I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 111 | Ano I

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Lula pede que trabalhador consuma para proteger emprego
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou nessa terça-feira, que a campanha de incentivo ao consumo, a ser lançada oficialmente pelo governo dentro de alguns dias, tem o objetivo de proteger postos de trabalho. Segundo o presidente, a ameaça da perda de emprego está associada à falta de consumo. Lula disse ainda, que não serão cortados programas sociais. "[O trabalhador] pensa assim: eu não vou fazer a compra porque eu tenho medo de perder o emprego. O que eu quero dizer é que ele corre o risco de perder o emprego, se ele não comprar, porque ele não comprando, o comércio não encomenda para indústria, que não produz, e sem produzir, não tem emprego [na indústria]", disse Lula, durante solenidade que tratou de projetos que visam ao aperfeiçoamento do Programa Bolsa Família. O presidente lembrou ainda, as medidas tomadas pelo governo contra a crise financeira internacional, como incentivo ao crédito, garantias para gerar capital de giro e possibilidades de "irrigar" os bancos que financiam as indústrias de automóveis. Lula voltou a dizer que a situação do Brasil é privilegiada em comparação a outros países. "Não estamos envolvidos na crise de crédito que os outros países estão", disse ele. De acordo com Lula é preciso "encorajar" os empresários para que produzam mais, enquanto os consumidores precisam ser "encorajados" a consumir. 'Não haverá crise no mundo que me faça tirar um centavo dos pobres que estão recebendo [ajuda dos programas sociais]', disse ele. Homenagem O presidente fez referência ontem, às vítimas das enchentes em Santa Catarina. A pedido do presidente foi feito um minuto de silêncio em memória aos mortos, que chegam a 79, entre crianças e adultos. Lula participou da entrega dos prêmios Práticas Inovadoras de Gestão e de Estudos do Programa Bolsa Família - que atende cerca de 11 milhões de famílias e que se tornou carro-chefe das políticas sociais do governo federal. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, o objetivo das premiações foi mapear e divulgar experiências bem-sucedidas que surgiram em cidades e Estados. Participaram do evento, os ministros: Dilma Rousseff, da Casa Civil, José Gomes Temporão, da Saúde e Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social, além dos governadores de Goiás, Alcides Rodrigues (PP), e do Pará, Ana Júlia Carepa (PT). "Sabemos os desafios que temos pela frente para fazer do nosso país uma sociedade justa, na qual todos [que fazem parte da sociedade] tenham garantidos os direitos de sonhar e de ser [o que desejam]', afirmou Patrus. Foram entregues prêmios a 16 vencedores, entre representantes dos Estados, municípios e de entidades civis.

Crescimento do Brasil cairá para 3% em 2009, prevê OCDE
A economia brasileira vai perder uma parte de seu ímpeto, devido ao endurecimento das condições de crédito na primeira metade de 2009, um ano no qual o crescimento cairá para 3%, enquanto em 2010, aumentará para 4,5%, segundo a OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. Assim como em 2008, a demanda doméstica se manterá como o principal vetor da economia brasileira, que deve terminar com uma alta de 5,3% de seu PIB - Produto Interno Bruto -, tinha chegado a aumentar a um ritmo de 6,1% no segundo trimestre, afirma a OCDE em seu relatório semestral de perspectivas, publicado nessa terça-feira. A previsão para o crescimento brasileiro da OCDE, para 2009, é mais conservadora que a estimativa de 4% adotada pelo governo federal. Dentro do capítulo do relatório dedicado às principais economias emergentes, seus autores constatam que os indicadores recentes do Brasil, como os das vendas ou as capacidades de produção industriais, indicam "uma desaceleração da atividade nos próximos meses". Os autores do documento advertem que um agravamento da crise financeira mundial e da demanda global, são os principais riscos que pesam sobre a economia brasileira, que também poderia ser afetada por uma queda ainda maior dos preços das matérias-primas ou por uma desconfiança dos investidores. Inflação Um dos pontos delicados da atual conjuntura para o Brasil é a inflação, que subiu em meados do ano e se encontra acima do objetivo das autoridades monetárias (esse ano deveria fixar-se em uma média de 6,3%), que responderam com um aumento das taxas de juros para 13,75% ao ano. A OCDE prevê que nos próximos meses, a desvalorização do real, aumentará ainda mais a pressão sobre uma inflação, que tem como principal causa o aumento da demanda. No entanto, a organização acredita que a médio prazo, esses elementos desaparecerão e o barateamento das matérias-primas permitirá que o índice de preços ao consumidor, diminua para uma média de 5,3% em 2009 e para 4,5% em 2010. Outro elemento negativo é que a crise global deteriorou as condições de financiamento externo da economia brasileira. Os autores do estudo consideram possíveis os cálculos do governo, que elaborou seu orçamento para 2009 e esperam um superávit das contas públicas de 3,8% do PIB (o mesmo número que deveria repetir-se ao ano seguinte), depois que esse ano, o excedente se situará em 4,4%. Esse superávit responde à força do mercado de trabalho formal graças às criações de emprego, que aumenta os fundos de Pensão e reduz o pagamento de auxílios. (Efe, de Paris)

BC libera compulsório para injetar mais R$ 6,2 bilhões no BNDES
O Banco Central anunciou ontem, novas mudanças nos depósitos compulsórios para destinar mais R$ 6,2 bilhões ao BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Esse dinheiro faz parte dos R$ 10 bilhões extras, anunciados pelo governo no início do mês. O restante já chegou ao BNDES por meio da Caixa Econômica Federal, que irá emprestar o dinheiro para reforçar o capital de giro das empresas nesse momento de crise. Segundo o BC, os bancos privados e públicos que aplicarem dinheiro em depósitos interbancários (CDIs) do BNDES, poderão abater o valor investido do compulsório sobre depósitos a prazo a recolher. O compulsório é o dinheiro dos correntistas que os bancos são obrigados a manter depositados no BC. O dinheiro destinado para o BNDES está dentro dos 70% dos depósitos compulsórios sobre depósitos à vista que hoje ficam parados no BC, sem remuneração. Agora, haverá um incentivo para que os bancos usem esse dinheiro em troca de uma remuneração, paga pelo BNDES. Segundo o BC, somente serão aceitos DIs com prazo de 6 a 18 meses. O valor de dedução é limitado a 70% do total do compulsório sobre depósitos a prazo a ser recolhido. Além disso, a instituição compradora pode destinar no máximo 20% do limite abatido para aquisição de operações de uma determinada instituição financeira. Para aproveitarem o desconto, os bancos devem fazer essas operações com o BNDES até 31/12 desse ano. "A medida complementa as ações do BC no sentido de melhorar a distribuição de recursos no Sistema Financeiro Nacional e as condições do mercado de crédito para pequenas e médias empresas", disse o BC em nota.
Sobre a MP - O governo federal já prometeu editar uma MP - medida provisória - que permite o repasse de recursos captados pela União, junto ao Banco Mundial, para o BNDES. Serão mais R$ 5 bilhões para empréstimos a empresas, principalmente exportadores, a uma taxa de juros menor que a do mercado financeiro nacional. A procura por crédito nesse momento de crise, já levou o BNDES a alcançar o valor de R$ 86,6 bilhões em empréstimos nos últimos 12 meses, até outubro. A expectativa é terminar o ano com R$ 90 bilhões. As consultas de empresas para projetos cresceram 40% de agosto a outubro, em relação ao mesmo período do ano passado. A liberação de empréstimos para exportação cresceu 44,5% nos dez primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2007. Foram emprestados R$ 4,512 bilhões no período. O objetivo é chegar ao final do ano com um total de R$ 6 bilhões de financiamentos para as vendas ao exterior. Somente em outubro, quando as linhas para exportação secaram por causa da crise internacional, os empréstimos para exportação foram 115% maiores que o registrado na média dos nove meses anteriores.

