I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 135 | Ano I

Fundo Monetário Internacional critica demora na aplicação dos acordos firmados na Cúpula do G20
O diretor-executivo do FMI - Fundo Monetário Internacional -, Dominique Strauss-Kahn, afirmou que está frustrado com a forma como estão sendo aplicados na prática, os acordos para enfrentar a crise que saíram da Cúpula do G20 (grupo que reúne os países mais ricos e os principais emergentes) realizada em Washington, em novembro. Em artigo publicado ontem, pelo diário econômico francês "Les Echos" sobre a cúpula do G20, em 15/11, Strauss-Kahn afirma que "um único problema, mas de peso, é que a colocação em prática desde a realização do encontro, pelo menos deixa a desejar". "E é, portanto, aí onde se joga tanto a saída da crise como o futuro da gestão mundial", acrescenta o dirigente do FMI, que nas últimas semanas não deixou de advertir sobre a insuficiência dos planos de reativação econômica que apresentaram os governos nacionais. Strauss-Kahn prevê que em Washington todos os participantes tinham "consciência da gravidade da situação", e foram favoráveis a "um relançamento orçamentário poderoso e a uma profunda reforma da regulação financeira". Nesse sentido, se felicita que o texto do compromisso final elaborado nessa cúpula, tenha "mais decisões que todos os comunicados emitidos desde o início da crise", embora a continuação mostre seu desalento, pois não se concretizaram em fatos. (Agência Efe, de Paris)

Economistas prevêem juros de 12% no final de 2009, avalia pesquisa realiza pelo Banco Central
Os economistas ouvidos pelo Banco Central na pesquisa semanal Focus prevêem a queda dos juros em 2009 dos atuais 13,75% para 12% ao ano. A expectativa para a primeira reunião do Copom - Comitê de Política Monetária do BC -, no final de janeiro, é de um corte de 0,25 ponto, para 13,50% ao ano. A previsão de queda maior nos juros foi acompanhada por uma melhora em relação às expectativas de inflação e de crescimento da economia no próximo ano. A pesquisa do BC mostra que subiu a previsão de crescimento do PIB - Produto Interno Bruto -, soma das riquezas produzidas, para 2009, de 2,40% para 2,44%. Para esse ano, a previsão está em 5,60%. Ainda segundo a pesquisa, a previsão para o dólar no fim desse ano, ficou em R$ 2,35. Para o final de 2009, subiu de R$ 2,20 para R$ 2,25.
Inflação - Em relação às previsões de inflação, a expectativa para o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo - em 2008, que serve como meta para o BC, ficou em 6,03%. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta). Para 2009, a taxa prevista recuou de 5,02% para 5%. A estimativa para a inflação para os próximos 12 meses caiu de 5,04% para 5,01%. Em relação a outros índices de inflação, a expectativa do mercado para o IGP-DI - Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna - em 2008 ficou em 9,58%; o IGP-M - Índice Geral de Preços – Mercado - recuou de 9,99% para 9,95%. O IPC - Índice de Preços ao Consumidor - da Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômica - está em 6,43%. Para 2009, a previsão para o IGP-DI ficou em 5,50%. A do IGP-M, em 5,50%, também. A do IPC-Fipe passou de 4,73% para 4,77%.
Outros indicadores - A estimativa para o saldo da balança comercial em 2008 ficou US$ 24 bilhões. Para 2009, subiu de US$ 14,5 bilhões para US$ 15 bilhões. A expectativa para o déficit em conta corrente, nesse ano, ficou em US$ 29 bilhões. Para 2009, caiu de US$ 29 bilhões para US$ 25 bilhões. Caíram as expectativas de investimentos estrangeiros diretos de US$ 36,9 bilhões para US$ 36,45 bilhões (2008) e de US$ 22 bilhões para US$ 21,5 bilhões (2009). A previsão para a relação dívida/PIB ficou em 37% (2008) e passou de 37% para 37,10% (2009).

Em dois anos, PAC alcança 15% da meta
O PAC - Programa de Aceleração do Crescimento -, lançado em julho de 2007, encerra seu segundo ano atingindo 15% da meta global de investimentos públicos e privados, previstos até 2010. Trata-se da primeira vez que o governo apresenta números consolidados de todos os protagonistas do PAC. Dados do comitê de monitoramento do Gabinete Civil da Presidência da República mostram que nos dois primeiros anos do programa, os investimentos privados e públicos (o que inclui desembolsos da União e das estatais) foram de R$ 98,2 bilhões. De acordo com o comitê de monitoramento, os gastos com parte das 2.198 ações que integram o PAC, foram completados com investimentos de R$ 24 bilhões em projetos de geração e transmissão de energia elétrica e mais R$ 57,3 bilhões, nos setores de petróleo e gás. A estimativa revisada de investimentos em obras de infra-estrutura social e urbana, energética e de logística e transporte (os três eixos que formam o PAC) é de R$ 636,2 bilhões no quadriênio 2007-2010.

Empréstimos do BID à América Latina atingem nível recorde pela crise
O BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento - aprovou esse ano, um valor recorde de US$ 12,2 bilhões em empréstimos para projetos na América Latina, como resposta à crise financeira, informou ontem, a entidade. O BID respondeu à queda do crédito estrangeiro disponível para os países e empresas da região, com um aumento significativo de seus programas. Os US$ 12,2 bilhões aprovados esse ano, representam aproximadamente, 25% a mais que os US$ 9,6 bilhões de 2007. (Agência Efe, de Washington)

Alemanha anuncia novo plano de reativação para janeiro
A Alemanha vai adotar em meados de janeiro, um novo plano de reativação da economia para enfrentar a crise, anunciou nessa segunda-feira, o porta-voz do governo, Thomas Steg. "A decisão será tomada daqui a meados de janeiro", declarou Steg. O ministro das Finanças alemão, Peer Steinbruck, havia anunciado pouco antes, que nenhuma decisão seria adotada antes de 5/01, data de uma reunião dos chefes da coalizão no poder, para discutir novas medidas de reativação econômica. Em entrevista ao jornal "Passauer Neue Presse", Steinbruck disse que o plano terá várias partes. "Conversamos para ver como podemos favorecer o consumo. As ajudas para a indústria automobilística desempenham um papel, a reestruturação dos impostos sobre os automóveis, também", destacou o ministro, sem falar sobre o montante do plano. Semana passada, o ministro das Finanças Regional de Renania-Palatinado (oeste), Ingolf Deubel, afirmou que o plano deve chegar a 25 bilhões de euros, ou seja, 1% do PIB - Produto Interno Bruto - alemão. (Agência France Presse, de Berlim)

Economia da França cresce 0,1% no terceiro trimestre e escapa de recessão
O PIB - Produto Interno Bruto - da França cresceu 0,1% no terceiro trimestre, segundo leitura final do dado divulgada ontem. O crescimento confirma que a segunda maior economia da zona do euro escapou por pouco de entrar em recessão em 2008 - é definida por dois trimestres consecutivos de contração da economia. A leitura final do PIB francês no terceiro trimestre do ano foi a mesma da leitura prévia, feita pela agência nacional de estatísticas INSEE. No segundo trimestre, foi registrada contração de 0,3%. (Agência Reuters, de Paris)

