I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 112 | Ano I

Crescimento do PIB no 3º trimestre foi próximo de 6%
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, durante sua exposição na reunião com movimentos sociais no Palácio do Planalto, que o PIB - Produto Interno Bruto - no terceiro trimestre desse ano, que deverá ser divulgado nos próximos dias, deve ter registrado crescimento próximo de 6%. "No primeiro trimestre, estávamos crescendo a 5,8%. No segundo trimestre, 6,1% ao ano. No terceiro trimestre, crescemos algo próximo a 6%, uma marca muito superior à média histórica", informou o ministro. Segundo ele, a trajetória de crescimento do PIB só não deverá manter-se por conta da crise financeira internacional. Mantega afirmou que o Brasil é, entre os países emergentes, o que menos tem sofrido impacto da crise financeira mundial. "O Brasil demonstrou estar melhor preparado para esse tipo de problema causado por essa crise", afirmou o ministro.
Emergentes - Mantega previu que nos países emergentes haverá uma desaceleração da economia, mas "sem recessão". Os países emergentes, segundo o ministro, terão na crise um comportamento "diferenciado: sofrerão também o impacto, que levará a uma desaceleração sem que haja recessão". Isso não significa, porém, disse Mantega, que os países em desenvolvimento não sofrerão conseqüências da crise, pois haverá redução dos investimentos, redução do crédito e um considerável aumento do custo financeiro. "E isso é o principal malefício, porque (esses problemas) reduzem o nível da atividade econômica", afirmou o ministro. "Os emergentes sofrem também, uma saída de capitais, como ocorre no Brasil, China e Índia, onde havia abundância de capitais, investimentos e liquidez. No momento em que estrangeiros (que investiam aqui) têm prejuízo no exterior, eles levam o dinheiro embora, para tapar buracos lá." Um dos poucos países emergentes onde há lucro, disse Mantega, "talvez seja o Brasil".

Governo acaba com limite de endividamento da Petrobras no Brasil
O CMN - Conselho Monetário Nacional - acabou ontem, com os limites para que a Petrobras possa buscar crédito no mercado financeiro doméstico. Com isso, a empresa poderá obter mais recursos nos bancos brasileiros, caso as condições sejam mais favoráveis que no mercado externo nesse momento de crise. O objetivo é dar mais flexibilidade para que a empresa possa buscar empréstimos no Brasil ou no exterior, de acordo com as melhores condições de crédito, para poder fazer seus investimentos na extração de petróleo do pré-sal. "A Petrobras agora, pode recorrer ao mercado doméstico para contratar suas operações e viabilizar seus investimentos com mais flexibilidade", afirmou o coordenador do Tesouro Nacional, Cléber de Oliveira. No mês passado, o CMN já havia ampliado o limite de endividamento da empresa em
mais R$ 8 bilhões. Havia também outro limite de mais R$ 5,6 bilhões para a subsidiária Transpetro. Hoje, as empresas públicas têm limites rigorosos para fazer esse tipo de operação. A Petrobras, por exemplo, já havia esgotado esses valores e podia operar somente no exterior. Agora, os limites da empresa serão fixados apenas no Programa de Dispêndio Global da empresa, uma espécie de orçamento de investimentos, que tem de ser aprovado pelo Ministério do Planejamento. Dessa forma, a estatal terá ainda, de cumprir suas metas de superávit em relação às contas públicas. Em setembro desse ano, o CMN já havia tomado uma decisão que aumentou também, o limite de crédito da estatal junto ao BNDES. Com isso, a estatal terá mais recursos para investir nas suas descobertas de petróleo na camada pré-sal do litoral brasileiro. Na época, a empresa foi excluída do limite de crédito do BNDES para as empresas estatais e ganhou um limite só para ela.

Meirelles diz que previsão de crescimento de 3% do FMI para o Brasil, é conservadora
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem, que a previsão de crescimento da economia brasileira feita pelo FMI - Fundo Monetário Internacional - para 2009, é "conservadora". O Fundo prevê uma expansão de 3% para o país, abaixo dos 4% estimados pelo governo na proposta de Orçamento para o próximo ano. Meirelles afirmou que a previsão do BC será divulgada somente em dezembro, mas adiantou que a economia brasileira segue com um bom desempenho, apesar da crise. "Temos um crescimento do emprego e da renda. A economia brasileira entrou mais forte nessa crise", afirmou Meirelles durante audiência na Comissão Mista de Planos e Orçamento do Congresso. "A utilização da capacidade instalada da indústria é um índice forte dentro da série histórica. E as indicações são de que o país cresceu de forma robusta até setembro", disse Meirelles ao adiantar a expectativa para os dados novos do PIB, que serão divulgados somente em dezembro. Meirelles disse que, apesar da previsão do FMI para o Brasil estar abaixo da feita pelo governo, ela está acima da expectativa do Fundo para o PIB mundial, de 2,2%. "Julgamos a previsão do FMI sobre o Brasil, conservadora. Mas se nós olharmos o crescimento do PIB no mundo, o país cresce acima da média mundial. Isso mostra maior resistência da economia brasileira à crise."

Clube de Paris anuncia pela 1ª vez, valor de seus empréstimos
O Clube de Paris, integrado por 19 países desenvolvidos credores, anunciou ontem, pela primeira vez em seus 50 anos de história, o montante dos créditos que já concedeu, com objetivo de "contribuir para uma maior transparência". O total dos créditos do Clube de Paris, sem contar os juros, chega a US$ 330,2 bilhões, dos quais US$ 172 bilhões correspondem a créditos de APD - Ajuda Pública ao Desenvolvimento -, diz um organismo em comunicado. Cerca de 10% dos créditos foram concedidos a países pobres, aos que o Clube de Paris pretende anular a maioria de suas dívidas, com a condição de que iniciem reformas econômicas e políticas para reduzir a pobreza. A dívida com o Brasil, por exemplo, chega a US$ 2,8 bilhões. Com a Argentina é de US$ 6,472 bilhões e com Uruguai e Venezuela é de US$ 408 milhões e US$ 692 milhões, respectivamente. Na América Latina, se destaca a dívida de Cuba com o Clube, que chega a US$ 29,692 bilhões. O Clube de Paris explica na nota, que os dados são os mais exatos possíveis e precisa que a iniciativa de divulgá-los "tenta reforçar a transparência das informações relativas à dívida e incitar o conjunto de credores" a se envolver no processo de informação e publicação desse tipo de indicadores. (Efe, de Paris)

Acionista se recusa a vender ações e emperra compra da Sanyo pela Panasonic

De acordo com o Wall Street Journal, as negociações para a
compra da Sanyo pela Panasonic, empacaram. O motivo está no fato do Goldman Sachs, um dos maiores acionista da Sanyo, ter encerrado as conversas para vender sua parte na empresa. No início do mês, executivos das duas empresas iniciaram uma série de encontros para realizar o acordo, que envolve três acionistas principais: o Sumitomo Mitsui, o Daiwa Securities e o Goldman Sachs. A expectativa era concluir o negócio até o final desse ano. Segundo o WSJ, a Panasonic teria oferecido aos acionistas 120 ienes, ou 1,25 dólar, por ação aos três acionistas, que, juntos, possuem 70% dos papéis da Sanyo. O valor é bem abaixo do atual valor de mercado da companhia, cujas ações estavam valendo 150 ienes ao final do pregão de ontem da bolsa de valores de Tókio. Ainda de acordo com a publicação, a recusa por parte do Goldman Sachs em vender sua participação, foi motivada por uma primeira oferta feita pela Panasonic considerada baixa por analistas de mercado.

Crédito mais caro e difícil eleva inadimplência de empresas
A inadimplência das empresas subiu 9,2% em outubro desse ano, ante o mesmo período de 2007, segundo pesquisa da Serasa. Em relação ao mês anterior, o aumento foi de 7,5%. Ainda assim, no acumulado desse ano até outubro, o índice recuou 0,3% em relação a igual intervalo do ano passado. Segundo a entidade, a alta de 9,2% na inadimplência das empresas em relação a outubro de 2007, "pode ter ocorrido pelo crédito mais caro e mais seletivo, como primeiros
sinais da crise no país". O aumento em relação a setembro desse ano, conta ainda, segundo a Serasa, com o "efeito calendário", já que outubro teve um dia útil a mais que o mês anterior. Para os técnicos da Serasa, no acumulado do ano, no entanto, "o crescimento da economia doméstica, financiado pelo consumo e pelo crédito, tem favorecido o fluxo de caixa das empresas, promovendo a pontualidade dos pagamentos e as quedas de inadimplência". Nos dez primeiros meses desse ano, os títulos protestados lideraram a participação das dívidas (que tiveram valor médio de R$ 1.530,93, em alta de 3%), seguido por cheques devolvidos por falta de fundos (R$ 1.309,16, expansão de 12,6%) e dívidas com os bancos (valor médio de R$ 4.396,90, com alta de 7,3%).

