I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 132 | Ano I

Crise não comprometerá compras de Natal no Brasil
A crise financeira não deve chegar aos balcões das lojas de departamento durante as vendas de Natal. É o que mostram as sondagens junto aos varejistas de São Paulo. De acordo com um levantamento da Fecomercio - Federação do Comércio do Estado de São Paulo -, o faturamento nesse período deverá crescer 4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a previsão era de 3% de expansão.
As maiores altas ocorrerão nas lojas de vestuário e calçados, que estimam resultados 6% maiores que os de 2007. As redes especializadas em bens duráveis, como eletroeletrônicos, mercadorias cujo tíquete médio é elevado, deverão crescer 2%. Para esses itens, a internet é o melhor canal de vendas porque os preços são, em geral, mais baixos.
A pesquisa da Fecomercio foi realizada entre os dias 18 e 20 de dezembro com 160 lojistas de São Paulo. Consultados pela Folha, alguns dos lojistas estimam que deverão fechar o período de vendas natalinas com alta de 10% sobre o faturamento do ano passado.
O impacto da crise, que fez secar as fontes de crédito em diversos países do mundo, será pequeno nas lojas brasileiras porque, segundo os especialistas, não houve queda do nível de emprego e a renda do trabalhador aumentou. "Ainda estamos no rastro do avanço econômico de 2007", diz Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo.
Patah considera que haverá apenas um efeito negativo. "Só 20% dos postos de trabalho temporário, criados no Natal, serão mantidos", diz. Ainda, segundo ele, em 2007, o aquecimento do ritmo das vendas natalinas obrigou os comerciários a abrirem 35 mil novos postos de trabalho temporário, e 80% deles foram mantidos pelo comércio após as festas de final de ano. "A única boa notícia é que teremos os mesmos 35 mil novos postos nesse ano," diz Patah. "Infelizmente, só uma pequena parte será efetivada." A sondagem da Fecomercio mostra que, as previsões do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, têm chances de não se confirmar. Até o momento, a maioria dos empresários consultados (60%) ainda não pediu ajuda extra para o Natal.
Política comercial
Apesar das boas perspectivas, os lojistas não querem correr perigo. Uma das jogadas para manter o ritmo das vendas é a agressiva política de descontos. Seis entre dez dos entrevistados afirmaram que contam com "ofertas relâmpago", por exemplo, como forma de atrair clientes dentro das lojas a efetivarem as compras. Cerca de 8% estão lançando mão de brindes e sorteios e apenas 3%, optaram pela venda parcelada sem juros. Isso porque, ainda segundo a pesquisa, boa parte dos pagamentos ocorre via cartão de crédito, que já oferece o parcelamento. O pagamento à vista responde por aproximadamente, 34% das operações.
Outro motivo de preocupação dos lojistas são os estoques. A pesquisa da Fecomercio mostrou que 71% dos empresários mantêm seus depósitos no mesmo nível do ano passado, considerado um dos melhores Natais dos últimos oito anos.
Também por isso, os shoppings, centros de comércio popular, como a Rua 25 de março em São Paulo, e até os supermercados, estenderam seu horário de funcionamento. A maioria dos shoppings, abertos até as 22h, funcionaram ontem, até meia-noite. Entre os hipermercados, o Carrefour e o Extra só fecham as portas às 18h e 20h de hoje, respectivamente.

BCE faz nova injeção de US$ 313,209 bilhões no mercado da UE
O BCE - Banco Central Europeu - injetou nesta terça-feira, no mercado da EU - União Européia - 223,694 bilhões de euros (US$ 313,209 bilhões), com taxas de juros fixas de 2,5% e vencimento em sete dias. Participaram do leilão 640 bancos comerciais da zona do euro. A operação vencerá em 30/12. Mais cedo, o banco fez uma injeção de US$ 52,305 bilhões a uma taxa de juros fixa de 1,16%, com vencimento em 16 dias. No último dia 4, o BCE promoveu o maior recuo da taxa básica de juros na história do euro (0,75 ponto percentual), para 2,5%. Agora o BCE conduz as operações principais de refinanciamento semanais, mediante um procedimento de leilões com taxas de juros fixas, com adjudicação plena, às taxas de juros mínimas aplicáveis. Com isso, a entidade monetária européia quer assegurar que todos os bancos comerciais da zona do euro atinjam a liquidez necessária. No leilão de recursos com vencimento em 16 dias, participaram 46 bancos comerciais da zona do euro, que pediram a quantia aplicada pelo BCE em troca de garantias, segundo o BCE. (Efe)

OCDE dia que recessão continuará em 2009
O secretário-geral da OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico -, Ángel Gurría, afirmou que a recessão da economia se prolongará quase até o final do próximo ano, e que um "retorno à normalidade" só deverá ocorrer em 2011. Em declarações à emissora de rádio France Info, Gurría disse que a recessão vai continuar "pelo menos até a primeira metade de 2009, ou inclusive até o terceiro trimestre", e depois virá "um começo de crescimento positivo no final de 2009” que, no entanto, será fraco, para “um retorno à normalidade em 2011".
Para sair o mais rápido possível da atual situação, ele aconselhou à EU - União Européia - que vá adiante nos planos de relançamento econômico apresentados nas últimas semanas, assim como os EUA e a China, e também, recomendou um investimento nas tecnologias "verdes", que além dos efeitos ambientais, têm um forte potencial econômico. Gurría ressaltou à emissora francesa que o setor de construção será "fortemente afetado". Ele também afirmou que haverá problemas na atividade dos serviços e do turismo, pelo efeito cascata da crise.
Em resumo, no ano que vem se chegará ao fundo do poço no atual período de crise econômica, com 20 a 25 milhões de novos desempregados no mundo, dos quais entre oito e dez milhões nos 30 países da própria OCDE. O secretário-geral advertiu que nenhum estado ficará a salvo da crise, de modo que as exportações de alguns emergentes como China e Índia, também serão afetadas. Em seu último relatório de perspectivas econômicas, publicado em 25/11, a OCDE afirmava que a economia de seus países-membros tinha entrado em recessão desde o terceiro trimestre desse ano, uma situação que se prolongará em 2009, com uma queda do PIB - Produto Interno Bruto - de 0,4%. A evolução deveria ser novamente positiva em 2010, com uma recuperação limitada a 1,5%, sempre de acordo com os números de novembro. (Efe)