Braskem desiste de atuar em PET e faz provisão de R$125 milhões
A Braskem informou ontem, que vai encerrar definitivamente, sua atuação na resina PET, usada, por exemplo, em garrafas plásticas de refrigerante. A decisão se dá um ano e meio depois da suspensão temporária da produção de polietileno tereftalato (PET), junto à desativação da unidade de dimetiltereftalato (DMT), ambos da cadeia de poliéster. Segundo comunicado da empresa, quando suspendeu a produção, em maio de 2007, a Braskem iniciou estudos para uma eventual retomada, a partir de uma tecnologia que garantisse custos competitivos. Os estudos, entretanto, "demonstraram a inviabilidade da reativação da produção de PET em bases competitivas", acrescentou. A decisão, de acordo com o comunicado, vai implicar em uma provisão contábil, sem efeito caixa de 125 milhões de reais. A desativação da unidade, instalada em Camaçari/BA, não implicará em demissões. O fornecimento da resina, assim como, a assistência técnica e a mesma política comercial estão garantidas até abril de 2009, por meio de um contrato firmado com a M&G Polímeros Brasil, disse a Braskem. (Agência Reuters)

Brazilian Finance aprova pagamento de juros
A Brazilian Finance & Real Estate enviou comunicado à CVM - Comissão de Valores Mobiliários -, comunicando que aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio no valor de R$ 5,2 milhões, equivalente a R$ 0,012 por ação. Os juros estarão sujeitos ao imposto de renda na fonte, conforme legislação vigente e respeitadas as situações individuais de cada acionista. O pagamento dos juros sobre capital será realizado em até 60 dias, contados dessa data, e não serão imputados aos dividendos obrigatórios referentes ao corrente exercício. A instituição também informou a autorização para o aumento de seu capital social em R$ 4,42 milhões que passará de R$ 417,82 milhões para R$ 422,24 milhões. (InvestNews)

Agência de classificação S&P reduz nota da Dow Chemical
A agência de classificação de risco Standard & Poor's reduziu nesta segunda-feira, em dois níveis, a nota do grupo petroquímico americano Dow Chemical, de "A-" para "BBB", após o Kuwait anular um contrato de US$ 17,4 bilhões. A Moody's também reduziu a nota do grupo de Midland (Michigan), de "A3" para "Baa1". "A decisão (do Kuwait) era inesperada, na medida em que o Dow manifestou, recentemente, sua confiança na perspectiva de que a transação seria confirmada, e representa um evento importante do ponto de vista estratégico e financeiro", assinalou o analista da S&P Kyle Loughlin. Além da perda financeira, já que a Dow receberia US$ 7,5 bilhões, a anulação do acordo poderá impedir a empresa de comprar sua compatriota Rohm and Haas, segundo os termos de um contrato anunciado em julho. A Moody's assinalou que a anulação do contrato com o Kuwait "aumenta de maneira substancial a probabilidade de que a solvência do Dow seja afetada". (Agência France Presse, de Washington)

Acionistas da Vale aprovam incorporação de Onça Puma
Os acionistas da Vale aprovaram a proposta de incorporação da mineradora Onça Puma em Assembléia Geral Extraordinária, realizada nessa segunda-feira, informou a companhia em comunicado. "Com a incorporação, a Vale assumirá incondicionalmente todos os bens, direitos e obrigações da Mineração Onça Puma S.A. de ordem legal ou convencional, nos termos da legislação vigente", afirmou nota da empresa. A proposta de incorporação da Onça Puma já havia sido aprovada pelo Conselho de Administração da Vale, em 13/12. Na ocasião, a mineradora justificou a incorporação dizendo que ela simplifica a estrutura societária da empresa, além de melhorar a alocação de recursos e reduzir custos. Ao mesmo tempo, a operação mantém compromissos assumidos pela empresa com o governo do Canadá, "no contexto do Investment Canada Act, quando da aquisição da Inco e que se referem à gestão dos ativos de níquel".

Inpar vende ativos por R$ 100 milhões para reforçar caixa
A incorporadora imobiliária Inpar anunciou ontem, a venda de ativos em São Paulo - o Prime Medical Center, o edifício sede da Cargill e o edifício Itapaiuna - por montante superior a R$ 100 milhões, para reforçar sua posição de caixa. Em comunicado ao mercado, a Inpar informou que a venda dá continuidade à estratégia de se concentrar em oportunidades de incorporação e de se desfazer de ativos, não relacionados ao negócio principal. O edifício Prime Medical Center, cujo fim das obras está previsto para junho do próximo ano, foi vendido para um fundo de pensão local por R$ 57 milhões. A Inpar tem também, direito a um prêmio de R$ 8 milhões que está atrelado à taxa de ocupação do edifício, localizado no Itaim Bibi. No bairro do Morumbi, a Inpar vendeu sua parte no edifício comercial, que funciona como sede da Cargill no Brasil, por R$ 30 milhões, e o Itapaiuna, por R$ 18 milhões. Segundo informações da área financeira da companhia, essas operações somadas à proposta aprovada pelo Conselho de Administração de aumento de capital de R$ 180 milhões, vão fortalecer a posição de caixa da Inpar. A empresa já obteve mais de R$ 200 milhões com as recentes vendas de ativos e parcerias em projetos. Desse total, cerca de R$ 160 milhões entraram no caixa da Inpar, até o momento.


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ESPECIAL - Internacional

Investidor francês que se suicidou deu US$ 50 milhões a Madoff, diz The Wall Street Journal
O aristocrata francês Rene-Thierry de la Villehuchet, que aparentemente cometeu suicídio semana passada em Nova Iorque, confiou US$ 50 milhões ao megainvestidor Bernard Madoff, acusado de orquestrar a maior fraude da história através de um esquema de pirâmide financeira, disse o "The Wall Street Journal". "De la Villehuchet trouxe algumas das pessoas mais ricas da Europa a Bernard Madoff, graças a um potente gancho comercial: ele investiu dinheiro de seu próprio bolso", comentou o jornal.
O francês, de 65 anos, foi encontrado morto em seu escritório de Nova Iorque, no último dia 23, com as veias cortadas e tranqüilizantes por perto. As autoridades acham que ele se suicidou, mas ainda, não foram divulgados os resultados da autópsia praticada. Ele investiu cerca de US$ 1,4 bilhão dos clientes de sua firma Access International Advisors, com sede em Nova Iorque, no esquema de Madoff, detido em 11/12, acusado de montar uma fraude que, segundo ele mesmo, poderia chegar a US$ 50 bilhões.
Entre seus clientes estavam o banco de investimento Rothschild & Cie e Liliane Bettencourt, filha do fundador da L'Oréal e considerada a mulher mais rica do mundo, segundo a "Forbes". "No início do ano, por exemplo, conforme a crise financeira ganhava força e os investidores buscavam refúgios seguros, De la Villehuchet pedia a amigos e parentes que transferissem parte de seus fundos a Madoff, como ele mesmo tinha feito", disse o "Wall Street Journal".
A publicação cita como fonte Bertrand de la Villehuchet, irmão do aristocrata francês e que também, confiou a Madoff 20% de sua fortuna. Ainda segundo ele, o investimento de Rene-Thierry serviu como garantia de confiança para outros investidores. Bertrand não tem dúvida de que seu irmão se matou por não agüentar a sensação de culpa ao ter feito outras pessoas caírem na armadilha montada por Madoff. "Pode parecer antiquado, mas esse é seu sentido de honra", afirmou ele em entrevista ao "Wall Street Journal". (Agência Efe, de Nova Iorque)


