I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 121 | Ano I

PIB mostra que desaceleração da economia será bem menor no Brasil
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que os
números do PIB - Produto Interno Bruto -, soma das riquezas produzidas no país, divulgados nessa terça-feira, mostram que a desaceleração da economia brasileira, será mais curta e de menor intensidade que em outros países.
O crescimento da economia de
6,8% no terceiro trimestre desse ano, anunciado ontem, pelo IBGE, reforçou a expectativa do mercado financeiro de que o Copom - Comitê de Política Econômica do Banco Central - irá manter a taxa básica de juros inalterada em 13,75% ao ano na sua última reunião de 2008, realizada ontem e hoje. "Os números divulgados pelo IBGE para o PIB no terceiro trimestre, comprovam a solidez e a força da economia brasileira no momento de agravamento da crise econômica internacional", disse Meirelles, por meio de sua assessoria. "Essa força nos dá motivos objetivos para acreditar que a desaceleração econômica do Brasil, será mais curta e de menor intensidade que em outros países."
O presidente do BC destacou que, como em trimestres anteriores,
o investimento (formação bruta de capital fixo) liderou a expansão da demanda, "sinalizando que a economia brasileira continua ampliando sua capacidade produtiva". Ele citou também, o crescimento do consumo das famílias como um indicador de bem estar da população. Meirelles não deixou de mencionar o combate à inflação, como fator que ajudou na obtenção desse resultado e que irá contribuir para que o país continue crescendo, apesar da crise. "A consistência da política econômica, que alia responsabilidade fiscal com câmbio flutuante e metas de inflação, é o que nos permite enfrentar com serenidade, as mudanças do cenário internacional." Meirelles afirmou também, que a manutenção dos fundamentos da economia brasileira, irá dar confiança às empresas e às famílias "para manter seus planos de médio prazo", permitindo que o país continue crescendo.

Lula diz que Brasil não vai quebrar, apesar da torcida
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nessa terça-feira, que o Brasil não vai quebrar em decorrência da crise internacional, como alguns desejam. Ele voltou a dizer que o país está preparado para enfrentar a crise, e que não há motivos para pânico e paralisação do consumo.
Em discurso na inauguração de um trecho da Ferrovia Norte-Sul, em Colinas/TO, o presidente voltou a dizer que a
crise financeira internacional é resultado de especulação, motivo pelo qual a "a economia americana quebrou". "E nós aqui, não quebramos e não vamos quebrar. Tem gente torcendo para a gente quebrar, tem gente que vai se deitar rezando: 'Tomara que a crise pegue o Brasil para esse Lula se lascar", disse Lula, que voltou a afirmar que o Brasil é um dos países mais bem preparados do mundo, para enfrentar o período de turbulência.
Segundo informou o IBGE, a economia brasileira teve
expansão de 6,8% no terceiro trimestre de 2008, na comparação com igual período no ano passado. No acumulado do ano, o incremento do PIB chega a 6,4%, em relação ao período de janeiro a setembro de 2007. "Quando alguém quer ganhar dinheiro sem produzir um bem, ou é ladrão ou é especulador, porque o dinheiro de uma nação tem que ser produzido à custa da produção. (...) O resultado do crescimento de um país se deve ao resultado do crescimento da produção daquele país", disse Lula.
O presidente voltou a pedir que os trabalhadores não parem de consumir, como forma de manter a "economia girando" e garantir empregos, ao mesmo tempo, em que advertiu para que não façam mais dívidas, aqueles que já têm a renda comprometida. "Se você está com dívida, meu filho, não faça mais dívida, pelo amor de Deus. Pague a sua dívida, pague. Agora se você tem um dinheirinho, tem o 13º e quer comprar (...) em suaves prestações, se puder, compre. Porque se não comprar, aí a gente vai ter crise no Brasil. Se todo mundo parar de comprar e a economia ficar paralisada, a gente vai ter crise."

Entenda o que é PIB e como é feito seu cálculo
O PIB - Produto Interno Bruto - é um dos principais indicadores de uma economia. Ele revela o valor de toda a riqueza gerada no país. O cálculo do PIB, no entanto, não é tão simples. Imagine que o IBGE queira calcular a riqueza gerada por um artesão. Ele cobra, por uma escultura, de madeira, R$ 30. No entanto, não é essa a contribuição dele para o PIB. Para fazer a escultura, ele usou madeira e tinta. Não é o artesão, no entanto, que produz esses produtos - ele teve que adquiri-los da indústria. O preço de R$ 30 traz embutido os custos para adquirir as matérias-primas para seu trabalho.
Assim, se a madeira e a tinta custaram R$ 20, a contribuição do artesão para o PIB foi de R$ 10, não de R$ 30. Os R$ 10 foram a riqueza gerada por ele ao transformar um pedaço de madeira e um pouco de tinta, em uma escultura. O IBGE precisa fazer esses cálculos para toda a cadeia produtiva brasileira. Ou seja, ele precisa excluir da produção total de cada setor, as matérias-primas que ele adquiriu de outros setores. Depois de fazer esses cálculos, o instituto soma a riqueza gerada por cada setor, chegando à contribuição de cada um para a geração de riqueza e, portanto, para o crescimento econômico.

John Deere diz que sua receita mundial em 2008 será recorde
A multinacional norte-americana John Deere anunciou ontem, que irá encerrar 2008 com receita mundial recorde de US$ 28 bilhões, ante US$ 24 bilhões do ano passado. O crescimento ocorre a despeito das restrições de crédito, oriundas da crise financeira internacional. "Os fundamentos para o setor agrícola, continuam firmes com estoques internacionais diminuindo, enquanto a demanda por alimentos continua acelerada", afirmou Paulo Herrmann, diretor comercial para a América do Sul.
O executivo reconhece que a crise tem impactos sobre o setor, mas considera que os problemas de crédito, serão solucionados à medida que a confiança do mercado for restabelecida e os recursos retornarem ao mercado. "O crédito ainda existe, mas os bancos estão mais seletivos", afirma Herrmann. Atualmente, a indústria trabalha com 70% de sua capacidade total no Brasil.
Embora sem revelar a participação da América do Sul nas vendas, a companhia informa que o crescimento registrado no Brasil, superou o ritmo de expansão registrado no mercado global. Em volume, foram vendidos 42 mil tratores e 4.200 colheitadeiras no Brasil. "Nossa estimativa inicial, de vender 51 mil tratores, foi revisada. Ainda assim, o desempenho desse ano, foi um dos melhores da companhia", afirmou Herrmann.
As afirmações do executivo foram feitas durante entrevista coletiva à imprensa que antecedeu a cerimônia de inauguração do Centro de Distribuição de Peças da companhia, em Campinas, no interior de São Paulo. A empresa, que investiu US$ 18 milhões na instalação a unidade, observa que a localização foi escolhida em função das facilidades logísticas. O centro de distribuição fica a 96 km de Guarulhos, 150 km do porto de Santos e 280 km do porto de São Sebastião. Além disso, a cidade está ligada às principais rodovias e ferrovias da região.
O diretor de peças para a América do Sul da John Deere, Antonio Garcia, explicou que o planejamento da nova unidade foi feito em função da perspectiva de crescimento da companhia na América do Sul. "A região foi escolhida por apresentar as melhores condições para distribuição e logística", afirmou Garcia. A John Deere conta ainda, com um centro de distribuição em Horizontina/RS e outro em Catalão/GO. (Agência Estado, de Campinas/SP)

Complexo agroindustrial em Santa Catarina saiu dos planos de investimentos da Sadia
O diretor-presidente da Sadia, Gilberto Tomazoni, confirmou durante coletiva de imprensa em São Paulo/SP, que o novo complexo de produção de suínos no município de Mafra/SC, não está nos planos de investimentos da empresa para 2009. “É um investimento importante, mas que deixou de ser prioritário devido ao atual cenário de crise econômica mundial”, lamenta Tomazoni.
Sobre a possibilidade de a empresa realizar um investimento menor do que o previsto inicialmente, o diretor-presidente da Sadia descartou essa opção. “Não há como ele ser um projeto menor do que os planos iniciais, pois dessa forma, ele perderia competitividade”, afirma. “Veja bem, ele não está descartado, apenas foi adiado. O que aconteceu é que ele perdeu o caráter de urgência que tinha”.
A Sadia pretendia investir R$ 650 mil na estruturação de um complexo para a produção de suínos em Mafra, no Planalto Norte Catarinense. Em junho desse ano, a empresa chegou a assinar um Protocolo de Intenções com a prefeitura do município. Porém, a crise econômica mundial e problemas internos a fizeram rever vários dos investimentos ainda não começados.
O novo complexo visava atender principalmente, o mercado internacional. A estimativa era de que 90% de sua produção tivesse como destino as exportações. O projeto previa o atendimento às exigências de mercados como o europeu e japonês, cuja expectativa de abertura, ainda se mantém, e de uma produção dentro dos conceitos de sustentabilidade.
O Planalto Norte Catarinense é uma região com grande produção de grãos e vantagens logísticas, pois não está tão distante de portos como o de Paranaguá/PR, Itajaí/SC e São Francisco do Sul/SC. Santa Catarina também é o único Estado brasileiro reconhecido pela OIE - Organização Mundial de Saúde Animal - como livre de febre aftosa sem vacinação, o que poderia ser um diferencial importante para a abertura de mercados mais exigentes.


