I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 114 | Ano I

Presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, não acreditaque o Brasil vai estagnar. Foto: José Cruz/ABr

Mesmo com crise, Brasil vai crescer acima da média em 2009
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nessa sexta-feira, que o País vai manter a
trajetória de crescimento sustentado nos próximos anos. Embora admita expansão menor em 2009, em relação a esse ano, Meirelles destacou que a economia crescerá "o dobro da média verificada entre 1999 e 2003", que foi de 1,8%, e pouco acima da média de 1980 e 2003, de 2,1%. "Mesmo com a crise séria e uma desaceleração importante, a previsão pessimista é de 3%, para 2009. Isso significa um crescimento ainda sustentável, forte, mantendo possibilidade de o país manter empregos. É continuar crescendo e, o mais importante, retomando em 2010 com taxas maiores", disse Meirelles, em palestra na Fecomércio-RJ - Federação do Comércio do Rio.
Meirelles disse ainda, que o crescimento sustentado que o Brasil vem conseguindo obter, permitirá que seja deixado para trás o padrão de "arrancadas e freadas, que vinha sendo mantido durante muito tempo". "Tínhamos um crescimento rápido e depois vinha a recessão. O produto decrescia. Quantos de nós já viu isso?", indagou.
Meirelles reafirmou ainda, que o crédito se recuperou gradualmente, em novembro. Ele, no entanto, reconheceu que o crédito para as empresas voltou a crescer de forma muito tímida. Por isso, justificou o direcionamento de parte dos
depósitos compulsórios, para que o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - possa oferecer recursos adicionais às empresas. Segundo o presidente do BC, nos oito primeiros dias de novembro, o crédito cresceu 5,7% sobre a média diária de outubro, sendo que o crédito para pessoa física teve alta de 14,2% no período, e para pessoa jurídica, de 1,2%.

Economia mundial terá pior trimestre desde anos 80, prevêem bancos
O último mês de 2008 começa amanhã e vai "empacotar" muito provavelmente, o pior trimestre em termos econômicos para o mundo, desde 1980, ano que inaugurou a mais forte recessão das últimas décadas. O temor já é que a atual recessão mundial se transforme, aos poucos, em uma depressão. Resultados preliminares de outubro e novembro projetam queda de 3,5% no PIB - Produto Interno Bruto - dos EUA, no último trimestre. No Japão e nos países da União Européia (que com os EUA compõem o G3), a queda deve ultrapassar 1,5%.
Relatório "confidencial" elaborado e distribuído entre os 375 maiores bancos de 70 países que integram o IIF - Instituto de Finanças Internacionais -, projeta esses e outros números negativos. O documento afirma que a queda no consumo e na confiança de empresas e consumidores é "maciça e continuada". "Nos EUA, o último trimestre do ano será particularmente horrível, com as vendas domésticas subtraindo mais de cinco pontos do PIB. Todos os componentes da demanda do setor privado estão em queda. Até o segundo trimestre de 2009, teremos o maior recuo no crescimento desde o período do pós-Guerra (1945)", diz o relatório dos bancos. Na base da forte desaceleração atual, segundo o relatório, estaria a necessidade de "desendividamento". "A força mais poderosa que está remodelando a economia mundial hoje é a pressão pelo "desendividamento". As famílias simplesmente precisam diminuir as suas dívidas, assim como as empresas e os bancos", diz o documento do IIF. Nos EUA, a razão entre o total das dívidas do setor financeiro em relação ao PIB, subiu de 20%, em meados dos anos 80, para cerca de 120% no início de 2008. O PIB dos EUA já caiu 0,5% no terceiro trimestre, puxado por uma queda anualizada de 3,7% no consumo - a maior em 25 anos. O país estará tecnicamente em recessão, quando apresentar mais um trimestre de crescimento negativo.


Países do Mercosul têm divergências em relação a crise
O Mercosul não se entende sobre a formulação de uma estratégia comercial, diante da recessão que se anuncia em todo o mundo. O bloco não consegue chegar a um acordo sobre como tratar da entrada de produtos chineses, e nem como lidar com o crescente volume de importação em uma época de crise. O bloco também não chega a uma posição comum a liberalização na Rodada Doha da OMC - Organização Mundial do Comércio.
A crise instalada no Mercosul começou a ser evidenciada já no final da semana passada. A Argentina sugeriu o aumento das tarifas de importação sobre brinquedos, têxteis e móveis chineses. Frutas européias também entrariam no projeto de aumento de taxas. O Brasil chegou a dar sinais de que poderia aceitar alguns tipos de medidas. Mas o Uruguai foi contra e evitou que houvesse um acordo. Para Montevidéu, se argentinos querem proteger sua indústria, a melhor forma seria a de abrir investigações de dumping e aplicar barreiras provisórias, e não aumentar tarifas. Diante do impasse, o bloco não tomou nenhuma decisão.
O Mercosul também não consegue fechar uma posição conjunta, em relação a sua estratégia comercial. Na semana passada, o governo de Buenos Aires apresentou, de forma isolada, uma proposta para manter até 24% de seu comércio totalmente protegido da concorrência internacional. A proposta ainda fala de um corte de apenas 42% nas tarifas de importação. Os países ricos alertam que não aceitarão a conclusão da Rodada Doha, lançada em 2001, sem um maior acesso para seus produtos industriais nos mercados dos países emergentes. O Itamaraty manteve uma série de reuniões com delegados argentinos nos últimos dias, para tentar chegar a uma posição comum. Mas os dois países não conseguem se entender.

América Latina exige que países ricos cumpram compromisso de ajuda aos pobres

Os países latino-americanos pediram ontem, na Conferência Internacional sobre Financiamento para Desenvolvimento da ONU, realizada em Doha, Catar, que os Estados ricos cumpram os compromissos de ajuda econômica com as nações pobres, apesar da crise financeira global. Todos concordaram em que a atual crise não deve afetar a cooperação ao desenvolvimento, e que os países mais ricos não podem se esquecer da promessa feita em Monterrey, México, em 2002, quando se estabeleceu que 0,7% do PIB - Produto Interno Bruto - deveria ser destinado ao terceiro mundo.
O ministro de Assuntos Exteriores da Argentina, Jorge Taiana, disse que existem fundos para a ajuda ao desenvolvimento, já que muito mais de 0,7% do PIB dos países ricos, está sendo empregado para resgatar suas principais entidades financeiras. Por sua vez, o ministro de Assuntos Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, destacou que os planos de resgate lançados na Europa e nos EUA, "superam em 45 vezes a ajuda ao desenvolvimento que (seus Governos) emitem". O chanceler nicaragüense, Samuel Santos López, exigiu o aumento da ajuda oficial ao desenvolvimento, tendo como referência os gastos militares dos países mais ricos, e acrescentou que, para que essa ajuda seja efetiva, deve ser "despolitizada e incondicional", ponto no qual insistiram muitos de seus colegas.
Representando o Equador, o secretário de Planejamento Nacional e Desenvolvimento, Fander Falconi, explicou que, para cada dólar de cooperação ao desenvolvimento, entram no país US$ 1,6 de remessas de imigrantes equatorianos, que substituem a ajuda oficial em toda a América Latina. Para o ministro das Finanças da Guatemala, Juan Alberto Fuentes, "os níveis de cooperação devem ser mantidos e reforçados" para permitir que as economias em desenvolvimento, não sofram particularmente com a crise mundial.
O ministro da Economia da República Dominicana, Juan Temístocles Montás, também destacou que "a ajuda ao desenvolvimento deve seguir sua expansão agora mais que nunca". Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores paraguaio, Alejandro Hamed Franco, pediu que os organismos financeiros internacionais e regionais, respondam com recursos para os países mais pobres. Os representantes latino-americanos concordaram na necessidade de dar uma resposta multilateral à crise financeira global. Além disso, pediram a criação de uma nova ordem econômica mundial, mais justa e equitativa, sob o mandato da ONU, na qual os países pobres participem da tomada de decisões. Os latino-americanos destacaram o fracasso do sistema econômico liberal e criticaram os EUA e os órgãos financeiros internacionais, BM - Banco Mundial - e FMI - Fundo Monetário Internacional -, especialmente Cuba, que acusou o capitalismo unilateral dos EUA pela atual conjuntura. (Efe, de Doha)