Investidores processam grupo que confiou US$ 7,5 bilhões a Madoff
A firma Fairfield Greenwich Group, que confiou US$ 7,5 bilhões ao gestor Bernard Madoff, foi processada diante de um tribunal de Nova Iorque, por seus investidores, que consideram que não cuidou convenientemente de seu dinheiro. A companhia de propriedade de Walter Noel disse que investiu através do fundo de investimento Greenwich Sentry, US$ 220 milhões com Madoff, que foi detido em 11/12, acusado de ter montado uma fraude que poderia alcançar os US$ 50 bilhões.
A entidade também confiou US$ 7,3 bilhões de seu fundo Fairfield Sentry, à gestão desse reputado financeiro americano, que durante anos, ofereceu uma alta rentabilidade a todo o dinheiro que chegava a suas mãos. No entanto, ele mesmo confessou que chegou um momento em que essa rentabilidade não era conseguida através de inteligentes estratégias de investimento na Bolsa, mas de um sistema de pirâmide, pelo qual utilizava os fundos novos que iam chegando para pagar os juros dos clientes mais antigos. No início do mês, e depois que a crise forçou alguns de seus clientes a retirar seus fundos e diminuir novas entradas de dinheiro, Madoff não foi capaz de continuar pagando os juros que, em teoria, estava conseguindo e confessou ao FBI, que tinha montado um sistema de US$ 50 bilhões. Uma das entidades que confiou mais dinheiro a Madoff, que se encontra sob prisão domiciliar e vigiado 24 horas, foi a Fairfield Greenwich, cujos clientes acusam agora a firma na Corte Suprema do Estado de Nova Iorque, em Manhattan, de não haver zelado convenientemente por seus interesses. Segundo o processo, os investidores consideram que os sócios da entidade não cumpriram sua responsabilidade fiduciária e enriqueceram injustamente com seus fundos. O processo apresentado foi feito sob o formato de denúncia coletiva, por isso está aberta à incorporação de pessoas que se considerarem na mesma situação. (Agência Efe, de Nova Iorque)

American Express receberá US$ 3,39 bilhões do Tesouro americano
A gigante dos cartões de crédito American Express, receberá 3,39 bilhões de dólares do Tesouro americano, como parte do plano de resgate de emergência para o setor financeiro, anunciou a firma nessa terça-feira. As ações preferenciais emitidas por AmEx em favor do Tesouro, terão rendimento de 5% ao ano durante cinco anos, e 9% depois do quinto ano. O American Express havia obtido mês passado o estatuto de banco, o que permitiu o acesso aos financiamentos do Federal Reserve e a se beneficiar com a injeção de recursos do Tesouro.

Venda de imóveis novos cai 75% em outubro em SP
Atingido pela crise financeira global, o mercado imobiliário sofreu em outubro sua segunda queda consecutiva. No mês, foram vendidos 946 imóveis residenciais novos em São Paulo, contra 3.854 em outubro de 2007 - um decréscimo de 75,45% -, de acordo com informações do Secovi-SP (sindicato da habitação). Em setembro, o setor já havia sentido um declínio de 46,8% na mesma comparação, em sua primeira retração desde fevereiro do ano passado. Nos dois meses, a queda acumulada já chega a 60%. Segundo o Secovi-SP, houve "parada técnica" em outubro, por conta das "incertezas" quanto ao desenrolar das turbulências globais.
O segmento de imóveis de três e quatro dormitórios foi o que mais sentiu o impacto da crise. "Nós nos surpreendemos muito. Mas é preciso ponderar que outubro concentrou a maior parte das más notícias e levou a uma desconfiança maior por parte dos compradores", analisa Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP. De acordo com ele, dados preliminares indicam retomada de ritmo no mercado em novembro e dezembro. Para o sócio-diretor da RC Consultores, Fábio Silveira, porém, o resultado de outubro mostra que "a crise já está instalada" e que tende a piorar, mesmo com as medidas do governo para conferir maior liquidez à economia. "Essa é uma crise que tende a engolir todos os setores. E uma das certezas que nós temos é que as medidas anticíclicas adotadas pelo governo, tanto do Brasil como de outros países, vão demorar a surtir efeito", afirma Silveira.
Entre as ações anunciadas pelo governo para estimular o mercado imobiliário, está a ampliação de 600 mil para 900 mil no número de unidades financiadas pela Caixa Econômica Federal no próximo ano. Para esse ano, porém, o Secovi-SP prevê queda nas vendas. No ano passado, foram vendidos 36 mil imóveis residenciais. Para 2008, a expectativa é a de que 33 mil negócios sejam concretizados.
Outro indicador que aponta a desaceleração no mercado, o VSO - Venda sobre Oferta - caiu de 13,8% em setembro para 4,9% em outubro. O dado mostra as vendas realizadas em relação ao total de empreendimentos lançados em São Paulo nos últimos 36 meses. Segundo o Secovi-SP, trata-se do pior resultado desde janeiro de 1999. "A crise impôs uma nova realidade às empresas do setor", diz Petrucci, do Secovi-SP. No próximo ano, as incorporadoras já terão de trabalhar com novo planejamento de obras e implementar novas políticas financeiras.
As projeções do sindicato indicam que, no próximo ano, serão vendidos entre 27 mil e 29 mil imóveis residenciais na cidade de São Paulo. Já os lançamentos devem cair de 35 mil unidades para algo entre 26 mil e 28 mil. "É certo que teremos um mercado menor", afirma Petrucci. "O mercado imobiliário depende muito de crédito e de confiança, e foram justamente esses dois fatores que a crise atingiu com mais força", afirma Silveira, da RC Consultores.

Carmen Steffens inaugura loja-conceito em SP e vai à Argentina
A Carmen Steffens grife de calçados e bolsas, com mais de 120 pontos de venda no Brasil, inaugurou uma loja-conceito na Alameda Lorena, no sofisticado bairro dos Jardins, em São Paulo. Com 150 metros quadrados de área em dois andares, o espaço conta com um show room e uma sala VIP com bar no segundo andar, onde serão atendidos os clientes do exterior, franqueados e celebridades. O projeto segue o padrão da grife, com móveis claros, espelhos e iluminação que privilegia os produtos expostos. A empresa, também abriu nessa semana um ponto de venda em Buenos Aires, no bairro de Recoleta. Essa é a primeira loja da marca na capital argentina, uma das principais vitrines de moda da América Latina.

PB Kids abre loja de R$ 2 milhões em Porto Alegre/RS
A PB Kids, varejista especializada em brinquedos, com 43 pontos de venda no país, pretende abrir seis novas lojas em 2009. A empresa está investindo R$ 2 milhões na abertura de sua maior unidade em Porto Alegre/RS, uma loja de 1.400 metros quadrados no recém-aberto BarraShoppingSul. Até o início de 2010 a empresa pretende registrar um crescimento de 16% no número de lojas, elevando o faturamento total da rede em 20%. A nova unidade de Porto Alegre tem como destaque a Loja do Futuro, composta por espaços tematizados que funcionam como parques de diversão: personagens em tamanho real interagem com as crianças, um simulador de vôo apresenta o último lançamento de minigame e ambientes customizados, transportam as crianças para seus desenhos preferidos. A loja do BarraShoppingSul possui uma minicabine de filmes, com pufes e um telão para as crianças.