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ESPECIAL - Nacional


Governo federal vai lançar pacote para garantir crédito para financiar casa própria
O pacote habitacional que o governo prepara para anunciar em janeiro terá como foco a construção de casas com valor entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. O projeto do governo é oferecer garantias parciais do Tesouro Nacional, aos financiamentos concedidos pelas construtoras a seus clientes, nos primeiros anos após a venda, quando a taxa de inadimplência é mais alta. Com isso, a equipe econômica avalia que reduzirá o risco do investimento e conseguirá atrair os investidores privados. A proposta em discussão, ainda inclui a padronização das casas que serão construídas. O governo considera que pode reduzir custos se as exigências feitas por municípios forem uniformes em todo o país.
Hoje, o código de obras varia de uma cidade para outra, o que exige que as construtoras façam mudanças nos projetos. A idéia é que, para aderir ao programa habitacional que será lançado, os municípios aceitem fazer exatamente o projeto definido pelo governo. Outra forma de reduzir os custos será a oferta de infra-estrutura nos locais onde forem construídas essas residências. A equipe econômica discute a oferta, por União, Estados e municípios, de benfeitorias como energia elétrica, saneamento e água tratada.
A garantia que o Tesouro oferecerá às construtoras deverá cobrir só parte das perdas com inadimplência. A equipe econômica, ainda estuda o percentual, mas a idéia é que parte significativa do risco continue no setor privado, para evitar que as construtoras concedam financiamento a clientes ruins. O governo vai concentrar a ajuda nos primeiros cinco anos do financiamento. Essa é a época de maior risco de desistência dos compradores e também, quando as construtoras estão gastando para levantar o imóvel. Passado esse período, a tendência é que quem comprou já esteja morando no imóvel e não deixe de pagar. Para as construtoras, se houver inadimplência, o imóvel pode ser revendido depois de concluído.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já anunciou que o objetivo do governo é construir 300 mil casas em dois anos. A definição do valor das moradias, que serão construídas, é baseada na avaliação do governo de que a construção para a baixa renda tem financiamento por meio de programas subsidiados pela União e por recursos do FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
A classe média mais alta seria financiada diretamente, pelos bancos privados e com a retirada de recursos das contas vinculadas do FGTS. Portanto, a necessidade de estímulo estaria concentrada na classe média de renda mais baixa, sem fonte de financiamentos, nem oferta de imóveis em quantidade suficiente.
O orçamento para o novo pacote habitacional ainda não foi definido. A opção por oferecer uma garantia parcial leva em conta as restrições de gastos do governo. Se a União fosse construir as casas e depois vendê-las, teria uma despesa muito elevada. Ao conceder garantias, que funcionarão como uma espécie de seguro contra a inadimplência, o governo consegue construir muito mais com o mesmo dinheiro.
As medidas para estimular a construção civil fazem parte de um pacote maior que o governo lançará em janeiro, para tentar atenuar a queda no crescimento da economia. A meta do governo, considerada pouco realista pela maior parte dos analistas, é alcançar um crescimento de 4% em 2009. O próprio Banco Central estima que o PIB não aumente mais que 3,2% no próximo ano.
A construção civil, também deverá ser beneficiada por uma mudança no valor máximo dos imóveis a serem adquiridos com o saque de recursos do FGTS. O limite atual, de R$ 350 mil, deve subir. O governo analisa se esse teto se aplicará somente, às retiradas do fundo ou também para financiamentos por meio do SFH - Sistema Financeiro da Habitação. Segundo estudo da FGV Projetos, ao fim de 2007 o déficit de moradias no país era maior que 7,2 milhões de unidades.



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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)


Bovespa fecha em alta de 0,53%, puxada por Petrobras
Em contagem regressiva para o recesso do final de ano, a Bovespa teve um pregão de movimento bastante reduzido. A valorização do índice foi puxada, principalmente, pelas ações da Petrobras, num dia de
forte recuperação dos preços do petróleo. O câmbio disparou pela manhã e encerrou o dia a R$ 2,41.
- O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais movimentadas, subiu 0,53% no fechamento e atingiu os 37.060 pontos. O giro financeiro foi de R$ 1,95 bilhão, praticamente a metade da média do mês (R$ 4 bilhões/dia) e bastante inferior à média do ano (R$ 5,55 bilhões/dia). A ação preferencial da Petrobras, que sozinha movimentou R$ 324 milhões, teve avanço de 2,36%, enquanto a ordinária subiu 3,99%. A ação da Vale, outro papel de destaque no pregão, sofreu queda de 0,41%.
- Na praça de Nova Iorque (Nymex),
o barril de petróleo foi cotado a US$ 40,02, em uma valorização de 6,12%, refletindo as complicações da nova crise no Oriente Médio.
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O dólar comercial foi comercializado a R$ 2,415 para venda, o que representa um incremento de 1,89% sobre a cotação de sexta-feira. A taxa de risco-país marca 433 pontos, número 0,91% abaixo da pontuação anterior.

Análise - Em um dia de agenda econômica bastante esvaziada, os destaques foram principalmente, os indicadores domésticos: a FGV - Fundação Getúlio Vargas - informou que
a inflação desse ano, atingiu 9,81%, a maior taxa desde 2004 (12,41%), pela medição do IGP-M -Índice Geral de Preços Mercado -, índice de preços usado para reajustar o aluguel. E o Boletim Focus, preparado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas de bancos e corretoras, projeta uma taxa de juros de 12% no final de 2009. Atualmente, a taxa Selic é de 13,75%.


Bolsas de NY fecham em baixa com ataques na faixa de Gaza
As Bolsas americanas passaram praticamente, todo o dia em terreno negativo nessa segunda-feira, e fecharam com perdas moderadas, em meio ao aumento da tensão entre israelenses e palestinos, na Faixa de Gaza.
- O Dow Jones Industrial Average - principal indicador da Nyse - Bolsa de Valores de Nova Iorque -, recuou 0,37%, a 8.493,83 unidades.
- O índice ampliado S&P 500 perdeu 0,39%, a 869,42 pontos.
- Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o índice Nasdaq Composite recuou 1,3%, para 1.510,32 pontos.
- O preço do petróleo voltou ontem, a ficar na casa dos US$ 40 devido ao temor que os ataques de Israel à Faixa de Gaza causem problemas na extração da commodity nos países produtores no Oriente Médio. Na Nymex - New York Mercantile Exchange -, o barril de petróleo leve tipo WTI para entrega em fevereiro, fechou cotado a US$ 40,02, com avanço de 6,12% sobre o fechamento de sexta-feira.

Análise - Outra notícia vinda do Oriente Médio também causa mau humor em Wall Street: no domingo, o governo do Kuwait cancelou uma joint venture (associação entre empresas para formar uma outra companhia) que seria feita pela K-Dow Petrochemicals e pela Dow Chemical no valor de US$ 17,4 bilhões. A justificativa foi de que a crise financeira e o preço baixo do petróleo trazem "muitos riscos" ao projeto. Devido ao cancelamento do negócio, as ações da Dow Chemical tiveram baixa de 18,61%. Foi o papel mais negociado do dia. Já temerosos em mexer em suas posições nos últimos dias do ano, os investidores ficaram ainda mais retraídos com as duas notícias. A primeira faz o petróleo subir, o que normalmente atrapalha o desempenho do mercado acionário. A segunda é mais um sinal do enfraquecimento da economia americana.


Em sessão esvaziada, Bolsas européias sobem com alta do petróleo
As Bolsas de Valores da Europa encerraram em alta nessa segunda-feira, impulsionadas pela valorização de papéis do setor de energia. Com a maior tensão no Oriente Médio, entre Israel e Hamas, subiu também, a cotação do petróleo. O pregão, porém, foi esvaziado por conta da semana curta, devido às festas de fim de ano.
- Em Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 2,44%, a 4.319 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX avançou 1,63%, para 4.704 pontos.
- Em Paris, o CAC-40 subiu 0,47%, para 3.130 pontos.
- Em Milão, o índice Mibtel encerrou em alta de 0,23%, a 14.898 pontos.
- Em Madri, o Ibex-35 registrou queda de 0,56%, para 9.017 pontos.

