I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 117 | Ano I

Brasil não está em crise, diz presidente da HP
Embora espere capítulos "complicados" para a economia nos próximos seis meses, com reflexos mais pesados na cadeia produtiva, o presidente da HP Brasil, Mário Anseloni, acha o termo crise, muito forte para o País. "O País não está em crise. Está, sim, passando por uma adaptação a uma nova realidade econômica global", afirmou ontem a jornalistas. Esse processo, na visão do executivo, trará à economia do País impacto no curto prazo. "Mas no médio e longo prazo, o Brasil sairá fortalecido", ressaltou o dirigente, citando as conquistas do País no campo macroeconômico nos últimos anos, que acabou por colocá-lo numa situação mais favorável que a de outros países.
De acordo com Anseloni, essa "reviravolta" nas finanças globais, trará a necessidade de revisão de planos por parte das empresas, já que o contexto econômico, agora é outro, e "o Brasil não está alheio ao mundo". Contudo, essa reavaliação, na opinião do executivo, não deve anular a disposição das corporações de continuar investindo em tecnologia da informação (TI). "Nossa sensação é de que as empresas, no momento em que preparam seus planos de investimento para 2009, constataram que os aportes em TI, não podem parar", disse.
De acordo com ele, começaram a "sair da gaveta", nas últimas semanas, "projetos de empresas que estavam dormentes". Ele acredita que os aportes em TI, "antes vistos como custo", agora são encarados como uma forma de tornar as empresas mais eficientes. Mesmo assim, ele espera a contratação de projetos "menos complexos" por parte de alguns clientes, como governo, embora ache, que ainda há oportunidades a se explorar no mercado financeiro e de telecomunicações, usuários intensivos de tecnologia.
Para o mercado de computadores pessoais, apesar de o executivo não fornecer números sobre as vendas esperadas para 2009, a expectativa é de um acréscimo "ligeiramente superior" ao de 2008. Durante evento com a imprensa, o presidente da HP Brasil disse que, apesar de ter registrado vendas "espetaculares" em outubro, "batendo todos os recordes da empresa", espera que o comércio de seus produtos de informática e serviços no Natal, "não seja tão agressivo ante 2007". "Outubro foi o meu Natal", sentenciou.
Sem abrir números, ele comentou que os negócios naquele mês ficaram duas vezes e meia maiores que a média mensal, registrada durante 2008. Parte desse movimento, segundo ele, deve-se ao fato de o ano fiscal do grupo terminar em novembro, o que leva suas equipes a antecipar seus esforços de venda. Outra explicação para os negócios maiores em outubro, conforme Anseloni foi que muitos consumidores resolveram antecipar suas compras, com receio de que o dólar subisse mais ainda.

Brasil é foco de 69% das empresas que devem investir na América Latina
O Brasil é um mercado prioritário para nada menos que 69% das empresas com interesse em investir na América Latina, nos próximos três anos. O dado integra o estudo "Um panorama completo, o investimento e o comércio na América Latina", realizado pelo Grupo Atradius, que opera em Portugal, na Espanha e no Brasil, por meio da Crédito y Caución.Outros paísesCompletam a lista dos principais mercados de empresas interessadas na expansão empresarial, em médio prazo, o México (com 48%) e a Argentina (40%). O Chile, considerado o mercado com melhor retorno operacional, é prioritário para apenas 22% das empresas. O principal empecilho é o mercado interno do país, considerado pequeno.PrevisãoO estudo revela que, nos próximos três anos, haverá um crescimento acima de 6% no volume de negócios desses países. Esse é o prognóstico de 61% das empresas entrevistadas, sendo que 59% delas apostam em igual tendência no que se refere aos lucros. O CEO do Grupo Atradius, Isidoro Unda, destaca que a população do continente é consumidora de bens importados. "A América Latina tem muito a oferecer às empresas que procuram novos mercados para expansão. Tem uma população jovem e em crescimento, sensível à importação de bens de consumo. Além disso, as reformas dos últimos anos continuam a melhorar a estabilidade econômica e política em grande parte da região", diz ele.O interesse na América LatinaEntre todas as empresas com interesse na América Latina, 53% afirmam que o motivo do investimento no continente está atrelado à desaceleração econômica dos mercados, nos quais atuam tradicionalmente. O movimento pode ter a ver com a atual crise global. Os quadros de estabilidade política e econômica do Brasil e do México são destacados no relatório, em comparação com outros importantes mercados, como Venezuela e Argentina, que apresentam problemas de inflação e instabilidade política. Já Peru e Chile, aparecem bem classificados no que se refere à economia, à estabilidade política, ao governo corporativo, ao ordenamento jurídico, à ausência de litígios comerciais e às facilidades que as empresas desses países têm para operar, com menos grau de burocracia a ser enfrentada.Sobre a pesquisaO relatório do Grupo Atradius foi realizado em colaboração com a Economist Intelligence Unit, departamento de investigação do semanário britânico The Economist. No total, foram feitas entrevistas com 300 empresas em nível mundial, que têm ou planejam ter negócios com a América Latina.

Construção deve crescer entre 3,5% e 4,7% em 2009
A construção civil brasileira deverá fechar 2009 com um crescimento de 3,5% a 4,7%, e fechará 2008 com um crescimento de 10%, segundo previsão do SindusCon-SP - Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo -, anunciada nessa quarta-feira. Segundo o presidente da entidade, Sergio Watanabe, o setor será beneficiado pelas obras que já foram contratadas nesse ano, o que deve manter o nível de atividade no setor, até pelo menos, no primeiro trimestre de 2009. A previsão para o próximo ano, feita pela economista Ana Maria Castelo, da FGV Projetos, apresenta dois cenários: no cenário chamado "básico", que aponta para uma redução pouco expressiva do nível de investimento, mostra uma estimativa de alta do PIB da construção civil de 4,7% e do PIB do país de 3,8%. Já em um cenário de ajuste lento, com uma maior queda no nível de investimento, o PIB brasileiro subiria 2,8% e o da construção civil, 3,5%. Entre os dois cenários, Watanabe diz ser mais provável o primeiro. "Obras já iniciadas em 2008 vão garantir a continuidade da atividade em 2009", disse o presidente do SindusCon-SP, citando a manutenção dos financiamentos feitos com recursos da poupança e do FGTS e a garantia do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social - de formar "uma parte importante dos investimentos em infra-estrutura, também contemplados nos orçamentos da União, Estados e municípios".
Construção deve manter nível de emprego até 1º trimestre de 2009
O volume de empregos no setor da construção civil deverá manter-se próximo do ritmo atual, pelo menos até o final do primeiro trimestre de 2009, graças às obras já contratadas antes do início da crise financeira internacional, informou nessa quarta-feira, o SindusCon-SP. Até outubro, o estoque de pessoas empregadas no setor, no Brasil, atingiu 2,19 milhões, segundo dados do Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - do Ministério do Trabalho - uma alta de 18% sobre o mesmo mês do ano passado. "As obras já iniciadas, estão com um financiamento bem arranjado, então não vão parar e manterão os níveis elevados de empregos, perto da taxa atual, até o final do primeiro trimestre de 2009", disse o diretor de economia do SindusCon-SP, Eduardo May Zaidan. "Minha empresa, por exemplo, começou agora uma nova obra e estou com dificuldades de contratar carpinteiros." Porém, Zaidan lembra que os meses de novembro e dezembro, geralmente trazem uma redução no volume de empregos resultante de um efeito sazonal comum ao setor. "É por uma questão de sazonalidade, na série histórica só não ocorreram demissões nesse período, em apenas dois anos", disse. Devido a esse tradicional corte de vagas no final do ano, Zaidan disse que apenas em março será possível quantificar o real impacto da crise financeira sobre o número de empregos gerados pelo setor. A crise, explica a entidade, deverá trazer impacto em departamentos específicos das construtoras. "Os setores administrativos e de vendas deverão apresentar cortes, porque haverá menor número de lançamentos", disse Ana Maria Castelo, economista da FGV Projetos.


