I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 134 | Ano I

Brasília - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, durante audiência pública na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) Foto: José Cruz/ABr



Henrique Meirelles diz a Lula que BC reduzirá juros
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, prometeu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vai reduzir em janeiro, a taxa básica de juros (Selic). "Em tom duro, dizendo-se bastante contrariado com a última decisão do Copom, Lula cobrou explicações de Meirelles para não reduzir os juros, como era esperado pelo Palácio do Planalto", diz o texto. "Na conversa com o presidente da República, Meirelles apresentou tabelas para mostrar que a chamada curva futura dos juros, caiu após a decisão do BC de manter a Selic inalterada. Trocando em miúdos: segundo o presidente do BC, o mercado reduziu sua previsão de juros futuros porque, o BC, foi duro e sinalizou a manutenção da autonomia operacional dada por Lula à instituição."
No último dia 18, Meirelles disse que o crescimento da economia brasileira, nos últimos anos, mostra que a autoridade monetária não pode ser acusada de estar errando na administração da taxa básica de juros. Segundo ele, embora os juros estejam em um patamar acima da média mundial, o crescimento da demanda doméstica e o consumo das famílias, segue em alta, acima do registrado em outros países. "Que nominalmente está acima da taxa mundial, não há dúvida. Que há um desejo que isso caia, não há dúvida. A questão é saber se foi adequada, se ela se refletiu em estabilização e maior crescimento da economia", afirmou, em uma audiência pública na CAE - Comissão de Assuntos Econômicos - do Senado.
Para Meirelles, boa parte do problema gerado pela crise internacional, está ligada a questões de liquidez (falta de dinheiro para crédito) e não à taxa básica de juros. Com isso, o problema fica concentrado no "spread" bancário - diferença entre os juros básicos e valor cobrado nos bancos. "Há uma separação entre a questão da liquidez e a política monetária. O que está se fazendo nesse momento, é para que o spread bancário e a oferta de crédito retornem à normalidade. Isso é o que está afetando a economia brasileira nesse momento", disse.

Com crédito escasso, comércio registra primeiros sinais de enfraquecimento
O comércio apontou nesse Natal, os primeiros sinais de desaceleração, apesar de manter a curva de crescimento sobre 2007. Com o crédito escasso, os consumidores foram cautelosos e preferiram as compras à vista no lugar de crediários longos, segundo as principais entidades que representam o setor. As
vendas por crediário caíram em São Paulo 1,4% em dezembro, em relação a 2007, mas as vendas à vista e com cheque, salvaram o comércio nesse ano, com alta de 4,7%, segundo dados da ACSP - Associação Comercial de São Paulo. Os dados consideram o movimento do dia 1º a 25/12, desse ano, em comparação ao mesmo período em 2007. Para a ACSP, as vendas com cheque foram beneficiadas pela escassez de crédito e pela intenção dos consumidores de comprar à vista produtos de menor valor. A ACSP ressaltou que nesse ano, houve um efeito calendário que acarretou em um dia útil a mais, do que no ano anterior. A média dos dois sistemas apresentou um crescimento de 1,65%, no movimento de vendas do comércio em relação ao desempenho do ano passado, no mesmo período, apesar de 2007 ter sido o melhor em dez anos.
Nacional - As vendas do varejo nacional registraram
alta de 2,8% no período que antecede o Natal, em relação ao ano passado, segundo dados da Serasa. O aumento foi verificado em todo o país, no período de 18 a 24/12.
Shoppings - As vendas de Natal nos shopping centers no país,
cresceram 3,5% nesse ano, na comparação com o ano anterior, já descontada a inflação, segundo divulgou a Alshop - Associação Brasileira de Lojistas de Shopping - na sexta-feira, dia 26/12. Em termos nominais, a alta foi de 9,5%, ante expectativa de 8% a 10% da entidade. No acumulado de 2008, as vendas reais foram entre 3% e 3,5% maiores, descontada a inflação projetada entre 6% a 6,3%, e em termos nominais, 9,5% - abaixo da estimativa da associação, de 12% de expansão para 2008.

Crise econômica ainda vai piorar nos EUA, dizem assessores de Obama
Dois assessores do presidente eleito dos EUA, Barack Obama, afirmaram nesse domingo, que é provável que a situação econômica do país piore e que a taxa de desemprego passe dos 10%. "Muitos analistas acreditam que o índice de desemprego poderia chegar aos 10% até o final do próximo ano," afirmou o ex-secretário do Tesouro Lawrence Summers, nomeado por Obama como diretor do Conselho Econômico Nacional. "Nossa economia poderia estar em US$ 1 trilhão abaixo de sua capacidade plena, o que se traduz em uma perda de renda de mais de US$ 12 mil, para uma família de quatro pessoas", escreveu Summers em uma coluna publicada no jornal "The Washington Post". O economista repetiu os planos de Obama para gastos em obras governamentais, incluindo os fundos para melhoria e atualização da infra-estrutura, e o avanço da tecnologia ambiental, mas minimizou a importância do estímulo direto aos consumidores. Nos EUA, a despesa dos consumidores representa cerca de 67% da atividade econômica. Em fevereiro passado, o Congresso aprovou e o presidente George W. Bush promulgou uma devolução de impostos no valor de US$ 150 bilhões, a cerca de 130 milhões de contribuintes com a esperança de estimular o gasto. A maior parte dos beneficiados desse reembolso usou o dinheiro para pagar dívidas e, no terceiro trimestre, a economia dos EUA teve uma contração de 0,5%, a primeira desde a recessão de 2001. "Alguns argumentam que, em vez de tentarmos criar empregos junto com o investimento em um crescimento a longo prazo, deveríamos nos concentrar exclusivamente, nas políticas de curto prazo que gerem despesa dos consumidores", diz Summers. "Mas esse é o enfoque que nos levou a alguns dos problemas que temos hoje, e é um enfoque que devemos rejeitar, se quisermos fortalecer a nossa classe média e a nossa economia a longo prazo", acrescentou. Já David Axelrod, que dirigiu a campanha eleitoral de Obama e será seu assessor na Casa Branca, disse que os programas econômicos do novo governo "são planejados de modo que deixem marcas duradouras". Obama, disse Axelrod em pronunciamento na televisão, ainda não decidiu o que fará com as reduções de impostos aplicadas pelo governo de Bush - as quais, segundo muitos democratas, favoreceram os mais ricos. (Agência Efe, de Washington)

Panasonic Electric vai cortar mil empregos e fechar três fábricas
A Panasonic Electric Works vai cortar cerca de mil empregos e fechar três fábricas no Japão, devido à má situação do mercado de construção de casas - decorrência da crise econômica global informou hoje, o jornal Nikkei. Os cortes de emprego afetarão trabalhadores das fábricas e o pessoal de administração da divisão de construção e materiais para casas. No final de março de 2009, cerca de 400 trabalhadores perderão seu trabalho na Panasonic Electric, e outros 600, ficarão desempregados durante os próximos dois anos, segundo fontes da companhia citadas pelo Nikkei. Desses mil empregados que perderão seu trabalho, cerca de 550 são fixos e outros 450, são temporários. A unidade contava no final de março com 13.150 empregados, segundo a companhia. (Agência Efe, de Tóquio)

