pois fatores como a rigidez dos bancos quanto a informações da empresa para liberação de crédito, tendem a aumentar por conta da crise financeira. “Hoje, as empresas precisam gerar valor e para isso, devem ser pró-ativas, buscando melhorias nos procedimentos, controle nos processos e ações preventivas quanto à gestão de risco”. Valter completa salientando que essa mudança passa por valores culturais. “Os empresários precisam ver a auditoria como uma necessidade que vai agregar vantagens ao negócio e não apenas como uma fonte de custos”. (Agência Due Company)


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ESPECIAL / Análise Setorial


Pesquisa mostra impacto da crise nas empresas da Região Sul
A crise financeira mundial trará impacto sobre a quase totalidade das empresas da Região Sul do Brasil, afetando os investimentos previstos para 2009. Mas, além dessa preocupação, as perdas financeiras também são provocadas pela alta carga tributária da economia brasileira e seus custos financeiros. Essas são algumas das conclusões da pesquisa 3ª Sondagem A Força da Região Sul, realizada pela PricewaterhouseCoopers-PwC e Amcham-Poa com empresas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná dos segmentos de agribusiness, indústria, varejo, energia elétrica, saneamento, financeiro, automotivo, petróleo e gás, saúde e serviços.
A pesquisa foi divulgada ontem durante coletiva de imprensa na Amcham-RS - Câmara Americana de Comércio -, 96,3% dos entrevistados afirmam que a crise mundial terá impacto no seu negócio, sendo ele moderado para 53,7% destes. A primeira conseqüência será, conforme 64,8% dos executivos, a redução dos investimentos previstos na expansão de novos negócios. A 3ª Sondagem A Força da Região Sul ouviu executivos de empresas com faturamento anual acima de R$ 100 milhões (90,7%) e com mais de 1.000 funcionários (66,7%). O estudo aponta que 71,6% dos entrevistados preveem reajuste de preços esse ano, índice que para 60,5% dos entrevistados ficará entre 5% e 10% de aumento.
Segundo o sócio da PwC, Carlos Biedermann, o levantamento indica que para 66,7% dos entrevistados a carga tributária é o item que provoca maior impacto negativo nos negócios, seguido pelos elevados custos financeiros (33,3%), competitividade desleal (29,6%) e baixas margens (27,8%). A saída é, conforme apontam os executivos, explorar novos mercados (59,3%) e segmentos de produtos específicos (42,6%). “Esse item é tão importante para a estabilidade das empresas que é apontado por 61,1% dos executivos como o item a compor a prioridade do governo Federal para 2009, juntamente com soluções para a educação (40,7%) e insegurança/criminalidade (24,1%)”, comenta Biedermann. Na área estadual – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – a prioridade apontada pelos entrevistados está direcionada à necessidade de investimentos em infra-estrutura (75,9%), bem como em educação e em formação profissional (48,1%).
Em 2008 a lucratividade cresceu
Apesar do cenário registrado em 2008 e as perspectivas para 2009, Biedermann aponta uma curiosidade da 3ª Sondagem A Força da Região Sul. Um percentual de 72,7% dos entrevistados afirma que a participação de sua empresa no mercado foi maior em 2008 que em 2007, índice que cai para 55,6% na expectativa de 2009 sobre 2008. Há aqueles que consideram que este ano o resultado será igual ao ano passado. “O aumento de participação no mercado, em alguns casos, não significou maior lucratividade. Tanto que 53,7% apontam aumento (de?) sobre 2007, mas 31,5% indicam o contrário”, diz Biedermann.
O Rio Grande do Sul lidera o ranking dos investimentos previstos para este ano (37%), seguido por Santa Catarina e Paraná (ambos com 33,3%). Mas o volume de recursos a serem investidos pelas empresas, até R$ 15 milhões, é praticamente igual entre SC (55,6%) e RS (55%), conforme os entrevistados. O Paraná será o destino de 47,1% das indicações. Estes recursos serão aplicados em instalações (71,7%), produção (58,5%), tecnologia (43,4%) e contratação de pessoal (32,1). Daqueles que indicaram um aumento do número de empregos, 29,4% estimam uma contratação de até 50 vagas, e 23,5% de 51 a 100 vagas. A quase totalidade (94,1%) dos empregos será direcionada à área de analista técnico, assistentes e auxiliares.
Paraná é líder na expectativa de crescimento
O levantamento realizado pela 3ª Sondagem A Força da Região Sul, também indica tendência de crescimento, na visão dos executivos consultados, para cada um dos três estados. O Paraná lidera a expectativa de crescimento (55,6%) na comparação com os demais estados brasileiros, índice que cai para 42,6% com relação à Santa Catarina e 31,5%, para o Rio Grande do Sul.
No Paraná, os segmentos mais promissores são o agribusiness (74,1%), automotivo (46,3%) e energia elétrica (25,9%), na opinião dos entrevistados. Já no Rio Grande do Sul, o agribusiness se mantém na preferência (55,5%), seguido de varejo/produtos de consumo (25,9%) e químico e petroquímico (22,2%). Em Santa Catarina as indicações são outras: Turismo/hotelaria (55,6%), industrial (têxtil, papel e celulose, e metalúrgico).
Entretanto, conforme Biedermann, os executivos ouvidos pela PwC indicaram vantagens e desvantagens em cada um dos três estados do Sul. No Paraná, que lidera com 55,6% a expectativa do Estado que terá o maior desenvolvimento nos próximos 10 anos, tem como vantagem a localização estratégica e a qualidade de vida, e incentivos fiscais como principal desvantagem.
Já Santa Catarina tem a qualidade de vida e de mão-de-obra, além da segurança, como principais vantagens, e malha viária e matéria-prima como principais desvantagens. O Rio Grande do Sul, por sua vez, tem a qualidade de vida e de mão-de-obra como os principais atributos, e a carga tributária e a localização estratégia, como desvantagens.
A pesquisa também avaliou a competitividade das capitais dos três estados do Sul na relação com as demais brasileiras. Novamente, Curitiba lidera as indicações (50%), seguida por Florianópolis (44,4%) e Porto Alegre (40,7%).


