I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 130 | Ano I

Banco Central prevê queda de 25% no investimento estrangeiro em 2009
Os investimentos estrangeiros no setor produtivo do país devem cair 25% em 2009 em relação ao resultado esperado para este ano, segundo previsões divulgadas no sábado, dia 20/12, pelo Banco Central. A previsão para 2008 é de uma entrada de US$ 40 bilhões. Até novembro, já entraram no país US$ 36,9 bilhões. O resultado surpreendeu o BC, que previa antes um resultado positivo de US$ 35 bilhões. Para o ano que vem, a previsão caiu de US$ 33 bilhões para US$ 30 bilhões. Se confirmado, o resultado ficará 25% abaixo do projetado para este ano. Os investimentos estrangeiros em ações e títulos públicos devem terminar esse ano em US$ 5,5 bilhões (o BC chegou a prever US$ 22 bilhões antes da crise). Até novembro, o país registra uma entrada de US$ 6,8 bilhões. Para 2009, o BC mudou a previsão de uma entrada de US$ 15 bilhões para uma saída de US$ 3 bilhões. Isso significa que os estrangeiros vão tirar mais dinheiro desses investimentos em dezembro e no próximo ano.
Exportações
Apesar da saída de dinheiro dos investidores estrangeiros, o BC prevê que a crise vá melhorar as contas externas do Brasil, devido principalmente à redução das remessas de lucros das multinacionais para fora do país. Em 2008, as remessas de lucros e dividendos devem ficar em US$ 33,7 bilhões (já foram enviados US$ 30,7 bilhões até novembro). No próximo ano, devem cair para US$ 20 bilhões. Antes da crise o BC previa uma remessa de US$ 30 bilhões em 2009.
Outro fator que afeta as contas externas são as exportações brasileiras, que devem cair de US$ 200 bilhões neste ano para US$ 193 bilhões em 2009, segundo o BC. Já as importações devem subir de US$ 176,5 bilhões para US$ 179 bilhões. Com isso, o superávit na balança comercial (diferença entre exportações e importações), deve cair de US$ 23,5 bilhões para US$ 14 bilhões.
Esses dois resultados são os principais componentes das transações correntes, que registram as transações do país com o exterior e servem como uma medida da vulnerabilidade externa do país. Nesse ano, o país deve registrar um resultado negativo de US$ 29,6 bilhões, o primeiro déficit desde 2002. Até novembro, o resultado já está negativo em US$ 25,8 bilhões. Para 2009, no entanto, o BC reduziu a previsão para o déficit de US$ 33,1 bilhões para US$ 25 bilhões.
Novembro
As transações correntes registraram déficit de US$ 1,03 bilhão em novembro. A conta é formada pelo superávit da balança comercial (US$ 1,613 bilhão), pelas transferências unilaterais (US$ 420 milhões) e pelos serviços e rendas (-US$ 3,063 bilhões). No mês passado, as remessas de lucros e dividendos somaram US$ 1,4116 bilhão. Os investimentos estrangeiros diretos ficaram em US$ 2,179 bilhões. Os investimentos em ações e títulos registrou saída de US$ 1,957 bilhão. O balanço de pagamentos registrou déficit de US$ 6,8 bilhões em novembro e soma US$ 8,536 bilhões no ano.


Medo de bancos ameaça infra-estrutura
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, reconheceu na noite de sexta-feira, dia 19/12, que os projetos de infra-estrutura podem estar com problemas para o fechamento das operações de financiamento de longo prazo, mas atribuiu a posição de restrição de crédito ao ambiente de medo existente hoje na economia. "Os bancos estão temerosos porque as formas de transmissão da crise foram a escassez de crédito e o medo." A Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base) afirma que R$ 220 bilhões em projetos já licitados e contratados aguardam financiamentos para oferta de garantias e a estruturação financeira de longo prazo. Paulo Godoy, presidente da Abdib, sugeriu um "pente-fino" e a priorização de obras que representem mais impacto do ponto de vista econômico e social.
Em resposta, a ministra disse que o governo prepara medidas que irão desonerar investimentos para sustentação de quatro pilares para o crescimento econômico: o PAC, o programa de mobilidade urbana (com aportes na infra-estrutura de transporte), construção de habitações de interesse social e o pré-sal. Segundo a ministra, o governo tenta, neste momento, demonstrar uma perspectiva diferente e dinâmica da economia brasileira. "Quando a gente faz essa força para mostrar que a expectativa é favorável, é para que o medo não contamine o Brasil. O medo pode levar a decisões incorretas", disse. A uma platéia de 500 empresários, a ministra tentou mostrar a diferença entre as crises que afetaram o Brasil nos anos 90 e a atual. Segundo ela, as reservas cambiais, a solidez bancária, a estabilidade econômica e o programa de investimentos em infra-estrutura dão ao país um horizonte mais favorável para a retomada da economia quando a crise passar. Para demonstrar confiança, Dilma anunciou que apresentará hoje ao presidente Lula um novo conjunto de obras que serão inseridos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). São projetos já prontos para serem concedidos ou licitados, entre os quais rodovias, portos e saneamento, disse. Ela não detalhou quais.
Segundo Godoy, o governo precisa ampliar os recursos para financiamento de longo prazo, hoje restritos ao BNDES, ao FI-FGTS (Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e alguns instrumentos de captação de recursos para o setor. "É preciso criar instrumentos ou reforçar esses que já estão aí", afirmou Godoy.
Madeira - A ministra disse que conversou ontem com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, sobre a redução do nível de financiamento da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, de 70% para 60%. "Não aconteceu nada com o Madeira. O que o Luciano Coutinho me disse foi que a redução de 70% para 60% foi acertada com os grupos", disse. Ela afirmou ainda que conversou com um dos sócios da Mesa (Madeira Energia S.A.), empreendedor responsável pela usina de Santo Antônio, e que obteve a garantia de que "não há problema de financiamento".

