I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 146 | Ano I

Mercado reforça previsão de queda mais rápida da Selic
A primeira pesquisa Focus realizada pelo Banco Central, após a decisão do Copom - Comitê de Política Monetária - de reduzir a taxa básica de juro (Selic) em um ponto percentual na semana passada, para 12,75% ao ano, mostra que o mercado financeiro reforçou a previsão de que os juros devem cair mais rapidamente. Até o fim do ano, analistas preveem corte de mais 1,75 ponto percentual na taxa Selic. Para a reunião de março, a estimativa é de um corte de meio ponto percentual. No levantamento divulgado ontem, analistas reduziram a estimativa para o patamar da Selic no fim do ano, de 11,25% para 11% ao ano. Com isso, o mercado estima corte de 1,75 ponto nos próximos meses. Há um mês, a previsão para o juro no fim do ano estava em 12%. Na mesma pesquisa, analistas também reduziram a estimativa para a Selic no fim de março - após a próxima reunião do Copom, de 12,50% para 12,25%. Assim, analistas indicam que esperam redução de 0,50 ponto percentual no encontro que acontece nos dias 10 e 11/3. Para a Selic média no decorrer do ano, a estimativa para 2009 caiu de 11,78% para 11,50%, ante 12,44% registrados há um mês. Para 2010, a previsão de juro médio recuou de 11,40% para 11,25%, ante 12% registrados há um mês.
Inflação
O mercado financeiro reduziu a expectativa para o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo -, índice oficial de inflação, em 2009 de 4,80% para 4,64%, segundo a pesquisa Focus divulgada ontem. Essa foi a segunda queda seguida da projeção e se aproxima ainda mais, do centro da meta para esse índice nesse ano, que é 4,50%. Há um mês, o mercado previa IPCA de 5%. Para 2010, a estimativa seguiu em 4,50% pela 34ª semana seguida. Entre as instituições financeiras que mais acertam as projeções do levantamento do BC, o grupo chamado Top 5, a estimativa para o IPCA em 2009, caiu de 4,70% para 4,58%. Há um mês, esse grupo de analistas previa alta de 4,70%. Para 2010, esses analistas mantiveram a previsão de 4,50%.
Câmbio
A pesquisa Focus, também mostra que analistas mantiveram a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. Em levantamento realizado com cerca de 80 instituições financeiras, a mediana das previsões para o nível da moeda norte-americana no fim de 2009, permaneceu em R$ 2,30 pela segunda semana seguida. Há um mês, a estimativa estava em R$ 2,25. Para o fim de 2010, a previsão permaneceu em R$ 2,28, ante R$ 2,24 de um mês atrás.
PIB
A estimativa de crescimento da economia em 2009 não sofreu alteração na pesquisa Focus, divulgada ontem pelo BC. No levantamento, a mediana das previsões de expansão do PIB - Produto Interno Bruto - nesse ano, seguiu em 2%. Há quatro semanas, a previsão era de expansão econômica de 2,44%. Para 2010, a estimativa caiu de 3,90% para 3,80%, ante 3,85% de um mês atrás. No mesmo levantamento, a estimativa de expansão do setor industrial em 2009, diminuiu mais uma vez, de 2,15% para 2%, ante estimativa de 2,90% de um mês atrás. Essa foi a quinta redução seguida da previsão. Para 2010, a mediana das expectativas caiu de 4,30% para 4,05%, ante 4% de quatro semanas antes. Analistas reduziram a estimativa para o nível da relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, de 36,75% para 36,45% em 2009. Para 2010, a previsão manteve-se em 35,30%. Há um mês, o mercado esperava 37,1% e 35,45% em cada ano, respectivamente.
Contas externas
O mercado financeiro não alterou as previsões para o déficit nas contas externas em 2009, conforme revela a pesquisa Focus. A previsão para o déficit nesse ano manteve-se em US$ 25 bilhões, pela quarta semana seguida. Para 2010, a previsão de déficit subiu de US$ 29,6 bilhões para US$ 30 bilhões. Há um mês, o mercado previa iguais US$ 30 bilhões de déficit. Na pesquisa, a previsão de superávit comercial em 2009 manteve-se em US$ 14,5 bilhões, ante estimativa de US$ 15 bilhões, registrada quatro pesquisas antes. Para 2010, a estimativa para o saldo comercial subiu de US$ 13 bilhões para US$ 13,85 bilhões, acima dos US$ 13 bilhões previstos há um mês. Analistas mantiveram a estimativa de ingresso de IED - Investimento Estrangeiro Direto - em 2009 em US$ 23 bilhões. Para 2010, a estimativa seguiu em US$ 25 bilhões. Quatro pesquisas antes, o mercado esperava, respectivamente, ingresso de US$ 21,5 bilhões e US$ 25 bilhões em cada um dos anos. (Agências Brasil e Estado, de Brasília)

Lula diz que novas medidas contra crise só saem na próxima semana
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considera que as novas medidas para combater os efeitos da crise econômica no Brasil, ainda não estão "maduras" e que, por isso, só serão anunciadas a partir da próxima semana. A mensagem foi passada ontem, a participante de uma reunião com o conselho que debate a crise. Assim, Lula confirmou o adiamento do anúncio, que na semana passada teria sido marcado para esses dias. Entre as medidas devem ser anunciados novos estímulos para a construção civil, um dos setores mais afetados pela crise com falta de crédito e queda da demanda. Lula ressaltou, porém, que ainda não há data para o anúncio e que a Fazenda precisa de mais tempo para finalizá-las. Durante a reunião, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo monitora a situação. Ele avaliou ainda, que as medidas anunciadas na semana passada, de crédito extra de R$ 100 bilhões para o BNDES investir em infraestrutura, provocaram efeito "psicológico positivo" do mercado. O ministro afirmou, por fim, que há um esforço do governo em até manter o otimismo dos consumidores e empresários do país.

Indústria cortou 130 mil vagas em dezembro
O presidente da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo -, Paulo Skaf, afirmou ontem que, no mês de dezembro de 2008, houve uma redução de 130 mil postos de trabalho na indústria paulista, e não de 131 mil, como ele mesmo havia dito anteriormente. Skaf antecipou a informação em entrevista à Rádio Eldorado, pela manhã. O Índice de Nível de Emprego da Indústria de São Paulo será divulgado oficialmente hoje, às 11 horas. Skaf também informou que a indústria paulista fechou 7 mil postos de trabalho em 2008. O presidente da Fiesp afirmou que a perda de 174 mil postos de trabalho na indústria paulista no último trimestre de 2008, eliminou o efeito positivo da criação de 167 mil vagas no acumulado do ano até setembro.

Petrobras vai investir US$ 111,4 bilhões no pré-sal até 2020
A Petrobras prevê investir US$ 111,4 bilhões no pré-sal até 2020, segundo o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli. Até 2013 os investimentos na nova fronteira exploratória somarão US$ 28,9 bilhões. O montante foi classificado pelo diretor de Exploração e Produção, Guilherme Estrella, como "relativamentre pequeno" diante do potencial da camada pré-sal. "O pré-sal é um desafio enorme, e o nosso plano viabiliza os investimentos", afirmou Gabrielli.
A meta da Petrobras é que a produção, apenas no pré-sal, seja de 1,8 milhão de barris/dia em 2020. Esse volume é exatamente a média de produção diária da estatal atualmente. Gabrielli ressaltou que o Brasil levou 54 anos para atingir esse estágio de produção, e que na camada pré-sal, isso será obtido em apenas 14 anos, considerando-se a descoberta do campo de Parati, em 2006.
Em 2013, a Petrobras estima produção de 219 mil barris por dia de petróleo. As mesmas áreas devem produzir 7 milhões de metros cúbicos de gás por dia em 2013, e 40 milhões em 2020. Ao todo, a produção nacional de petróleo chegará a 2,6 milhões de barris/dia em 2013, encerrando 2020 com média diária de 3,9 milhões de barris. A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado nessa área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo.
BNDES
O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, informou na segunda-feira, 25/01, que a estatal conta com mais
US$ 10 bilhões do BNDES para o ano que vem. Em 2009, a previsão é que o banco desembolse US$ 12,5 bilhões para a empresa. Com isso, dos US$ 18,9 bilhões de necessidade de financiamento para 2010, restaria à Petrobras buscar US$ 8,9 bilhões. Em 2009, a Petrobras tem necessidade de financiamento de US$ 18,1 bilhões, sendo que já estão garantidos quase o valor total junto ao BNDES e bancos privados, segundo afirmou o diretor.