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ESPECIAL


Brasil avança rumo à liderança no consumo de café
O consumo de café no Brasil em 2009 deve manter ritmo de crescimento acima da média mundial. A expectativa é que a taxa de expansão de 4,5% obtida em 2008, se repita em 2009, o que elevaria o consumo no mercado doméstico brasileiro, o segundo maior do mundo, para cerca de 18,8 milhões a 19 milhões de sacas de 60 kg. A previsão é da Abic - Associação Brasileira da Indústria de Café -, que prevê que em 2010 o Brasil divida com os EUA, o título de maior consumidor da bebida no planeta, com 21 milhões de sacas.
A OIC - Organização Internacional do Café - avalia que o avanço do consumo de café no mundo deve desacelerar em 2009, ficando abaixo de 2%, em virtude da crise financeira global. Para 2008, as estimativas antes da crise eram de crescimento de 2% no consumo mundial, considerando os esforços promocionais em países produtores para aumentar o consumo doméstico, como Colômbia e México, e de população elevada, como Índia e Indonésia. A OIC considera que o consumidor não deixará de tomar café, mas pode substituir grãos de alta qualidade por produtos convencionais, mais baratos.
"Estamos cautelosamente otimistas em relação ao consumo no País", informa o diretor-executivo da Abic, Nathan Herszkowicz. Segundo ele, o percentual de brasileiros que consome café diariamente alcança 97%. Esse nível é o mais alto desde que a Abic iniciou pesquisa com consumidores em 2003. Naquela época, o percentual era de 91%, segundo dados da InterScience, empresa de pesquisa de mercado contratada pela Abic. Embora altamente positivo, o resultado da pesquisa mostra, em contrapartida, que há pouco espaço para crescimento.
As pesquisas da InterScience revelam, ainda, que a população da classe social C é a que mais aumentou o hábito de beber café, passando de 34% para 43% no período. Os mais jovens, com idade entre 15 e 26 anos, gradativamente também vão adotando o hábito de tomar café. Outro fator que deixa o setor torrefador otimista, diz respeito à pergunta que é feita anualmente na pesquisa sobre a disposição do entrevistado em continuar consumindo café no futuro. O resultado revela que 83% dos consultados vão continuar bebendo o mesmo volume de café. Em 2007, o índice também era de 83%, sem a crise internacional, pondera Nathan.
Os industriais, no entanto, estão cautelosos porque "o momento é de crise". E os efeitos negativos poderão ser melhor observados no Brasil apenas no primeiro trimestre de 2009. Também causa apreensão a redução das margens na atividade da indústria de torrefação. Conforme o diretor-executivo da Abic, os preços do café na indústria subiram cerca de 34% nos últimos 14 anos, desde a introdução do Plano Real. No período, a inflação avançou cerca de 250%. "Os preços do café ficaram estabilizados nos últimos 14 anos, mas os custos de produção subiram, achatando as margens da indústria", disse Nathan.
A safra brasileira está estimada em 46 milhões de sacas de 60 kg em 2008, a segunda maior da história, para um consumo doméstico de 17 milhões de sacas e exportação de 29 milhões de sacas. Isso sem contar com os estoques, cujo volume varia de acordo com a fonte da informação. Estima-se, no entanto, que o total seria da ordem de 10 milhões de sacas. Em 2009, o Brasil não deve contar com uma produção tão grande como a do ano anterior. Isso porque o café tem como característica, alternar grandes safras com produções pequenas, em virtude da bienalidade da cultura. A Conab - Companhia Nacional de Abastecimento - deve anunciar a primeira estimativa para a safra 2009 no dia 8/01.

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

Cenário externo derruba Bovespa pelo quinto dia seguido
A Bovespa fechou em queda pelo quinto dia consecutivo ontem, seguindo o movimento das Bolsas americanas. Por sua vez, o
dólar comercial fechou em baixa de 0,29%, valendo R$ 2,388. A taxa de risco-país marca 436 pontos, número 0,90% abaixo da pontuação anterior.

- O termômetro da Bolsa, o
Ibovespa, cedeu 3,05% no fechamento para os 36.470 pontos.
- Com o mercado financeiro esvaziado devido às festas de fim de ano, o giro financeiro ficou em apenas R$ 2,1 bilhões.
- O preço do petróleo na praça de Nova Iorque, mantém a trajetória de queda das últimas semanas, com a cotação do barril para entrega em fevereiro caindo 2,33%, para US$ 38,98.

Análise - Segundo Cristiano Souza, economista do Banco Real, ontem foi um dia de baixo volume de negócios, favorecendo que qualquer movimento ganhasse força. Além disso, dados negativos da economia americana influenciaram negativamente o mercado financeiro. "Foi um dia negativo para todas as Bolsas", afirmou Souza. De acordo com ele, o governo americano apresentará novos dados nessa quarta-feira, e a expectativa é que todos mostrem um cenário negativo da economia.


Bolsa de Nova Iorque fecha em queda de 1,18%
O mercado norte-americano de ações fechou em queda, em dia de indicadores econômicos fracos (a revisão final do PIB do terceiro trimestre, e os dados de vendas de imóveis residenciais, novos e usados, em novembro). Devido às incertezas que cercam a economia e a crise financeira, as ações dos setores, automotivo e financeiro, estavam entre as que mais caíram.

- O índice Dow Jones fechou em queda de 1,18%, em 8.419,49 pontos.
- O Nasdaq fechou em queda de 0,71%, em 1.521,54 pontos. O volume ficou em 1,310 bilhão de ações negociadas, de 1,638 bilhões ontem, com 1.058 ações fechando em alta e 1.855 em queda.
- O S&P-500 caiu 0,97%, para fechar em 863,16 pontos.
- O volume negociado na Bolsa de Nova Iorque (NYSE) ficou em 984,8 milhões de ações, de 1,220 bilhão ontem.
- No setor automotivo, as ações da General Motors caíram 14,77% e as da Ford recuaram 15,44%, depois de novos rebaixamentos de rating das duas empresas (a GM pela Standard & Poor's e a Ford pela Moody's).
- No setor financeiro, os destaques foram Bank of America (-5,76%), Citigroup (-3,41%) e JPMorgan Chase (-2,38%).
- No setor de tecnologia, as ações da IBM caíram 1,70% e as da Intel recuaram 1,88%. As da Alcoa, que haviam sofrido quedas fortes recentemente, subiram 3,68%.
- Outro destaque do dia foram às ações do grupo industrial Textron, que fabrica os aviões Cessna e os helicópteros Bell; suas ações caíram 20,47%, depois de a empresa anunciar 2.200 demissões e que vai deixar a área financeira (exceto nas atividades de apoio a suas unidades industriais).



Com poucos negócios, Bolsas européias fecham com resultados fracos
Sem notícias que movimentassem os negócios, as Bolsas européias tiveram resultados fracos nessa terça-feira; as exceções foram as Bolsas de Londres e Amsterdã, que mesmo assim tiveram ganhos fracos. A notícia que o PIB - Produto Interno Bruto - do Reino Unido caiu mais que o previsto no trimestre passado, não chegou a derrubar o mercado acionário londrino. A semana mais curta devido ao Natal, afastou os investidores.