As ações de companhias ligadas a petróleo e gás, foram as que mais subiram. Os papéis da BP, do BG Group e da Tullow Oil tiveram alta, que variaram entre 2,7% e 3,2%. Por volta das 15h, o preço do barril de petróleo para entrega em fevereiro, negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova Iorque), estava em cerca de US$ 38, após atingir o pico de US$ 42.

Análise - O conflito entre Israel e Hamas faz com que operadores lembrem-se dos riscos geopolíticos sobre os estoques de petróleo no Oriente Médio. “A geopolítica tinha desaparecido do cenário do petróleo nos últimos meses, mas o petróleo ganhará algum prêmio com os últimos ataques de Israel a Gaza", afirmou Olivier Jakob, consultor da Petromatrix, em uma nota publicada pela agência de notícias Reuters. Nesse ano, o petróleo encerrara com desvalorização de quase 60%, a maior queda para um ano, desde que os preços futuros começaram a ser negociados, há 25 anos.


HOJE – Bolsas asiáticas fecham sem tendência definida nesta terça
A maioria das Bolsas asiáticas fechou com leve alta nesta terça, com as ações de empresas de energia subindo graças ao aumento do preço no petróleo. A expectativa de que a ofensiva de Israel em Gaza seja duradoura fez com que o
preço do barril fosse a mais de US$ 40.

- Terminando o
pior ano de sua história, o índice Nikkei 225, da Bolsa de Tóquio, fechou o dia de apenas 2 horas com uma alta de 112,39 pontos, ou 1,3%, totalizando 8.859,56 pontos.
- O índice Kospi, do mercado sul-coreano, subiu 6,88 pontos (0,62%) e fechou o ano a 1.124,47.
- A Bolsa de Hong Kong fechou com queda de 0,65% no índice Hang Seng, para 14.235,50 pontos.
- Na Austrália, o índice ASX, da Bolsa de Sidney, fechou o dia com alta de 0,91%, a 3654,2.
- Já A Bolsa de Xangai fechou hoje com queda de 0,95%, para 1.832,91 pontos.
- O giro financeiro foi de 38,7 bilhões de iuanes (US$ 5,657 bilhões), ligeiramente acima dos 37,89 bilhões de iuanes registrados ontem (US$ 5,533 bilhões).
Analistas disseram que o volume de trocas foi pequeno, uma vez que os investidores já fecharam as posições no ano e agora aguardam 2009.



Analistas e corretoras mantêm indicações na Bolsa para última semana do ano
Na última semana de negócios do ano da Bolsa de Valores de São Paulo, as corretoras participantes da seção "Dicas", decidiram manter inalteradas as suas recomendações de compra de papéis. A semana passada foi marcada por forte queda no volume de negócios na Bolsa, fato que deve prevalecer até a próxima semana. Apesar de alta de 1,08% na última sexta, a Bolsa paulista encerrou a semana passada com baixa acumulada de 5,79% e aos 36.864 pontos no Ibovespa. O volume financeiro diário movimentado na semana passada, não passou da casa de R$ 2 bilhões - menos da metade dos R$ 5 bilhões do início do mês. "O mercado parece estar em compasso de espera do novo ano e de possíveis mudanças no cenário econômico, com a assunção de Barack Obama à presidência dos EUA [ele assume no dia 20]. Novamente, os volumes devem mostrar-se reduzidos, por conta dos feriados da quarta e quinta-feira; e com isso, não acreditamos em grandes oscilações [na Bolsa]", disse o sócio-diretor da XP Investimentos, Rossano Oltramari. "Após mais uma semana de pouca tendência, a expectativa é a de um mercado mais calmo e de baixo volume nessa semana, em razão dos feriados", avalia a corretora Prosper. Entre as indicações das corretoras, o destaque na semana passada ficou para os papéis PNB da geradora paulista Cesp, que subiram 3,54%. Em meio à crise, o setor elétrico é visto como defensivo, por sofrer impacto limitado de eventuais quedas nas vendas. Os demais papéis indicados pelas corretoras tiveram desempenho negativo.

A Crise mundial já gerou perdas de R$ 871 bilhões na Bolsa brasileira
Entre o final de 2007 e o dia 26/12 desse ano, a Bolsa brasileira perdeu R$ 871 bilhões em valor de mercado, segundo cálculo da consultoria Economática, divulgado nessa segunda-feira. As 323 empresas de capital aberto valiam cerca de R$ 2,097 trilhões, se considerado o preço das ações em circulação em dezembro do ano passado. Com a crise mundial, essa cifra total caiu para R$ 1,225 trilhão. A Petrobras foi responsável por boa parte dessa redução: o valor de mercado da gigante estatal reduziu R$ 209 bilhões entre dezembro de 2007 e o mesmo mês de 2008. A perda representa 41,5% do valor de mercado da Bolsa brasileira ou, na comparação da Economática, corresponderia a duas empresas do porte da Petrobras, considerando seu "preço" no final de 2007. Ou ainda, mais de duas vezes todo o valor de mercado do setor bancário, representado na Bovespa (27 instituições). O setor mais "punido" foi o da construção: o valor de mercado das 29 empresas acompanhadas pela consultoria caiu 72,4% nesse ano. Logo atrás, o segundo setor mais afetado foi o de papel e celulose, em que o valor de mercado das empresas encolheu 68,3%. A maior perda nominal, no entanto, foi registrada para as empresas do setor de petróleo e gás. O valor de mercado reduziu R$ 210 bilhões entre 31 de dezembro de 2007 e 26 de dezembro de 2008.

Valor de mercado das empresas cai 41,5% no ano
O valor de mercado das 323 empresas listadas na Bovespa caiu 41,5% em 2008, para R$ 1,225 trilhão, segundo levantamento da Economática, com dados até o dia 26/12. O recuo no ano, de R$ 871 bilhões, equivale ao dobro do valor de mercado da Petrobras em 31 de dezembro de 2007.
O setor de construção civil foi o que apresentou a maior queda: 72,4%. Ao todo, as 29 companhias de capital aberto chegaram ao dia 26/12 com uma capitalização de R$ 14,7 bilhões. O segundo mais afetado foi o segmento das empresas de papel e celulose, com recuo de 68,3%, para R$ 14,206 bilhões.
É do setor de construção a empresa que teve a maior queda entre as companhias que fazem parte do Ibovespa. A Rossi Residencial apresentava em 26/12 valor de mercado de R$ 690 milhões, cifra 80,6% menor que a apresentada no fechamento de 2007. A segunda maior queda foi registrada pela Aracruz, que no período perdeu 78,9% de seu valor de mercado, para R$ 3,109 bilhões. A empresa com maior queda nominal foi a Petrobras, com R$ 209,327 bilhões, um recuo de 48,7%. Em 26/12, o valor de mercado da estatal era de R$ 220,596 bilhões.
O setor de telecomunicações foi o que apresentou menor recuo em 2008. No ano até o dia 26/12, a capitalização das 12 empresas desse setor era de R$ 85,784 bilhões, um declínio de 14,6%. Energia elétrica aparece em seguida, com uma queda de 22,6%, para R$ 138,330 bilhões. A Economática destacou ainda, que sete empresas do Ibovespa, cesta que conta com 66 papéis, apresentaram valorização no valor de mercado em 2008: Nossa Caixa (+188,2%), Brasil Telecom (+33,2%), Eletrobras (+8,2%), Ultrapar (+33,2%), Natura (+12,8%), Companhia Transmissão Energia Elétrica Paulista (+15,3%) e JBS (+4,6%).