Philips anuncia perdas e confirma corte de 6 mil postos no mundo
O grupo holandês de eletrônica Philips anunciou na sexta-feira, 23/1, perdas de cerca de 1,470 bilhão de euros no último trimestre de 2008, e confirmou que cortará em 2009, cerca de 6 mil postos de trabalho no mundo todo. Trata-se da primeira vez em cinco anos que o gigante da eletrônica registra perdas trimestrais e o faz apesar de suas vendas no setor médico terem aumentado 9% entre outubro e dezembro, segundo comunicado da empresa. O presidente da Philips, Gérard Kleisterlee, confirmou que a empresa promoverá ao longo desse ano, o corte de pessoal que tinha anunciado recentemente. (Agência EFE)

Laboratório Pfizer fecha acordo para compra da Wyeth por US$ 68 bilhões
O grupo farmacêutico americano Pfizer anunciou, ontem pela manhã, a assinatura de um contrato para compra do rival Wyeth por US$ 68 bilhões. A fusão cria assim, uma companhia avaliada em US$ 75 bilhões. Segundo o diário americano "The New York Times", a fusão, se concluída conforme o planejado, será a maior aquisição desde a fusão entre a ocorrida no setor de telecomunicações, entre a AT&T e a BellSouth, em um acordo de US$ 70 bilhões, em março de 2006. O negócio avalia cada ação da Wyeth em US$ 50,19, uma valorização de quase 15% sobre o preço do papel da empresa na sexta-feira, dia 23/01. A Pfizer irá pagar US$ 33 em dinheiro e 0,985 de sua ação por ação da Wyeth. A Pfizer ainda informou que tomará emprestados US$ 22,5 bilhões junto a um consórcio de bancos para efetuar a compra. A diretoria da empresa ainda decidiu reduzir pela metade o dividendo trimestral aos acionistas, para US$ 0,16 por ação. "A nova empresa será líder na indústria [farmacêutica]", disse o executivo-chefe da empresa, Jeffrey Kindler. "Sua presença geográfica na maioria dos países, não terá rivais." No último dia 16, o diário americano "The Wall Street Journal" informou que a Pfizer planeja cortar 2.400 empregos na área de vendas, o que representa cerca de um terço de sua força de trabalho no setor. Os cortes deverão ocorrer nesse trimestre, segundo fontes ouvidas pelo jornal. A empresa já demitiu recentemente, cerca de 800 pesquisadores. Os cortes deverão atingir representantes de vendas e gerentes de nível médio. Em um comunicado, a Pfizer disse que não comentaria "rumores ou especulações", mas informou que "continua a procurar formas de operar os negócios do modo mais eficiente". (The New York Times)



PricewaterhouseCoopers realiza coletiva de imprensa no dia 28/01, em Porto Alegre
A PricewaterhouseCoopers-PwC realiza coletiva quarta-feira, dia 28/01, às 10h, na sede da Amcham-Porto Alegre - Câmara Americana de Comércio – Mostardeiro, 322, 11º andar – para apresentar a terceira edição de A Força do Sul, pesquisa feita nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná nos segmentos de agribusiness, indústria, varejo, energia elétrica, saneamento, financeiro, automotivo, petróleo e gás, saúde e serviços. Com o objetivo de identificar e analisar fatores que possam ser úteis no planejamento empresarial e na tomada de decisões, o estudo é resultado de entrevistas com executivos de 54 empresas da Região Sul. A coletiva acontecerá na Amcham-Porto Alegre - Câmara America do Comércio - e terá a presença de Carlos Biedermann, sócio e líder da PwC na Região Sul e membro do Conselho Regional da Amcham-Porto Alegre, além de Carlos Souto, Presidente do Conselho Regional da Amcham-Porto Alegre.


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INDICADORES ECONÔMICOS


FGV: IPC-S mostra alta da inflação em 5 de 7 capitais
A inflação no varejo da cidade de São Paulo continuou a mostrar aceleração, no âmbito do IPC-S - Índice de Preços ao Consumidor Semanal. Segundo a FGV - Fundação Getúlio Vargas -, os preços na cidade subiram 0,45% no IPC-S de até 22/01 desse ano, após apresentarem aumento de 0,23% no índice de até 15/01.
Segundo a FGV, das sete capitais usadas para cálculo do índice, cinco apresentaram elevação de preços mais intensa entre 15 e 22/01. Além de São Paulo, houve acelerações de preços em Belo Horizonte (de 0,94% para 1,16%); Salvador (de 1,25% para 1,35%); Porto Alegre (de 0,28% para 0,61%); e Brasília (de 0,75% para 0,90%); As outras duas capitais apresentaram desaceleração de preços, no mesmo período. É o caso de Recife (de 0,64% para 0,48%) e de Rio de Janeiro (de 1,24% para 1,16%).
Embora todas as cidades contribuam para a formação da taxa do IPC-S, a inflação na cidade de São Paulo é a de maior peso no cálculo do índice - cujo resultado completo, também mostrou aceleração (de 0,69% para 0,80%), entre a segunda e a terceira quadrissemana de janeiro, conforme anunciado na última sexta-feira pela FGV.

Crise reduz arrecadação do ICMS e afeta planos dos Estados
A crise financeira internacional chegou ao caixa dos Estados. A arrecadação do ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços -, principal tributo estadual, caiu 3,7% - de R$ 19,727 bilhões em outubro para R$ 19,007 bilhões no mês de novembro. Os repasses constitucionais feitos pela União, outra fonte importante de recursos, tiveram o pior resultado do ano em dezembro de 2008. A verba, que crescia num ritmo de 13% em dezembro em relação a 2007, teve uma queda de quase 1% no mês passado na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Isso significa que os Estados receberam menos em dezembro de 2008 do que haviam levado em dezembro de 2007. O Rio de Janeiro deve cortar mais de R$ 500 milhões do orçamento. No Rio Grande do Sul, as despesas de custeio serão contingenciadas em R$ 120 milhões no início do ano e as metas de arrecadação não foram alcançadas pela primeira vez no ano em dezembro. O governo de São Paulo congelou, por decreto, R$ 1,569 bilhão de suas despesas.


Crise levará juro ao menor patamar da história
Os economistas ouvidos pelo Banco Central na pesquisa Focus, esperam que a taxa básica de juros termine o ano no menor patamar da história. De acordo com o levantamento realizado na semana passada, a previsão para a taxa básica de juros no final do ano caiu de 11,25% para 11% ao ano. A mudança ocorreu após a reunião do Copom na última quarta-feira, 21/01, quando o BC decidiu cortar a taxa Selic de 13,75% para 12,75% ao ano. Foi o maior corte de juros em cinco anos, motivado pela desaceleração da economia verificada nos últimos meses. Após anunciar o corte, o BC indicou que os juros devem continuar caindo, mas com cortes menores. Agora, os economistas esperam que os juros sejam reduzidos para 12,25% na reunião do Copom de março; 11,75% em abril; 11,25% em junho; e fique em 11% ao ano, a partir de julho (o Copom se reúne a cada 45 dias, aproximadamente). Em 2010, a taxa chegaria a 10,75% ao ano.
PIB
A queda maior dos juros deve ser impulsionada pela desaceleração da economia nesse ano, devido aos efeitos da crise econômica. Foi mantida a previsão de crescimento da economia em 2009 de 2%, abaixo dos 3,2% estimados pelo BC e dos 4% previstos no Orçamento desse ano, para o crescimento do PIB - soma das riquezas produzidas. Para 2010, está previsto um crescimento de 3,8%. A estimativa para a produção industrial caiu de 2,15% para 2%. Para o próximo ano, recuou de 4,3% para 4,05%. A previsão para o dólar no fim desse ano, ficou em R$ 2,30. Para 2010, está em R$ 2,28. Inflação
Em relação às previsões de inflação, a expectativa para o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo -, que serve como meta para o BC, caiu de 4,80% para 4,64% (2009) e está em 4,5% para 2010. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta). Para esse ano, a expectativa do mercado para o IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna -, caiu de 4,91% para 4,49%; o IGP-M - Índice Geral de Preços – Mercado - recuou de 4,77% para 4,41%. O IPC - Índice de Preços ao Consumidor - da Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômica - caiu de 4,54% para 4,50%. A estimativa para o saldo da balança comercial ficou em US$ 14,5 bilhões. A expectativa para o déficit em conta corrente nesse ano ficou em US$ 25 bilhões. As previsões de investimentos estrangeiros diretos ficaram em US$ 23 bilhões. A previsão para a relação dívida/PIB caiu de 36,75% para 36,45%. (Agência Brasil)



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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)


Bovespa cola em Nova Iorque e fecha em alta de 0,99%
A Bovespa trabalhou colada ao desempenho das bolsas norte-americanas na segunda-feira, o que significou, depois de uma abertura titubeante, várias horas de ganhos expressivos, graças aos indicadores favoráveis nos EUA e notícias positivas do setor bancário europeu. Perto da última hora da sessão doméstica, entretanto, as bolsas nos EUA passaram a oscilar bastante num sobe-e-desce que também chegou à Bovespa. No final, entretanto, o sinal positivo se sobrepôs.