Vale compra empresa de exploração de gás e petróleo por R$ 15 milhões
A Vale anunciou nessa sexta-feira, a compra da PGT - Petroleum Geoscience Technology Ltda - por R$ 15 milhões, que serão pagos em parcelas anuais até 2013. Em comunicado, a Vale afirmou que a aquisição da empresa especializada em exploração e produção de petróleo e gás, está alinhada à sua estratégia de investir na produção própria de gás natural para suprir suas operações no Brasil e no exterior. "Estamos adquirindo mais conhecimento em exploração de gás natural e petróleo. O objetivo é ampliar as opções de geração energética na Vale", disse o diretor executivo de Não Ferrosos e Energia da Vale, Tito Martins. Criada em 2003, a PGT, com sede no Estado do Rio, passará a se chamar Vale Exploração e Produção de Gás Natural - E&P - e ficará ligada ao Departamento de Energia. No comunicado, a Vale informou que sócios-diretores da PGT permanecerão na nova empresa. A Vale adquiriu em novembro do ano passado, 15 blocos em leilão da ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - para exploração de gás natural nas bacias de Santos, Pará-Maranhão e Parnaíba. Além disso, possui participações compradas de outras empresas do seto, nas bacias de Santos e Espírito Santo.

Lula quer levar reforma tributária a plenário
Apesar de ter sido advertido na semana passada, pelo governador de São Paulo, José Serra, e pela oposição no Congresso, das dificuldades de aprovação da reforma tributária, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, avisou que vai insistir na tentativa de aprovar o texto básico ainda esse ano. "A reforma tributária é emblemática para o governo e aprová-la é uma forma de combater a síndrome da crise", disse o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, José Múcio.
O ministro informou que o assunto estará na pauta da reunião de coordenação política que será realizada hoje no Palácio do Planalto, e que discutirá, mais uma vez, os reflexos da crise financeira mundial na economia brasileira. "A crise está sob controle com os mecanismos já adotados, mas a síndrome do pânico precisa ser combatida", ressaltou o ministro.
Lula tem falado seguidamente da síndrome da crise e apelado, em todos os seus discursos, para que a população não deixe de consumir, advertindo que, se ela, por medo, deixa de comprar, a economia não gira e, aí sim, os empregos podem ser reduzidos. Na semana passada, em uma reunião da Granja do Torto, Lula pediu a sindicalistas que convençam seus liderados, da necessidade de continuarem a consumir. Foi avisado pelos líderes sindicais, no entanto, que a população está temerosa e não quer se endividar por medo de perder o emprego.
Mesmo recebendo sinais dos receios da população, o governo insiste na meta de crescimento de 4% da economia no ano que vem e, agora, tenta se mostrar esperançoso em relação à votação da reforma tributária. Vai tentar levá-la a plenário nessa terça-feira, mesmo tendo consciência das dificuldades que enfrentará. O Planalto gostaria de aprovar pelo menos, o texto base da reforma tributária, que cria o IVA federal, fruto da fusão do Cofins, do PIS e do salário-educação. Quer também unificar as alíquotas do ICMS em todo o País, que passaria a ter uma legislação única, federal.
Consumo de combustíveis no País sobe 5% em outubro
O consumo de combustíveis no Brasil cresceu 5,35% em outubro, para 9,503 bilhões de litros. Houve, porém, alguma desaceleração, em comparação com o ritmo verificado no início do ano. Até o primeiro semestre de 2008, a alta estava em torno dos 10%; agora, no acumulado do ano até o mês passado, a alta é de 9,1%. O maior destaque nos dados sobre o consumo de combustíveis, em outubro, continuou sendo o álcool hidratado (utilizado nos veículos movidos a álcool ou com motor flex fuel), que teve alta de 21,4% no mês, em comparação com o mesmo período de 2007, atingindo 1,204 bilhão de litros. No acumulado do ano até outubro, as vendas do produto são 44,9% superiores ao verificado nos dez primeiros meses do ano passado.
O consumo de gasolina C (mistura vendida nos postos com 25% de álcool anidro) também apresentaram alta no mês, de 5,26%, para 2,232 bilhões de litros. Excluindo o volume de etanol incluído na mistura final, as vendas de gasolina pura foram de 1,674 bilhão de litros, menor do que os 1,764 bilhão de litros de etanol comercializados no País, puro ou misturado à gasolina.
As vendas de diesel, por sua vez, cresceram 5,49%, para 4,122 bilhões de litros. No acumulado do ano, o produto tem alta de 8,9%. O aumento no consumo de diesel, provocado pelo crescimento econômico pré-crise financeira, põe em risco a manutenção da auto-suficiência em 2008, uma vez que não há produção nacional suficiente para abastecer o mercado.

Colombo abre loja Premium em Porto Alegre
A Lojas Colombo, uma das maiores redes de eletroeletrônicos do país, abriu nessa semana, uma loja no formato Premium no BarraShoppingSul, em Porto Alegre/RS. A loja demandou um investimento de R$ 1 milhão, tem 40 funcionários e está instalada em uma área de 1.300 metros quadrados. Essa é a segunda unidade nesse formato na capital gaúcha, e a oitava no país. A Colombo Premium do BarraShoppingSul reforçou os principais atributos desse modelo, com destaque para um sistema de iluminação automatizada, visível em duas grandes tulipas de luz, que permitem criar diferentes climas no ambiente da loja. Um tapete especial permite que as pessoas interajam com as imagens projetadas no piso da loja. Há cabine para a experimentação de games; espaço diferenciado com acomodações e televisores top de linha; possibilidade de melhor visualização e teste de produtos das linhas de informática, eletrodomésticos, telefonia, cine, foto e produtos de cuidados especiais. Além disso, os grandes fabricantes de produtos de alta tecnologia ganharam espaços exclusivos para a exposição de lançamentos.

Vendas em supermercados crescem 11,48% em outubro
Números divulgados pela Abras - Associação Brasileira de Supermercados - indicam que as vendas nos supermercados do país cresceram 11,48% em termos reais, em relação ao mesmo período de 2007 e 6,62% sobre setembro desse ano. Com isso, o setor acumula no ano uma expansão de 9,19%. Para a Abras, o setor não sentiu os efeitos da crise financeira global, já que o consumo de itens como alimentos, bebidas, perfumaria e limpeza, é mais sensível a alterações na renda do consumidor do que ao crédito.