Petrobras negocia captação externa superior a US$ 1 bilhão
A Petrobras negocia no mercado internacional a captação de valores acima de US$ 1 bilhão, afirmou ontem, o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa. Ele não quis dar maiores detalhes sobre o assunto, alegando que a negociação, ainda não foi concluída. "Temos trabalhado em busca de financiamento e estamos negociando algumas opções. Mas não está concluída e, quando estiver, nós anunciaremos", disse o executivo. Segundo ele, se tratam de "algumas operações que, no conjunto, dão mais de US$ 1 bilhão". Se confirmada, será a primeira grande operação internacional da companhia desde o recrudescimento da crise financeira, que enxugou o crédito no mercado externo. Em outubro, a companhia teve de recorrer à CEF - Caixa Econômica Federal -, tomando R$ 2 bilhões para ajudar no pagamento de impostos e taxas extras no período, em operação que vem sendo bastante criticada pela oposição. A Petrobras captou, esse ano, cerca de US$ 7 bilhões.
Investimentos - O diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrella, disse ontem, que "não é uma premissa da empresa" a diminuição de investimentos no novo plano estratégico, que compreende o período entre 2009 e 2013. "Tampouco estamos considerando cancelamentos de projetos, especialmente do pré-sal. O pré-sal só vem a acrescentar", disse o executivo em palestra durante o Fórum Nacional, realizado no BNDES. Ele sinalizou ainda, com a perspectiva de aumento do conteúdo nacional nos próximos anos e afirmou que já existe a possibilidade de serem fabricadas no Brasil, turbinas para plataformas de petróleo.

Vale demite 1,3 mil funcionários e 5,5 mil têm férias coletivas
A Vale do Rio Doce anunciou nessa quarta-feira, 1,3 mil demissões no mundo, sendo 20% em Minas Gerais e as demais, em unidades no Brasil e pelo mundo, segundo a assessoria de imprensa da mineradora. Outros 5,5 mil entram em férias coletivas escalonadas - 80% em Minas - e 1,2 mil estão em treinamento para serem realocados dentro da companhia. Conforme a empresa, a reestruturação do quadro de funcionários é conseqüência da
crise financeira internacional e resultado da redução das encomendas das siderúrgicas, principais clientes da Vale. Atualmente, a mineradora tem 62 mil funcionários no mundo. Ainda, segundo a Vale, a intenção é reduzir ao mínimo o número de demissões, devido ao elevado nível de qualificação e de investimento em treinamento. Em relação às férias coletivas, os 5,5 mil funcionários atingidos pela medida, devem parar de maneira escalonada. A previsão é que o revezamento ocorra até fevereiro.
A Vale informou no fim de outubro, que vai reduzir sua produção de minério de ferro e outros minérios e subprodutos nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Amapá, além de plantas industriais e minas no exterior. Fora do país, sofrerão reduções de produção atividades localizadas na França, Noruega, China e Indonésia. O presidente da Vale, Roger Agnelli, explicou que o corte de 30 milhões de toneladas métricas anuais na produção de minério de ferro da empresa, é um
"ajuste momentâneo" , em razão do "fortíssimo rearranjo" que o mundo está passando por causa da crise financeira internacional.
Siderúrgicas - Entre as siderúrgicas, a ArcerlorMittal anunciou na última quinta-feira, que pretende
demitir até 9 mil empregados no mundo. As demissões serão feitas de forma voluntária. Elas atingirão: primeiro os empregados dos setores não-produtivos, que trabalham em vendas, administração e serviços gerais. Nessas categorias, o grupo tem como meta, reduzir seus gastos em US$ 1 bilhão, em resposta à atual crise financeira global. A empresa empregava no final de 2007, cerca de 35,5 mil pessoas na América do Norte. O grupo não especificou o número de funcionários que possui nos EUA. Também na semana passada, o grupo siderúrgico brasileiro Gerdau, anunciou que vai antecipar a parada das subsidiárias Açominas e da Siderperu - Empresa Siderúrgica del Peru - para trabalhos de manutenção. A Gerdau admitiu que a medida também, tem por objetivo reduzir a produção em um momento de queda da demanda mundial do aço, por parte de clientes importantes, como os setores: automobilístico e de construção. Em reunião com investidores, o presidente do grupo, André Gerdau Johannpeter, reconheceu que a companhia pode tomar medidas semelhantes em outras fábricas, principalmente dos EUA e de outros países da América Latina, para adequar a produção a uma demanda mundial menor. Segundo ele, a empresa prevê uma queda de 24% no volume de vendas para o último trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2007.

Setor de cartões de crédito espera crescer 20% em dezembro, com Natal
O mercado de cartões de crédito deverá atingir em dezembro, faturamento de R$ 25,8 bilhões, segundo pesquisa divulgada pelo Itaucard nessa quarta-feira. Segundo o levantamento, 30,3% das compras do mês deverá se concentrar entre os dias 18 e 24 - semana que antecede o Natal, e quando se espera um faturamento de R$ 7,8 bilhões. Em relação a dezembro de 2007, o setor prevê uma expansão de 20% esse mês, apesar da crise financeira internacional. De acordo com a pesquisa, o faturamento previsto para esse mês, é 43,4% maior que a média dos 11 primeiros meses de 2008, que foi de R$ 18 bilhões. "A confiança do consumidor brasileiro continua resistindo às previsões de desaquecimento da economia mundial e os números do Natal, mostram que a utilização de cartões mantém sua escalada de utilização entre os meios de pagamento no país", afirmou o diretor de Cartões do Itaú Fernando Teles. O levantamento aponta que o país deverá fechar 2008 com mais de 110 milhões de cartões em circulação, um aumento de 18,6% em relação ao verificado no fim do ano passado. A projeção para esse ano, é que sejam realizadas 2,4 bilhões de transações - volume 20,8% maior que 2007. A maior quantidade do dinheiro de plástico em circulação no país, também irá refletir no faturamento do setor, que deverá crescer 22,1% em um ano, atingindo R$ 224 bilhões no fim desse ano. Em dezembro, a pesquisa projeta que o grupo de vestuário deverá representar 26% de todo o faturamento dos cartões de crédito, ante uma participação média de 21% nos 11 primeiros meses de 2008.