- A Bolsa de Paris caiu 0,73% no índice CAC 40, indo para 3.128,40 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt teve baixa de 0,21% no índice DAX, ficando com 4.629,38 pontos.
- A Bolsa de Milão fechou em baixa de 0,58% no índice MIBTel, que ficou com 14.864 pontos.
- A Bolsa de Zurique fechou em queda de 0,37%, com 5.399,58 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Londres fechou com ligeira alta de 0,16% no índice FTSE 100, indo para 4.286,93 pontos.
- A Bolsa de Amsterdã teve alta de 0,65% no índice AEX General, que ficou com 258,52 pontos

As Bolsas de Paris e Londres vão encerrar suas atividades a partir dessa quarta-feira, 24/12, e só reabrem na segunda-feira, 29/12, para mais uma semana de dois dias, devido às festas do Ano Novo. As Bolsas americanas terão uma sessão reduzida na quarta-feira e ficarão fechadas na quinta-feira, 25/12.
O ONS - Escritório Nacional de Estatísticas - informou ontem, que o PIB - Produto Interno Bruto - do Reino Unido caiu 0,6% no terceiro trimestre do ano em relação ao período imediatamente anterior. Trata-se da terceira e última estimativa do PIB comunicada pelo ONS. A anterior destacava uma contração de 0,5%, mas o agravamento do dado definitivo não surpreendeu os mercados. O escritório confirmou que o crescimento foi nulo no segundo trimestre, portanto o Reino Unido não está oficialmente em recessão, situação que se define por dois trimestres consecutivos de queda do PIB, em relação aos exercícios precedentes.
Os gastos do consumidor na França tiveram uma alta de 0,3% em novembro, na comparação com outubro, estimulados pelo setor imobiliário e pela queda nos preços da energia. O Insee - Instituto Nacional de Estatística e Estudos Econômicos -, na sigla em francês, revisou o resultado de outubro, de uma queda de 0,5% nos gastos, para uma queda de 0,4%.


HOJE – Com poucos negócios, Bolsas da Ásia fecham em queda
Com ritmo de negócios em queda devido às festas de fim de ano, as Bolsas da Ásia fecharam em queda seguindo a retração no mercado americano. A confirmação do
recuo de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos no terceiro trimestre desanimou os investidores.

- A Bolsa de Tóquio (Japão) recuou 2,36% no índice Nikkei 255, com o mau resultado de empresas como a Toyota. A montadora, que anunciou nesta semana um prejuízo recorde, viu suas ações caírem 4%.
- A Bolsa de Hong Kong
encerrou o pregão com queda de 0,26%.
- A Bolsa da Austrália, o indicador ASX da Bolsa de Sydney retraiu 0,69%.
- A Bolsa de Seul (Coréia do Sul), o KOSPI teve perdas de 1,38%.
- A Bolsa de Xangai (China), o recuo foi de 1,76%.


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ÍNDICES ECONÔMICOS


Inflação semanal desacelera e fica em 0,61%
O IPC-S - Índice de Preços ao Consumidor – Semanal - registrou alta de 0,61% na semana encerrada no último dia 22, o que representa uma queda de 0,12 ponto percentual (p.p.), em relação ao índice referente à semana imediatamente anterior. Os dados foram divulgados ontem, pela FGV - Fundação Getulio Vargas.
A principal contribuição para a desaceleração veio do grupo Alimentação, cuja taxa passou de 1,34% para 0,88%. Os destaques nessa categoria foram os itens frutas (de -0,45% para -2,93%) e adoçantes (de 1,17% para 0,37%).
Os grupos Habitação (0,51% para 0,44%), Educação, Leitura e Recreação (0,44% para 0,39%) e Vestuário (0,57% para 0,56%), também desaceleraram, com destaque para tarifa de eletricidade residencial (0,65% para 0,48%), cursos não-formais (0,95% para 0,83%) e roupas (0,98% para 0,69%).
Já os grupos Transportes (0,39% para 0,57%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,62% para 0,71%) e Despesas Diversas (0,21% para 0,31%) apresentaram alta, com destaque para os itens tarifa de táxi (2,89% para 4,93%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,88% para 1,07%) e cerveja (0,67% para 1,86%).
Capitais
Entre as sete capitais pesquisadas pela FGV, a maior desaceleração de preços foi observada em Porto Alegre: de 0,74%, o indicador passou para 0,37%. São Paulo e Belo Horizonte tiveram o mesmo recuo, de 0,17 p.p. - a primeira ficou com um índice de 0,33% e a segunda, de 0,41%.
No Rio de Janeiro, os preços tiveram uma desaceleração de 0,10 p.p., apontando uma alta de 1,15%. Em Brasília, os preços tiveram uma ligeira desaceleração de 0,83% para 0,79% e, em Recife, a correção para baixo foi ainda menor, com o indicador passando de 1,03% para 1,02%.
Salvador foi a única das capitais pesquisadas a registrar alta, passando de 0,35% para 0,44%.
A próxima apuração do IPC-S geral, com dados coletados até o dia 31/12, será divulgada no dia 5/01; já os indicadores referentes ás capitais devem ser divulgados no dia 6/01.


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MERCADO FINANCEIRO

Crédito alcança 40,3% do PIB em novembro e atinge recorde

O volume de crédito concedido alcançou 40,3% do PIB - Produto Interno Bruto - em novembro, contra 39,6% em outubro. A relação alcançou um patamar recorde. O volume total cresceu 2%, alcançando R$ 1,2 trilhão em novembro. Para pessoa jurídica, o crescimento foi de 3%, mas para pessoas físicas foi de apenas 0,1%. "Se observa uma continuidade de crescimento no crédito, principalmente no crédito voltado para a pessoa jurídica", afirmou o diretor chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. A média diária de concessão de crédito aumentou 4,2%, crescendo 6% para pessoas físicas e 3,3% para pessoa jurídica.
Projeção
A projeção é que o volume de crédito alcance 42% do PIB no próximo ano. Para 2008, a relação crédito/PIB deve ficar em 40,5%. Segundo Lopes, o volume de crédito deverá crescer 16% em 2009 - a metade da expansão acumulada nos últimos 12 meses, que é de 32,8%. Para 2008, a previsão é fechar o ano com um crescimento de 31%. "Crescer 16% não é trivial, principalmente em um ano em que você está em recuperação, não é tão baixo", afirmou Lopes.
Juros
Os juros para pessoa física subiram 3,8 ponto percentual em novembro, alcançando
58,7% ao ano. Segundo dados divulgados ontem, pelo Banco Central, a taxa para pessoa jurídica caiu 0,4 ponto percentual, passando de 31,6% ao ano em outubro para 31,2% em novembro. A taxa média geral ficou em 44,1% ao ano, valor 1,2 ponto percentual maior do que no mês anterior. "Certamente essa crise internacional, com a redução de liquidez contribuiu para encarecer o crédito principalmente para as famílias", completou.

Concessão de crédito deve crescer menos em 2009
O volume de crédito deve crescer 16% em 2009, prevê o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes. O percentual é a metade do crescimento acumulado nos últimos 12 meses, que é de 32,8%. Para 2008, a previsão é fechar o ano com um crescimento de 31%. "Crescer 16% não é trivial, principalmente em um ano em que você está em recuperação, não é tão baixo", afirmou Lopes. A projeção é que o volume de crédito alcance 42% do PIB no ano que vem. Para 2008, a relação crédito/PIB deve ficar em 40,5%.
Juros - Lopes adiantou dados do início de dezembro que mostram que, até o dia 11, houve um aumento de 0,7% no volume total de crédito, mas uma retração de 1,1% no volume para pessoa física, na comparação com o mesmo período do mês anterior. Na comparação com o fim de novembro, a taxa de juros geral ficou estável, em 44,1%. Para pessoa física, houve um aumento de 0,8 ponto percentual, alcançando 59,4% e, para pessoa jurídica, redução de 0,2 ponto percentual, caindo para 31%.