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)


Bovespa fecha em forte alta de 3,95% com expectativa sobre plano anticrise dos EUA
A expectativa de que o plano anticrise de Barack Obama seja aprovado na Câmara americana, e as notícias sobre um projeto para resgatar o sistema bancário dos EUA, ajudaram o mercado mundial a superar um novo dia carregado de más notícias. A Bovespa disparou enquanto o câmbio cedeu para R$ 2,27. A notícia divulgada pela imprensa americana de que o governo prepara um "Bad Bank", uma instituição financeira voltada para absorver "ativos tóxicos" (créditos problemáticos) dos bancos locais, praticamente salvou um dia que deveria ser de fortes perdas em outra conjuntura.
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Ibovespa, avançou 3,95% no fechamento, chegando aos 40.227 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 4,81 bilhões, mostrando recuperação frente aos pregões anteriores.
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O dólar comercial foi cotado por R$ 2,275, em declínio de 2,36%.
- A taxa de
risco-país marca 410 pontos, número 4,20% abaixo da pontuação anterior.

Análise - O dólar seguiu a tendência de fora, sendo que o 'Bad Bank' parece ser a única notícia positiva do dia. E o Banco Central aproveitou a tendência e vendeu um pouco, para derrubar a moeda. O forte giro financeiro de ontem (US$ 4 bilhões, até às 16h30min), o que apontava para um fluxo forte de divisas para o mercado. O pacote de US$ 825 bilhões proposto pela Casa Branca para estimular a economia, e que pode aumentar de tamanho no decorrer da votação no Congresso, deve ser votado hoje na Câmara dos Representantes (Deputados), nos EUA. Havia expectativa entre analistas de mercado de que o projeto deve ser aprovado, devido à maioria folgada dos democratas nessa Casa.

Entre as principais notícias do dia,
o FMI rebaixou sua previsão de crescimento global para 2009 para 0,5% neste ano - o que, se confirmado, será o pior desempenho desde a Segunda Guerra Mundial. O economista José Francisco Gonçalves, do banco Fator, chamou a atenção para o fato de que as projeções apontam contração do PIB nas economias centrais para este ano e crescimento bastante modesto para 2010. "[Isto] mostra a percepção do FMI de que a crise é longa", ressalta.
-
A OIT - Organização Internacional do Trabalho - estimou que a crise econômica mundial poderá deixar sem emprego até o final de 2009, cerca de 51 milhões de pessoas.
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O Fomc (o equivalente americano do Copom) decidiu manter a taxa básica de juros dos EUA na faixa de zero a 0,25% ao ano, como esperado por boa parte dos economistas do setor financeiro.
No setor corporativo, a empresa de internet
Yahoo! informou um prejuízo de US$ 303 milhões no quarto trimestre de 2008, contra o lucro de US$ 206 milhões, no mesmo período de 2007. E o banco americano Wells Fargo anunciou um prejuízo de US$ 2,83 bilhões no quarto trimestre de 2008, ante um lucro de US$ 1,36 bilhão, um ano antes.
No front doméstico, o Tesouro Nacional informou que a dívida pública brasileira atingiu a marca de R$ 1,397 trilhão, dentro do esperado pelo governo. O órgão também revelou que o superávit primário do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) ficou em R$ 71,4 bilhões em 2008, um valor recorde.


Bolsas de NY fecham em alta puxada por otimismo de ajuda do governo
As Bolsas de Nova Iorque encerraram em forte alta, na quarta-feira, animadas pela determinação das autoridades americanas de apoiar a economia e os bancos. O mercado financeiro aguarda com otimismo as ações do presidente americano, Barack Obama, para tentar viabilizar a aprovação do pacote de US$ 825 bilhões para estimular a economia.
- O Dow Jones Industrial Average ganhou 2,46%, situando-se nos 8.375,45 pontos.
- O índice Nasdaq, de alto componente tecnológico, aumentou 3,55%, chegando às 1.558,34 unidades, de acordo com números definitivos de fechamento.
- O índice ampliado Standard & Poor's 500 subiu 3,36%, a 874,09.