Preços dos combustíveis podem ter "acomodação para baixo", diz Dilma
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem a tarde que, com a queda no preço do barril de petróleo, os preços dos combustíveis derivados deverão ter uma "acomodação para baixo". Ela disse que o governo acompanha as variações no preço do petróleo, antes de tomar uma decisão sobre o assunto. "Eu acredito que nós vamos ter nos próximos meses, inexoravelmente, mantidas as tendências do preço do petróleo, uma modificação. Vai haver, a partir do momento que estabilizar o preço, uma acomodação para baixo", disse a ministra, durante audiência na Câmara dos Deputados.

Walmart abre hipermercado ecoeficiente no Rio
O Walmart inaugurou ontem, no bairro de Campinho, na zona norte do Rio de Janeiro, um supercenter ecoeficiente. A loja reúne cerca de 60 iniciativas sustentáveis que a empresa já implementou em suas construções no mercado brasileiro. É a primeira vez que uma loja desse porte contempla tantas mudanças relacionadas à sustentabilidade. Com investimento total de R$ 52 milhões, parte dele para viabilizar as ações sustentáveis que o hipermercado apresenta, a expectativa é reduzir no mínimo 25% o consumo de energia e 40% o de água. Apesar do investimento, ser maior do que uma loja convencional, as economias de médio e longo prazo são significativas. Entre as iniciativas verdes estão o uso de letreiro com lâmpadas LED (mais econômicas e duráveis), paredes com blocos de isopor na fachada e uso de energia solar, uniformes feitos de garrafa PET recicladas, cartazes de material reciclado e tinta sem solvente.

Salton e Adria selam parceria para o final de ano
Nada como um bom vinho para acompanhar uma tradicional massa. Pensando nisso, a Vinícola Salton, em parceria com a Adria, lança nesse mês, uma embalagem exclusiva como sugestão de presente para as festas de final de ano. O Pack, desenvolvido pelas empresas, contém duas garrafas do vinho Salton Classic, uma de uva Cabernet Sauvignon e outra de Merlot, e um pacote da massa Grano D´Oro, produzido pela Adria. A idéia é oferecer aos clientes, produtos de qualidade com um ótimo custo-benefício, sendo mais uma opção de consumo nas festas de final de ano. O kit pode ser encontrado nas diversas lojas da rede Walmart, com o valor sugerido de R$ 29,98.


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RELAÇÕES INTERNACIONAIS


Amorim diz que Brasil vai reagir a casos de calote e teme por integração
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, advertiu para a desaceleração do "processo de integração física", caso outros países da América do Sul, a
exemplo do Equador, decidam rever os contratos de financiamento de obras de infra-estrutura. Após audiência na Câmara dos Deputados, Amorim disse que o Brasil vai reagir em casos de calote. "Se o país espera ter uma cooperação com o Brasil, e o Brasil, vamos ser francos, é hoje uma das poucas fontes de crédito para alguns dos países da América do Sul, é natural que a gente vá agir. Não é por retaliação. Não há nenhum espírito de retaliação. Mas por prudência", afirmou. "Como vou, como ministro das Relações Exteriores, favorecer um empréstimo a um país que acabou de dizer que não vai pagar um empréstimo anterior, sem nos ter consultado antes?", ponderou.
Recentemente, o governo equatoriano de Rafael Correa, anunciou que não pagará a
dívida de US$ 242,9 milhões com o BNDES. Segundo o ministro, não houve tentativa de negociação que pudesse evitar o recurso contra o pagamento do empréstimo, tomado para a construção da usina hidrelétrica de San Francisco. "Não houve sequer uma tentativa de negociação. Isso nos limita e, ao nos limitar, vai criar dificuldade para a integração da América do Sul. Não para a integração política, mas vai desacelerar o processo de integração física da América do Sul", disse Amorim. Amorim afirmou, no entanto, que não há sinais de que outros países tenham decidido rever suas dívidas com o Brasil, e reforçou que a política de crédito do governo brasileiro com os vizinhos sul-americanos, faz parte da política de integração.
Ontem, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo,
pôs em dúvida a legitimidade da dívida externa do Paraguai - principalmente a contraída com o Brasil na construção da hidrelétrica de Itaipu - e anunciou sua intenção de estudá-la "exaustivamente" e, se for o caso, de impugná-la. Lugo insistiu em que a dívida dos países latino-americanos tem de ser estudada com cuidado.


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MERCADO de Ações & Futuros
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)


Bovespa vira e fecha em alta de 0,85%, puxada por ações da Petrobras
A Bovespa concluiu os negócios de ontem, com recuperação moderada, acompanhando de perto a melhora de humor em Wall Street. O mercado de ações oscilou bastante, com investidores digerindo os indicadores negativos das economias, americana e européia. Na cena externa, muitos ainda aguardavam novidades sobre a possível ajuda do governo às montadoras americanas, em situação pré-falimentar. O câmbio disparou para sua maior alta em três anos, apesar das intervenções do Banco Central brasileiro.

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O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, avançou 0,85%, aos 35.296 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 3,42 bilhões, pouco abaixo da média de novembro (R$ 3,77 bilhões/dia), já inferior à média dos 11 meses (R$ 5,66 bilhões/dia
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O dólar comercial foi negociado a R$ 2,475 na venda, o que significa um avanço de 3,46% sobre a cotação final de terça-feirra. A taxa de risco-país marca 512 pontos, número 0,19% abaixo da pontuação anterior.

Análise - A recuperação da Bolsa foi puxada principalmente, pelas ações da Petrobras. A ação preferencial, que sozinha respondeu por um volume de R$ 711 milhões, disparou 5,51%. A ação da Vale, outro papel bastante influente na Bolsa, sofreu com
o anúncio de corte de 2,1% da força de trabalho da empresa, caindo 0,13% nesse pregão. O BC vendeu no mercado à vista logo pela manhã e realizou um leilão de linhas para exportação, programado desde terça-feira, sem conseguir deter a escalada das taxas. "Não vi nenhuma notícia mais forte que tenha realmente afetado o mercado. A alta de ontem, foi principalmente uma questão de fluxo. As saídas estão muito fortes", comenta Vanderley Muniz, operador da corretora gaúcha Onnix. Outro operador, que falou sob anonimato, relata que o mercado está volátil demais, sem que as intervenções do BC façam efeito para deter a onda especulativa com origem no mercado futuro.