Crise desfaz compra da Patrimóvel pela Lopes
A crise desfez uma das maiores negociações do setor imobiliário no País, a venda da imobiliária Patrimóvel, do Rio, para a maior empresa do setor, a Lopes, por R$ 210 milhões no ano passado. O presidente da Patrimóvel, Rubem Vasconcelos, retomou o controle, mas 10% das ações permaneceram com a Lopes, que já havia desembolsado um sinal de R$ 80 milhões, e tem direito de preferência numa eventual renegociação, enquanto for acionista. A Lopes manteve, ainda, uma opção de recompra dos 90% restantes da Patrimóvel no prazo de três anos, informa o diretor de Relações com Investidores da empresa, Marcello Leone. Vasconcelos, por sua vez, garante que sua empresa crescerá mesmo sem o sócio e apesar da crise, mas apenas no Rio. Os R$ 80 milhões desembolsados pela Lopes equivaliam a 40% do valor total da Patrimóvel. Os demais R$ 130 milhões haviam sido divididos em duas parcelas de R$ 65 milhões. A primeira seria paga no dia 31/12 e a última, em 31/12 do próximo ano, num contrato de usufruto que cogitava a devolução da empresa no caso de não-pagamento das parcelas, conta Vasconcelos. "Quando a gente comprou a Patrimóvel em novembro do ano passado, a gente tinha uma perspectiva de crescimento virtuoso para todo o mercado imobiliário. Com o advento da crise econômica mundial e seus impactos no Brasil, era natural repensar a precificação de nossos ativos", afirma o diretor da Lopes. Já Vasconcelos avalia que o problema foi a política da expansão da Lopes. "Ninguém poderia ter feito uma expansão tão absurda como foi feita. E isso acabou descapitalizando elas (imobiliárias)", acrescentou.

Transporte de gás natural é restabelecido em SC e RS
O transporte de gás natural para os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul foi restabelecido às 18h de ontem, informou a TBG - Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A. A TBG volta a entregar diariamente, em média, 2,6 milhões de metros cúbicos de gás às companhias distribuidoras SCGás e Sulgás. Prevista inicialmente, para o dia 15/12, a retomada do abastecimento foi antecipada devido à conclusão das obras de reparo do trecho do gasoduto, que havia sido danificado em decorrência das chuvas e dos deslizamentos de encostas no município de Gaspar, em Santa Catarina. Ainda segundo a empresa, os trabalhos no local continuam para garantir a preservação e segurança do gasoduto, disponibilizando inclusive, equipamentos para a prefeitura e Defesa Civil na abertura dos acessos à região e auxílio na limpeza de terrenos. A TBG contou com apoio da Petrobras, do Batalhão de Engenharia de Construção do Exército de Lages, da Defesa Civil de SC e da administração do aeroporto de Blumenau, por meio de especialistas, equipamentos e instalações. (Agência Estado)

Grupo Silvio Santos lança novo canal de vendas
O Grupo Silvio Santos colocou no mercado seu canal porta-a-porta, o Baú em Casa. O recurso funciona como uma compra programada, e nasceu da necessidade de criar um canal de vendas que proporcionasse ao consumidor, mais conveniência no ato na compra. O projeto engloba, em sua primeira fase, uma equipe de vendas de 1.200 pessoas em todo o país, que oferecem aos clientes mais de 500 produtos, entre eletrônicos, eletrodomésticos, móveis, decoração, utensílios para cama, mesa e banho, artigos infantis e brinquedos. As compras podem ser parceladas em até 24 vezes, sem exigências quanto à comprovação de renda. A entrega é feita em qualquer parte do país, sem cobrança de taxa de frete.

Rio de Janeiro é sede da 100ª loja da Rede Morana
A marca Morana, uma das maiores redes de acessórios de bijuterias do país, do Grupo Ornatus, alcança o marco histórico de 100 operações distribuídas pelo Brasil e exterior, com a inauguração ontem, da unidade localizada no Shopping Tijuca, no Rio de Janeiro. O espaço de 20,50 m² construído e moldado de acordo com a imagem dinâmica da marca apresenta estilo próprio, ambiente agradável e atrativo, com interatividade, som ambiente e aromatização. A nova unidade da Morana será um diferencial do empreendimento, passando a fazer parte de um mix de mais de 270 lojas. “Nosso intenso plano de expansão conseguiu alcançar essa marca, e hoje comemoramos a centésima loja. Estamos felizes por compartilhar mais uma conquista no estado do Rio de Janeiro, onde sempre tivemos uma boa aceitação, totalizando quatro lojas, entre elas o Barra Shopping, Norte Shopping e Rio Sul Shopping Center”, enfatiza o diretor de marketing do Grupo Ornatus, Eduardo Morita. Voltada para o público feminino, a loja possuirá diversas opções, que incluem brincos, colares, pulseiras, anéis e diversos outros acessórios femininos nacionais e importados, idealizados para os mais diferentes tipos e gostos.

Amcham-Poa promove debate sobre perspectivas e oportunidades do Brasil para 2009
“Brasil 2009: Perspectivas e Oportunidades” foi o tema do café da manhã que a Amcham-Porto Alegre (Câmara Americana de Comércio) realizou para empresários ontem, a partir das 8h30min, no Hotel Sheraton (rua Olavo Barreto Viana, 18, bairro Moinhos de Vento). Participaram do evento o Vice-presidente da John Deere América do Sul, Aaron Wetzel, o Diretor Financeiro e de Relações com Investidores do Banrisul, Ricardo Hingel, Sócio da Arko Advise e Diretor de Análise Política, Cristiano Noronha, PhD em Finanças, Jairo Procianoy, e o Ex-vice-presidente do Grupo Gerdau, Ruy Lopes Filho (moderador).

Salton realiza último Curso de Espumantes do ano, nesse sábado
Quer aproveitar o final de ano para conhecer a saborear ainda mais os espumantes mais consumidos pelos brasileiros? A Salton promove nesse sábado, dia 13/12, o último curso de degustação de 2008, na sede da vinícola, em Tuiuty/Bento Gonçalves. O objetivo é ajudar os participantes a descobrir como valorizar ainda mais os sabores, harmonizando-os a diferentes cardápios. Com início às 10h, a atividade inclui informações sobre as diferenças dos processos utilizados na elaboração dos espumantes, suas semelhanças e peculiaridades. O curso encerra com visitação à vinícola e almoço típico italiano. As inscrições podem ser feitas pelo site www.salton.com.br, pelo e-mail
comunicacao@salton.com.br ou pelo telefone (54) 2105.1000.


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MERCADO de Ações & Futuros

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

Bovespa fecha em queda de 0,83% com venda de ações valorizadas
Após a forte alta (8,31%) de segunda-feira, dia 8/12, os investidores não resistiram à piora do cenário internacional e optaram pela tradicional realização de lucros, quando se vendem ações muito valorizadas no curto prazo. Em um pregão volátil, a Bovespa encerrou o dia com perdas moderadas, enquanto o dólar bateu R$ 2,47, após um leilão maciço do Banco Central.

- O termômetro da Bolsa,
o Ibovespa, cedeu 0,83% no fechamento, aos 37.968 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 4,30 bilhões.
- A ação preferencial da Petrobras, que movimentou R$ 700 milhões, recuou 0,49%, enquanto a ação da Vale, outro papel bastante influente, registrou leve alta de 0,04%.
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O dólar comercial foi comercializado a R$ 2,471 na venda, o que representa um decréscimo de 1,19% sobre a cotação de segunda-feira. A taxa de risco-país marca 497 pontos, número 3,54% acima da pontuação anterior.
Análise 1 - As principais notícias do dia, o governo brasileiro divulgou uma projeção de crescimento do PIB no terceiro trimestre acima do esperado: o incremento foi de 1,8% sobre o trimestre anterior e de 6,8% na comparação com idêntico período de 2007. Economistas do setor financeiro contavam com um avanço em torno de 6%.