Pão de Açúcar tipo exportação
Frederico Braun, presidente da rede argentina La Anônima, andou passeando pelos corredores da sede do grupo Pão de Açúcar, na semana passada. Foi uma visita cordial, mas com foco definido. Após meses de namoro, as duas companhias assinaram contratos para a entrega de produtos da Taeq, marca da cadeia brasileira, nas 114 lojas da varejista argentina nas próximas semanas. Com 260 pontos e receita de US$ 2,5 bilhões, a varejista Éxito, da Colômbia, acaba de dispor nas gôndolas produtos alimentícios, também da linha Taeq. A idéia é ampliar a venda dessas mercadorias lá fora e iniciar a comercialização de roupas esportivas da marca no próximo ano. Uruguai e Venezuela devem ser os próximos a receber as linhas da Taeq - marca que cresce 15% ao ano dentro da empresa e que deve começar a fazer escola no grupo. Isso porque a companhia já vai exportar também, itens da marca própria Qualitá para a Argentina, na tentativa de ampliar as opções de produtos ao varejo internacional. Ao embarcar mercadorias brasileiras para países vizinhos, o Pão de Açúcar reforça um negócio que lhe traz um bom dinheiro. Estima-se que as margens de lucro desses produtos, sejam de 25% a 30% mais altas que a margem obtida com a venda de itens de terceiros. E a possibilidade de ver essa taxa minguar, numa eventual guerra de preço (muito comum quando uma marca desbrava um novo mercado), é praticamente, nula. Lojas parceiras ou sócias da rede francesa Casino, dona de parte do grupo Pão de Açúcar, devem ser foco dessa ação, mas não há essa exigência para o fechamento dos contratos. A La Anônima, por exemplo, não tem qualquer ligação com a Casino e tornou-se a primeira cliente.

Vendas de materiais para construção disparam em outubro
As vendas de materiais de construção cresceram 4,4% em outubro, em relação a setembro, de acordo com a Abramat - Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção. No acumulado do ano (janeiro a outubro) o crescimento foi de 36,47% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto nos últimos 12 meses as vendas subiram 34,16%, segundo o Índice de Vendas, divulgado nessa segunda-feira, pela Abramat. A expectativa é de que o ano feche com um crescimento de 28% nas vendas, muito acima dos 15,5% de 2007 e dos 6,3% do ano anterior.

Pesquisa aponta os impactos do IFRS no Brasil

Estudo realizado pela Deloitte em parceria com o IBRI - Instituto Brasileiro de Relações com Investidores - indica haver otimismo em relação aos impactos do IFRS no mercado de capitais no Brasil. Mais de 80% dos profissionais de RIs - Relação com Investidores - entrevistados na pesquisa “Os impactos da convergência contábil”, apontam avanços do novo padrão em relação ao BR GAAP. Entre os profissionais ouvidos, 92% destacam que transparência nas demonstrações, será maior com o padrão contábil globalmente aceito. Apesar do destaque positivo, 61% confirmam não se sentir preparados ainda, para prestar esclarecimentos sobre o reporte financeiro em IFRS para seus investidores. Hoje, segundo a pesquisa, o percentual de empresas que já recebem solicitações de informações em IFRS de investidores estrangeiros e locais, é de 75%.
Apesar da imposição do curto prazo para adequação, 90% das empresas que responderam à pesquisa informaram ainda, não adotar o IFRS; desse grupo, 80% têm buscado informações sobre o novo padrão contábil e quase a mesma parcela de empresas está em busca dos recursos necessários para adotá-lo. Mas, de alguma forma, 98% das empresas estão envolvidas no processo de adaptação ao padrão internacional de contabilidade. Dentre as empresas que fizeram parte da amostra da pesquisa, 55% das empresas questionadas, manifestaram a intenção de adotar o novo modelo ainda em 2008. Já 7% informaram utilizar o IFRS há aproximadamente, três anos.
A necessidade da convergência para o padrão contábil internacional provoca várias preocupações nos profissionais de RI. Uma delas, a mais citada na pesquisa, refere-se às questões burocráticas e de morosidade para a aprovação da mudança na legislação brasileira (77%), seguida pela falta de familiaridade e conhecimento do IFRS (67%) e preocupação com a qualificação dos profissionais (55%). Segundo a pesquisa, mais da metade dos entrevistados (69%) acredita que a implantação do IFRS impactará as políticas de gestão de risco já adotadas. Outros 14% informaram que suas empresas não contam com uma estrutura de gerenciamento de riscos. Um ponto relevante avaliado pela pesquisa, foram os fatores importantes para a contratação de profissionais para as áreas de RIs. As empresas e os profissionais da área afirmam que ter conhecimento contábil é fundamental (78%), ficando atrás apenas do dinamismo (84%) e bom relacionamento com investidores e analistas (80%).

Herbalife cresce 13,7% no terceiro trimestre
A Herbalife, uma das principais empresas de produtos para nutrição e controle de peso, por meio da venda direta, disse que suas vendas líquidas cresceram 13,7% no terceiro trimestre do ano na comparação anual, para US$ 602,2 milhões. Esse foi o 19º trimestre consecutivo de crescimento de dois dígitos nas vendas líquidas da empresa no mundo. O Brasil, terceiro maior mercado da Herbalife no mundo, registrou um aumento de 47,3% nas vendas, atrás apenas da China, com crescimento de 87,3%. A América do Sul, da qual o Brasil é o maior mercado, fechou o terceiro trimestre com US$ 85,8 milhões em vendas líquidas, 13% mais que em 2007.

Volume de cheques devolvidos aumenta 11,56% em outubro
Dados da Equifax indicam que o mês de outubro registrou um volume de 2,39 milhões de cheques devolvidos, um aumento de 11,56% em relação a setembro de 2008. O índice foi 0,18% menor quando comparado a outubro de 2007. O aumento do volume de cheques devolvidos na comparação mensal deve-se, segundo a empresa, ao maior número de dias úteis e aos efeitos da crise financeira internacional, com redução da liquidez no mercado financeiro, elevação dos juros cobrados e maior comprometimento da renda familiar com despesas financeiras.


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BASTIDOR

- Shoppings da Multiplan valem R$ 9 bilhões. A Jones Lang LaSalle avaliou os ativos da Multiplan, uma das maiores empresas de shopping centers do país, em R$ 9 bilhões. A análise dos 11 shoppings da empresa (não considerando o recém-aberto BarraShopping Sul) e expansões, levou em conta aspectos como desempenho histórico e atual, características técnicas e dados do setor. Do valor total, R$ 5,6 bilhões se referem à participação da Multiplan nos empreendimentos.


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MERCADO de Ações & Futuros

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

Bovespa fecha em alta de 4,76% e anula perdas da semana passada
A Bovespa zerou as fortes da semana passada com a valorização das ações registrada nessa quarta-feira. O mercado repercutiu positivamente as iniciativas dos governos dos EUA, da
China e da União Européia para debelar os efeitos da crise financeira sobre a economia real (setor produtivo e consumo). O dólar refletiu o dia positivo das Bolsas e desabou para R$ 2,27.

- O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, avançou 4,76% no fechamento, atingindo os 36.469 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,5 bilhões.

Análise - A Bolsa brasileira teve uma forte alta, mesmo quando as principais Bolsas de Valores mundiais caíam, influenciadas pela recuperação dos preços das commodities (matérias-primas). A ação preferencial da Petrobras, a preferida dos investidores, encerrou o pregão com ganhos de 6%.
No rol das 66 ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou por conta do ativo da holding
Tim Participações, que disparou 18,44%. A imprensa italiana informou ontem que o grupo de telecomunicações Telecom Italia, estuda a venda da TIM Brasil a seus sócios da operadora espanhola Telefónica.

- O dólar comercial foi vendido por R$ 2,275, o que significa um declínio de 2,06% sobre a cotação de ontem.
- A taxa de risco-país marca 492 pontos, número 1% acima da pontuação anterior.



Bolsas dos EUA ignoram dados negativos e sobem antes de feriado
As Bolsas americanas tiveram uma sessão em que os investidores pareciam desorientados entre os maus indicadores sobre a economia dos EUA e a aposta em papéis de tecnologia.
- Após operar parte da
sessão em baixa, a Nyse (Bolsa de Valores de Nova Iorque) fechou em alta de 2,91%.
- O índice Dow Jones Industrial Average subiu aos 8.726,61 pontos.
- Enquanto o S&P 500 subiu 3,53%, para 887,68 pontos.
- A Bolsa Nasdaq encerrou a sessão com valorização de 4,60%, com 1.532,10 pontos.