Vendas do Giraffas crescem 26% no trimestre
O Giraffas, quarta maior rede de fast-food do Brasil em número de lojas, apresentou no terceiro trimestre do ano um crescimento de 26% em suas vendas na comparação anual. O resultado ficou acima da expectativa da rede, que era de 22%. A rede abriu nove lojas no trimestre, 21 até novembro, e espera inaugurar mais 11, até o fim do ano, chegando a Estados como Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Piauí e Rondônia, além de reforçar sua presença nas praças onde já atuava. Em São Paulo, são quase 100 lojas. No Rio de Janeiro, mais de 30.



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ESPECIAL – Santa Catarina


Fazenda projeta prejuízos na arrecadação em SC
A Secretaria da Fazenda de Santa Catarina projeta perdas significativas na arrecadação dos municípios atingidos pelas chuvas e deslizamentos no Estado. Em média, a arrecadação estadual é de R$ 700 milhões por mês.
De acordo com o secretário Sérgio Alves, a diminuição mensal será de aproximadamente R$ 100 milhões, pelo menos até março, nos municípios do Vale do Itajaí, Joinville e Jaraguá do Sul, que juntos representam cerca de 40% da arrecadação estadual de ICMS. Para Blumenau, especificamente, são projetadas perdas de 10% já na arrecadação de novembro, por conta da paralisação de grandes indústrias.
Essa semana o secretário enviou um pedido ao Confaz - Conselho Nacional de Política Fazendária - para que autorize a isenção de ICMS sobre as doações de empresas ao Estado. Os itens que constam da proposta são alimentos, roupas, calçados, colchões, travesseiros, roupas de cama, medicamentos e água. A equipe da Fazenda estuda agora, a logística para as isenções sobre as doações, que deverão ser encaminhadas a postos específicos de recolhimento.

Alemanha vai doar 200 mil euros a catarinenses
O governo alemão vai doar 200 mil euros às vítimas das inundações em Santa Catarina. Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, os recursos serão destinados para a compra de barracas, alimentos, colchões, cobertores e água potável. O dinheiro será repassado por meio de ONGs - Organizações Não Governamentais – alemãs, que atuam na região em cooperação com o Consulado-Geral da Alemanha, em Porto Alegre. Em Santa Catarina, principalmente em Blumenau, há muitos descendentes de alemães.
Até ontem, as contas bancárias abertas para receber doações já somavam mais de R$ 3,5 milhões. Pela falta de locais para cozinhar, a Defesa Civil de Santa Catarina pede que sejam enviados alimentos de consumo imediato, como bolachas, leite e barras de cereal, além de itens de higiene pessoal.
A Defesa Civil da cidade de São Paulo enviou ontem, dois caminhões: um com 4.925 litros em garrafas de água e outro com água, alimentos e roupas. Todas as doações que chegam as 31 subprefeituras da capital são encaminhadas para Blumenau. A Cruz Vermelha enviou um caminhão com água, alimentos e produtos de higiene. A Defesa Civil do Estado de São Paulo, que recebe garrafas d'água doadas em postos policiais e quartéis de bombeiros, enviou quatro caminhões com galões.



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MERCADO de Ações & Futuros

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

RESUMO DA SEMANA – 24 A 28 DE NOVEMBRO

Bovespa fecha em alta na sexta-feira, mas cai pelo 6º mês seguido
Entusiasmada principalmente pelo 'efeito Barack Obama' nessa última semana de novembro, a Bovespa chegou bem perto de apagar as perdas do mês, garantindo a interrupção de um ciclo de baixa, iniciado em junho desse ano. Porém, como as Bolsas de Nova Iorque fecharam o pregão de sexta-feira mais cedo.



- O índice Bovespa terminou o dia de sexta-feira, dia 24/11, com elevação de 1,06%, a 36.595,87 pontos, reduzindo as perdas de novembro a -1,77%. Na melhor semana desse mês, a Bolsa doméstica subiu consideráveis 17,1%. Na sexta-feira, o índice tocou a mínima de 35.944 pontos (-0,74%) e a máxima de 37.217 pontos (+2,77%). O giro financeiro foi fraco e totalizou R$ 3,135 bilhões.


- A última semana de novembro foi marcada por uma sucessão de pacotes ao redor do mundo: EUA, Reino Unido, União Européia, Espanha, Itália; dentre os quais os investidores olharam principalmente, para os US$ 800 bilhões que o Fed - Federal Reserve - injetará na maior economia do planeta. Desses, US$ 600 bilhões vão para o setor hipotecário, justamente onde a crise começou. "Um dos passos para terminar a crise é justamente acabar com o que a gerou", destacou o gestor-gerente da Infinity Asset, George Sanders, sobre essa ajuda.



NY fecha em alta, mas acumula perdas no mês e no ano
Em uma sessão esvaziada, dividida entre o feriado do Dia de Ação de Graças, na sexta-feira nos EUA, e o fim de semana, as Bolsas de Nova Iorque encontraram espaço para subir e encerraram o pregão de sexta-feira em alta, seguindo o movimento de recuperação apresentado ao longo dessa semana. No mês de novembro, porém, os índices norte-americanos de ações registraram perdas, elevando a queda acumulada em 2008.


- O índice Dow Jones fechou em alta de 1,17% na sexta-feira e acumulou ganhos de 9,73% na semana. Em novembro, porém, as chegaram a 5,32% e, no ano, 33,44%.
- O Nasdaq 100 subiu 0,23%. Na semana, o índice avançou 10,92%, mas, no mês, perdeu 10,77%. Em 2008, o índice da Bolsa eletrônica acumula baixa de 42,10%.
- O S&P 500 terminou o dia com alta de 0,96% e encerrou a melhor semana para o índice, desde outubro de 1974, tendo registrado um ganho de 12,03%, após acumular cinco pregões consecutivos de altas - o que não acontecia desde julho de 2004. No ano, porém, o S&P registra queda de 38,96%.

Bolsas européias sobem, mas têm perdas no mês
As principais bolsas da Europa fecharam em alta na sexta-feira e registraram ganhos expressivos na semana. Porém, os mercados europeus terminaram o mês de novembro com saldo negativo. No cenário macroeconômico, a inflação nos 15 países da zona do euro, caiu forte para 2,1% em setembro, de 3,2% em outubro, abrindo caminho para um possível corte na taxa de juros do BCE - Banco Central Europeu - na próxima semana. "Entramos no terceiro estágio da crise, o do espectro da deflação", comentou Marco Annunziata, chefe de economia global do UniCredit Markets & Investment Banking.


- Na Inglaterra, a Bolsa de Londres fechou em alta de 1,46%, a 4.288,01 pontos, na máxima. Na semana, o mercado londrino avançou 13,41%, mas teve queda de 2,05% em novembro.
- Em Paris, o índice CAC-40 subiu 0,38% e fechou a 3.262,68 pontos, também na máxima de. Na semana, a Bolsa francesa avançou 13,24% e, no mês, recuou 6,44%.
- Na Alemanha, a Bolsa de Frankfurt teve leve alta de 0,09%, a 4.669,44 pontos na sexta-feira. O mercado alemão subiu 13,13% na semana, mas registrou queda de 6,39% em novembro.
- A Bolsa de Madri fechou em alta de 0,69%, a 8.910,60 pontos. Na semana, o índice teve alta de 11,74% e no mês acumulou queda de 2,26%.
- Em Lisboa, o índice PSI-20 avançou 1,11% e fechou na máxima, a 6.300,41 pontos. Na semana, o índice teve alta de 7,67% e no mês caiu 0,95%.
- A Bolsa de Milão, na Itália, fechou em baixa de 0,83%, a 19.985 pontos. Na semana, o mercado italiano subiu 7,83%, mas, no mês, perdeu 6,47%.