- O Ibovespa, principal índice da Bolsa doméstica, iniciou a semana em elevação de 0,99%, aos 38.509,45 pontos. Na mínima, tocou os 37.831 pontos (-0,79%) e, na máxima, os 39.065 pontos (+2,45%). No mês, a Bovespa sobe 2,56%.
- O giro financeiro, mais fraco em inícios de semana, totalizou R$ 3,056 bilhões.

Análise 1 - Perto do final do pregão doméstico, os papéis do setor financeiro pesaram em Nova Iorque, principalmente no índice Dow Jones. A Bovespa acompanhou durante alguns momentos, também influenciada pela fraqueza das ações dos bancos. Mas as perdas foram sendo reduzidas lá, e favoreceram a recuperação doméstica. Antes disso, os investidores foram às compras, motivados pelo crescimento das vendas de imóveis residenciais, usados nos EUA. Com a queda média de 15% nos preços ante dezembro de 2007, as vendas de imóveis residenciais usados aumentaram 6,5% em dezembro ante novembro, para 4,74 milhões de unidades. A previsão era de que fossem registradas 4,4 milhões de vendas. A esse índice seguiu-se outro igualmente favorável, o de indicadores antecedentes do Conference Board, que subiu 0,3% em dezembro, em comparação a um declínio de 0,4% em novembro. Os dois índices se sobrepuseram ao dado de atividade nacional medido pelo Fed - Federal Reserve - de Chicago, que piorou para -3,26 em dezembro, de -2,78 em novembro, e também às seguidas demissões efetivadas ontem. Pelas contas da Dow Jones, foram mais de 79 mil nos EUA, Europa e Japão. No Brasil, apenas as indústrias paulistas demitiram 130 mil no mês de dezembro, o que levou o balanço do ano, que registrava criação de vagas até novembro, a encerrar 2008 com o fechamento de sete mil vagas, segundo a Fiesp.

- Às 18h18min (horário de Brasília), o Dow Jones operava em alta de 0,44%; o S&P, de 0,61%; e o Nasdaq, de 0,61%. As bolsas norte-americanas também foram influenciadas pelas notícias do setor bancário europeu, que garantiram também, fechamento em alta às bolsas na região.


Análise 2 - Os investidores gostaram do comentário do Barclays de que seus níveis de capital estão "bem acima" das exigências regulatórias e que por isso, não precisa levantar mais fundos; da declaração do presidente do conselho do Santander, Emilio Botin, de que o grupo espera divulgar resultados "magníficos" de 2008; e do anúncio do ING de corte de despesas com a eliminação de 7 mil empregos e de que assinou um acordo com o governo da Holanda que garantirá 80% de suas hipotecas chamadas "Alt-A". Fora do eixo bancário, a Pfizer anunciou a compra da Wyeth, por US$ 68 bilhões, em dinheiro e ações. Diante de tal noticiário, os investidores deixaram em segundo plano os balanços fracos conhecidos ontem, entre eles o da Philips, do BNP Paribas e do McDonald's.

Análise 3 - No Brasil, a Bovespa foi sustentada por Petrobras e Vale e ajudada pelos papéis do Banco do Brasil. Quando Wall Street virou para baixo, o peso recaiu sobre Petrobras e os papéis de bancos. As ações da estatal doméstica voltaram a subir com a recuperação de Nova Iorque. Os papéis ON avançaram 1,24% e os PN, 0,89%. O petróleo negociado na Bolsa Mercantil de Nova Iorque recuou 1,59%, para US$ 45,73. Os investidores não gostaram muito do plano de investimentos anunciado na sexta-feira, pela estatal, com o planejamento de 2009 a 2013, principalmente no que se refere ao elevado aporte de recursos em meio a uma crise econômica sem precedentes.

Reação das Ações - As ações da Vale acompanharam a recuperação dos preços dos metais no mercado externo e subiram 1,88% as ON e 2,47%, as PNA. Banco do Brasil, por sua vez, esteve entre as maiores altas do Ibovespa, por causa da revisão que a instituição fez nos cálculos de ativos e passivos atuariais, o que vai gerar um impacto positivo de R$ 2,520 bilhões no lucro do quarto trimestre de 2008. A ação ON avançou 6,09%.





Bolsas de NY fecham em alta em dia de demissões em massa
A Bolsa de Nova Iorque terminou em alta na segunda-feira, tranquilizada por resultados de empresas e estatísticas econômicas menos catastróficas que o esperado, mesmo em um mercado que continua nervoso com os problemas dos bancos.

- O Dow Jones Industrial Average ganhou 0,48%, a 8.116,03 pontos.
- O índice Nasdaq, de alto componente tecnológico, avançou 0,82%, a 1.489,46 pontos.
- O índice ampliado Standard & Poor's 500, por sua vez, subiu 0,56%, encerrando a 836,57 pontos.
- O mercado obrigatório fechou em baixa. O rendimento dos bônus do Tesouro a dez anos aumentou a 2,643%, contra 2,622% na noite de sexta-feira, e o dos títulos a 30 anos, a 3,383%, contra 3,332%.

Análise 1 - Operando em alta desde a abertura, os índices nova-iorquinos passaram por momentos de agitação na segunda metade do pregão, que oscilou entre o azul e o vermelho, afetado pelos altos e baixos do setor bancário. "O mercado continua se questionando sobre o setor financeiro. São problemas de ordem geral sobre as contas dos bancos, que alimentam a incerteza", apontou Owen Fitzpatrick, do Deutsche Bank. O Dow Jones foi freado também pela queda de valores importantes de seu índice.

- A Caterpillar, que fechou em queda de 8,38%, a US$ 32,6, anunciou que vai cortar 20 mil empregos em todo o mundo e afirmou que 2009, será "um ano muito duro".

- Já o grupo farmacêutico Pfizer terminou o dia com queda de 10,32%, a US$ 15,65, após anunciar a compra da concorrente Wyeth por US$ 68 bilhões, semeando dúvidas entre os analistas sobre sua estratégia. A fusão entre os dois laboratórios, se concluída conforme o planejado, será a maior aquisição desde a fusão entre a ocorrida no setor de telecomunicações, entre a AT&T e a BellSouth, em um acordo de US$ 70 bilhões, em março de 2006.

No entanto, Wall Street conseguiu se recuperar no final da sessão, beneficiando-se de "um dia não tão ruim assim, no que diz respeito aos resultados das empresas", considerou Fitzpatrick. "O mercado não quer cair", observou Gregori Volokhin, diretor de estratégia da Meeschaert de Nova Iorque. "É o efeito do anúncio: esperamos o plano de reativação econômica", que o Congresso americano deve estudar ainda essa semana, explicou.




Bolsas europeias fecham em alta com ganhos no setor bancário
As Bolsas europeias fecharam em alta expressiva na segunda-feira. As ações do banco britânico Barclays fecharam com ganho de 73%, e o setor petrolífero, também teve altas.
- A Bolsa de Londres fechou em alta de 3,86% no índice FTSE 100, ficando com 4.209,01 pontos.
- A Bolsa de Paris subiu 3,73% no índice CAC 40, para 2,955,37 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt teve alta de 3,54% no índice DAX, fechando com 4.326,87 pontos.
- A Bolsa de Amsterdã teve alta de 5,87% no índice AEX General, que ficou com 247,88 pontos.
- A Bolsa de Milão teve alta de 2,67% no índice MIBTel, que ficou com 14.185 pontos.
- A Bolsa de Zurique subiu 2,08%, ficando com 5.417,07 pontos no índice Swiss Market.
- O índice FTSEurofirst 300 - que reúne as ações das principais empresas européias - fechou com alta de 3%, aos 783,09 pontos.

Análise 1 - O setor financeiro se beneficiou com o anúncio do Barclays de que sua divisão de investimentos e os ativos do Lehman Brothers Holdings, adquiridos no ano passado, estão impulsionando os lucros. Outros bancos que tiveram ganhos ontem, foram o Lloyds (33%), ING (25%), Royal Bank of Scotland (22%), BNP Paribas (14%) e Société Générale (10,5%). O BNP, por sua vez, anunciou que deve apresentar um prejuízo de US$ 1,81 bilhão referente ao quarto trimestre, mas que no ano de 2008 como um todo, o lucro deve chegar a US$ 3,8 bilhões. Na semana passada, o Société Générale informou que apresentará um lucro "equilibrado" referente ao quarto trimestre e, no ano, o lucro deverá chegar a US$ 2,58 bilhões.

Análise 2 - Os investidores também encontraram estímulo no setor farmacêutico, com o negócio entre a americana Pfizer e a rival Wyeth, de US$ 68 bilhões. A fusão cria assim, uma companhia com faturamento previsto de US$ 75 bilhões e será a maior aquisição desde a fusão entre a ocorrida no setor de telecomunicações, entre a AT&T e a BellSouth, em um acordo de US$ 70 bilhões, em março de 2006.