Mesmo com crise, comércio espera aumento de vendas neste Natal
O movimento nos shopping centers e nas feiras das grandes capitais ainda não registra retração neste mês, apesar do cenário de incertezas na economia, decorrente da
crise financeira internacional. Ao contrário, o que o comércio espera, no final do mês, é um balanço com resultados positivos em comparação com o mesmo período do ano passado. O impacto do pagamento do 13º salário a partir de novembro injetou na economia brasileira R$ 78 bilhões, o que, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), dá margem ao aumento de vendas. Em outubro, houve retração geral de 8% no setor em relação a setembro, conforme levantamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que atribuiu o fenômeno ao início da retração na oferta de crédito. De acordo com o Dieese, a entrada do 13º salário na economia representa 2,7% do PIB (Produto Interno Bruto), a soma das riquezas produzidas no país durante o ano. O levantamento do IBGE mostra que as vendas de automóveis caíram, isoladamente, 19% em outubro e que não houve recuperação em novembro. No entanto, a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) na compra de carros, decidida no último dia 11 pelo governo, deverá favorecer o aumento de vendas no setor a partir deste mês. Outra opção para o consumidor é comprar pela internet. Os preços pode ser bem reduzidos e os produtos saírem por até 30% menos do que no comércio tradicional. O Procon de São Paulo alerta, porém, para os cuidados necessários para garantir a entrega da compra. Segundo o Procon-SP, deve-se r evitar, nesta época, comprar coisas por experiência, pois pode haver dificuldade na hora de trocar o produto. A empresa deve assumir compromissos por escrito quanto às suas responsabilidades no que diz respeito ao prazo de entrega e à garantia do produto. De acordo com pesquisa feita pela Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), 60% dos consumidores ouvidos na capital pretendem dar presentes neste natal, contra 66% em dezembro do ano passado. O preço médio dos presentes subiu de R$ 46, em 2007, para R$ 93,30 neste ano. Os itens mais procurados são peças de vestuário e calçados (com 61% das opções), Brinquedos representam 34% das escolhas e, em seguida, vêm perfumes e cosméticos, com 13%. (Agência Brasil)

Inadimplência com cheques registra o maior índice do ano
Um estudo realizado pela Serasa Experian aponta que em novembro de 2008 foram devolvidos 21,6 cheques sem fundos a cada mil compensados. Esse é o maior índice do ano, superando os 21,2 registrados em maio. Na comparação com novembro de 2007, houve um aumento de 12,5% na inadimplência com cheques. Na variação mensal, a alta foi de 7,5%. No ano, o volume de cheques devolvidos acumula um crescimento de 1% em relação aos primeiros 11 meses de 2007. Para a Serasa Experian, o crescimento da inadimplência tem aspectos sazonais, já que o último trimestre normalmente apresenta uma elevação dos índices, mas as questões conjunturais (menor oferta de crédito e juros mais altos) deram sua contribuição.

Compras com cartão chegam a R$ 389 bilhões em 2008
O volume transacionado por meio de cartões em 2008 deve crescer 24% em relação ao ano passado, para R$ 389 bilhões. De acordo com a Associação Brasileira de Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), a expansão ficou acima dos 22% esperados para o ano no volume transacionado em cartões de crédito, débito e private label. Nos cartões de crédito, o faturamento total deverá crescer 22% sobre 2007, para R$ 223,5 bilhões, sendo que em dezembro a expansão deverá ser de 21%, para R$ 26 bilhões, segundo a Itaucard.

Gelateria Parmalat reforça expansão
A Gelateria Parmalat abrirá até janeiro mais seis lojas no país, em Maresias (SP), Guarujá (SP), São Paulo, Belém (PA), Teresina (PI) e Curitiba (SP), além de um quiosque de sorvetes no Shopping Metrô Tatuapé, em São Paulo. Com essas novas unidades, a rede passa a contar com 43 lojas e cinco quiosques, onde são vendidos sorvetes de casquinha, sundae e milk-shake nos sabores leite e chocolate.

Marisol fecha ano com 80 lojas One Store
A One Store, Central de Negócios focada em vestuário criada em 2006 pelo grupo Marisol, fecha o ano de 2008 com 80 lojas no país, bem acima da meta de chegar a 67 pontos de venda. As lojas One Store comercializam as grifes infantis e família Lilica Ripilica, Tigor T. Tigre, Marisol e Pakalolo, em lojas nos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Rondônia, Mato Grosso, Espírito Santo, Paraíba, Minas Gerais e Brasília. Nos últimos 12 meses a rede quase quintuplicou seu tamanho, saltando de 17 para 80 lojas. Somente nos dois últimos meses foram inauguradas 25 unidades.



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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

HOJE – Bolsas da Ásia começam a semana em queda; Tóquio sobe

As principais Bolsas de Valores da Ásia encerraram o primeiro pregão da semana em queda, à exceção de Tóquio (Japão), que valorizou e fechou o dia com ganhos. A boa notícia foi o
pacote de US$ 54 bilhões aprovado pelo Parlamento no fim de semana para impulsionar a economia.
O pacote japonês proposto pelo Executivo prevê cortes de impostos para proprietários de imóveis, bem como empréstimos a pequenas empresas além de benefícios para desempregados.


- A Bolsa de Tóquio avançou 1,57%, aos 8.723,78 pontos, no indicador Nikkei 255 mesmo com os resultados das exportações em novembro. As vendas caíram para 5,327 trilhões de ienes (US$ 59,392 bilhões), uma queda de 26,7%.
- O índice Hang Seng da Bolsa de Hong Kong caía 1,66% perto do fim do pregão.
- Na Austrália, o ASX da Bolsa de Sydney recuava 0,87%.
- O KOSPI da Coréia do Sul tinha perdas de 0,12%. Em Xangai (China), o indicador Shanghai Composite retraía 1,49%.

Análise - O valor cria um novo déficit na balança comercial japonesa e é a segunda queda mensal consecutiva deste indicador desde 1980. "O mercado subiu com a esperança [dos investidores] de que a situação econômica melhore com o governo tomando todas as medidas possíveis para estabilizar o sistema financeiro, incluindo o corte da taxa de juros", disse Soichiro Monji, estrategista da Daiwa Investments. O BoJ (Banco do Japão, o Banco Central do país) cortou a taxa de juros de 0,3% para 0,1% ao ano. O corte surgiu no mesmo dia em que o governo reconheceu que a economia japonesa entrou em recessão no terceiro trimestre de 2008 e que deve ter
crescimento zero em 2009.