Bolsa de NY sobe 2% apesar de resultados negativos nos EUA
As Bolsas americanas avançaram na quarta-feira, ao final de um pregão marcado por dados econômicos negativos e pelo interesse nas ações de alguns setores.

- O DJIA - Dow Jones Industrial Average -, principal indicador da Bolsa de NY, subiu 2,05%, a 8.591,69 pontos.
- O Nasdaq avançou 2,94%, a 1.492,38 pontos.
- O índice ampliado Standard & Poor's 500 ganhou 2,58%, a 870,74 pontos.

Análise 1 - "O mercado acusou golpe após golpe as más notícias sobre a economia e os resultados das empresas, jogando as ações para cima e para baixo", destacaram analistas da Charles Schwab. O mercado teve que assimilar as cifras
desfavoráveis do emprego, o relatório da consultoria ADP mostrando que o desemprego segue em alta nos EUA, com a perda de 250 mil postos de trabalho em novembro no setor privado, e a desaceleração da atividade no setor de serviços nos EUA.
Análise 2 - O Federal Reserve, também divulgou ontem a edição mais recente do "Livro Bege", o documento com dados econômicos coletados nas 12 divisões regionais do BC americano. Segundo o documento, a atividade econômica dos EUA ficou mais fraca em todos os distritos regionais monitorados. A concessão de crédito, também piorou, conforme o material, com redução no financiamento para pessoa física e jurídica, além de condições mais apertadas para empréstimos. Os distritos do Fed, também reportaram um enfraquecimento generalizado das condições do mercado de trabalho, com menos pressões por aumentos de salários.


Europa fecha em alta à espera de corte de juro
As principais bolsas européias encerraram o dia de ontem em alta, impulsionadas pela expectativa de corte de juros pelo BCE - Banco Central Europeu - e pelo Banco da Inglaterra (BoE, o banco central inglês), hoje. A previsão de afrouxamento nos juros foi reforçada pela divulgação da queda mais acentuada em 10 anos na atividade do setor de serviços nos 15 países europeus da zona do euro, no mês passado. De acordo com Rainer Guntermann, economista da Dresdner Kleinwort, "os dados divulgados recentemente, mostram que há espaço para uma queda de 0,75 ponto percentual" no juro, por parte do BCE. Atualmente, o juro básico na zona do euro está em 3,25% ao ano e, no Reino Unido, a taxa de juros é de 3% ao ano.

- Os mercados em Lisboa e em Londres registraram os maiores ganhos do dia, com altas de 1,19% e 1,14%, respectivamente.
- A Bolsa de Frankfurt subiu 0,78%.
- A Bolsa de Paris, 0,44%.
- Na Espanha, a Bolsa de Madri ganhou 0,51%.
- Na Itália, a Bolsa de Milão teve leve alta de 0,03%.

Reação das Ações
- As ações defensivas, como as do setor de saúde, ditaram o ritmo de alta da sessão. Em Londres, a AstraZeneca avançou 5,37%, enquanto a GlaxoSmithKline subiu 4,42%.
- No setor de tecnologia, a Infineon Technologies caiu 39,58% em Frankfurt, após anunciar que teve prejuízo líquido de 763 milhões de euros no terceiro trimestre desse ano, em comparação a prejuízo líquido de 280 milhões de euros no mesmo período de 2007, devido em parte a custos de reestruturação.

A estatal francesa Electricité de France recuou 0,5%, após lançar uma proposta de US$ 4,5 bilhões por 50% dos ativos nucleares da Constellation Energy, três semanas antes de os acionistas da Constellation, votarem uma oferta de US$ 4,7 bilhões por toda a companhia apresentada pela MidAmerican Energy, uma unidade da Berkshire Hathaway, controlada por Warren Buffett.
A Telecom Italia revelou um plano de negócios para a contenção de despesas, por meio de um corte de 4 mil empregos e da venda de até 3 bilhões de euros em ativos que fogem do foco estratégico da companhia. As ações da empresa recuaram 1,63% em Milão.


HOJE - Principais Bolsas da Ásia têm queda e na China sobe
As principais Bolsas de Valores da Ásia registraram quedas nesta quinta-feira, exceto a Bolsa de Xangai (China), que voltou a subir com a declaração do governo da China de que deve tomar mais medidas para estabilizar o sistema financeiro do país e elevar a liquidez do mercado.

- No Japão, o principal mercado da região Ásia-Pacífico, a Bolsa caiu 1%, para os 7.924,24 pontos, no índice Nikkei 255 com perdas em ações de empresas exportadoras. Com a crise nos Estados Unidos, o consumo diminui e afeta principalmente as gigantes de tecnologia do país, bastante dependentes do mercado externo. Foi afetado também o setor automotivo. A Toyota Motor afirmou hoje que paralisará temporariamente a produção de suas fábricas em Hokkaido (norte do Japão), após ter anunciado nesta semana a interrupção parcial de duas de suas fábricas da marca de luxo Lexus por dois dias em dezembro.
- Em Xangai, a Bolsa teve ganhos de 1,84%, aos 2.001,50, com o ânimo dos investidores em relação à medida do governo para aumentar a circulação de dinheiro no país e elevar a confiança nos mercados de valores nacionais. A Comissão Reguladora da Bolsa de Valores da China revelou o objetivo de aumentar a proporção de capitais de seguradoras e fundos de previdência investidos na bolsa. A declaração foi dada pelo diretor da comissão Shang Fulin em entrevista ao jornal "Shanghai Daily". O governo ainda não precisou como pretende agir. Na semana passada, o presidente do Conselho Nacional para o Fundo da Seguridade Social, Dai Xianglong, disse que previa investir mais dinheiro dos fundos de previdência chineses na Bolsa. Somente em novembro, 10 bilhões de iuanes (cerca de 1,15 bilhão de euros ou US$ 1,45 bilhão) dos fundos de previdência foram investidos na Bolsa chinesa.
- Em Hong Kong, a queda era de 0,25%, para 13.554,10 pontos, no indicador Hang Seng perto do fim do pregão.
- A Bolsa de Sydney (Austrália) perdeu 0,24% no índice ASX.
- O KOSPI da Bolsa de Seul (Coréia do Sul) recuou 1,58%, aos 1.006,54 pontos.