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ÍNDICES ECONÔMICOS

IGP-M recua 0,13% em dezembro e fecha ano com alta de 9,81%, aponta FGV
O IGP-M - Índice Geral de Preços Mercado -, índice de inflação usado para
reajustar o aluguel, registrou variação negativa de 0,13% em dezembro, divulgou nessa segunda-feira, a FGV - Fundação Getúlio Vargas -, em novembro, a taxa havia alcançado 0,38%. No ano, a inflação medida pelo IGP-M ficou em 9,81%, a maior taxa desde 2004 (12,41%). Em 2007, o IGP-M havia subido 7,75%.
O IGP-M, calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência, é dividido ainda em IPA - Índice de Preços por Atacado -, que recuou 0,42%, IPC - Índice de Preços ao Consumidor -, que subiu 0,58%, e INCC - Índice Nacional de Custo da Construção -, que variou positivamente em 0,22%.
Dentro do IPA, que em novembro havia sido de 0,30%, o índice relativo aos Bens Finais variou -0,41% em dezembro. Contribuiu para a desaceleração o subgrupo alimentos processados, cuja taxa de variação baixou de -0,20% para -1,11%.
O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou -1,07%, após taxa de 0,39% no mês passado. No estágio inicial da produção, o índice de Matérias-Primas Brutas variou 0,53% em dezembro, após 0,42% em novembro.
Já o Índice de Preços ao Consumidor apresentou variação de 0,58% em dezembro. No mês anterior, a variação havia sido de 0,52%. Cinco das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação.
A principal contribuição veio do grupo Transportes (0,09% para 0,50%). Também aceleraram os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,42% para 0,71%), Despesas Diversas (-0,07% para 0,22%), Vestuário (0,53% para 0,58%) e Educação, Leitura e Recreação (0,34% para 0,40%). Em contrapartida, o grupo Alimentação (0,97% para 0,82%) registrou decréscimo.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção registrou variação de 0,22%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,65%. Os grupos Materiais e Mão-de-Obra apresentaram redução em suas taxas de variação, passando de 1,07% para 0,31% e de 0,24% para 0,03%, respectivamente. O grupo Serviços foi de 0,66% para 0,75%.


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MERCADO FINANCEIRO

Lehman perdeu US$ 75 bilhões ao precipitar depósito de balanço
O precipitado depósito de balanço do banco de investimentos americano Lehman Brothers, no dia 16/9, provocou um prejuízo ao grupo de US$ 75 bilhões, informa o site do "Wall Street Journal". O jornal, que cita um relatório interno da Alvarez & Marshal, consultoria que assessora a reestruturação do Lehman Brothers, afirma que se o banco, que era o terceiro maior de investimentos de Wall Street, tivesse levado mais tempo para apresentar os números, teria evitado sua desvalorização. As perdas foram provocadas basicamente, pelo fato da Lehman Holdings, que administrava o grupo, ao apresentar o balanço, ter suspendido abruptamente operações nas filiais cujas transações em curso, poderiam ter sido concluídas com êxito e representado dividendos. O "Wall Street Journal" publica um informe detalhado dos dias 13 e 14/9, fim de semana quando, após o fracasso das negociações para sua venda, o Lehman decidiu recorrer à lei de falências, e outro banco de investimentos americano, o Merrill Lynch, passou ao controle do Bank of America. O jornal revela que Richard Fuld, presidente da diretoria do Lehman Brothers e firme defensor da independência do grupo, tentou, em vão, vender o grupo ao britânico Barclays e com mais determinação ainda, ao Bank of America, ignorando as negociações em curso para a aquisição do Merrill Lynch. A quebra do Lehman Brothers precipitou o agravamento da crise financeira global e levou os mercados mundiais a uma crise histórica. (Agência France Presse/AFP, de Washington)

Conta-salário passa a valer a partir de sexta
Após uma saga de dois anos e meio do cumprimento de exceções à regra, a conta-salário passará a valer, de fato, a partir de sexta-feira, para todos os trabalhadores assalariados da iniciativa privada. Com ela, o assalariado ficará finalmente livre para escolher o banco em que deseja receber seu pagamento, sem pagar tarifas ou ter de esperar mais do que um dia pela transferência. Temida pelos bancos por facilitar a liberdade de escolha do cliente, a conta-salário funciona como uma espécie de "porta de saída" do banco com que a empresa empregadora decidiu se relacionar - e efetuar o pagamento do empregado. Assim, a conta-salário não fica no banco escolhido pelo funcionário, mas no conveniente para a empresa empregadora, que em muitos casos "vendeu" a folha de pagamento à instituição financeira.
O tabu
A conta-salário foi criada em setembro de 2006, parte de um pacote para instituir a concorrência bancária. Mas acabou esvaziada por adotar uma série de exceções à regra principal. Por lobby dos bancos, a implantação da "portabilidade" dos salários segue um cronograma longuíssimo, com várias regras de transição, amplamente negociado com o Banco Central. A implantação foi iniciada em setembro de 2006, mas só terminará em 2012, quando os servidores públicos, também terão o benefício. Por esse motivo, Estados e municípios ainda vendem caro suas folhas de pagamento. O próprio INSS pretende leiloar a folha de aposentados e pensionistas do país.
Vista como tabu pelos bancos, a conta-salário abre espaço a uma concorrência indesejada no setor. Por esse motivo, segundo entidades de defesa do consumidor, nenhum banco deve fazer qualquer publicidade sobre o assunto. "Os bancos sabem que o cliente não muda de banco assim tão fácil. Dá muito trabalho. A [instituição da] conta-salário demorou, mas aconteceu. Junto com a padronização das tarifas, que ainda não trouxe como resultado a diminuição das tarifas, a conta-salário vai trazer mais concorrência. Os bancos vão fazer de tudo para não perder o cliente", disse a advogada Maria Inês Dolci, coordenadora do Pro Teste.
Muito cedo, os bancos viram nas folhas de pagamento uma forma de "comprar" novos clientes. Isso porque, no Brasil, mudar de banco é uma aventura onerosa e burocrática - envolve troca de débitos automáticos, perda de bônus em seguros, custos de saída de financiamentos e barreiras em investimentos - que poucos clientes estão dispostos a encarar. Na iniciativa privada, a conta-salário entrou em vigor em abril de 2007, e mesmo assim, apenas para os trabalhadores de empresas que tinham assinado contrato para pagamento de salário após 5 de setembro de 2006. Ou seja, valia para uma minoria.
Como abrir a conta
A conta em que o funcionário recebe não vai virar automaticamente, uma conta-salário. Para ter a facilidade, o trabalhador interessado deverá procurar o banco atual e comunicar sua decisão. O funcionário não precisa efetuar a mudança no setor de Recursos Humanos da empresa, que continua se relacionando com o banco antigo. Entidades de Defesa do Consumidor orientam o cliente a fazer uma comunicação por escrito ao banco, com dados sobre número da instituição, agência e conta, a que deverão ser transferidos os valores.
O banco deverá dar um comprovante de ciência, com o compromisso de transferir os valores a partir de uma determinada data, como o próximo pagamento. Para Maria Inês Dolci, o cliente que tentar abrir uma conta-salário no banco será "assediado", como quando telefona a um call center para interromper um serviço público. "O consumidor tem de ter o propósito de transferir tudo e ter um outro relacionamento, principalmente porque vai pagar taxas no outro banco. Se ele ficar com os dois, não vai ter a conta-salário", disse.
Se o cliente tiver outros produtos desse banco - débito automático, crédito consignado, fundos de investimento, seguros -, poderá ter dificuldade em obter a conta-salário. Isso porque a conta-salário prevê um relacionamento limitado, com a possibilidade apenas, de ter um cartão magnético e efetuar, no máximo, quatro saques mensais - acima disso, o banco pode cobrar tarifa. Nessa conta, o cliente não pode nem receber depósitos. As regras permitem, no entanto, que o cliente tenha debitado parcelas de financiamentos já adquiridos, como o crédito consignado.
Para Jorge Higashino, superintendente de projetos da Febraban (entidade que reúne instituições financeiras), não é verdade que os bancos não queiram dar publicidade à conta-salário, nem que os bancos procurem motivos para descaracterizá-la. "Se for utilizar muito a conta-salário é melhor ter uma conta normal. A conta-salário é um convênio da empresa com o banco. Se sai da empresa, não pode mais movimentar essa conta", disse.