Bolsas da Europa avançam com notícia de 'banco ruim'
As principais bolsas europeias terminaram em alta, impulsionadas pelo bom desempenho das ações do setor bancário, que subiram diante da notícia de uma potencial proposta do governo norte-americano, para retirar os ativos podres do balanço das instituições financeiras dos EUA. A diminuição dos receios de estatização dos bancos na Europa, também contribuiu para o avanço. "Acho que estamos vendo o enfraquecimento dos receios de estatização dos bancos; as pessoas estão comprando porque enxergam uma oportunidade", disse Patrick Gordon, estrategista de mercado da corretora britânica Killik & Co.
- O índice de ações pan-europeu Dow Jones Stoxx 600 subiu 3,2%, para 194,32 pontos.
- O índice FT-100 avançou 100,79 pontos, ou 2,40%, e fechou com 4.295,20 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 121,48 pontos, ou 4,11%, e fechou com 3.076,01 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX-30 teve alta de 195,30 pontos, ou 4,52%, e fechou com 4.518,72 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 subiu 352 pontos, ou 4,22%, e fechou com 8.701,50 pontos.
- Em Milão, o índice S&P/MIB avançou 471 pontos, ou 2,51%, e fechou com 19.202 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI-20 teve alta de 101,94 pontos, ou 1,62%, e fechou com 6.401,76 pontos.
Os ganhos no setor bancário ocorreram após a rede de notícias Bloomberg publicar que a FDIC - Corporação Federal de Seguro de Depósitos - dos EUA será responsável pelo gerenciamento de um "banco ruim" que deve ser montado pelo governo de Barack Obama.
O banco ruim absorveria os ativos tóxicos dos balanços de instituições financeiras norte-americanas, mas a notícia despertou a expectativa de que algo parecido poderia ser instituído também na Europa. O Deutsche Bank avançou 21,97% e o BNP Paribas ganhou 20,77%. O Lloyds subiu 50,37%, recebendo suporte adicional após o Citigroup elevar a recomendação para as ações da instituição de "manter" para "comprar".
O BBVA, que divulgou uma queda de 62% no lucro, subiu 7,87%.
Em outros setores, as ações da Novartis perderam 5,5% em Zurique, em reação a um crescimento menor do que a expectativa de analistas no lucro operacional. "O que preocupa em relação ao crescimento da Novartis é que a maior parte dele, é baseado em produtos antigos e que em breve perderão a proteção da patente", disseram analistas da corretora suíça Sarasin.
Os papéis da Tate & Lyle perderam 2,41% devido à perspectiva de que os resultados do ano que será encerrado em 31/3 estarão próximos da expectativa mais pessimista do mercado.
A Rio Tinto recuou 1,46% depois de a mineradora admitir que pode vender ações para ajudar a diminuir sua dívida.


Bolsas da Ásia registram alta após aprovação de plano de estímulo nos EUA
As principais Bolsas da Ásia registraram altas após a
aprovação do pacote de estímulo de US$ 819 bilhões do governo dos Estados Unidos. A medida, proposta pelo presidente Barack Obama para tirar o país da recessão, passou pela Câmara dos Representantes (Deputados) com grande aprovação dos políticos democratas. A notícia gerou bom humor entre os investidores da região Ásia-Pacífico.
- A Bolsa de Tóquio (Japão) teve alta de 1,79%, aos 8.251,24 pontos, no índice Nikkei.
- Em Hong Kong, o indicador Hang Seng operou com ganhos de 4,65% após quatro dias de feriado manter a Bolsa fechada.
- O ASX de Sydney (Austrália) subiu 0,98%.
- Em Seul (Coreia do Sul) acelerou 0,74% no índice KOSPI.
A alta na Bolsa de Tóquio ignorou as más notícias de companhias japonesas. A Nippon Steel, segunda maior fabricante de aço do mundo, cortou suas previsões de venda pra 2009 em 36% em decorrência da queda nas vendas de carros. Já a Toshiba anunciou um prejuízo de US$ 1,346 bilhão, as primeiras perdas anuais em mais de sete anos devido à diminuição na demanda, principalmente por microchips e semicondutores.
A Sony divulgou uma queda de 95% dos lucros entre outubro e dezembro de 2008 ante o mesmo período do ano anterior. A empresa registrou ganhos de US$ 115 milhões, ao mesmo tempo em que o prejuízo nas operações superou os US$ 200 milhões.
No trimestre, a empresa registrou vendas no valor de US$ 23,9 bilhões, uma queda de 24,6% frente ao mesmo período do ano anterior. Segundo a empresa, entre os motivos pelos maus resultados estão a valorização do iene e a redução da demanda no setor eletrônico.


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MERCADO FINANCEIRO


Bancos prevêem que Brasil vai crescer 0,8%
Pivôs da pior crise desde os anos 1930, os maiores bancos do mundo divulgaram ontem a mais pessimista previsão para a economia global em 2009. Pior: esperam também, um estrangulamento sem precedentes no fluxo de dólares aos emergentes, com pressões sobre câmbio e contas externas. Ao contrário de todas as estimativas feitas até aqui, que previam o mundo crescendo muito pouco, mas ainda assim, crescendo, o IIF - Instituto de Finanças Internacionais, na sigla em inglês -, que reúne 380 bancos, projeta uma retração mundial de 1,1% para este ano. No conjunto, as economias avançadas (EUA, zona do euro e Japão) recuariam 2,1%, e os mercados emergentes cresceriam, só 2,7% - menos da metade do ano passado. Para o Brasil, a previsão é de um PIB aumentando apenas 0,8% no ano. Como a economia brasileira deve ter crescido perto de 5,5% em 2008, e, por isso, entrou em 2009 com algum impulso, os números do IIF indicam que o Brasil deve entrar em recessão para crescer abaixo de 1%. "No último trimestre de 2008, a economia brasileira foi de "encontro às rochas", e essa contração deve se repetir nos primeiros três meses de 2009", afirmou à Folha, Philip Suttle, diretor de Pesquisas Econômicas do instituto. Convencionalmente, diz-se que uma economia está em recessão após dois trimestres consecutivos de retração do PIB. "A recessão sincronizada tende a atingir todas as regiões do globo, algo inédito no pós-Segunda Guerra", diz o IIF.
Fluxo de capitais
A queda na atividade, segundo os bancos, virá acompanhada por um corte recorde no fluxo de investimentos financeiros e produtivos para os mercados emergentes, reforçando o quadro já negativo. O triênio 2007-2009 deve marcar a retração mais acentuada de fluxos de capital para os emergentes da história. A queda será de US$ 929 bilhões em 2007, para US$ 165,3 bilhões neste ano, valores que incluem tanto investimentos produtivos quanto especulativos e linhas de crédito privadas e oficiais, aos países. Se confirmada, será uma retração imensa, equivalente a quase seis pontos percentuais do valor total do Produto Interno Bruto dos emergentes.
Para comparar, nos últimos 30 anos só ocorreram duas retrações significativas, nos períodos de 1981-1983 e 1996-1998. E elas foram bem menores: equivalentes a 1,6 ponto percentual e 3,2 pontos do PIB conjunto dos emergentes. Esta retração inédita tende a estrangular os governos sem muitas reservas em dólares e as empresas que se endividaram muito nos últimos anos. Segundo o IIF, os países do leste da Europa serão afetados "de forma mais severa", com os fluxos de capital despencando de US$ 254 bilhões em 2008, para US$ 43 bilhões neste ano.
A América Latina também deverá ser fortemente afetada, com os fluxos caindo à metade (US$ 89 bilhões para US$ 43 bilhões). Mas o Brasil deve se sair relativamente bem, com uma redução de apenas um terço (de US$ 37 bilhões em 2008 para US$ 25 bilhões neste ano). Suttle lembra que, como a taxa de juros no Brasil segue "bastante elevada" (com a Selic em 12,75% ao ano), é natural que o país continue atraindo capitais especulativos. Já o investimento direto na produção no país, segundo o IIF, deve cair de US$ 12 bilhões no ano passado para US$ 10 bilhões neste. A redução, diz o instituto, pode ser ainda maior.