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MERCADO FINANCEIRO


Para 2009, BNDES deve conceder R$ 100 bilhões em empréstimos
O vice-presidente do BNDES, Armando Mariante, disse nessa quarta-feira, que o banco deve empreste R$ 100 bilhões ao longo de 2009, volume 11% acima do previsto para esse ano, de R$ 90 bilhões. Mariante afirmou que o BNDES tem sido pró-ativo no atual momento de agravamento da crise financeira. Ele citou os anúncios recentes de linhas especiais, como a de pré-embarque para exportadores e a de capital de giro, que terá R$ 6 bilhões para empresas. "É hora do BNDES prestar socorro em um momento escasso como esse", afirmou Mariante, que participa da edição extraordinária do Fórum Nacional, na sede do banco, no Rio.
O executivo observou ainda, que o Brasil vai passar pela crise de forma tranqüila e que já viveu momentos mais turbulentos. Para Mariante, o Brasil não terá "um sofrimento desnecessário". "Claro que pagaremos um preço pela crise. É impossível não ser afetado, mas o Brasil entra na crise de forma robusta com um sistema bem regulado", afirmou.
Ele acrescentou que o banco continua emprestando um volume considerável desde o agravamento da crise. Mariante considerou ainda, que a estimativa de alguns analistas de que o Brasil crescerá 2% no ano que vem, é pessimista. Ele ressaltou, no entanto, que será difícil repetir uma expansão da economia como a desse ano.

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AGRONEGÓCIOS


Governo já investiu R$ 12,74 milhões no escoamento de trigo
O governo investiu esse ano R$ 12,74 milhões no transporte de 77 mil toneladas de trigo de regiões produtoras para estados consumidores, informou a Conab - Companhia Nacional de Abastecimento. Hoje será realizada a oitava rodada de comercialização de trigo produzido na região Sul para outros Estados compradores. A subvenção será para 100 mil toneladas de trigo do PR e do RS para o Norte e Nordeste, e pode chegar a R$ 178 por tonelada. As regiões que vão receber o trigo consomem anualmente, cerca de dois milhões de toneladas do produto. O plantio nacional desse grão está distribuído entre Sul (92,6%), Sudeste (4,5%) e Centro-Oeste (2,9). (Assessoria da Conab)


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SETOR AUTOMOTIVO


Financiamento por leasing de veículos cresce 116%
A carteira de financiamento de veículos por leasing registrou aumento de 116,3% em outubro desse ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, puxado pela isenção de IOF - Imposto sobre Operações Financeiras. O volume da carteira saltou de R$ 25,8 bilhões para R$ 55,8 bilhões, de acordo com dados divulgados pela Anef - Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras. O financiamento por CDC - Crédito Direto ao Consumidor - aumentou 3,6%, de R$ 78 bilhões para R$ 80,8 bilhões, na mesma comparação. As duas carteiras somaram em outubro, R$ 136,6 bilhões, aumento de 31,6% em relação ao mesmo período de 2007, e queda de 0,7%, na comparação com setembro. "Com a mudança dos critérios para aprovação do crédito, reduzindo o número de prestações e elevando o montante relacionado à entrada dos financiamentos, há uma alocação menor de recursos, resultando nessa retração da carteira. Portanto, os recentes acordos com os governos, federal e estadual, se levados a efeito, adicionados ao restabelecimento gradual dos níveis de confiança do público consumidor, devem auxiliar na recuperação do mercado', afirmou Luiz Montenegro, presidente da Anef.
Juros
As taxas de juros no mês de outubro apresentaram mais um aumento e chegaram a 1,86% ao mês e 24,75% ao ano. No mesmo período de 2007 as taxas estavam em 1,5% ao mês e 19,56% ao ano. Já em setembro de 2008, a Anef registrou juros de 1,78% e 23,58%, respectivamente. A inadimplência acima de 90 dias registrada em outubro de 2008 foi de 3,93% da carteira, contra 3,06% no mesmo período do ano passado. Em setembro, o índice foi de 3,83%, o que mostra um crescimento de dez pontos percentuais em um mês.
Planos
Os planos máximos ofertados em outubro foram de 60 meses, com média de 40 meses. No mesmo período de 2007, os planos máximos registrados eram de 84 meses, com média de 42 meses. "A redução dos planos máximos ofertados pelas financeiras é uma acomodação natural do mercado, já que em 2007, experimentamos pela primeira vez a possibilidade de financiarmos veículos com prazos tão longos. Prova disso é a pequena alteração dos planos médios no período', afirmou.

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ENERGIA & Telecomunicações


TIM pretende reduzir investimentos no país para R$ 2,3 bilhões em 2009
A TIM Participações anunciou nessa quarta-feira, a atualização do seu plano estratégico para o período 2009-2011, no qual prevê redução de investimentos e corte nas despesas. A companhia, segundo o documento aprovado na terça-feira, pela matriz italiana, e divulgado nessa quarta-feira, pretende reduzir o volume de investimentos para em torno de 2,3 bilhões de reais em 2009, um bilhão menos que os 3,3 bilhões aplicados nesse ano. A companhia, também traçou como meta, elevar a margem Ebitda, que em 2008 ficou perto dos 22% das receitas, para perto dos 27% em 2011.
Em relação à receita, que nesse ano tem tido um índice médio de crescimento de 7% sobre 2007, a companhia projeta crescimento médio anual de 8% até 2011. Outra meta delineada pela TIM é a redução dos índices de inadimplência, que foi de 6% da receita de serviços nesse ano, para algo como 4% em 2011. Ela também pretende reduzir em 1 ponto percentual, os custos gerais e administrativos e de pessoal como porcentagem da receita de serviços até 2011 sobre 2008.
Segundo o plano estratégico divulgado ao mercado de capitais, a TIM, que perdeu a segunda posição em número de clientes para a Claro em setembro desse ano, estabeleceu como principais ações em 2009, a melhoria na qualidade de atendimento e na performance e cobertura da rede.
A operadora, também estabeleceu como meta, saltar dos cerca de 100 mil clientes de telefonia fixa que tem esse ano, para mais de 3 milhões em 2011, com os quais terá uma participação de mercado por volta de 7% no país. A TIM adquiriu licença nacional de telefonia fixa em 2007, como forma de poder oferecer serviços combinados de fixo e celular, além de poder garantir outras formas de receita. Segundo a companhia, para atingir a meta, as ações envolvem a oferta de novos pacotes com linha fixa e banda larga móvel para clientes de alto valor e novas formas de distribuição, como televendas, quiosques e até a abordagem "porta-a-porta". Nos últimos dias, com a proximidade da reunião do conselho de administração da Telecom Italia, e o alto endividamento da companhia, surgiram rumores de que a controladora pudesse optar por vender a TIM no Brasil.
Ao apresentar o plano estratégico mundial a investidores, nessa quarta-feira em Londres, a companhia, entretanto, reiterou a aposta no Brasil, ao mesmo tempo em que anunciou o corte de outros ativos, já que a TIM é a companhia que mais cresce no grupo.
Apple avança no mercado de smartphones com 16% dos aparelhos
Depois de desbancar o
smartphone da Motorola, o iPhone aumentou a participação no mercado de smartphones, com 16,6% de usuários no mundo. As vendas de smartphones cresceram 28,6% no total. Esse aumento representa 13,8% da fatia da telefonia móvel mundial. Os dados foram divulgados na terça-feira, 2/12, em uma pesquisa feita pela consultoria Needham & Co.
Segundo a pesquisa, a Nokia, líder mundial em smartphones, teve sua participação no mercado, reduzida de 63,3% para 43,6%. A queda de 20 pontos percentuais significa a primeira vez em que a empresa fica abaixo dos 50% de mercado. Analistas dizem que a introdução do iPhone 3G no último trimestre, é um dos fatores responsáveis por manter o crescimento dos smartphones. A Apple ativou cerca de sete milhões de aparelhos no ano de 2008, segundo o analista Charles Wolf. "Isso manteve o mercado", diz. Aparelhos como o Windows Mobile e o Symbian Android não tiveram muitas variações no mercado. "Os números do trimestre indicam que a disputa se centraliza entre o BlackBerry e o modelo da Apple", afirma Wolf.
Fator Android
"É provável que o [modelo líder de mercado] Symbian enfrente pressões competitivas daqui para frente, quando muitos dos líderes da indústria, introduzirem telefones funcionando em plataforma Android do Google", diz o analista. O software Android faz com que a navegação pela internet a partir do celular, seja mais simples, permite abrir várias aplicações ao mesmo tempo, o que não é possível com o iPhone, e facilita a troca de dados e contatos entre usuários. Durante o trimestre passado, 6,13 milhões de BlackBerrys foram vendidos. A Apple, por sua vez, teve 2,4 milhões de ativações nos EUA, e 2,49 milhões no mundo, durante o período similar. No entanto, essas ativações não representam vendas do iPhone 3G, uma vez que os dados, também se referem às atualizações para o modelo antigo da Apple. "Mundialmente, o iPhone totalizou, no trimestre, 4,9 milhões de ativações", disse Wolf. "Esse número foi praticamente o dobro do número de telefones BlackBerry", afirmou.