Análise 1 - Os investidores aproveitaram o último dia "cheio" para negócios nessa semana: hoje o mercado estará fechado como parte das comemorações do Dia de Ação de Graças e, na sexta-feira, 28/11, a sessão terá duração menor. As Bolsas de Valores mundiais operaram sob pressão nessa quarta-feira, depois da publicação de uma série de dados econômicos insatisfatórios nos EUA, o que as devolveu à realidade após os últimos lucros. Os corretores explicaram que o anúncio de um pacote de estímulo da União Européia de 200 bilhões de euros (US$ 260 bilhões) não causou impacto, ao mesmo tempo em que a injeção de US$ 800 bilhões nos mercados financeiros, decidida na terça pelo Fed - Federal Reserve -, ainda era motivo de dúvidas, segundo Patrick O'Hare, da Briefing.com.

Análise 2 - Os dados econômicos americanos sugerem que a primeira economia mundial sofrerá recessão profunda e duradoura. Ontem, o governo dos EUA informou

retração da economia de 0,5% no terceiro trimestre, maior que a de 0,3% estimada inicialmente. Para o trimestre em curso, a expectativa é de uma nova contração - dois trimestres seguidos de retração na economia são o que caracteriza uma recessão.


Bolsas da Europa fecham sem direção definida
As principais bolsas européias encerraram o pregão de ontem, sem direção definida, pressionadas pelos receios sobre a deterioração da economia na região, mesmo com a divulgação de um pacote de estímulo de 200 bilhões de euros anunciado ontem, pela EU - União Européia. Além disso, os investidores aproveitaram a oportunidade para consolidar lucros antes do feriado de Ação de Graças nos EUA, hoje.

- A Bolsa de Londres terminou o dia em baixa de 0,44%.
- A Bolsa de Paris perdeu 1,24%,
- A Bolsa de Madri recuou 0,49%.
- Enquanto isso, na Alemanha, a Bolsa de Frankfurt, fechou estável.
- Já as Bolsas de Lisboa e de Milão encerram os negócios no terreno positivo, com ganhos de 0,22% e de 0,62%, respectivamente.

Reação das Ações - Entre as ações que tiveram desempenho ruim, estão as dos setores, financeiro e petroleiro. Em Paris, Crédit Agricole caiu 2,94% e o BNP Paribas, 0,37%. Em Londres, o HBOS perdeu 6,70% e o Barclays 4,19%, enquanto na Bolsa de Madri o Bankinter recuou 4,70%, o BBVA 2,85% e o Banco Popular 2,73%. O Santander subiu 2,05%.

Análise - Na contramão da maior parte dos índices europeus, as ações de empresas do setor automotivo fecharam em alta, impulsionadas pela possibilidade de uma redução no imposto sobre o valor agregado na França. A Volkswagen subiu 15,33% na Bolsa de Frankfurt, seguida por Daimler e BMW, com alta de 2,13% e 1,67%, respectivamente. Em Paris, a Michelin avançou 8,19% e a Peugeot 6,73%. Em Londres, as mineradoras, também tiveram um bom desempenho, com BHP subindo 9,90%, a Vedanta 8,64%, a Xstrata 2,34% e a Rio Tinto 1,10%. Entre as petroleiras, a Tullow Oil recuou 5,81%, a Royal Dutch Shell perdeu 1,99% e a BP caiu 1,49%.


Bolsas da Ásia se animam com corte de juros na China
As Bolsas de Valores da Ásia fecharam o dia em alta nesta quinta-feira animadas com o corte de juros realizado pelo Banco Central da China para estimular a economia do gigante emergente. O Banco do Povo da China anunciou nesta quarta-feira (26) um corte de 1,08 ponto percentual -o maior da década - em sua
taxa básica de juros, para 5,58%.

- A Bolsa de Tóquio (Japão), a principal da região Ásia-Pacífico, teve alta de 1,95%, aos 8.373,39 pontos, com a expectativa de que o corte de juros melhore o cenário econômico na China e contribua para amenizar os efeitos da crise econômica mundial. "Quando a China anunciou seu recente pacote econômico, a produção de maquinário industrial, a siderurgia e a indústria naval ganharam, justamente como agora", afirmou Hiroaki Osakabe, da Chibagin Asset Management, em Tóquio.
- A Bolsa de Xangai (China) teve alta de 1,18%. Em outros mercados, o dia foi de operações no azul.
- Em Hong Kong, o indicador Hang Seng subia 2,80% perto do final do dia.
- Na Austrália, a alta era de 1,40%.
- A Coréia do Sul avançou 3,27%, aos 1.063,48 pontos.

"O ânimo com o corte de juros na China pode não durar muito, já que a real atenção do mercado está voltada para os Estados Unidos", disse Katsuhiko Kodama, da Toyo Securities. "Os investidores continuam cautelosos porque esperam os resultados das vendas de Natal neste ano."


Meirelles diz que "destruição de riqueza" nas Bolsas soma US$ 29 trilhões
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem, que as Bolsas de Valores mundiais já perderam US$ 29 trilhões desde outubro de 2007, em um ano de crise econômica. O número equivale a cerca de 40% das somas das riquezas produzidas no mundo todo. De acordo com dados coletados pelo BC até o último dia 25, o valor aplicado nas bolsas caiu para menos de US$ 30 trilhões. Ele comparou também, os números do índice Dow Jones da bolsa dos EUA nas crises de 1929 e de 2008. Em valores atualizados, a bolsa estaria hoje no mesmo nível daquela época, considerando o número de semanas após o "estouro da bolha". "Não há dúvida que houve destruição de riqueza das bolsas desde outubro de 2007, de US$ 29 trilhões. Se compararmos a crise de 1929 com a de agora, o pico foi equivalente", afirmou. Segundo Meirelles, o sistema bancário também perdeu cerca de US$ 1 trilhão, sendo que parte disso, já foi recomposto, devido ao aporte de recursos dos governos dos países afetados. Com o pacote de US$ 800 bilhões anunciado ontem nos EUA, o total gastos ou comprometimento do governo norte-americano até agora, chega a US$ 5,4 trilhões.


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ÍNDICES ECONÔMICOS

Índice de Confiança do Consumidor
O ICC - Índice de Confiança do Consumidor - da FGV - composto por cinco quesitos contidos na Sondagem de Expectativas do Consumidor – reduziu-se em 4,2%, entre outubro e novembro de 2008, ao passar de 101,1 para 96,9 pontos, o menor nível da série histórica iniciada em setembro de 2005. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a queda atingiu 15,2%. Tanto as avaliações sobre a situação presente, quanto às expectativas em relação aos próximos meses, foram as menos favoráveis desde setembro de 2005.
O Índice da Situação Atual, que em outubro havia registrado 104,0 pontos, reduziu-se para 98,1 pontos, em novembro. No mesmo período, o Índice de Expectativas apresentou variação negativa, de 3,3%, passando de 99,5 para 96,2 pontos.
Em novembro, a queda do índice foi influenciada principalmente, pela pior avaliação do consumidor a respeito da situação financeira familiar e pelo menor ímpeto para compras de bens duráveis, nos próximos meses.
A parcela dos que avaliam a situação financeira da família como boa reduziu-se de 20,6% para 17,0% entre outubro e novembro, enquanto a proporção dos que a avaliam como ruim, aumentou de 13,9% para 16,1% do total.
Em relação às compras de duráveis, a parcela dos que pretendem gastar mais nos próximos seis meses, diminuiu de 17,5% para 14,4%. A dos que projetam gastar menos, aumentou de 32,9% para 35,6%.
A Sondagem de Expectativas do Consumidor é realizada com base numa amostra de mais de 2000 domicílios, em sete das principais capitais brasileiras. A coleta de dados para a edição de novembro foi realizada entre os dias 31/10 e 19 de novembro de 2008.


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MERCADO FINANCEIRO


Unibanco paga US$ 820 milhões por participação na AIG
O Unibanco fechou a compra da participação da AIG (American International Group) na seguradora em que tinham parceria no Brasil. O negócio já havia sido setembro. O negócio foi fechado por US$ 820 milhões. De acordo com o Unibanco, nada muda para os clientes da seguradora. A empresa tem 1.600 colaboradores. A seguradora Unibanco AIG figura entre as três maiores brasileiras e esteve em alguns dos maiores sinistros de grandes riscos do país, como as obras do metrô de São Paulo, a caldeira da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), a queda do Fokker da TAM em 1996 e do Airbus de 2007. Maior seguradora do mundo, a AIG sofreu intervenção do governo americano em meados de setembro. Desde então, os novos controladores procuram se desfazer de participações da seguradora no mundo. Para socorrer a AIG, o governo americano fez uma injeção de US$ 85 bilhões e ficou com 80% da empresa.