Itaú e Unibanco integram caixas eletrônicos hoje
Os clientes de Itaú e Unibanco poderão utilizar, a partir de hoje, dia 29/1, a mesma rede de caixas eletrônicos, que somam 28 mil pontos de atendimento em todo o país. Nesta primeira fase, o compartilhamento estará disponível somente para titulares de contas corrente e de caderneta de poupança. Também neste início de integração, conforme comunicado, a integração contempla apenas os caixas eletrônicos, não se estendendo a outros canais de atendimento (como agências, Bankfone e Internet). "Os beneficiários do INSS e os que possuem conta salário, terão este benefício mais à frente. Nos caixas da Rede 24h, nada muda: os clientes do Itaú e do Unibanco continuam utilizando os equipamentos como antes", informaram. Segundo as instituições financeiras, os correntistas do Itaú e do Unibanco poderão fazer saques e consultas a saldos em contas correntes e de poupança, mantendo os cartões e senhas já existentes. Neste mês, a integração vai atingir 24 mil caixas eletrônicos do Itaú e 4.000 equipamentos no Unibanco. As tarifas bancárias pela utilização dos serviços não serão alterados, segundo os dois bancos. Cada transação será contabilizada dentro do pacote de cada cliente junto à instituição na qual tem conta. A
fusão entre o Itaú e o Unibanco ocorreu em novembro do ano passado, formando o maior banco do país e o maior grupo financeiro do Hemisfério Sul.

Santander estima que terá lucro 2% menor em 2008
O lucro líquido do grupo financeiro espanhol Santander baixou 2,03% em 2008 e registrou 8,876 bilhões de euros (US$ 11,718 bilhões), segundo estimativa publicada pela entidade na quarta-feira. O banco informará seus resultados definitivos de 2008 no próximo dia 05/02. Já o lucro recorrente, que exclui efeitos extraordinários, avançou 9,4% no ano passado ante 2007, ressaltou o banco espanhol. Apesar da alta no lucro recorrente, o Santander não conseguiu chegar à meta de lucrar 10 bilhões de euros, o que significaria um avanço de 10,3% nos ganhos. Essa foi a primeira vez que o banco espanhol viu seu lucro líquido recuar desde 2002. Naquele ano, o ganho tinha recuado 9,62% devido à crise na Argentina e a forte depreciação das moedas latino-americanas, onde tem forte presença. A entidade, que incluiu nesses resultados uma provisão de 500 milhões de euros (US$ 662 milhões) para compensar clientes afetados pela fraude criada pelo ex-presidente da Nasdaq Bernard Madoff, disse também que pagará 0,257 euros por ação de dividendos devido aos resultados de 2008. Com isso, o dividendo total do ano passado chegará a 0,65 euros por ação, o mesmo valor pago em 2007. O Santander resolveu adiantar suas principais cifras de 2008 depois de consultar a CNMV - Comissão Nacional de Mercado de Valores, a CVM espanhola - e depois de informar sobre as atitudes tomadas para minimizar as perdas dos clientes, devido ao caso Madoff.