HOJE – Bolsas da Ásia fecham com tendências variadas; Tóquio cai
As principais Bolsas de Valores da Ásia fecharam sem tendência definida nesta segunda-feira com a expectativa dos investidores sobre os novos rumos da economia americana, com o início das vendas de Natal mais fraco em relação aos anos anteriores e a expectativa em relação aos planos de resgate das três maiores montadoras do país - General Motors (GM), Ford e Chrysler.


- A Bolsa de Tóquio (Japão) caiu 1,35%, aos 8.397,22 pontos, com a derrubada nas ações de empresas exportadoras, como a Canon, afetadas pela alta do iene ante o dólar. Papéis das montadoras Honda e Toyota também refletiram ao mau momento pelo qual passa o setor e leva à desaceleração das gigantes americanas.
- Hong Kong operava com alta de 2,08% perto do fim do pregão.
- A Bolsa de Xangai (China) avançava 1,25%.
- Em Seul (Coréia do Sul), a queda foi de 1,62%.
- A Bolsa da Austrália também registrava perdas, de 1,46%.


Ouro é aplicação mais rentável em novembro
O ouro liderou com folga o ranking de investimento em novembro, com valorização de 13,33%. Em seguida, aparece o dólar comercial, com alta de 7,33% no período, e o dólar paralelo, 6,17%. O movimento foi típico de um cenário de forte turbulência, em que os investidores correm para aplicações mais seguras, como o dólar e o ouro, e fogem de ativos mais arriscados, como o mercado acionário, explicam especialistas. Exemplo disso foi que o Índice da Ibovespa - Bolsa de Valores de São Paulo - ficou na lanterninha do ranking. Foi o sexto mês consecutivo que o Ibovespa fechou em queda, dessa vez de 1,77%, acumulando prejuízo de 42,72% no ano. Aplicações como os fundos de renda fixa, DI e CDBs continuam uma boa opção para os investidores mais conservadores e que precisam do dinheiro no curto prazo.


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ÍNDICES ECONÔMICOS


RESUMO DA SEMANA – 24 A 28 de novembro

Confiança da Indústria é a menor desde 2005
O ICI - Índice de Confiança da Indústria - da Fundação Getulio Vargas reduziu-se em 19,4% entre outubro e novembro de 2008, ao passar de 104,4 para 84,1 pontos. Esse é o nível mais baixo desde julho de 2003, considerando dados com ajuste sazonal.

IGP-M varia 0,38% em novembro
O IGP-M - Índice Geral de Preços-Mercado - registrou em novembro variação de 0,38%. No mês anterior a taxa foi de 0,98%. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de outubro para novembro: IPA, de 1,24% para 0,30%; IPC, de 0,25% para 0,52% e INCC, de 0,85% para 0,65%.

ICC registra o menor nível dos últimos três anos
O ICC - Índice de Confiança do Consumidor - da Fundação Getulio Vargas, composto por cinco quesitos contidos na Sondagem de Expectativas do Consumidor, reduziu-se em 4,2%, entre outubro e novembro de 2008. Ao passar de 101,1 para 96,9 pontos, o ICC apresentou o menor nível da série histórica iniciada em setembro de 2005.

IPC-S apresenta variação de 0,57%
O IPC-S - Índice de Preços ao Consumidor Semanal -, de 22 de novembro de 2008, apresentou variação de 0,57%, taxa 0,01 ponto percentual (p.p.) acima da apurada com base na coleta encerrada em 15/11. Entre as sete classes de despesas usadas para cálculo do índice, três apresentaram variações mais expressivas: Habitação (de 0,41% para 0,46%); Despesas Diversas (de -0,17% para -0,10%) e Alimentação (de 1,06% para 1,14%).

Clima econômico da América Latina tem queda de 1,2 pontos
O clima econômico da América Latina registrou queda de 1,2 pontos. As expectativas são as piores em 11 anos e a avaliação sobre a situação atual, torna-se desfavorável. Com esse resultado, o ICE - Índice de Clima Econômico - da América Latina, que vinha se mantendo superior à média mundial desde outubro de 2007, igualou-se ao ICE global.


ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR

IPCA-15 de novembro fica em 0,49%
O IBGE divulgou na quarta-feira, 26/11, o IPCA-15 - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15. Em novembro, o IPCA-15 apresentou variação de 0,49%, taxa superior a registrada em outubro (0,30%). Com esse resultado, o acumulado no ano ficou em 5,79%, acima de igual período do ano anterior (3,64%). Nos últimos 12 meses a taxa chegou a 6,54%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,26%). O grupo Alimentação e Bebidas, que passou de 0,05%, em outubro, para 0,90% em novembro, foi responsável por 0,20 ponto percentual no índice do mês, ou seja, 42% da taxa.


Indicadores Financeiros

Média de saldos diários da base monetária apresenta alta, em outubro
Registrando incrementos de 1,7% no mês e de 12,4% em doze meses, a média de saldos diários da base monetária atingiu R$ 139,8 bilhões, em outubro. A variação mensal decorreu de elevações de 1,5% no saldo médio do papel moeda emitido e de 2,1% em reservas bancárias. Os fluxos mensais dos fatores de emissão monetária produziram contrações de R$18,4 bilhões, nas operações do setor externo.


Mercado de Trabalho

Desemprego cai pelo segundo mês seguido
As informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, na RMSP - Região Metropolitana de São Paulo -, mostram que a taxa de desemprego total, diminuiu em outubro, ao passar de 13,5%, no mês anterior, para 12,5%, em comportamento usual para o período. No conjunto das seis regiões metropolitanas onde a pesquisa é realizada, o contingente de desempregados foi estimado em 2.698 mil pessoas, 141 mil a menos do que no mês anterior. A taxa de desemprego total diminuiu de 14,1%, em setembro, para 13,4%.


Setor Público

Política Fiscal: O superávit primário do setor público não-financeiro alcançou R$14,5 bilhões em outubro. O Governo Central e os governos regionais registraram superávits primários de R$14,5 bilhões e de R$2,8 bilhões, respectivamente, enquanto as empresas estatais apresentaram déficit de R$2,8 bilhões, durante o mês de novembro.

O superávit primário acumulado no ano alcançou R$132,9 bilhões (5,6% do PIB), elevando-se 0,54 p.p. do PIB em relação ao mesmo período de 2007. No acumulado em doze meses, o superávit primário totalizou R$127,9 bilhões (4,53% do PIB), comparativamente a R$128,8 bilhões (4,6% do PIB) registrados em setembro.


Setor Externo

Balanço de pagamentos registra déficit no mês de outubro
Divulgado na última segunda-feira, o balanço de pagamentos registrou déficit de US$8,6 bilhões em outubro. As transações correntes apresentaram déficit de US$1,5 bilhão, acumulando saldo negativo de US$26,6 bilhões nos últimos doze meses, equivalentes a 1,71% do PIB. O superávit comercial atingiu US$1,2 bilhão no mês. As saídas líquidas de renda de investimento direto atingiram US$1,8 bilhão, com redução de 17,6% em relação a outubro de 2007.