Fed aprova venda do Merrill Lynch ao Bank of America
O Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) aprovou na noite de ontem a venda da financeira Merrill Lynch ao Bank of America, encerrando uma negociação iniciada em setembro, após a quebra do banco
Lehman Brothers no início da atual crise financeira. A aquisição do Merrill Lynch foi fechada pr um valor de US$ 44 bilhões. Com esta compra, o Bank of America consolida sua posição de gigante, reforçada por uma série de aquisições anteriores que incluem o banco hipotecário Countrywide Financial. A operação é parte do processo de reestruturação do sistema bancário dos EUA como resultado da crise das hipotecas de alto risco ("subprime"). O Bank of America já adquiriu neste ano a empresa do setor de hipotecas Countrywide, que também atravessava sérios problemas por causa da crise neste setor. O Bank of America, com um total de US$ 1,8 trilhão em ativos consolidados, é a maior instituição de depósitos nos Estados Unidos. Com a compra, o Bank of America passa a controlar os ativos consolidados do Merrill Lynch, que chegam a US$ 875 bilhões com depósitos de aproximadamente US$ 77,8 bilhões. O acordo transformará o Bank of America na maior corretora de Bolsa em nível mundial, com a gestão de ativos avaliados em mais de US$ 2,5 trilhões. O quadro de funcionários passará de cerca de 16 mil assessores financeiros para o total de mais de 20 mil.

Dívida dos brasileiros já ultrapassa os 40% do PIB, e bate recorde
Mesmo com o agravamento da crise, a partir do final de setembro, o volume de crédito disponível no país continuou crescendo e voltou a bater recorde em outubro. Segundo dados do Banco Central, o total de empréstimos liberados pelo sistema financeiro somava R$ 1,187 trilhão, valor que equivale a 40,2% do PIB - Produto Interno Bruto - brasileiro. Desde que o BC passou a calcular essa estatística, em julho de 1994, a relação entre crédito e PIB, nunca havia ultrapassado 40%. A meta do governo era chegar a esse patamar no fim desse ano.
O saldo de financiamentos oferecidos pelo sistema financeiro no final do mês passado, é semelhante ao total de títulos públicos em circulação no mercado, que em outubro era de R$ 1,226 trilhão. Isso significa que, atualmente, o valor dos empréstimos que os bancos concedem aos seus clientes no Brasil, é semelhante à soma dos empréstimos que investidores do mercado financeiro concedem ao governo.
O nível recorde no volume de crédito não significa, porém, que a crise não afetou a concessão de empréstimos bancários no país. O que os números mostram é que, com exceção de alguns segmentos isolados, não houve um congelamento total na liberação de novos recursos, e sim uma diminuição no seu ritmo de crescimento. No mês passado, os bancos concederam R$ 157 bilhões em novos financiamentos, uma queda de 3% em relação ao valor apurado em setembro.
Esses valores variam muito de mês para mês, e mesmo nesse ano, antes da crise, quedas maiores já haviam sido registradas. Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, o que chama a atenção é que o recuo tenha acontecido numa época em que a procura por crédito é mais forte, devido à proximidade das festas de fim de ano. Lopes diz que a crise afetou mais a oferta de novos financiamentos entre o final de setembro e o começo de outubro, mas que já há sinais de normalização desse mercado. "[A crise] afetou menos [a expansão do crédito] do que inicialmente se mostrava. No início [de outubro] observamos uma retração forte, mas já há sinais fortes de recuperação", afirma. Nesse mês, segundo parcial fechada pelo BC, no último dia 12/11, a concessão de empréstimos cresceu 5,7%.
Os números do BC mostram ainda, que a maior parte dos financiamentos bancários disponíveis no país são de valores mais altos. No caso das pessoas físicas, 50% dos financiamentos têm valores entre R$ 5.000 e R$ 50 mil, e 21% estão acima de R$ 50 mil. Entre as empresas, 42% dos contratos estão na faixa entre R$ 10 mil e R$ 10 milhões, e 40% superam o patamar de R$ 10 milhões.


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ANÁLISE SETORIAL


Gartner: momento difícil exige que CIOs e CFOs superem divergências
O Gartner divulgou nessa terça-feira, 25/11, pesquisa em que avaliou os
perfis de CIOs - Chief Information Officers - e CFOs - Chief Financial Officers. O estudo apontou diferenças marcantes de perfis de executivos de um lado e de outro, e o resultado, recomenda que essas sejam superadas como meio de dar mais agilidade a processos corporativos.
De acordo com Ione Coco, vice-presidente regional do Gartner, para o Programa para Executivos da América Latina, a pesquisa concentrou-se nas duas áreas, porque os executivos gerenciam dois dos
ativos mais importantes para as corporações: finanças e informação. “O que detectamos é que CIOs e CFOs têm formas de pensar muito diferentes, o que acaba criando ruídos de comunicação entre as duas áreas”, afirma.
Alguns exemplos. De acordo com a pesquisa, os CFOs vêem os CIOs como profissionais que nunca falam de negócios ou de mercado, mas de questões práticas de TI, ou relacionadas à gestão de sua área. Outro: CFOs ficam extremamente incomodados com ativos subutilizados, algo absolutamente normal para CIOs, mas afeitos a planejamentos de longo prazo. “O que resume bem essa diferença é o seguinte: CFOs não dimensionam necessidades pelo pico, mas pela média”, brinca Ione.
As diferenças não param por aí. Acostumados a gerir portfólios financeiros, os CFOs gostam de contar com várias opções para cada projeto. Os CIOs, ao contrário, querem sempre a melhor solução e, uma vez encontrada, trabalham para que seja adotada, desconsiderando outras. De acordo com Ione, a crise tende a acentuar ainda mais essas diferenças. “A tendência é que as áreas financeiras olhem muito para o curto prazo, defendendo a venda de ativos não utilizados, por exemplo. Por seu lado, a área de TI preocupa-se em estar pronta quando a crise passar, e deve defender a manutenção desses ativos”, exemplifica.
Para a analista, o ideal é que executivos de ambas as áreas conheçam e entendam melhor os perfis uns dos outros, aprendendo a estabelecer canais de comunicação. “É uma caminhada em que ambos, têm que se entender para aprimorar a comunicação. Quem ganha com isso são as empresas”, conclui.


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AGRONEGÓCIOS


Quantidade de aves no Brasil cresceu mais de 10% entre 2006 e 2007
O número de aves cresceu 11,5% no país, entre 2006 e 2007. O dado é da PPM - Pesquisa da Pecuária Municipal - 2007, divulgada ontem, 26/11, pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Segundo o estudo, o Brasil tinha, em 2007, 1,127 bilhão de galináceos (galos, frangos, pintos e galinhas). Mais da metade do total de galos, frangos e pintos (50,3%), encontra-se no Sul do país. Quanto às galinhas, a produção se concentra no Sudeste (35,6%). Em 2007, o rebanho de cerca de 60 milhões de suínos foi 2,2% maior que em 2006. A maior parte dos animais está no Sul (47,5%), sendo Santa Catarina o principal estado produtor (19,9% do rebanho nacional), seguido pelo Rio Grande do Sul (14,5%) e Paraná (13,2%). Já o rebanho de eqüinos teve queda de 2,6%, na comparação com 2006, somando 5,602 milhões de animais. Corumbá, em Mato Grosso, tem o maior número desses animais (0,5% do total nacional), mas o Sudeste (25,6%) lidera esse número regionalmente, seguido do Nordeste, com praticamente o mesmo percentual.

IBGE: rebanho de bovinos cai 3% no País em 2007
O rebanho de bovinos no País voltou a cair no ano passado, apesar de 2007 ser considerado como um ano positivo para o setor, segundo mostra a Pesquisa Municipal de Pecuária divulgada ontem, pelo IBGE. O efetivo bovino (número de cabeças) no País caiu 3% em relação ao ano anterior, o segundo recuo anual consecutivo, já que em 2006 houve queda de 0,6%.
A tendência de redução do rebanho foi apurada também, na Amazônia Legal, região que reúne 35% do efetivo brasileiro de bovinos e cujo número de cabeças, recuou 5% no ano passado, ante o ano anterior. O gerente de Pecuária do IBGE, Octávio Costa de Oliveira, disse que o recuo amazonense não está relacionado a questões ambientais, mas a fatores mercadológicos. Apesar da queda apurada em 2007, o Brasil registra o maior rebanho bovino do mundo (199,75 milhões de cabeças), acima da Índia (177,84 milhões de cabeças) e da China (116,86 milhões de cabeças).
Segundo Costa de Oliveira, a queda no efetivo nacional de bovinos, reflete o aumento do abate de matrizes (vacas reprodutoras) no País a partir de 2003. Segundo ele, o ano de 2003 foi de baixo crescimento da economia e da demanda e os produtores, em dificuldades financeiras, aceleraram os abates de matrizes. Como a reposição desses animais ocorre de forma lenta, o rebanho prossegue em trajetória de redução. O gerente explicou também, que a redução no efetivo de bovinos na Amazônia Legal, responde ao fato de que essa é uma região cuja produção pecuária está mais voltada para o mercado e, por isso, foi mais forte, ali, o crescimento do abate de matrizes. Além disso, segundo ele, pode ter ocorrido uma reavaliação de cadastro na região.