Análise 2 - O mercado de ações operou sob expectativa da reunião do Copom, que anuncia hoje, após o fechamento da Bolsa, a nova taxa básica de juros do país. A maioria dos economistas de bancos e corretoras estima que a taxa será mantida em 13,75% ao ano. "Em que pese a manutenção das preocupações com a inflação derivadas da trajetória da taxa de câmbio, parece que o comportamento da demanda doméstica deverá deixar de ser um fator de risco importante para a inflação futura", comenta o economista da corretora Concórdia, Elson Teles, procurando sintetizar o provável balanço de riscos feito pelo Comitê.

Desempenhos das empresas
- A ação ordinária da fabricante de computadores
Positivo Informática disparou 46,10%, sendo negociada R$ 9 no pregão de ontem. O papel teve um giro financeiro de R$ 80,2 milhões, ante uma média de R$ 1,7 milhão nos últimos 21 dias úteis. No pico do dia, a ação chegou a ser cotada a R$ 13,90, o que representa um incremento de praticamente 100%. "O mercado parece ter a expectativa de que a empresa vai ser adquirida. Efetivamente, os rumores foram muito fortes ontem, mas sem nenhuma confirmação oficial", comenta Alan Cardoso, analista da Ágora Corretora. "Estrategicamente, faz todo o sentido para empresas como HP e Dell, já que a Positivo é uma empresa bem capitalizada e com uma assistência técnica bem distribuída por todo o país', acrescenta.
Análise 3 - Quando uma empresa está em vias de ser comprada, ou surgem rumores a respeito, costuma haver uma grande procura por suas ações devido à instituição do "tag-along", o dispositivo que estende aos acionistas minoritários o direito de vender as ações pelo mesmo preço pago aos antigos controladores.


Bolsas dos EUA fecham em queda após 2 dias de alta

Depois de dois fechamentos positivos, os principais índices do mercado de ações norte-americano fecharam em baixa, ontem, pressionados por uma combinação de resistência técnica e um número de alertas de lucro e anúncios de demissões. Em especial, o alerta da FedEx Corp, apesar do colapso dos preços do petróleo desde o recorde de julho, que pegou muitos investidores de surpresa. O recuo dos preços do petróleo, para cerca de US$ 42 por barril, pesou sobre as ações do setor de energia.

- O índice Dow Jones caiu 242,85 pontos (2,72%) e fechou com 8.691,33 pontos.
- O Nasdaq recuou 24,40 pontos (1,55%) e fechou com 1.547,34 pontos.
- O S&P-500 caiu 21,03 pontos (2,31%) e fechou com 888,67 pontos.
- O NYSE Composite recuou 117,22 pontos (2,08%) e fechou com 5.522,46 pontos.

Análise - Os efeitos da recessão econômica, da crise de crédito global e de consumidores pressionados, continuaram a pesar sobre as companhias. As ações da FedEx despencaram 14% depois da companhia ter reduzido sua previsão de lucro para o ano. "Eu sei que havia muita excitação (na segunda-feira) com relação a um possível plano do (presidente eleito Barack Obama), mas quando você volta da euforia, você ainda tem de afundar nos problemas muito reais da economia", disse Daniel Morgan, gerente de carteira da Synovus Securities. Por outro lado, as ações do Texas Instruments subiram 5% e as da Broadcom, avançaram 7%, apesar de ambas terem revisado em baixa suas projeções de lucro. Segundo analistas, o mercado já esperava aquelas revisões e, portanto, não reagiu a confirmação dada pelas empresas.

No setor financeiro, pesou sobre as ações, a notícia de que o SunTrust pediu fundos adicionais por meio do Programa de Lívio de Ativos Problemáticos (Tarp) do Departamento do Tesouro. As ações do SunTrust Banks caíram 11%, depois do banco informar que recebeu aprovação preliminar para uma injeção adicional de US$ 1,4 bilhão do Tarp, para o volume máximo que pode dispor do programa, por causa da situação econômica que se tornou "decididamente desanimadora".
- Entre as blue chips, as ações do JPMorgan caíram 6,93%, as do Bank of America recuaram 4,99% e as do American Express, fecharam em baixa de 4,71%.


Bolsas européias fecham em alta pelo 2º dia
As principais bolsas européias voltaram a fechar em alta ontem, dando continuidade ao impulso positivo iniciado segunda-feira, e baseado na antecipação de um plano de socorro para as três grandes montadoras norte-americanas. Além disso, o número melhor que o esperado da pesquisa de sentimento do instituto alemão ZEW - uma pesquisa com analistas e investidores institucionais sobre suas expectativas econômicas - ofereceu alguma confiança aos investidores preocupados com relação à saúde da maior economia da região.

- A Bolsa de Londres registrou o maior ganhos entre seus pares e subiu 2,06%.
- Na França e na Alemanha, os mercados avançaram 1,55% e 1,34%, respectivamente.
- A Bolsa de Madri ganhou 0,29% e a de Lisboa, 0,85%.
- Na Itália, a Bolsa de Milão subiu 1,58%.

Análise 1 - Os ganhos do setor automotivo contribuíram para grande parte da alta dos mercados europeus. As ações das montadoras continuaram impulsionadas pelas expectativas de que o Congresso dos EUA está mais perto de formalizar um acordo para criar um plano de socorro para o setor. Daimler subiu 4,35%, Volkswagen teve alta de 0,76%, Renault avançou 2,16% e Fiat ganhou 4,84%. Os ganhos do setor automotivo compensaram a fraqueza das ações de tecnologia. As ações da Q-Cells - fabricante de células solares - despencaram 19%, depois que a companhia disse que não vai alcançar suas metas de produção, vendas e lucro esse ano, em virtude da crise financeira em andamento.

Análise 2 - O rebaixamento das previsões de lucro no quarto trimestre da fabricante de chips norte-americana Texas Instruments, também pesou sobre o setor de tecnologia, em especial, as ações da alemã Infineon Technologies, que caíram 10,80%. Outro alerta de lucro de uma companhia americana, dessa vez da empresa de entregas rápidas FedEx, forçou a principal companhia de entregas e logística da Alemanha, a Deutsche Post, a reassegurar suas metas aos investidores. As ações do Deutsche Post subiram 3,44% depois da companhia dizer que está firme em sua perspectiva para esse ano.
As ações de companhias de seguros subiram depois que a Swiss Reinsurance, disse que o setor pode dar uma reviravolta dentro dos próximos 18 meses, quando as economias melhorarem e o estresse que pressiona os mercados financeiros diminuir. As ações da holandesa Aegon subiram 6,04% e as da francesa Axa, fecharam em alta de 3,19%.



HOJE - Bolsas da Ásia fecham com terceiro dia de alta na semana
O acordo sobre o plano de resgate de US$ 15 bilhões para as montadoras americanas levou ânimo aos investidores asiáticos e as Bolsas fecharam altas pelo terceiro dia consecutivo na região. Congressistas democratas e negociadores da Casa Branca anunciaram na noite de ontem a
aprovação dos principais pontos do plano para salvar General Motors, Ford e Chrysler.
- A Bolsa de Tóquio (Japão) encerrou o dia com ganho de 3,15%, aos 8.660,24 pontos, no índice Nikkei 255.
- Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 5,59%, aos 15.577,70 pontos, perto do fim do dia.
- Já o KOSPI, da Bolsa de Seul (Coréia do Sul) registrou alta de 3,62%.
- Em Xangai (China), o Shanghai Composite subiu 2,03%.
- O ASX da Bolsa de Sydney (Austrália) subiu 1,12%, mesmo com o anúncio da mineradora anglo-australiana Rio Tinto de que vai demitir 14.000 funcionários. O corte representa 13% do quadro de funcionários da multinacional, principal concorrente da brasileira Vale, para se recuperar de uma dívida de quase US$ 40 bilhões.

Análise - O movimento unânime foi causado pela esperança com a ajuda oficial do governo dos EUA para tirar da falência as principais fabricantes de carro do país --e duas das maiores do mundo: Ford e GM. Os políticos esperam votar o plano de US$ 15 bilhões ainda nesta quarta-feira. "É uma ótima notícia o fato de o governo dos EUA salvar companhias cuja falência poderia ser um duro golpe à economia", afirmou Takashi Ushio, da Marusan Securities. "Enquanto o resgate às montadoras não quebrar o sistema, isso resolve o principal problema do ano, que é a quebra das 'três grandes'."


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ÍNDICES ECONÔMICOS


IBGE: cana, café e trigo puxam PIB da agropecuária
O aumento de 6,4% no PIB da agropecuária no terceiro trimestre, ante igual período do ano passado, foi puxado especialmente pela cana-de-açúcar (17,4%), café (28,3%) e trigo (41,3%), produtos que têm colheita nesta época do ano, segundo explicou a gerente de contas trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis. Na comparação com o segundo trimestre de 2008, o PIB agropecuário aumentou 1,5%.
Rebeca sublinhou que, caso o ano tivesse terminado em setembro, a agropecuária teria sido o grande destaque entre os setores da economia, em termos de magnitude de crescimento. O setor registrou uma alta acumulada de 7,2% no PIB no acumulado de 12 meses até setembro, acima da indústria (5,8%) e dos serviços (5,7%). O bom desempenho reflete a safra recorde, de 145,7 milhões de toneladas, 9,4% acima do ano passado, prevista pelo IBGE para 2008.

