I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 128 | Ano I

Contração no crédito mundial pode chegar a US$ 20 trilhões
O Banco Central do Brasil estima que a crise econômica deve causar uma contração no crédito mundial de US$ 20 trilhões. Para se ter uma idéia da dimensão desse montante, o valor representa quase duas vezes o PIB - Produto Interno Bruto - dos EUA, estimado em US$ 13,7 trilhões em 2007. Segundo o presidente do BC, Henrique Meirelles, o valor representa mais de dez vezes as perdas estimadas para o sistema bancário internacional até o fim da crise. Hoje, as perdas já chegam a US$ 1,4 trilhão, o que representa uma retração estimada de US$ 15 trilhões no crédito. As Américas responderiam por quase 70% desse valor, a maior parte nos EUA. "Vemos claramente a concentração das perdas nos EUA", afirmou Meirelles durante audiência pública na CAE - Comissão de Assuntos Econômicos - do Senado. Meirelles voltou a apresentar dados sobre a "destruição de riquezas nas bolsas", que já soma US$ 31 trilhões desde outubro. De acordo com o presidente do BC, as ações dos governos dos países desenvolvidos, para reduzir os efeitos da crise, já somam US$ 595 bilhões, sendo US$ 250 bilhões apenas nos EUA.
No Brasil - Em relação ao Brasil, o BC informou também, que já fez atuações no mercado de câmbio no valor de
US$ 53,4 bilhões entre os dias 19/9 e 16/12, para segurar a disparada do dólar. Na apresentação, o BC também divulgou um novo balanço da liberação de depósitos compulsórios, que já soma R$ 98 bilhões. O compulsório é o dinheiro dos clientes que os bancos são obrigados a deixar depositados no BC. Parte desse dinheiro foi liberado para que os bancos tivessem mais recursos para emprestar aos seus clientes. Antes da liberação, os compulsórios somavam R$ 272 bilhões.

Obama prepara pacote econômico de US$ 850 bilhões
O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, está preparando as bases de um gigantesco pacote de estímulo econômico, possivelmente de US$ 850 bilhões, para dois anos. O pacote deve ser apresentado ao Congresso, seu primeiro teste de negociação com o Legislativo. Segundo as agências internacionais, o pacote se compararia às drásticas ações governamentais tomadas para enfrentar a Grande Depressão, nos anos 1930, e superaria o montante que economistas e o FMI - Fundo Monetário Internacional - têm considerado necessário. Após consultar economistas liberais e conservadores, seus conselheiros começaram a falar aos congressistas que o estímulo deve ser maior que os US$ 600 bilhões inicialmente previstos. Como as obras públicas da era da depressão, o plano de Obama incluiria gastos com rodovias e outros projetos de infra-estrutura, bem como novas e renovadas escolas. Também se voltaria para tornar mais eficiente o consumo de energia em edifícios governamentais e no desenvolvimento de "tecnologias verdes", melhores para o meio ambiente. Além dos projetos de construção, Obama deve buscar fundos adicionais para programas de auxílio aos desempregados, incluindo seguro-desemprego e requalificação profissional, apontou um funcionário democrata. O presidente eleito tem repetido que deseja criar até 2,5 milhões de empregos nos próximos dois anos. O programa também incluiria alguma forma de redução na carga de impostos, de acordo com a equipe de Obama. Provavelmente, o corte de impostos estaria voltado para contribuintes das classes média e baixa. Alguns dos economistas consultados pela equipe de Obama sugeriram um gasto de até US$ 1 trilhão em dois anos, porém o valor mais provável parece ser US$ 850 bilhões. Há temor de que um pacote que pareça tão grande possa preocupar os mercados financeiros, e a próxima equipe econômica, também quer sinalizar com responsabilidade nos gastos públicos. Os assessores disseram concordar das previsões econômicas segundo as quais, sem dinheiro do governo, o desemprego subirá acima dos 9% e não sairá desse patamar até 2011. As informações são das agências internacionais.

EUA, Japão e zona do euro terão contração entre 1% e 2% no PIB em 2009
As economias dos EUA, do Japão e da zona do euro terão contração de 1% a 2% em 2009, segundo relatório da EIU - Economist Intelligence Unit -, consultoria do grupo que edita a revista "The Economist". Para a economia global, a estimativa de contração em 2009, deverá ser de 0,4%. No caso da Europa Ocidental, prevê um crescimento negativo de 1,2%. Haverá contração na América do Norte (-1,8%), e na região da Ásia e Austrália (-1,2%). Para a América Latina, a consultoria prevê um crescimento econômico de apenas 1%. Os analistas revisaram também para baixo suas previsões sobre a economia chinesa, que crescerá 7% - em lugar de 7,5% - devido ao enfraquecimento da demanda global e da fragilidade do setor da construção no país asiático. Para 2010, o EIU prevê um crescimento de 1,5% da economia global: 0,7% nos EUA, 0,4% na Europa Ocidental, 3,2% nos países em transição, e 2,2% na América Latina. A contínua deterioração das perspectivas de crescimento da economia mundial fará com que a política macroeconômica continue "agressivamente expansiva" nos países desenvolvidos, durante o próximo ano. O BCE - Banco Central Europeu - reduzirá sua taxa básica de juros para 1% no primeiro semestre do próximo ano, prevêem os analistas do EIU. Sobre o petróleo, a consultoria espera um preço médio do barril do Brent de US$ 35, frente à anterior previsão de US$ 65. A melhoria que a economia experimentará a partir de 2010 e os cortes de produção dos países da Opep - Organização dos Países Exportadores de Petróleo - farão com que o preço médio da commodity suba esse ano para US$ 50 por barril. (Efe)

Banco Central brasileiro diz que desaceleração da economia ainda não justifica corte de juros
O Copom - Comitê de Política Monetária do Banco Central - avalia que a economia brasileira já apresenta sinais de desaceleração nesse último trimestre do ano, mas considera que ainda há riscos para o cumprimento da meta de inflação de 4,5% no próximo ano. "Ainda não se consolidou o processo de reversão da tendência de afastamento da inflação, em relação à trajetória de metas, que vem se verificando desde o final de 2007, embora o risco de uma deterioração ainda maior da dinâmica inflacionária venha se reduzindo", diz o Copom na ata da última reunião. Na semana passada, o BC decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, mas afirmou que os diretores da instituição chegaram a discutir a possibilidade de um corte de 0,25 ponto percentual. "Entretanto, prevaleceu no Comitê o entendimento de que a trajetória prospectiva central da inflação, ainda justificaria a manutenção da taxa básica em seu patamar atual", diz o Copom. Para o BC, a falta de crédito na economia pode ampliar os efeitos da taxa de juros mais alta sobre o consumo e, conseqüentemente, sobre a inflação. Mesmo assim, a instituição avalia que a influência do cenário externo sobre a trajetória de inflação, "continua sujeita a efeitos contraditórios, que podem atuar com intensidade distinta ao longo do tempo, e envolta em considerável incerteza". De acordo com o BC, as projeções de inflação para 2009, feitas pela instituição, caíram em relação à reunião do Copom de outubro, mas ainda se encontram acima do valor de 4,5%. O Copom volta a se reunir, somente, no dia 20/01 para discutir um possível corte dos juros já no início de 2009.