Fabricante do BlackBerry sofre com desaceleração de assinaturas
A RIM - Research In Motion -, fabricante do aparelho BlackBerry, reduziu na terça-feira, sua perspectiva de lucro e de receita do terceiro trimestre, bem mais do que as expectativas de Wall Street, indicando crescimento de assinantes em desaceleração, margens mais pequenas e fortes variações cambiais. Em anúncio surpresa na noite de terça-feira, a empresa informou que espera receita do terceiro trimestre fiscal entre 2,75 e 2,78 bilhões de dólares – 9% abaixo do ponto médio que analistas previam, numa faixa entre 2,77 bilhões a 3,10 bilhões de dólares.
O lucro ajustado agora se espera que fique entre 0,81 e 0,83 dólar por ação, em comparação com a faixa entre 0,89 e 0,97 dólar por ação, que a companhia havia inicialmente previsto para o terceiro trimestre, que terminou em 29/11. Analistas, em média, esperavam que o lucro do terceiro trimestre, fosse de 0,89 dólar por ação, excluindo itens, com receita de 2,92 bilhões de dólares, de acordo com a Reuters Estimates. "O timing de lançamento de novos produtos, condições econômicas gerais e volatilidade do câmbio, diminuíram nossos resultados no terceiro trimestre", disse o co-presidente-executivo da empresa, Jim Balsillie, em um comunicado. Foi um forte contraste com o tom agressivo que ele adotou há dois meses, quando a companhia registrou bons resultados no segundo trimestre. A Research in Motion é amplamente considerada como uma das principais ações do último ciclo de investimentos em tecnologia, juntamente com Apple, Google e Amazon. (Reuters, de Londres)

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COMÉRCIO EXTERIOR


Exportadores terão ajustes mais difíceis
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nessa quarta-feira, que empresas como a mineradora Vale do Rio Doce, que dependem muito de exportações, terão mais dificuldade de fazer ajustes durante a
crise econômica. A Vale anunciou ontem, a demissão de 1.300 funcionários e a entrada em férias coletivas de 5.500 pessoas em todo o mundo. "Vai haver alguns processos de férias coletivas como já estão havendo e o que nós esperamos é que essa recomposição ocorra. As empresas que têm uma dependência maior das exportações terão um ajuste mais difícil", disse, após participar de audiência na Câmara dos Deputados. A ministra repetiu que os investimentos do PAC - Plano de Aceleração do Crescimento - e da área social, serão mantidos para fortalecer o mercado interno e manter a demanda aquecida. Ela admitiu, no entanto, que haverá uma piora na criação de empregos. "Vai haver uma inflexão [do emprego], mas, tentamos evitar, de todas as maneiras possíveis, para que essa inflexão seja a menor possível", afirmou.
Gastos - Dilma disse ainda, que o governo federal reverá os gastos com custeio para "cortar gorduras". Ela rebateu, no entanto, as críticas de que o governo deveria cortar gastos com pessoal. "Essa questão de enxugar pessoal é uma neurose que temos do passado", disparou.


Brasil restabelece exportação de frango para o mercado chinês
O Brasil restabeleceu a exportação de carne de frango in natura para a China e está concluindo as negociações para o comércio de carne suína, segundo anúncio do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, feito nessa quarta-feira. A retomada do comércio, segundo ele, atende a uma reivindicação do setor produtivo, e é importante devido à capacidade de consumo do mercado chinês. Os chineses são os principais compradores de produtos agropecuários brasileiros e farão, inicialmente, negócios com 24 abatedouros localizados em oito Estados: RS, SC, PR, SP, MS, MT, GO e MG.
Segundo o ministro, as negociações aconteceram em Pequim entre o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, e o vice-ministro de Administração, Quarentena, Supervisão e Inspeção da China, Wei Chuanzhong. No caso da carne de frango in natura, o restabelecimento do comércio é imediato.
No caso da carne suína, segundo o ministério, os dois países ratificaram o protocolo que determina requisitos de inspeção, quarentena e saúde veterinária para o produto. "As autoridades chinesas se comprometeram em agilizar a análise das informações obtidas em outubro, durante a vinda de missão daquele país, para avaliar o serviço brasileiro de inspeção de suínos", informou Kroetz.
O presidente da Abef - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos -, Francisco Turra, comemorou a reabertura do mercado. "Essa é uma excelente notícia para o setor exportador de carne de frango, principalmente diante da conjuntura internacional adversa. O Brasil já possui 24 frigoríficos habilitados por autoridades chinesas e o mercado, um dos maiores do mundo, é bastante promissor", afirmou.