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ÍNDICES ECONÔMICOS


RESUMO DA SEMANA – 15 a 19 de novembro de 2008

IGP-M registra variação de 0,05% no 2º Decêndio do mês
O IGP-M registrou, no segundo decêndio de dezembro, variação de 0,05%. Em novembro, no mesmo período de apuração, a taxa foi de 0,49%. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem do segundo decêndio de novembro para o segundo decêndio de dezembro: IPA, de 0,48% para -0,15%; IPC, de 0,41% para 0,54% e INCC, de 0,71% para 0,25%.

IPC-S mantém-se em 0,73%
O IPC-S de 15 de dezembro de 2008 apresentou variação de 0,73%, o mesmo resultado apurado com base na coleta encerrada em 07 de dezembro. Dos sete grupos componentes do índice, três apresentaram acréscimos em suas taxas de variação e quatro decréscimos.

O IGP-10 registra variação de 0,03% em dezembro
O IGP-10 registrou em dezembro variação de 0,03%. Em novembro, a taxa foi de 0,73%. Os três componentes do IGP-10 apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de novembro para dezembro: IPA, de 0,81% para - 0,22%, IPC, de 0,49% para 0,62% e INCC, de 0,74% para 0,33%.



ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR

IPCA-15 de dezembro fica em 0,29% e IPCA-E fecha o ano em 6,10%
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) apresentou variação de 0,29% em dezembro, número inferior à taxa de 0,49% de novembro. Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) fechou o ano em 6,10%, bem acima dos 4,36% de 2007. Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de novembro a 10 de dezembro e comparados com aqueles vigentes de14 de outubro a 13 de novembro. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.



Comércio Varejista

Volume de vendas varia -0,3% e receita 0,1%
Após sete meses consecutivos de crescimento, em outubro, o comércio varejista do País registrou resultado negativo para o volume de vendas de -0,3%, em relação a setembro, enquanto a receita nominal variou 0,1%, ambas as comparações na série com ajuste sazonal. Nas demais comparações, sem ajuste sazonal, o varejo obteve taxas de variação para o volume de vendas da ordem de 10,1% sobre outubro do ano anterior; 10,4% no acumulado janeirooutubro sobre igual período de 2007; e de 10,3% no acumulado dos últimos 12 meses. Das dez atividades pesquisadas, três assinalaram crescimento em outubro com relação a setembro:livros, jornais, revistas e papelaria (3,6%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%).


Mercado de Trabalho

Taxa de desocupação mantém-se estável
Em novembro, a taxa de desocupação foi de 7,6%. No confronto com outubro (7,5%), a taxa de desocupação manteve-se estável, enquanto em relação a novembro de 2007 (8,2%), a queda foi de 0,6 ponto percentual. A população ocupada (22,1 milhões de pessoas) também não apresentou alteração em relação a outubro. Na comparação com novembro do ano passado, esse contingente aumentou 2,9% - o equivalente a 611 mil pessoas. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (9,8 milhões de pessoas) não variou em relação a outubro e cresceu 5,5% na comparação anual.


Economia Internacional

Produção industrial e Índice de Preços ao Consumidor diminuem nos Estados Unidos
No mês de novembro, a produção industrial norte-americana caiu 0,6%. Os dados, divulgados na última segunda-feira pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), demonstram que após queda em setembro houve uma recuperação parcial no mês de outubro maior do que havia sido previamente reportada. Já o Índice de Preços ao Consumidor para todos os Consumidores Urbanos (CPI-U) diminuiu 1,7% em novembro, antes do ajustamento sazonal. Em novembro desse ano o nível foi 1,0% mais elevado do que em novembro 2007, e o recuo é o maior desde fevereiro de 1947.



Novo IPI deixa carros 4,62% mais baratos
A redução do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - sobre veículos novos realmente impactou o mercado. No fim de semana passado, por exemplo, a Volkswagen vendeu 4.000 carros, 30% além do que vendia desde o começo da crise. Até 31 de março de 2009, os "populares" não serão taxados. Os carros equipados com motor até 2.0 a gasolina, que pagavam imposto de 13%, pagarão 6,5% -os bicombustíveis tiveram redução de 11% para 5,5%. Ainda que o valor do carro usado tenha despencado, para o consumidor a notícia não poderia ser melhor. Segundo o Datafolha, os carros nacionais da Nissan foram os que ficaram mais baratos (queda de 6,44%). Entre os importados, a maior queda, de 5,5%, foi da Citroën. O preço de um Fiat Palio 1.0 quatro portas, por exemplo, passou de R$ 32.670 para R$ 30.279. Esses 7,3% a menos significam dinheiro suficiente para pagar os mais de R$ 1.200 do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) em 2009 e encher o tanque de álcool quase 19 vezes. Imagine então o que a queda de R$ 10.830 no preço de um BMW 320i não faz.
VOLKSWAGEN GOL 1.0
Preço antigo: R$ 29.490 Preço atual: R$ 27.320
FIAT MILLE ECONOMY (DUAS PORTAS)
Preço antigo: R$ 23.470 Preço atual: R$ 21.754
FORD FIESTA 1.6
Preço antigo: R$ 35.765 Preço atual: R$ 33.790
HONDA CIVIC LXS MANUAL
Preço antigo: R$ 65.460 Preço atual: R$ 62.005
CHEVROLET CELTA LIFE (DUAS PORTAS)
Preço antigo: R$ 26.759 Preço atual: R$ 24.963
MERCEDES-BENZ C 200 KOMPRESSOR
Preço antigo: R$ 151,9 mil Preço atual: R$ 142,2 mil