Preços no atacado caem e inflação pelo IGP-DI tem forte recuo
A inflação pelo IGP-DI - Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna - desacelerou fortemente em novembro. O resultado reflete uma queda de custos no atacado. O índice subiu 0,07% no mês passado, seguindo o avanço de 1,09% em outubro, de acordo com a FGV - Fundação Getúlio Vargas. Entre os componentes do IGP-DI, o IPA - Índice de Preços por Atacado - teve baixa de 0,17% em novembro, depois de ter registrado elevação de 1,36% no mês anterior. No mês passado, as altas de preço mais expressivas, no atacado, foram apresentadas por minério de ferro (8,25%); tomate (36,50%); e mandioca - aipim (9,43%). Já as mais expressivas quedas de preço no atacado em novembro, foram registradas nos preços de adubos e fertilizantes compostos (-8,56%); naftas para petroquímica (-28,01%); e bovinos (-2,84%). O IPC - Índice de Preços ao Consumidor -avançou 0,56%, seguindo a alta de 0,47% em outubro. O INCC - Índice Nacional de Custo da Construção - elevou-se em 0,5%, ante aumento anterior de 0,77%. No ano, o IGP-DI acumula alta de 9,58% e nos últimos 12 meses, de 11,20%.


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MERCADO FINANCEIRO


Fundos têm captação negativa de R$ 6,2 bilhões em novembro
Os resgates superiores a aplicações nos fundos de investimentos fizeram com que essa indústria, registrasse uma captação líquida negativa de R$ 6,2 bilhões no mês passado, informou ontem, a Anbid - Associação Nacional dos Bancos de Investimentos. Os saques ocorreram principalmente, nas carteiras referenciadas ao DI - Depósito Interfinanceiro -, Renda Fixa e multimercados, com resgates de R$ 2,8 bilhões, R$ 6,4 bilhões e R$ 3,5 bilhões, respectivamente. No ano, o setor acumula uma captação negativa de R$ 62,3 bilhões e o patrimônio registrado ao fim de novembro, era de R$ 1,117 trilhão.
O presidente da Anbid, Marcelo Giufrida, afirmou em nota, que os saques na indústria de fundos são reflexos da crise financeira global. "O Brasil perdeu menos que os demais países da região, devido a menor intensidade da crise e, em segundo lugar, por se tratar de uma indústria objeto de regulação", disse, também em nota, o vice-presidente da Anbid, Alexandre Zakia.
Em relação ao mercado de capitais, o vice-presidente da Anbid, responsável por finanças corporativas, Alberto Kiraly, explicou em nota, que as empresas buscaram nesse ano, operações de curto prazo para se financiarem, devido ao ambiente de incerteza na economia global. Isso fez com que o volume de emissões no ano de debêntures caísse 50,7% e o de ações 49%, para respectivamente R$ 21,459 bilhões e R$ 34,879 bilhões. Já as emissões de notas promissórias, cresceram 110,6%, para R$ 19,6 bilhões, no mesmo período.

Itaú Unibanco prevê ano mais difícil e inadimplência
O presidente executivo do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, afirmou que as novas concessões de crédito levam em conta o aumento da inadimplência no próximo ano e, por isso, as taxas de juros bancárias estão mais elevadas, o que inibe em parte, a tomada de empréstimos por parte do consumidor. "Temos a expectativa de um ano mais difícil pela frente, com a elevação da inadimplência. Esse risco maior tem que ser precificado nas taxas", disse à imprensa, após reunião com analistas e investidores.
Apesar do esperado aumento da inadimplência, Setubal acredita que o índice ficará em níveis controláveis, subindo para patamares registrados há poucos anos. Itaú e Unibanco apresentavam em setembro, uma taxa de inadimplência de 4%, contra 4,5% em 2007 e 5,3%, no mesmo mês de 2006. "Vai ser um aumento sensível, mas perfeitamente administrável", disse, acrescentando que não vê riscos de forte deterioração na carteira de veículos em nenhuma das duas instituições.
A previsão de Itaú Unibanco é de que o crédito apresente um crescimento de 15% no próximo ano, tendo como base uma expansão do Produto Interno Bruto de 2,5%. Na semana passada, em apresentação do Itaú BBA, Setubal trabalhava com uma projeção de PIB de 2,8% e expansão do crédito entre 15% e 20%. De acordo com o executivo, essa projeção está muito volátil devido ao grau de incerteza em relação à desaceleração econômica.
Sobre as críticas do governo federal de que os bancos deveriam emprestar mais, Setubal afirmou que também gostaria de fazer isso, mas não há demanda. "Para emprestar mais tem que ter demanda. Há setores que talvez não sejam atendidos adequadamente. Tirando os tíquetes maiores, todos os clientes são plenamente atendidos."
O presidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco, Pedro Moreira Salles, concorda que a falta de demanda impede o crescimento do crédito. "As notícias negativas reduzem a demanda. Investir é fenômeno psicológico", disse.
Compras
Setubal disse que alguns bancos de investimento chegaram a oferecer instituições para serem compradas por Itaú Unibanco, mas a avaliação foi de que nenhuma oportunidade era boa, e seria arriscado assumir um banco com problemas sem o conhecimento do mercado em que ele se situa. "Não queremos comprar barato, queremos comprar bem", disse.
Setubal reiterou que a expectativa é de que a integração das instituições seja concluída entre dois e três anos, e somente após a conclusão desse processo, é que a expansão internacional passará a ser prioridade. "Queremos uma base local forte para a expansão global. É uma base que nos dará maior competência", observou, afirmando que esse projeto irá ocorrer por meio de aquisições ou associações e que deverá ter início na América Latina.
A instituição estima que as sinergias do processo de integração ocorram mais nas receitas do que nas despesas, porém, ainda não há projeções de valores. "Não temos noção do valor e não queremos anunciar. Queremos trabalhar com calma, focados nas sinergias de receitas", afirmou Setubal.


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AGRONEGÓCIOS


Governo prevê que renda agrícola deve cair 6,8% em 2009
O faturamento da atividade agrícola deve cair 6,9% em 2009, para R$ 153,3 bilhões, conseqüência da queda dos preços das commodities no mercado interno e da expectativa de uma safra menor no ano que vem, informou ontem, o Ministério da Agricultura. É a primeira vez que o governo divulga uma previsão para a renda agrícola no próximo ano. A renda é calculada com base no VBP - Valor Bruto da Produção - de 20 produtos agrícolas.
O ministério também divulgou uma previsão para o resultado desse ano, que deve ser de R$ 164,6 bilhões, crescimento de 15,9% se comparado ao resultado de 2007. A inflação já foi descontada dos cálculos, explicou o coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques.
Ele disse que a expectativa é de redução na produção de várias lavouras, perspectiva confirmada pelos números divulgados na segunda-feira pela Conab - Companhia Nacional de Abastecimento. No caso do algodão, a expectativa é de recuo de 18,6% na renda, de R$ 4,264 bilhões em 2008, para R$ 3,471 bilhões no próximo ano. A Conab estimou queda de 20,8% na produção de algodão na safra atual, 2008/09.
Também há previsão de queda na produção de milho. A expectativa dos técnicos da estatal é de recuo de 7,4% na produção na safra de verão. No caso do milho, a expectativa do ministério é de recuo de 21% na renda, de R$ 24,808 bilhões nesse ano, para R$ 19,565 bilhões em 2009. Para a soja, o recuo de 2% na produção vai representar queda de 5,7% na renda da lavoura, de R$ 44,442 bilhões para R$ 41,903 bilhões.
O governo também informou que haverá redução na produção de café, cuja renda vai cair 3%; cebola (-14%), laranja (-13,7%) e trigo (-32,4%). "Esses cálculos foram feitos com base em prognósticos e podem sofrer alterações no decorrer do ano", afirmou Gasques.