Alemanha é o principal cliente do agronegócio mineiro
A Alemanha é o principal importador dos produtos do agronegócio de Minas Gerais. De janeiro a outubro de 2008, as vendas para o país europeu somaram US$ 617,3 milhões, ou 12,9% do total exportado pelo Estado no setor do agronegócio, que foi de US$ 4,8 bilhões. As informações foram organizadas pela Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, com base em dados do MDIC - Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comercio Exterior.A liderança alemã é explicada pela expressiva aquisição de café em grão, principal produto da pauta de exportação do agronegócio mineiro. Nos dez primeiros meses do ano, as compras do café mineiro pela Alemanha, somaram US$ 538 milhões. O valor corresponde a 22,6% de todo o café em grão vendido por Minas Gerais no período. Além do café, também estão no topo da lista alemã carne bovina e de peru, produtos do complexo soja, pimenta e frutas.Na segunda colocação, entre os principais compradores de Minas Gerais, estão os EUA. As exportações para o país somaram, de janeiro a outubro, US$ 500,8 milhões. O café também é o principal da lista norte-americana, com mais da metade do valor das vendas, ou seja, US$ 353,8 milhões. Em seguida estão as vendas de derivados de madeira e algodão, além de álcool.As vendas de café em grão, derivados de madeira, álcool, soja, carne de frango e produtos apícolas, colocam o Japão em terceiro lugar entre os principais clientes do agronegócio de Minas. As exportações para o país asiático, nos primeiros dez meses do ano, somaram US$ 361 milhões. A Itália ocupa a quarta colocação com US$ 278 milhões. O café em grão também é o principal produto adquirido.Na lista dos principais compradores, também estão a Holanda, Bélgica, China e Rússia. A Venezuela é o principal cliente entre os países da América do Sul. Nos primeiros dez meses do ano foram US$ 211 milhões. A maior parte por causa das compras de leite em pó.


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LOGÍSTICA & INFRA-ESTRUTURA

Gol mantém projeção de crescimento de 6% em 2009
O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, reiterou ontem, a estimativa de crescimento de 6% para o mercado doméstico de aviação civil em 2009. Em reunião com analistas, organizada pela Apimec, o executivo afirmou que até agora a empresa não sentiu impacto nas vendas por conta da desaceleração da economia brasileira, mas destacou que dezembro e janeiro, são meses de alta temporada. "Estamos com boa parte das passagens já vendidas, inclusive, com volume acima do normal em janeiro", disse.
O executivo ressaltou, no entanto, que a empresa está atenta e preocupada com a redução do ritmo de crescimento da economia doméstica. Segundo ele, a crise pode prejudicar o setor se vier acompanhada de forte desemprego. "Por enquanto, acho que essa turbulência se deve mais a uma crise de confiança e crédito, e não em relação aos fundamentos econômicos do País, mas estamos atentos", comentou. Para a América do Sul, a empresa não faz projeções, mas informa que trabalha com a estimativa dos principais fabricantes de aviões, que segundo Constantino, prevêem alta entre 6% e 6,2%, no tráfego.
Para ajudar a estimular a demanda interna, a companhia deve concluir, até o final do mês, mudanças no seu programa de parcelamento, o Voe Fácil, que possibilita a venda de passagens em até 36 vezes. "Vamos permitir que o usuário utilize o cartão também para comprar sua passagem nos agentes de viagem", explicou. Atualmente, o instrumento só pode ser utilizado pelo passageiro que faz a compra do tíquete pelo site da companhia.
O programa responde por 4% das vendas da Gol. Com as mudanças, a expectativa é de que esse número suba para cerca de 5%. Segundo Constantino, o serviço tem uma taxa de inadimplência em torno de 7%. Constantino afirmou ontem, que a companhia está negociando com outras companhias aéreas o subarrendamento de sete aeronaves modelo Boeing 767, que antes eram utilizadas pela Varig em rotas que foram paralisadas. O executivo ressaltou, no entanto, que há muita oferta no mercado atualmente, o que tem dificultado as negociações.
Acordos
O presidente da Gol afirmou, que a empresa está trabalhando para fechar novos acordos de compartilhamento de vôos com companhias internacionais e que algumas, estão em fase bastante adiantada. "A previsão é de que esses acordos já tenham impacto sobre a nossa taxa de ocupação entre o final do primeiro semestre e início do segundo semestre de 2009". Esse impacto, segundo ele, poderá ser de até três pontos percentuais. Atualmente, a empresa já tem acordo desse tipo com a panamenha Copa Airlines. A previsão, segundo o executivo, é de que acordos do tipo interline, que a companhia já mantém atualmente, migrem no futuro para acordos de compartilhamento, que permitirão inclusive, a integração dos programas de milhagens das companhias.
Cargas
A Gol investirá entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões para construção de um novo terminal de cargas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A autorização para utilização de um terreno de cerca de 10 mil metros quadrados, foi dada recentemente pela Infraero, que administra o aeroporto.
Em reunião com analistas organizada pela Apimec, o executivo estimou que o novo terminal, estará pronto no prazo de 18 meses. "O Teca, como o chamamos, deverá permitir importantes ganhos de produtividade e redução de custos", afirmou. O executivo lembrou que atualmente, a empresa paga uma taxa à Infraero para operar com cargas no terminal. O novo terminal também abrigará um serviço de suporte para a área de manutenção da companhia. O executivo informou ainda, que a GolLog, braço de cargas da companhia, deverá lançar em breve um serviço para transporte expresso de cargas.


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MERCADO ONLINE


Vendas no varejo online dos EUA subiram 15% na Cyber Monday
As vendas no varejo online dos EUA subiram 15% na chamada Cyber Monday, a segunda-feira, após o feriado de Ação de Graças, mas registraram queda de 2% nos 31 dias iniciados em 1/11, em relação ao ano anterior, informou a empresa de pesquisa ComScore. Nos quatro dias entre a Black Friday e a Cyber Monday, as vendas online saltaram 13%.
Segundo o presidente do conselho da ComScore, Gian Fulgoni, o total de vendas na segunda-feira, de US$ 846 milhões, foi o segundo maior para qualquer dia desde que a empresa começou a acompanhar os dados, há seis anos. "Os consumidores estão respondendo positivamente, aos descontos agressivos das varejistas online", disse ele.
A fornecedora de serviços de pesquisa no mundo digital informou que, de 1/11 a 1/12, as vendas online caíram para US$ 12,03 bilhões.
Pesquisa recente de varejo da ComScore, realizada entre 28/11 e 1/12, mostrou que 51% dos consumidores relataram níveis de desconto maiores esse ano do que no ano passado. Além disso, 39% disseram que notaram menos pessoas comprando em lojas de varejo em comparação ao ano passado. (Agência Dow Jones)