Tóquio sobe 4,9% com possíveis medidas do governo
A Bolsa de Tóquio se recuperou das perdas dos últimos dias com o recuo das preocupações acerca do setor financeiro europeu e com as esperanças em torno da possível injeção de recursos, pelo governo japonês, nas empresas em dificuldades.
- O índice Nikkei 225 ganhou 378,93 pontos, ou 4,9%, e fechou aos 8.061,07 pontos.

Fundo ignora juro menor e segue atraente
O início do esperado ciclo de redução da taxa básica brasileira vai afetar diretamente, a rentabilidade das aplicações que rendem juros nesse ano. Todavia, como o Brasil pratica os maiores juros reais do planeta, buscar aplicações como os fundos DI e de renda fixa, ainda serão alternativas interessantes, avaliam analistas. As grandes dúvidas em relação ao que reserva a Bolsa de Valores para esse ano - após o fiasco de 2008 - tornam a opção de aumentar a exposição ao risco, como o representado pelas ações, algo ainda bastante incerto, principalmente para as aplicações de curto prazo.
Além dos fundos, os investidores têm se aproveitado de outras alternativas para não perder os juros elevados, com destaque para os CDBs - Certificados de Depósito Bancário - e os títulos públicos negociados pelo Tesouro Direto. A taxa básica Selic - referência para os juros praticados no mercado - foi reduzida para 12,75% anuais na semana passada. Com isso, os juros reais brasileiros (Selic descontada a inflação projetada para 12 meses) ficaram em 7,6% - a maior taxa do planeta. "Os juros vão manter-se em patamares elevados. Temos os maiores juros reais do mundo. E o investidor não tem muitas alternativas interessantes [às aplicações que pagam juros] nesse momento", afirma o administrador de investimentos, Fábio Colombo.
Os fundos de renda fixa deram, na média, 12,85% em 2008. Os fundos DI, 12,11%. E os CDBs pagaram 11,83%. Os fundos DI, cujas carteiras são compostas por títulos públicos e privados pós-fixados, devem acompanhar mais de perto a esperada redução da taxa Selic. Para a renda fixa, que tem mais papéis prefixados, o impacto da queda Selic deve ser sentido menos intensamente.
Um ponto relevante para os investidores estarem atentos é a formação da carteira - ou seja, os papéis que o gestor escolheu para compor o fundo. Os fundos são uma comunhão de recursos de vários investidores. E o gestor pega esses recursos e adquire no mercado títulos do governo ou privados (como debêntures, notas promissórias e mesmo CDBs). Desse mix é que sai a rentabilidade. Por isso, mesmo os fundos de renda fixa não vão ter um retorno igual. "Entender a formação da carteira do fundo é algo muito importante, mas ignorado por grande parte dos investidores. Além disso, é preciso avaliar as taxas que são cobradas nos fundos, que podem engolir boa parte da rentabilidade bruta", diz Jason Freitas Vieira, economista-chefe da UpTrend Consultoria Econômica.
No caso dos CDBs, a situação é diferente. O CDB é um título emitido pelo banco e oferecido diretamente ao cliente. Na prática, o banco pega dinheiro emprestado do cliente e paga uma taxa de juros para isso. A rentabilidade dos CDBs varia de um banco a outro e do montante que a pessoa tem para investir (quanto mais capital, maiores as chances de o banco oferecer juros elevados). "O CDB vai seguir competitivo. Mas é importante analisar as taxas que o banco oferece. Em alguns casos, se descontados a taxa de administração e os tributos, torna-se mais interessante colocar o dinheiro na poupança", diz Colombo. A taxa de administração é cobrada nos fundos de investimento e costuma oscilar entre 1% e 4% ao ano. Se o fundo tiver uma taxa de administração muito elevada, o retorno líquido pode deixar de ser atraente.
As informações dos fundos, como a taxa de administração cobrada e a rentabilidade oferecida ou proposta, devem ser checadas antes de a aplicação ser feita. Os gestores têm a obrigação de oferecer aos investidores o prospecto da aplicação, no qual devem constar todas as informações. O mercado acionário, que se destacou entre 2003 e 2007, decepcionou em 2008, com a Bovespa tendo seu pior ano desde 1972, ao se desvalorizar em 41,22%. Para esse ano, analistas esperam que haja alguma recuperação, mas poucos se arriscam em falar em altas mais expressivas. Para quem pensa em aplicações de prazos mais longos, ao menos por dois anos, a Bolsa tem sido recomendada como uma opção de diversificação, pois os preços das ações de grandes empresas se depreciaram consideravelmente.

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MERCADO FINANCEIRO


Seguradora ING anuncia perdas em 2008 e corte de 7mil empregos
O grupo bancário e de seguros ING anunciou na segunda-feira, que vai cortar 7 mil empregos - pouco mais de 5% de sua força de trabalho - no mundo todo, e uma perda líquida de cerca de 1 bilhão de euros (US$ 1,29 bilhão) em 2008, número baseado em resultados preliminares e sem terem sido ainda auditados. O grupo financeiro explicou que a perda inclui desinvestimentos como sua divisão de seguros em Taiwan e a finalização de seus negócios de previdência na Argentina, segundo um comunicado. Além disso, o ING anunciou ontem, a demissão de seu atual executivo-chefe, Michiel Tilmant, uma decisão que tem que ser aceita até o próximo dia 27/4, pelos acionistas. A ING recebeu no dia 19/10 do ano passado, uma injeção de capital de 10 bilhões de euros (US$ 12,9 bilhões) do governo da Holanda. (Agência EFE)

Santander negocia compra da seguradora brasileira Real Tokio Marine
O banco espanhol Santander negocia com o banco japonês Tokio Marine, a compra dos 50% que ainda não controla na seguradora brasileira Real Tokio Marine Vida e Previdência, informa o jornal econômico "Expansión". A publicação, no entanto, não identifica suas fontes e não informa valores para a operação. O Santander controla 50% da Real Tokio Marine desde 2007, quando adquiriu parte dos ativos do banco holandês ABN Amro. O Expansión afirma que o Santander pode integrar essa empresa a sua filial de seguros no Brasil. O gigante espanhol, que celebrou na segunda-feira, uma assembléia geral extraordinária de acionistas para validar um aumento de capital de 2,2% para financiar a aquisição do banco americano Sovereign Corp, transformou o Brasil em um dos pilares de sua estratégia de crescimento. A imagem do banco espanhol, que era visto como uma instituição muito sólida mudou depois, da explosão do escândalo financeiro americano de Bernard Madoff, quando o Santander anunciou que seus clientes estavam expostos em 2,3 bilhões de euros (cerca de US$ 2,9 bilhões). Segundo a imprensa, muitos desses clientes seriam brasileiros. (Agência France Presse/AFP)

Santander e Real vão iniciar operações conjuntas em março
Os clientes do Santander e do Real poderão fazer, a partir de março, transações nas redes de agências de ambos os bancos, independentemente do banco de origem. A fusão dos dois bancos ocorreu em 2007, mas só em outubro do ano passado, deram início à integração tecnológica das operações. Segundo divulgou o grupo Santander na segunda-feira, atualmente há 18 pontos de atendimento em São Paulo em fase de teste, com as operações integradas. "Nos locais em que o piloto está implantado, os clientes das duas instituições já fazem consultas de saldo e extratos, saques, pagamento de convênios (contas de água, luz, telefone e gás) e pagamento de títulos em dia ou vencidos, como se estivessem em seus bancos de origem", informa a empresa.
A partir de março, as operações contempladas no projeto piloto serão estendidas aos 2.666 pontos de atendimento do Santander e aos 3.861 do Real. O pagamento de títulos dos dois bancos, também poderá ser feito por meio do call center e do internet banking. O grupo Santander Brasil, que reúne os bancos Santander e Real, tem ativos totais de R$ 269,6 bilhões, cerca de 8 milhões de correntistas ativos e uma rede de 3.551 pontos de venda, entre agências e postos de atendimento.
Apoio
Em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, o presidente do grupo Santander, Emilio Botín,
manifestou confiança no Brasil e detalhou os planos de investimento do banco, já divulgados em 31/10 do ano passado. De acordo com a assessoria de imprensa do grupo financeiro, Botín afirmou que o Santander vai investir no Brasil, até 2010, R$ 2,558 bilhões em suas operações. No mesmo período, o grupo deve abrir mais 400 novas agências em todo o país. Na sexta-feira, 16/01, o Santander anunciou a demissão de cerca de 400 funcionários no país. Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, as dispensas são nos centros administrativos do Santander e do Real.