Panasonic acerta compra da Sanyo
O gigante japonês de eletrônica Panasonic obteve um acordo com os três principais acionistas da Sanyo, entre eles o banco americano Goldman Sachs, para realizar uma oferta pública de aquisição (OPA), revelou nessa quinta-feira, o jornal econômico Nikkei. A Panasonic já havia anunciado, em 7/11, sua intenção de assumir o controle da Sanyo, iniciando difíceis negociações com o Goldman Sachs e os grupos financeiros japoneses Daiwa Securities SMBC e Sumitomo Mitsui Banking Corporation, que detêm mais de 70% das ações da companhia. Segundo o Nikkei, nessa quarta-feira, o Goldman Sachs aceitou fixar o preço da ação ordinária da Sanyo em 131 ienes. Daiwa Securities e Sumitomo Mitsui já tinham aceitado esse valor. O jornal revela que o Conselho de Administração da Panasonic se reunirá na sexta-feira para decidir formalmente, sobre a OPA. (France Presse/AFP, de Tóquio)

Com aval europeu, CSN fecha venda da Namisa em breve
A CSN enviou um comunicado ao mercado na manhã de ontem, informando que o fechamento da venda de 40% da mineradora Namisa, subsidiária integral da siderúrgica, para um consórcio asiático, pode acontecer nos próximos dias. Segundo a empresa, o acordo final já pode ocorrer, pois a venda da mineradora foi aprovada sem ressalvas pela Comissão das Comunidades Européias. Segundo informações divulgadas pela CSN em 21/10, quando anunciou a alienação da Namisa, US$ 3,12 bilhões serão pagos à vista na data da liquidação financeira da transação.

Qantas e British Airways anunciam fracasso em negociações para fusão
A proposta de fusão entre a companhia aérea australiana Qantas e a britânica British Airways, fracassou após as duas companhias não chegarem a um acordo sobre aspectos-chave da operação. "Apesar dos potenciais benefícios no longo prazo previstos para Qantas e British Airways, não fomos capazes de chegar agora a um consenso", anunciou ontem, a empresa australiana. As duas companhias aéreas vão continuar trabalhando juntas em rotas entre Austrália e Reino Unido, como membros da aliança One World, indicou a Qantas em comunicado. Há uma semana, o executivo-chefe da Qantas, Alan Joyce, advertiu que as negociações enfrentavam vários empecilhos, e que a operação só seguiria adiante se a companhia aérea australiana se assegurasse de certas vantagens e se algumas condições fossem cumpridas, como negociar no mercado financeiro de forma separada. Um dos problemas era a negociação paralela para uma fusão entre British Airways e a espanhola Iberia, que teria sofrido a oposição do Governo australiano. Se a fusão fosse confirmada, teria gerado a maior companhia aérea do mundo, por destinos, e segunda maior, por número de aviões, avaliada em mais de US$ 5 bilhões. (Efe)

Posco decide cortar produção de aço pela 1ª vez
A Posco, quarta maior siderúrgica do mundo, planeja cortar temporariamente, sua produção de aço em cerca de 10%. A decisão marca o primeiro corte de produção, já feito pela companhia e ocorre diante de estoques crescentes e demanda em queda do setor automotivo e de fabricantes de utensílios domésticos. A decisão da empresa - que até o momento se recusava a cortar produção, diferentemente de outros concorrentes globais - reflete o impacto do aprofundamento da recessão global na indústria que consome aço. "A redução é muito pequena, em cerca de 2% da produção anual, mas, ainda assim, ela é simbólica, e sugere que mesmo as maiores companhias estão enfrentando dificuldades", disse Cho In-je, analista do KB Investment & Securities. "A ação também deve dar mais poder de barganha às siderúrgicas, diante de fornecedores de matérias-primas para as negociações anuais de compra de minério de ferro." A Posco, que produz cerca de 2,75 milhões de toneladas de aço bruto por mês, reduzirá a produção em 200 mil toneladas em dezembro e em 370 mil toneladas, em janeiro, informou a empresa em um comunicado. Os cortes somarão em média cerca de 10% da produção mensal. (Reuters, de Seul)

Preço da gasolina pode cair em 2009 por causa do petróleo
A queda na cotação do petróleo - que, de US$ 147,27 a que chegou em julho nos mercados internacionais, caiu para o atual patamar de quase US$ 40 - pode levar a uma redução no preço da gasolina em 2009 no Brasil, segundo a ata do Copom - Comitê de Política Monetária do Banco Central - divulgada nessa quinta-feira. Nesse ano, a Petrobras promoveu apenas uma alta no preço do combustível, que foi compensada por uma redução no imposto promovida pelo governo federal. "O cenário central de trabalho adotado pelo Copom, que prevê preços domésticos da gasolina inalterados para o acumulado de 2008, permanece plausível, mas, a persistir o quadro atual do mercado de petróleo, não parece prudente descartar por completo a hipótese de que ocorram reduções de preços em 2009", afirmou o Copom na ata da reunião da semana passada, quando o BC manteve a taxa básica de juros inalterada em 13,75% ao ano. O BC também diz que, independentemente do comportamento dos preços da gasolina, a redução na cotação do petróleo pode, eventualmente, beneficiar a economia doméstica, tanto por meio dos produtos petroquímicos, quanto pelo efeito sobre as expectativas de inflação.

Usiminas compra maior distribuidor independente de aços do país por R$ 160 milhões
A Usiminas anunciou, ontem à tarde, acordo para adquirir a Zamprogna, a maior distribuidora independente de aço e a maior fabricante de tubos de aço com costura do Brasil, por R$ 160 milhões. A aquisição consolida a empresa como a líder em distribuição de aço no país. Segundo a companhia, o preço ainda será ajustado "pelas variações do capital de giro e dívida líquida consolidada até a data do balanço de fechamento", que deverá ocorrer no final de fevereiro de 2009. A Zamprogna, que possui sede em Porto Alegre/RS, detém forte penetração na região Sul e possui linhas de produção em Porto Alegre, Guarulhos/SP e Campo Limpo Paulista/SP. Segundo a Usiminas, as duas empresas praticamente não possuem sobreposição de mercado. "A Usiminas não detinha participação significativa no mercado de distribuição e centros de serviço na região Sul e, com a aquisição da Zamprogna, deverá alcançar um expressivo aumento de vendas [na região]", explicou a companhia em comunicado ao mercado.