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MERCADO DE TI

Mercado mundial de PCs deve crescer 3,8% em 2009
A consultoria IDC acredita que a demanda por computadores pessoais sofrerá uma rápida desaceleração no próximo ano, devido à
crise econômica. O mercado mundial de PCs deverá crescer 3,8% em 2009, em número de unidades e com uma queda de 5,3% no volume de negócios. A projeção é consideravelmente menor que a previsão feita no segundo trimestre, quando a IDC esperava um crescimento de 13,7% no total de PCs e de 4,5% nos valores movimentados.
A expectativa da consultoria, para todo o ano de 2008 e para 2010, foram reduzidas para 12,4% e 10,9%, respectivamente, com crescimento acima de 12%, para 2011 e 2012.
Mercados emergentes na
América Latina, Europa Central, Oriente Médio e África, estão entre os que serão mais afetados no curto prazo. A queda nos preços das commodities, o aumento do dólar e as restrições de crédito, afetaram dramaticamente no financiamento para consumidores e canais de distribuição, de acordo com comunicado da IDC.
Essas regiões estão entre as que experimentaram crescimento mais acelerado nos últimos anos, e a queda de preços ajudou novos usuários a comprar computadores. Agora, a expectativa é que a América Latina e a Europa Central/Oriental sofram queda no volume de PCs, durante o primeiro trimestre de 2009. Na África e no Oriente Médio, as vendas continuarão a crescer, mas de forma mais lenta do que o registrado nos últimos anos.
Países mais maduros, também devem sentir o mesmo efeito. A questão do crédito terá um significativo impacto nos gastos nessas regiões, mas uma porção maior do mercado será capaz de lidar com esse problema.
A IDC reduziu entre 4% e 9% a expectativa de aumento nas vendas em unidades nessas nações. Nos EUA, a diminuição estimada é de cerca de 3% em 2009 e nos anos subseqüentes, o crescimento será de dois dígitos. Japão e Canadá deverão experimentar o mesmo cenário, já o mercado da Europa Ocidental deverá manter o ritmo de expansão de 6% - abaixo dos mais de 20% registrados em 2008 -, graças a
netbooks.
De acordo com Loren Loverde, diretor da pesquisa mundial da IDC sobre o mercado de PCs, os notebooks de baixo preço ajudarão a manter o volume de unidades vendidas, mas pressionarão as margens e as receitas. Para ele, consumidores e empresas serão mais conservadores em suas compras nos próximos um ou dois anos e, apesar de baixos preços permanecerem essenciais, não serão mais um fator que impulsionará as vendas, como acontecia nos últimos anos. (Reuters)

Processor atualiza versão de ferramenta BI
Os usuários do Processor Business Intelligence (BI) entrarão 2009 com a nova versão da ferramenta. O Processor BI 5.5 mantém o mesmo direcionamento tecnológico, presente desde que foi lançado, há oito anos, mas reforça as aplicações para o planejamento estratégico.
Há dois anos já havia sido lançada a versão com suporte ao BSC - Balanced Scorecard - e agora a gestão de indicadores e desempenho foi muito ampliada na solução. O gerente de inovação e marketing da Processor, Carlos Busch, explica, que no Processor BI 5.5, o grande ponto de evolução se deu na criação de um módulo complementar de análise de informações. "O Processor BI 5.5 prioriza aspectos de mobilidade e recursos visuais para análise de dados gerenciais. Com isso, agregamos várias funcionalidades relacionadas à melhor gestão estratégica das empresas usuárias, bem como diversos avanços no processo de acompanhamento do planejamento, por meio de Balanced Scorecard. Essa nova versão contará com inúmeras funcionalidades, como visualização gráfica de planos de ação e atividades, utilização de planos de ação para com objetivos indicativos (KPIs), entre diversas outras melhorias", afirma Busch.
Com recursos avançados da plataforma Microsoft, utilizando. Net Framework 3.5 entre outras melhorias na arquitetura e interface de utilização, o Processor BI possibilita que os usuários da antiga versão a migrarem automaticamente, logo que a solução for lançada no mercado. Essa é a segunda versão distribuída esse ano. "Temos o compromisso com os nossos clientes de ajudá-los a competir no mercado, propiciando ferramentas que gerem vantagens efetivas frente aos concorrentes. E manter o Processor BI atualizado em relação aos principais soluções na área, faz parte disso", garante Eduardo Bonato, analista responsável pelo projeto, destacando que a Processor promove grandes investimentos em modernização de seus aplicativos. Desde que foi lançado, o Processor BI 5.5 foi aperfeiçoado para garantir a confiabilidade e a facilidade do uso para que os gestores possam tomar ciência das informações de forma rápida e precisa.


Zero Defect tem colaborador certificado por Instituto Internacional de Testes A Zero-Defect, empresa especialista em teste de software, auditoria independente e homologação de games, celebra a certificação CTFL - Certified Tester Foundation Level - do ISTQB - Instituto International Software Testing Qualifications Board - obtida pelo colaborador, Eduardo Oliveira. A prova ocorreu na Universidade UniRitter e teve a participação de profissionais da área de testes. No Brasil - O braço oficial do ISTQB é o da BSTQB - Brazilian Software Testing Qualifications Board -, órgão responsável por aplicar o exame oficialmente no País. "O profissional deve estar preparado para os desafios que a tecnologia exige. Ele precisa ter conhecimento profundo do padrão e suas características, a capacidade de fazer o melhor projeto com a melhor relação custo-benefício, alinhado ao planejamento estratégico da empresa. Esses são apenas alguns dos requisitos exigidos a quem trabalha ou trabalhará com testes de software nos próximos anos. E nada melhor do que uma certificação para suprir essas necessidades", enfatiza Oliveira.
A certificação foi criada pela ISTQB e tem o objetivo de divulgar as melhores práticas de teste de software, para permitir a evolução de toda a comunidade envolvida no trabalho, procurando estabelecer padrões para a avaliação da qualificação dos profissionais de TI - Tecnologia da Informação - com funções na área de testes.
A maioria das empresas de TI costuma investir alto em equipamentos e, a partir daí, começam suas operações. Mas, pouco falam da preparação e treinamento dos profissionais responsáveis pela tecnologia. "A certificação é encarada hoje pelas empresas, como uma espécie de selo de qualidade, atestando que o profissional está habilitado para resolver problemas. Não são diplomas fáceis de obter, mas valem cada segundo e centavo dedicados", afirma o diretor da Zero-Defect, Rafael Krug.


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MERCADO DE LUXO

Tiffany reduz plano de expansão
A rede americana de joalherias Tiffany & Co. declarou que espera que seus lucros nesse ano, fiquem entre US$ 2,30 e US$ 2,50 por ação, abaixo da projeção anterior, de US$ 2,82 a US$ 2,92. A empresa, ainda afirmou que abrirá apenas oito lojas no exterior, em 2009, metade do número desse ano, concentradas na região Ásia/Pacífico. Na América do Norte serão cinco lojas (três nos EUA), contra seis em 2008. A Tiffany disse também, que fará cortes de pessoal, mas não deu mais detalhes a respeito.

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