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AGRONEGÓCIOS


Crise não vai afetar expansão do setor sucroenergético
Apesar da crise financeira global, que atingiu fortemente o setor sucroalcooleiro, a produção de cana deve continuar em expansão no país na safra 2009/10. O mix de produção também deve continuar mais alcooleiro, impulsionado pelo aumento do consumo dos carros flexfuel, acredita Alexandre Strapasson, diretor de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura.
A cana deverá aumentar sua participação na matriz energética brasileira. A cana e seus subprodutos são a segunda fonte de energia no país e representam 16% da oferta, atrás do petróleo.
Segundo Strapasson, o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, em conjunto com políticas públicas, vai propiciar um crescimento equilibrado e sustentável do cultivo canavieiro no país. O zoneamento permitirá, também, a definição das melhores áreas de expansão da cultura, preservando as florestas, reservas legais e áreas já ocupadas por outras atividades do agronegócio brasileiro.
A cana ocupa 8,4 milhões de hectares, menos de 1% do território nacional, enquanto a pecuária abrange mais de 170 milhões de hectares. São 417 usinas em operação no Brasil, incluindo a incorporação de 30 novas unidades. As exportações brasileiras de etanol deverão alcançar cerca de 5 bilhões de litros, contra os 3,5 bilhões de 2007.

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SETOR AUTOMOTIVO


Governo americano anuncia ajuda de US$ 5 bilhões a braço financeiro da GM
O governo americano anunciou ontem a noite que disponibilizará US$ 5 bilhões à GMAC - braço financeiro da montadora de veículos GM - General Motors - dos US$ 700 bilhões do pacote do Tesouro dos Estados Unidos destinado a salvar os bancos. A salvação da financeira da GMAC é considerada por analistas um fator primordial para a sobrevivência da GM.
No último dia 24, o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano)
aprovou a transformação da GMAC em banco comercial, o que permitiu que a instituição recebesse a ajuda. Em comunicado, o Fed afirmou que existem condições de emergência que justificam a medida, porque sem esse respaldo a GMAC poderia se ver forçada a uma quebra. O Tesouro americano também emprestará US$ 1 bilhão à General Motors, para uma operação de recapitalização. A ajuda se soma aos US$ 9,4 bilhões já emprestados à GM - parte dos US$ 17,4 bilhões destinados às montadoras.
No início de dezembro, o próprio grupo GMAC havia anunciado um provável fracasso na reestruturação de sua dívida, que era colocada como fundamental para obter o status de banco por parte do Fed. Na ocasião, o grupo afirmou que estava com dificuldades para refinanciar US$ 38 bilhões de sua dívida.
Há duas semanas, o governo do presidente George W. Bush mudou sua posição e indicou que usaria parte dos US$ 700 bilhões para dar empréstimos à GM e à Chrysler. O Fed apelou a suas atribuições de emergência para atuar no caso, ao citar "circunstâncias inusitadas e existentes que afetam os mercados financeiros".
A GM tinha 100% da GMAC até 2006, quando vendeu 51% das ações da entidade a um grupo liderado pela Cerberus, empresa privada de Nova York que também detém o controle da Chrysler. Desde então, a financeira passou a atuar também no mercado imobiliário - setor também bastante afetado pela crise - e perdeu US$ 5 bilhões nos últimos seis meses. A GMAC financia cerca de 75% do estoque das concessionárias da GM.
Em cumprimento às regulamentações sobre quem possui um banco, o dono da maioria das ações da GMAC, Cerberus Capital Management, aceitou distribuir sua porção entre seus investidores, e a dona dos papéis minoritária GM repassará todo o controle. A Ford, que está em melhor situação financeira, não vai precisar da ajuda por enquanto. (Agência Efe)

Megainvestidor vende sua participação de 6,5% na Ford
O megainvestidor armeno-americano Kirk Kerkorian, que tinha se tornado um dos maiores investidores da Ford ao comprar 6,5% do capital da companhia, anunciou ontem, que se desfez de todos os papéis do grupo que permaneciam em seu poder. A Tracinda, empresa de investimentos pertencente a ele, concluiu ontem, a venda do que lhe restava na Ford, ou seja, 6,1% do capital da montadora. Em outubro, quando a crise do setor automotivo já havia explodido, a Tracinda comunicou às autoridades a venda de 7,3 milhões de ações da Ford. Além disso, anunciou que paulatinamente iria desfazer-se de sua participação na empresa, que na época totalizava 134 milhões de títulos. Com as vendas, o empresário, 91, encerra um ciclo em sua longa relação com o setor automotivo. Em 2006, Kerkorian chegou a tentar comprar a General Motors, o maior fabricante americano de automóveis, chegando a possuir 10% da companhia. Em 1998, Kerkorian, também já tinha tentado comprar o Grupo Chrysler, finalmente adquirido pela alemã Daimler-Benz. Nessa segunda-feira, as ações da Ford caíram 3,06% em Nova Iorque, para US$ 2,22. Em abril, os títulos chegaram a ser negociados a US$ 8,79. (Agência Efe, de Nova Iorque)

Honda nega boatos sobre venda para bilionário mexicano
O suposto interesse do bilionário mexicano Carlos Slim, pela equipe da Honda na Fórmula 1, não passa de especulação, segundo dirigentes da escuderia japonesa. Depois de perder o apoio da montadora, que deixou a categoria devido à crise financeira mundial, Ross Brawn e Nick Fry aguardam interessados em adquirir a estrutura do time. Mas, segundo ambos, o empresário mexicano não está na lista de possíveis compradores. "Adoraríamos se fosse verdade, mas isso é pura especulação da mídia. Foi apenas mais um rumor que surgiu e criou vida própria", afirmou Brawn. Um dos mais experientes engenheiros da Fórmula 1, ele ainda não sabe o que fará em 2009 - já disse que vai esperar uma definição sobre o futuro da equipe. A história do interesse de Slim pela Honda surgiu em meios de comunicação mexicanos, após uma suposta visita do proprietário da Telmex à fábrica da equipe japonesa, na Inglaterra. Depois, a possibilidade de compra apareceu no jornal italiano La Stampa, que chegou a cravar a dupla de pilotos da equipe, com Bruno Senna e Jenson Button. Nick Fry, chefe da equipe, é outro que aguarda uma definição para traçar seus planos para 2009. "Acho que teremos uma resposta até o fim de janeiro. Enquanto isso, a preparação para o GP da Austrália, em Melbourne (que é a primeira etapa do Mundial) continua."