Roberto Setubal define comitê executivo do Itaú-Unibanco
Menos de dois meses depois da
fusão, o Itaú-Unibanco concluiu o processo de formação da equipe que formará a cúpula do novo banco. O comunicado foi feito na sexta-feira, 19/12, pelo presidente do comitê executivo do novo banco, Roberto Setubal. Segundo a coluna, o comitê executivo do novo banco terá 11 membros, oito do Itaú e três do Unibanco. O ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, que presidia o conselho de administração do Unibanco e ficou de fora na nova estrutura, ainda não teve um novo cargo definido. "Há pouco tempo circulavam rumores de que ele se aposentaria, mas a informação não foi confirmada. Há especulações de que poderá ser criado um cargo para ele", diz o texto. A fusão entre a Itaúsa - empresa de participações do grupo Itaú - e o Unibanco foi anunciada no início de novembro, em uma operação que forma o maior banco do país e o maior grupo financeiro do Hemisfério Sul. Segundo as duas instituições, o total de ativos combinado é de mais de R$ 575 bilhões - contra R$ 403,5 bilhões do Banco do Brasil, e R$ 348,4 bilhões do Bradesco, de acordo com dados de junho do Banco Central. Segundo o Itaú e o Unibanco, com a fusão dos dois bancos serão aproximadamente, 4.800 agências e postos de atendimento (representando 18% da rede bancária) e 14,5 milhões de clientes de conta corrente (18% do mercado). Em volume de crédito, representará 19% do sistema brasileiro, e em total de depósitos, fundos e carteiras administradas, atingirá 21%. O acordo firmado entre as duas partes determina que os acionistas do Unibanco migrarão para uma nova companhia, que se chamará Itaú Unibanco Holding Financeira, cujo controle "será compartilhado, entre a Itaúsa e os controladores da Unibanco Holdings, por meio de holding não financeira a ser criada no âmbito da reorganização".

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AGRONEGÓCIOS

Barbacena vende mais flores
Os pequenos produtores de flores de Barbacena aumentaram as vendas de rosas e gérberas em 37,3%. É o que aponta a pesquisa de avaliação das atividades do SEBRAE-MG para a promoção de emprego e renda no setor de floricultura na região. O levantamento mostrou que os produtores rurais dobraram a quantidade de espécies cultivadas. Cada agricultor planta em média oito tipos de flores. No ano passado o plantio era de quatro espécies.
Os números também revelaram que houve aumento de 83,5% de área de plantio. Os floricultores de Barbacena utilizam 1,45 hectares (em média) para a produção. A média anterior era de 0,79 hectare.
Dados sobre os fatores que ampliam os custos de produção, principais produtos oferecidos e fatores que inviabilizam o crescimento do negócio, também estão presentes na pesquisa. Foram entrevistadas 31 pessoas nos dias 29 e 30 de outubro. Para técnico do SEBRAE-MG, Felipe Alvim, "os resultados demonstram a eficácia do projeto, que contribui para o resgate da identidade da região e favorece o desenvolvimento econômico", avalia.
Mais de 70% dos floricultores de Barbacena participam das atividades do SEBRAE para o setor. O projeto de floricultura da cidade é apoiado pela Prefeitura de Barbacena, Governo do Estado de Minas Gerais, Sindicato Rural de Barbacena, Abarflores e Escola Agrotécnica Federal de Barbacena.
Parceria
Convênio firmado entre as entidades que apóiam o projeto de flores em Barbacena, irá render aos floricultores uma máquina de desinfecção do solo. O maquinário será doado pelo governo do Estado com o objetivo de aumentar a produtividade e qualidade da flor. Em 2009, o SEBRAE promoverá ações de prospecção de mercados e desenvolvimento de tecnologias.

Principais produtos oferecidos
Rosa – 51,6%
Mudas – 22,6%
Copo de leite – 19,4%

Produção de rosas e gérberas (média por produtor)
2007 - 9409 dúzias
2008 - 12909 dúzias

Área plantada (média por produtor)
2007 - 0,79 hectare
2008 - 1,45 hectare

Usinas retêm estoque e açúcar alcança maior alta do ano
Suportados até o momento pelo mercado firme de álcool, os preços internos do açúcar bateram na última semana, valor recorde no ano. Desde setembro, variando entre os patamares de R$ 30 e R$ 31, a saca de 50 quilos (tipo cristal, em São Paulo) do produto superou os R$ 32 na última semana (na sexta-feira estava em R$ 32,58), segundo o Cepea/Esalq/USP - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. "As usinas venderam o álcool para fazer caixa e puderam estocar o açúcar para aproveitar os preços maiores, previstos para a entressafra", explica Mário Silveira, analista de gerenciamento de risco da FCStone.Mesmo com a necessidade de levantar capital adicional no final do ano para pagar despesas como décimo terceiro, as usinas conseguiram segurar a venda de açúcar em detrimento da liquidação de álcool, conforme conta Silveira. Além disso, a chegada das festas de fim de ano eleva um pouco o consumo, o que ajuda a sustentar ainda mais os preços.O Grupo São Martinho S.A. anunciou na semana passada, que têm estocado dois terços de sua produção de açúcar (total de 560 milhões de toneladas) para comercializar na entressafra. A empresa, assim como todo o setor, aposta em alta nos preços para o próximo ano - como já vêm indicando as telas futuras na Bolsa de Nova Iorque (Nybot).Na base dos fundamentos altistas para o próximo ano, está a redução na produção da Índia (23%) e na Europa (17,6%), segundo a FCStone, o que contribuirá para uma relação entre oferta e demanda deficitária em 2 milhões de toneladas. Algumas consultorias prevêem déficit de 3,6 milhões de toneladas (ISO) e o Departamento de Agricultura dos EUA (Usda), de 3,3 milhões de toneladas.No Brasil também haverá, apesar de leve, recuo na produção. Os problemas com excesso de chuva no começo da entressafra prejudicaram a qualidade da cana, dificultando a produção de açúcar. Assim, as estimativas de crescimento na produção (atingir 27,5 milhões de toneladas) dessa safra, foram frustradas e, segundo a consultoria Datagro, a oferta de açúcar será no Centro-Sul de 25,5 milhões de toneladas. O volume será 2,6% menor do que as 26,19 milhões de toneladas realizadas no ciclo passado.O bom desempenho no mercado interno, também está ajudando a diminuir o deságio sobre o açúcar VHP (bruto) de exportação nos portos brasileiros, segundo Silveira, da FCStone. Os descontos, que estavam na primeira semana em torno de 150 pontos (1,5 centavos de dólar por libra-peso), melhoraram para 100 pontos de deságio.Diferentemente dos grãos, como soja e milho, cujos preços internacionais caíram pela metade desde o agravamento da crise em setembro, o açúcar teve retração menor e, portanto, está se beneficiando mais da alta do dólar. Desde o início de setembro, a libra-peso da commodity recuou 15,6%, mais que compensada pelo dólar que se valorizou 42%.Mas, a falta de liquidez e a aversão ao risco, trazidas pela crise, está limitando o aproveitamento dessa vantagem entre as usinas. Há estimativas de que, entre 20% a 30% da safra 2009/10 de açúcar, esteja fixada para entrega no próximo ano, percentual que era de mais de 90% em dezembro do ano passado. "Além de as tradings estarem retraídas em fechar contratos e, assumir riscos de margeamento em bolsa, é preciso considerar também que, ao final de 2007, tínhamos uma perspectiva de que o preço iria cair, diferentemente de agora, quando a perspectiva é de elevação", explica.Uma pequena parte do setor, segundo ele, conseguiu fazer hedge de câmbio e de produto atingindo bons níveis de rentabilidade. "Há contratos que estão sendo fechados em R$ 800 a tonelada do VHP. Mas é a menor parte", diz.