Kuweit cancela parceria de US$17 bilhões com a Dow Chemical
O Kuweit cancelou nesse domingo, um acordo que daria origem a uma petroquímica de 17,4 bilhões de dólares, em parceria com a gigante norte-americana Dow Chemical, informou a agência estatal KUNA. O cancelamento do negócio, que encontrou resistência no parlamento do país, é um golpe na maior petroquímica dos EUA, que planejava usar o processo para reembolsar uma grande parte dos 13 bilhões de dólares em dívida que a companhia vai assumir com o acordo da aquisição da concorrente Rohm & Haas, no início de 2009. O conselho supremo do petróleo, em reunião dirigida pelo primeiro-ministro Sheikh Nasser al-Mohammad al-Sabah, "chegou à decisão de cancelar o contrato", divulgou a KUNA. A estatal PIC - Petrochemical Industries Co - assinou um acordo com a Dow Chemical no início desse mês, para lançar a parceria K-Dow Petrochemicals, a partir da qual teria que pagar 7,5 bilhões de dólares. O acordo era parte da estratégia da Dow Chemical para reduzir sua exposição à natureza cíclica do comércio de derivados de commodities. O acordo desagradou alguns parlamentares do Kuweit, que diziam que o projeto não era viável, diante da atual crise econômica e da queda nas vendas de produtos petroquímicos. Quatro parlamentares ameaçaram interrogar o primeiro ministro, que é membro senior da família real, se o negócio não fosse desfeito. Outra ação de alguns deputados para interrogar Sheikh Nasser, levou à renúncia do primeiro-ministro em novembro, ainda que o emir Sheikh Sabah al-Ahmad al-Sabah, tenha renomeado seu sobrinho ao posto. (Reuters, do Kuweit)

Nippon Steel e JFE deverão reduzir projeção de lucro
As duas maiores siderúrgicas japonesas deverão reduzir ainda mais, suas estimativas de lucro para o ano fiscal que se encerra em março de 2009, segundo uma reportagem publicada na edição desse domingo, do Nikkei, principal jornal de negócios do Japão. De acordo com a reportagem, a Nippon Steel e a JFE Holdings, respectivamente a maior e a segunda maior siderúrgicas do país, deverão anunciar a estimativa de uma queda de 12% no lucro, em comparação ao obtido no ano fiscal anterior. A Nippon Steel, que em outubro havia projetado uma diminuição de 1% no lucro, para 540 bilhões de ienes, vai rebaixar a previsão para 480 bilhões de ienes (US$ 5,285 bilhões). O Nikkei cita a queda na produção dos principais clientes da Nippon Steel, especialmente as montadoras. A JFE Holdings deverá cortar sua projeção de lucro operacional para 450 bilhões de ienes, o que também representa 12% a menos do que o lucro do ano fiscal anterior. A última previsão era de queda de 4%, para 490 bilhões de ienes. Nenhuma das companhias estava disponível para comentar a reportagem. A Nippon e a JFE já anunciaram planos de cortar a produção para 1 milhão de toneladas e 500 mil toneladas, respectivamente. Segundo o Nikkei, ambas serão obrigadas a reduzir a produção mais rapidamente. (Agência Dow Jones, de Tóquio)

Nova tributação em 2009, ameaça encarecer bebidas
As cervejas e refrigerantes passarão a pagar até 15% a mais de imposto a partir do dia 1º de janeiro. O aumento atingirá principalmente as marcas mais caras, enquanto os refrigerantes mais baratos terão a tributação reduzida. O governo garante que não haverá repasse do imposto aos preços e espera um ganho de arrecadação em 2009, com o recolhimento do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados. "Deve haver algum ganho de receita, mas as empresas se comprometeram a não repassar aos preços", disse o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado. A elevação do imposto sobre as chamadas "bebidas frias", que são basicamente refrigerantes e cervejas, é resultado de uma mudança no sistema de cobrança do IPI. Atualmente, o governo exige que as empresas paguem um valor fixo de imposto por garrafa vendida, sem qualquer relação com o preço final da bebida. Isso faz com que as marcas mais baratas acabem pagando proporcionalmente, mais imposto do que outros concorrentes, que comercializam produtos mais caros. A pressão dos pequenos fabricantes, que consideram o sistema injusto, fez o governo rever a cobrança. A partir de janeiro, haverá várias faixas de tributação. O valor do imposto dependerá, entre outras coisas, do preço final ao consumidor. Dessa forma, cervejas mais caras serão mais tributadas do que aquelas de preços mais populares. O mesmo raciocínio vale para os refrigerantes. Os grandes produtores alegam que o novo sistema aumentará a sonegação, uma vez que o governo terá dificuldades para fazer o controle. O sistema criado pela Receita Federal prevê o controle automatizado da quantidade e da marca produzida em cada empresa. Além disso, o governo contratará pesquisas de mercado para referendar os preços declarados pelas fabricantes que são usados para cálculo do IPI.

Mercado de precatórios cresce no País
Compram-se precatórios. Pagamento em dinheiro vivo e à vista, ou sinal a combinar e parcelas mensais e iguais, acrescidas de juros moratórios e mais correção monetária. Cada vez mais pujante e valorizado, esse é o mercado das dívidas governamentais. É um negócio que ganha espaço no rastro de governos inadimplentes e que fazem da postergação do pagamento de dívidas, arma poderosa contra credores agoniados, que chegaram ao limite do esgotamento nervoso.
De olho nesse filão, surgem em larga escala, companhias que se especializam na aquisição de precatórios - títulos que a Justiça expede contra a Fazenda pública dos Estados e dos municípios, ou seja, dívidas resultantes de decisões judiciais. Os precatórios já ganharam status de moeda - e de bom valor, porque estão a salvo da crise que assola os grandes investimentos nas maiores economias, uma vez que não pode ser decretada a insolvência do Estado.
Estima-se em R$ 100 bilhões a dívida dos precatórios em todo o Brasil - prefeituras e governos estaduais devem, não negam, mas demoram anos a fio para quitar seus débitos. Alegam dificuldades de arrecadação e caixa vazio. À mercê da boa vontade de gestores públicos, e acuados pela angústia e pelas incertezas, muitos credores estão recorrendo deliberadamente ao comércio de títulos. Acreditam que é uma saída para o sufoco e uma oportunidade para resgatar ao menos, uma parte do precatório - contra o qual não cabe mais apelação de sorte alguma, porque é decisão de mérito transitada em julgado.
Entidades de apoio aos credores e advogados do setor calculam que 25% do estoque de precatórios já tenham mudado de mãos, ou seja, um a cada quatro títulos foram vendidos. Mas a venda desses papéis a terceiros, nem sempre é vantajosa. E pode ser arriscada. Muitos se arrependeram. A taxa de deságio, imposta pelo comprador, bate em média nos 70%, muitas vezes vai aos 80%. A diferença, a favor de quem se dispõe a vender, é que o comprador, dependendo do valor do desembolso, o faz no ato e com dinheiro vivo. "O calote é flagrante e leva à incerteza jurídica total, cria insegurança e fomenta esse tipo de mercado", afirmou Flávio Brando, presidente da Comissão de Precatórios da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil -, em São Paulo.