Governo dos EUA destina mais de US$ 800 bilhões para resgatar crédito
O FED - Federal Reserve e o Departamento do Tesouro dos EUA anunciaram nessa terça-feira, novas medidas para tentar restaurar a circulação de crédito no país, tanto para o consumidor, como para financiamentos imobiliários, hipotecas e pequenas empresas. O Fed de Nova Iorque (uma das 12 divisões do BC americano) irá emprestar até US$ 200 bilhões para instituições financeiras com papéis baseados em títulos de dívidas de consumo (como dívidas de cartões de crédito, por exemplo). O BC dos EUA ainda anunciou que irá comprar até US$ 500 bilhões em títulos lastreados em hipotecas que haviam sido garantidas pela Fannie Mae, Freddie Mac e Ginnie Mae - as três empresas hipotecárias que contam com apoio do governo -, além de outros US$ 100 bilhões em papéis de dívida emitidos diretamente por essas empresas. As medidas do Fed irão "ajudar os participantes do mercado a atenderem as necessidades de domicílios e pequenas empresas, ao garantir a emissão de títulos lastreados em créditos estudantis, financiamentos de veículos, dívidas de cartões de crédito e empréstimos garantidos pela SBA [Administração de Pequenas Empresas, na sigla em inglês]", segundo comunicado da instituição. O Tesouro, por sua vez, informou que irá colocar US$ 20 bilhões à disposição, para apoiar a iniciativa do Fed de Nova Iorque. Segundo o Fed, os recursos do Tesouro fazem parte do chamado TARP - Programa para Alívio de Ativos Problemáticos – (na sigla em inglês), o pacote de US$ 700 bilhões aprovado pelo governo no início de outubro, para resgatar o setor financeiro. O mercado de títulos garantidos por ativos proporciona uma maior oferta de dinheiro a instituições financeiras que fornecem empréstimos a pequenas empresas e a consumidores. Segundo o Tesouro, a emissão desse tipo de título, lastreado em dívidas de consumo e em empréstimos a pequenas empresas, em 2007, chegou a cerca de US$ 240 bilhões. No terceiro trimestre desse ano, no entanto, houve uma queda acentuada dessas emissões e, em outubro, praticamente estagnou. "Uma paralisação continuada no mercado desses títulos, poderia deteriorar ainda mais a oferta de crédito aos consumidores e aumentar as perspectivas de deterioração da economia como um todo", diz um comunicado do Tesouro.

Vendas a crediário "reagem" e crescem em novembro, aponta SCSP
As consultas ao SCPC - Serviço Central de Proteção ao Crédito - nos 23 primeiros dias de novembro, cresceram 2,1% em relação ao mesmo período de 2007. Segundo a ACSP - Associação Comercial de São Paulo -, responsável pelo serviço, esse resultado prévio mostra uma "reação" nas vendas após um mês de outubro ruim para o setor. A entidade informou que a retomada da oferta de crédito para o consumidor - devido, principalmente, ao estímulo do governo para os financiamentos - está dentro das expectativas para as vendas com a aproximação do Natal. O economista da ACSP, Emílio Alfieri, explicou que outubro foi muito ruim para o setor por conta do agravamento da crise econômica global. "Tudo sugere que o impacto inicial de outubro não está se agravando e agora mostra uma reação". Alfieri lembrou que entre janeiro e setembro desse ano, a média diária de vendas cresceu 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em outubro, esse índice caiu para -0,6% (ante o mesmo mês de 2007) e em novembro atingiu 8,3%. Em relação aos negócios à vista, o SCPC-Cheque - indicador desse tipo de comércio - apresentou recuo de 0,5% nos 23 primeiros dias de novembro de 2008, ante o mesmo período do ano passado.

Produção brasileira de aço cai pelo terceiro mês consecutivo
A produção de aço bruto no país caiu 3,7% em outubro, na comparação com o mês anterior, de acordo com dados preliminares divulgados nessa terça-feira, pelo IBS - Instituto Brasileiro de Siderurgia. Foi a terceira queda consecutiva na comparação com o mês imediatamente anterior. Em relação a outubro de 2007, houve estabilidade na produção, que ficou em 2,9 milhões de toneladas, refletindo a desaceleração do mercado desde o agravamento da crise financeira, em meados de setembro. De janeiro a outubro, a produção acumulada de aço é de 29,7 milhões de toneladas, 6,5% acima do que fora constatado em igual período no ano anterior. As vendas para o mercado externo, que vinham recuando em função da crescente demanda do mercado interno, despencaram de vez em outubro. Na comparação com igual período em 2007, houve queda de 26,4%. Segundo o IBS, isso ocorreu em função da forte retração de demanda e dos preços do mercado internacional, que se acentuou a partir de setembro. No acumulado de janeiro a outubro, as vendas externas caíram 7,2%, somando 7,5 milhões de toneladas.