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

Bovespa fecha em queda de 1,03% com perdas em ações de Vale e Petrobras
As ações da Vale do Rio Doce e Petrobras puxaram as perdas da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registradas nesta quinta-feira. Em um dia de queda das commodities (matérias-primas) e indicadores ruins nos EUA, os investidores optaram por sair da Bolsa, enquanto o dólar teve alta moderada, para R$ 2,36.
Na praça de Nova York (Nymex), o barril de petróleo caiu para US$ 36,22, um decréscimo de 9,6%, apenas um dia depois de que a Opep (o cartel dos países produtores) anunciou um corte histórico na produção. O declínio é um reflexo das expectativas de que a economia global tenha um crescimento pífio, na melhor das hipóteses, em 2009.

- O
Ibovespa, recua 1,03% e bate os 30.536 pontos.
- O giro financeiro é de R$ 3,72 bilhões.

Análise - A Bolsa subiu bem neste mês, principalmente porque entrou algum capital estrangeiro nesses últimos cinco, seis dias. Somente a ação da Petrobras subiu mais de 20% em um mês, quer dizer, é natural que haja uma realização de lucros. Isso não quer dizer que a tendência de mercado mudou: ainda é de baixa. O cenário continua nebuloso e eu, particularmente, estou pessimista para janeiro.

- A ação preferencial da Petrobras perdeu 3,49%, para R$ 23,50, enquanto a ação da Vale do Rio Doce caiu 4,09%, para R$ 25,31.
-
O dólar comercial foi comercializado por R$ 2,365 na venda, em alta de 0,76%. A taxa de risco-país marca 456 pontos, número 0,65% abaixo da pontuação anterior.

O Banco Central vendeu moeda no mercado à vista e realizou um leilão de "swap" cambial, que teve efeito restrito sobre os negócios. Para operadores, a taxa de câmbio deve continuar a oscilar entre R$ 2,30 e R$ 2,40 ao longo das próximas semanas. O cenário continua nebuloso e "dependente" do que o próximo presidente dos EUA, Barack Obama, deve executar em seus primeiros atos degoverno.
"É possível que a taxa caia um pouco nesses últimos dias, se as tesourarias de banco liberarem um pouco de moeda, para derrubar os preços, comprar e vender mais depois. Agora, começa o novo governo nos EUA, e se a economia começar a reagir, nós até podemos ver o dólar caindo bem, já que os juros por aqui estão muito altos", comenta Luiz Carlos Baldan, diretor da corretora de câmbio Fourtrade, ressaltando que somente vê a possibilidade de uma reação das taxas a partir de abril.


Bolsas dos EUA fecham em baixa com petróleo e perspectivas negativas
As Bolsas americanas fecharam em forte baixa nesta quinta-feira, abalada pelas dificuldades do conglomerado General Electric (GE) e pela queda dos preços do petróleo.

- O Dow Jones Industrial Average (DJIA), principal índice da Bolsa de Nova York, recuou 2,49%, fechando a 8.604,99 pontos.
- O Nasdaq caiu 1,71%, a 1.552,37 pontos.
- O índice ampliado Standard & Poor's 500 recuou 2,11%, fechando em 885,35 pontos.

Análise - Wall Street sofreu um duro golpe quando a agência de classificação Standard & Poor's (SP) abaixou a perspectiva da nota da GE, destacaram os especialistas do site de análise financeira Briefing.com.
O anúncio abalou profundamente o mercado porque a GE, que trabalha com setores de atividade tão diversos como mídia e energia, é considerada um indicador da saúde das empresas americanas. As ações da GE caíram 8,22%, para US$ 15,96. Além disso, a queda dos preços do petróleo, cujo barril ficou abaixo de US$ 36 pela primeira vez desde 2004, "pesaram nos indicadores", afirmou Peter Cardillo, da Avalon Partners. Durante os negócios em Nova York, o preço chegou a ser de US$ 35,98 - o que significaria uma queda de 75% sobre o recorde histórico de US$ 147,27 para a commodity, que foi batido em julho deste ano.



Bolsas européias sobem com chance de novo pacote nos EUA
As Bolsas européias fecharam com ganhos, com exceções às de Paris e Zurique, repercutindo positivamente a possibilidade do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, aprovar um novo pacote de US$ 850 bilhões para reativar a economia americana.
Porém, os ganhos não foram grandes, pois o temor de aprofundamento da crise financeira e seus reflexos na "economia real" segue firme.

- A Bolsa de Londres fechou em alta de 0,15% no índice FTSE 100, indo para 4.330,66 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt teve alta de 1,02% no índice DAX, a 4.756,40 pontos.
- A Bolsa de Amsterdã subiu 0,86% no índice AEX General, para 249,88 unidades.
- A Bolsa de Milão ganhou 0,86% no índice MIBTel, para 15.227 pontos.
As exceções foram:
- As Bolsas de Paris - onde o índice CAC perdeu 0,24%, aos 3.234,15 pontos.
- A Bolsa de Zurique - com o Swiss Market recuando 0,6%, para 5.515,05 unidades.

Segundo um assessor do presidente eleito ouvido pelo site especializado Bloomberg, Obama pode tentar obter no próximo ano a aprovação de um plano de estímulo à economia americana. Segundo a fonte, esse é o valor que vem sendo considerado pela equipe de transição de Obama como necessário para tirar a economia dos EUA da recessão, em que se encontra desde dezembro de 2007.


HOJE - Japão corta taxa de juros, mas Bolsa fecha o dia em queda
O BoJ (Banco do Japão, o Banco Central do país) decidiu reduzir sua taxa básica de juros de 0,3% para 0,1% em uma tentativa de estimular a segunda maior economia do mundo, que entrou em recessão em meio a crise financeira. Mesmo com o corte, a Bolsa de Valores do país fechou a semana em queda.

- O índice Nikkei 255 da Bolsa de Tóquio encerrou o dia com recuo de 0,91%, aos 8.588,52 pontos. O BoJ tomou a decisão na mesma semana em que o
Federal Reserve (Fed, o BC americano) baixou sua taxa para entre 0% e 0,25% --o que elevou o preço do iene frente ao dólar e prejudica o comércio exterior japonês.

"Sob essas circunstâncias as condições econômicas têm se deteriorado e podem se intensificar bastante em um futuro próximo", declarou o BoJ em nota. Segundo a rede de TV BBC, um período de recessão levou o
Banco do Japão a adotar uma política de taxa de juros zero no final da década de 90. O banco central do país esperava que isso encorajaria as pessoas a economizar menos e a gastar mais - o que ocorreu apenas parcialmente. Na ocasião, o que tirou o país da recessão foi o comércio exterior. Dessa vez, o governo japonês diz que sua prioridade é estimular a economia doméstica.
Segundo analistas, investidores também reagiram mal à notícia de que a
economia japonesa terá crescimento zero entre 2009 e 2010. O governo japonês anunciou nesta sexta-feira que a economia do país não crescerá no próximo ano fiscal, que começa em abril de 2009 e termina em março de 2010.