Balança comercial fecha a 3ª semana de novembro com déficit de US$ 318 milhões.
Na 3ª semana de novembro, a balança comercial apresentou exportações de US$ 3,355 bilhões e importações de US$ 3,673 bilhões, resultando em déficit de US$ 318 milhões. Até a 3ª semana de novembro, as exportações acumulam US$ 11,875 bilhões e as importações, US$ 10,982 bilhões, com superávit de US$ 893 milhões.



Economia Internacional

Produto Interno Bruto dos EUA apresenta redução no terceiro trimestre de 2008
A produção de bens e serviços, nos EUA, diminuiu o ritmo em 0,5%, no terceiro trimestre de 2008. De acordo com as prévias lançadas pelas estimativas do Bureau of Economic Analysis, no segundo trimestre, o PIB real aumentou 2,8%. O decréscimo do PIB real no terceiro trimestre refletiu, principalmente, a redução do consumo com gastos pessoais, investimentos residenciais fixos, equipamentos e softwares.


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MERCADO FINANCEIRO


Acionistas do BB aprovam compra do Banco do Piauí
Os acionistas do Banco do Brasil aprovaram nessa sexta-feira, em assembléia geral extraordinária, a compra do BEP - Banco do Estado do Piauí - por R$ 81,7 milhões. Em um comunicado ao mercado financeiro, o BB afirma que foi aprovada também, a ampliação do capital do banco. Após dois anos de negociações, o BB anunciou no início do mês, um acordo para assumir o controle do BEP, que em junho desse ano, ocupava a 75ª posição no ranking dos bancos brasileiros, com ativos totais de R$ 330 milhões. Poucos dias depois de anunciar a aquisição do BEP, o Banco do Brasil também fechou a compra da Nossa Caixa - que pertencia ao Estado de São Paulo - por R$ 5,386 bilhões. Após perder a liderança no ranking dos bancos brasileiros com a fusão do Itaú com o Unibanco, o BB tenta retomar a posição com aquisições. O banco negocia ainda, a compra do BRB - Banco Regional de Brasília - e de metade do banco Votorantim, de propriedade da família Ermírio de Moraes. Caso concretize esses negócios, poderá voltar a ser a maior instituição financeira do País.

Itaú aprova mudança de nome social para Itaú Unibanco
A Assembléia de acionistas do Itaú aprovou ontem - domingo, dia 30/11, a alteração da denominação social para Itaú Unibanco Banco Múltiplo S/A, em razão da fusão com o Unibanco. No encontro, também foi aprovada a composição do conselho de administração da instituição com número par de membros, observado o mínimo de 10 e o máximo de 14. Para a diretoria, foi elevado o limite máximo de 14 para 20 membros. O conselho de administração da sociedade foi recomposto para término do mandato anual em curso.
Com a reestruturação societária decorrente da associação Itaú e Unibanco, divulgada em comunicados durante o mês de novembro, os acionistas do Unibanco e da controladora Unibanco Holdings, tiveram as suas ações incorporadas pelo banco Itaú. Os papéis de emissão do Unibanco e Unibanco Holdings continuarão a ser negociados na Bolsa de Valores de São Paulo e na Bolsa de Nova Iorque, sob seus códigos atuais de negociação até data a ser anunciada oportunamente, quando terão seus códigos de negociação substituídos diretamente pelos códigos de negociação das ações de emissão do Itaú.



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AGRONEGÓCIOS


IBGE prepara censo agropecuário
O perfil do agronegócio brasileiro poderá ser conhecido melhor a partir de abril, quando o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - divulga o censo agropecuário. A informação é da coordenadora de Agropecuária do IBGE, Maria dos Reis. "Por meio desse estudo, será possível obter informações sobre as áreas irrigadas, por estado e município, e a quantidade de propriedades que utilizam métodos de irrigação e as que têm nascentes", explicou. Ela participou da reunião da Câmara Temática de Agricultura Sustentável e Irrigação.
A importância da definição de uma política nacional de pagamentos por serviços ambientais foi discutida durante o encontro. "Essa medida, que está na Casa Civil, contribuirá para a elaboração de mercados regionais. Quando o agricultor promove a conservação do solo e reduz a quantidade de sedimentos na água, o custo de tratamento cai seis vezes", informou o gerente de Conservação de Água e Solo, da ANA - Agência Nacional das Águas -, Devanir Garcia dos Santos.


Produção suinícola mundial está ameaçada
Representantes da cadeia de suínos estão reunidos na 4ª IMS - International Meat Secretariat -, que abriga a Conferência Mundial da Suinocultura em Nanjing, na China. Um dos assuntos principais em discussão é o valor do milho, principal componente da ração dos leitões, que dobrou nos último 12 meses. Os produtores estão preocupados com a baixa lucratividade do setor e estudam mudanças. Uma medida que poderia amenizar o problema, seria estreitar as relações com os consumidores, o setor de serviços alimentares, e varejistas para aumentar os preços pagos aos produtores nesse momento. "Aumentar o valor pago ao produtor, permitiria que a produção fosse mantida, evitando o aumento brusco da carne suína a médio prazo. Os produtores pedem apoio imediato", afirmou representante da cadeia. A Conferência deve discutir entre os participantes, como atuar junto aos outros setores envolvidos com a carne suína.