Supermercados Gimenes fecha 6 lojas no interior de SP
Uma semana depois de protocolar o pedido de recuperação judicial, a Rede de Supermercados Gimenes S.A., controlada desde 2006, em 80% pela G&G Investimentos - Governança & Gestão Investimentos -, liderada pelo ex-ministro Antônio Kandir, confirmou ontem, o fechamento de seis lojas no interior paulista. Ao todo, 313 trabalhadores serão demitidos, mas a empresa estuda a possibilidade de recolocar algumas dessas pessoas, em outras lojas do grupo. A empresa informou que os direitos trabalhistas dos dispensados serão respeitados. "Essa ação faz parte do processo de reestruturação comandado pela direção da Rede de Supermercados Gimenes, que visa equilibrar a saúde financeira do Grupo, por meio da redução das despesas operacionais de lojas economicamente inviáveis", informa uma nota distribuída à imprensa. A empresa anunciou o fechamento de uma loja em Ribeirão Preto (com 55 demissões), duas em Franca (100 demissões), uma em Sertãozinho (onde surgiu a empresa, com 40 pessoas dispensadas), uma em Araraquara (56 empregos a menos) e uma em Bebedouro (outras 62 pessoas dispensadas). Nenhum diretor da empresa se manifestou oficialmente. Todas as informações foram confirmadas por meio de notas da assessoria de imprensa do grupo.
A Rede de Supermercados Gimenes S.A. já havia protocolado, no último dia 19, no Fórum de Sertãozinho, o pedido de recuperação judicial para tentar manter sua estabilidade econômica e se fortalecer no mercado em que atua. "O atual cenário econômico, com grandes restrições de liquidez e a redução de linhas de crédito, levou a empresa a tomar essa decisão, como a melhor saída para preservar as atividades operacionais, o patrimônio e os empregos", diz um trecho da nota. Mas parte dos empregos foi cortada no anúncio de hoje. Assim, um plano de recuperação será apresentado aos credores da empresa. O grupo Gimenes existe há 51 anos e tinha 30 lojas distribuídas em 17 cidades do interior paulista. Agora, possui 24 lojas. Nos últimos meses o grupo negociava com a Rede Savegnago, também de Sertãozinho, a sua incorporação. Mas a negociação não evoluiu e foi interrompida no início de dezembro. Os grupos não se manifestaram. Em conseqüência, o Grupo Gimenes, controlado pela G&G (fundo de investimentos, com recursos 100% nacional) adotou essas medidas. Caso a Rede Savegnago incorporasse o Gimenes, o grupo ficaria entre os dez maiores do País e o maior do interior paulista, com faturamento estimado em cerca de R$ 1,5 bilhão.
Pelos dados da Abras - Associação Brasileira de Supermercados -, o faturamento do Grupo Gimenes em 2007 foi de R$ 509,3 milhões. A Rede Savegnago, fundada em 1976, ainda é uma empresa familiar e o seu faturamento, em 2007, foi de R$ 600,1 milhões.




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ESPECIAL


O bilionário mexicano Carlos Slim Helú é o segundo homem mais rico do mundo
O mexicano Carlos Slim Helú, 68, é o segundo homem mais rico do mundo, segundo ranking divulgado em maio desse ano, pela revista "Forbes". Ele é precedido no ranking pelo megainvestidor Warren Buffett e é seguido por Bill Gates, da Microsoft.
A fortuna de Slim é avaliada em US$ 60 bilhões, com base no desempenho do mercado de títulos do México e no de sua companhia de telecomunicações, a América Móvil, segundo a "Forbes". No Brasil ele é dono da Claro (telefonia celular) e da Embratel (telefonia fixa).
Slim é filho de imigrantes libaneses e fez sua fortuna em 1990, quando comprou a companhia de telefonia fixa Telmex - Teléfonos de México - durante a privatização do setor no país. Viúvo, Slim tem seis filhos, é fã de beisebol e também, um colecionador de arte - sua coleção de arte pode ser vista no Museo Soumaya, na Cidade do México.
Nos últimos anos, Slim doou cerca de US$ 7 bilhões em dinheiro e ações para custear projetos educacionais e de saúde, e para projetos de revitalização do centro histórico da capital mexicana.
Em julho desse ano, no entanto, o site mexicano especializado em negócios Sentido Común, colocou Slim na posição de homem mais rico do mundo, com uma fortuna de US$ 65 bilhões, seguido pelo indiano Lakshmi Mittal, dono da ArcelorMittal (a maior siderúrgica mundial), com cerca de US$ 63 bilhões. Warren Buffett seria o terceiro colocado e Bill Gates o quarto, segundo essa classificação.







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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

RESUMO DAS BOLSAS - dia 26/12 – Sexta-feira

Em pregão pós-Natal, Bovespa fecha em alta após cinco dias de queda
A Bovespa fechou em alta nessa sexta-feira, após ter registrado queda em seus últimos cinco pregões. O último dia de negociação na Bolsa brasileira havia sido na terça-feira, 23/12, pois ficou, os dois dias seguintes, fechada devido a paralisação de Natal.
- O
dólar comercial fechou em baixa de 0,21%, valendo R$ 2,370. A taxa de risco-país marca 436 pontos, número 0,46% acima da pontuação anterior.
- O
Ibovespa, subiu 1,08% no fechamento para os 36.864 pontos. Com o mercado financeiro esvaziado devido às festas de fim de ano, o giro financeiro ficou em apenas R$ 1,2 bilhão.




Bolsas americanas fecham em alta último pregão da semana
A Bolsa de Nova Iorque terminou em alta, nessa sexta-feira, ao final de uma sessão de poucos negócios, apoiada pelo anúncio da concessão de status de banco ao GMAC: Dow Jones subiu 0,56%, e o Nasdaq, 0,35%.
- O DJIA - Dow Jones Industrial Average - subiu 47,07 pontos, situando-se nas 8.515,55 unidades. - O Nasdaq, de forte predomínio tecnológico, 5,34 pontos, chegando às 1.530,24 unidades.
- O índice ampliado Standard & Poor"s 500 avançou 0,54%, a 872,80 unidades.

Análise - "Não houve números econômicos, e foram poucas novidades", constataram os analistas da Charles Schwab. Os índices se encaminharam para alta, em uma sessão pouco animada e com um fraco volume de negócios. Além disso, os mercados europeus fecharam o que contribuiu para limitar o número de transações. O mercado mostrou alívio com o anúncio sobre o GMAC: o Federal Reserve que recorreu a medidas de urgência, acordou status de banco à filial do fundo de investimentos Cerberus (51% do capital) e do fabricante americano de automóveis, General Motors (49%), em grandes dificuldades financeiras. O apoio dado ao GMAC e anunciado na quarta-feira, sustentou a cotação da GM, que se debate em meio às dificuldades sobre seu futuro. A montadora registrou a alta mais acentuada do Dow Jones, saltando para 3,66 dólares e arrastando a Ford junto (+8,53%, a 2,29 dólares).


HOJE – Com poucos negócios, Bolsas asiáticas fecham praticamente estáveis
Em seu último dia de funcionamento em tempo integral no ano de 2008, os mercados asiáticos fecharam praticamente estáveis nesta segunda, com poucos negócios sendo realizados.
- O índice Nikkei, da Bolsa de Valores de Tóquio, fechou em leve alta de 0,007%, aos 1.117,59 pontos.
- Já o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, fechou em leve baixa de 0,002%, aos 8.747,17 pontos.
- O índice geral da Bolsa de Valores de Xangai fechou em baixa de 0,06%, aos 1.850,48 pontos.
- Na Austrália, o índice ASX da Bolsa de Sidney subiu 1,1%, fechando em 3.621,1 pontos.
- Já as Bolsas de Manila, Kuala Lumpur e Jacarta não abriram nesta segunda por ser feriado em seus respectivos países.


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ÍNDICES ECONÔMICOS


RESUMO DA SEMANA – 22 a 26 de dezembro de 2008

IPC-S apresenta variação de 0,61% na terceira prévia do mês
O IPC-S de 22 de dezembro de 2008 apresentou variação de 0,61%, taxa 0,12 ponto percentual (p.p.) abaixo da apurada, com base na coleta encerrada em 15/12. Dos sete grupos componentes do índice, quatro apresentaram decréscimos em suas taxas de variação.

Confiança do Consumidor sobe 0,5% entre novembro e dezembro
O ICC - Índice de Confiança do Consumidor - da Fundação Getulio Vargas - composto por cinco quesitos contidos na Sondagem de Expectativas do Consumidor - elevou-se 0,5% entre novembro e dezembro de 2008, ao passar de 96,9 para 97,4 pontos, após dois meses de queda acentuada.


ECONOMIA NACIONAL



Dólar Comercial
Cotações de fechamento da PTAX
Data R$/US$
22/12 2,3740
23/12 2,3770
(Fonte: BACEN)


Indicadores Financeiros

Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro
A base monetária recuou 6,6% em novembro, situando-se em R$130,6 bilhões, resultado de expansão de 0,9% no papel-moeda emitido e de queda de 25,1% nas reservas bancárias. Em doze meses, a base monetária registrou expansão de 2,5%. A contração do saldo de reservas bancárias decorreu da redução da alíquota dos recolhimentos compulsórios sobre recursos à vista, de 45% para 42%, a partir de 29/10, bem como das deduções resultantes de contribuições ao FGC - Fundo Garantidor de Crédito -, voluntariamente antecipadas.