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MERCADO FINANCEIRO


BC já injetou US$ 53,4 bilhões no mercado de câmbio
Desde o início do agravamento da crise financeira internacional, em meados de setembro, o Banco Central já promoveu uma injeção de liquidez no mercado brasileiro cambial de US$ 53,4 bilhões. Essa atuação para dar liquidez, em resposta à crise, foi feita com uma série de medidas adotadas desde o dia 18/9. Os dados do BC consideram os valores acumulados até a última terça-feira, dia 16/12. De acordo com o balanço apresentado pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, na CAE - Comissão de Assuntos Econômicos - do Senado, US$ 9,8 bilhões foram colocados no mercado com a venda direta de dólares na mercado à vista. Outros US$ 10,8 bilhões foram colocados com venda de dólares com compromisso de recompra futura. Mais US$ 28,9 bilhões, com operações de contratos de swap cambial e US$ 2,4 bilhões com linhas para o comércio exterior. O BC também incluiu no balanço a decisão de não rolar nesse período, as operações de contrato de swap cambial reverso, que venceram no valor de US$ 1,5 bilhão. No documento, o presidente do BC destaca que, de todas essas intervenções no mercado cambial, apenas as vendas diretas de dólar no mercado à vista (US$ 9,8 bilhões) afetam as reservas internacionais Brasileiras.
Compulsório - As atuações do Banco Central para promover liquidez ao mercado em reais, desde o agravamento da crise financeira internacional, permitiram uma redução de R$ 98 bilhões dos depósitos compulsórios. O balanço mostra que a contratação de swap cambial entre os dias 6/10 e 15/12, somou US$ 33 bilhões.

Deputados aprovam venda da Nossa Caixa ao Banco Brasil
A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou ontem à noite, o projeto de lei que autoriza a venda da Nossa Caixa ao Banco do Brasil. Na votação, foram rejeitadas todas as oito emendas que haviam sido incluídas no projeto original. Foram 54 votos a favor do projeto e 18 contra, capitaneados pelo PT. O texto aprovado destaca que, no período entre a aquisição do controle acionário do banco e sua incorporação societária, o BB não poderá demitir funcionários da Nossa Caixa sem obedecer aos critérios utilizados nas dispensas de seus próprios funcionários. Além disso, o BB deve organizar a integração dos empregados da Nossa Caixa, respeitando os direitos adquiridos pelos atuais empregados. O projeto condiciona a venda da Nossa Caixa à garantia do BB de manter os programas sociais: Ação Jovem, Renda Cidadã, Frente de Trabalho e Banco do Povo Paulista, atualmente administrados pela Nossa Caixa. Da mesma maneira, o Banco do Brasil também deve manter a prestação de serviços bancários em todos os municípios atualmente atendidos pela Nossa Caixa. Outro ponto contido no texto aprovado prevê a criação da Agência de Fomento do Estado de São Paulo, que será chamada de "Nossa Caixa Desenvolvimento". Segundo o documento, fica a cargo do governo do Estado destinar recursos orçamentários à agência.


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AGRONEGÓCIOS


CNA prevê dificuldades na comercialização da safra 2008/09
A perspectiva para o ano agrícola 2008/09 não é das mais otimistas, conforme avaliação da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil -, em relatório divulgado ontem, pela nova presidente da entidade, senadora Kátia Abreu. Conforme a CNA, dificuldades de comercialização, maior rigidez na concessão do crédito rural, redução de 8% no uso de fertilizantes nas lavouras e queda da área plantada na safrinha de milho 2009, são as perspectivas para o ano agrícola 2008/09. Esse cenário deve confirmar a queda de 5% na produção agrícola, de acordo com estimativas do governo. A situação poderá se agravar em alguns Estados por causa de problemas climáticos. Segundo a CNA, essa safra já foi plantada com dificuldades de crédito e alto custo financeiro, o que poderá comprometer a renda do produtor rural em 2009.
PIB
A CNA estima que o PIB - Produto Interno Produto - do agronegócio deve atingir de R$ 698 bilhões em 2008. Até setembro de 2008, o PIB foi de R$ 691 milhões e a projeção para os meses de outubro, novembro e dezembro, é de acrescimento de R$ 6,9 bilhões.
Queda na Safra
Kátia Abreu estimou que a produção de grãos em 2008/09, deve cair 10% em relação à safra 2007/08. A estimativa da entidade é mais pessimista do que as previsões do governo, que indicam queda de 5% na produção. Segundo ela, a queda na comercialização de fertilizantes é um dos indicadores de menor produção. Segundo números da CNA, no acumulado do ano até outubro, foram entregues 20,244 milhões de toneladas de fertilizantes, representando queda de 2% em relação ao mesmo período do ano passado. A presidente da CNA fez ontem, um balanço do desempenho da agricultura em 2008 e traçou perspectivas para o próximo ano. O principal ponto destacado foi à necessidade de reformulação do modelo de financiamento agrícola. A CNA contratou o professor Guilherme Dias, da USP - Universidade de São Paulo -, para auxiliar nas discussões sobre uma nova proposta que será formulada em parceria com o governo. Guilherme Dias é professor da FEA - Faculdade de Economia e Administração - e foi secretário-executivo do Ministério do Planejamento, no governo Fernando Henrique Cardoso.
Crédito
O professor disse que a renegociação das dívidas do setor rural não resolve o problema de crédito. "As renegociações dos últimos anos trouxeram mais problemas do que vantagem. É irrealista pensar que o problema do crédito se resolverá em 2009. Como foi irrealista pensar que as negociações feitas de 2005 até agora, resolveriam o problema", afirmou. Dias defende uma política de garantia de renda para os produtores rurais. E, para isso, é fundamental a participação dos agricultores, que terão de informar os custos da atividade. Kátia Abreu concordou com a proposta e lembrou que uma política de garantia de renda, depende de "contabilidade aberta". Em contrapartida, a presidente da CNA disse que é fundamental a desoneração da cadeia produtiva, que chega a pagar 16,9% em impostos.
Apoio à Comercialização
Kátia Abreu defendeu, ainda, a ampliação do orçamento para as políticas de apoio à comercialização em 2009. Ela também apóia a reivindicação do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que pede a alocação de R$ 5 bilhões para instrumentos de apoio à comercialização agrícola. Ela afirmou que um indicativo de que haverá problemas na comercialização da safra, é o baixo volume de soja vendido antecipadamente. Em anos anteriores, nessa época do ano, o volume chegava a 50% da safra. Atualmente, o percentual negociado, é de apenas 18%. (Agência Estado, de Brasília)