Situação das lavouras em Santa Catarina
É o segundo relatório elaborado pelos técnicos da Epagri/Cepa, com informações preliminares sobre a situação das culturas de milho, soja, feijão, arroz e fumo, entre outras, depois das intensas chuvas que assolam o Estado há mais de três meses.
Epagri
É o segundo relatório elaborado pelos técnicos da Epagri/Cepa, com informações preliminares sobre a situação das culturas de milho, soja, feijão, arroz e fumo, entre outras, depois das intensas chuvas que assolam o Estado há mais de três meses. O excesso de chuva em SC foi um evento muito localizado, não ocorrendo em todo o Estado. Atingiu principalmente, o Vale do Itajaí, que compreende as regiões de Blumenau e Itajaí, o Litoral Norte (Jaraguá do Sul e Joinville), Litoral Centro (Grande Florianópolis), com impacto menor no Litoral Sul, envolvendo as regiões de Araranguá, Criciúma e Tubarão. Um problema foi o excesso de chuva que vem ocorrendo de forma recorrente nos últimos três meses, que prejudicou a agricultura de forma geral em todo o Estado, afetando a colheita do trigo e o plantio das safras de verão, principalmente o milho, feijão, soja e o desenvolvimento do fumo. Por outro lado, as enchentes ocorridas na última semana, se restringiram às regiões citadas acima. Os fatores climáticos adversos ocorridos nos últimos meses, como excesso de chuvas, variação brusca de temperatura, excesso de umidade, baixo índice de insolação, dificultaram o preparo de solo e plantio e o desenvolvimento das lavouras de verão. Nas culturas de inverno as intempéries interferiram mais na colheita e na qualidade dos produtos. A seguir apresentamos uma síntese da situação das principais lavouras em desenvolvimento nas diversas regiões produtoras.
Milho
A área já plantada no estado gira em torno de 90% da área estimada inicialmente. Os 10% restantes, situam-se nas regiões do Meio Oeste e Planalto Serrano. De modo geral o excesso de chuvas não causou prejuízo significativo à cultura. Nas regiões onde as chuvas são mais intensas, a cultura é pouco expressiva, a área plantada de milho é de aproximadamente 6% da área cultivada no estado. A estimativa de perda está sendo levantada, porém, preliminarmente, acredita-se que somente haverá prejuízo em pequenas áreas que foram inundadas.
Feijão
Aproximadamente 60% da área, se encontra plantada. Nas regiões de Campos de Lages, Curitibanos e Joaçaba, o plantio está mais atrasado, o que é característico, considerando o cronograma de plantio nesses locais. Essa cultura é bastante susceptível a excesso de chuvas, que prejudicam o desenvolvimento, além de aumentar a incidência de doenças. A Região Oeste e Planalto Norte, onde o plantio se encontra concluído, o clima tem se apresentado favorável ao desenvolvimento da lavoura. Nas regiões mais atingidas pelas chuvas, nos últimas semanas, a área plantada representa aproximadamente 5% do total cultivado. Nessas áreas parte das lavouras devem se recuperar com a normalidade do tempo, enquanto a menor parte, talvez, necessite de replantio, no entanto, o dimensionamento ainda está sendo realizado.
Trigo
A colheita segue em ritmo acelerado. Estima-se que 50 a 55% da lavoura estejam colhidos. Na região oeste e no planalto norte a colheita deve praticamente, ser concluída ainda até o final de novembro. Na região de Joaçaba, Curitibanos e Campos de Lages a colheita segue normalmente, com aproximadamente 30% colhidos. A produtividade obtida é maior que a expectativa que se tinha há algumas semanas.
Arroz
O plantio em todo estado está quase concluído em mais de 98% da área cultivada. Os problemas nas áreas cultivadas são diferenciados, conforme a região, principalmente considerando o estágio atual de desenvolvimento da cultura e a precipitação pluviométrica local. Por esses fatores, as regiões mais prejudicadas são as do Baixo e Médio Vale do Itajaí e Criciúma no Sul Catarinense, que detém em torno de 27% da área cultivada em Santa Catarina.
Uma avaliação mais consistente poderá ser efetuada somente, após o escoamento das águas, porém, um levantamento preliminar aponta para uma perda de 10 a 12% da produção. Cabe destacar que em alguns casos houve perda total da área plantada, e isso concretamente se constitui em prejuízo para o agricultor, mas, ainda existe a possibilidade de replantio das áreas, o que reduz a quebra de safra.
Soja
De 40 a 45% da área já está plantada. O plantio segue em ritmo normal para essa época, estando regiões que plantam mais tarde (Joaçaba, Curitibanos e Lages), com 30 a 35% plantado. A cultura da soja por ser cultivada nas regiões, cujo clima segue normal e também, por ter época de plantio mais tardia, não deverá ter os mesmos problemas que as demais culturas.
Fumo
As perdas na cultura, em Santa Catarina, devem ser da ordem de 10 a 15%, em média, sendo mais expressivas, na Região Sul Catarinense, onde podem chegar a 20%. O fumo de modo geral, não foi comprometido somente pelo excesso de chuvas dos últimos dias. As perdas são acumulativas e decorrentes das insistentes chuvas e também, pela falta de luminosidade. Por conta disso, a cultura não se desenvolveu como o esperado e sua qualidade está comprometida (fumo muito leve, com poucas folhas). Parte da cultura em desenvolvimento vegetativo, ainda pode ser parcialmente recuperada, com tratos culturais e um reforço na adubação de cobertura.
Banana
Com uma produção estimada de 707.683 mil toneladas, a Microrregião Geográfica de Joinville é responsável por 55%, seguida pela de Blumenau, com 19% e de Itajaí, com 16%. Devido à característica da cultura, os prejuízos deverão se limitar as poucas plantas que foram arrancadas e alguns tratos culturais que não puderam ser feitos. Alguns bananais de áreas baixas podem ser prejudicados. As perdas não deverão ultrapassar de 2% a 3%.
Cebola
Até o presente momento, a área colhida representa 15% da área cultivada. As lavouras colhidas são de variedades precoces. Devendo iniciar nos próximos dias, a colheita das variedades “bolas”. A parte colhida apresenta problema de qualidade, porque a operação de limpeza está dificultada pelo excesso de umidade. Felizmente, o excesso de chuva que causou as enchentes da última semana, não afetou o Alto Vale do Itajaí, principal região produtora.
Olericultura
O excesso de chuva nos últimos dias piorou significativamente, a situação dos produtores de hortaliças da região litorânea, que já acumulavam fortes prejuízos nos últimos 3 meses, principalmente, das folhosas. Além das perdas já consumadas, o cronograma de preparo de solo, transplante e desenvolvimento das culturas, sofreu interrupção prejudicando o abastecimento futuro. As perdas ainda estão sendo levantadas. No Vale do Rio Canoas as operações de preparo do solo e plantio transcorrem normalmente, sem alteração de cronograma, o mesmo acontece na região do Meio Oeste.



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SETOR AUTOMOTIVO


GM produz em um único dia no RS, nesse mês e anuncia novas paradas
A fábrica da General Motors em Gravataí/RS, teve um único dia de produção em novembro. Dos 20 dias úteis nesse mês, os funcionários da fábrica pararam 19. Novas paradas estão previstas para todas as unidades da marca no País. Segundo informou a assessoria de imprensa da montadora, os funcionários da GM em Gravataí, voltam ao trabalho hoje, dia 1/12, para tão somente uma semana de atividade. Novo período de férias se inicia na sexta-feira, 5/12, e se encerra em 5/01.
Em mais uma tentativa de ajustar a produção à demanda de mercado, a GM anunciou ontem, domingo dia 31/11, a paralisação na fábrica de motores Powertrain, em São José dos Campos. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (97 km de São Paulo), "essa é a quarta vez, em menos de dois meses, que a empresa anuncia férias coletivas na planta de São José". Um turno da Powertrain deve parar de 15/12 a 5/01 e o outro, de 15/12 a 25/01.
A partir de hoje, dia 1/12, também interrompem a atividade as linhas da S10 e Blazer, com férias para 400 funcionários até 23/12. Eles voltam ao trabalho, contudo, somente em 4/01, após emendar o recesso de fim de ano (ao qual têm direito, com compensação de horas ao longo do ano). Outros 400 funcionários dessas mesmas linhas de veículos, também param de 24/12 a 4/01.
Na linha Corsa, também em São José dos Campos, 2.500 funcionários pararam por três semanas, a partir do dia 17 desse mês. A previsão é que voltem em 8/12 e trabalhem até 24 do mesmo mês.
Já a fábrica de São Caetano, região do Grande ABC, parou os três turnos, entre os dias 3 e 17 deste mês, com nova suspensão das atividades nessa semana, entre quarta-feira e hoje. Para dezembro, há férias coletivas previstas de 22 a 19/01.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a Eaton, do setor de autopeças e fornecedora da GM, também anunciou férias coletivas para o setor de produção. "Os trabalhadores da Eaton ficarão em casa entre os dias 15/12 a 2/01", informou a entidade.
Esforço de vendas
Além do ajuste de produção para ajustar o estoque na fábrica à demanda nas concessionárias, a montadora também, está procurando desocupar o pátio com a promoção de "feirões". Ao longo desse mês, foram realizadas duas feiras na fábrica da montadora, em São Caetano, e uma nova deverá ocorrer nesse fim de semana, no Campo de Marte, zona norte de São Paulo. A empresa oferece taxa de juros de 0,99% para Celta e Prisma, com prazo de até 60 meses. Para a linha Vectra, a taxa é zero.
Faturamento
A GM já reduziu a
previsão de faturamento para esse ano, de US$ 11 bilhões, para US$ 9,5 bilhões em razão do desaquecimento do setor no país. O presidente da montadora, Jaime Ardila, disse recentemente que a redução é conseqüência da desaceleração das vendas no Brasil e que não tem relação com as dificuldades enfrentadas pela marca nos EUA. A estimativa é que, no ano, sejam vendidas 575 mil unidades da marca. A empresa é a terceira no ranking de vendas no Brasil, atrás da Fiat e da Volkswagen.
Mercado
Em outubro, a
produção de veículos recuou 0,3% ante o mesmo período de 2007, segundo dados da Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Em relação a setembro, houve queda de 1,3%. A expectativa é que os números negativos se repitam em novembro. O desempenho do setor nesse mês deve ser apresentado hoje. Segundo apuração da Fenabrave - Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores -, houve queda de 11,6% no número de veículos emplacados no país em outubro, em relação a setembro. Conforme a entidade, na primeira quinzena desse mês foram emplacados 89.850 veículos, contra 112.557 em igual período de outubro - decréscimo de 20,1%.