Gerdau Açominas anuncia suspensão parcial de operações por manutenção
O grupo siderúrgico Gerdau anunciou ontem, que suspenderá temporariamente, as operações do alto-forno número um da Gerdau Açominas S/A, devido à antecipação dos trabalhos de manutenção previstos em suas operações. A empresa admitiu que a medida também, tem por objetivo reduzir a produção em um momento de queda da demanda mundial do aço pela crise internacional. Em reunião ontem, com investidores, o presidente do grupo, André Gerdau Johannpeter, reconheceu que a companhia também pode tomar medidas semelhantes em outras fábricas, principalmente dos EUA e de outros países da América Latina, para adequar a produção a uma demanda mundial menor. Segundo o executivo, a empresa prevê uma queda de 24% no volume de vendas para o último trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2007. Johannpeter assegurou que a maior parte da redução ocorrerá nos mercados externos e destacou a queda da produção siderúrgica registrada na China em outubro, o que acontecia há três anos, e a crise nos EUA. "A produção armazenada nos navios e nos portos era muito alta, o que provocou uma queda da demanda", afirmou. Na Gerdau Açominas, a manutenção do alto-forno número um começará no dia 15/12, e deve durar até 15 de março de 2009. Nesse período, a produção de ferro gusa deve cair cerca de 720 mil toneladas, o que equivale a 16% da capacidade anual. Além da Açominas, a Gerdau interrompeu desde segunda-feira, os trabalhos na Siderperu - Empresa Siderúrgica del Peru S.A.A. -, também para manutenção. As operações serão retomadas gradualmente em janeiro de 2009.

Vale está preparada para enfrentar crise
O diretor-financeiro da Vale, Fábio Barbosa, afirmou ontem, que a empresa trabalha com um cenário em que os países em desenvolvimento, devem apresentar uma expansão de cinco pontos percentuais acima das economias maduras em 2009, que devem registrar recessão em função da crise financeira global. Segundo ele, a companhia está preparada para enfrentar os desafios que a crise do crédito impõe ao mundo, que deve sofrer uma desaceleração expressiva no curto prazo, mas deverá se recuperar no longo prazo. "A Vale está muito preparada para enfrentar esse cenário desafiador, pois possui ativos de classe mundial e sua curva de custos é baixa", disse. Barbosa destacou que a empresa está capitalizada para suprir eventuais necessidades de ir ao mercado de capitais para ter acesso a recursos, pois dispõe de US$ 15,3 bilhões em caixa, propiciada, em parte, por uma operação de aumento de capital, realizada em junho. Além disso, a empresa conta com outras linhas de crédito suplementares, como US$ 1,9 bilhão que, segundo ele, seria uma espécie de cheque especial da companhia junto a instituições financeiras, e outros US$ 10 bilhões para longo prazo, junto a bancos de expressão internacional, entre eles o BNDES - Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social. O diretor da Vale ressaltou que a empresa mantém seus projetos de investimento até 2009, que envolvem um montante total de US$ 14,2 bilhões. "Continuamos a desenvolver nossos projetos em escala global como os que realizamos no Brasil e em outros países, como o Peru e Chile. O mundo vai desacelerar, mas não vai parar", avaliou. Sobre commodities - Barbosa não fez nenhuma previsão sobre a tendência das cotações das matérias-primas (commodities) para os próximos trimestres. "Não acredito que os preços das commodities voltarão a patamares (mais baixos) anteriores aos registrados em 2001 e 2002. No entanto, não devemos observar os valores exibidos no primeiro semestre desse ano". (Agência Estado)

Superávit do governo federal no ano é recorde
O Tesouro Nacional informou ontem, no final da tarde, que o superávit do governo central - composto por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - no acumulado do ano de janeiro a outubro, de R$ 95,606 bilhões, é o maior da série histórica para o período. A série histórica começou em 1997. Em relação ao PIB - Produto Interno Bruto -, o superávit primário acumulado nos dez primeiros meses desse ano, de 4,03%, também é recorde. O Tesouro informou ainda, que superávit do governo central registrado no mês passado, de R$ 14,655 bilhões, é o maior para meses de outubro. O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse que a crise financeira internacional não impactou as contas do governo central até outubro. "Vamos ter uma avaliação mais precisa ao longo dos próximos meses. Mas até outubro não teve impacto", afirmou. Ele acrescentou é o "momento de cautela para verificar o que vai acontecer". Segundo Augustin, a política de aumento dos investimentos vai continuar em 2009, mesmo com a expectativa de desaceleração do ritmo de crescimento da economia brasileira, devido aos impactos da crise. Ele ponderou que em 2008 o governo conseguiu melhorar a qualidade do gasto público, reduzindo as despesas de custeio da máquina administrativa e aumentando os investimentos. "Em 2009, será mais difícil, mas vamos prosseguir nesse caminho. Fizemos isso em 2008 e vamos manter em 2009", disse. Na avaliação do secretário, essa política fiscal é "absolutamente" equilibrada e tem papel fundamental para assegurar o crescimento da economia brasileira.
Meta do governo - Faltando ainda dois meses para o fim do ano, o governo tem uma folga de R$ 17,9 bilhões na meta do superávit primário das contas do governo central. Essa folga já leva em consideração os R$ 14,2 bilhões do FSB - Fundo Soberano do Brasil. Enquanto o governo central acumula até outubro um superávit primário de R$ 95,6 bilhões, a meta do ano, incluindo os R$ 14,2 bilhões do FSB, é de R$ 77,6 bilhões. Augustin afirmou que, embora o superávit primário de janeiro a outubro do governo central, já tenha superado a meta de 2008, o comportamento das contas públicas nos últimos dois meses do ano, têm "uma tendência diferente dos demais meses". Ele observou que as despesas nesse período aumentam, o que pode reduzir o superávit. "Pode haver variações, mas não muito significativas", afirmou, evitando responder a perguntas sobre eventual déficit nos últimos dois meses do ano.

Vendas no varejo manterão crescimento até dezembro
A crise financeira mundial não deve prejudicar a tendência de crescimento das vendas no varejo pelo menos até dezembro, na avaliação do economista Reinaldo Pereira, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os meses de novembro e dezembro já possuem um estímulo natural para as vendas e, por isso, não deverá haver um impacto grande sobre o desempenho do varejo. O estudo do IBGE mostra que o mês de setembro foi positivo para o comércio varejista: comparado a agosto, foram registrados aumentos de 1,2% no volume de vendas. Em comparação com setembro de 2007 a variação foi de 9,4%. Foi o sétimo crescimento consecutivo na comparação mês a mês anterior.