Braskem aprova projeto de R$ 500 milhões para álcool verde
O conselho de administração da gigante petroquímica Braskem, aprovou o Projeto PE Verde. Com investimentos de R$ 500 milhões, esse projeto pretende produzir 200 mil toneladas/ano de eteno e polietileno, a partir de etanol de cana-de-açúcar. O início das operações está previsto para 2011 no Pólo de Triunfo, no Rio Grande do Sul.
A Braskem já concluiu a etapa conceitual e de projeto básico. No início de 2009, inicia-se a fase de detalhamento e início das obras. A empresa já fez a reserva firme dos equipamentos do projeto, como o compressor de gás de carga e compressor de trem frio. São equipamentos de alta tecnologia que precisam ser encomendados com antecedência para garantir o cumprimento do cronograma. Para financiar o que será a primeira operação em escala comercial no mundo, para produção de polietileno a partir de matéria-prima 100% renovável, a Braskem planeja utilizar 30% de recursos próprios e buscar financiamento para os 70% restantes. Com demanda já identificada no mercado internacional de aproximadamente 600 mil toneladas/ano, três vezes a capacidade dessa unidade pioneira, o polietileno verde tem potencial para comandar um prêmio de aproximadamente, 30% sobre o preço do polietileno de origem não-renovável. “A aprovação desse projeto pelo conselho, demonstra a confiança da Braskem no potencial de criação de valor do projeto e o cuidado da Administração com a disciplina financeira, investindo seletivamente em projetos de alto retorno”, disse Bernardo Gradin, presidente da Braskem, por meio de sua assessoria de comunicação. A Braskem é líder em resinas termoplásticas na América Latina e a terceira maior produtora das Américas. Com 19 plantas industriais distribuídas pelo Brasil, a empresa produz anualmente mais de 11 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos.



Abate de frangos caiu 13,9% no terceiro trimestre
O abate de frangos, no terceiro trimestre desse ano, caiu 13,9% em comparação com igual período em 2007, e apresentou queda de 4,5% ante o segundo trimestre de 2008. A informação foi anunciada pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, que divulgou ontem, pesquisa sobre abates. De acordo com o IBGE, no terceiro trimestre desse ano, foram abatidas 1,247 bilhão de unidades de frango em estabelecimentos que sofrem algum tipo de inspeção (federal, estadual ou municipal). Ainda de acordo com o instituto, o abate de frangos acumulado no ano, é de 3,629 bilhões de cabeças, 12,6% superior ao observado no mesmo período do ano passado. O IBGE informou que, desde o terceiro trimestre de 2006, o volume de frangos abatidos tem mostrado crescimento, período após período. Os destaques no abate de frangos foram verificados nos Estados do Paraná e Santa Catarina, que apresentaram um crescimento de 16,2% e 9,6%, respectivamente, no volume abatido no terceiro trimestre desse ano, em comparação com igual período no ano passado.


Abate de suínos subiu 4,8% no terceiro trimestre
O abate de suínos no terceiro trimestre desse ano, aumentou 4,8%, ante igual trimestre no ano passado e subiu 1,2%, na comparação com o segundo trimestre desse ano. A informação foi anunciada ontem, pelo IBGE. De acordo com o instituto, no terceiro trimestre desse ano, foram abatidos 7,337 milhões de unidades de suínos. Em termos de peso de carcaça, o IBGE informou que, no terceiro trimestre desse ano, houve aumento de 5,6% na comparação com igual período no ano passado, e de 1,1% na comparação com o segundo trimestre de 2008. Ontem, o IBGE também revelou dados sobre aquisição de leite, de couro e produção de ovos de galinha. No terceiro trimestre desse ano, as indústrias adquiriram 4,672 milhões de litros de leite, o que representa uma queda de 0,5%, em relação ao segundo trimestre desse ano; e aumento de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Já no caso da aquisição de couro, no terceiro trimestre, foram adquiridas 8,649 milhões de unidades de couro bovino, que representou queda de 17,0%, em relação ao mesmo período do ano passado; e de 13,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Já a produção de ovos cresceu 5,9% no terceiro trimestre desse ano, ante mesmo trimestre de 2007, e subiu 1,6% em relação ao segundo trimestre de 2008. No período, houve uma produção de 577,250 milhões de dúzias de ovos de galinha. Ainda segundo o IBGE, a produção acumulada no ano, até o terceiro trimestre, foi de 1,706 bilhões de dúzias de ovos.


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SETOR AUTOMOTIVO

GM e Chrysler retomam negociações sobre fusão
As montadoras americanas, General Motors e Chrysler, reabriram negociações para uma eventual fusão, no momento em que o fundo de investimento norte-americano Cerberus Capital Management, detentor do controle da Chrysler, sinalizou que pode vender sua parte na empresa, segundo fontes ouvidas pelo diário americano WSJ - The Wall Street Journal. De acordo com o WSJ", o Cerberus tomou a iniciativa de reabrir as negociações há poucas semanas; quando a idéia foi lançada, ambas as empresas julgavam a proposta "impraticável", uma "distração" em um cenário que exigia atenção sobre os problemas de falta de dinheiro em ambas. "Ainda não estão claros quais efeitos a reabertura das conversas sobre fusão poderão ter sobre os complicados cálculos políticos pendentes, quanto à ajuda do governo para as montadoras", diz a reportagem.
Ontem, a Chrysler informou que, devido à crise financeira internacional, suspenderá todas as suas operações de produção nos EUA durante um mês, já a partir dessa sexta-feira, 19/12. Em nota, a empresa também anunciou que suas concessionárias registraram uma redução de 20 a 25% nas vendas. Já a GM informou na semana passada, que vai interromper temporariamente, 30% de sua produção na América do Norte em resposta à "rápida deterioração das condições do mercado". A interrupção temporária vai afetar 14 fábricas da empresa nos EUA, assim como três no Canadá e três no México, o que deve reduzir a produção em cerca de 250 mil veículos nos primeiros três meses de 2009.
A montadora viu suas vendas caírem 41% no mês de novembro, enquanto a queda total nas vendas de carros, nos EUA, foi de 26%. Nesse mês, o Congresso pressionou o Cerberus para injetar dinheiro na Chrysler como parte do plano para resgatar a empresa. Até o momento, o fundo de investimento rejeita a idéia - alegando que os acionistas da GM e da Ford não receberam o mesmo tipo de pedido. A Chrysler pediu ao governo US$ 7 bilhões na forma de um "empréstimo-ponte" (feito para uma empresa livre de dívidas, que, por sua vez, injeta dinheiro na companhia) até 31/12. A Chrysler argumentou que o custo com a falência da empresa seria de US$ 12 bilhões a US$ 15 bilhões.
O pacote que a Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) aprovou na semana passada, de US$ 14 bilhões, para salvar as montadoras, foi rejeitado, na mesma semana, pelo Senado. O governo federal chegou a sugerir que poderia utilizar recursos do pacote de US$ 700 bilhões, aprovado em outubro no Congresso para resgatar bancos em dificuldades, para ajudar as fabricantes de veículos. No sábado, dia 13/12, no entanto, o presidente americano, George W. Bush, afirmou que seu governo não está pronto para anunciar um plano de resgate para General Motors, Chrysler e Ford, apesar da grave crise que o setor enfrenta.