Suzuki anuncia corte em postos de trabalho na Hungria
A montadora japonesa Suzuki Motor anunciou que no final de fevereiro, cortará 1.200 empregos em sua fábrica da Hungria, em decorrência da queda na demanda na Europa, informou no sábado, 29/11, a agência de notícias Kyodo. Com o corte, os postos de trabalho na fábrica húngara se reduzirão dos 5.600 atuais, para 4.400. A partir de meados de dezembro, o fabricante japonês diminuirá a produção diária até chegar a 210 mil unidades anuais - 90 mil veículos a menos por ano. Em outubro, a companhia anunciou redução em sua previsão de lucro para o ano fiscal, que será concluído em março de 2009, de 25,2% - para 60 bilhões de ienes (US$ 629 milhões). (Efe, de Tóquio)

Daimler: produção de caminhões deve cair 30% no 1º trimestre

A Daimler, maior fabricante de veículos comerciais do mundo, planeja reduzir sua produção de caminhões no primeiro trimestre de 2009, por causa da queda na demanda em seu principal mercado, a Europa, informa a revista alemã Automobilwoche, antecipando sua edição de amanhã. "Estamos nos preparando para reduzir a produção cerca de 30%, em 2009, em comparação com o ano anterior", disse Martin Daum, chefe da fábrica da Daimler em Woerth, segundo a revista. (Agência Dow Jones, Frankfurt)


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ENERGIA & Telecomunicações


Novas regras para call center passam a valer a partir de hoje
As novas regras para o atendimento ao consumidor pelos call centers das empresas, passam a valer a partir hoje, dia 1/12. A principal delas é o prazo máximo de um minuto para o contato direto com o atendente. Para bancos e cartões de créditos o tempo é de 45 segundos, exceto nas segundas-feiras, dias anteriores ou posteriores a feriados e no 5º dia útil do mês, quando a espera poderá ser de até 1,5 minuto.
Além dos serviços financeiros, as novas regras alcançam os call centers de empresas de telefonia, televisão por assinatura, planos de saúde, aviação civil, empresas de ônibus e energia elétrica.
Outras mudanças são o cancelamento do serviço imediatamente após, o pedido do cliente e a opção de falar com o atendente no primeiro menu eletrônico e em todas as subdivisões. Qualquer informação requerida pelo consumidor terá que ser dada no mesmo momento, e todas as reclamações terão que ser resolvidas em até cinco dias. O número de atendimento terá que ser gratuito e divulgado pelas empresas.
O atendimento aos consumidores deverá ser feito 24h por dia, todos os dias da semana. O consumidor também, só terá que explicar o que deseja uma vez, e não precisará repetir a história para todos os atendentes. Além disso, ele só poderá ser transferido uma única vez, o que significa que os atendentes terão que ser qualificados para resolver os problemas. Outra medida é que o consumidor poderá receber em casa, por e-mail ou SMS, um recibo do atendimento. Ele terá que solicitar ao atendente para que isso ocorra.
O decreto com as novas regras foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início de outubro, mas só entrará em vigor agora para que as empresas tivessem prazo de se adaptar. Antes disso, as novas regras foram discutidas por quatro meses, entre o Ministério da Justiça e representantes dos consumidores, empresas e associações.
Empresas que descumprirem as medidas e forem denunciadas aos Procons, sofrerão processos e podem ser multadas em até R$ 3 milhões.


Veja quais são as novas regras:
- O cliente deverá ser atendido em até um minuto;
- O call center deve funcionar 24 horas, 7 dias por semana;
- A empresa deve garantir, no primeiro menu eletrônico e em todas suas subdivisões, o contato direto com o atendente;
- As opções de reclamações e de cancelamento têm de estar entre as primeiras alternativas;
- No caso de reclamação e cancelamento, é proibido transferir a ligação. Todos os atendentes deverão ter atribuição para executar essas funções;
- As reclamações terão que ser resolvidas em até cinco dias úteis. O consumidor será informado sobre a resolução de sua demanda;
- O pedido de cancelamento de um serviço será imediato;
- É proibido, durante o atendimento, exigir a repetição da demanda do consumidor;
-Ao selecionar a opção de falar com o atendente, o consumidor não poderá ter sua ligação finalizada sem que o contato seja concluído;
- Só é permitida a veiculação de mensagens publicitárias durante o tempo de espera se o consumidor permitir;
- O acesso ao atendente não poderá ser condicionado ao prévio fornecimento de dados pelo consumidor;
- O cidadão que não receber o atendimento adequado poderá denunciar ao SNDC - Sistema Nacional de Defesa do Consumidor -, Ministérios Públicos, Procons, Defensorias Públicas e entidades civis que representam a área.



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COMÉRCIO EXTERIOR


Apex defende lobby de produtos brasileiros junto aos EUA e à UE
Os exportadores brasileiros deveriam fazer "lobby técnico" junto aos EUA e à União Européia para consolidar seus produtos durante a crise, defendeu o presidente da Apex - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos -, Alessandro Teixeira, no encerramento do 28º Enaex - Encontro Nacional de Comércio Exterior. "Esse é o momento de consolidar os nossos produtos nos mercados tradicionais e para isso, devemos ir além da promoção comercial tradicional", disse.
De acordo com ele, Rússia, Índia e China "fazem fortemente lobby técnico na Europa e nos EUA". Teixeira informou também, que hoje, o grupo BRIC (iniciais de Brasil, Rússia, Índia e China) responde por 26% das exportações mundiais. Ele prevê que o consumo privado e a renda, devem ter variação negativa nos EUA e na União Européia, no ano que vem.
O principal objetivo da Apex-Brasil, porém, é abrir e diversificar mercados para os produtos brasileiros, explicou. Ele exemplificou que as exportações para o Vietnã cresceram fortemente nos últimos anos e 70% delas são de produtos manufaturados. O segundo objetivo da Apex é atrair o maior número de empresas para o comércio exterior de forma a diversificar a pauta de exportações brasileira.