Disputa política pela Agrishow irrita Roberto Rodrigues
O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, pediu demissão da presidência do Conselho Consultivo da Agrishow, principal feira do agronegócio da América Latina, realizada há 15 anos em Ribeirão Preto/SP. Ele afirma que a disputa entre Ribeirão e São Carlos para sediar a feira, "transcendeu a questão organizacional e atingiu uma dimensão política". Rodrigues lamentou o fato de ter ficado à margem das discussões e garante que seu pedido de demissão é "em caráter irrevogável". A Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos -, organizadora da Agrishow, quer levar a feira a São Carlos em 2010, como parte de um projeto maior, batizado de Cidade da Bioenergia.
Na segunda-feira, 8/12, a Prefeitura são-carlense assinou o convênio para construção da Cidade da Bioenergia, na sede da Abimaq. O Governo Federal vai liberar R$ 53 milhões para melhorias de infra-estrutura de São Carlos. Já a Embrapa Agropecuária cedeu um terreno de 240 hectares, em comodato de 50 anos, para construção do empreendimento. A Abimaq investirá R$ 25,5 milhões. Com todos os indicativos favoráveis a São Carlos, políticos ribeirão-pretanos, apoiados pela iniciativa privada, já se mobilizam para criar um evento com a mesma importância da Agrishow. A prefeita eleita de Ribeirão, Dárcy Vera (DEM), afirma que a "haverá concorrência, pois Ribeirão vai manter uma feira do mesmo porte". Já o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB) afirmou que a SAAE - Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado - vai manter o uso da atual área da Agrishow para realização de uma feira com perfil mais agrícola, com participação de setores de sementes, defensivos, adubos, melhoramento genético, tecnologia, além da participação de instituições de crédito para produtores.

Embrapa identifica caso de ferrugem da soja em lavoura comercial
A Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - confirmou o aparecimento do quarto foco de ferrugem da soja no Brasil na safra 2008/09, e o primeiro em uma lavoura comercial. O novo foco foi localizado em Rondônia, no município de Vilhena, região sul do Estado, em uma lavoura comercial, no estágio de desenvolvimento das vagens de soja. Com a identificação da doença, a Embrapa recomenda que sejam intensificados os trabalhos de monitoramento das lavouras para identificar a presença da doença nos estágios iniciais de infecção, para que seu controle com fungicidas seja realizado no momento correto. O primeiro foco da safra 2008/09 foi identificado em Senador Canedo/GO, no dia 18/11. Além disso, a Embrapa confirmou também, o surgimento da doença em Araruna/PR, em plantas voluntárias de soja e em Canarana/MT, em uma unidade de alerta. O aparecimento dos focos de ferrugem, nessa safra, teve início na mesma época do que em safras passadas. Segundo os pesquisadores da Embrapa, os meses de dezembro e janeiro são os de maior número de relatos de ferrugem, porque é quando a soja entra no estágio de florescimento, fase mais favorável para infecções, e também porque é maior a freqüência de chuvas, o que facilita o desenvolvimento da doença.

Minas já possui mais de 430 propriedades cafeeiras auditadas
O número de propriedades de café auditadas pelo IMA - Instituto Mineiro de Agropecuária - já somam 437. As auditorias do órgão são pré-requisito para a certificação da propriedade produtora. Desde setembro o órgão vem realizando auditorias de conformidade nas propriedades mineiras. Ainda esse mês, acontecem outras, porém, para a obtenção da certificação, que são realizadas pela empresa IMO Control do Brasil. As propriedades foram distribuídas em 14 grupos, por região. A certificadora fará as auditorias por amostragem, isso é, se as propriedades selecionadas forem aprovadas, as demais que compõem o grupo, também serão. Estima-se que em Minas Gerais há cerca de 120 propriedades certificadas, sendo em sua maioria, produtores de médio e grande porte. Essa certificação é suplementar e visa agregar mais valor ao produto. Não há restrição para se obter a qualificação que também está disponível para pequenos produtores, muitas vezes atrelada à agricultura familiar.Esse ano, cerca de R$ 329.000,00 foram destinados à certificação de propriedades de café, que é uma das metas previstas no Projeto Estruturador Certifica Minas, gerenciado pelo IMA. O planejamento do Projeto prevê que até 2011, 1.500 propriedades de café sejam certificadas.A inscrição no Programa de Certificação, a assistência técnica e as orientações para adequação das propriedades são feitas, gratuitamente, pela Emater-MG. Na fase de adequação, o produtor recebe orientação e executa trabalhos para atender à legislação trabalhista, ambiental e de boas práticas de produção. Feitas as modificações, o IMA faz a auditoria de conformidade nas propriedades aptas e emite relatório recomendando ou não a certificação.A certificação traz vantagens ao produtor de café e ao consumidor: conservação ambiental com proteção de nascentes, áreas de preservação permanente e controle da poluição gerada pela atividade; proteção social dos trabalhadores; diminuição dos custos; melhoria da qualidade do café e, por sua vez, a possibilidade de alcançar mercados mais competitivos; e, finalmente, a rastreabilidade do café, que é um dos principais mecanismos de proteção ao consumidor.

Aurora reduzirá produção de frango em 20% até março
A Coopercentral Aurora - Cooperativa Central Oeste Catarinense - informou ontem, que aderiu à recomendação de cortar em 20% a produção de frangos até março de 2009. A recomendação foi feita pela Abef - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos - às indústrias, na sexta-feira, esperando um recuo da produção nacional na mesma proporção. A meta é arrojada, mas "necessária para assegurar a viabilidade do setor", avaliou o presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster. A medida significará diminuir em 1 bilhão de aves a produção nacional, calculou a Aurora. A empresa explicou, em nota, que a insegurança nos principais mercados importadores, por causa da crise mundial, justifica o ajuste na produção. Uma dificuldade adicional foi gerada com a destruição parcial do porto de Itajaí/SC, por causa da enchente no Estado. O porto respondia por 40% da exportação de carne de frango. As empresas do setor esperam um cenário melhor depois de março. "A Coopercentral Aurora concorda com a Abef que, após o ajuste, os embarques do setor poderão voltar a crescer, a partir do segundo trimestre, tornando possível um crescimento de 5% em 2009, em comparação a 2008", comentou a empresa.

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SETOR AUTOMOTIVO


Fechado acordo sobre resgate a montadoras nos EUA
Negociadores da Casa Branca e congressistas democratas chegaram a um acordo na noite de ontem, dia 9/12, para aprovar o plano de
resgate de US$ 15 bilhões para as três grandes montadoras enfrentarem a crise financeira. Assessores do governo e do Partido Democrata declararam que ainda há alguns pontos em aberto, mas não definiram quais seriam os impasses. Os pontos principais do plano de resgate foram aceitos e os políticos esperam votá-lo ainda nesta quarta-feira. Com isso, as fabricantes General Motors, Ford e Chrysler devem receber em poucos dias empréstimos do governo em troca da participação nas empresas.
Os congressistas e a Casa Branca liberaram somente
parte dos US$ 34 bilhões pedidos pelas companhias para reestruturação. Entre os principais pontos que ainda faltam ser definidos estão a criação de uma autoridade responsável por controlar os fundos e acompanhar a reforma do setor e a garantia de viabilidade das empresas para o acesso aos recursos. O senador democrata por Michigan, Carl Levin, confirmou que o Congresso visa à criação de um cargo equivalente ao de um "czar do automóvel", que teria a função de vigiar a reestruturação do setor de uma posição independente. O cargo estaria subordinado ao departamento de Comércio, deverá assegurar que "as condições de uso do dinheiro sejam respeitadas, que tenha uma autêntica vigilância e que de tudo isso sairá uma indústria mais reduzida e mais verde", disse. Além disso, a Casa Branca e os republicanos querem que só recebam ajuda as empresas que comprovarem viabilidade a longo prazo. GM, Ford e Chrysler terão até 31 de março de 2009 para provar que conseguirão se manter em meio às quedas nas vendas do setor e à derrubada da produção.
Bronca de Obama
As montadoras se comprometeram a promover reestruturações para receber os aportes bilionários. Mesmo assim, o presidente eleito dos Estados Unidos,
Barack Obama, criticou duramente as administrações das empresas nesta semana. "Devemos ter uma indústria automotiva que compreenda que não pode continuar trabalhando da mesma maneira", afirmou Obama durante uma coletiva de imprensa em Chicago. "Se os diretores atualmente em função não entenderem a emergência da situação e não quiserem fazer escolhas difíceis e se adaptar às novas circunstâncias, então deverão se afastar". Para ele, quebrar não é uma opção. "Eu não acho que é uma opção simplesmente deixar que entre em colapso", disse. "O que nós temos que fazer é dar ao setor assistência, mas essa assistência é condicionada a significativos ajustes. Eles terão que reestruturar (o setor)."
Aprovação
Para as três fabricantes, que estão mergulhadas em uma grave crise de liquidez (dinheiro) e à beira da falência, a aprovação da ajuda gera tensão e ansiedade. Para os congressistas, que ainda precisam do apoio do Partido Republicano para aprovarem o projeto, acreditam que a medida deve entrar em votação ainda nesta quarta-feira. Na última quinta-feira, dia 4/12, os executivos das empresas apresentaram ao Congresso planos de reestruturação para suas companhias, duas semanas depois do primeiro apelo por verbas federais, que terminou em fracasso e humilhação perante os líderes do Congresso, que os mandaram embora com a missão de repensar seus planos de recuperação.
A administração Bush defende que o dinheiro para um eventual pacote destinado à indústria automobilística nacional não deve sair dos US$ 25 bilhões já aprovados pelo Congresso. Esse dinheiro, que a princípio foi liberado para ajudar os fabricantes a se adaptarem às novas exigências do mercado, depende da viabilidade das empresas, e permanece, por enquanto, inacessível. A votação promete ser difícil, já que a maioria democrata depende dos votos dos republicanos. O líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, afirmou que a proposta inicial é um fracasso porque "não dá garantias aos contribuintes, que, com razão, esperam que sejamos bons guardiões do dinheiro que ganharam com o suor de seu trabalho e que não pediremos a eles que desembolsem bilhões de dólares a mais, a curto ou longo prazo". "Esta proposta não vai muito longe. Não exige prestação de contas nem dos diretores nem do sindicato", avaliou.