General Motors ignora crise e abre nova fábrica na China
A montadora americana GM - General Motors - inaugurou uma nova fábrica na China, mesmo bastante afetada com a crise econômica mundial. A nova fábrica, que será um dos três pontos no mundo de produção de seu modelo Chevrolet Cruze, já funciona na cidade de Shenyang (província de Liaoning, nordeste) dentro da Xangai GM, a empresa mista que a companhia tem com a Corporação Industrial do Automóvel de Xangai, o principal fabricante chinês.
A unidade de produção contou com um investimento conjunto de 2,67 bilhões de iuanes (US$ 390 milhões), e terá capacidade de produzir até 150 mil unidades por ano quando estiver em pleno funcionamento, no segundo trimestre de 2009. "A abertura dessa fábrica é parte da vontade atual da GM de aumentar nossas operações na China", disse o presidente da montadora para a China, Kevin Wale. "A GM não desacelerará seu desenvolvimento na China, mesmo nesse momento difícil do setor." A GM, junto com Ford e Chrysler, sofre com a queda nas vendas e os prejuízos nos EUA. Juntas, as montadoras são responsáveis por cerca de 250 mil empregos diretos no país.
Na sexta-feira passada, a GM, uma das empresas que seria beneficiada pela ajuda, anunciou que vai interromper temporariamente, 30% de sua produção na América do Norte em resposta à "rápida deterioração das condições do mercado". A montadora viu suas vendas caírem 41% no mês de novembro, enquanto a queda total nas vendas de carros nos EUA foi de 26%. A interrupção temporária vai afetar 14 fábricas da empresa nos EUA, assim como três no Canadá e três no México, o que deve reduzir a produção em cerca de 250 mil veículos nos primeiros três meses de 2009.

Governo reduz a zero alíquota do IPI de caminhões
Depois de conceder desonerações para os fabricantes de carros, o governo reduzirá a zero a alíquota de IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - para os caminhões. Hoje, a alíquota no setor é de 5%. A desoneração atende a pedido de fabricantes e das transportadoras de cargas. Após a redução do imposto para automóveis, eles argumentaram que os caminhões são instrumentos de trabalho e também deveriam receber o benefício. A medida chegou a ser incluída no pacote de desonerações anunciadas na semana passada, que contou com a reformulação da tabela do Imposto de Renda, com duas novas alíquotas, e a redução do IOF para operações de crédito. Pouco antes do anúncio das medidas, o benefício para os caminhões foi retirado para mudanças técnicas no projeto.
Dados da Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores -, que também representa os fabricantes de caminhões, mostraram que as vendas caíram 22% em novembro, se comparadas ao mês anterior. Em outubro, quando o crédito ficou mais escasso, as vendas se mantiveram estáveis ante setembro. O número de licenciamentos de caminhões em outubro foi de 11.944, praticamente o mesmo de setembro (11.927). O sinal vermelho só foi aceso no mês passado, quando os licenciamentos somaram 9.292. A Anfavea afirma que não vai se pronunciar enquanto a medida não for publicada no "Diário Oficial" da União, o que deverá ocorrer nos próximos dias.
A redução do imposto era um pedido antigo do setor, já que os ônibus e os tratores já contavam com alíquota zero de IPI. Por serem considerados bens de capital, os caminhões tinham IPI mais baixo que o de carros. Na semana passada, o IPI de carros populares, de mil cilindradas, foi reduzido de 7% para zero. Para os veículos entre 1.000 e 2.000 cilindradas, a redução foi de 13% para 6,5% nos carros a gasolina e de 11% para 5,5% nos carros flex e a álcool.

BB dispõe de R$ 3 bilhões para financiar autopeças
O Banco do Brasil anunciou deve anunciar hoje, a criação de uma linha de crédito inédita para o setor de autopeças, um dos que, junto com as montadoras, mais tem sofrido com a retração da economia. O crédito será destinado exclusivamente, para financiar o pagamento de impostos como PIS/Cofins, IPI, ICMS, INSS e as contribuições para o FGTS. No setor, algumas empresas têm optado em atrasar o pagamento de impostos em favor de outras despesas, como fornecedores e salários. Serão oferecidos até R$ 3 bilhões em recursos próprios do BB para a linha que também poderá ser usada para o pagamento do décimo terceiro salário.
A nova operação, chamada de "BB Capital de Giro Tributos", tem taxas prefixadas - a partir de 1,53% ao mês - e o tomador do empréstimo terá carência de até três meses para o início dos pagamentos de juros e do principal. O financiamento poderá ser quitado em até 12 parcelas. Segundo o BB, os impostos que podem ser financiados se referem aos meses entre novembro de 2008 e fevereiro de 2009. O valor que pode ser financiado varia de 80% do tributo devido (parcelas relativas a novembro) a 50% (relativos a fevereiro de 2009).
Para as empresas que tomarem os recursos, o dinheiro será liberado apenas mediante apresentação das guias de recolhimento dos tributos nas datas de vencimento até 31 de março de 2009. Normalmente, empresas usam as linhas de crédito de capital de giro tradicional para o pagamento de impostos. Nesses casos, o dinheiro também pode ser usado para despesas cotidianas, como fornecedores e salários, e a primeira parcela que deve ser paga ao banco, costuma vencer em até 30 dias após a tomada do crédito.