Airbus estuda corte na produção de aviões
O presidente do fabricante europeu de aviões Airbus, Thomas Enders, não excluiu, nessa segunda-feira, 24/11, reduzir o ritmo da produção de aviões, se a crise mundial se agravar. "Não podemos excluir nada nesse momento", declarou Enders, em um evento em Paris, ao ser questionado sobre um possível corte na produção. Em 15/10 passado, a Airbus abandonou a meta de fabricar 40 unidades por mês da série A320, em 2010, e manteve uma marca menor, de 36. Enders disse, no entanto, que a companhia se reserva a possibilidade de aumentar a produção em 2009, se o mercado, hoje afetado por um forte desaquecimento da economia, voltar a levantar vôo. Atualmente e no próximo ano, a Airbus enfrentará dois problemas maiores, vinculados à crise de crédito: as dificuldades de financiamento de seus clientes e de seus provedores. Enders destacou que a Airbus ainda não tem margem para ajudar seus clientes com problemas de financiamento. "Estamos agora em nosso nível mais baixo em vinte anos, em relação ao apoio financeiro aos clientes: US$ 1,2 bilhão, contra o pico de US$ 5 bilhões ou US$ 6 bilhões". Airbus espera que aumente, em 2009, o apoio dos institutos de crédito à exportação, para poder aumentar as entregas garantidas: "É uma forma de apoiar nossas exportações". Segundo fontes ouvidas pela agência de notícias France Presse, entre 30% a 40% dos aviões entregues pela Airbus em 2009, serão apoiados por institutos de crédito à exportação, contra os atuais 15% a 20%. (France Presse)

Investimento da Petrobras Biocombustíveis cresce mesmo com crise
Na contramão da crise financeira mundial, o orçamento para os investimentos da Petrobras Biocombustíveis deve aumentar, de acordo com o diretor da estatal criada esse ano, Fernando Cunha. Segundo ele, o orçamento inicial de 1,5 bilhão de dólares para o período 2008-2012, deve ser revisado para cima no novo plano de negócios da Petrobras, para o período 2009-2013, previsto para ser divulgado no próximo mês. "A Petrobras acabou de criar uma empresa e se nós diminuirmos o orçamento de investimento, não tem muito sentido criar a empresa. Ela criou uma empresa para a atividade de biocombustíveis crescer, e para isso vamos precisar de mais dinheiro", disse Cunha a jornalistas, após participar do 10º Congresso de Agribusiness, no Rio de Janeiro. "A crise é transitória, não podemos parar, a vida continua...Vamos olhar a crise com cautela, mas nós queremos crescer independentemente de crise", adicionou o executivo. A Petrobras Biocombustíveis possui 3 plantas operando no Brasil, e analisa a construção de uma quarta unidade, prevista para o Nordeste brasileiro. A carteira da estatal tem ainda projetos para a construção de unidades de biocombustíveis no exterior, e a empresa tem estudos para plantas na Colômbia, Angola e Portugal. "Aglutinamos carteiras das áreas internacional, abastecimento de gás e energia. A carteira previa projetos fora do país. Eram projetos, mas não avançaram. Continuam lá no portfólio", afirmou o executivo da Petrobras. Ele acrescentou que a Petrobras Biocombustíveis já está diversificando a matéria-prima usada nas 3 plantas já instaladas. As unidades usam, além da soja, insumo principal para a fabricação de biodiesel no país, outras oleaginosas como girassol e dendê. "Queremos desenvolver novas fontes, como pinhão manso e mamona. Não podemos ficar presos só a soja. Queremos fontes que não concorram com a produção alimentar (como é o caso da soja)", declarou o executivo, que alertou que nos próximos dez anos a soja continuará como a principal fonte para a produção de biocombustível no Brasil. "O que existe hoje no Brasil é soja. É desejável não concorrer com alimentos. Nós e outros agentes vão se voltar para outras fontes. Só 18% da soja vira óleo... é preciso uma produção mais intensiva de outras fontes e o pinhão manso , que tem alta produtividade, deve ser o futuro", concluiu. (Reuters, do Rio de Janeiro)

O Boticário ignora a crise e prevê crescer 18% esse ano
O cenário ainda incerto de impactos da crise no varejo não parece assustar a rede O Boticário, a maior de franquias de cosméticos e perfumaria do mundo, com 2.500 lojas. A empresa afirma manter os planos para o ano que vem e deve crescer 18% esse ano. A rede diz que aproveitará o potencial do Brasil, que já é considerado o terceiro maior mercado mundial de cosméticos, atrás apenas dos EUA e do Japão, onde já não há grandes crescimentos. Com isso, esse ano, o grupo vê possibilidade de ultrapassar a barreira de R$ 1 bilhão de faturamento na área de produção e atingir receita superior a R$ 2,5 bilhões com as suas lojas. A aposta é em que as vendas aumentem, já que o consumidor pode desistir de fazer compras de produtos de grande valor agregado, que precisem ser parceladas, e optar por itens mais baratos. Outro atrativo e foco de investimento da rede é a reformulação dos pontos de venda. Até 2010, todas as lojas estarão adequadas ao novo padrão visual, totalizando investimentos de R$ 150 milhões.

Savoy lança novo shopping em São Paulo
O Grupo Savoy, empreendedor de vários shopping centers em São Paulo, apresentou ontem à imprensa, as futuras instalações do Centro Comercial Nova 25 de Março. O empreendimento estará localizado no bairro de Santo Amaro e pretende ser um segundo pólo de vendas popular na capital paulista. O shopping tem inauguração prevista para outubro do ano que vem e, na primeira fase, ocupará uma área bruta locável (ABL) de 90 mil metros quadrados, em um investimento de R$ 200 milhões. O centro de compras contará com mais de 400 lojas, sendo que 105 já foram negociadas com tradicionais comerciantes da região da 25 de Março. O espaço conta ainda, com galerias de circulação de pedestres a céu aberto, uma réplica do Mercado Municipal (com lojas e restaurantes destinados preferencialmente, aos lojistas do Mercadão), 2.500 vagas de estacionamento e plataformas para embarque e desembarque de ônibus de turismo de compras.

Apenas 11% dos consumidores dão atenção para a crise global
Apenas cerca de 11% dos brasileiros acompanharam as notícias sobre a crise financeira internacional em outubro. O número foi divulgado pelo instituto de pesquisas Ipsos, ao ouvir cerca de 1.000 consumidores brasileiros em 70 cidades e nove regiões metropolitanas. Segundo a pesquisa, entre as pessoas de maior poder aquisitivo, se encontra o maior percentual daqueles que acompanham muito a crise, chegando a 30%. Além disso, ao serem perguntados sobre os planos de compras para o fim do ano, 40% dos entrevistados ainda não tinham pensado sobre o assunto, 30% disseram que pretendem gastar menos do que no ano passado e 22%, pretendem gastar o mesmo que em 2007. Para a Ipsos, o resultado mostra que a crise financeira mundial não está na lista das preocupações da maioria dos brasileiros, que se mantêm otimistas e dispostos a fazer compras nesse fim de ano.