Barateamento de usado não se reflete em seguro
De um lado, o mercado de usados está à beira de um ataque de nervos, com falta de crédito, pátios abarrotados e preços em queda. De outro, as seguradoras continuam fechando as apólices com base nos valores aferidos pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), de 30 a 40 dias atrás - portanto, não tão contaminados pela crise econômica. Entre os dois, encontra-se o consumidor que precisa renovar o seguro de seu carro ainda em 2008. Resultado: ao mesmo tempo em que o segurado vê seu bem ser desvalorizado em cerca de 20%, ele é obrigado a arcar com o custo da apólice baseada nos valores da já extinta época das vacas gordas.
Basta pesquisar o valor dos veículos em lojas de usados para observar a discrepância. Um Ford Ka GL 1.0 2004, cujo valor na apólice é fixado em R$ 18.153, tem preço máximo em uma avaliação, mas sem qualquer chance de resultar em venda no momento, de R$ 13 mil. Ou seja, uma diferença de R$ 5.153, 28,4% entre o valor previsto pelo seguro e o que o mercado realmente está oferecendo pelo veículo. O descompasso também acontece para o Chevrolet Astra Advantage 2008, cujo valor de tabela é de R$ 40.608. Na prática, contudo, ele não vai além dos R$ 32 mil. O veículo é o menos desvalorizado entre os modelos pesquisados, com 21,2% de depreciação.
Na vez do Renault Clio 1.0 RT 2002, com todos os opcionais, o valor dado pela Fipe é de R$ 20.762. Nas lojas, não foi oferecido mais do que R$ 13 mil --uma depreciação de 37,4%. Os modelos mais vendidos vivem o mesmo. Um Volkswagen Gol 1.0 Power 2003 consta na tabela da Fipe por R$ 21,9 mil, porém a oferta foi limitada a R$ 14 mil, uma depreciação de 36,1%. Já o Fiat Palio 1.0 Fire foi o que apresentou a maior desvalorização, com 39%: pela Fipe, ele custaria R$ 24.593, mas, no mercado, não seria vendido por mais de R$ 15 mil.


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MERCADO FINANCEIRO


Goldman Sachs reduz participação no grupo Benetton
O Goldman Sachs Group decidiu reduzir sua participação na companhia de investimentos Sintonia SA, do grupo italiano Benetton, depois das perdas que o banco de investimentos norte-americano sofreu em decorrência da crise financeira global. O conselho da Sintonia autorizou um aumento de capital de 1,7 bilhão de euros neste sábado, abaixo dos 2 bilhões de euros autorizados em junho. A Sintonia tem investimentos na Atlantia, que opera rodovias italianas, e na maior empresa de telecomunicações da Itália, a Telecom Italia. A empresa também é proprietária da operadora que dirige o aeroporto de Roma, através de uma holding chamada Gemina. O Goldman Sachs irá participar na recapitalização da Sintonia com apenas 700 milhões de euros, abaixo dos 1 bilhão de euros que foram requeridos que o banco colocasse na Sintonia em junho. Como resultado do menor investimento, o Goldman terá apenas um membro no conselho na holding da Benetton, ao invés dos dois inicialmente planejados, o que significa que não terá poder de veto.O banco Goldman Sachs registrou prejuízo trimestral de US$ 2,12 bilhões no período encerrado em 30 de novembro, o primeiro desde que se tornou uma empresa de capital aberto, há 10 anos. (Agência Dow Jones)


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AGRONEGÓCIOS


Acordo sobre biocombustíveis da UE abre espaço para etanol brasileiro
A aprovação pelo Parlamento Europeu da Diretiva Européia sobre o uso de combustíveis renováveis nos transportes, confirmada em votação no dia 17/12, deve ampliar as perspectivas de exportação do etanol brasileiro para os países do bloco. Para a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a decisão é positiva devido aos critérios que estabelece para que determinados biocombustíveis sejam aceitos pelos europeus. Estimativas da Unica, baseadas na determinação imposta pela diretiva de uso de 10% de energias renováveis no setor de transportes, apontam para um mercado potencial para etanol na União Européia de 10 bilhões a 14 bilhões de litros por ano em 2020, volume que será suprido por produtores europeus e também por fornecedores externos, como o Brasil. Neste ano, as exportações de etanol do Brasil para União Européia deverão superar em quase 70% o volume do ano anterior, sendo que já atingiram 1,3 bilhão de litros entre janeiro e novembro deste ano. As exportações brasileiras para o bloco europeu têm crescido de modo linear ano após ano e em 2007, supriram 40% do etanol combustível consumido pela União Européia.

Braskem aprova projeto de R$ 500 milhões para álcool verde
O conselho de administração da gigante petroquímica Braskem aprovou o Projeto PE Verde. Com investimentos de R$ 500 milhões, este projeto pretende produzir 200 mil toneladas/ano de eteno e polietileno a partir de etanol de cana-de-açúcar. O início das operações está previsto para 2011 no Pólo de Triunfo, no RS. A Braskem já concluiu a etapa conceitual e de projeto básico. No início de 2009, inicia-se a fase de detalhamento e início das obras. A empresa já fez a reserva firme dos equipamentos do projeto, como o compressor de gás de carga e compressor de trem frio. São equipamentos de alta tecnologia que precisam ser encomendados com antecedência para garantir o cumprimento do cronograma. Para financiar o que será a primeira operação em escala comercial no mundo para produção de polietileno a partir de matéria-prima 100% renovável, a Braskem planeja utilizar 30% de recursos próprios e buscar financiamento para os 70% restantes. Com demanda já identificada no mercado internacional de aproximadamente 600 mil toneladas/ano, três vezes a capacidade desta unidade pioneira, o polietileno verde tem potencial para comandar um prêmio de aproximadamente 30% sobre o preço do polietileno de origem não-renovável. “A aprovação deste projeto pelo conselho demonstra a confiança da Braskem no potencial de criação de valor do projeto e o cuidado da Administração com a disciplina financeira, investindo seletivamente em projetos de alto retorno”, disse Bernardo Gradin, presidente da Braskem, por meio de sua assessoria de comunicação. A Braskem é líder em resinas termoplásticas na América Latina e a terceira maior produtora das Américas. Com 19 plantas industriais distribuídas pelo Brasil, a empresa produz anualmente mais de 11 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos.