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AGRONEGÓCIOS


Safras: os vizinhos sofrem, mas o RS ganha

São muito ruins as notícias sobre as quebras de safras no Brasil, no Paraná, em Santa Catarina, no Paraguai, no Uruguai e na Argentina (nesse caso as notícias são catastróficas), mas tudo isso vai se transformando em colírio para os olhos dos produtores do RS, que estão a caminho de outra (a terceira) supersafra, dessa vez de 22 milhões de toneladas. O editor tem tratado disso de modo recorrente, porque dependendo do regime das chuvas tudo muda. Boas safras no RS, como se sabe, são fatores decisivos para o bom desempenho da economia, sendo que o contrário é verdadeiro. Esse ano, com a crise global já arrombando a porta do Estado uma boa safra significa menos sofrimento para a economia local. Não apenas a produção, mas também os preços estão muito bons, apesar da crise econômica global e da queda das cotações das principais commodities.
Na terça-feira, dia 27/01, no interior gaúcho, o produtor recebeu R$ 50,00 pela saca de 60 kgs de soja, contra R$ 41,00 no mesmo dia do ano passado. É o grão mais importante. As safras de verão, caminham todas de vento em popa para a colheita (arroz e soja), à exceção do milho, que registrou forte, mas não desastrosa quebra. E chove. A previsão é de chuva para quarta, quinta e sexta-feira no RS. O mês de fevereiro promete chuvas regulares. O mês é decisivo para soja e milho.
Acompanhe os números sobre as safras:
- RS: 22 milhões de toneladas (9 de soja, 7 de arroz, 4 de milho e 2 de trigo).
- Brasil: 134 milhões de toneladas (144 milhões em 2008).
- Argentina: 72 milhões de toneladas (95 em 2008)
Os desastres anunciados, sobretudo na Argentina (quebra de 25%) e Paraná (quebra de 20%), melhoram os preços para o produtor do interior gaúcho. Aliás, no caso da soja, as cotações em Chicago, também melhoraram (UW$ 10 por bushel, contra US$ 6 em julho e US$ 8 em dezembro). Este ano, o RS terá uma safra maior (22 milhões de toneladas) do que a do Paraná (20 milhões de toneladas). Você pode até não acreditar, leitor, mas este ano o RS terá a sua terceira supersafra seguida de grãos, todas no governo Yeda. Isto jamais aconteceu antes. É muita sorte.

Alta do açúcar no mercado interno "surpreende" o mercado
Os preços do açúcar no mercado interno registram aumento no mês de janeiro. Neste mês, a saca de 50 quilos acumula alta de 21,62%, segundo o Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. Ontem, a saca de 50 quilos fechou a R$ 39,97. Segundo Miguel Biegai, analista da consultoria Safras&Mercado, muitos esperavam alguma valorização para o mês de janeiro nos preços do açúcar, em função das cotações que estavam historicamente baixas, na casa dos R$ 32,00 por saca de 50 quilos para o açúcar cristal, na virada do ano, e também pelo cenário de preços mais firmes no mercado internacional. No entanto, os patamares projetados eram de R$ 35 a R$ 36 para este período do ano. No mercado internacional, as projeções são positivas para o açúcar. Os preços deverão subir em 2009 no mercado, apesar da crise econômica, conforme avaliação da consultoria britânica Czarnikow. A queda na produção em países como Índia, Paquistão e Irã, além da transição da União Europeia, de exportadora para a importadora mundial de açúcar, puxarão os preços para cima, prevê a consultoria.

Importações de carne suína na China crescem
As importações de carne suína cresceram 470% em volume nos primeiros 10 meses de 2008, devido à alta demanda e aos preços estabilizados. De acordo com a Administração Geral das Alfândegas do país, de janeiro a outubro foram importadas 348 mil toneladas, totalizando US$ 490 milhões em negócios (alta de 570%). Os EUA e a União Europeia são responsáveis por 88,8% do total. Na mira: O Brasil está em negociações avançadas para atingir este mercado vantajoso. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína do Brasil, o País pretende exportar, brevemente, cerca de 105 mil toneladas de produtos suínos por ano à China.

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SETOR AUTOMOTIVO


Chrysler estuda novas alianças caso acordo com Fiat seja rejeitado
A fabricante de automóveis Chrysler está estudando alternativas caso as autoridades americanas rejeitem seu acordo de aliança com a italiana Fiat, afirmou o vice-presidente da empresa, Jim Press. Em entrevista publicada ontem no jornal "The Detroit News", Press afirmou que a terceira maior fabricante americana de automóveis continua conversando com outras empresas para alcançar possíveis alianças industriais. "Se não funcionar com a Fiat, continuamos mantendo conversas com outros parceiros e alianças potenciais, e isso obviamente pode continuar, de modo que tenhamos outras alternativas", afirmou. Em 20/01, a Chrysler e a Fiat anunciaram um acordo para estabelecer "uma aliança global estratégica". Segundo o acordo, a Fiat fornecerá à Chrysler plataformas de veículos de consumo reduzido, fábricas de motor e autopeças, assim como a infraestrutura de distribuição em mercados emergentes. Em troca, a Fiat receberá 35% do conjunto de acionistas da Chrysler. O acordo requer a aprovação do Departamento do Tesouro americano, pois o governo federal emprestou US$ 4 bilhões à Chrysler para assegurar o funcionamento de suas operações nos próximos meses. Press também disse que a Chrysler precisa que as autoridades federais emprestem outros US$ 3 bilhões até 31/3. (Agência Efe, de Washington/EUA)

GM suspende banco de empregos nos EUA
A General Motors suspenderá seu banco de empregos a partir da próxima segunda-feira, tornando-se a segunda das três grandes montadoras de Detroit a anunciar a medida. Cerca de 1,6 mil funcionários serão classificados como demitidos e poderão requerer seguro-desemprego dos governos estadual e federal. Junto com os benefícios do governo, os trabalhadores receberão algumas contribuições subsidiadas pela GM. Juntos, os pagamentos vão totalizar 72% dos salários dos funcionários afetados. A montadora está negociando com a UAW - United Auto Workers -, sindicato dos trabalhadores do setor, para não ter mais que pagar as contribuições, de acordo com Tony Sapienza, porta-voz da companhia.
No início desta semana, a Chrysler deu fim a seu banco de empregos, afetando mil funcionários. A Ford também deve seguir o mesmo caminho. A empresa tinha 1,4 mil trabalhadores em seu banco em novembro. Por conta de acordos trabalhistas realizados com a UAW, as montadoras dos EUA são obrigadas a manter bancos de empregos quando ocorrem cortes de produção. Os trabalhadores envolvidos não trabalham e normalmente recebem pelo menos 85% de seus salários, por meio de benefícios e pagamentos subsidiados.
Chrysler e General Motors precisaram ser socorridas, com empréstimos do governo dos EUA, no final do ano passado; dar fim aos bancos de empregos era uma das condições para receber tais recursos. As empresas também terão que submeter às autoridades, um plano mostrando como elas realizarão mais cortes de custos e como vão melhorar sua competitividade. Uma audiência prévia sobre estes planos deverá ser realizada em 17/02 e a apresentação da estratégia de cada uma terá que ser feita até o dia 31/3. (Agência Dow Jones, de Detroit/EUA)