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ESPECIAL

Entenda o que é o compulsório e como ele coloca mais dinheiro na economia
O depósito compulsório é um dos instrumentos que o Banco Central usa para controlar a quantidade de dinheiro que circula na economia. O mecanismo influencia o crédito disponível e as taxas de juros cobradas. Por meio do compulsório, os bancos são obrigados a depositar em uma conta no próprio BC, parte dos recursos captados dos seus clientes nos depósitos à vista, a prazo ou poupança. Quando reduz o compulsório, o BC dá aos bancos mais dinheiro para emprestar aos seus clientes. Isso pode ajudar a reduzir os juros bancários ou, em momentos de mais escassez de dinheiro, impedir que sequem as fontes de crédito para o consumidor e para empresas. A piora da crise nos EUA e na Europa prejudicou principalmente, os bancos menores no Brasil, que têm dificuldade de captar dinheiro no exterior. Por isso, o BC decidiu mexer nas regras do compulsório para colocar mais dinheiro na economia. Além disso, o governo está destinando mais dinheiro para o BNDES, que repassa esses recursos para empresas que estão em busca de crédito mais barato. Ao todo, as mudanças anunciadas pelo BC nos últimos dois meses, já injetaram cerca de R$ 80 bilhões na economia.

Veja como funcionam os diferentes tipos de compulsório:
1 - Depósitos à vista
Os bancos são obrigados a recolher 42% dos depósitos à vista (dinheiro da conta corrente) feitos pelos seus clientes e depositar o dinheiro em espécie no BC. Sobre esse valor a recolher, é dado um desconto de R$ 44 milhões. Ou seja, os bancos só depositam aquilo que ultrapassa esse valor. Esse dinheiro fica parado, sem remuneração. Equivale hoje a cerca de 20% de todo o compulsório recolhido pelo BC.
2 - Depósitos a prazo
Os bancos são obrigados a recolher 15% dos depósitos a prazo (CDB, por exemplo) feitos pelos seus clientes. Parte do recolhimento é feito por meio de títulos públicos remunerados (30%). Outra parcela, em espécie, fica sem remuneração (70%). Há um desconto de R$ 2 bilhões no valor a ser recolhido. Representa cerca de 20% de todo o compulsório recolhido.
3 - Caderneta de poupança
O BC exige o recolhimento, em espécie, de 20% do dinheiro que os clientes aplicam na poupança. Nesse caso, o dinheiro é remunerado pelo BC, que paga TR + 3% ao ano ao banco. Representa de 25% a 30% de todo o compulsório recolhido pelo BC.
4 - Exigibilidade adicional
Inclui os três tipos anteriores de compulsório. O banco aplica uma alíquota de 5% sobre os depósitos à vista, 5% sobre os depósitos a prazo e 10% sobre poupança. Sobre o valor apurado, há um desconto de R$ 1 bilhão. O recolhimento é em títulos públicos. Equivale a cerca de 25% de todo o compulsório recolhido pelo BC.
5 - Leasing
O recolhimento sobre depósitos interfinanceiros foi criado no início de 2008, com o objetivo de recolher parte do dinheiro gerado pelo aumento das operações de leasing. A cobrança vem sendo implantada gradualmente, com uma alíquota que vai chegar a 25% em 2009. O recolhimento é feito em títulos públicos. Equivale hoje a cerca de 5% de todo o compulsório recolhido pelo BC.

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BASTIDOR

- Accor confirma mais dez hotéis no País para o próximo ano. O grupo hoteleiro francês Accor prossegue com seu plano de expansão e calcula mais dez unidades no País no ano que vem. Nos primeiros seis meses de 2008, a empresa havia aumentado em 15% sua base local de hotéis. No mesmo período, a Accor registrou volume de negócios de R$ 375 milhões no Brasil, 23% mais que em 2007. Os novos empreendimentos serão abertos nas regiões Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-Oeste, totalizando mais de 1.300 apartamentos, e gerando emprego para mais de 600 pessoas.

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MERCADO de Ações & Futuros
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

Ibovespa encerra o dia com ganhos de 1,83%
Num pregão bastante volátil, a Bovespa conseguiu descolar-se da tendência predominantemente baixista em Wall Street e fechar no azul, favorecida pelas ações de siderúrgicas, bancos e construtoras. As sucessivas medidas de ajuda divulgadas nos EUA - ontem foram US$ 800 bilhões, um dia depois do socorro ao Citigroup - têm feito com que os poucos investidores domésticos relutem um pouco em se desfazer dos papéis.

- O Ibovespa, principal índice, terminou a sessão com ganhos de 1,83%, aos 34.812,86 pontos, mas chegou a atingir 3,93% de elevação (35.532 pontos), no final da manhã, com o anúncio da ajuda do Federal Reserve. Na mínima, tocou em 33.620 pontos (-1,66%). No mês, acumula perdas de 6,56% e, no ano, de 45,51%.
- O giro financeiro totalizou R$ 3,729 bilhões.

Análise - Os especialistas gostaram principalmente, da ajuda aos consumidores, visto que, até então, eram as instituições as principais beneficiadas da ajuda do governo. Segunda-feira o Citigroup, que recebeu US$ 20 bilhões diretamente do Fed, além de ter garantidos US$ 306 bilhões em ativos. Ao colocar o consumidor como beneficiário, o Fed está de olho no reaquecimento econômico, visto que os gastos deles correspondem a 70% da atividade econômica do país - e haviam caído no terceiro trimestre.

Reação das Ações
O setor de construção, um dos mais castigados na Bovespa por causa da liquidez mais estreita, subiu ontem, na esteira do relatório do BC sobre o crédito. Segundo a autoridade monetária doméstica, o estoque de operações de crédito do sistema financeiro cresceu 2,9% em outubro, ante setembro, totalizando R$ 1,187 trilhão. No acumulado do ano, o crédito registra expansão de 26,8% e a alta é de 34,6% nos últimos 12 meses. O volume de novas concessões, entretanto, caiu 3% ante setembro, para R$ 157,257 bilhões, liderado pelo segmento de pessoas físicas (-3,5%). Cyrela ON foi a segunda maior alta do Ibovespa, ao subir 14,10%. Rossi Residencial ON avançou 8,09% e Gafisa ON, 4,64%. Vale ON fechou em alta de 2,68% e PNA, de 1,96%. Usiminas PNA subiu 2,75%; CSN ON, 4,34%; Gerdau Metalúrgica PN, 9,20%; e Gerdau PN, 4,88%. No setor financeiro, BB ON subiu 3,04%; Itaú, 4,62%; Unibanco Unit, 4,47%; e Bradesco PN, 2,20%. Petrobras virou para cima no final: as ações ON avançaram 1,72% e as PN, 0,68%. Na Bolsa Mercantil de Nova Iorque, o contrato do petróleo para janeiro terminou cotado a US$ 50,77 o barril, com retração de 6,84%.