Cotrijal desafia cenário adverso e projeta receita recorde
Mesmo com os percalços do agronegócio na safra 2008/09, marcada por dificuldades de comercialização, restrições na obtenção de crédito e redução do uso de tecnologia nas lavouras do país, a cooperativa Cotrijal, de Não-Me-Toque/RS, projeta novo aumento de sua receita no próximo ano. A cooperativa deve encerrar 2008 com faturamento de R$ 580 milhões, montante 5,4% superior aos R$ 550 milhões do ano anterior. "Ao contrário do que ocorreu em outras partes do país, aqui na região conseguimos bons acordos comerciais, que evitaram a redução do uso de fertilizantes", afirma o presidente da Cotrijal, Nei Cesar Mânica. "Isso deve garantir uma boa produtividade. Ainda conseguimos plantar com alto uso de tecnologia". A meta da cooperativa é atingir receita de R$ 625 milhões em 2009.
A se confirmar, os R$ 580 milhões em 2008 serão a maior receita anual já obtida pela Cotrijal, nascida há 51 anos. Ela atua em 14 municípios das regiões norte e noroeste do Rio Grande do Sul. De seus 250 mil hectares, 200 mil são dedicados à produção de soja e o restante, à de milho. Na safra de inverno, 30% da área é ocupada por cevada e trigo, cultura que motivou a criação da cooperativa. Assim como ocorreu neste ano, as vendas deverão ficar concentradas no mercado nacional, diz Mânica. "Há um desaquecimento no mundo todo, mas a comercialização, no momento, está mais vantajosa no mercado interno. O volume aqui é grande. São quase 200 milhões de bocas para alimentar", disse.
A tendência ainda indefinida dos preços das commodities agrícolas para 2009 e a lenta comercialização da safra 2008/09 não impediram a Cotrijal de também manter seu programa de investimentos para o próximo ano. A capacidade de armazenagem da cooperativa, que é atualmente de cerca de 600 mil toneladas, deve ser ampliada em 5%. Anualmente, a Cotrijal investe entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões para reforço de sua infra-estrutura, entre armazéns e pontos de comercialização.
No país, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já admite a possibilidade de redução da produção de grãos, muito por conta da diminuição do uso de fertilizantes em boa parte das lavouras de grandes estados produtores, como Mato Grosso. A possível queda de produtividade pode contribuir para a recuperação dos preços das commodities, avalia o dirigente, já que a oferta pode ser um pouco menor no próximo ano. As cotações de soja e milho, que atingiram seus picos históricos no meio do ano, despencaram desde então. "Vai ser uma safra de margens mais apertadas. Os reflexos da crise vão continuar em 2009, mas o mundo já passou por outras e saiu de todas elas", disse.


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SETOR AUTOMOTIVO


Toyota anuncia perdas de US$ 1,668 bilhão neste ano fiscal
O fabricante de veículos Toyota Motors anunciou hoje em comunicado que no presente ano fiscal espera registrar perdas por operações no valor de 150 bilhões de ienes (US$ 1,668 bilhão) por causa da crise econômica mundial. Segundo estes dados, este será o primeiro ano com perdas neste capítulo da companhia desde que começou a anunciar seus resultados publicamente em 1940. Apesar das perdas na atividade de venda de veículos da companhia, a Toyota prevê um lucro líquido de 50 bilhões (US$ 556 milhões) no final do ano fiscal, que termina em março. Estes dados representam um revés muito grande em comparação com os do ano passado, quando a empresa teve 2,27 trilhões de ienes (US$ 25,235 bilhões) de lucro por operações e 1,72 trilhão de ienes (US$ 16,465 bilhões) de lucro líquido. A revisão em baixa se deve ao desabe das vendas da Toyota no mundo todo, mas especialmente nos EUA e na Europa, unido a uma forte apreciação do iene frente ao dólar, que prejudicou os resultados financeiros do gigante do motor. Um iene muito caro dificulta as exportações de veículos da Toyota e dizima os lucros da companhia obtidos no estrangeiro uma vez repatriados. A Toyota, o maior fabricante de automóveis do mundo, divulgou esta revisão da queda de seus resultados apenas um mês e meio depois de ter anunciado um corte em suas previsões com a publicação de seus resultados dos primeiros seis meses do ano fiscal. (Efe, de Tóquio)

Jaguar deve se ajustar com recursos próprios

O governo britânico quer que a fabricante de automóveis Jaguar Land Rover procure se ajustar com a utilização de recursos próprios antes de qualquer ajuda financeira governamental possa ser considerada, de acordo com o jornal The Observer. O jornal citou o secretário de negócios do governo britânico, Peter Mandelson, que teria dito que a Tata Motors Ltd - a empresa indiana que é proprietária da Jaguar - deveria procurar por "recursos próprios e atravessar duras provas" antes de qualquer programa de resgate governamental ser considerado. Mandelson também disse que ele se mantém pragmático sobre a possibilidade de uma ajuda do governo. O porta-voz do departamento de Mandelson informou que "o governo não tem um talão de cheques para ajudar empresas mas está fazendo tudo o que pode". Outro jornal britânico, o The Sunday Times, disse, contudo, que Mandelson estaria pronto para aprovar um empréstimo direto de 500 milhões de libras para a fabricante de automóveis. O The Sunday Telegraph disse que a Jaguar já avisou ao governo de que milhares de empregos estão em risco caso a empresa não receba nenhuma assistência. (Agência Dow Jones)