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LOGÍSTICA & Infra-estrutura


Porto de Suape recebe R$ 36,5 milhões para obras
A Petrobras depositou a primeira parcela do acordo de repasse de verbas para construção de infra-estrutura no Porto de Suape. Foram R$ 36,5 milhões que entraram no caixa do Porto para pagar a construção dos canteiros de obra de dois píeres petroleiros. Ontem, a estatal assinou um convênio com o município de Ipojuca, oficializando o repasse de R$ 29,3 milhões para serem gastos em obras sociais, em troca da isenção de IPTU e ISS na construção da refinaria. “É a parcela do que chamamos de evento um. Já licitamos a obra e agora o recurso será usado na instalação dos canteiros”, explica o diretor de Engenharia e Meio Ambiente de Suape, Ricardo Padilha. O consórcio Odebrecht, Andrade Gutierrez e OAS ganhou a licitação, por R$ 336 milhões, para aumentar o molhe de atracação do Porto de Suape, construir dois píeres para navios petroleiros (um com capacidade de 110 mil toneladas e outro para 170 mil toneladas), construir uma tubovia ligando o petróleo que será escoado dos navios até a refinaria e ainda, a dragagem da bacia de evolução dos navios. As demais parcelas serão repassadas no momento em que as obras forem feitas e medidas. O prolongamento e reforço do molhe e construção da tubovia, serão bancados pela Petrobras. Já as demais obras de infra-estrutura necessárias para dar suporte à operação da refinaria, serão construídas por Suape, com recursos adiantados pela Petrobras, mas que serão abatidos futuramente das tarifas de operação portuárias. A Petrobras também ajudará na construção de um complexo educacional desportivo, praça de eventos em Nossa Senhora do Ó, escola em Porto de Galinhas e Serrambi, maternidade, mercado público, centro cultural e centro de visitação e informações turísticas. Esses projetos foram negociados entre a Petrobras e Prefeitura de Ipojuca, para serem realizados com dinheiro repassado pela estatal de petróleo. O evento de assinatura desse acordo foi realizado ontem, na Escola Nascedouro de Talentos, em Ipojuca. O presidente da refinaria, Marcelino Guedes, foi aguardado por duas horas, até informarem que o vôo que ele viria não chegou a tempo no Recife. Ele foi representado pelo assessor César Abbud, que ainda deixou em aberto a possibilidade da Petrobras ajudar em projetos em outros municípios. “A idéia é que a refinaria traga desenvolvimento para a região. Há uma série de iniciativas que a Petrobras poderá vir a suportar, seja em Ipojuca, seja no Cabo ou Escada”, disse. Ipojuca deverá contar, ainda, com R$ 24 milhões para habitação no distrito de Camela. Segundo a secretária de Desenvolvimento de Ipojuca, Simone Osias, os recursos são federais e deverão servir para construir 525 unidades habitacionais, com quatro praças, escola, iluminação pública e saneamento. A licitação está em fase de análise. Cerca da metade dos futuros moradores serão provenientes de relocação de áreas de proteção do próprio distrito de Camela.


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ENERGIA & Telecomunicações

Anatel impõe 15 condições para compra da Brasil Telecom pela Oi
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) impôs 15 condicionantes para aprovar a operação de compra da Brasil Telecom pela Oi. A maioria delas já tinha sido acordada previamente com a empresa. Entre as condições, está a determinação de que a Oi mantenha os postos de trabalho na própria empresa e na Brasil Telecom até 25 de abril de 2011, levando em conta o número de empregos antes do anúncio da operação. A Anatel exigiu ainda que a Oi invista, nos próximos dez anos, pelo menos 50% do total recolhido para o Funtel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) em tecnologia no Brasil. Só a Oi arrecada R$ 140 milhões por ano ao fundo. "Com o nascimento de uma empresa desse porte, que envolve tecnologia, a Anatel se omitir sobre esse assunto é inadmissível", disse a relatora do processo, Emília Ribeiro.
Além disso, a Oi terá ainda que apresentar ofertas iguais aos usuários de celulares da Brasil Telecom. Outra condição é a exigência de a Oi oferecer pacotes de internet banda larga em todos os municípios até dez meses depois da construção da infra-estrutura nesses municípios. De acordo com cronograma do governo, a infra-estrutura de internet banda larga estará disponível em todo o país até 2010.
A Oi terá ainda que doar 2.000 conjuntos de antena receptora de TV por assinatura, decodificador e aparelho de TV para instituições públicas. Ela terá também que colocar em 66 postos militares de fronteira internet e telefone.
O voto contra
A compra da Brasil Telecom pela Oi foi aprovada por três votos a um, informou o presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Ronaldo Sardenberg. O conselheiro Plínio Aguiar votou contra a aprovação do negócio. Para Sardenberg, porém, a operação será benéfica para o consumidor. "Nossa expectativa é que haverá ganhos de escala para as empresas, de gestão e que terão reflexo na diminuição de preços", declarou.
A
operação foi anunciada em abril deste ano por R$ 5,8 bilhões. A aprovação do negócio foi feita pela Anatel em tempo recorde e suficiente para evitar que a Oi pague multa de R$ 490 milhões pelo contrato de compra da Brasil Telecom. Se a agência não desse anuência prévia até o próximo domingo, dia 21/12, a operadora teria que pagar a multa milionária. A operação depende ainda de aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A reunião para analisar o pedido de anuência prévia seria feita originalmente ontem, às 10h, mas foi suspensa por uma cautelar do TCU (Tribunal de Contas da União). A cautelar foi suspensa no fim da tarde de hoje, quando a agência retomou a reunião.
Mudanças
Antes da análise do pedido de anuência prévia, o governo modificou legislação do setor para, na prática, dar base legal para a operação. Em novembro, foi publicado
decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que permitia que uma empresa de telefonia fixa comprasse outra em região de atuação diferente, o que era proibido até então. O novo PGO (Plano Geral de Outorgas) prevê ainda que a operadora que comprar uma tele em região diferente terá que atuar também na terceira área de concessão. Dessa forma, ao comprar a Brasil Telecom, a Oi terá que oferecer telefonia fixa em São Paulo. Entenda o setor de telecomunicações no Brasil

Grupo investe R$ 1,7 bilhão em energia eólica no Brasil
A Siif Énergies do Brasil vai investir R$ 1 bilhão em quatro usinas eólicas no Ceará e R$ 700 milhões, numa unidade no Rio de Janeiro, até 2009. De acordo com o diretor de operações da Siif no Brasil, Marcelo Picchi, 70% estão sendo financiados pelo BNB - Banco do Nordeste do Brasil - e pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste. A empresa inaugurou esse mês, a primeira usina do Ceará. A central eólica de Paracuru contou com investimento de aproximadamente, R$ 115 milhões. Instalada numa área de 60 hectares, a 90 quilômetros de Fortaleza, a unidade tem capacidade de geração de 23,4 MW, o suficiente para abastecer uma cidade de 400 mil habitantes. A SiiF também inaugura esse ano, a central de Foz do Rio Choró, em Beberibe, interior do Estado, com capacidade de 25 MW. As centrais eólicas cearenses de Icaraizinho (54MW), em Amontada, e Praia Formosa (104,4MW), em Camocim, estão em obras e deverão começar a funcionar no início de 2009. Juntos, os parques eólicos do Ceará representam 207MW de energia, o que corresponde a 17% do consumo de energia elétrica no Estado. A central eólica Quintilha Machado (135MW), em Arraial do Cabol/RJ, deverá ser inaugurada até dezembro de 2009. O conjunto de usinas eólicas da Siif representa a contratação de 342MW, o equivalente a 24% do Proinfa - Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica. Esse volume significa a redução de 225 mil toneladas de CO2 da atmosfera por ano. A empresa lidera a geração eólica no país.