Bolsa de NY emplaca terceira alta seguida com novo plano de resgate
As Bolsas americanas deram sinais de estabilidade nessa terça-feira, com os investidores animados pelos planos do governo dos EUA para incentivar o consumo e o crédito e seletivos nas compras, depois de duas sessões consecutivas de fortes altas.

- O DJIA - Dow Jones Industrial Average -, principal indicador da Bolsa de NY, avançou 0,43%, fechando em 8.479,47 pontos.
- O Nasdaq, de alto componente tecnológico, perdeu 0,50%, aos 1.464,73 pontos.
- Já o índice ampliado Standard & Poor's 500 subiu 0,66%, para 857,39 pontos.

Análise 1 - As ações flutuaram durante a maior parte do dia, com alguns picos de realização de lucro, o que já era aguardado depois das sessões mais recentes. Na sexta, as Bolsas subiram com a expectativa de que o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, escolhesse como próximo secretário do Tesouro, o atual presidente do diretório regional do Fed - Federal Reserve -, o BC americano de Nova Iorque (uma das 12 divisões do BC americano), Timothy Geithner - o que se confirmou ontem. Os investidores chegaram também, a se animar nessa terça-feira, com mais uma tentativa do Fed e do Departamento do Tesouro dos EUA de reativar a economia do país com a injeção de mais US$ 800 bilhões.

Análise 2 - As medidas do Fed irão "ajudar os participantes do mercado a atenderem as necessidades de domicílios e pequenas empresas ao garantir a emissão de títulos lastreados em créditos estudantis, financiamentos de veículos, dívidas de cartões de crédito e empréstimos garantidos pela SBA [Administração de Pequenas Empresas, na sigla em inglês]", segundo comunicado da instituição. Por outro lado, o Departamento do Comércio dos EUA divulgou ontem, a revisão do desempenho da economia do país no terceiro trimestre para retração de 0,5%. O cálculo inicial do governo indicava decréscimo de 0,3%, e a maioria dos analistas esperava contração de 0,6%.


Bolsas européias sobem com otimismo sobre ajuda de US$ 800 bilhões do Fed
As Bolsas européias tiveram um dia positivo no pregão dessa terça-feira, com o anúncio feito pelo Federal Reserve ontem, de que irá oferecer uma nova ajuda aos mercados de crédito, com a compra de US$ 800 bilhões em papéis ligados a hipotecas e títulos ligados a dívidas de consumo, como cartões de crédito, financiamentos de automóveis e créditos estudantis. Ontem a OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico - informou que a recessão na economia do bloco como um todo, durará até meados de 2009, e uma recuperação da crise só deve ser vista em 2010. Os 30 países-membros da organização entraram em recessão no terceiro trimestre de 2008, com uma queda do PIB de 0,2%, que se agravará no trimestre atual, chegando a uma queda de 1,4%, e continuará nos dois trimestres seguintes (-0,8% e -0,2%, respectivamente).

- A Bolsa de Londres fechou em alta de 0,44%, ficando com 4.171,25 pontos.
- A Bolsa de Paris subiu 1,18% no índice CAC 40, fechando com 3.209,56 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt subiu 0,13% no índice DAX, para 4.560,42 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve alta de 0,22%, encerrando o dia com 5.478,39 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Amsterdã fechou praticamente estável, com variação negativa de 0,01% e 245,84 pontos.
- A Bolsa de Milão fechou em baixa de 0,47%, com 15.406 pontos.

Análise 1 - Com a ajuda anunciada pelo Fed, o setor financeiro encontrou espaço para subir. As ações do banco suíço UBS (uma das empresas mais afetadas pela crise financeira), as do britânico Barclays e as do francês Société Générale, subiram mais de 7%.

Análise 2 - O presidente do Banco da Inglaterra (BC britânico), Mervyn King, disse nessa terça-feira, que as instituições financeiras do Reino Unido podem precisar de mais capital e que o "desafio mais urgente" do país é reanimar o fluxo de crédito na economia. "Não devemos recuar diante disso, se for o necessário a ser feito", disse King.

Análise 3 - As ações da mineradora BHP Billiton subiram 15%, depois de ter retirado sua oferta de compra da rival Rio Tinto. A empresa abandonou o negócio por temer que seu endividamento crescesse demais com a conclusão do negócio; além disso, as condições difíceis da economia mundial tornariam muito complicado vender alguns ativos para saldar débitos do grupo formado com a fusão. "Essa decisão foi tomada contra um pano de fundo de crise econômica mundial e do efeito da avaliação dessa situação sobre os eventuais benefícios", disse o executivo-chefe da BHP, Marius Kloppers. "Acho que os preços das commodities em nossa oferta de ativos e para a maioria das outras empresas, já caiu cerca de 50% nas últimas seis semanas. Isso teve um claro impacto sobre nosso fluxo de caixa".


HOJE – Bolsas asiáticas divergem em expectativa sobre novo pacote dos EUA
As Bolsas da Ásia fecharam com tendências variadas em meio a expectativas divergentes sobre o pacote de US$ 820 bilhões para restaurar a circulação de crédito no país, tanto para o consumidor como para financiamentos imobiliários, hipotecas e pequenas empresas. A medida foi a quarta intervenção do governo americano no mercado financeiro em três meses.

Análise - A medida demonstra a preocupação dos Estados Unidos com a falta de crédito no país, mas lança novo ânimo nos mercados - já bastante voláteis nas últimas semanas com a forte desaceleração das montadoras de automóveis e o pacote de ajuda de US$ 20 bilhões ao Citigroup. "Com o foco nos mercados de hipotecas dessa vez, o novo plano de resgate pode recuperar o crédito ao consumidor e encorajar o consumo", disse Kenny Tang, da Redford Securities, no Japão. "O Fed [Federal Reserve, o Banco Central americano] age rapidamente, mas quando essa nova medida vai causar impacto? Até certo ponto, ela só demonstra a seriedade da situação em que estamos", afirmou Takashi Ushio, da Marusan Securities, em Hong Kong.