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COMÉRCIO EXTERIOR

Promoção do agronegócio e alta dos alimentos leva Brasil a bater recorde nas exportações
O Brasil tem demonstrado nos últimos anos, saber aproveitar as oportunidades para ocupar novos mercados. A afirmação é do secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -, Célio Porto, que acredita que, mesmo com a crise financeira, o País continuará sendo um grande exportador de produtos agropecuários. “Quando os preços caem, como está ocorrendo agora, poucos são tão competitivos quanto o Brasil e, em termos históricos, a agricultura sempre respondeu na forma de estímulo ao câmbio desvalorizado”, explicou. O dirigente vê 2008 como um ano muito positivo para o setor. A alta dos preços dos alimentos, antes da crise econômica mundial, ajudou o País a bater recorde nas exportações. A previsão é de que cheguem a US$ 72 bilhões, com superávit de US$ 60 bilhões. Porto aponta como responsáveis pela alta dos preços, além da especulação, fatores fundamentais, como o aumento da demanda na Ásia, principalmente na China, os efeitos das mudanças climáticas sobre a agricultura, o uso de produtos agrícolas, como milho e oleaginosas, para a produção de biocombustíveis nos EUA e na Europa, respectivamente; e os baixos estoques.
Missões internacionais - Para inserir ainda mais o agronegócio no mercado externo, a SRI realizou, em 2008, 22 missões internacionais com finalidades comerciais e para reuniões com autoridades da área agrícola. “Começamos com Emirados Árabes e Arábia Saudita em fevereiro, e terminamos em dezembro, na China”, lembrou o secretário. Ele destaca a ida ao Japão, EUA, Coréia do Sul e Rússia. No apoio ao recebimento de missões estrangeiras, a SRI contabilizou 23 visitas, entre elas a dos ministros de Agricultura do Japão, Masatoshi Wakabayashi, e da Rússia, Alexey Gordeev.
A agenda de 2008 da secretaria incluiu, ainda, a participação em quatro CCAs - Comitês Consultivos Agrícolas - com Indonésia, EUA, Canadá e Coréia do Sul e em reuniões de 18 comitês ou grupos de trabalho do Codex Alimentarius, com trabalhos positivos em lácteos, carnes, óleos e açúcar.
Camex - O apoio ao ministro Reinhold Stephanes nas reuniões da Camex - Câmara de Comércio Exterior -, também concentrou esforços da secretaria. Em 2008, com a participação direta do Mapa, foram conquistadas a redução do antidumping do glifosato importado da China, de 35,8% para 2,9%, a eliminação do antidumping sobre o nitrato de amônia da Rússia (32,1%) e da Ucrânia (19%), além da redução a 0% da TEC- Tarifa Externa Comum - para fosfato bicálcico e binários.
Capacitação – Com a intenção de disseminar visões estratégicas do agronegócio brasileiro e estimular as cadeias produtivas a aumentar a participação no mercado internacional, foram realizados, esse ano, oito Seminários do AgroEx - Agronegócio para Exportação - e cinco Cursos de Integração do AgroInt - Agronegócio para a Exportação. A iniciativa da SRI abordou temas como os mercados crescentes, o cooperativismo e a importância dos condomínios rurais e dos consórcios contratuais para exportar. Serão apresentados, ainda, os caminhos para exportar e as ferramentas institucionais que reforçam o processo de venda para o mercado externo.
Adidos – Em maio desse ano, as negociações bilaterais ganharam um reforço. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou o Decreto Nº 6.464, que institui a função de adido agrícola para atuar nas missões diplomáticas no exterior. Esse especialista em agricultura será responsável por informações mais qualificadas nas negociações, principalmente em temas sanitários e fitossanitários nas embaixadas do Brasil em Buenos Aires/Argentina, Bruxelas/União Européia, Genebra/Suíça, Moscou/Rússia, Pequim/China, Pretória/África do Sul, Tóquio/Japão e Washington/EUA.
De acordo com o secretário Célio Porto, o processo está em fase de regulamentação do processo seletivo. “A intenção é que possamos designar os adidos até o final do primeiro trimestre de 2009”, completou. (Assessoria de Imprensa do Mapa)


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ENERGIA & Telecomunicações

Injeção de R$ 200 milhões na Telebrás deve ajudar em projetos de inclusão digital
O aporte de R$ 200 milhões feito na semana passada, pelo governo federal na Telebrás, deve ajudar a empresa a se reestruturar para gerir projetos de inclusão digital. A injeção desses novos recursos na empresa já estava prevista desde dezembro de 2007, mas só foi realizada agora. Apesar da privatização do sistema brasileiro de telecomunicações, realizada em 1998, a Telebrás nunca deixou de existir. A empresa tem hoje uma pequena estrutura e continua tendo suas ações negociadas na Bovespa. Para o governo, a medida não é uma re-estatização. O objetivo é dar ao que sobrou da empresa uma função social, e não apenas reabri-la para competir com outras companhias do ramo. "Não estamos falando em re-estatizar. É uma empresa do governo dentro de um setor estratégico", disse o consultor jurídico do Ministério das Comunicações, Marcelo Bechara. Ele afirmou que o governo já havia manifestado desde o ano passado, o desejo de utilizar a estrutura da empresa para poder atuar no setor. "A Telebrás está tendo um papel de resgate", afirmou. "A gente não pode ter uma estrutura que fique aí sem ter uma função." O aporte de R$ 200 milhões foi comunicado à Bovespa na semana passada, e as ações da Telebrás registraram alta de 35,48% (preferenciais) e de 21,62% (ordinárias) no dia. O aumento de capital da companhia feito pelo acionista controlador da empresa, o governo federal, ainda deverá ser aprovado em assembléia de acionistas.

Relatório do Yankee aponta conseqüências da crise para o setor de telecom
A crise financeira vai forçar a adoção de novas tecnologias de conectividade e os fornecedores do setor deverão repensar seu modelo de serviço para sobreviver. Essas são algumas das conclusões de um levantamento do Yankee sobre a recessão e o seu impacto no setor de telecomunicações. "Na crise econômica global, a necessidade vai gerar adaptação. Como o setor de comunicações é conhecido por mudar lentamente, ele terá que redefinir seus gastos e modelos de serviço para," disse Zeus Kerravala, vice-presidente do Yankee Group em comunicado para a imprensa.
De acordo com o instituto, os gastos e hábitos de consumos de empresas e consumidores finais já estão sendo alterados por conta da crise e, essas modificações, vão durar mais do que a instabilidade econômica e estão definindo o futuro. O Yankee dividiu as suas previsões em dois grandes setores. Para os consumidores finais, o instituto acredita que as marcas mais reconhecidas (premium) vão perder espaço, já que consumidores vão apostar em ofertas e deixar a lealdade de lado. Por outro lado, os consumidores vão abandonar os fios da banda larga em busca do wireless.
Para as empresas, o Yankee acredita que o Wireless LAN deixará de ser uma maneira de aumentar a rede para se tornar a maneira principal de instalar uma rede. Isso vai significar queda nas vendas de switchs tradicionais até o final de 2009. O instituto acredita, também, que os cortes de funcionários em massa, vão forçar as empresas a buscar maneiras de gerenciar os milhares de desktops dos demitidos. O ano de 2009 garante o Yankee, será o ano em que as empresas vão colocar a
virtualização de desktop em prática. (Agência IDG Now!)