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COMÉRCIO EXTERIOR


Exportação cairá em 2009 pela 1ª vez em 10 anos
Devido ao agravamento da crise internacional, o Banco Central já projeta que as exportações brasileiras deverão sofrer queda de cerca de 4% no ano que vem, o que, se confirmado, será o primeiro recuo nas vendas de mercadorias ao exterior desde 1999. Pelas contas do BC, o país irá exportar US$ 193 bilhões em 2009, contra US$ 200 bilhões esperados para este ano. Apesar da queda, a previsão do BC ainda é mais otimista que os US$ 170 bilhões projetados pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Segundo a estimativa do BC, o pior desempenho das exportações só não terá impacto maior nas contas externas do país porque também se espera que, com a alta do dólar e a desaceleração da economia brasileira, as importações cresçam num ritmo mais lento no ano que vem. De qualquer forma, o BC estima que o superávit da balança comercial vá cair para US$ 14 bilhões em 2009, contra US$ 23,5 bilhões neste ano.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, diz que o pior desempenho das exportações reflete a expectativa de desaquecimento da economia mundial, que afeta as vendas do Brasil de duas maneiras. Uma é a queda na procura propriamente dita por produtos exportados pelo país. A outra é o recuo nos preços das commodities, que têm grande peso na pauta de exportações.
Para compensar o efeito negativo que a queda das exportações tem sobre as contas externas, o BC conta com a alta do dólar, que deve provocar uma redução nas remessas de lucros e nos gastos de turistas brasileiros no exterior. Neste ano, o total de dividendos enviados para fora do país deve somar US$ 33,7 bilhões, uma alta de 50% em relação a 2007. Esse movimento foi puxado pela valorização do real observada, principalmente, no primeiro semestre deste ano e pelas remessas feitas por setores como o automotivo e o financeiro, que aproveitaram os ganhos apurados no Brasil para cobrir prejuízos sofridos pelas suas matrizes no exterior.
Diante dessa escalada, o BC projetava, em setembro, que mais US$ 30 bilhões em lucros e dividendos deixariam o Brasil no ano que vem. Ontem, essa estimativa foi reduzida para US$ 20 bilhões. Essa redução mais do que compensa a queda no superávit da balança comercial e, ainda segundo o BC, deve fazer com que o déficit nas contas externas de 2009 seja um pouco menor que o deste ano. Até novembro, o saldo em transações correntes (que contabiliza a compra e a venda de bens e serviços com outros países) estava negativo em US$ 25,8 bilhões, valor que deve subir e fechar 2008 em US$ 29,6 bilhões. Para 2009, o BC estima déficit de US$ 25 bilhões.
O economista Antônio Corrêa de Lacerda, professor da PUC-SP, diz que, apesar da crise, o Brasil não deve enfrentar grandes problemas para equilibrar suas contas externas. "A situação não é muito confortável, mas é administrável", diz. Segundo Lacerda, a desaceleração da economia brasileira deve ajudar a conter as importações, contribuindo para evitar uma alta mais forte no déficit em transações correntes. Esse saldo negativo, por sua vez, pode continuar sendo financiado caso o fluxo de investimentos estrangeiros para o país não sofra muito com a crise internacional. Nas contas dele, essas aplicações devem ficar em US$ 25 bilhões, projeção menos otimista que os US$ 30 bilhões previstos pelo BC.


Exportações de couros somaram US$ 1,78 bilhão até Novembro
As exportações brasileiras de couros movimentaram US$ 1,78 bilhão até novembro, contabilizando decréscimo de 11% em comparação ao acumulado passado, segundo dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Mantendo-se a média mensal até agora contabilizada, as vendas externas de couros em 2008 podem alcançar ao redor de US$ 2 bilhões, reduzindo em US$ 500 milhões as expectativas originais da indústria curtidora para este período. Em relação aos couros bovinos, as exportações registraram US$ 1,76 bilhão, redução de 11 % nos onze meses deste ano.
A despeito da queda das vendas externas, a contribuição do setor curtidor para o saldo de US$ 22,43 bilhões da balança comercial brasileira é expressiva, representando, até novembro, quase 8% do total. “A indústria curtidora está muito preocupada com a queda contínua dos embarques ao longo de 2008, tanto em receita quanto em volume, fruto do longo período do câmbio apreciado, além dos já conhecidos obstáculos do Custo Brasil (altas taxas de juros, excessiva burocracia, precariedade do sistema de infra-estrutura etc.), e agravada pela crise internacional nestes últimos meses”, alerta o presidente do CICB, Luiz Bittencourt.Para contrapor-se a este cenário, o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) vem propondo junto ao governo o reajuste no Revitaliza (programa do Governo Federal que concede linhas especiais de financiamento a capital de giro, investimento e exportação). “A ociosidade na indústria já supera os 40%. Nessa época de incertezas, crédito escasso e negócios reduzidos, o que os setores produtivos precisam é de capital de giro”, afirma Bittencourt. Dentre outras medidas, o CICB também vem pleiteando a imediata agilização na restituição de créditos federais e estaduais retidos em operações de exportação; a criação de linhas de crédito para capital de giro puro e a desoneração da produção. No mês de novembro, os principais destinos do couro brasileiro foram a China e Hong Kong, ambos com US$ 568,87 milhões (31,8% de participação); Itália, com US$ 483,9 milhões (27,12% de participação); e Estados Unidos, US$ 162,45 milhões (9,11%). No período, o Vietnã foi o mercado que mais cresceu (82%), somando US$ 84 milhões. Os demais países que adquiriram o produto nacional foram: a Indonésia comprou US$ 59,7 milhões do produto nacional (incremento de 13%), México, que adquiriu US$ 43,35 milhões, crescimento de 24% ante 2007, enquanto a Alemanha aumentou suas compras em 35%, importando US$ 37,26 milhões, e a Noruega, que importou US$ 27,42 milhões do couro brasileiro (aumento de 74%).O Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) é uma entidade federativa que representa, há 51 anos, cerca de 800 empresas de produção e processamento de couro. O complexo industrial emprega cerca de 50 mil pessoas, movimenta um PIB estimado em US$ 3,5 bilhões e recolheu impostos da ordem de US$ 1 bilhão em 2007. Principais estados exportadoresO balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros até novembro, em comparação aos onze meses de 2007, indica que São Paulo continua na liderança estadual (US$ 543,68 milhões, participação de 30,47% e redução de 23%), seguido pelo Rio Grande do Sul (US$ 479 milhões, participação de 26,85% e igual receita ao período anterior), Ceará (US$ 176,12 milhões, 9,87% e aumento de 37%) e Mato Grosso do Sul (US$ 97,94 milhões, 5,5% e queda de 18%). Os demais estadossão Bahia (US$ 96,84 milhões), Paraná (US$ 95 milhões), Goiás (US$ 80,7 milhões) e Minas Gerais (US$ 76 milhões). (Comunicação - CICB - Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil)