- A Bolsa de Tóquio (Japão), a principal do mercado asiático, recuou 1,33% com a queda nos papéis de empresas do setor de exportação.
- Na Austrália, a queda foi de 2,68%.
Os outros mercados tiveram avanço nesta quarta-feira:
- Hong Kong (3,41%).
- Coréia do Sul (4,72%).
- China (0,49%).
- Indonésia (2,72%).


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ÍNDICES ECONÔMICOS

FGV: IPC-S desacelera a alta em 4 de 7 capitais
A inflação no varejo da cidade de São Paulo continuou a apresentar desaceleração, no âmbito do IPC-S - Índice de Preços ao Consumidor-Semanal. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, os preços na cidade subiram 0,51% no índice de até 22/11, em comparação com a alta de 0,54% apurada no IPC-S anterior, de até 15/11. Ontem, a fundação anunciou os resultados regionais de inflação das sete capitais usadas para cálculo do índice, sendo que, das sete cidades, quatro apresentaram elevação de preços menos intensa na passagem do IPC-S entre os dias 15 e 22 desse mês. Além de São Paulo, houve desacelerações de preços em Recife (de 0,43% para 0,26%); Salvador (de 0,37% pra 0,34%); e Brasília (de 1,14% para 1,01%). Já as outras capitais apresentaram taxa de inflação mais intensa, no mesmo período. É o caso de Belo Horizonte (de 0,59% para 0,72%); Rio de Janeiro (de 0,64% para 0,71%); e Porto Alegre (de 0,74% para 0,91%). Embora todas as cidades contribuam para a formação do IPC-S, a inflação na cidade de São Paulo é a de maior peso no cálculo do índice - cujo resultado completo mostrou inflação mais intensa (de 0,56% para 0,57%), entre a segunda e a terceira quadrissemana de novembro, conforme anunciado ontem pela FGV.

Taxa de juros para pessoa física é a maior desde junho de 2006
Em meio à crise internacional de crédito, os juros cobrados pelos bancos subiram nas principais modalidades para pessoa física, no mês de outubro. A taxa média, que engloba cheque especial, empréstimo pessoal e aquisições de veículos, entre outros, subiu de 53,1% em setembro para 54,8% ao ano no mês passado. Segundo a pesquisa mensal de juros do Banco Central, divulgada nessa terça-feira, essa é a maior taxa desde junho de 2006, quando os juros estavam em 55,8%. A inadimplência ficou praticamente estável - de 7,3% para 7,4%. No cheque especial, a taxa de juros subiu de 170,2% para 170,8%. É maior taxa desde julho de 2003, quando estava em 173,9% ao ano. O recorde é de 294% ao ano, registrado em julho de 1994. No empréstimo pessoal, a taxa subiu de 56,3% para 57,4% ao ano. Na aquisição de veículos, passou de 33,1% para 34,1% ao ano. Esse aumento se deve ao "spread" bancário (a diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetiva cobrada dos clientes). O "spread" para pessoa física aumentou 1,1 ponto percentual, para 39,7 pp. Empresas Os juros das empresas também apresentaram alta no mês de agosto, de 28,3% ao ano para 31,6%. A taxa geral (pessoa física + jurídica) passou de 40,4% para 42,9% ao ano. Houve alta do "spread" bancário para pessoa jurídica, de 2,8 pontos percentuais, para 17,5 pontos. O "spread" geral (considerando também o crédito pessoa física) passou de 26,4 pontos percentuais para 28,4 pp.


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MERCADO FINANCEIRO

Bradesco diz que não fará "loucura" para retomar liderança
Após ter perdido a liderança no ranking brasileiro de bancos privados, com a fusão entre Itaú e Unibanco, o Bradesco disse a investidores que não está com pressa de fazer aquisições com o objetivo de retomar a dianteira. "O que nos interessa é a eficiência, a rentabilidade para os acionistas. Não faremos aquisições por fazer. Não vamos fazer loucura", disse Marcio Cypriano, presidente-executivo do banco, em reunião com investidores em Nova Iorque, transmitida pela Internet. Após a fusão, o Itaú Unibanco passou a ter ativos totais de 575,1 bilhões de reais, seguido pelo Banco do Brasil, cujos ativos subiram para 512,3 bilhões de reais com a compra da Nossa Caixa, anunciada na semana passada. Nessa lista, o Bradesco aparece em terceiro, com 422,7 bilhões de reais. De acordo com Milton Vargas, vice-presidente do Bradesco, o banco vai centrar sua estratégia no crescimento orgânico, com ênfase nas pessoas físicas com menor renda. "É um segmento no qual a gente não perde, mesmo com fusão de outros bancos", disse. Cypriano também descartou qualquer movimento iminente de expansão no exterior. "No presente momento, expandir para fora do Brasil poderia ser temerário. No presente momento, não faremos nada no exterior", assegurou. O presidente do banco considerou ainda, que a crise internacional deve desacelerar o ritmo de expansão das operações de crédito no Brasil, mas que o crescimento seguirá acima de dois dígitos em 2009. Em outubro, o banco informou ter incrementado suas operações em linha com o mercado, cerca de 3% a mais do que em outubro. A expectativa da instituição é de que o PIB - Produto Interno Bruto - do país cresça 2,5% no próximo ano. Os executivos do banco adiantaram também, que a inadimplência deve se deteriorar em relação aos níveis atuais, mas que isso não deve implicar em provisionamento maior contra perdas. "A inadimplência pode se deteriorar um pouco. Mas não acreditamos em aumento muito grande porque não haverá desemprego em massa. Nosso colchão de provisionamento é suficiente", disse Vargas.Os executivos mostraram-se preocupados com uma desaceleração mais forte no setor automobilístico, segmento que liderou a expansão das operações de crédito para pessoa física, nos últimos trimestres. "Houve um exagero do mercado, trazendo consumidores que não tinham perfil adequado. Estamos esperando um crescimento menor para 2009", afirmou Cypriano. (Reuters, de São Paulo)