Venda de veículos usados cai 6,75% em novembro
As vendas de veículos usados em São Paulo registraram queda de 6,75% em novembro, na comparação com outubro desse ano, de acordo com dados da Assovesp - Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado de São Paulo. Os dados indicam para um total de 152.299 negócios realizados pelas revendas independentes do Estado. De acordo com a entidade, 70,3% dos negócios realizados, foram com carros populares e 29,7% com carros não-populares. Em relação aos carros populares, houve uma queda de 4,77% na comparação com outubro e de 19,48%, em relação a setembro, último mês antes do agravamento da crise para o setor. Em novembro, 59% dos negócios foram financiados, contra 49% em outubro. O prazo médio do financiamento foi de 47 meses em novembro, contra 45 no mês de outubro. O saldo financiado foi de 72% em novembro, contra 64% em outubro. As trocas somaram 58% em novembro, contra 48% em outubro. De acordo com a Assovesp, os veículos desvalorizaram, em média, 0,59% no mês de novembro. Os populares desvalorizaram 0,45%, os importados, 1,38%, os carros abastecidos somente a álcool, 0,66%, e os carros tipo flexfuel, 0,79%.

Volkswagen pede ajuda a governo da Alemanha
A fabricante alemã de automóveis Volkswagen informou nessa terça-feira, que suas divisões financeiras, a Volkswagen Financial Services e o Banco Volkswagen, pediram ajuda ao governo da Alemanha, dentro do programa do país para ajudar o setor bancário. Além disso, a empresa informou que não conseguirá cumprir suas metas nos próximos dois anos, devido aos efeitos da crise. A Volkswagen Financial Services e o Banco Volkswagen apresentaram pedidos de garantias de empréstimos através do Soffin, um fundo governamental para estabilização do mercado financeiro. Em outubro o Bundestag - Câmara dos Deputados da Alemanha - aprovou um pacote de resgate de 500 bilhões de euros (US$ 640 bilhões) preparado pelo governo para ajudar os bancos do país contra a crise financeira global.
O pacote inclui 400 bilhões de euros (US$ 512 bilhões) em recursos para garantir débitos, e outros 100 bilhões de euros (US$ 128 bilhões), para a compra de papéis "podres" (cujo risco de calote é muito alto). A Volkswagen Financial Services é a maior empresa européia no segmento de financiamento de automóveis, e emprega mais de 6.000 pessoas no mundo todo - dos quais, cerca de 3.800 na Alemanha. Sobre a produção, o chefe do conselho de fábrica da empresa, Bernd Osterloh, disse em um comunicado, que "a crise financeira vai nos impedir de alcançar nossas metas de crescimento, tais como foram planejadas para os próximos dois anos". O chefe de pessoal da empresa, Horst Neumann, disse que a empresa irá estender o recesso de Natal na Alemanha, por cinco dias a mais que no ano passado.
No terceiro trimestre, a Volkswagen teve um lucro líquido de 3,733 bilhões de euros (US$ 4,839 bilhões), um aumento de 28,5% em relação aos números do mesmo período do ano passado. O presidente da Volkswagen, Martin Winterkorn, se mostrou satisfeito com os resultados, graças a uma série de modelos que respeitam o meio ambiente. No fim de outubro, quando os resultados foram anunciados, o diretor financeiro da Volkswagen, Hans Dieter Pötsch, havia reiterado as previsões para o conjunto de 2008, "apesar da dramática piora das condições da economia global e da indústria automobilística nos últimos meses".


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ENERGIA & Telecomunicações


Eletrobrás exigirá mais garantias em parcerias na América do Sul
Depois dos recentes problemas envolvendo projetos de hidrelétricas entre o Brasil e países vizinhos, a Eletrobrás pretende reforçar as garantias jurídicas em futuras parcerias, para evitar questionamentos semelhantes no futuro. O presidente da estatal, José Antônio Muniz, disse nessa terça-feira, que a empresa tomará as devidas providências para evitar atritos com eventuais parceiros na América do Sul. "Nós não faremos investimentos que não estejam calçados em instrumentos de segurança jurídica. Por exemplo, onde tem tratado, as pessoas reclamam, reclamam, reclamam, e ele é mantido. Teremos todos os cuidados de fazer os investimentos baseados em cima de instrumentos jurídicos que dêem garantia", afirmou Muniz, após participar de almoço com empresários na ACRJ - Associação Comercial do Rio de Janeiro.
Muniz evitou comentar a proposta do Paraguai em redesenhar a dívida de construção da usina hidrelétrica binacional Itaipu. Pela proposta, o Brasil arcaria com US$ 19 bilhões e o Paraguai com apenas US$ 600 milhões. A alegação é de que o governo paraguaio vende a energia excedente apenas ao Brasil, maior consumidor de Itaipu. "Houve um acordo entre países, consolidado em um tratado, que dá âncora ao projeto de Itaipu. Como é um tratado, não tem alteração em nível de empresas. É um assunto que extrapola a questão empresarial", observou.
Além do Paraguai, o Equador está contestando o contrato de empréstimo de US$ 243 milhões feito pelo BNDES para a construção da hidrelétrica San Francisco. A obra foi feita pela empresa brasileira Odebrecht. O executivo estimou que a Eletrobrás, vai entregar, até junho de 2010, os estudos para a construção do complexo de usinas do rio Tapajós. A partir daí, o governo poderá fazer a licitação do empreendimento, que terá cinco usinas com potência total de 10.860 MW (megawatts). O investimento estimado no projeto é de R$ 30 bilhões. Muniz disse ainda, que a Eletrobrás pretende pagar dividendos antigos aos acionistas em 2009. A dívida soma R$ 8 bilhões, sendo que de R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões, cabem a acionistas minoritários. "Temos que superar algumas questões. Tenho certeza que vamos pagar em 2009. Uma parte será capitalizada, porque há acionistas majoritários e minoritários. Para os minoritários, cuja dívida varia de R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões, vamos pagar tudo", comentou.

Aneel diz que tarifas de Itaipu terão reajuste de 8,7%
A diretoria da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica - aprovou ontem, um reajuste de 8,7% para as tarifas da energia produzida pela Usina Hidrelétrica de Itaipu. O aumento passa a vigorar em 1 de janeiro de 2009. Com o reajuste, o quilowatt (KW) de energia de Itaipu subirá de US$ 23,0270 para US$ 25,0298. A energia de Itaipu é cotada em dólar por pertencer não somente ao Brasil, mas, também ao Paraguai. O reajuste aprovado ontem, só terá reflexo na conta do consumidor final, na data de reajuste anual de cada distribuidora. A energia de Itaipu, segundo a Aneel, é fornecida para 30 distribuidoras das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País. Entre os itens que pesaram para o reajuste, está o acordo feito no início do ano passado, pelo qual o Brasil assumiu o pagamento de cerca de US$ 8 milhões anuais, a título de correção monetária, da parte paraguaia do financiamento da construção da usina de Itaipu.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Exportações agrícolas somam US$ 67,03 bilhões no ano
As exportações de produtos agrícolas renderam US$ 67,03 bilhões no acumulado do ano até novembro, crescimento de 24,6% em relação ao mesmo período do ano passado. As importações, também tiveram significativo incremento no acumulado do ano. Foram 39% de elevação, para US$ 10,9 bilhões. O saldo comercial do agronegócio cresceu mais de US$ 10 bilhões. Os embarques renderam US$ 45,92 bilhões no acumulado do ano passado até novembro. Nesse ano, esse total chegou a US$ 56,10 bilhões. As informações constam em nota distribuída pelo Ministério da Agricultura.
Os cinco principais setores, responsáveis pelo avanço das exportações no período, foram o complexo soja (59,9%), carnes (33,5%), produtos florestais (8,4%), complexo sucroalcooleiro (16,3%) e café (21,9%). Em relação às importações, os setores com maior participação no valor importado foram: cereais, farinhas e preparações (42,8%) e produtos florestais (32,4%). No setor de cereais, as aquisições de trigo cresceram 40,9%, de US$ 1,26 bilhão para US$ 1,78 bilhão, com redução da quantidade importada em 9,3% a preços 55,4% superiores. As importações de trigo totalizaram 5,6 milhões de toneladas no período de janeiro a novembro desse ano.
Na análise por país, houve elevação de 72,8% nas vendas para a China, que se coloca como o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro no acumulado de 2008. Esse mercado teve participação de 11,6% nas exportações brasileiras de produtos do agronegócio, superando os Países Baixos (9,2%) e EUA (8,7%). O governo reafirmou significativo aumento das exportações para a Venezuela (113%), Tailândia (78,5%), Arábia Saudita (50,3%), Japão (41,6%) e Rússia (31,2%).