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COMÉRCIO EXTERIOR


Governo recua e suspende nova regra de importação após crítica de empresários
O governo voltou atrás e decidiu suspender as medidas de restrição às importações adotadas desde a semana passada. O anúncio foi feito no final da tarde desta quarta-feira, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo ministro interino do Desenvolvimento, Ivan Ramalho. Uma hora antes do anúncio oficial, o diretor de Comércio Exterior da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo -, Roberto Giannetti da Fonseca, recebeu do governo a informação de que o sistema seria apenas
flexibilizado. Ele havia participado de reunião no Ministério da Fazenda.
O governo acabou decidindo, no entanto, suspender a medida por ela ter sido "mal compreendida", segundo o ministro Mantega. Agora, não será mais necessário pedir a licença automática, que pode demorar até dez dias, para realizar uma importação. "Esta medida foi mal entendida, foi mal interpretada. Diante disto, o governo resolveu suspender a medida. A partir de hoje, vai voltar ao regime antigo", afirmou. "Fica tudo como antes."
De acordo com o ministro interino do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, a partir de hoje, não será mais solicitada a licença para importação
destes produtos. "Quando o importador for registrar a importação, já não será solicitada a licença automática. Ele volta à situação anterior, que antecede o último final de semana, quando a medida foi colocada em prática", disse o ministro interino do Desenvolvimento, Ivan Ramalho.
Mantega confirmou que a mudança tinha como objetivo monitorar as importações e evitar que houvesse uma piora na balança comercial. Por meio dela, seria possível suspender a entrada de produtos no país caso fossem encontrados problemas relativos ao livre comércio. "Em função disto, o Ministério do Desenvolvimento resolveu tomar uma medida, estabelecendo a licença prévia, para poder fazer o monitoramento do que estava acontecendo na nossa balança comercial", afirmou.
Aumento das importações
O superávit da balança comercial (diferença entre exportações e importações) caiu em 2008, devido ao aumento das importações. Em janeiro, essa situação se agravou por causa da queda nas exportações, devido à crise internacional. Em 2009, a balança comercial registrou déficit pela terceira semana consecutiva. No acumulado do ano até dia 25, o déficit da balança comercial soma US$ 645 milhões, com exportações 21,8% abaixo que no mesmo período do ano passado.


ABINEE comemora revogação da exigência de licença prévia para importações
A ABINEE comemorou a decisão dos Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de revogar a medida que exigia licença prévia para as importações. Para a entidade, o governo demonstrou sensibilidade às reivindicações das indústrias, entendendo as dificuldades que a medida estava ocasionando e, que se não fosse revogada, causaria danos irreparáveis ao comércio exterior do setor eletroeletrônico.

Corrente de comércio da quarta semana de janeiro soma US$ 4,8 bilhões
As empresas brasileiras exportaram US$ 2,313 bilhões (média diária de US$ 462,6 milhões) e importaram US$ 2,568 bilhões (média diária de US$ 513,6 milhões) na quarta semana de janeiro de 2009 (entre os dias 19 e 25). No período, a corrente de comércio (soma das exportações com as importações) totalizou US$ 4,881 bilhões e o saldo comercial (diferença entre o valor exportado e o importado), fechou a semana com um déficit de US$ 255 milhões.
O desempenho das exportações brasileiras na quarta semana de janeiro, pelo critério da média diária, foi 2,8% menor que o verificado no mês, até a terceira semana do mês (US$ 475,8 milhões). Nessa comparação, houve redução dos embarques brasileiros de bens semimanufaturados (-31,7%) – principalmente, ferro fundido, celulose, alumínio em bruto, óleo de soja em bruto e semimanufaturados de ferro e aço – e manufaturados (-1%) – em virtude de açúcar refinado, laminados planos, automóveis e etanol. As exportações de produtos básicos, no entanto, cresceram 12,1%, por conta de petróleo em bruto, minério de ferro, soja em grão, café em grão, milho em grão e fumo em folhas.
A média diária das importações na quarta semana de janeiro, sobre o resultado registrado até a terceira semana do mês, apresentou alta de 0,4%, em virtude de aquisições de combustíveis e lubrificantes, produtos farmacêuticos, de borrachas e adubos e fertilizantes.
Mês
No mês, até o dia 25/01 (16 dias úteis), as exportações totalizaram US$ 7,547 bilhões com uma média diária de US$ 471,7 milhões, valor 21,8% menor que o desempenho médio diário verificado em todo o mês de janeiro de 2008 (US$ 603,5 milhões). No período, foram verificadas quedas nas vendas de bens manufaturados (-37,2%) – com destaque para autopeças, automóveis, laminados planos, pneumáticos, aviões e polímeros plásticos – e semimanufaturados (-11,8%) – principalmente, ferro-ligas, couros e peles, semimanufaturados de ferro e aço, óleo de soja em bruto, ligas de alumínio e catodos de cobre. As exportações de produtos básicos, na mesma comparação, cresceram 0,9% - em função de milho em grão, farelo de soja, minério de ferro, soja em grão, fumo em folhas e carne suína.
Em relação à média registrada em dezembro do ano passado (US$ 628,1 milhões), a queda das exportações até a quarta semana de janeiro foi de 24,9%: manufaturados (-40,6%) e básicos (-15%). Nessa comparação, houve crescimento de 14,8% dos embarques de bens semimanufaturados. Os desembarques de produtos estrangeiros no país somaram US$ 8,192 bilhões, o que significou importações de US$ 512 milhões por dia útil, em média, até a quarta semana do mês. Pelo critério da média diária, as importações apresentaram retração de 8,8% sobre a média observada em janeiro de 2008 (US$ 561,6 milhões), por conta de adubos e fertilizantes (-58,8%), aparelhos e instrumentos eletroeletrônicos (-27,1%), instrumentos de ótica e precisão (-15,6%), veículos automóveis e partes (-14%) e plásticos e obras (-9,4%). Em relação ao desempenho médio diário em dezembro passado (US$ 523,5 milhões), a queda foi de 2,2%, em virtude de adubos e fertilizantes (-29,5%), farmacêuticos (-22,3%), combustíveis e lubrificantes (-19,6%), veículos automóveis e partes (-5,8%) e borracha e obras (-2,8%).
Saldo
O saldo comercial até a quarta semana de janeiro ficou deficitário em US$ 645 milhões, o que representou uma média de menos US$ 40,3 milhões por dia útil, valor 196,2% menor que a média registrada no mês de janeiro de 2008 (US$ 41,9 milhões) e 138,5% abaixo da verificada em dezembro do ano passado (US$ 104,6 milhões). (Assessoria de Imprensa do MDCI)