BNP Paribas deve ter prejuízo de US$ 1,81 bilhão no 4º trimestre de 2008
As contas do banco francês BNP Paribas relativas ao quarto trimestre de 2008 devem ser fechadas com sua primeira perda em dez anos, de 1,4 bilhão de euros (US$ 1,81 bilhão). O balanço deve ser concluído oficialmente no dia 18/02, quando seu conselho de administração se reúne para fechar o balanço definitivo do ano passado. O banco, que ainda prevê fechar 2008 com lucro líquido, de 3 bilhões de euros (US$ 3,8 bilhões), anunciou que reforçará seu capital com a emissão de ações preferenciais no valor de 5,1 bilhões de euros (US$ 6,6 bilhões).
Em 2007, O BNP Paribas obteve um lucro de 7,8 bilhões de euros (US$ 10 bilhões). A área do banco dedicada aos investimentos financeiros, perderá cerca de 2 bilhões de euros (US$ 2,5 bilhões) no último trimestre de 2008, em consequência dos "movimentos excepcionalmente violentos nos mercados de capitais".
Na semana passada, outro banco francês já havia anunciado resultados trimestrais. O Société Générale informou que terá um lucro "equilibrado" no período. Para o ano, a previsão é de um lucro de aproximadamente, 2 bilhões de euros (US$ 2,58 bilhões), devido à sua atividade bancária direta e à diversificação de suas atividades. O governo propôs um novo pacote de 10,5 bilhões de euros (US$ 13,6 bilhões) aos bancos franceses para aumentar sua liquidez e favorecer o crédito.



Serasa: 86% dos bancos veem alta da inadimplência
A maioria das empresas brasileiras espera aumento da inadimplência do consumidor para o primeiro trimestre desse ano. Entre janeiro e março, 72% das companhias acreditam que o calote vai aumentar, revela a pesquisa Serasa Experian Expectativa Empresarial. O resultado é o pior para o período na série histórica da pesquisa iniciada em 2006. A inadimplência deve subir por causa do crescimento do desemprego, da menor oferta de crédito e da expectativa de queda na renda, também apontados pela pesquisa para esse trimestre.
A enquete de abrangência nacional, que consultou 1.024 empresas do comércio, indústria e serviços, além de instituições financeiras, constatou que os bancos, a principal fonte de recursos para os financiamentos, são os mais pessimistas quanto ao aumento do calote. Para 86% das instituições financeiras a inadimplência vai crescer nesse trimestre, enquanto a indústria, o comércio e os serviços apresentaram índices de 73%, 70% e 71%, respectivamente, para esse prognóstico.
“As instituições financeiras, que têm mais informações sobre o cenário econômico, são as mais pessimistas não só em relação à inadimplência, mas também quanto ao desemprego”, observa o economista responsável pela pesquisa, Carlos Henrique de Almeida. Para 83% dos bancos, o desemprego vai aumentar nesse trimestre, ante 81% das indústrias, 79% das empresas prestadoras de serviços e 75% das companhias do comércio.
Na média, 77% das empresas esperam aumento da desocupação entre janeiro e março desse ano. No mesmo período de 2008, apenas 24% acreditavam nessa possibilidade e 76% consideravam a manutenção ou queda no desemprego para o período, como a hipótese mais provável. “Com a crise, houve uma inversão do cenário”, diz o economista.

Lucro da American Express cai 79% no 4º trimestre
A American Express anunciou queda de 79% no lucro líquido do quarto trimestre de 2008, para US$ 172 milhões, de US$ 831 milhões no mesmo período do ano anterior. A receita do trimestre, excluindo gastos com juros, diminuiu 11%, para US$ 6,51 bilhões. A empresa atribuiu os resultados ao aumento das despesas com reestruturação, às baixas contábeis e à inadimplência no período. A companhia de cartões de crédito afirmou que o lucro com operações continuadas no trimestre caiu para US$ 238 milhões, de US$ 858 milhões em 2007.
"Nossos resultados do quarto trimestre refletiram um ambiente operacional que foi um dos mais cruéis das últimas décadas", afirmou o executivo-chefe da empresa, Kenneth I. Chenault, em comunicado. O executivo observou que os gastos com cartão de crédito caíram 10% no ano, em comparação com o ano anterior, ou 5% se excluído o impacto das taxas de câmbio estrangeiras. Chenault acrescentou que a empresa permanece cautelosa em relação às perspectivas econômicas para 2009, com expectativa de que os gastos dos portadores de cartões "continuem baixos e os empréstimos vencidos e baixas contábeis, aumentem em relação aos atuais níveis".
Os resultados do quarto trimestre incluem US$ 273 milhões em despesas relacionadas a cortes de vagas e reestruturação e US$ 66 milhões em encargos com a ampliação de uma parceria com a Delta Air Lines. O retorno sobre patrimônio, uma importante medida de lucratividade para instituições financeiras, recuou para 21,7%, de 37,3% no quarto trimestre de 2007. A inadimplência de 90 dias ou mais, subiu para 3,1% da carteira de empréstimos administrada pela American Express nos EUA, em comparação com 1,8% no mesmo período de 2008. A proporção de baixas contábeis na carteira da empresa subiu para 6,7%, ante 5,9% no terceiro trimestre de 2008 e 3,4% no quarto trimestre de 2007. (Agência Dow Jones, São Francisco/EUA)

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AGRONEGÓCIOS


São Paulo vai sediar o Sugar and Ethanol Brazil 2009
O Sugar and Ethanol Brazil 2009, que vai discutir as perspectivas para os mercados globais de açúcar e etanol em um cenário de incertezas, será realizado em São Paulo, de 23 a 26/3. Segundo os organizadores, F.O.Licht e IBC, cerca de 400 representantes de 25 países devem participar do evento, mesmo número do encontro realizado no ano passado. A palestra de abertura será proferida pelo diretor-geral da F.O Licht, Christoph Berg, e do analista sênior de commodities, Stefan Uhlenbrock. Eles vão apresentar análises e perspectivas da consultoria alemã para os mercados mundiais de açúcar e álcool. Entre os palestrantes estarão especialistas como José Goldemberg, da USP, e Marcos Jank, presidente da Unica - União da Indústria de Cana-de-açúcar.

Fontes de energia apostam no bagaço de cana
O bagaço da cana-de-açúcar e a força dos ventos são fontes de energia alternativa que poderão ser usadas nos próximos dez anos. A informação é do PDE - Plano Decenal de Expansão Energética - 2008-2017, da EPE - Empresa de Pesquisa Energética -, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Nessa proposta, o plano prevê o desenvolvimento e a contratação de novas formas de energia para o País e a construção de 82 usinas termelétricas e 71 hidrelétricas. O documento está disponível para consulta pública no site www.epe.gov.br, até o dia 30 desse mês. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, em entrevista à Rádio Nacional, o Brasil tem grande potencial de energia, mas usa apenas um terço da capacidade. Para melhor aproveitamento seria necessário explorar formas alternativas. Ele destaca a bioeletricidade e a energia eólica (produzida por ventos) como áreas promissoras.
A bioeletricidade é a produção de energia a partir da biomassa, sobretudo do bagaço da cana-de-açúcar. Tolmasquim destaca que essa fonte vai ter papel crescente com a extração do etanol. O presidente da EPE alerta, entretanto, que a colheita da cana dura sete meses, por isso é uma fonte de energia complementar. Sobre a exploração eólica, Tolmasquim afirma que o Brasil também tem grande potencial e que o governo quer investir nessa área. “Estamos nos organizando para contratar energia eólica, a partir desse ano”, afirma. O empecilho, segundo ele, é o custo. Os ventos não sopram o tempo todo. No Brasil, os bons sítios ventam cerca de 40% do tempo. A empresa investe em um equipamento que gera energia em apenas parte do tempo, daí a energia acaba saindo cara.
Produção
Apesar de muitas usinas de açúcar e álcool conseguirem rolar as dívidas, com acesso a crédito de curto prazo dos bancos, o cenário é de apreensão em relação à crise mundial, e o setor adia investimentos. Mesmo com perspectiva de preços melhores do açúcar no mercado internacional na safra 2009/2010, o setor continua com o freio puxado quando o assunto é expansão. De uma expectativa inicial de entrada em operação de 43 usinas na safra 2009/2010, apenas 22 deverão efetivamente acionar as caldeiras, de acordo com estimativa de Plínio Nastari, presidente da consultoria Datagro. Segundo Antonio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da Única - União da Indústria de Cana-de-Açúcar -, o dinheiro negociado entre usinas e bancos está sendo usado como capital de giro, para tapar os buracos existentes, resultado não apenas da crise de crédito mundial, mas de dois anos de preços baixos. “Novos investimentos, apenas com a entrada de dinheiro novo, e isso está raro no momento”, diz.