Mercado de Trabalho

Desemprego registra estabilidade na RMSP e diminui no conjunto das regiões
Divulgadas nessa segunda-feira, 22/12, as informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, na RMSP - Região Metropolitana de São Paulo - mostram que a taxa de desemprego total pouco se alterou entre outubro e novembro, passando de 12,5% para 12,3%. Ainda assim, essa taxa é a menor para novembro desde 1992, e a menor da série, desde fevereiro de 1995. Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto passou de 8,5% para 8,6%, enquanto a de desemprego oculto apresentou pequena redução (de 4,0% para 3,7%). A criação de 33 mil ocupações e a entrada de 13 mil pessoas no mercado de trabalho resultou na saída de 20 mil trabalhadores do contingente de desempregados, que foi estimado em 1.297 mil pessoas.



Economia Internacional

Produto interno bruto dos EUA diminui no 3º Trimestre
A produção de bens e serviços, nos EUA, diminuiu a uma taxa anual de 0,5% no terceiro trimestre de 2008, de acordo com as estimativas finais liberadas pelo BEA - Berau of Economic Analysis -, nessa terça-feira, 23/12. No segundo trimestre, o PIB real cresceu 2,8%.



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MERCADO FINANCEIRO

CMN aprova nova ajuda a bancos menores
Em reunião extraordinária do CMN - Conselho Monetário Nacional -, o governo aprovou mais uma medida para tentar estimular a transferência de recursos de instituições maiores para os bancos médios e pequenos, para que esses possam continuar oferecendo crédito.
Na prática, a mudança permitirá que os bancos que venderem para o FGC - Fundo Garantidor de Crédito - ou para outra instituição uma carteira de crédito com risco de calote, não tenham mais nenhuma responsabilidade sobre essas operações e ainda possam contabilizar o lucro da transação, quando houver.
Como o FGC foi recentemente autorizado a aumentar as compras de carteira, atuando como um dos principais salvadores de primeira instância dos bancos, sobretudo, médios e pequenos, ele deverá assumir o risco dessas carteiras.
A mudança, na verdade, é um passo atrás numa regra editada pelo Banco Central no início desse ano, que entraria em vigor no início de 2009. A partir de janeiro, as instituições financeiras que vendessem suas carteiras de crédito com risco substancial, seriam obrigadas a manter essas operações com maior chance de calote registrada no balanço, sendo co-responsáveis por elas. Além disso, não poderiam contabilizar como lucro essas vendas.
Para classificar as carteiras, há uma fórmula definida pelo BC que leva em conta as chances de inadimplência e a situação corrente da economia.
Agora, com a nova decisão, essa regra tida como prudencial, ficou para 2010. A avaliação do governo é que, nesse momento de crise, ela inviabilizaria a venda de carteiras. E essa operação tem sido necessária para assegurar recursos a bancos menores com dificuldade de captar no mercado pelos canais tradicionais. Os pequenos e médios bancos atuam principalmente, no financiamento de crédito consignado (com desconto em folha) e de veículos novos e usados.
No dia 15/12, também com o objetivo de estimular a oferta de crédito para as pequenas e médias instituições, o BC decidiu elevar em mais R$ 6,5 bilhões o volume de recursos disponíveis para bancos com esse perfil.
Isso foi feito por meio do uso de reservas do FGC, criado para garantir o depósito dos clientes em caso de quebra de um banco. Com a medida, o FGC ampliou sua capacidade de intervenção, podendo destinar até R$ 9 bilhões aos bancos pequenos e comprar os créditos antes mesmo de serem realizados.

Clientes do Crédit Suisse perderam 665 milhões de euros com fraude Madoff
Os clientes do Crédit Suisse, o segundo banco da Suíça, perderam cerca de 665 milhões de euros com a fraude do investidor americano Bernard Madoff, informou nesse domingo, o jornal "Sonntag", que citou "estimativas internas" do grupo. Um porta-voz do Crédit Suisse confirmou ao jornal que os clientes do banco perderam dinheiro, sem especificar quanto. Já o "Sonntag" antecipou perdas de 598 a 665 milhões de euros. O porta-voz insistiu em que o banco não "recomendou, ou vendeu, ativamente colocações" (de títulos) no fundo Madoff e garantiu que nenhum fundo do Crédit Suisse contém ativos do Madoff. Em meados de dezembro, o Crédit Suisse disse não estar exposto "materialmente" no caso Madoff. O primeiro banco da Suíça, o UBS, também declarou que a exposição de sua divisão banco de negócios à fraude era "limitada e insignificante". No domingo passado, o jornal local "NZZ am Sonntag" publicou, porém, que um fundo luxemburguês, comprado pelo UBS, investiu 1,4 bilhão de francos suíços em ativos de Madoff. Já a UBP - União Bancária Privada -, uma grande instituição de Genebra, reconheceu em 18/12 uma exposição de mais de 665 milhões de euros à fraude Madoff. (Agência France Presse/AFP, de Genebra)



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AGRONEGÓCIOS


Estudo da Ecoa aponta que a cana-de-açúcar ocupa área da produção de grãos
Um estudo elaborado pelo biólogo Alcides Faria, diretor executivo da Ecoa - Organização Não-Governamental Ecologia em Ação - e pela economista Angela Frata, constatou que a expansão da cana-de-açúcar vem ocorrendo com maior força em terras apropriadas para a cultura de grãos: bons solos, relevo que permite a mecanização e infra-estrutura instalada.Segundo o site do Mapa - Ministério da Pecuária, Agricultura e Abastecimento -, o Brasil possui 388 milhões de hectares de terras agricultáveis férteis e de alta produtividade, dos quais 90 milhões, ainda não foram explorados. Culturas destinadas à agroenergia são incentivadas pelo Governo Federal, principalmente a da cana-de-açúcar.

Minimilho e novas cultivares serão apresentadas pela Embrapa Milho e Sorgo durante o Show Rural Coopavel 2009
A Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas/MG, apresentará durante o Show Rural Coopavel 2009, que acontecerá em Cascavel/PR de 09 a 13 de fevereiro de 2009, novas cultivares de milho e sorgo e o sistema de produção de minimilho, além de maquetes sobre o sistema de integração lavoura-pecuária na Casa Embrapa, local que reúne tecnologias das Unidades da Empresa participantes. O evento, um dos principais do agronegócio brasileiro, está em sua 21ª edição e tem o objetivo de facilitar o acesso de produtores rurais a equipamentos e técnicas que auxiliam a produzir mais e melhor.
Entre as novas cultivares de milho, serão apresentadas quatro de milho (BRS 1040, BRS 2022, BRS 3025, BRS 3035) e uma de sorgo (BRS 655). O BRS 1040 é o novo híbrido simples de milho da Embrapa. Tem potencial genético para alta produtividade, estabilidade de produção e ciclo super precoce. Possibilita alto retorno financeiro a produtores que mantêm lavouras com elevado uso de insumos.
Já o BRS 2022 é um híbrido duplo que tem ciclo precoce e excelente tolerância ao acamamento e ao quebramento. O potencial genético para produtividade, também é alto para sua categoria. O híbrido triplo BRS 3025 possui ciclo precoce e apresenta excelente resistência, tanto ao acamamento como ao quebramento. Seus grãos são alaranjados e semi-dentados. Os três híbridos (BRS 1040, BRS 2022 e BRS 3025) são indicados para plantio, tanto na safra como na safrinha, em todo o país, exceto na região subtropical (que inclui o Sul do Paraná e os estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul). O BRS 3035, também híbrido triplo, tem ciclo super precoce e excelente tolerância ao acamamento e ao quebramento. A indicação de plantio é para a época de safrinha nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil e para o estado do Paraná, exceto em sua parte Sul. Além dessas novas quatro cultivares, a Embrapa Milho e Sorgo apresentará dois híbridos simples de milho, o BRS 1015 e o BRS 1002, ambos com alta produtividade e especialmente desenvolvidos para a região Sul do país. Esses híbridos serão mostrados em duas situações de densidade e espaçamento, com o objetivo de avaliar o comportamento das cultivares nessas situações.
A Embrapa apresenta também, o BRS 655, híbrido de sorgo forrageiro que permite uma silagem de alta qualidade. Ele tem estabilidade de produção, alta resistência a estiagem, baixo custo de produção e alto potencial de produção de massa verde. O novo sorgo da Embrapa é indicado para plantio no período chuvoso (de outubro a dezembro) nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil, além do estado do Tocantins.