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LOGÍSTICA & INFRA-ESTRUTURA


Reconstrução do Porto de Itajaí vai demorar 18 meses
O ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, disse ontem, domingo, dia 30/11, que a obra de reconstrução do Porto de Itajaí, praticamente destruído pelas enchentes de Santa Catarina, vai demorar entre um ano e um ano e meio para ser concluída. Já o Porto de Navegantes, também no Estado catarinense, que teve o canal assoreado, deverá voltar a operar em 15 dias. "Nós esperamos fazer a obra de Itajaí por fases. Primeiro vamos fazer um dolphin (píer de atracação que avança sobre a água) na frente do rio. Isso poderá estar pronto entre quatro e seis meses, com uma ponte ligando a retoárea, o que vai permitir uma operação parcial", explica Brito.
O ministro afirmou que os recursos para a reconstrução do Porto de Itajaí já estão garantidos. Serão R$ 350 milhões para recuperar os 750 metros de cais que foram destruídos e construir barreiras para proteger os berços e evitar novos desastres. "Mas o mais urgente é a dragagem, porque todo o canal de acesso a Itajaí foi prejudicado, assoreado, inclusive há contêineres dentro do canal, guindastes foram levados". De acordo com Brito, é justamente o assoreamento que impede também, a operação do Porto de Navegantes. "Itajaí deve voltar a operar através de Navegantes, inicialmente, logo que se conclua a parte que tem que ser feita no canal de Navegantes. A estimativa é que dentro de, pelo menos, 15 dias se comece a operar em Navegantes", concluiu o ministro.




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MERCADO ONLINE


Internet vira aposta do varejo no Natal
Grupos varejistas com lojas no mundo real e no virtual estão contando com o braço eletrônico de sua operação para aumentar o faturamento na semana do Natal, mesmo diante da crise financeira. Estimativas da consultoria e-bit indicam que, entre 15 e 24/12, as vendas online chegarão a R$ 1,35 bilhão, 25% superiores às do mesmo período de 2007. Apesar do otimismo, previa-se que o índice seria de 40% antes de a crise atingir a economia real. Pesquisa do Programa de Administração de Varejo da USP mostra que, nesse Natal, 21% dos consumidores comprarão pela rede, contra 11,6% no de 2007. No último ano, o número de consumidores eletrônicos passou de 9,5 milhões para 13 milhões, crescimento de 37%. A receita prevista para esse ano é de R$ 10 bilhões, contra os R$ 6,3 bilhões registrados em 2007.


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MERCADO DE TI


ConnectLink firma parceria com a SPPS
A corporação capixaba oferece aos seus usuários alta disponibilidade e desempenho para aplicações avançadas nas suas soluções, desenvolvendo serviços de acordo com a necessidade de seus clientes. Para o diretor da ConnectLink, Robertson Ferreira de Oliveira, a adoção do software SPPS foi motivada pela agilidade. “Além da rapidez, a SPPS ofereceu ótimo custo/benefício, e esteve atenta a todas as necessidades da minha empresa”, afirma o executivo. Robertson também afirma que a contratação da ferramenta atingiu o objetivo esperado na corporação. “Com a solução, consegui alinhar as necessidades internas da empresa com a competitividade no mercado, com eficiência e rapidez”, finaliza o empresário.
Segundo o diretor da empresa hamburguense, Iedo Joner Junior, o novo acordo traz grandes expectativas, já que a rede de parcerias, fora do Estado, está em fase de expansão, com parceiros em Santa Catarina e Minas Gerais, aumentando assim, o quadro de negócios da SPPS e prospectando novos mercados.


Negócios mais rentáveis e seguros com Interage
Ganha mais espaço na gama de soluções desenvolvidas pela Interage o GatePro, suíte de segurança, gerenciamento e conectividade de redes corporativas. A especialista em segurança da informação e gestão de riscos lança novas modalidades e opções para módulos específicos. Com o projeto 2.8 os módulos de Firewall, Proxy, VPN, Anti-virús, Anti-Spam e Intrusion Detection System são instalados em conjunto para oferecer mais segurança e controle das ações dos usuários de máquinas corporativas.
Através de interface web única, em português, o projeto GatePro 2.8 oferece conjunto de funcionalidades, em condições diferenciadas, incluindo treinamento gratuito para Administração da suíte. A Campanha pretende chamar a atenção do meio empresarial para a importância da proteção de dados: "A idéia é disseminar a solução com o máximo de aproveitamento possível das ferramentas. Muitos não têm conhecimento de como os negócios podem ser mais rentáveis com investimento único em proteção contra invasores e monitoramento constante" conta o gerente de vendas Cícero Jacobi Filho.



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MERCADO DE LUXO

Brinquedos e produtos de luxo sobrevivem
Os consumidores preferem cortar na alimentação para que não faltem brinquedos debaixo da árvore. Algumas lojas esforçam-se com reduções e promoções em tempo de crise, para atrair compradores, outras decidem apostar nas vendas online. É a época natalícia que está à porta e vem no seu melhor. Mas de bolsos rotos.
As palavras «crise» e «Natal» parecem estar particularmente, interligadas esse ano. O tempo não está para grandes gastos e os presentes transformaram-se, cada vez mais, em «lembranças». E como a (mal)dita crise não afeta só os consumidores, mas também o comércio, por conseqüência, as lojas desdobram-se em promoções e em descontos para atrair os menos resistentes.
Uma coisa é certa: a crise econômica vai obrigar os portugueses a gastar mais tempo à procura da melhor solução de presentes, em termos de preço. Mas, apesar da confiança das famílias registrar mínimos históricos, e da recessão espreitar em 2009, os lusos parecem dispostos a cortar na alimentação e nas tais «lembranças» para os adultos, em benefício dos mais novos. Isso é, os brinquedos devem escapar à «Crise Natalícia 2008», para alegria das grandes superfícies, que apostaram significativamente, a sua oferta nesses produtos.
Presentes para todos os gostos
Segundo um estudo da Deloitte, as preferências dos presentes em Portugal, vão para roupa, livros e dinheiro. Já para as crianças, as preferências recaem maioritariamente sobre as consolas e jogos interactivos. As novas versões da Playstation 3 e PSP, Nintendo e Wii, revitalizadas por mais acessórios, são as grandes apostas para esse ano.
Por outro lado, o segmento dos presentes de luxo e de marca, não deverá sofrer uma quebra de vendas nesse Natal. É caso para dizer «quem pode, pode». Telemóveis, GPS, máquinas fotográficas, leitores de MP3, televisores de plasmas ou LCD, são gadgets que têm igualmente sempre muitas novidades para essa altura do ano e que, segundo os estudos, não irão ficar na prateleira.
Falências e vendas online
Os anúncios de lojas a fechar, não param de chegar: a Footlocker vai fechar as portas de 140 lojas, a GAP terá menos 85, a Disney 98 e por aí a fora. Perante um cenário pessimista, surgem as vendas online como uma oportunidade de ouro.
Os especialistas afirmam que os retalhistas que apostem na oferta de produtos práticos, com uma boa relação preço/qualidade, vão ver as suas vendas asseguradas, e quem sabe, aumentadas.
Vejamos o exemplo da Gap. Nos últimos meses, a marca norte-americana não tem tido as vendas esperadas e decidiram arriscar um novo prisma: o e-comércio. Resultado: as vendas via Internet aumentaram 50% em dois anos. A questão a colocar: como é que pôr os mesmos produtos à venda em diferentes «ambientes», produz lucros diferentes?
A resposta poderá ou não ser peremptória, mas a verdade é que o conceito de comprar online, está a ganhar cada vez mais adeptos. Já para não falar das «cartas na manga» que as lojas puxam, tais como sites apelativos, reduções exclusivamente Web, portes de envio grátis. E tudo sem sair do conforto da sua casa, evitando as confusões dos centros comerciais, dos empurrões e das filas intermináveis.


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