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MERCADO DE TI


Lucro trimestral da Qualcomm cai 56% nos EUA
A Qualcomm informou que registrou uma queda de 56% no lucro líquido do seu primeiro trimestre fiscal (outubro/dezembro), em virtude de um declínio em sua carteira de investimentos. A fabricante de chips para celulares disse que registrou um lucro de US$ 341 milhões (US$ 0,20 por ação) no primeiro trimestre fiscal, de um lucro de US$ 767 milhões (US$ 0,46 por ação), registrado em igual período de 2008. Esse resultado inclui baixas contábeis de US$ 388 milhões em ativos e US$ 1,1 bilhão em perdas não realizadas em ativos. Excluindo os custos de compensação baseados em ações e outros itens, a Qualcomm obteve um lucro de US$ 0,31 por ação no primeiro trimestre fiscal. A receita cresceu 3,2% para US$ 2,52 bilhões. Para o atual trimestre, a Qualcomm espera uma receita de US$ 2,25 bilhões a US$ 2,45 bilhões. Para o ano fiscal 2009, a companhia prevê uma receita de US$ 9,3 bilhões a US$ 9,8 bilhões. Em novembro, ela estimava uma receita de US$ 10,2 bilhões a US$ 10,8 bilhões. Além disso, a companhia disse que não vai mais dar projeção de lucro por causa do impacto da volatilidade nos mercados financeiros em seus investimentos. (Agência Dow Jones, de Nova Iorque/EUA)

Extreme Networks ataca base de clientes e parceiros da Nortel
Extreme Networks anunciou na quarta-feira, 28/01, que está colocando em pratica uma série de iniciativas para se consolidar como
alternativa preferencial em posições de mercado, antes ocupados pela Nortel e que começam a se transformar em novas oportunidades de negócio, desde que esta fabricante de soluções de redes comunicou o seu pedido de concordata, há duas semanas.
Fernando Munhoz, diretor de canais da Extreme no Brasil, explica que esta é uma ação corporativa, que vem sendo tomada pela empresa em todo o mundo. Em relação ao mercado brasileiro, o executivo disse que a ideia de uma aproximação com os clientes da concorrente, surgiu a partir de contatos realizados por alguns parceiros locais da Nortel, que enviaram consultas sobre a possibilidade de migrar o seu portfólio de soluções para a plataforma da Extreme Networks, mas sem perder a titularidade de parceiro especial que já haviam conquistado com a fabricante anterior.
“Todo parceiro da Nortel que tiver alguma qualificação, entra em nosso programa com status equivalente”, explicou. Com estes títulos, as revendas passam a contar com diferentes níveis de vantagens que vão de descontos progressivos à oferta de demos e a programas de treinamento ou marketing cooperado. De acordo com Munhoz, até aqui quatro parceiros já migraram para seu programa e a meta é que dez sejam incluídos, até o final do trimestre.
Além do aceno às revendas Nortel, a Extreme também está apoiando iniciativas de suas próprias revendas, para levarem descontos e outros benefícios aos usuários da outra empresa que queiram discutir a migração ou atualização de suas redes com a tecnologia da Extreme Networks.

Intermec Brasil cresce 50% em 2008, 10% mais do que a meta
A Intermec Brasil registrou crescimento de 50% em 2008, valor acima da meta de 40%. Para 2009, a subsidiária brasileira estima faturamento 10% maior. De acordo com Ana Luiza Oliveira, gerente de marketing e vendas da Intermec Brasil, a subsidiária teve “um 2008 excelente, já que batemos a expectativa de vendas”, conta. Ao citar a crise, a gerente estima que os efeitos negativos, ainda não chegam ao primeiro trimestre da empresa. “Teremos um bom crescimento no primeiro trimestre, por conta dos projetos fechados no último trimestre do ano passado”, disse. Ela completou: “o nosso desafio é não perder os negócios, especialmente os que já estavam previstos”. Com ações na bolsa de valores de Nova Iorque, a Intermec não divulga a receita por país. A matriz, Intermec Corporation, ainda não divulgou seu balanço de 2008, mas o anúncio está marcado para o próximo dia 05/02. Em 2007, a companhia faturou 849 milhões de dólares, ante 850 milhões de dólares registrados em 2006. Com 11 anos no Brasil, a Intermec possui fábrica em Itajubá/MG, uma das cinco unidades fabris que tem no mundo.