Cenário dificulta previsões para suinocultura, afirma presidente da ABCS
O presidente da ABCS - Associação Brasileira dos Criadores de Suínos -, Rubens Valentini, disse na quinta, dia 22/01, que o cenário atual dificulta grandes previsões para a suinocultura brasileira. Ele reforçou, no entanto, que o mercado interno segue como uma grande oportunidade de investimento para o setor. Conforme Valentini, o quadro ruim no mercado internacional trouxe dificuldades às empresas especializadas em exportar carne suína, o que gerou sobra de produtos que foram colocados no mercado interno. “Isso acaba refletindo na forte queda de preço pago ao suinocultor brasileiro em todos os Estados, especialmente na região Sul, ainda que os preços para o consumidor final não tenham apresentado recuo”, analisa.
O dirigente explica que o quadro de dificuldades enfrentadas na exportação por empresas como Sadia, Aurora e outras, fez com que elas adotassem a estratégia de reduzir o valor pago aos produtores pelo quilo do suíno, na tentativa de diminuir as perdas financeiras. “Penso que existe uma falta de transparência no setor, haja vista que muito se fala na necessidade de exportar carne suína, enquanto a realidade mostra que os embarques não apresentaram crescimento desde 2005. E apesar de muito se falar nas oportunidades oferecidas no mercado interno, o setor parece negar sua importância, permanecendo centrado no objetivo de exportar”, afirma.
Evento discutirá atenção ao mercado doméstico - A ABCS e a Associação Paranaense de Suinocultores vão promover nesse ano, de 1º a 03/7, em Foz do Iguaçu/PR, o 12º Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura. “O grande objetivo do evento é sensibilizar o setor de que o mercado doméstico, assim como o externo, também pode ser conquistado. Iremos mostrar as ações para isso, trazendo palestrantes de fora do país e também, brasileiros que tiveram sucesso investindo no mercado interno”, finaliza Valentini.

Queda na safra de algodão em Mato Grosso pode chegar a 10%
A redução na quantidade de empregos gerados na agricultura mato-grossense pode chegar a 10% esse ano. A previsão negativa inicial é motivada pela crise financeira internacional, que já refletiu em uma queda de 1,1% na área destinada ao cultivo de soja e de 28,4%, na área direcionada ao plantio de algodão na safra 2008/2009 no Estado. Ainda não é possível saber em números quantas pessoas já perderam e que ainda perderão o emprego nas lavouras. O que há de concreto, por enquanto, é que não haverá geração de postos de trabalho na mesma proporção do ano passado. A área cultivada de soja, por exemplo, baixou de 5,609 milhões de hectares na safra 07/08 para 5,547 milhões (ha) na atual, ou seja, 62 mil hectares a menos e que demandaria contratação de mão-de-obra. Na cotonicultura a situação é mais grave, a redução na área chegou a 151 mil hectares, caindo de 531 mil (ha) no ano passado, para 380 mil (ha) esse ano. Para as culturas, os representantes das entidades, também dizem ser impossível quantificar as demissões, afirmando apenas que elas estão ocorrendo. No ano passado, o saldo de empregos em Mato Grosso no setor agropecuário, fechou positivo em 3,609 mil empregos, diferença entre as 77,821 mil contratações e as 74,212 mil demissões ao longo dos 12 meses. No balanço de 2007, o saldo foi positivo em 2,699 mil postos de trabalho com carteira assinada, uma recuperação em relação às 2,692 mil vagas que foram fechadas em 2006. Mas, mesmo com os dados positivos nos 12 meses do ano, em dezembro, as demissões superaram as contratações no setor agropecuário, que demitiu 8,281 mil pessoas no período, ante uma admissão de 2,330 mil, gerando um saldo de 5,951 mil empregos a menos em Mato Grosso. O consultor técnico da Famato - Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso -, Luciano Gonçalves, afirma que a previsão de fechamento de postos de trabalho é decorrente da crise de crédito. Ele explica que com a redução de investimentos por parte dos produtores, consequentemente há menos oferta de trabalho nas lavouras, e para não comprometer tanto a rentabilidade, os empresários do campo começam a enxugar os custos e manter empregados com a produção menor, é uma despesa a mais. Gonçalves acrescenta que os dados negativos de novembro e dezembro na geração de empregos em Mato Grosso, não são amenizados com o fechamento positivo do ano todo e mais, não se projetam boas perspectivas para esse ano. O diretor-executivo da Ampa - Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão -, Décio Tocantins, diz que não é possível estimar quantas pessoas possam ter ficado desempregadas do ano passado para cá, mas que seguramente, as demissões ocorreram e vão provocar um efeito cascata nos demais setores da economia, como no comércio e na prestação de serviços. Já o presidente da Aprosoja - Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso -, Glauber Silveira da Silva, afirma que no caso da soja, para cada trabalhador empregado, outros cerca de sete empregos indiretos são gerados nas cidades nos mais diversos segmentos, já que toda a economia fica aquecida quando o setor produtivo vai bem. Ao contrário, quando está com dificuldades, todos os setores sentem o reflexo. A redução no emprego só não deve ser tão intensa na pecuária. O consultor da Famato diz que a pecuária é mais resistente e vem de um 2008 considerado bom, já que houve valorização no preço da arroba do boi e a recuperação de mercados internacionais importantes como a União Europeia e Rússia.

Mercado definirá divisão de R$ 5 billlhões para comercialização da safra
O comportamento do mercado de commodities agrícolas em 2009 irá balizar a divisão dos R$ 5 bilhões destinados pelo Governo Federal, para a comercialização da safra 2008/2009, de acordo com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para quem é impossível fixar um valor para cada produto agrícola, em virtude das constantes mudanças no cenário das commodities. Estava prevista uma quantidade para a comercialização da soja, mas se o preço do mercado seguir nesse nível, não vai ser necessário. O milho reagiu nos últimos 30 dias, por isso não dá para fixar muito esses números com a possibilidade de mudanças grandes, disse Stephanes. De acordo com o Ministério da Agricultura, é provável, no entanto, que milho e algodão recebam mais recursos para comercialização na safra 2008/2009. Além disso, de acordo com Stephanes, a liberação do financiamento e os detalhes técnicos das operações de comercialização, ainda são avaliados entre o seu ministério, o da Fazenda e o do Planejamento. Stephanes afirmou que, em uma avaliação geral, o nível de emprego na agropecuária deve manter-se em 2009. No geral, o quadro não nos indica um desemprego maior, a não ser em questões pontuais, disse o ministro. Dados do Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - do Ministério do Trabalho apontam que, em 2008, foram criados 18.232 empregos na agropecuária brasileira, alta de 1,22% sobre 2007. Em dezembro, no entanto, 134.487 vagas formais no setor foram fechadas. Stephanes disse que o setor que efetivamente desempregou foi o da cana-de-açúcar, responsável por 60% dos cortes no mês passado. Grande parte disso é por causa do fim da safra e também, porque o setor, efetivamente, está apertado e enfrenta uma crise. E, quando há o aperto, diminuem os custos e acabam também demitindo, afirmou o ministro. Além da cana, as áreas pontuais que deverão ter problemas de desemprego na agricultura serão na queda da produção do algodão, embora parte da área seja substituída por outros produtos, e no cultivo do café, que passa por dificuldade. Mas o Governo estuda como intervir, disse.

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SETOR AUTOMOTIVO


Toyota produzirá menos de três milhões de veículos no Japão em 2009
A produção da Toyota Motor, maior fabricante mundial de automóveis, cairá esse ano para menos de três milhões de veículos no Japão, cerca do limite necessário para manter o emprego de 70 mil trabalhadores em tempo integral. Segundo o jornal "Yomiuri", essa quantidade é um milhão de veículos menos que o ano passado e seria a primeira vez desde 1979, quando o total de veículos produzidos no Japão por Toyota, foi de 2,99 milhões de unidades.
Segundo fontes do fabricante japonês citadas pelo jornal japonês, a produção da Toyota no mundo todo será esse ano, de cerca de 6,5 milhões de unidades, seu nível mais baixo desde 2003, quando atingiu 6,07 milhões. Entre os anos de 2006 e 2008 a produção da Toyota no Japão, ficou em torno dos quatro milhões de veículos. A recessão mundial fez com que a empresa cortasse a produção e previsse para o ano passado sua primeira queda em sete anos.
A queda na produção se soma ao
possível corte de empregos revelado, na semana passada, por um jornal japonês. Mais de mil trabalhadores devem ser demitidos na América do Norte e no Reino Unido devido à crise. Cerca de 300 mil pessoas no mundo todo e mais de 40% delas, estão empregadas fora do Japão. Caso essa grande demissão seja concretizada, seria uma medida sem precedentes para a maior fabricante do setor no mundo, que sempre tentou proteger seus trabalhadores independentemente das adversidades econômicas. No ano passado, a Toyota superou a General Motors e assumiu a liderança mundial em vendas. As vendas da GM caíram 10,8%, ficando em 8,35 milhões de unidades, contra 9,37 milhões em 2007. A Toyota, por sua vez, viu uma queda de 4% em suas vendas em 2008, em relação ao ano anterior, com 8,97 milhões de unidades. (Agência Efe, de Tóquio)