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SETOR AUTOMOTIVO


Toyota se reorganiza após sofrer efeitos da crise
A Toyota Motor reorganizará a partir de janeiro, suas operações na Europa e África e estabelecerá uma divisão de Finanças independente, após ter sofrido os efeitos da crise econômica global, segundo reportagem desse sábado, no diário japonês Nikkei. A maior fabricante de carros do mundo decidiu reorganizar em vários pontos, sua estrutura para o "desenvolvimento de operações de negócio mais sólidas como uma empresa verdadeiramente global", segundo a própria companhia.
A partir de 1º janeiro, as divisões de Europa e África, separadas até agora, se transformarão em um departamento de gestão de projetos para os dois continentes e outro conjunto de vendas e marketing. O objetivo, segundo a Toyota, é fortalecer seus planos de negócio na África e Europa Central. No terreno da contabilidade, a companhia estabeleceu que, a partir de janeiro, terá um departamento de finanças para as companhias filiadas, uma divisão de contabilidade e outra de finanças.
A citada divisão de finanças será independente, depois de a companhia a ter integrado em 2006, em sua divisão geral de contabilidade. Essa divisão financeira, também supervisionará os serviços financeiros da Toyota que se encarregam de todas as operações financeiras do grupo corporativo. O objetivo da Toyota é fortalecer a gestão financeira da empresa e flexibilizar o poder de decisão diante da valorização do iene e contra a queda do preço de suas ações, o que fez o lucro da fabricante cair. (Agência Efe, de Tóquio)




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COMÉRCIO EXTERIOR


Exportações de milho e álcool frustram expectativas
Apostas do governo e da iniciativa privada, os embarques de milho e etanol ficarão abaixo do previsto para esse ano. O câmbio desfavorável às exportações na maior parte do ano, barreiras tarifárias e o retorno de tradicionais fornecedores ao mercado mundial, impediram que as exportações atingissem o volume estimado inicialmente.
José Augusto de Castro, diretor-executivo da AEB - Associação de Comércio Exterior do Brasil -, explicou que o recuo dos preços do milho no mercado internacional, prejudicou o desempenho exportador do Brasil, que vem tentando diversificar sua pauta de exportação agrícola. "Os preços caíram muito nesse ano, quadro que foi agravado pelo câmbio", argumentou.
As exportações de milho somaram 293 mil toneladas em agosto, vendas que foram feitas pelo preço médio de US$ 266, por tonelada. Em novembro, foram embarcadas 775 mil toneladas de milho. A melhora da taxa de câmbio compensou o recuo dos preços internacionais, que caíram para US$ 202 por tonelada no mês passado. Apesar da recuperação no final do ano, os embarques recuaram 36,8% no acumulado do ano até novembro, na comparação com igual período de 2007.
Até novembro, os embarques de milho somaram cinco milhões de toneladas. Para o ano, a expectativa era repetir o resultado de 2007 e exportar 11 milhões de toneladas de milho. "No ano passado, o Brasil aproveitou uma janela de oportunidade, mas não conseguiu mantê-la aberta", contou Matheus Zanella, assessor técnico da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. "Os americanos que deixaram de exportar milho para usar o grão na fabricação de etanol voltaram com força ao mercado", completou.
Sem ter para quem vender boa parte da produção nacional, o produtor que investiu no milho vai enfrentar tempos difíceis. O governo estima em 14 milhões de toneladas o estoque de milho, volume expressivo que vai derrubar os preços do grão no mercado interno, avaliou o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, José Mário Schreiner.
Para Zanella, houve uma onda de "otimismo exagerado" no caso do álcool. "As exportações foram tratadas com grande otimismo, foi exagerado. Não havia e não há ainda, mercado comprador para o produto", disse. No acumulado do ano até novembro, os embarques de álcool somaram 3,8 milhões de toneladas, abaixo da previsão de alguns analistas de vendas externas de 5 milhões de toneladas. "As vendas patinaram no começo do ano, mas se recuperaram no 2º semestre", lembrou.
Para ele, o principal problema é que o setor industrial brasileiro, não está preparado para fornecer o produto "com sustentabilidade" que os compradores exigem. "A questão do meio ambiente é um dos grandes questionamentos ao combustível brasileiro, especialmente na Europa", afirmou. Augusto de Castro, da AEB, avalia ainda, que o protecionismo de países compradores, também compromete de forma negativa, o desempenho do setor, quadro que pode mudar daqui para frente. "Agora, com preço e câmbio favoráveis, a tendência é de aumento das exportações", afirmou.




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LOGISTICA & infra-estrutura


Governo quer ampliar o uso do FGTS para a infra-estrutura
Os trabalhadores poderão usar, em 2009, parte dos recursos do FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - para aplicar em investimentos em infra-estrutura. Assim como em 2000, quando o governo permitiu o uso de parte do FGTS para a compra de ações da Petrobras, e em 2002, quando o fez com a Vale do Rio Doce, dessa vez a autorização será para a aplicação no FI-FGTS - Fundo de Investimento do FGTS -, que é administrado pela CEF - Caixa Econômica Federal. O objetivo do governo ao autorizar o uso de parte dos recursos do FGTS no FI-FGTS, é evitar que a escassez de crédito gere uma freada nos investimentos em infra-estrutura. Os recursos do fundo do FGTS também têm sido uma importante fonte de investimento, inclusive do BNDES, para reforço de seu caixa nesses tempos de crise.