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LOGÍSTICA & Infra-estrutura


Conselho do FGTS aprova mais R$ 5 bilhões para investimentos em infra-estrutura
O Conselho Curador do FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço aprovou na sexta-feira, dia 19/12, o repasse de mais R$ 5 bilhões para investimentos em projetos de infra-estrutura, como energia, transportes e portos. A autorização foi anunciada pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, após reunião do conselho, no Rio de Janeiro. O dinheiro provém do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS), criado no final do ano passado com aporte inicial de R$ 5 bilhões. Na semana passada, o conselho já havia autorizado, por meio de resolução, outros R$ 5 bilhões. No ano, as liberações somam R$ 15 bilhões. Segundo o ministro, entre os projetos que receberão investimentos estão o novo terminal no Porto de Santos (SP), a hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, e a reforma na malha ferroviária da América Latina Logística (ALL). "É a primeira vez que [o FGTS] está executando políticas de investimento, pois é um fundo criado para colocar dinheiro no mercado. Já temos R$ 12 bilhões comprometidos e o restante pode ser liberado conforme os pedidos", disse Lupi. Com um patrimônio de R$ 216 bilhões, neste ano o FGTS financiou R$ 39 bilhões, incluindo projetos de saneamento e habitação. O custo do empréstimo FI-FGTS é baseado em juros de mercado, segundo o perfil do tomador, enquanto que as linhas de investimento normais do fundo é TR mais 3%.


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ENERGIA & Telecomunicações

Procons realizam 120 autuações a call centers por desrespeito a regras
O Ministério da Justiça informou na sexta-feira, dia 19/12, que Procons de quatro Estados e do Distrito Federal já realizaram 120 autuações a empresas que descumpriram as novas regras dos SACs (Serviços de Atendimento ao Consumidor). Das autuações, quatro foram realizadas em Alagoas, 11 no Espírito Santo, 23 em Goiás, 35 em São Paulo e 47 no Distrito Federal. As autuações atingiram empresas do setor bancário, financeiro, plano de saúde, cartão de crédito, telefonia móvel, telefonia fixa, energia elétrica, seguro, TV por assinatura, transporte aéreo e transporte terrestre. O decreto presidencial nº 6.523, que estabelece novas regras para os call centers, passou a vigorar no dia 1º de dezembro. Entre as mudanças, está o tempo máximo de um minuto para o contato direto do consumidor com o atendente. O descumprimento pode resultar em multa de R$ 200 a R$ 3 milhões.
Na quinta-feira, dia 18/12, o Ministério da Justiça havia divulgado que intimou 72 empresas para apresentarem a adequação às novas regras de atendimento dos call centers. Segundo informou o ministério, foram convocadas quatro empresas de telefonia fixa, 18 de transporte terrestre, seis de planos de saúde, 24 de serviços financeiros e 20 de seguradoras. A iniciativa é resultado do "barômetro", um sistema criado para verificar se as empresas se adaptaram para cumprir as novas regras, com as reclamações apresentadas diretamente aos Procons, entre 1º e 13 de dezembro. Veja quais são as regras que entraram em vigor com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de outubro. Empresas que descumprirem as medidas e forem denunciadas aos Procons sofrerão processos e podem ser multadas em até R$ 3 milhões.
- O cliente deverá ser atendido em até um minuto;
- O call center deve funcionar 24 horas, 7 dias por semana;
- A empresa deve garantir, no primeiro menu eletrônico e em todas suas subdivisões, o contato direto com o atendente;
- As opções de reclamações e de cancelamento têm de estar entre as primeiras alternativas;
- No caso de reclamação e cancelamento, é proibido transferir a ligação. Todos os atendentes deverão ter atribuição para executar essas funções;
- As reclamações terão que ser resolvidas em até cinco dias úteis. O consumidor será informado sobre a resolução de sua demanda;
- O pedido de cancelamento de um serviço será imediato;
- É proibido, durante o atendimento, exigir a repetição da demanda do consumidor;
-Ao selecionar a opção de falar com o atendente, o consumidor não poderá ter sua ligação finalizada sem que o contato seja concluído;
- Só é permitida a veiculação de mensagens publicitárias durante o tempo de espera se o consumidor permitir;
- O acesso ao atendente não poderá ser condicionado ao prévio fornecimento de dados pelo consumidor;
- O cidadão que não receber o atendimento adequado poderá denunciar ao SNDC (Sistema Nacional de Defesa do Consumidor), Ministérios Públicos, Procons, Defensorias Públicas e entidades civis que representam a área.


BrOi: banda larga é mudança mais significativa em termos de concentração de mercado

A
compra da Brasil Telecom pela Oi, aprovada na quinta-feira, dia 18/12, pelo conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) cria a maior empresa de telecomunicações do Brasil. Mas, Júlio Püschel, analista do Yankee Group, acredita que a BrOi conquistará vantagem, de fato, no mercado de banda larga. “A mudança mais significativa em termos de concentração de mercado é a banda larga. A Oi passa a ser a líder do mercado, algo muito importante se for observada a tendência de a comunicação mundial ser cada vez mais IP. Quanto maior a capilaridade, maior a oportunidade de oferecer novos serviços”, afirma.
Dados dos relatórios financeiros das duas empresas, do terceiro trimestre do ano, mostram que, juntas, as duas companhias registram cerca de 22 milhões de telefones fixos instalados no Brasil, 27 milhões de celulares em funcionamento e 3,5 milhões de usuários de banda larga.Segundo o site Teleco, a Telefônica tinha o maior número de assinantes de acesso rápido à internet, com cerca de 2,5 milhões de clientes.
Apenas no
terceiro trimestre, a Oi e a Brasil Telecom somam receitas líquidas de 7,6 bilhões de reais e lucro líquido de 410 milhões de reais. Levando em consideração o resultado consolidado do ano de 2007, as duas empresas totalizam receita líquida anual de 20 bilhões de reais e lucro líquido anual de 673 milhões de reais. De acordo com Püschel, o crescimento da base de assinantes de telefonia móvel não cria condições para que a companhia brigue pelos três primeiros lugares, ocupados, respectivamente, por Vivo, Claro e TIM. Na telefonia fixa, a Oi já dominava as regiões nas quais a nova empresa atua.