Produção de suínos deve atingir 3,1 milhões de toneladas em 2009
O diretor de mercado interno da Abipecs - Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína -, Jurandi Soares Machado, estimou ontem, que a produção de carne suína deve somar 3,1 milhões de toneladas em 2009. Durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Aves e Suínos, ele disse que o objetivo do setor é abrir novos mercados para a carne suína brasileira. Entre esses mercados, ele citou Japão, China e EUA.
O setor de suínos demanda 11 milhões de toneladas de milho por ano e o de aves, 20 milhões de toneladas. Esses dados serão apresentados aos integrantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Milho e Sorgo, que se reúne na sexta-feira, em Brasília. (Assessoria do Ministério da Agricultura)
Desconto
Após participar de reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Aves e Suínos, o presidente da ABCS - Associação Brasileira dos Criadores de Suínos -, Rubens Valentini, afirmou ontem, que importadores de carne suína do Brasil, como a Rússia e Hong Kong, estão pleiteando descontos nos contratos para compra do produto brasileiro. A justificativa para o pedido é a desvalorização cambial. A Rússia, que é maior importador de carne suína do Brasil, quer renegociar contratos com descontos de até mil dólares por tonelada. No caso de Hong Kong, o pedido é para desconto de US$ 800 por tonelada, disse Valentini.
Ele disse que não há informações sobre a conclusão das negociações entre importadores e exportadores. "Os contratos são fechados pelas empresas, que evitam divulgar esse tipo de informação", disse o representante da suinocultura, que preside a câmara. Valentini lembrou que os estragos provocados pelas enchentes no Porto de Itajaí, em Santa Catarina, também é uma das preocupações dos suinocultores. O porto é o principal ponto de escoamento das cargas de carne suína.
Embarques
Valentini contou que as cargas programadas para o porto catarinense estão sendo redirecionados para outros portos do Sul do País. "O deslocamento representa gastos, o que torna o produto brasileiro menos competitivo no mercado externo", afirmou. Números da Abipecs mostram queda de 48,6% nos embarques em novembro, na comparação com igual período de 2007. Os exportadores lembram que a falta de crédito e o fechamento do Porto de Itajaí, justificam o recuo.
Outra preocupação do setor é a oferta de milho em 2009. Segunda-feira, o governo projetou queda de 7,4% na produção de milho na primeira safra. "Essa redução preocupa, apesar do bom nível de estoques", afirmou. Para ele, o volume de produção vai resultar em aumento do preço do milho.
De acordo com participantes da câmara, os setores de aves e suínos demandarão 31 milhões de toneladas de milho. Considerando a demanda de setores industriais, o total cresce para 44 milhões de toneladas. A safra de verão está estimada em 37,02 milhões de toneladas. Além dos estoques, a produção na safrinha vai garantir o abastecimento, argumenta o governo.

Volume de trigo importado cresce, mas preço cai
As importações de trigo cresceram em volume no mês de novembro, mas o valor desembolsado pela indústria moageira foi menor. Dados compilados pelo Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - apontam para um total de 446,4 mil toneladas desembarcadas, volume 2,4% superior ao importado em outubro, de 435,9 mil toneladas. O preço médio da tonelada foi de US$ 256, contra US$ 289 em outubro.
Na comparação com novembro de 2007, houve crescimento tanto em preço como em volume - naquele mês, o Brasil ainda não recebera trigo argentino, cujas exportações só foram liberadas no final de novembro de 2007. No acumulado do ano, as compras externas de trigo somam 5,602 milhões de toneladas, volume 9,3% inferior ao dos 11 meses de 2007, quando atingiram 6,179 milhões de toneladas.
Em novembro, a Argentina foi o principal exportador de trigo para o Brasil, com 360,5 milhões de toneladas, ou 80% do total. O Brasil também importou trigo do Paraguai (52,8 mil toneladas) e dos EUA (33 mil toneladas) no mês passado.


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MERCADO ONLINE

Net lança em São Paulo projeto piloto de banda larga com 60 Mbps

Com o objetivo de entender o comportamento dos consumidores, a Net está lançando em São Paulo, um projeto piloto para oferecer banda larga com velocidades de 20 Mbps e 60 Mbps. Segundo José Félix, presidente da empresa, a intenção é que o piloto, com duração de 6 meses, gradualmente se transforme em um produto comercial. “A gente quer entender o comportamento do consumidor com esse tipo de serviço”, relatou o executivo durante um encontro com a imprensa. A velocidade de 20 Mbps estará disponível em toda a capital paulista para os clientes do pacote HD Max, que custa cerca de 400 reais e oferece TV em alta definição. O consumidor não terá de pagar nada pela migração, mas precisa trocar o modem de banda larga, fornecido pela Motorola.Já a velocidade de 60 Mbps ficará restrita aos bairros Itaim, Morumbi, Jardins e Pinheiros. Juntamente com o aumento de banda, a operadora vai oferecer aos consumidores de maior valor, um serviço de vídeo sob demanda em alta definição, por meio de um portal na web, que só poderá ser acessado pelos consumidores do pacote HD Max. “Nós ainda não sabemos como utilizar esses novos serviços, mas isso não é só no caso da Net. Estamos lançando o piloto para poder entender o que os consumidores vão fazer com isso e, depois, identificar a cadeia de valor para precificar os serviços de vídeo sobre a plataforma de internet”, explicou Félix.
Em novembro, a operadora lançou um piloto semelhante na cidade do Rio de Janeiro.


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MERCADO DE TI


Positivo nega rumores de venda de suas operações para Dell e Lenovo
A
Positivo Informática enviou um comunicado à Comissão de Valores Mobiliários, na tarde de segunda-feira, 08/12, esclarecendo que sua relação com o banco UBS Pactual não está diretamente ligada à aquisição da empresa. O comunicado formaliza uma resposta à notícia publicada no último sábado, 06/12, pelo jornal O Estado de São Paulo, de que a chinesa Lenovo e a norte-americana Dell, estão conduzindo negociações avançadas para a compra da Positivo.De acordo com a notícia, que cita fontes ligadas às empresas, a Positivo teria contratado o UBS Pactual, que negociou a abertura de capital da fabricante de PCs em dezembro de 2006, para avaliar as propostas de venda. "Esclarecemos que a Companhia tem um relacionamento de longo prazo com o UBS Pactual, que vem assessorando a Companhia a coordenar e organizar eventuais proposições feitas por terceiros, conforme já divulgado anteriormente pela Companhia a qual, sempre que conveniente ou instada, considera quaisquer operações de mercado que possam ser no interesse da mesma e de seus acionistas", diz o comunicado assinado por Ariel Leonardo Szwarc, Diretor de Relações com Investidores da Positivo.Entretanto, o comunicado não desmente ou descarta propostas de aquisição. A Positivo finaliza o esclarecimento dizendo apenas, que "não há qualquer ato ou fato relevante que deva ser divulgado ao mercado na forma da regulamentação em vigor."A fabricante de Curitiba/PR, que lidera o ranking brasileiro de fabricantes de PCs, registrou 13,2% de participação no mercado total de PCs no terceiro trimestre desse ano, segundo informações da IDC Brasil. De acordo com o balanço, referente ao terceiro trimestre desse ano, divulgado no início de novembro, a companhia está avaliada em R$ 478 milhões. Na manhã dessa terça-feira, 9/12, a ação da Positivo está em alta de 21,75%, negociada a R$ 7,50.A receita líquida da empresa no 3º trimestre, totalizou R$ 525,7 milhões, o que revela um aumento de 36,1% em relação ao terceiro trimestre de 2007, mas uma queda de 4,4%, na comparação com o segundo trimestre desse ano, quando a receita da companhia somou R$ 548,8 milhões. O lucro da empresa no período somou R$ 55 milhões, uma queda de cerca de 6,5% em um ano. As ações da companhia sofreram uma desvalorização de quase 90% desde o início de 2008.