Porto de Santos supera Rio Grande em interesse por dragagem
Começou ontem, domingo, 28/12, mais um passo na corrida das empresas pelas obras de dragagem (aprofundamento do canal) nos portos brasileiros, com abertura da entrega de propostas para a licitação do Porto de Santos, que segundo a própria SEP - Secretaria Especial dos Portos -, deve ter mais concorrentes do que a disputa pelo aprofundamento do Porto do Rio Grande/RS. No total, as concorrências abertas até agora pelo Governo, envolvem cerca de R$ 430 milhões, e não será surpresa, se braços de grandes construtoras como Odebrecht e Camargo Corrêa, aparecerem como integrantes desses consórcios, que podem ser formados por parcerias de empresas nacionais e estrangeiras. O PND - Plano Nacional de Dragagem - contemplará 30 portos, em um total de R$ 1,4 bilhão em recursos a serem liberados. Prova do interesse desse tipo de contrato é o resultado da concorrência emergencial pela dragagem do Porto de Itajaí - parcialmente destruído pelas chuvas de Santa Catarina, e para onde serão liberados R$ 350 milhões em verbas. Lá o consórcio vencedor foi constituído pelas corporações nacionais EIT - Empresa Industrial Técnica -, DTA Engenharia e Equipav Pavimentação e Comércio, incluindo a CHEC Dredging e CO, que são representantes da chinesa Shangai Dredging. "O prazo máximo para a conclusão da dragagem é de 90 dias, entretanto, a empresa vencedora já se propôs a concluir as obras antes do prazo", comentou o Ministro dos Portos, Pedro Brito, ao explicar que, nesse caso, usou como critérios para escolha dos vencedores, prazos apresentados para conclusão, tempo de mobilização dos e capacidade das dragas (equipamento para retirada de terra e entulho do fundo do mar). As obras devem começar ainda essa semana, segundo a SEP. Foi a própria secretaria, responsável pelo fomento aos portos do País, que apontou que, nas atuais disputas, Santos deve ter um volume maior de interessados do que Rio Grande. As concorrências serão internacionais, e devem levar em conta, além dos aspectos técnicos, o menor valor do orçamento apresentado. No caso do Rio Grande, o valor orçado da obra, está na casa dos R$ 196 milhões, e das 13 corporações que estiveram no local com interesse em participar do processo, cinco entregaram propostas à comissão de licitação. Já nas docas santistas, onde começam a chegar os envelopes para análise a partir de hoje, 14 empresas estiveram em Santos. A SEP, que informou não poder revelar os nomes dos concorrentes por conta das regras da licitação, afirmou que, apesar de não ter um prazo fixado para revelar as vencedoras, poderá ter novidades em janeiro próximo. Para a dragagem no maior porto do País, o teto estipulado na licitação, está em R$ 203 milhões, pouco maior do que no Rio Grande. Já o processo para o Porto do Recife, está mais adiantado, pois foi aberto em novembro. Lá, o valor da licitação foi mais modesto, de quase R$ 30 milhões, e de acordo com a SEP, o conteúdo dos envelopes com a documentação das empresas, será revelado nos próximos dias, e a partir daí, sairá declarada a vencedora pelo menor valor, entre as habilitadas ao processo. Entre as 30 docas que serão contempladas pelas verbas federais à dragagem, foram eleitos seis terminais prioritários: no sudeste, Santos/SP e Itaguaí/RJ; no Sul, do Rio Grande/RS e de Paranaguá/PR; e no Nordeste, Suape/PE e Itaqui/MA.
Nacionais -
Em matérias recentes, o DCI apontou que as empresas nacionais especializadas nos serviços de dragagem, enfrentavam dificuldades para concorrer no mercado nacional - quando a Dragaport fechou as portas, vendeu as embarcações para a empresa norte-americana Great Lakes. As embarcações vendidas foram trabalhar nos Emirados Árabes, sobrando no mercado, com o know-how de fazer a dragagem mais profunda, a Bandeirantes Dragagem e a Enterpa Engenharia. Na época, profissionais do setor apontaram que a prestação de serviços era muito mais barata para as estrangeiras do que para as empresas brasileiras. Para Ricardo Sudaiha, diretor da Bandeirantes, a entrada de empresas estrangeira é importante nesse momento, mas o executivo espera ações em paralelo, por parte do Governo, que fomentem as empresas nacionais. "O plano nacional é melhor iniciativa do setor nos últimos anos, mas é preciso dar oportunidade às empresas nacionais", contou. Sudaiha disse que linhas de crédito, como por exemplo, BNDES, poderiam auxiliar as empresas daqui, na compra de mais dragas, o que, a longo prazo, será necessário para a manutenção desses portos. A Bandeirantes acaba de reformar sua principal embarcação, mas não teve fôlego para participar das atuais concorrências. Hoje, ela presta serviços a empresas como a Vale. Começa hoje mais um passo na corrida pelas obras de dragagem (aprofundamento) nos portos, com a abertura para as propostas da obra no Porto de Santos, que segundo a Secretaria Especial dos Portos, deve ter mais concorrentes do que a disputa no Porto do Rio Grande. As licitações abertas até agora, envolvem quase R$ 430 milhões, e não será surpresa se braços de grandes construtoras como Odebrecht e Camargo Corrêa aparecerem como participantes dos consórcios, que admitem estrangeiras. Prova desse tipo de associação é o resultado da dragagem de emergência em Itajaí/SC. Lá o grupo vencedor foi constituído por três nacionais, mais a CHEC Dredging e CO, representante da chinesa Shangai Dredging. "A vencedora se propôs a concluir obras antes do prazo", disse Pedro Brito, Ministro dos Portos.

Dragagem no Porto de Itajaí traz disputa por serviço
As obras de dragagem (aprofundamento do canal), necessárias a recuperação do Porto de Itajaí, maior porto exportador de itens frigorificados da América Latina, estão atrasadas, e, parece ter-se iniciado uma queda-de-braço entre os envolvidos no processo. Os serviços foram contratados em caráter emergencial pela SEP - Secretaria Especial dos Portos -, para recuperar as docas que foram parcialmente destruídas pelas chuvas em Santa Catarina. Na licitação de urgência, o consórcio vencedor, constituído pela EIT - Empresa Industrial Técnica -, a DTA Engenharia e pela Equipav Pavimentação e Comércio, além da CHEC Dredging e CO, representante da chinesa Shanghai Dredging, deveriam deslocar duas dragas (embarcações especiais para esse tipo de serviço) que estavam em serviço, uma na Argentina e uma no Rio de Janeiro, e que deveriam ter chegado a Itajaí há dois dias. Fontes ligadas ao CAP - Conselho de Autoridade Portuária - informaram de que será encaminhado um pedido à SEP para que a segunda colocada na concorrência assuma a empreitada, mas a secretaria, que pagará R$ 17,5 milhões pelo aprofundamento do canal, informou que houve um problema burocrático na liberação das embarcações (que executavam serviços em outros locais), mas que tem a expectativa de que elas cheguem a Santa Catarina, ainda essa semana. Caso a SEP tivesse de optar pela segunda concorrente da licitação, teria um ônus de cerca de R$ 10 milhões a mais do que a proposta vencedora.




Porto de Itapoá deve entrar em operação em seis meses
Para acelerar a recuperação de Santa Catarina e preencher a lacuna criada com a falta de movimentação de contêineres em Itajaí, o Porto de Itapoá deve entrar em operação nos próximos seis meses. O projeto inicial era colocá-lo à disposição do mercado no final de 2009, mas um pedido do governador catarinense Luiz Henrique da Silveira, fez os responsáveis pelo projeto anteciparem o cronograma de obras. Por conta do desastre causado pelas fortes chuvas do final de novembro e que causaram 128 mortes, destruíram parte do Porto de Itajaí e impediram a plena movimentação de cargas no Porto de Navegantes até agora; hoje, Santa Catarina está deixando de receber 60 mil contêineres por mês, sendo a maior parte deles desviada para o Porto de Paranaguá, no Paraná.Segundo o diretor do Grupo Battistella, Hildo Battistella, a antecipação é possível, mas exigirá um novo planejamento por parte da empresa. O que pode agilizar esse processo é a vontade do Governo do Estado e do Governo Federal em recuperar o potencial logístico de Santa Catarina. Números da Secretaria de Estado da Fazenda mostram que as empresas catarinenses perderam até agora R$ 858 milhões. "Isso é possível porque há o interesse tanto do governo estadual como do federal, para que o porto opere antes do programado. Nós estamos na fase de estudos da viabilidade da antecipação do cronograma. Com a construção e os desembolsos do BID, acredito que não teremos problemas. Temos agora de acertar a antecipação da chegada dos equipamentos e a liberação desses, pela Receita Federal”.




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ENERGIA & Telecomunicações


Teles planejam investir R$ 19 bilhões em celulares em 2009
Mesmo com a crise financeira, as operadoras de telefonia móvel planejam investir R$ 19 bilhões, um valor 35,7% maior do que o investido em 2008. A cifra pode chegar a R$ 22 bilhõe, caso repitam a expansão de 2008, incorporando outros 30 milhões de novos clientes às suas bases. Boa parte dos recursos irá para melhorias da rede atual e ampliação da cobertura da telefonia 3G (terceira geração), plataforma que permite o acesso à internet rápida pelo celular. As companhias dizem que estão capitalizadas, mas pressionam o governo por linhas especiais de crédito, pelo adiamento no pagamento de tributos e pela redução de impostos para criar um "colchão" que assegure os investimentos diante da crise financeira.