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SETOR AUTOMOTIVO


Sarkozy anuncia no Brasil ajuda ao setor automotivo
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou ontem, um plano de ajuda à indústria automotiva francesa, numa coletiva de imprensa concedida durante sua visita ao Rio de Janeiro, sua última viagem na condição de presidente da União Européia. O pacote destinado ao setor deverá ser implementado antes do fim de janeiro de 2009. "Não se trata de uma medida de proteção, é para ajudar a construir os carros do futuro", afirmou o chefe de Estado francês, fazendo referência aos automóveis elétricos.
No início de dezembro, Sarkozy havia anunciado uma ajuda de 1,5 bilhão de euros para a indústria automotivo, setor vital para o país. Na ocasião, não excluiu a possibilidade de adotar novas medidas a favor dessa indústria, afetada em cheio pela crise econômica mundial. É justamente o reflexo dessa crise na economia doméstica que faz com que os analistas afirmem que Sarkozy, apesar de merecer aplausos pelos resultados obtidos em seu semestre à frente da União Européia, não poderá dormir sobre os lauréis da glória quando tiver de enfrentar, a partir de janeiro, os problemas vividos por seu país.
Durante os seis meses de uma presidência da UE pontilhada por sucessivas crises, o líder francês deixou a marca de seu estilo peculiar, hiperativo e decisivo. Entre os êxitos obtidos estão sua mediação do conflito entre a Geórgia e Rússia, em agosto passado, que levou a um cessar-fogo e ao consenso dos sócios europeus para uma estratégia conjunta frente à crise. Sarkozy, também persuadiu a Irlanda a repetir o referendo de adoção do Tratado de Lisboa, rejeitado pelos irlandeses em junho.
Em sua última missão como presidente da UE, Sarkozy viajou ao Brasil em busca de uma aproximação de posições entre o Velho Continente e o gigante sul-americano emergente. "Sarkozy trouxe um nível de energia política e liderança de que a UE estava muito necessitada", afirmou Philip Whyte, pesquisador do Centro de Reforma Européia de Londres. "Na guerra ou na paz, é um líder a se levar em conta", afirmou a revista Newsweek, que o colocou no terceiro lugar da relação das personalidades mais importantes do mundo.
Crise à parte, Sarkozy conseguiu a maioria dos objetivos a que se propôs, como criar uma nova União do Mediterrâneo, além de alcançar acordos sobre a mudança climática e imigração. Outros líderes europeus acabaram por reconhecer seus méritos, como a chanceler alemã, Angela Merkel. Sarkozy conseguiu capitalizar em seu país os êxitos externos e sua popularidade subiu de 30% a 44%, nas últimas pesquisas.
Mas os problemas que o esperam não são tão fáceis. As estatísticas oficiais indicam que o país está à beira da recessão e o desemprego, que é um dos mais altos da Europa, continua aumentando e ameaça desencadear uma crise social em 2009. Embora 56% dos franceses aprovem sua gestão à frente da UE, apenas 34% apóiam sua política nacional. "Estará Nicolas Sarkozy preparado para fazer frente ao 'annus horribilis' de 2009?", questionou o influente jornal Le Monde em sua edição dessa terça-feira. (Agência France Presse/AFP)

Renault Samsung fechará pela primeira vez linha de montagem sul-coreana
A fabricante de veículos Renault Samsung anunciou ontem, que fechará, pela primeira vez, sua única fábrica com linha de montagem na Coréia do Sul, devido à queda das vendas de veículos causada pela crise econômica mundial, informou a agência local de notícias Yonhap. A fabrica da Renault Samsung no sudeste do país, que produz os modelos SM7, SM5 e QM5, permanecerá fechada entre os dias 24/12 e 4/01. No entanto, os 2.700 trabalhadores da fábrica, continuarão recebendo seus salários durante os dias de paralisação, segundo a própria empresa.
Trata-se do primeiro fechamento dessa fábrica desde que a Renault adquiriu 80,1% da Samsung Motor, em setembro de 2000. Segundo fontes oficiais da Renault Samsung citadas pela Yonhap, a produção será retomada no começo do próximo ano". A companhia não quis revelar quanto dinheiro perderá com esse fechamento temporário.
A fabricante de veículos já tinha anunciado em 10/12 a suspensão da produção da fábrica por três dias, devido à queda das vendas, mas não chegou a fechar suas instalações. Em novembro, as exportações da Renault Samsung caíram 40,2%, em comparação com o mês anterior. Além disso, suas vendas no mercado doméstico despencaram 30,6% no mesmo período. A Renault Samsung, ainda estuda a possibilidade de cortar 600 postos de trabalho em seus escritórios, mediante a proposta de aposentadorias antecipadas voluntárias, segundo a Yonhap. (Efe, de Seul)