Analista: Positivo é alvo 'muito atraente' para empresas estrangeiras
As ações da Positivo Informática, fabricante de computadores do Paraná, fecharam em 9 reais nessa terça-feira, 9/12, uma alta de 46,1% em relação ao encerramento do dia anterior. Uma forte expectativa de que a
empresa será vendida para um grande grupo internacional do setor é o motivo por trás da disparada, conforme explicou em entrevista ao IDG Now! Alan Cardoso, analista da Ágora Corretora. Segundo Cardoso, o volume de negócios da empresa (em reais) foi bem significativo ao longo do dia, o que demonstra que “muitos investidores estão apostando num ganho que pode vir com a venda da empresa”. Ontem, o volume negociado em bolsa foi de 8,1 milhões de reais. Para se ter uma idéia, nos últimos 21 dias úteis, o volume médio foi de 1,6 milhão de reais. A fabricante, que observou uma queda de quase 90% em suas ações ao longo do ano, retomou o fôlego por conta de uma notícia sobre o interesse das empresas Lenovo e Dell, na empresa, que lidera o mercado brasileiro de PCs há quatro anos, com mais de 13% de participação.Barreiras para aquisiçãoApesar da alta, Cardoso explica que existem alguns empecilhos para a venda imediata da companhia. O primeiro é o valor de mercado em bolsa da empresa, que está bem abaixo de 2007, quando a Positivo fechou o ano valendo 43,49 reais por ação. Segundo Cardoso, a empresa não tem necessidade imediata de caixa e, por isso, seus acionistas podem recusar uma oferta que considerarem ruim. Outro ponto é o estatuto social da empresa. “Existem algumas regras que definem que o preço mínimo de venda deve ser o maior preço dos últimos 24 meses”, disse. E isso elevaria em muito o valor da companhia. Por outro lado, Cardoso destaca que a empresa “é um alvo muito atraente”, porque é dominante no mercado de varejo e conta com uma boa rede de distribuição e assistência técnica. “É um canal muito interessante para quem quer entrar com força no varejo.” A alta do dólar no Brasil, também cria oportunidades interessantes para empresas multinacionais. “A desvalorização do câmbio, com o dólar no patamar de 2,50 reais, tornou a companhia muito mais barata”, afirmou. “Agora, depende só de saber de como estão ajustadas as expectativas dos controladores da empresa.”


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MERCADO DE LUXO


Na crise, mercado de luxo dá sinais contraditórios
De meados de setembro para cá, uma turbulência corriqueira transmutou-se em crise de proporções ainda incalculáveis para a economia mundial. Mercados globo afora, desabaram, e donos do dinheiro viram seus papéis evaporarem do dia para a noite. Por aqui, no começo da crise, aparente otimismo com aquela "marolinha". Muito se falou - e se fala - sobre os efeitos da crise no Brasil. Percebida a derrocada, sucedem-se conjecturas para explicar a mais recente hipertrofia do sistema capitalista e seus efeitos na Terra de Santa Cruz. Em tempos de Bolsa Família e crédito abundante para a classe trabalhadora, não se estranha que o consumo popular, do povão, tenha sido - e seja - o alvo preferencial das análises e preocupações. Mas e as dispensas e prateleiras daqueles que um dia se cansaram, os que integram a já célebre "elite", como ficam nessa história? Apesar de ser um país "em desenvolvimento", o Brasil tem, há muito, um reconhecido mercado de produtos e serviços de luxo - concentrado basicamente, nas capitais do sudeste e nichos ainda mais reduzidos, país afora. Para saber como andam as compras da high society.

Um país de todos
Marco Antonio De Biaggi é dono de um dos mais, senão o mais sofisticado salão de beleza da capital paulista. Situado na Rua Estados Unidos, quase esquina com a Bela Cintra. Ao circular por entre as disputadas poltronas e cadeiras do local, a expressão crise, parece perder o sentido. Nos últimos dois meses, o faturamento do MG Hair Design cresceu 10% em relação aos meses anteriores.
Numa aterrissagem básica nesse templo do embelezamento, torra-se cerca de R$ 1.000,00. Isso se o pacote incluir, além do corte, reflexo, escova e hidratação. (Em tempo: o Lelo, o Fernandes, os mineirinhos do Light Look, na também endinheirada Praça Vilaboim, cobram quarentinha por cabeça). Já no MG Hair, detona-se milhão para ser "uma loira de Marco Antonio", definição do próprio. A lista de clientes é vasta. Desde a bilhardária Shella Safra, até as celebridades de mais ou menos ocasião: Ivete Sangalo, Luana Piovani, Adriane Galisteu, Gisele Itié, Isabeli Fontana e Naomi Campbell, entre tantas outras. Para explicar sua bolha anticrise, de Biaggi recorre à sociologia: - Eu acho que as pessoas querem até se arrumar mais com essa crise. Hoje em dia o visual é tudo.
Ele, no entanto, sabe da gravidade da situação para além das tesouras. Suas clientes, temerosas, contam que não vão "mais passar a temporada na Europa". Agora, culpa da crise!, restringirão as férias ao "turismo dentro do Brasil". Se verdadeiro, não deixa de ser um evidente sinal da extensão da tormenta mundial. O próprio hair stylist pondera: - Eu não sou louco de trocar de carro nesse fim de ano.
A depender do automóvel, existem mais loucos do que o cabeleireiro supõe. Mesmo com o estouro da crise, a Ferrari no Brasil não registrou queda em suas tratativas comerciais. Até porque, não há como haver queda na média de dois ou três veículos encomendados a cada mês.
Uma Ferrari 612 Scaglietti One-to-one, o modelo mais caro da grife, sai por cerca de R$ 2 milhões. De janeiro a outubro desse ano, uma unidade comercializada. Um pouco mais em conta, a Ferrari F430 - a mais barata - custa aproximados R$ 1,4 milhão. No mesmo período, 25 dessas foram vendidas, segundo a Via Europa, importadora oficial da marca no país. A saber: os valores, de acordo com a própria empresa, devem subir devido à alta do dólar.

Economia blindada
Infelizmente, nem tudo são flores quando o assunto é o mercado de primeira classe. Uma amostra bastante representativa desse segmento é o setor de blindagem. A Armor, uma das maiores companhias do ramo, registrou uma desaceleração de 20% em seus negócios, a partir da segunda quinzena de setembro. O interessado em contratar os serviços da empresa, desembolsa cerca de R$ 45.000,00 - o equivalente a 108 salários mínimos - para blindar um sedan médio.
Mais otimista, a Abrablin - Associação Brasileira de Blindagem - manteve a projeção de crescimento de 13,6% para 2008, na comparação com o ano passado. A entidade salienta, porém, que "historicamente o número de blindagens acompanha o desempenho do mercado de automóveis". A conferir. Nos céus, a situação é semelhante. O mercado de helicópteros executivos deu uma "brecada geral", na avaliação de Kleber Mansur, presidente da Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero. "O boom já acabou", diz o especialista. "Está sobrando helicóptero usado, coisa que não havia".
Atualmente, a cidade de São Paulo possui a maior frota do mundo: são 420 aeronaves. A região da Grande São Paulo conta ainda, com 260 helipontos, dos quais 210 instalados em cima de prédios. "Muitos proprietários contavam com linhas de crédito lá fora, para quitar os helicópteros na hora da entrega, e com a crise esse financiamento acabou", explica Mansur. "Do jeito que ia vindo, poderíamos chegar a 800 helicópteros em três anos, aí a coisa ficaria complicada", afirma o piloto, que vê a diminuição do comércio de aeronaves como benéfica para o trânsito aéreo. O fato é verdade indesmentível, mas a tese mostra que a crise, também pode ser vista de um viés poliana.
Oficialmente, a Helibras, maior fabricante brasileira de helicópteros, não compartilha da análise. Segundo a companhia, "o resultado do mercado executivo está dentro das expectativas para 2008". A empresa possui, hoje, aproximadamente 140 aeronaves em operação - cerca de 45% do mercado executivo. E espera manter o bom desempenho em 2009.
Os impactos da crise no mercado de luxo continuarão a ser esmiuçados por Terra Magazine nessa semana. Na próxima reportagem, o leitor poderá conferir o desempenho de nichos nobres da alta sociedade - de restaurantes a joalherias, passando pelo mercado de artes e imóveis de alto padrão. Em se tratando da elite brasileira, há um mundo a ser descoberto. Afinal, como diz o cabeleireiro Marco Antonio... - Quem é loira não vai deixar de pintar o cabelo para comprar uma bolsa Channel. (Especial Terra Magazine)

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