GM vai cortar nos EUA 2.000 funcionários e reduzir produção
A fabricante americana de veículos General Motors anunciou na segunda-feira, que vai cortar 2.000 postos de trabalho nas fábricas nos Estados de Michigan e Ohio, além de reduzir a produção em outras nove montadoras nos próximos seis meses, devido à queda nas vendas. O porta-voz da GM, Chris Lee, disse que a empresa vai eliminar o segundo turno de produção na montadora em Michigan no dia 30/2, o segundo turno de produção da unidade de Ohio no dia 06/4. Em Michigan serão demitidos 1.200 trabalhadores e os outros 800, no estado de Ohio. O porta-voz disse ainda, que os cortes fazem parte dos esforços da empresa de "alinhar sua produção com a demanda do mercado".
Na semana passada, a GM teve queda de 10,8% em 2008,
perdendo pela primeira vez na história a liderança em vendas no mercado automobilístico mundial para a rival japonesa, Toyota Motor. A GM vendeu, no ano passado, 8,35 milhões de unidades, contra 9,37 milhões em 2007. A Toyota, por sua vez, viu uma queda de 4% em suas vendas em 2008, em relação ao ano anterior, com 8,97 milhões de unidades. "O declínio refletiu, em grande medida, a queda de 379 mil unidades nas vendas na América do Norte, enquanto o mercado encolhe devido à queda na confiança do consumidor e às exigências maiores para concessão de crédito nos EUA", informou a GM em um comunicado.
O anúncio de ontem, também chega cerca de um mês depois de a empresa ter anunciado o fechamento temporário, na América do Norte, de 20 unidades de produção. A montadora de Ohio produz peças para os modelos Chevrolet Cobalt e Pontiac G5, dois dos modelos com maior eficiência no consumo de combustível produzidos pela empresa no país. No ano passado, a GM passou a adotar três turnos de produção devido a alta no preço da gasolina - o galão (3,785 litros) chegou a US$ 4,114 em julho - com o aumento na demanda por carros com consumo menor de combustível. No mês passado, no entanto, o terceiro turno foi interrompido, com a demissão de 890 funcionários.
No mês passado, o governo americano anunciou ajuda para o setor automobilístico com
até US$ 17,4 bilhões, tirados do pacote de US$ 700 bilhões aprovado em outubro e destinado inicialmente, a resgatar empresas do setor bancário com problemas ligados a papéis "podres" (com alto risco de calote). De início a GM e a Chrysler terão acesso a US$ 13,4 bilhões, com outros US$ 4 bilhões que podem ser oferecidos em março. O acordo exige como contrapartida das empresas a apresentação de dados que mostrem que estão em condição financeiramente viável até o fim de março de 2009. A consultoria J.D. Power and Associates anunciou recentemente, uma projeção para as vendas nos EUA nesse ano, e as perspectivas são negativas: as vendas no país devem cair 13%, chegando ao nível mais baixo em 27 anos.

Volks Caminhões dá novas férias coletivas a 3,5 mil
A Volkswagen Caminhões vai conceder novas férias coletivas a 3,5 mil funcionários, informou ontem a empresa. Eles já haviam parado temporariamente a produção do dia 17/12 até 12/01. Dessa vez, o período de paralisação vai do dia 23/02 a 05/3. De acordo com a montadora, sediada em Resende, na Região Sul do Estado do Rio, a medida foi tomada mais uma vez, para ajustar a capacidade produtiva à queda de demanda, gerada pela crise financeira mundial. A montadora informou que também vai conceder folgas, com compensação posterior, de 20/02 a 06/3 para funcionários ligados diretamente à produção. O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Bartolomeu Citelli da Silva, conta que a Volkswagen Caminhões, também negocia a suspensão do contrato de trabalho de cerca de 500 funcionários. Segundo o sindicalista, são empregados que estão com o contrato com vencimento no dia 04/02. A Volkswagen Caminhões informou que essa medida está em negociação com o sindicato. Portanto, não poderia estimar números.

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MERCADO DE TI


Governo quer padronizar uso de software livre
Ainda no primeiro trimestre desse ano, terá início a padronização do uso de softwares desenvolvidos para o governo federal. O presidente do Serpro - Serviço Federal de Processamento de Dados -, Marcos Mazoni, informou que assim que o processo de certificação das soluções for concluído, o Serpro e o Ministério do Planejamento lançarão edital para adquirir software. Segundo o presidente do Serpro, a padronização abre a possibilidade de novas empresas de desenvolvimento de software, especialmente as de pequeno porte, trabalharem para o governo federal. Formadas por poucos profissionais, essas empresas se ressentem dos custos das ferramentas, que podem ser elevados.
Para o governo federal, a grande vantagem é que a partir das definições tecnológicas, sistemas diferentes poderão ser ligados facilmente. Os técnicos do Serpro estão definindo os padrões de ligação entre as diversas soluções. O presidente do Serpro salientou também, que a decisão facilita a manutenção dos sistemas. A padronização do uso de softwares do governo federal terá por base a plataforma “Demoiselle”, criada pelo Serpro, e que tem apoio da Dataprev - Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social. A padronização está sendo efetuada com padrões de código aberto, e por isso o processo de atendimento das demandas do próprio governo, também poderá ser acelerado. (IDG Now!)

IBM demitiu 2,8 mil silenciosamente
A Microsoft, a Sun e diversos outros fornecedores de tecnologia assustaram o mercado ao anunciar demissões em massa.
Foram mais de 30 mil demitidos, somente em janeiro de 2009. A IBM não fez anúncios públicos, mas estaria cortando funcionários silenciosamente. De acordo com o sindicato Alliance@IBM, uma organização de funcionários da companhia, 2,8 mil funcionários foram mandados embora. As demissões parecem estar ocorrendo principalmente, nas unidades de software e de vendas/distribuição. Doug Shelton, porta-voz da IBM, tentou amenizar a situação dizendo que os cortes são consequência do processo contínuo de avaliação da força de trabalho da companhia. Disse ainda, que a natureza dos serviços da organização demanda que a empresa possua flexibilidade com sua equipe. Os resultados apresentados pela IBM para o quarto trimestre do ano passado ficaram acima das expectativas, com um crescimento de 12% de lucro em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, especialistas apontam que o declínio em algumas áreas pode acarretar em reestruturação e cortes. De acordo com Andrew Bartels, analista da Forrester Research, o mau resultado no negócio de hardware, que teve 20% de queda no quarto trimestre de 2008, pode representar ameaças à força de trabalho. Bartels ainda especulou sobre a estratégia de reposicionamento da IBM e indicou que a empresa pode estar negociando a aquisição da Satyam, que esteve envolvida em escândalos de fraudes.

Projeto de R$ 14 milhões quer promover Brasil como pólo exportador de TI

A Brasscom - Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação - e a Apex - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - para fortalecer a imagem do Brasil como exportador de TI. Nos próximos dois anos, serão investidos 14 milhões de reais para promover o País no exterior, de acordo com reportagem publicada no jornal Valor Econômico, na segunda-feira, (6/01. Metade dos recursos virá da Apex e o restante caberá à Brasscom. O projeto prevê a contratação de uma agência de relações públicas internacional, além de campanhas publicitárias, promoção de seminários e estudos de mercado.

Grupo Defferrari comemora faturamento de R$ 2,5 milhões alcançados em 2008
Com esse resultado a empresa alcançou a meta planejada e aumentou a representatividade no mercado das ferramentas SCH, voltada para gestão hospitalar; SDI que captura imagens de aparelhos analógicos e digitais para armazenamento de laudos, SDI para capturar imagens; PATO, sistema voltado para o mercado de laboratórios de Patologia que organiza desde a entrada do material até o envio do resultado pela Internet; bem como o site Laudo Médico desenvolvido para disponibilizar resultado de exames clínicos pela Internet. O Grupo Defferrari se consolidou como uma empresa especialista em sistemas para gestão hospitalar médica, conquistando clientes como Mãe de Deus Center, Hospital Regina, Unimed, entre outros. Para 2009, o foco também está voltado ao módulo de serviços de datacenter e hospedagem de sites do Grupo, com objetivo de aumentar a carteira de clientes. Além disso, desenvolver um novo módulo de imagens para o pacote SDPI e construir parcerias com empresas para representação dos produtos. Em termos de gestão, a empresa está se adequando às normas do CMMI- nível 2, visando a melhoria na qualidade dos processos de desenvolvimento de softwares a fim de fortalecer a presença das soluções nos estados da Região Sul. Segundo Marco Defferrari, sócio da empresa, “em 2008, apesar da crise mundial, a curva de crescimento da empresa se manteve estável, fazendo com que a Defferrari planejasse alcançar o faturamento de R$ 3,2 milhões em 2009, através da constante expansão de suas soluções”.