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MERCADO ONLINE


Redes corporativas barram 50% dos e-mails recebidos
Nas empresas brasileiras, 50% dos e-mails recebidos são barrados por sistemas antispam, antivírus ou filtros de conteúdo. A informação vem de uma pesquisa realizada pela empresa BRconnection, com o objetivo de avaliar o comportamento dos usuários de redes corporativas em todo o país. Na pesquisa, 1.500 empresas foram ouvidas, com uma média de 50 usuários por empresa. De acordo com o levantamento, 10% dos e-mails de remetentes confiáveis carregam vírus. A pesquisa também apontou que 50% das tentativas de visitas a sites são para endereços bloqueados pelas corporações, por não serem considerados produtivos. Além disso, 13% das empresas detectaram tentativas de uso de Proxy para evitar monitoramento sobre sua navegação. Os mensageiros instantâneos também sofrem restrições, apesar de terem atingido, em muitas empresas, o status de ferramenta de trabalho. 48% das empresas ouvidas bloqueiam o seu uso.


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MERCADO DE TI


Grupo Lenovo suspende compra da brasileira Positivo Informática
O grupo chinês Lenovo, quarto maior fabricante do mundo de computadores pessoais, disse ontem, que por enquanto não comprará a brasileira Positivo Informática, devido à crise financeira mundial. Angela Lee, assessora de imprensa do grupo chinês em Hong Kong, disse à Agência Efe, que devido às incertezas geradas pela crise financeira, Lenovo e Positivo "decidiram que não é factível fechar um acordo sobre uma transação nesse momento". No entanto, indicou que as duas companhias "estão explorando uma ampla aliança" que não envolva uma compra, e que seja benéfica para as empresas no longo prazo. As especulações sobre a possível venda da Positivo, chegaram a seu ponto alto na semana passada, quando o chefe executivo da Lenovo, William Amelio, disse que esperava ver uma consolidação no setor dos computadores pessoais e que o grupo chinês manteria seu olhar em direção aos mercados emergentes. No entanto, o diretor indicou que não tinha qualquer informação sobre um possível plano de sua empresa para comprar a Positivo. Dias depois, o grupo chinês confirmou negociações preliminares para o investimento ou aquisição de uma nova empresa, sem mencionar qual, embora os rumores continuassem apontando para a Positivo Informática. Segundo informou ontem, a agência estatal "Xinhua", faltando uma confirmação oficial das partes, a Lenovo poderia ter realizado uma proposta de US$ 833 milhões para comprar a companhia brasileira. (Efe)

Edimax lança seus produtos no Brasil e quer market share de 15% no País em 2009
Com foco no canal de distribuição, a Coletek lança no Brasil os produtos para
redes sem fio da Edimax. A empresa conta com 100 milhões de dólares em faturamento global e fecha 2008, com um crescimento de 40%. A projeção para o próximo ano é faturar 170 milhões de reais. “Nosso objetivo no Brasil, é atingir um market share de 15% até o final de 2009. Para isso, utilizaremos os canais de distribuição da Coletek, com ampla penetração no mercado nacional”, afirma Charles Blagitz, gerente geral da Coletek. Para atingir esse objetivo, a estratégia da companhia é abrir uma oferta de serviço para a revenda, na qual esta ficaria responsável pela implementação do produto. “O Brasil é um país que ainda não instala muitas redes sem fio por desconhecimento ou medo de invasões. Com a instalação de uma equipe treinada, a aceitação do produto deve ser maior”, atesta Blagitz. Outra ação estratégica da empresa é oferecer instruções didáticas sobre como operar os equipamentos. Os usuários poderão assistir a vídeos no Youtube com explicações passo a passo, de configurações avançadas para a linha. Os dispositivos da Edimax possuem as funcionalidades de access point, roteador, firewall, VPN e compatibilidade com SNMP. Os aparelhos contam ainda, com modo de economia de energia e um botão VPS, que estabelece criptografia de dados automaticamente. O produto mais barato da empresa, da linha G (64 Mbits) chega ao mercado nacional com preço sugerido de 150 reais.

Mercado brasileiro de PCs fecha ano com alta de 12,7%
O mercado de PCs no Brasil deve fechar o ano com uma expansão de 12,7% na comparação anual, segundo a IDC, em seu estudo Brazil Quarterly PC Tracker. Para 2009, a expectativa é de estabilidade nas vendas na casa das 12 milhões de unidades. Os 12,7% de expansão representam um declínio sensível em relação às expectativas iniciais, de 18%. O crescimento em 2008 deve-se principalmente, ao preço mais acessível dos produtos, à confiança do consumidor ainda em alta e ao desemprego reduzido.

PromonLogicalis tem novo diretor de consultoria
Luís Minoru Shibata é o novo diretor de consultoria da PromonLogicalis. Essa é a segunda passagem de Minoru pela integradora, que atuou na empresa quando ela ainda era Promon IP, entre 1995 e 2001, nas áreas de comunicação e marketing corporativo. Desde o início desse ano, Minoru ocupava o cargo de diretor-executivo e membro do conselho da Ipsos no Brasil. Anteriormente, entre 2001 e 2007, trabalhou na consultoria Yankee Group e nos dois últimos anos que permaneceu na corporação era Managing Director para América Latina. Luís Minoru Shibata, brasileiro, 38, assumirá, em janeiro de 2009, a direção da Área de Consultoria da PromonLogicalis, maior integradora independente de soluções em TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação - da América Latina.


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MERCADO DE LUXO


Prada estuda meios de resistir à crise com criatividade
A estilista italiana Miuccia Prada, cujas criações lançadoras de tendências são usadas em todo o mundo, disse que estuda maneiras de poupar, diante da crise financeira global que está fazendo sentir seus efeitos. "Estamos trabalhando duro, focando economias, até mesmo como conceito mental", disse a estilista idiossincrática ao jornal italiano La Stampa. "A crise faz você trabalhar melhor, faz você ir ao que é fundamental e mais importante, sem frufrus demais." Miuccia Prada é vista como uma das estilistas mais inovadoras de Milão, conhecida por suas criações freqüentemente de vanguarda. Ela surpreendeu em fevereiro desse ano, ao recorrer à renda como tema da coleção feminina que apresentou.
Diante da improbabilidade de banqueiros e administradores de hedge funds gastarem com artigos de luxo, enquanto o setor financeiro está em situação precária, as empresas de artigos de luxo se preparam para um Natal desanimador. O medo da recessão, também vem freando o entusiasmo dos consumidores mais jovens, cuja renda em elevação e apreço por produtos de grife animam as vendas das empresas de luxo há anos. "Eu diria que a crise traz problemas que vão muito além de mim ou qualquer outra pessoa. Diria que pode haver muitas mudanças, mas temo que, em vez disso, tudo continue igual, só que será mais difícil", disse ela.
A Prada vinha cogitando em colocar suas ações na bolsa, mas está esperando a turbulência dos mercados se acalmar. A maison já desistiu de tentativas anteriores nesse sentido, em função da volatilidade dos mercados. "Talvez seja porque não somos o tipo certo de empresa para estar na bolsa", disse a estilista.


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EXPEDIENTE


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