Preço de carro usado tem maior queda em oito anos
Os preços dos carros usados caíram 2,14% em novembro. Segundo a pesquisa Autoinforme/Molicar, divulgada ontem, esse foi o maior recuo dos últimos oito anos, desde que o levantamento começou a ser feito. "O impacto da crise no setor de usados foi fulminante. Os preços despencaram nos últimos dois meses e com a perda do valor do bem, muita gente deixou de trocar o usado pelo novo, desaquecendo, ainda mais, o movimento do setor", informa o estudo, realizado com base em onze mil carros fabricados de 1999 a 2008.
A pesquisa detectou queda de mais de 10% em mais de 200 modelos. Mesmo carros que são muito procurados, como Gol, Palio e Corsa, ficaram mais baratos. A queda foi generalizada. Os carros usados de 2003 foram os que mais caíram de preço no mês. A variação por ano de fabricação oscilou entre 1,79% (2008) a 2,46% (2003). Veja o quadro.
Conforme o estudo, a queda de preço dos carros usados - verificada desde 2006 por conta do aumento na venda de carros novos, que aumentou a oferta no setor de usados - vinha ocorrendo de maneira mais branda, por conta da grande demanda no setor, devido ao aumento do poder aquisitivo da classe média e das facilidades de financiamento. "Tanto que mesmo considerando a queda de 2,14% registrada em novembro, o carro usado perdeu apenas 2,3% nos onze meses do ano", informou o estudo.
Segundo a Autoinforme/Molicar, a tendência é de novas desvalorizações nos próximos meses, ainda que o mercado de carros novos se recupere, pelos temores entre os "comerciantes de investir no estoque, por causa da instabilidade internacional". "As concessionárias só aceitam o usado como parte de pagamento, se o preço for bem abaixo das cotações do mercado, caso contrário não conseguem girar o estoque. Os lojistas independentes não estão comprando. Só arriscam em carros de alto giro, mesmo assim, jogam o preço lá em baixo." Por marca, os carros da Honda foram os que mais caíram de preço, 4,05%, seguidos pelos da Audi, 3,97%. Os carros da Citroën foram os que menos caíram de preço, 1,08%.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Exportadores de gás criam órgão internacional para coordenar produção
O GECF - Fórum de Países Exportadores de Gás -, foi convertido nessa terça-feira, em uma organização internacional do setor que coordenará a extração, o transporte e a venda do combustível. A decisão foi tomada em Moscou, durante a sétima reunião ministerial do fórum pelos ministros da Energia dos maiores produtores de gás, entre eles Rússia, Irã, Líbia, Argélia, Venezuela e Bolívia. Os ministros aprovaram o estatuto da nova organização e decidiram que sua sede ficará em Doha (Qatar), rejeitando as candidaturas de Teerã, Argel e São Petersburgo, segundo as agências russas. O ministro da Energia da Venezuela, Rafael Ramírez, disse ontem, que os países do grupo querem simplesmente se organizar, e não criar um cartel para fixar os preços. "Não se trata de um cartel, estamos defendendo nossos interesses nacionais", disse Ramírez à margem da reunião ministerial. "O objetivo é encontrar um formato mais organizado e esperamos decisões nesse sentido", declarou Alexander Medvedev, vice-presidente da empresa russa do gás Gazprom. O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, advertiu aos consumidores que a era "do gás barato" está chegando ao fim. "Os gastos necessários para desenvolver os campos estão subindo com força, e isso significa que, apesar dos atuais problemas nas finanças, a era dos recursos energéticos baratos, do gás barato, está chegando a seu fim", afirmou. (Efe)


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LOGÍSTICA & Infra-estrutura

Anac dá ultimato para que Gol/Varig elimine atrasos
A Anac - Agência Nacional de Aviação Civil - notificou a companhia aérea Gol/Varig para que ela melhore o atendimento nos aeroportos do Galeão/RJ, Brasília/DF e Guarulhos/SP. A Anac informa ainda, que convocou uma reunião com a empresa para sexta-feira, para analisar outras medidas, se os atrasos persistirem. Em nota, o órgão ressalta que a análise dos problemas da Gol/Varig, nesse período de fim de ano, poderá levar até mesmo ao cancelamento de vôos já autorizados para a companhia.
"Porém, durante os dias que antecedem o Natal e o Ano Novo, a agência irá preservar o direito do passageiro e manterá os vôos, cobrando mais eficiência da companhia para que os atrasos sejam reduzidos", afirma o órgão, na nota. A agência adianta que já identificou que em Guarulhos, a Gol/Varig já ocupou todas as posições de check-in e está aumentando as posições nos demais aeroportos, mas ressalta que o órgão intensificou a fiscalização nas filas de check-in da companhia, na prestação de informações ao usuário e na coordenação da malha aérea.
A Anac destaca que ontem, os índices de atrasos da empresa Gol/Varig ficaram acima da média nacional e influenciaram o índice nacional, de 26,4%, até às 17 horas. "A Gol/Varig responde por quase 40% dos vôos no Brasil", ressaltou a Anac.
A agência regulatória destaca que até as 17 horas de ontem, a TAM teve um índice de atrasos de apenas 7,7%, inferior ao que vinha ocorrendo nos últimos meses. A Gol/Varig, por sua vez, registrou demora acima de 30 minutos, em 49% das decolagens.
Apesar dos atrasos observados na Gol/Varig, o índice de atrasos no Brasil para o mês de dezembro, observou a agência, é 29% inferior ao de dezembro de 2007. O índice de cancelamentos de vôos nos primeiros quatro dias da Operação Feliz 2009 manteve-se na média do segundo semestre do ano, ficando em 2,7% - metade dos 5,6% registrados ao longo do mês de dezembro de 2007. (Agência Estado)


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MERCADO DE TI


Intel amplia participação em fabricante de chip gráfico do iPhone
Um dia após a
Apple ter comprado 3,6% da Imagination Technologies, empresa que desenvolveu o processador de vídeo usado no iPhone 3G, a Intel também aumentou seus investimentos na companhia - e disse que considera uma aquisição da Imagination se ocorrer outro investimento. A Imagination Technologies, de Londres, desenvolve tecnologias presentes em sistemas-em-um-chip (SOC), incluindo os núcleos de processador Meta e os engines de vídeo PowerVR. Um processador de vídeo baseado no PowerVR fornece os gráficos usados no iPhone 3G. Outras empresas, como a Samsung Electronics e a própria Intel, licenciam as tecnologias da Imagination. Em 18/12, a Imagination revelou em um documento enviado à Bolsa de Valores de Londres, que a Apple adquiriu 8,2 milhões de ações da empresa, o equivalente a 3,6% da companhia. A Intel respondeu à aquisição comprando mais 934.422 ações por meio da Intel Capital. Desse modo, a Intel aumentou sua participação para 6,9 milhões de ações, totalizando 3,04% da empresa. As ações da Imagination fecharam com alta de 21% na segunda, 22/12, de 11 centavos de libra para 64 centavos de libra por ação. (IDG News Service, de Cingapura)

IBM realiza pesquisa em conjunto com Universidade de Harvard

A IBM e pesquisadores da Universidade de Harvard deram início a um projeto para descobrir materiais orgânicos que possam criar células solares mais baratas e eficientes. Essas células se aproveitam de luz solar para gerar energia elétrica e são baseadas em silício. As células atuais têm uma eficiência de aproximadamente 20%, com custo de cerca de 3 dólares por watt de eletricidade gerada. A idéia é desenvolver uma nova forma de célula solar baseada em plástico (e não silício), o que a tornará mais flexível, leve e com custo de produção bastante inferior. Pesquisa utilizará a potência computacional do WCG - World Community Grid -, comunidade mundial que usa a capacidade de milhares de computadores de voluntários do mundo todo, para agilizar estudos científicos em benefício da humanidade. A IBM também realizará um piloto do World Community Grid em um novo ambiente interno de
Cloud Computing - quando ele não estiver sendo totalmente utilizado, proverá mais poder computacional ao grid. A IBM planeja estender essa possibilidade aos clientes de serviços de cloud computing, que também queiram fazer parte dessa pesquisa humanitária.

Red Hat fecha terceiro trimestre fiscal com receita de US$ 165,3 milhões
A Red Hat encerrou o terceiro trimestre fiscal de 2009 em novembro de 2008, e registrou uma receita total de 165,3 milhões de dólares, 22% superior ao mesmo período do ano fiscal passado e 1%, em relação ao trimestre fiscal anterior. Se forem levadas em consideração somente as subscrições, a receita atingiu 135,5 milhões de dólares, 17% maior em comparação ao mesmo trimestre do ano fiscal anterior. Com as flutuações nas taxas de câmbio estrangeiro, a receita no trimestre sofreu um impacto negativo de 2,1 milhões de dólares. A empresa divulgou também, o total em caixa em 30 de novembro de 2008: 1,1 bilhão de dólares, depois de retirado 285 milhões de dólares de debêntures conversíveis e recomprado 2 milhões de ações de minoritários. Depois dessa recompra, os membros da diretora da companhia autorizaram um novo programa de recompra de ações de até 250 milhões de dólares.