BNDES injetará R$ 450 milhões no frigorífico Independência

O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - vai injetar R$ 450 milhões na Independência Participações S.A., holding familiar que detêm 100% do Independência S.A, um dos maiores grupos frigoríficos do País. A operação, iniciada há seis meses e fechada essa semana, prevê a troca do investimento pela participação acionária da BNDESPar - BNDES Participações - na companhia.
Segundo o diretor financeiro do Independência, Tobias Bremer, o aporte será feito em duas etapas, com o repasse de R$ 250 milhões essa semana, e R$ 200 milhões em janeiro de 2009. Ele não revelou qual o percentual de participação acionária na companhia, ao qual a BNDESPar terá após a operação. Em um comunicado ao mercado, o Independência informa que a holding do banco de desenvolvimento terá uma "participação minoritária da companhia, cujo tamanho exato será definido, baseado em termos e condições precedentes usuais desse tipo de transação".
Bremer afirmou que o dinheiro será utilizado para várias operações, como a redução da dívida, o aumento do capital de giro e ainda, o aumento da capacidade produtiva, "por meio de aquisições ou construção de novas plantas industriais". O diretor avaliou ainda, que a operação é "um sinal de confiança e um apoio forte do BNDES ao Independência, e a todo o setor produtivo pecuário do País".
O Independência S.A. tem capacidade atual de abate de 10 mil cabeças e produção do mesmo volume de peles por dia, além de ser uma das maiores operadoras de logística refrigerada do País. A companhia tem unidades em sete Estados brasileiros e no Paraguai, com 14 plantas de abate e desossa, três curtumes, três fábricas de charque, cinco módulos de produção de biodiesel, além de centros de distribuição em Cajamar/SP, Itupeva/SP e no porto de Santos/SP.


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SETOR AUTOMOTIVO


Crise chega ao Salão de Detroit, que corre o risco de ser cancelado
Baixas vendas e a situação quase falimentar de grandes montadoras atrapalham a realização de um dos maiores e tradicionais salões de automóvel do mundo, palco de grandes lançamentos: o de Detoit. Já desistiram de estar presentes: a Rolls-Royce, Land Rover, Ferrari, Suzuki, Nissan e a Mitsubishi. Tanto a GM como a Ford - que esperam ajuda do governo americano - ainda não se posicionaram. No Brasil, o presidente da Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores -, Jackson Schneider, considera que existe uma "certa dificuldade" para o setor vender as tão sonhadas 3 milhões de unidades esse ano. A média mensal de veículos licenciados esse ano, que era de 11.000, agora está em torno de 9.000, e acontece a queda nas exportações, para o México, Venezuela, África do Sul e Argentina.

Porsche prevê queda nas vendas em seu atual exercício
O presidente da Porsche, Wendelin Wiedeking, disse ontem, em Stuttgart, que a empresa iniciou um programa de poupança e que não comprará ações da Volkswagen "a preços economicamente insensatos", pelo que provavelmente não aumentará sua participação para mais de 50% nesse ano. A Porsche tem 42,6% da Volkswagen e havia assegurado mais 31,5%, mediante opções. Wiedeking insistiu em que o aumento da participação na Volks tem como condição, que o preço das ações não seja excessivamente elevado.
No final de outubro, as ações da Volkswagen chegaram a custar mais de 1 mil euros, depois de a Porsche anunciar que ela tinha uma participação de mais de 70%. Nos quatro primeiros meses fiscais, de agosto até o final de novembro, a Porsche reduziu o volume de negócios para 2 bilhões de euros (cerca de US$ 2,56 milhões), 15,2% a menos do que no mesmo período de 2007. Além disso, a Porsche reduziu as entregas em 18% (25,2 mil unidades) nesse período, em relação ao ano anterior. A montadora divulgou também, alguns números dos resultados de seu último ano fiscal (2007/08), que já tinha antecipado no início de outubro.
A Porsche bateu recordes de vendas, produção e faturamento em seu último ano fiscal, 2007/08, que concluiu em 31/7. A empresa aumentou o lucro líquido até o recorde de 6,392 bilhões de euros (em torno de US$ 8,181 bilhões), 50,7% a mais do que o ano anterior, devido a ganhos extraordinários por sua participação na Volkswagen. O volume de negócios aumentou 1,3%, no último exercício, chegando a 7,466 bilhões de euros (US$ 10,444 bilhões). O ganho sem contar impostos da Porsche, 8,569 bilhões de euros (US$ 10,969 bilhões), superou o volume de negócios nesse exercício, em 46% o nível de 2007/08. Esse número reflete efeitos positivos pelas transações com opções sobre ações com as quais, a Porsche, participa das mudanças na cotação dos títulos da Volkswagen.
As vendas melhoraram 1,2% no exercício passado, em relação ao ano 2007/06, chegando a 98.652 unidades. A Porsche conseguiu esse aumento das vendas pela boa performance da série Cayenne, cujas entregas aumentaram 34%, até chegar ao recorde de 45.478 veículos. A fabricante alemã introduziu sucessivamente, o modelo esportivo Cayenne GTS desde fevereiro, nos mercados de todo o mundo e vendeu 6.942 unidades. A produção de Porsche aumentou 3,3% no ano 2007/08, em comparação com o ano anterior, alcançando 105.162 unidades. A Porsche mostrou-se cautelosa quanto às perspectivas para o próximo ano, dada a atual situação econômica e disse que é difícil calcular que vai acontecer nos EUA. A empresa insistiu em que há sinais de uma queda severa na demanda da indústria automobilística.

Mercedes está pronta para cortar produção no Brasil
O presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Gero Herrmann, afirmou que taxas de crescimento anuais de 30% já registradas pela companhia no País, não são mais sustentáveis e que o mercado pode até mesmo encolher. Ele disse também, que continua preparado para cortar a produção em caso de desaceleração. "As vendas de caminhões em outubro no Brasil registraram novamente nível recorde, e os principais fatores dessa expansão, continuam basicamente em vigor", disse ele, em entrevista à Dow Jones. Mas "não é possível descartar nada na atual situação", ressalvou. "O principal desafio desses dias é ser flexível e reagir rapidamente". O executivo acrescentou que a unidade brasileira continuará contribuindo para o volume de vendas da Daimler Trucks e, portanto, para seus lucros no futuro. A divisão é a maior fabricante de caminhões do mundo e controla as marcas Mercedes-Benz, Freightliner, Mitsubishi Fuso e Western Star, além da Thomas Built Buses. (Agência Dow Jones)

Daimler: negociações sobre 20% da Chrysler complicam
A montadora alemã Daimler AG disse que as negociações para venda de sua participação remanescente de 19,9% na Chrysler LLC, para a Cerberus Capital Management LP, complicaram. Em um comunicado divulgado à imprensa, a Daimler disse que a firma de private equity tem feito "demandas exageradas" que "excedem o valor do investimento da Cerberus na Chrysler". A Cerberus investiu US$ 7,2 bilhões, por sua participação inicial de 80,1%. A Cerberus declinou em comentar a questão de imediato. A Daimler vendeu a Chrysler para a Cerberus Capital no ano passado, em uma transação complicada que permitiu à montadora alemã descartar as obrigações de previdência e seguro saúde, que foram incluídos na nova companhia holding Chrysler. A Daimler disse que a Cerberus tem feito demandas adicionais pelas "obrigações sob representações e garantias".
Um dos problemas é o acordo da Cerberus para assumir o controle dos centros de distribuição internacionais da Chrysler, disse o porta-voz da Daimler Han Tjan. Os centros administram o desenvolvimento das redes de venda e distribuição de veículos em países como a Polônia e a Alemanha. Sob o acordo, a Daimler vai continuar a operar aqueles centros por cerca de um ano, após a compra da participação na Chrysler pela Cerberus. A companhia de private equity pediu para que a Daimler continue a financiar aqueles centros sobre uma base prorrogada, o que a Daimler tem rejeitado por causa da crise financeira, disse Tjan. A Cerberus também acusa a Daimler de má administração da Chrysler no período entre o início da transação, na primavera de 2007, e a conclusão do acordo, em agosto daquele ano, disse a montadora alemã. A Daimler disse que as negociações com a Cerberus, se tornaram "consideravelmente mais difíceis" nas últimas semanas, mas que ainda prosseguem. "Não consideramos as negociações (com a Cerberus) nem como fracassadas ou encerradas", disse a porta-voz da montadora alemã. "Rejeitamos aquelas demandas e achamos que elas são injustificadas", acrescentou. (Agência Dow Jones)