Telebrás fará aumento de capital de até R$200 milhões
A Telebrás, holding de telecomunicações, controlada pelo governo federal, poderá fazer um aumento de capital de até 200 milhões de reais por meio de emissão de novas ações, informou a companhia na sexta-feira, dia 26/12, ao mercado. Procurada, a área de relações com investidores da companhia, afirmou que os motivos para o aumento de capital poderão ser informados apenas na próxima semana. As ações da companhia disparavam mais de 29,03%, cotadas a 0,40 real, às 11h31min da sexta-feira. Em dezembro do ano passado, o governo divulgou plano de capitalizar a companhia em 200 milhões de reais para fazer investimentos no sistema de "Operacionalização do Programa de Inclusão Digital e da Universalização da Banda Larga" no Brasil, "bem como promover o restabelecimento do equilíbrio econômico e financeiro da companhia". A empresa acumula de janeiro a setembro, prejuízo líquido de 24,4 milhões de reais, ante prejuízo de 16,87 milhões de reais registrado um ano antes. (Agência Reuters)


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MERCADO DE TI


Cinco previsões de TI que não vão acontecer em 2009
Nessa época do ano, jornalistas adoram compor listas sobre o que deve acontecer nos próximos doze meses. Nada errado com isso, mas estamos aqui para – na forma de antídoto – sugerir algumas coisas que não devem acontecer em 2009:
1.
Vasto desenvolvimento de ferramentas de inteligência muitas pessoas pensam que ferramentas de BI serão utilizadas em mais desktops e que, com isso, os usuários finais poderão entendê-las melhor, o que permitiria aos fornecedores ampliar sua base, hoje composta basicamente de executivos. Mas o BI é, na verdade, um software avançado para usuários avançados, e fornecer ferramentas de análise em escala para todos os usuários, é algo como usar uma metralhadora para matar um rato (difícil e um tanto quanto perigoso). Tornar as ferramentas mais baratas e mais ‘utilizáveis’ é algo que ainda está na esfera dos departamentos de marketing dos fornecedores.
2.
Tornar-se verde é um mito que a TI está se tornando verde. Muitos CIOs estão olhando com muito cuidado como tirar mais valor de seus investimentos e parte disso, inclui o corte de custos aonde for possível, incluindo o consumo de energia. Salvar o planeta é apenas um bônus.
3.
Combinar estratégias de ERP haverá um tempo para muitas companhias em que todos os aplicativos corporativos adquiridos ao longo dos anos farão sentido. Mas, com empresas como Oracle e SAP, ainda organizando os aplicativos que eles uniram com suas aquisições, isso não acontecerá em 2009.
4.
Boom do offshoring algumas pessoas acreditam que a recessão representa o momento de terceirizar tudo que se mova. Talvez o movimento ocorra, mas não em setores como serviços financeiros, viagens e outras verticais que irão procurar se mexer menos em 2009, especialmente em relação a novos projetos, não importando que percepção tenham do valor da terceirização.
5.
Renovação nos parques de desktops o Windows Vista ainda é um sistema operacional distante do mercado e PCs comprados há menos de cinco anos, ainda estão com suas CPUs, memórias RAM e discos plenamente funcionais. Conclusão: a renovação dos parques de PCs deve aguardar ainda mais um ano. (Revista CIO Magazine, Inglaterra)


Microsoft aposta que estará entre os grandes fornecedores de ERP
Não é de hoje que a Microsoft tenta conquistar terreno no mercado de
soluções corporativas, dominado por empresas tradicionais no segmento, como SAP e Oracle. As primeiras iniciativas da companhia na área começaram há oito anos, e até agora, ela não conseguiu se tornar uma das referências do mercado na oferta de soluções de CRM e ERP, mantidas sob o guarda-chuva da linha Dynamics. De acordo com a Microsoft, atualmente, em todo o mundo, 300 mil empresas usam soluções Dynamics, das quais entre 400 e 500, estão no Brasil. Mas vale ressaltar que esses números consideram negócios de todos os portes e, inclusive, casos de uso da solução por apenas um departamento das companhias. Só para estabelecer um padrão de comparação, a SAP tem 76 mil clientes em todo o mundo, todos considerados de grande porte.
Klaus Holse Andersen, vice-presidente de vendas e operações da área de soluções de negócios da Microsoft, afirma que o mercado corporativo não tem medo do fantasma da tela azul e aposta que em dez anos, os players do segmento, se reduzirão a três ou quatro, incluindo a própria companhia.



LEIA a entrevista de Andersen:



Quando pensamos a respeito de ERP, CRM e Microsoft, geralmente não se associam esses termos, porque a Microsoft está mais relacionada a desktops. Vocês devem ter um grande trabalho com seus clientes e com o mercado para mostrar uma imagem diferente da empresa. Quais são os desafios? Vocês têm que apresentar a Microsoft como uma empresa que também desenvolve sistemas para negócios?
Klaus Holse Andersen - Eu concordo com você. Em muitos países, a imagem da Microsoft é de um provedor de soluções para desktops. Mas há sete anos, quando comecei na Microsoft, ninguém poderia imaginar a companhia, também no negócio de servidores. Hoje, nossas soluções para servidores estão em máquinas, na maioria dos data centers. Todo data center tem servidores com produtos Microsoft. Pensamos que a mesma coisa vai acontecer com ERP e CRM no longo prazo. O desafio que as organizações de TI têm é lidar com diferentes sistemas. A equipe de TI tem que conectar todos esses sistemas, de diferentes fornecedores. Se você conversar com o pessoal de TI, eles dirão que gastam a maior parte de seu tempo juntando essas peças.
O que vemos agora como tendência entre muitas empresas de médio porte é que elas preferem padronizar, usando apenas uma plataforma, com Windows, Share Point, Active X, e quando fazem isso, dizem: bem, agora, preciso de um ERP que se encaixe nesse ambiente. E é aí que nós vimos uma grande oportunidade.
Uma segunda coisa que observamos nas empresas de médio porte, é que elas enxergam os sistemas de gestão como algo muito complicado. Então, nós nos focamos na oferta de uma interface que é muito mais simples do que as outras que existem no mercado.
Nos últimos cinco anos, nós pesquisamos como as pessoas trabalham. As pessoas vão para as empresas para desempenhar funções específicas e, com o estudo, nós descobrimos 52 tipos de funções que existem em qualquer empresa. E o funcionário quer obter as informações que importam para a sua função, porque ele não pode desempenhar as outras 51.
Nos sistemas tradicionais de ERP, você tem um grande menu e é envolvido em coisas que não lhe interessam. Nós tiramos a complexidade do sistema, então ele ficou muito mais simples de ser usado, de implantar e de obter feedbacks. E se os usuários amam o sistema, as pessoas da TI também amam. Acreditamos que a SAP estará nesse mercado daqui a dez anos, mas também, que haverá três ou quatro players, e nós seremos um deles. Acredito que conseguiremos uma boa vantagem competitiva nesse segmento.
O mercado corporativo sente um pouco de temor a respeito da tela azul?
Andersen - A tela azul morreu com o Windows XP, que era um sistema operacional para desktops muito mais confiável. Com o Vista, a tela azul se foi. Se essa fosse uma questão, as empresas teriam a mesma preocupação a respeito de servidores e elas adotam tecnologia Microsoft em seus data centers, pela mesma razão: é mais barato e simples. E as empresas continuam preocupadas com confiabilidade e segurança. Acho que as pessoas sentem que nós aprendemos nossa lição sobre segurança e que isso é traduzido facilmente, para os softwares de negócio. Então, essa preocupação não é algo que eu ouça.
Quais são suas metas para o próximo ano?
Andersen - Em geral, nós dizemos que queremos crescer três vezes a taxa de crescimento do mercado local, em qualquer país. O mercado brasileiro está crescendo cerca de 20%, então, nós queremos crescer pelo menos três vezes, qualquer que seja o avanço do mercado por aqui.