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LOGISTICA & infra-estrutura


Gasto do governo em infraestrutura diminui em dezembro
O governo reduziu o nível de investimentos em dezembro e não conseguiu cumprir a meta de aplicar 1% do PIB - Produto Interno Bruto - em infraestrutura em 2008, apesar do discurso oficial de preservação dos gastos no setor para enfrentar a crise econômica. Dados obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo mostram que, após 40 meses de expansões sucessivas no volume de gastos com obras e aquisição de equipamentos, em dezembro os investimentos públicos desaceleraram.
O objetivo da área econômica era chegar ao final de 2008 tendo aplicado cerca de R$ 30 bilhões em investimentos. Em novembro, os técnicos já desconfiavam que essa cifra não seria alcançada, pois o gasto acumulado em 12 meses (e corrigido pela inflação) estava em R$ 27,3 bilhões. O que ninguém esperava, entretanto, é que esse montante cairia em dezembro para R$ 26,5 bilhões (0,9% do PIB).
Esse número deve diferir um pouco do divulgado pelo Tesouro Nacional, porque esse órgão também inclui na conta, gastos com inversões financeiras, como aquisição de imóveis para reforma agrária, que elevam a soma mais para perto do 1% do PIB.
Extra oficialmente, os técnicos atribuem a desaceleração dos investimentos à queda na arrecadação em novembro e dezembro, que levou o governo a adotar uma postura mais cautelosa no desembolso de recursos. Motivo: com R$ 7 bilhões a menos de receita nos cofres em relação ao programado, o governo correria o risco de não cumprir a meta de superávit primário, já que em dezembro deslocou a sobra fiscal dos meses anteriores para o fundo soberano.
Os técnicos observam, entretanto, que a freada nos investimentos não atingiu as obras diretamente executadas pelo governo federal, mas apenas os repasses para Estados e municípios. Os investimentos realizados pelo próprio governo chegaram a ter pequeno crescimento entre novembro e dezembro - o somatório de 12 meses cresceu de R$ 13,8 bilhões para R$ 14 bilhões em valores atualizados.
A passagem do período eleitoral também pode explicar essa queda. Entre dezembro de 2007 e novembro de 2008, os repasses federais para investimentos de Estados, municípios e entidades sem fins lucrativos, tinham crescido de R$ 8,3 bilhões para R$ 13,5 bilhões no valor acumulado em 12 meses. Em dezembro, entretanto, esse gasto caiu em R$ 1 bilhão. Ou seja, com o impacto da crise na receita, o governo preservou seus próprios investimentos, mas começou a reduzir os repasses voluntários para governadores e prefeitos. (Agências Brasil e Estado, de Brasília)


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ENERGIA & Telecomunicações


Telco considera 'infundado' pedido da CVM sobre a TIM
A Telco, principal acionista da Telecom Italia, rejeitou na noite de sexta-feira, a determinação da CVM - Comissão de Valores Mobiliários - de que deve fazer uma OPA - Oferta Pública de Aquisição - para os minoritários da empresa de telefonia brasileira, TIM Participações. Em comunicado, a Telco, uma holding formada pelos bancos italianos Intesa Sanpaolo e Mediobanca, pela seguradora Assicurazioni Generali, pela família Benetton e pela espanhola Telefónica, disse que considera o pedido "infundado".
A Telco disse que vai consultar seus advogados e tomar todas as medidas necessárias, sem dar mais detalhes. A holding possui uma fatia de 24,5% na Telecom Italia, maior companhia de telecomunicações italiana, que por sua vez, detém 81,3% das ações ordinárias da TIM Participações, a terceira maior operadora de telefonia móvel do Brasil. A CVM avalia que o contrato firmado em abril de 2007 para venda da holding Olimpia, que tinha o controle da Telecom Italia, para a Telco alterou o acionista majoritário indireto da TIM Participações, daí a necessidade de realização de uma OPA. Ainda cabe recurso dessa decisão.
Ontem, o Citigroup afirmou que prevê pequeno impacto da determinação da CVM sobre a Telecom Italia e a Telefónica. "Não esperamos a resolução no curto prazo por causa da complexidade jurídica envolvida", disse o banco. O Citi acrescentou que, no pior cenário para a Telco, a oferta custaria US$ 450 milhões e não afetaria sua fatia na Telecom Italia. (Agência Dow Jones, de Roma)

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MERCADO DE LUXO


Sustentabilidade define consumidor
Um consumidor mais consciente, que valoriza peças mais duradouras, a diferenciação pelos trabalhos manuais e a preocupação com o meio ambiente são as principais características que já estão sendo valorizadas e vão ganhar mais força no cenário de moda em 2010. Entender esse novo comprador foi o tema central da sexta edição do seminário Direção de Tendências Primavera/Verão 2010 que a empresa WSGN (empresa inglesa que existe há 10 anos e oferece aos clientes o serviço de antecipar as tendências para a área de moda e design, principalmente), uma das mais importantes do mundo na pesquisa de tendências comportamentais que norteiam criação, varejo e mercado no mundo, em parceria com o Shopping Iguatemi e a empresa La Estampa, realizou essa semana, em São Paulo. "O consumo será mais orientado pela necessidade e nesse cenário o slow fashion (contrário do fast fashion, moda que se renova muito rápido e é geralmente descartável) e o vintage ganham força.



O consumidor irá se interessar pelo que é relevante para ele", disse a diretora Barbara Kennington. Essa escolha mais cuidadosa por peças que durem mais de uma estação irá acompanhar outras questões ligadas à sustentabilidade. "O que se pode esperar é que as coleções tendem a não mudar de maneira drástica entre uma coleção e outra. Ficará até difícil saber o que é moda verão ou moda inverno", completa Barbara. O assunto irá interessar ainda mais as empresas também pelo fator econômico, já que por meio da tecnologia, os processos de criação das peças serão reduzidos, diminuindo custos. Um exemplo atual é a linha SLVR da Adidas, cujos produtos são feitos de matérias orgânicas e com menos desperdício de materiais. Um dos tênis, por exemplo, é feito em apenas sete etapas, quando normalmente, um sneaker (outro estilo de tênis) é construído com 21 partes. Os hits da próxima estaçãoJá pensando no próximo verão, o seminário apontou os principais temas que devem ganhar as passarelas e as ruas. Três deles terão destaque. Primeiro são as coleções inspiradas nas roupas de ginástica dos anos 1980, com leggings, shorts, vestidos utilitários e tops, bem ao estilo Flashdance, filme que completa 25 anos em 2009. A novidade aqui é indicada para marcas de moda mais jovem.



O futuro aparece como o segundo tema importante e define formas mais retas e cores mais neutras. O terceiro caminho apontado pela pesquisa traz cores contrastantes, estampas de inspiração étnica e formas mais amplas e orgânicas, como a calça de harém, inspirada na modelagem oriental. Esse tema traz referências de povos, tribos e culturas de todo o mundo. O WGSN apresentou alguns caminhos que deverão inspirar os criadores a fazer suas coleções para o próximo ano. A maneira autoral de se vestir mesclando peças e criando visuais inusitados e excêntricos, deve ser reforçada na temporada. A mensagem é para não ter medo de criar um look único, radical e bem-humorado.



A natureza também continua sendo grande fonte de inspiração, mas aqui as matérias-primas são usadas de maneira consciente e as estampas inspiradas na natureza e de formas orgânicas, ganham força. O visual pede materiais transparentes, tecidos inteligentes que esquentam e esfriam e looks com várias roupas sobrepostas, indicando que você deve estar pronto para enfrentar mudanças de temperatura, entrando e saindo de ambientes fechados, por exemplo. O terceiro caminho será baseado na reflexão do futuro e, nesse tema, vale repensar modelos ícones do passado, ou seja, peças com referências de outras épocas, mas com cara de novidade. Após palestra sobre Direção de Tendências, a diretora do WGSN, Barbara Kennington, falou sobre o cenário da moda atual.



O Brasil já é considerado um lançador de tendências?



Barbara Kennington - Apesar do mercado sofisticado, com excelentes designers e varejo desenvolvido, ainda não podemos dizer isso. Mas hoje não olhamos mais para um lugar apenas, buscamos referências no mundo todo. Que países hoje têm potencial para se tornar referência mundial da moda, como foi Paris, no século 19 e 20?Barbara Kennington - Diria China e Índia, devido à capacidade de produção, renovação e lançamento de novos produtos. As empresas de produtos de luxo, sempre consideradas imunes às crises, estão enfrentando problemas econômicos.



O que aconteceu?



Barbara Kennington - Essas marcas terão de repensar suas estratégias. O que acontece hoje é que o luxo não se restringe mais a produtos, está ligado também, a outras características, como a qualidade dos serviços. (Especial Terra)

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