TRW convoca recall de barras de direção e ligação em caminhões e ônibus
A TRW Automotive anunciou nessa quarta-feira, um recall para verificação e substituição de terminais e barras de direção e ligação de caminhões e ônibus. Segundo a empresa, as peças adquiridas no mercado de reposição envolvem as marcas Ford, Mercedes Benz, Scania e Volkswagen. O recall abrange 1.185 peças produzidas entre os dias 12 de novembro de 2007 e 6 de dezembro do mesmo ano, com código de data de fabricação de quatro dígitos de 3167 a 3407. A empresa explicou,
em comunicado, que em caso extremo pode ocorrer a soltura dos terminais das barras de ligação ou direção, com risco de perda de dirigibilidade do veículo e eventual acidente. A TRW orienta que os consumidores devem entrar em contato no telefone 0800 727 8510 para obter informações e orientações de locais para a averiguação e substituição gratuita das peças. A empresa afirma que o recall irá durar até 26 de maio de 2009. A fundação Procon-SP informa que caso o consumidor tenha "qualquer dificuldade para fazer o reparo ou substituição [das peças], deve procurar um órgão de defesa do consumidor".


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ENERGIA & Telecomunicações


Telecom Italia estuda venda da TIM Brasil à Telefónica
O grupo de telecomunicações italiano Telecom Italia está estudando uma possível venda da TIM Brasil a seus sócios da operadora espanhola Telefónica, informou nessa quarta-feira, o jornal financeiro italiano "Il Sole 24 Ore". O jornal afirma que a Telecom Italia organizou duas reuniões do conselho de administração para 2/12, uma para falar da cessão de TIM Brasil, e outra para aprovar o plano industrial e que poderia tratar da venda de outros ativos. Na primeira reunião, não participarão os dois conselheiros que representam a Telefónica: o presidente da companhia, César Alierta, e o executivo-chefe, Julio Linares. A empresa espanhola tem 42,3% do consórcio Telco, formado pela Mediobanca, Generali, Intesa Sanpaolo e Sintonia, que conta com 24,5% do capital da Telecom Italia. A Telefónica, que controla a operadora Vivo, não pode participar das reuniões nas quais são discutidos temas relacionados aos interesses da Telecom Italia no Brasil, como exigiu a brasileira Anatel. Segundo o jornal, a Telecom venderia a TIM Brasil por 7 bilhões de euros e o comprador mais adequado seria a Telefónica, mas, segundo o jornal, a espanhola teria que vender sua participação na operadora italiana.
Resultado - A Telecom Italia registrou uma queda de 24% no lucro líquido no primeiro semestre do ano, devido a perdas registradas no Brasil e na Alemanha. O lucro líquido da Telecom Itália registrou 1,14 bilhão de euros (US$ 1,71 bilhão) no período. Por causa desses resultados, a Telecom Itália se viu obrigada a revisar os ganhos previstos para 2008, culpando por isso, o setor de telefonia móvel no Brasil e o operador alemão HanseNet. No mercado italiano, a empresa alcançou os objetivos estabelecidos para esse mesmo período do ano. A TIM Brasil - filial brasileira de telefonia móvel da Telecom Italia -, considerada importante para o crescimento do grupo, registrou perdas de R$ 142 milhões no primeiro semestre do ano. A dívida líquida da Telecom Itália chegou a 37,17 bilhões de euros em 30 de junho de 2008, subindo 1,730 bilhão de euros em três meses, 'depois do pagamento de dividendos do segundo trimestre e da compra de licenças [de operação de telefonia móvel] no Brasil', precisa a nota.
Sobre a TIM - o terceiro trimestre, no entanto, a TIM reverteu o resultado e terminou com um lucro líquido de R$ 22,5 milhões, recuperando-se de um prejuízo de R$ 126,9 milhões no terceiro trimestre de 2007. Segundo dados da Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações - de outubro, a TIM é a terceira maior empresa de telefonia celular do país (com 24,7% de participação), superada pela Claro, que agora é a segunda colocada com 25,31%. A Vivo tem a liderança com 29,74% de participação em outubro. (Efe, de Roma)

Consumo de energia elétrica da indústria tem leve recuperação em outubro
Depois de cair pela primeira vez no ano em setembro, o consumo industrial de energia elétrica recuperou-se em outubro, segundo dados divulgados nessa quarta-feira, pela EPE - Empresa de Pesquisa Energética. As indústrias do país foram responsáveis por uma demanda de 15.726 GWh (gigawatts-hora) no mês passado, 0,82% acima dos 15.597 GWh observados em setembro. Na comparação com outubro de 2007, o consumo da indústria cresceu 4,4%. Nos últimos 12 meses encerrados em outubro, o indicador apresentou o menor crescimento desde abril de 2007. Segundo a EPE, o crescimento nos últimos 12 meses vem desacelerando desde janeiro, após forte período de ascensão entre maio de 2006 e dezembro de 2007.
Para a EPE, há indícios de reflexos da crise sobre a indústria, já que a expansão dessa classe vinha superando o crescimento de todo o mercado de energia nacional até agosto. Desde então, vem ficando abaixo da média geral. "É cedo para uma conclusão definitiva, mas é sintomático que tal mudança tenha ocorrido a partir da alteração do cenário econômico", afirma o documento "Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica", editado pela EPE.
A forte base de crescimento no anterior é lembrada como um dos motivos para que o indicador dos últimos 12 meses venha em decadência. Segundo a EPE, depois de fortes taxas em 2007, eram esperados indicadores menores esse ano. Ao todo, o consumo de energia elétrica aumentou 5,5% em outubro, na comparação com igual período em 2007. A demanda total chegou a 34.022 GWh. No acumulado de janeiro a outubro, o crescimento chega a 4,4%, e nos últimos 12 meses terminados em outubro, chega a 4,7%.
O consumo comercial puxou o resultado, com incremento de 8,3% sobre outubro de 2007. No acumulado até outubro, a expansão é de 5,5%, idêntico também, ao crescimento notado nos últimos 12 meses. O resultado é atribuído ao efeito calendário, que possibilitou maior faturamento no mês passado, e pela forte expansão nas regiões Norte e Nordeste. No Sergipe, por exemplo, o consumo de energia do comércio aumentou 22% em relação a igual período no ano passado. A demanda das residências cresceu 8% frente a outubro de 2007. De janeiro a outubro, essa expansão chega a 5,5%, e nos últimos 12 meses, é de 5,3%. Segundo a EPE, o aumento do número de ligações nas regiões Norte e Nordeste foi decisivo para o desempenho do segmento. Nos últimos 12 meses, foram conectadas 770 mil novas residências nessas regiões. No total do país, foram adicionados cerca de 2 milhões de novos consumidores.

Aneel afirma que leilões para o setor elétrico são mantidos, apesar de liminares
O diretor-geral da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica -, Jerson Kelman, disse nessa quarta-feira, que o planejamento do setor energético não pode ficar condicionado às ameaças de embargo de obras importantes. Ele se referia a pedidos de liminar para que o leilão de linhas de transmissão do rio Madeira, realizado ontem, e também da decisão da Justiça em embargar a concessão da licença de instalação para a usina de Jirau. "O país tem que apostar que haverá energia. Ficar hesitando em fazer as coisas, seria apostar no desastre", afirmou Kelman, em entrevista coletiva na qual avaliou os resultados do leilão. Duas ações populares foram impetradas na Justiça de Rondônia, pedindo a suspensão do leilão. Os pedidos estão sendo analisados. O secretário-executivo do MME - Ministério de Minas e Energia -, Marcio Zimmermann, disse que um dos argumentos contra o leilão, de que a energia do Madeira não seria direcionada para a região Norte, é falso. "A energia vai para aquela região. O excedente irá para o Sudeste, mas não faltará energia para a região Norte", garantiu. O presidente da EPE - Empresa de Pesquisa Energética -, Maurício Tolmasquim, ressaltou que a prioridade é que a energia para o Norte do país seja garantida. Zimmermann destacou que a interligação com o sistema isolado, entre o Acre e Rondônia, começará a sair do papel em março, com a inauguração de linhas de transmissão interligando o Centro-Oeste àquela região. Gradualmente, a conta de R$ 800 milhões por ano, para a compra de óleo combustível para as termelétricas locais serão eliminadas, de acordo com o secretário-executivo. A chamada CCC - Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis - é cobrada nas tarifas de energia elétrica dos consumidores de outras regiões do país.