Central de Softwares supera expectativas em 2008
Para o próximo ano a empresa deve expandir os negócios na região sudeste.
Líder em serviços e soluções de infra-estrutura de TI - Tecnologia da Informação -, a Central de Softwares encerra 2008 superando expectativas. Com mais de 500 clientes atendidos no período, a empresa contabiliza crescimento de 30% no seu faturamento, em relação a 2007. Houve, também, aumento significativo no número de colaboradores, alcançando o índice de 30% de novos contratados para reforçar a equipe da Central.
Em 2008, a Central de Software abriu filial em São Paulo/SP e no próximo ano, pretende expandir os negócios ainda mais na região. Concentrada no sul e sudeste, em 2009 a empresa pretende focar sua atuação na comercialização de contratos de assessoria em licenciamento e venda de softwares, bem como serviço. As vendas desse ano foram mais acentuadas no ramo industrial e educacional, áreas que devem ampliar o número de parceiros.
Para o diretor da empresa, Reges Bronzatti, o ano foi de expansão expressiva. "Em 2008 tivemos grandes desafios para a empresa, pois o inicio das operações da filial São Paulo, representou movimento de expansão que colocou a empresa em novo patamar. Em pouco mais de oito meses de trabalho na capital paulista, já conquistamos 10% do faturamento da empresa vindo do mercado do sudeste do país", aponta.
Esse ano, as soluções com mais destaque da empresa foram de inventário de software e hardware, com a consultoria jurídica atrelada à auditoria das licenças nas empresas. Em 2009, a Central de Softwares quer projetar suas soluções na virtualização de servidores e de desktops da Citrix, com quem agiliza uma ampla parceria.


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MERCADO ONLINE


Brasileiros terão serviços exclusivos do Yahoo no 1º trimestre de 2009
No primeiro trimestre de 2009, o Yahoo lançará aplicativos e serviços exclusivos para os brasileiros, pela Célula de Experimentação, um laboratório de idéias já estabelecido no Yahoo da Espanha e da Índia. A nova unidade do Brasil está sob a liderança do gerente de tecnologia do Yahoo, Antonio Carlos Silveira, que iniciou a estrutura e formação de equipe no último trimestre.
Em novembro, iniciamos pesquisas sobre as necessidades do consumidor e do jovem brasileiro. Queremos inovar com o que o público precisa e não é atendido, explica Silveira. Segundo o gerente, a equipe descobriu que uma das principais características dos brasileiros é "testar novos serviços que permitam que eles se comuniquem com outras pessoas.
Outros contextos mostram as especificidades locais. Em Hong Kong, blogs são muito importantes, então, lá temos uma ferramenta de blog voltada para aquele público. Na Coréia do Sul, mapas são importantes, pois todos têm celular com GPS, e o produto se adaptou a essa realidade, resume Silveira.
Mas o gerente deixa claro que o enfoque da Célula está mais para comportamento do que para pesquisas intelectuais. Queremos as tendências para trazer um produto rapidamente ao mercado brasileiro. Silveira afirma estar na fase de criação de protótipos e revela apenas que os produtos lançados no Brasil, no início de 2009 em beta público, terão a ver com a comunicação entre as pessoas.


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MERCADO DE LUXO


Mais ricos planejam gastar menos nesse Natal
Dados da Fundação Getúlio Vargas indicam que os consumidores brasileiros estão apreensivos nesse Natal, em especial quem ganha acima de R$ 9,6 mil. O Indicador de Gastos com Presentes de Natal desse ano, mostrou que de 2007 para 2008 houve um aumento expressivo nos entrevistados que pretendem gastar menos nesse fim de ano - de 17,5% para 42,8%. Os que planejam gastar mais perderam participação. Em 2007, eram 12,2%; nesse ano, são apenas 7,4%. Um dos destaques entre as faixas salariais que pretendem diminuir as despesas nesse Natal é a que ganha por mês, entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil. A pesquisa aponta que aumentou de 18,4% para 44,61% o número de pessoas que quer gastar menos em relação ao ano anterior. No Brasil, 44,9% dizem que querem diminuir as despesas natalinas. Em 2007, apenas 25,8% afirmavam que iriam diminuir o orçamento para as compras de fim de ano.A intenção de gastar menos com os presentes se reflete em outra pesquisa da FGV. O ICC - Índice de Confiança do Consumidor - de novembro apontou para uma queda no ânimo principalmente, entre a população de alto poder aquisitivo. A retração foi de 4,2%; o menor nível da série histórica, iniciada em setembro de 2005. Em comparação a novembro de 2007, a queda foi de 15,2%. A principal razão para o resultado foi a pior avaliação do consumidor a respeito da situação financeira familiar e em decorrência da menor predisposição para a compra de bens duráveis nos próximos meses. Também caiu a participação daqueles que avaliam a situação financeira da família como boa - de 20,6%, em outubro, para 17%, em novembro.A pesquisa Sensus da CNI - Confederação Nacional da Indústria/Ibope, divulgada no início da semana, sinalizou a mesma tendência. Quem tem mais escolaridade e renda, se sente mais atingido e preocupado com a crise. Flavio Castelo Branco, gerente de Política Econômica da CNI, diz que a classe A é mais afetada, porque está mais ligada ao mercado financeiro. “A riqueza financeira foi afetada e as pessoas começam a reavaliar os padrões de gasto”, opina.Para o diretor do Provar - Programação de Administração do Varejo -, Claudio Felisoni, a população de altíssima renda não deverá mudar os hábitos de consumo. Segundo dados do IBGE, o Brasil tem hoje cerca de 100 mil pessoas com renda familiar mensal acima de R$ 50 mil. “A alta renda tem mais sobras para as despesas, enquanto as classes D e E gastam cerca de 50% da renda com alimentos e produtos de higiene”.Crise no luxoPesquisas mostram que os primeiros a se impressionar com o desmantelamento da economia mundial foram aqueles com melhor poder aquisitivo. Segundo dados da consultoria Bain & Company, o luxo deverá sofrer a primeira recessão dos últimos seis anos. A retração entre aqueles com altíssimo poder aquisitivo, de acordo com o estudo, começou assim que a crise estourou, em setembro, com a quebra do Banco Lehman Brothers. Mercados emergentes como o Brasil, Rússia, China e Índia, devem sentir menos o debacle global. O levantamento mostra um aumento global de apenas 3% das vendas de bens de luxo em 2008, chegando a 175 bilhões. Em 2009, a queda deverá chegar a 7%. “O impacto da crise financeira vai causar recessão em alguns setores. O quanto e por quanto tempo, depende, em parte, de como as empresas vão reagir. As que mais resistirão são aquelas que possuem marcas internacionais fortes e diversificadas”, explica Claudia D’Arpizio, sócia do escritório da consultoria com sede em Milão e principal autora do estudo.

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EXPEDIENTE

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