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MERCADO ONLINE


Estudo avalia tendências de segurança na web
Discutir sobre tendências em um mundo digital em constante evolução não é uma das tarefas mais fáceis. Um estudo realizado pela Symantec, e divulgado no final de dezembro, apresenta um levantamento sobre a segurança na internet, ações que acorreram em 2008 e principais tendências a serem observadas em 2009. Tendências de 2008 - Novas variantes de Malware ou famílias de ameaças – Hackers migraram da distribuição em massa de uma pequena diversidade de ameaças, para a micro distribuição de grandes famílias de ameaças. Essas novas linhas de malware consistem em milhões de ameaças distintas que mudam rapidamente, conforme se espalham. O Trojan.Farfli, que foi descoberto pela primeira vez em julho de 2007, é uma dessas famílias de ameaças que exibiu essas características.
- Aplicativos falsos ou enganosos – Programas falsos de segurança e utilitários, também conhecidos como “scareware”, prometem proteger ou limpar o computador de um usuário. Esses programas são instalados juntos com um programa de Trojan horse, produzindo resultados falsos ou enganosos, e seqüestram o PC afetado, até que o usuário pague para corrigir.
- Ataques baseados em Web – Web sites confiáveis são o foco de grande parte da atividade nociva. Em 2008, a Symantec observou que a Web é agora a via primária para a atividade de ataque.
- Economia paralela – A Economia Paralela amadureceu e se tornou um mercado eficiente e global, onde bens roubados e serviços relativos a fraudes com valor de bilhões de dólares, são regularmente comprados e vendidos. Entre julho de 2007 e junho de 2008, pesquisadores da Symantec calculam que o valor total dos bens anunciados em servidores da economia paralela, chegou a mais de $276 milhões.
- Violações de dados – O volume continuamente alto de violações de dados destaca a importância de tecnologias e estratégias de prevenção de perda de dados. Com fusões, aquisições e demissões tornando-se mais comuns no clima econômico atual. A prevenção de perda de dados se torna cada vez mais importante para proteger informações sensíveis, incluindo propriedade intelectual, de uma empresa.
- Spam – “Daqui a dois anos, o problema do spam terá sido resolvido”, disse Bill Gates em 2004. Em 2008, observamos níveis de spam em até 76% até o incidente McColo, em novembro de 2008, quando os níveis de spam caíram em 65%. Enquanto que filtros antispam se tornaram mais sofisticados no ano passado, e ameaças de spam emergiram e desapareceram, está claro que os spammers não estão desistindo.
- Phishing – Phishing continuou ativo em 2008. Hackers estão usando eventos atuais tais como a eleição presidencial de 2008 nos EUA, para tornar sua "isca" mais convincente, utilizando técnicas mais eficientes de ataque e automação. Toolkits de phishing também continuam a contribuir para o problema.
- Vulnerabilidades de navegador ou plug-in – Vulnerabilidades específicas de site são freqüentemente usadas em associação com vulnerabilidades de plug-in de navegador, que são utilizadas para conduzir ataques sofisticados, baseados na Web.



Amazon.com tem temporada de vendas natalinas recorde
A gigante do varejo online Amazon.com anunciou nessa sexta-feira, que teve sua melhor temporada de vendas natalinas esse ano, apesar das vendas e do movimento em redes de varejo tradicionais dos EUA, terem sido os mais fracos em décadas. O anúncio fez as ações do site disparar quase 4%. Analistas afirmaram que a Amazon é um ponto brilhante, raro na temporada de compras de fim de ano em 2008, por causa de sua escala e flexibilidade.
As vendas online, também foram ajudadas por tempestades de inverno que atingiram grandes partes dos EUA no último fim de semana antes do Natal. Em um release em que chama a temporada de compras desse ano, de "a melhor da história", a Amazon afirma que mais de 6,3 milhões de itens foram encomendados pelo site no mundo no pico das compras natalinas, 15 de dezembro. Isso equivale a 72,9 produtos comprados por segundo. No dia mais movimentado, a empresa despachou 5,6 milhões de unidades. Entretanto, a Amazon.com não forneceu informações financeiras sobre as vendas, como por exemplo, como se saíram às margens de lucro da companhia diante da série de descontos aplicados em toda a cadeia de varejo.
Scott Devitt, analista da Stifel Nicolaus, afirmou que o dia de pico da Amazon registrou um aumento de 17% em relação ao verificado um ano atrás, enquanto o volume máximo de entregas correspondeu a um crescimento de 44%. A Amazon.com despacha mercadorias para mais de 210 países e informou que enviou 99% dos produtos encomendados, a tempo para o Natal. (Agência Reuters, de Nova Iorque)



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MERCADO DE LUXO


Perfumada, colorida e embalada, água é novo "produto de luxo"
Bons tempos aqueles em que você só precisava decidir entre "com" ou "sem gás", na hora de comprar uma garrafa de água. O que move o mercado hoje são águas "especiais", saborizadas ou de propriedades funcionais. Segundo a consultoria Zenith, que acompanha o setor em escala global, a classe de produtos que mais cresceu em 2007, foi a das bebidas com menos de 25% de suco - onde entram as águas com sabor. Esse segmento cresceu 6,7%, alavancado pelo surgimento das bebidas funcionais. A água mineral cresceu em 6,1% e ultrapassou os refrigerantes.
No Brasil, a Danone acaba de lançar a água Bonafont, que tem como atrativo o baixo nível de sódio. Além de não contribuir para o acúmulo da substância, a novidade ajudaria a eliminar o sódio presente no organismo. Mas o rótulo nada informa a respeito, porque a lei brasileira não permite. O presidente da Abinam - Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais -, Carlos Alberto Lancia, diz que o setor luta há anos, para anunciar as funções terapêuticas de seus produtos. "Água não é tudo igual. Deixamos de criar um mercado por causa de barreiras", afirma.
Outro mercado importante é o das águas "premium". Ainda não há essas bebidas de luxo produzidas em território nacional, mas isso deve mudar com o início da fabricação da Equa. A origem da água será um aqüífero da floresta amazônica. O produto teria menos partículas dissolvidas do que qualquer outro à venda hoje. Para o presidente da Abinam, o país, ainda não está pronto para esse tipo de água. "O mercado brasileiro não paga o preço disso", diz Lancia. Mas há quem pague.
Mesmo sem função para organismo ou uma origem especial, as águas encontram meios de subir seus preços com investimento em design de embalagem. A francesa Evian contrata estilistas para desenvolver garrafas em edição limitada. Em 2007, Christian Lacroix fez duas versões: a mais cara foi leiloada por US$ 23 mil (R$ 54 mil). Para 2009, o lançamento da marca são as garrafas boladas por Jean-Paul Gaultier. Segundo Paulo Al-Assal, diretor do birô de tendências Voltage, essas águas luxuosas estão na contramão do movimento de consumo consciente. "Você está comprando uma garrafa ou a água?". Ele afirma que as águas especiais, que podem cair no gosto dos brasileiros, são mesmo as funcionais.
A americana Function Drinks tem uma cartela de sabores que prometem ajudar a relaxar, a perder peso e até a evitar doenças. Um deles é o Urban Detox (desintoxicação urbana), que limparia o corpo de poluentes e daria uma mãozinha para superar a ressaca. Para Dan Waitzberg, professor de gastroenterologia, da Faculdade de Medicina da USP, os efeitos prometidos pelas águas funcionais são possíveis. "Há componentes antioxidantes, como o chá verde e a vitamina C", diz Waitzberg, 57. Mas é preciso estar atento à concentração das substâncias em cada dose das bebidas. "O Urban Detox tem 24 mg de vitamina C em cada garrafa, sendo que a quantidade recomendada por dia, é de 90 mg. As pessoas se esquecem de comer frutas e legumes e esperam alternativas industrializadas, ao que a natureza oferece de graça", diz.

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EXPEDIENTE


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