Brasil terá Cidade da Bioenergia
O Brasil terá como aumentar a produção de agroenergia com a construção da Cidade da Bioenergia, em São Carlos, interior paulista. Prevista para 2009, a iniciativa público-privada terá um investimento de R$ 80 milhões. O projeto ocupará 240 hectares da Embrapa Pecuária Sudeste, destinados à implantação de um parque permanente, com espaços para realização de negócios, cursos e exposições. A localização da Cidade da Bionergia, em uma região que acolhe os centros produtores de cana-de-açúcar, reúne características para destacar a pesquisa brasileira e os esforços em ciência e tecnologia para a produção de biocombustíveis e energias renováveis. Com a iniciativa, será possível aumentar a disseminação de informações científicas do tema, atendendo às necessidades dos mercados interno e externo, além de acentuar os esforços para reunir, de maneira estratégica, o que há de mais atual em agricultura dos trópicos.

Walmart investe em energia eólica nos EUA
Nos EUA, o Walmart fechou um contrato com a Duke Energy, para alimentar 360 lojas e Centros de Distribuição no Estado do Texas, com energia colhida a partir da força dos ventos, em um dos maiores investimentos do gênero já feitos por um varejista. Pelo contrato, que tem duração de quatro anos, a Duke Energy proverá 226 milhões de kilowatt-horas anualmente ao Walmart, cerca de 15% da energia usada pelas lojas e CDs envolvidos. A aquisição equivale à emissão de dióxido de carbono de 25 mil veículos.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Importadoras estão otimistas com vendas de brinquedos
A Abrimpex - Associação Brasileira dos Importadores e Exportadores de Brinquedos e Produtos Infantis - prevê aumento de 10% nas vendas de brinquedos importados no Natal desse ano, em relação à mesma data do ano passado. De acordo com o presidente da Associação, Eduardo Benevides, todo o processo logístico do setor, da importação ao estoque do varejo, já foi concluído. As vendas serão sustentadas pelos presentes de menor valor que, segundo cálculos da Abrimpex, devem ficar entre R$ 30 e R$ 70. A indústria brasileira de brinquedos vende, segundo Benevides, cerca de 140 milhões de unidades por ano, 30% só no Natal. Do total, 20 milhões são de produtos importados. A China é o país que mais remete brinquedos para o Brasil. O volume financeiro chegou a US$ 187,6 milhões (FOB) no acumulado de janeiro a setembro desse ano. O segundo lugar ficou com Hong Kong, com US$ 10 milhões (FOB).

Famastil Taurus exporta projeto de exposição inteligente para Peru e Equador
O padrão Famastil Taurus de fornecimento de produtos é reconhecido em mais de 35 países para onde exporta suas linhas de construção civil, mecânica, jardinagem e irrigação. Mas, desde o ano passado, os canais de venda em alguns países da América Latina, estão contabilizando ganhos significativos com a implantação do “Con Famastil Ud. Lo Resuelve”. A versão latina do programa aplicado no Brasil teve o Uruguai como primeiro país a receber o projeto e logo depois o Paraguai. Mas o sucesso está estimulando a empresa a investir em novos países muito antes do que foi projetado pelo departamento estratégico da companhia, como o Peru e o Equador. Oficialmente, o projeto será lançado de 26 a 28/11 no Equador, e de 09 a 12/12 no Peru. Nos dois encontros, haverá participação de revendedores e clientes assim como equipes da fábrica que estarão presentes para dar suporte. Durante a realização do evento, que deverá receber cerca de 200 convidados cada um, a Famastil espera estreitar ainda mais as relações comerciais com os dois países.
As metas para 2009 são ambiciosas e a Famastil pretende implantar o projeto na Argentina e no Chile. “Mas não fechamos os olhos para mundo. O objetivo e cobrir toda América Latina até 2010”, prevê Moroso. Também não deixaremos de vender para outros países como é o caso da África do Sul, onde em 2007, a Famastil cresceu mais de 300% em relação a 2006 e agora com o dólar valorizado volta a ser competitivo. “Estamos com negociações muito importantes na Inglaterra, e vamos retomar muitos clientes que havíamos perdido em função do dólar baixo”, comemora. A empresa estima que com o projeto, o Mercosul passará a representar 40% do faturamento no mercado externo.


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LOGÍSTICA & INFRA-ESTRUTURA


Porto de Itajaí deixa de movimentar US$ 201 milhões por chuvas em SC
O porto de Itajaí, fechado desde a última sexta-feira, por conta das chuvas que já deixaram 97 pessoas mortas em Santa Catarina, deixou de movimentar 201 milhões de dólares. O cálculo é baseado na média diária de movimentação de 33,5 milhões de dólares até outubro, segundo dados do porto. Dois dos três berços de atracamento do porto foram destruídos pela força da correnteza, segundo a assessoria, e o que sobrou só será liberado para operação após a realização de uma perícia técnica, o que deve acontecer até sexta-feira. "Um dos armazéns perdeu o piso junto com o berço. Ele tinha produtos apreendidos pela Receita Federal e parte desses produtos foram embora com a correnteza", disse a porta-voz à Reuters, por telefone. O porto de Itajaí dispõe de um segundo armazém, também usado para guardar produtos apreendidos pela Receita.
A recuperação total do porto de Itajaí, usado principalmente para a exportação de carne congelada - especialmente de frango e suínos - e para a importação de maquinário agrícola, deve durar seis meses, segundo estimativas da prefeitura da cidade, localizada a cerca de 100 quilômetros da capital Florianópolis. A assessoria de imprensa da Sadia, empresa que usa o porto de Itajaí para escoar suas exportações, informou que o fechamento não gerou "impactos significativos" nas vendas externas. A empresa já transferiu embarques para os portos de Santos, Paranaguá/PR e São Francisco do Sul/SC. A Perdigão, que também exporta através de Itajaí, afirmou que ainda não dispõe de informações sobre eventuais impactos. O ministro-chefe da Secretaria Especial dos Portos, Pedro Brito, deve ir a Itajaí na terça-feira da semana que vem, para avaliar os danos causados pela chuva, segundo nota da secretaria.
ABASTECIMENTO DE GÁS
As chuvas também provocavam desabastecimento de gás em empresas gaúchas. Segundo a Fiergs - Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul -, cerca de 90 empresas sofriam impacto do rompimento de um duto de gás na cidade de Gaspar, em Santa Catarina, conseqüência da movimentação de terra provocada pelas fortes chuvas. De acordo com a assessoria de imprensa da Fiergs, os setores mais atingidos são metal-mecânico, siderúrgico e cerâmico. Empresas instaladas no Pólo Petroquímico de Triunfo, a 75 quilômetros de Porto Alegre, também foram afetadas.
A assessoria de imprensa da Gerdau informou em nota que "em razão da solicitação da Sulgás, suas unidades em Sapucaia do Sul e Charqueadas não estão mais utilizando o gás natural como combustível. Em conseqüência, as plantas reduziram parte das suas atividades, anteciparam manutenções que já estavam programadas em alguns equipamentos, e transferiram produção de alguns produtos para outras unidades industriais da Gerdau". O comunicado acrescenta que as unidades estão preparadas para a utilização de combustíveis alternativos, como GLP e diesel, o que já está sendo feito em algumas etapas do processo de produção.
A TBG - Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil -, que opera o gasoduto, prevê que o reparo do duto danificado demorará 21 dias. A operadora colocou em vigor um plano de contingência que prevê o envio de 30 mil metros cúbicos diários de gás o que, de acordo com a TBG, é suficiente para atender o comércio, os consumidores residenciais e os hospitais.


Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá passa por manutenção anual A Appa - Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina - começou a manutenção do complexo Corredor de Exportação. Como acontece todos os anos, novembro, dezembro e janeiro – que têm menor movimentação de granéis por ser período de entressafra – são os meses escolhidos para a realização dos reparos e ajustes preventivos nos equipamentos portuários, responsáveis pela exportação de soja, farelo de soja e milho no Porto de Paranaguá.
De acordo com o diretor técnico da Appa, André Cansian, a manutenção dos três berços (pontos de atracação das embarcações no cais) do Corredor de Exportação, obedece a um cronograma pré-estabelecido e que já foi informado aos usuários. “Organizamos a manutenção dos berços um a um, sem prejudicar as operações portuárias”, explicou. O cronograma de manutenção da Appa, também prevê manutenção preventiva de todas as correias transportadoras de uso comum entre os terminais privados.
O primeiro berço, o 212, já está em processo de manutenção desde 10/11 e ficará parado para reparos até quinta-feira, 4/12, da semana que vem. Na sexta-feira, 5/12, será a vez do berço 213 – que pára até 4/01. E entre os dias 5 e 30/01, o berço 214 passará por reparos. Mesmo com a paralisação de um dos três berços do complexo, a movimentação está normal, sem filas ou atrasos.
O cronograma de manutenção da Appa, também prevê obras nos silos e moegas públicos. No entanto, por conta da grande quantidade de chuva durante novembro, o cronograma de manutenção desses locais, ainda não foi definido. A previsão é que os reparos sejam realizados a partir de janeiro de 2009. “O período de final de ano é escolhido justamente por ser um período de entressafra, quando a movimentação é menor e, dessa maneira, não prejudica o funcionamento do Porto. Nossa preocupação é garantir que as operações ocorram da maneira mais segura possível e atendam de forma eficiente a próxima safra, que começa em meados do mês de março”, disse Candian.

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MERCADO ONLINE


Microsoft quer se integrar com os sites mais populares
Ao insistir em programas - em geral pagos - instalados localmente na máquina do usuário, a Microsoft subestimou o potencial da web e abriu espaço para a concorrência. Nos últimos anos, a empresa viu serviços online gratuitos, como os pacotes de escritório Google Docs e Adobe BuzzWriter, nascerem e roubarem tradicionais usuários de seus softwares. Parece ter aprendido a lição e há algum tempo corre atrás do prejuízo. Em 2005, lançou a plataforma Windows Live e agora, potencializa sua integração com o Messenger para atrair seus milhões de usuários. No ano passado, a empresa decidiu se render às palavras-chave da rede: abertura e colaboração. Uniu-se a outros grandes do setor, como Google, Yahoo! e IBM, para discutir e viabilizar o uso de um único login em diferentes provedores de serviços. A iniciativa, em andamento, recebeu o nome de Open ID. "O ambiente de internet é importante para todos. Não faz sentido falarmos em rivais ou competidores, já que o bom funcionamento da rede é interessante para todos", afirma Djalma Andrade, gerente de segurança da Microsoft Brasil.
Embora a atualização do Windows Live não seja fruto direto da Open ID, ela reflete a aceitação por parte da Microsoft da necessidade de facilitar a vida online do usuário, deixando que ele opte por serviços independentemente das amarras dessa ou daquela marca.

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MERCADO DE TI


Mercado de outsourcing e infra-estrutura de TI atinge US$ 1,59 bilhão na AL
A Frost & Sullivan aponta, em um recente estudo, que o mercado de serviços de outsourcing e infra-estrutura de TI movimentou 1,59 bilhão de dólares em 2007 na América Latina. Segundo previsões da consultoria, esse segmento poderá atingir 3,48 bilhões de dólares em 2013, o que significaria um aumento de 120%. Ainda de acordo com a Frost & Sullivan, as taxas de crescimento do mercado latino-americano estão à frente dos mercados norte-americano e europeu. Os países da região que apresentaram maior participação no ano passado foram Colômbia, Venezuela e Argentina.
Atualmente, as empresas estão atuando principalmente, com o outsourcing de serviços de infra-estrutura básica, como a co-locação e o hosting. Além disso, as vantagens com redução de custos operacionais e melhoria dos sistemas de TI, são os principais fatores que atraem as companhias para esse tipo de oferta. Segundo a Frost & Sullivan, há também uma grande demanda por recuperação de crise e serviços de armazenamento na Colômbia, particularmente para a vertical de bancos e finanças. Já no Chile, o que aumenta a procura por serviços de outsourcing são as regulamentações que obrigam as empresas a armazenarem mais dados por períodos maiores, incrementando os contratos de storage. Na Argentina, as empresas têm passado por uma pressão em relação a um plano de contingência, e no México existe um decreto para a recuperação da crise que tem trazido investimentos no mercado de outsourcing em infra-estrutura de TI, aponta a consultoria.

Toshiba pode adiar construção de duas fábricas de chips
O conglomerado japonês de eletrônicos Toshiba avalia adiar a construção de duas novas unidades fabris de chips, diante do desaquecimento da demanda e da queda nos preços, disse a agência de notícias Kyodo nessa quarta-feira. A Toshiba, segunda maior fabricante mundial de memória flash, depois da Samsung, enfrenta redução na demanda por parte dos consumidores, por conta da crise financeira e a perspectiva de uma crise econômica global. A porta-voz da Toshiba, Kaori Hiraki, disse que a companhia não tomou a decisão de postergar a construção das duas fábricas. Ela disse que a empresa está sempre estudando o melhor momento para implantar as novas unidades, de forma a atender a demanda. A Toshiba havia informado que planeja iniciar a construção das novas fábricas de Iwate e Mie no início de 2009, para que elas comecem a produzir em 2010. Uma delas será construída em parceria com a SanDisk, disse a Toshiba em fevereiro desse ano. Com a retração no mercado de chips, entretanto, a Toshiba considera adiar parte dos investimentos planejados de 370 bilhões de ienes (3,9 bilhões de dólares), para algum momento entre 2009 e 2010, disse a agência Kyodo. (Reuters, de Tóquio)


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MERCADO DE LUXO


Transatlântico de luxo ancora em Dubai para virar hotel flutuante
Queen Elizabeth 2, o mais famoso transatlântico britânico de luxo, chegou ontem, a Dubai para começar uma nova vida como hotel flutuante, ancorado em uma ilha artificial. Mais de 60 barcos da Marinha e particulares, liderados pelo megaiate do governante de Dubai, recepcionaram a embarcação de 70 mil toneladas no Golfo Pérsico. No porto Rashid, o lendário navio foi recebido pela banda da polícia de Dubai, com direito a fogos de artifício.
Com 40 anos nos mares, a embarcação de 294 metros de comprimento, viajou 6 milhões de milhas, carregou 2,5 milhões de passageiros e cruzou o oceano Atlântico mais de 800 vezes. "Para o QE2, acreditamos que a vida realmente começa aos 40", brincou Manfred Ursprunger, o executivo-chefe da Nakheel, responsável pelo novo negócio. Segundo ele, serão precisos dois a três anos para adaptar o navio e transformá-lo em um hotel com dúzias de quartos, diversos restaurantes, um teatro e um spa. Alguns dos mais famosos quartos do QE2, como The Queen's Room (O Quarto da Rainha), The Captain's Quarters (Os quartos dos Capitães) e The Bridge (A Ponte), serão preservados. A Cunard, antiga proprietária da embarcação, a vendeu no ano passado por cerca de US$ 100 milhões (R$ 231 milhões). Lançado em 1967, o navio entrou em operação em 1969 e tem ao menos 26 voltas ao mundo no currículo. Ele saiu de Southampton, no Reino Unido, em 11/11 para sua última viagem. (Associated Press, de Dubai/Emirados Árabes Unidos)


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ESPECIAL


Deloitte promove seminário de treinamento executivo em IFRS
A Deloitte, empresa de serviços nas áreas de auditoria e consultoria, abriu inscrições para seminário sobre o padrão contábil internacional IFRS, que promove nos dias 8 e 9/12 em Porto Alegre. O "Navegando IFRS" irá tratar das principais questões contábeis e considerações práticas a respeito da adoção do IFRS - International Financial Reporting Standards. O Brasil tem acelerado seus esforços para a convergência ao IFRS e seu uso obrigatório, para demonstrações financeiras consolidadas de companhias de capital aberto e de instituições financeiras a partir de 2010, será um imenso desafio. O seminário será ministrado por sócios e gerentes da Deloitte e realizado no Hotel Deville (Av. dos Estados, 1909, bairro Anchieta), das 8h30min às 17h30min, nos dois dias. Inscrições e informações podem ser feitas através do site

www.eventosdeloitte.com.br ou pelo telefone (51) 3327-8801.O treinamento é voltado para executivos tomadores de decisão, e profissionais ligados à área contábil das empresas (diretores financeiros, gerentes de contabilidade, controllers e outros), que devem por força de regulamentação ou decisão própria, adotar o IFRS como padrão de linguagem de suas demonstrações financeiras. O programa apresenta um panorama do ambiente regulatório, as diferenças entre BR GAAP e IFRS, as etapas para a implementação do modelo internacional e as suas diversas implicações na organização que ajuda os executivos ligados à área contábil a compreender a dimensão, os desafios, os impactos e o processo de implementação do IFRS nas empresas.

Serviço:Seminário Navegando IFRS Local: Hotel Deville - Avenida dos Estados, 1909 - Porto Alegre-RS Data: 08 e 09 de dezembro de 2008 Horário: 8h30min às 17h30min Informações: www.eventosdeloitte.com.br ou 51.3327.8801


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