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MERCADO DE TI


Toshiba adia implantação de fábrica de chips
A Toshiba pode adiar a construção de uma nova fábrica de chips de memória no oeste do Japão, por seis meses, devido ao avanço lento na aquisição de terrenos, anunciou o jornal de negócios Nikkei, citando o presidente Atsutoshi Nishida. A Toshiba anunciou em fevereiro que ela e sua parceira SanDisk, investiriam 18,7 bilhões de dólares na construção de duas fábricas de chips de memória flash NAND no Japão, em um esforço por recuperar o atraso com relação à líder setorial Samsung Electronics. A construção das novas fábricas, uma em Yokkaichi, oeste do Japão, e a outra em Kitakami, no norte do país, deveria começar no segundo trimestre de 2009. Nishida foi citado como tendo afirmado que a fábrica de Yokkaichi seria adiada em seis meses, e a empresa planeja reconsiderar também, seu cronograma para a fábrica de Kitakami, de acordo com as condições do mercado de chips de memória. Toshiba e SanDisk planejam reduzir a produção de chips de memória flash NAND em 30%, a partir de janeiro, devido aos efeitos da crise econômica mundial sobre a demanda pelos chips usados em câmeras digitais, celulares e tocadores de música portáteis. (Agência Reuters, de Tóquio)

Mark Tonnensen é o novo CIO da McAfee
A McAfee tem um novo CIO. Trata-se de Mark Tonnensen, que está assumindo a vice-presidência sênior e chefia executiva de tecnologia da empresa. O executivo será responsável pelo gerenciamento e pela implementação da infra-estrutura de tecnologia da companhia, em todo o mundo. Tonnensen, anteriormente, exercia a mesma função na Logitech. O executivo trabalhou mais de dez anos na Cisco e foi consultor sênior do Departamento Nacional de Segurança dos EUA. O novo CIO da McAfee possui um MBA da Golden Gate University, em São Francisco, e é bacharel em marketing pela San Jose State University, em San Jose, Califórnia.

JME comemora expansão e fecha 2008 com saldo positivo
Para 2009, a JME almeja expandir em 20% na área de saúde pública dos municípios, através da rede de franquias A JME Informática, empresa de Porto Alegre/RS, encerra 2008 comemorando a abrangência nacional e superando em 12% as metas alcançadas em 2007. A especialista em soluções de TI - Tecnologia da Informação - para a área da saúde investiu forte nos planos de expansão, obtendo aumento de 27% no faturamento e 31% em contratos.
Em 2008 o segmento de franquias esteve no foco da JME Informática, que firmou contato com dois canais no Nordeste. A JME Ceará e a JME Piauí, como são denominados os novos parceiros, e que representam a marca na prestação de serviços e comercialização dos sistemas de gestão.
A empresa gaúcha prospectou revendas com perfil adequado, na expectativa de crescimento de 40% para os próximos dois anos. O projeto é desenvolvido desde 2006, e teve inicio prático no segundo semestre de 2007. As franquias do Ceará e Piauí somam-se à estrutura de seis parceiras, localizadas nos Estados do Mato Grosso, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Piauí. A JME também reforçou o reconhecimento e abriu novas possibilidades na região norte do Brasil na parceria com a SAMEL - Serviço de Atendimento Médico Hospitalar. Com sede em Manaus, e especializada em planos de saúde, a empresa contratou o sistema de gestão hospitalar, selecionando a companhia gaúcha por ser referência no setor na região Sul do país.
A JME realizou ainda, a automatização do Hospital de Olhos de Cuiabá, em Mato Grosso. A empresa gaúcha vai implantar naquele hospital, ferramentas especiais para a área de saúde e o atendimento será fornecido pela equipe da Franquia JME Centro Oeste, já capacitada para realizar de forma segura, todos os processos de instalação, treinamento e suporte aos usuários dos sistemas. A empresa encerra o ano celebrando, também, pela segunda vez, a aprovação do Programa de Desenvolvimento de Sistemas para Redes Neurais para Avaliação de Contas Hospitalares. Conforme o edital da FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos -, do Ministério de Ciência e Tecnologia, o objetivo é desenvolver a TI em ações cooperadas de empresas e centros de pesquisa. Desenvolvido pela Steffen & Pozzi, o projeto foi orçado em R$ 580 mil e ampliou o diferencial da JME com relação a seus concorrentes.
Para 2009, a JME prevê crescimento no mesmo ritmo de 2008, almejando expandir os serviços em 20% na área de saúde pública dos municípios através da rede de franquias.
A JME Informática, empresa de Porto Alegre, se consolidou como especialista com soluções de tecnologia da informação (TI), próprias para a área da saúde. Com mais de 20 anos de serviços prestados, e com filial também em São Paulo, desenvolve produtos que atendam ao padrão TISS - Troca de Informações em Saúde Suplementar - estabelecido pela ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar -, que controla o registro e exportação de formulários eletrônicos de faturamento no padrão obrigatório para transferência de informações entre prestadores e operadoras. O setor de TI contribui na melhora do atendimento na área da saúde e um dos principais benefícios evidenciados, é a agilidade e precisão das informações que circulam no meio hospitalar.
Com o SIS HOS - Solução completa para Gestão Hospitalar e SIS SAP - Eficiência na Gestão de Saúde Pública -, implantadas em aproximadamente 100 hospitais, a JME se consagra como Empreendedor Inovar pela participação no 7º Fórum Brasil Capital de Risco e conquista do direito de utilizar a identificação Parceiro Qualidade RS, por obter mais de 100 pontos no PGQP - Sistema de Avaliação do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade. EsSe signo de identidade tem o objetivo de fazer com que a JME seja publicamente reconhecida pela dedicação à qualidade


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MERCADO ONLINE


Crise faz ataques na Web crescerem 35% nos últimos meses
Uma pesquisa da X-Force, equipe da IBM especializada em segurança, constatou um aumento no número de ataques à Internet nos últimos quatro meses, em função da desaceleração da economia mundial. A empresa informou nessa segunda-feira, que dados coletados junto à base de 4 mil clientes de serviços de segurança da companhia em todo o mundo, mostram que os ataques passaram de 1,8 bilhão ao dia para mais de 2,5 bilhões por dia, em escala global. Na avaliação da IBM, o aumento é um reflexo da redução dos investimentos das empresas em segurança, situação que tem sido aproveitada pelos hackers.

Intel Capital investe na Truetech, empresa brasileira de vídeos online
A Intel Capital, braço de investimentos estratégicos da Intel, anunciou um aporte de recursos à Truetech, empresa brasileira especializada na distribuição de vídeos online. A empresa norte-americana disse que se tornou sócia minoritária da Truetech, mas não revelou o valor do aporte financeiro. A Truetech foi criada em 1999 e, no princípio, tinha como foco a digitalização e compressão de imagens do VHS para o DVD. A entrada no setor de distribuição de conteúdo multimídia online foi fruto de uma parceria com uma rede internacional de TV. Com isso, a empresa desenvolveu a tecnologia necessária para transmitir vídeos pela Internet. Ambas as companhias esperam um crescimento significativo dos vídeos online no Brasil, à medida que aumenta a oferta de serviços de Internet de banda larga no País. Só em 2008, o mercado brasileiro de banda larga
deve movimentar 2,3 bilhões de reais.


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MERCADO DE LUXO


Chanel vai despedir cerca de 200 trabalhadores
A marca de produtos de luxo Chanel vai despedir no último dia do ano, cerca de 200 trabalhadores por ter tido em 2008, um «crescimento nulo», revela o jornal El Mundo. De acordo com a CGT - Confederação Geral do Trabalho -, o crescimento nulo que a empresa francesa teve esse ano, irá afetar os empregados com contratos a termo ou em regime de part-time. “Os despedimentos representam cerca de 10% do pessoal da produção”, segundo o secretário-geral do sindicato, Manuel Blanco.
Há oito dias, a Chanel tinha anunciado que iria acabar com a galeria de arte móvel que tem corrido mundo, já que o “contexto de crise» exigia que a empresa renunciasse a essa «operação de imagem” para “centrar-se em investimentos estratégicos”.
A casa da moda, criada há mais de 90 anos por Coco Chanel, produz atualmente, além de peças de roupa, perfumes, cosméticos, jóias e relógios. A sede da empresa situa-se no bairro parisiense de Neuilly-sur-Seine.

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EXPEDIENTE

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