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MERCADO ONLINE


Websense fecha a compra da Defensio
A Websense confirmou a compra da start-up Defensio por um montante financeiro não divulgado. Com o negócio, a empresa de segurança consegue ferramentas para eliminar spam e malware, que são postados por usuários na forma de comentários em blogs, fóruns e redes sociais. "Cada vez mais, nossos clientes estão instalando Web 2.0", resumiu Dan Hubbard, CTO da Websense. De acordo com ele, ainda não é feito o suficiente para proteger os portais da grande quantidade de spam e conteúdo malicioso, que são postados em blogs e outros sites que aceitam conteúdo gerado pelo usuário. Código malicioso postado como vídeos no YouTube ou no portal My.BarackObama.com são apenas alguns dos exemplos, afirma a Websense. A Defensio garante que cerca de 10 mil blogs estão usando as suas soluções, que tem dois modelos de negócios: grátis, para usuários finais e, pago, para clientes corporativos. (Network World/EUA)


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ENERGIA & Telecomunicações

Oi deve ir além de extinção de multa para ganhar mais clientes
A estratégia da Oi de
extinguir a cláusula de fidelização de todos os contratos de atuais e novos clientes pós-pagos, é uma medida acertada para a operadora competir com mais força em um mercado no qual ela detém o quarto lugar em market share - 19,91%, somando os percentuais de Oi e Brasil Telecom. No entanto, segundo Júlio Püschel, analista sênior do Yankee Group, a ação não é garantia de que a operadora conquistará mais clientes, mesmo admitindo que a medida é um chamariz para que novos assinantes testem os serviço da Oi. “Os clientes de telefonia celular têm uma percepção de que os serviços se assemelham bastante e tomam suas decisões, baseados em aparelhos, pacotes vantajosos e tarifas. É justamente nestes dois últimos fatores que a Oi pode se diferenciar”, destaca.
Por isso, analisa Puschel, além do fim das multas contratuais, a estratégia deve envolver uma oferta de planos bem segmentados e flexíveis, de acordo com o perfil de cada usuário. “Até agora, as táticas da Oi têm mostrado eficácia, pois sua taxa de adesão cresce acima da média”, diz. Para o analista a operadora deve manter-se distante da briga pelas primeiras posições no mercado de telefonia celular. A estratégia mais interessante, nesse momento, seria a de procurar crescer de forma mais orgânica no mercado, herdando assinantes de outras operadoras. “Não é interessante para a Oi, nesse momento, investir grandes montantes para buscar a liderança”, conclui.

Americana AT&T anuncia crescimento de 7,7% em lucro anual
A operadora americana AT&T informou ontem, que seu lucro líquido no ano passado cresceu 7,7%, em relação a 2007, para US$ 12,867 bilhões, graças ao crescimento de seu negócio na área de telefonia móvel e ao monopólio que tem na venda do iPhone. A empresa informou ainda, que sua receita operacional em 2008, subiu 4,3%, para 124,028 bilhões, ao passo que suas despesas operacionais atingiram US$ 100,965 bilhões, após um aumento de 2,5%.
"O sucesso do lançamento do iPhone 3G fez crescer o negócio de telefonia celular e ajudou a redefinir o espaço concedido à transmissão sem fio de dados", disse o presidente da AT&T, Randall Stephenson, ao apresentar os resultados. Na segunda metade do ano passado, quando foi lançado o iPhone de última geração, a AT&T fechou 4,3 milhões de contratos ligados a esse aparelho, o que a longo prazo beneficia a companhia, já que ela subsidia parte do preço do telefone.
Essa subvenção supôs um custo de US$ 0,05 por ação no quarto trimestre. Porém, "o monopólio sobre o iPhone continua garantindo assinantes de alto valor, com renda média por cliente 1,6 vezes maior que a da média e com taxas de rotação (abandono da companhia) significativamente, mais baixas", informou a AT&T num comunicado. Apesar do aumento dos ganhos anuais, no quarto trimestre de 2008, o lucro da operadora encolheu 23,3%, para US$ 2,404 bilhões, afetado pela queda da receita relacionada à telefonia fixa e por custos extraordinários. (Agência Efe, em Nova Iorque/EUA)

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MERCADO DE LUXO


Estilista pede atenção do governo italiano ao mercado da moda
A estilista italiana Marella Ferrera fez um apelo na quarta-feira, às autoridades de seu país "para que não abandonem o mercado da moda italiano, sobretudo em meio a este difícil momento de crise no país". Maristela, nascida na ilha da Sicília, está lançando sua nova coleção, inspirada na boneca Barbie, que no próximo mês de março comemora 50 anos desde sua criação. A estilista irá realizar um desfile com suas novas peças no próximo domingo em Roma. Para a ocasião, Marella fez um convite especial ao premier Silvio Berlusconi; às ministras do Meio Ambiente, Stefania Prestigiacomo, e da Igualdade de Oportunidades, Mara Carfagna; ao prefeito de Roma, Gianni Alemanno; ao presidente da região do Lazio, Piero Marrazzo; e ao presidente da província de Roma, Nicola Zingaretti. (Agência ANSA, de Roma/Itália)

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EXPEDIENTE


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