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MERCADO DE TI


Ganhos da Oracle ficam abaixo do previsto no segundo trimestre fiscal de 2009
Sofrendo impactos da valorização do dólar, a
Oracle anunciou ganhos abaixo do previsto no seu segundo trimestre do ano fiscal 2009, encerrado em novembro. A companhia registrou lucro de 1,3 bilhão de dólares, ou 34 centavos de dólar por ação, resultado 1% menor do que o obtido no mesmo trimestre do ano passado. A receita da empresa no período foi de 5,6 bilhões de dólares, alta de 6% em comparação ao ano anterior. Segundo pesquisa da consultoria Thomson Financial, os ganhos por ação ficaram dentro do esperado pelos analistas. Segundo a Oracle, a valorização do dólar dos últimos meses, conseqüência da crise financeira, custou à companhia 3 centavos de dólar por ação em ganhos. Em setembro, a empresa divulgou que esperava ganhar entre 35 centavos de dólar e 36 centavos de dólar por ação no segundo trimestre fiscal. O faturamento com licenças cresceu 8% no período, apesar da queda de 3% nas vendas de software, em comparação com o mesmo período de 2007. Em conferência com analistas financeiros, os executivos da empresa culparam as flutuações do câmbio, que teriam afetado o valor de alguns negócios fora dos Estados Unidos, pela queda nas vendas.Larry Ellison, CEO da companhia, afirmou que a Oracle pode continuar com sua estratégia de aquisições, mesmo considerando que algumas empresas podem não gostar de serem compradas nas atuais condições do mercado. “Algumas empresas estão bem atrativas no momento, mas não sei se seus acionistas vão ficar entusiasmados em vendê-las no momento”, disse Ellison. Segundo o executivo, a empresa está olhando para aquisições de grandes empresas se o preço for justo.

AMD tem nova gerente geral no Brasil
A
AMD anunciou na sexta-feira, dia 19/12, a nova gerente geral para suas operações no Brasil. Cláudia Santos será responsável por vendas, marketing e gestão organizacional da companhia. Cláudia está na AMD desde 2004 e ocupava a diretoria de vendas corporativas. Ela iniciou a carreira na IBM, onde trabalhou por 11 anos nas áreas de vendas, financeira e administração. Antes da AMD, Cláudia atuou por cinco anos gerenciando vendas corporativas na Microsoft. A executiva é formada em matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e tem MBA em Administração Financeira pela Fundação Getúlio Vargas. Cláudia afirma estar ansiosa para trabalhar com seu time a fim de levar inovação aos consumidores e ajudar a AMD a crescer e alcançar suas metas. No início de dezembro, a AMD anunciou uma redução de 25% na projeção de receita global para o quarto trimestre de 2008, seguindo outras empresas também afetadas pela crise financeira ao redor do mundo. (IDG Now!)


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MERCADO DE LUXO


Ansiosas por status
De tempos em tempos, brotam no mundo do marketing novos termos para definir padrões de comportamento dos consumidores. É o caso da palavra masstige, popularizada em 2003 pelos consultores americanos Michael Silverstein e Neil Fiske em um artigo da revista Harvard Business Review. O termo é uma junção de mass (massa) com prestige (prestígio) e significa, literalmente, prestígio para as massas. Ao criá-lo, Silverstein e Fiske procuravam conceituar um fenômeno de larga abrangência entre consumidores da classe média nos Estados Unidos (com renda familiar mensal média de US$ 4.200,00). Os consultores constataram que essas pessoas estavam dispostas a gastar entre 20% e 200% mais em um produto que agregasse mais qualidades em comparação a um concorrente, e principalmente se tivesse inspiração em artigos de luxo. Esse fenômeno provocou dois tipos de reação. A primeira foi a extensão de grandes grifes, como Giorgio Armani, Moschino, Tiffany e mesmo marcas de automóveis, como Ferrari, para linhas de produtos mais acessíveis, criados especificamente para a classe média ascendente. A segunda está relacionada às empresas de produtos de consumo de massa que fazem o caminho inverso ao das marcas de luxo e passaram a desenvolver produtos mais sofisticados, como a Disney ao criar vestidos de noiva inspirados nas roupas das princesas de suas histórias e vendê-los por US$ 4.000,00. Até o agravamento da crise global há três meses, as vendas de produtos masstige cresciam ao ritmo de 10% ao ano.O mercado de produtos de luxo costuma ser regido por uma série de peculiaridades, e atendê-las é um desafio complexo para empresas que sempre traçaram suas estratégias de negócios em função dos ganhos de escala e da redução de custos. Os consumidores esperam reconhecer nos produtos masstige os mesmos atributos dos artigos de luxo, como matérias-primas nobres, cuidados típicos de produção artesanal e embalagens sofisticadas. E o ato da compra também costuma ser encarado como uma experiência especial - seja em lojas espetaculares, seja no atendimento personalizado. Em alguns casos, as grandes empresas criam divisões que funcionam, em vários aspectos, de maneira independente para deixar clara a separação entre seus produtos de massa e os mais sofisticados. A Nestlé, maior fabricante de alimentos industrializados do mundo, por exemplo, criou uma empresa nova apenas para gerir seu negócio de café gourmet, a Nespresso, que segue uma dinâmica diferente da operação tradicional do grupo e inclui, entre outras peculiaridades, uma rede própria de 175 lojas, espalhadas por 30 países. Apesar de ser relativamente restrito em números absolutos, o mercado de produtos de prestígio tem se tornado irresistível para as grandes empresas. O principal motivo são as avantajadas margens de lucro associadas a esses produtos, que em alguns casos chegam a significar vários múltiplos em comparação com as linhas tradicionais.

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EXPEDIENTE


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