Lucro líquido de 15 bancos supera o de 201 empresas
Pela primeira vez desde o início do governo Lula, em 2003, o lucro líquido dos bancos superou o das empresas. Levantamento feito pela empresa de informação financeira Economática, mostra que o resultado de 15 instituições financeiras no terceiro trimestre desse ano, foi maior que a soma de 201 empresas de outros setores: R$ 6,92 bilhões, ante R$ 6,01 bilhões. O estudo não considera os resultados da Petrobrás, Eletrobrás e Vale. O motivo para essa inversão está na cotação do dólar. Entre 30/6 e 30/9/2008, a moeda subiu 19%, de R$ 1,597 para R$ 1,902. Isso elevou de muito os custos da dívida em dólar das empresas e corroeu o lucro líquido do período, explica o gerente de análise da Modal Asset, Eduardo Roche.Segundo a Economática, a alta do dólar no trimestre elevou a despesa financeira das companhias de R$ 1,3 bilhão, em setembro de 2007, para R$ 19,5 bilhões esse ano. Analistas explicam que as empresas são obrigadas a marcar a preço de mercado as dívidas em moeda estrangeira. Portanto, todo fechamento de trimestre, ela precisa atualizar os dados. "Mesmo as empresas que tinham hedge normal para se proteger das variações do câmbio, diferentemente do que fizeram Sadia e Aracruz, também tiveram impactos no balanço", destacou Roche. Segundo ele, embora os bancos tenham alguns ativos em moeda estrangeira, a exposição não é igual. "Por isso, os lucros do setor bancário superaram o das empresas, que continuaram com resultados operacionais bons.O levantamento mostrou que, depois dos bancos, o setor que mais lucrou foi o de energia elétrica. O resultado das 29 empresas de capital aberto somou R$ 2,95 bilhões, bem diferente de 2002, quando chegaram à beira da bancarrota por causa das elevadas dívidas em moeda estrangeira. Empresas como Cesp e Eletropaulo entraram num processo perigoso de risco de solvência. No caso da distribuidora, a dívida em moeda estrangeira foi reduzida e alongada. O mesmo caminho foi seguido pela Cesp, cujo cronograma de amortização da dívida vai começar a ficar mais pesado apenas a partir de 2011.O setor de siderurgia e mineração aparece em seguida, com lucro consolidado de R$ 1,82 bilhão. As empresas da área sofreram forte impacto do câmbio nos resultados. No caso da CSN, as perdas financeiras somaram R$ 1,7 bilhão, o que reduziu o lucro líquido para R$ 40 milhões - valor substancialmente menor que o R$ 1 bilhão registrado no segundo trimestre de 2008, avalia a Ativa Corretora. Para o último trimestre, a expectativa é de que o setor bancário continue liderando os lucros. Isso porque, além do efeito do câmbio, as empresas também vão apresentar alguma piora na parte operacional, destaca Eduardo Roche. As exportações devem começar a se diminuir e o preço das commodities pode afetar as receitas das companhias.

BCE prevê que inflação cairá rapidamente nos próximos meses
O BCE - Banco Central Europeu - prevê que a inflação global cairá rapidamente nos próximos meses, devido ao retrocesso dos preços das matérias-primas. Mesmo assim, a organismo europeu considera que a inflação irá permanecer em terreno positivo e, por isso, descarta uma deflação. Em discurso pronunciado em Veneza/Itália, e distribuído em Frankfurt, Lorenzo Bini Smaghi, membro da Comissão Executiva do BCE, disse que atualmente "não há analistas do setor privado ou previsões que prevejam uma deflação na zona do euro", nem nos EUA. Bini Smaghi lembrou que a taxa de inflação alcançou índices máximos há poucos meses, já que, em julho, ficou em 5,6% nos EUA - o nível mais alto desde 1991 -, em 4% na zona do euro e em 5,2% no Reino Unido. Desde então, o crescimento econômico global desacelerou com força e os preços das matérias-primas, caíram. "Se os preços das matérias-primas permanecerem no nível atual, o componente da energia dos preços de consumo" cairá em muitos países em 2009, disse Bini Smaghi. Em relação às reduções das taxas de juros que o BCE definiu em outubro e no início de novembro, Bini Smaghi considerou que "as taxas para o consumidor final caíram muito menos". Ele acrescentou que "isso prejudica a confiança na eficácia da política monetária" e, por isso, é preciso melhorar os mecanismos de transmissão. Medidas - Os analistas prevêem que a entidade monetária européia reduzirá a taxa de juros na zona do euro em 0,5 ponto percentual ou, inclusive, em 0,75 ponto percentual, em sua reunião da próxima semana. Em uma ação coordenada, o BCE, o Fed (Federal Reserve, o BC americano), o Banco da Inglaterra e os bancos centrais da Suíça, Suécia e Canadá, reduziram suas taxas básicas de juros no início de outubro. No início desse mês, o BCE reduziu novamente, a taxa de juros em mais 0,5 ponto percentual, para 3,25%. (Efe, de Frankfurt)

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AGRONEGÓCIOS

Produtores de milho terão mais apoio do governo
Antes restritos ao Mato Grosso, os leilões da estatal passam a atender agricultores de Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Na próxima quinta-feira, 27/11, serão ofertados PEP - Prêmios para o Escoamento do Produto -, para a venda de 223 mil toneladas do cereal. O instrumento é usado pelo governo para impulsionar a venda em regiões produtoras e abastecer pólos consumidores. No norte do Mato Grosso a Conab vai apoiar a venda de 100 mil t de milho. Goiás e Mato Grosso do Sul irão receber subvenção para 60 mil t e Rondônia, 3 mil t. Segundo o superintendente de Operações da Conab, João Paulo de Moraes, nessas regiões o preço pago ao produtor já está próximo dos valores de referência estipulados pelo governo. “A queda nos preços deixou esses estados em situações parecidas. O leilão vai ajudar a garantir renda aos produtores”. Esse é o segundo leilão de PEP para os produtores de milho em 2008. Na primeira rodada, realizada há duas semanas, o governo garantiu a comercialização de 50 mil toneladas de cereal cultivado na região norte do Mato Grosso, com investimento de R$ 2,3 milhões.

SP aumenta exportações em 10%
Segundo o IEA - Instituto de Economia Agrícola -, no período de janeiro a outubro, a receita com as exportações do agronegócio paulista apresentou alta de 10,1%, atingindo US$14,5 bilhões, enquanto as importações aumentaram 42,8%, somando cerca de US$6,5 bilhões. O resultado foi um saldo de US$8,00 bilhões, valor 7,1% menor do que o observado no mesmo período de 2007. "Há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores (exclusive o agronegócio) somaram US$50,16 bilhões, enquanto que as exportações totalizaram US$34,37 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado de US$15,79 bilhões. O que mostra que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior, devido ao desempenho do agronegócio do Estado", comentam os analistas da Scot Consultoria. A participação das exportações do agronegócio paulista no total do Estado diminuiu 1,3%, enquanto a participação das importações permaneceu estável, na comparação dos primeiros dez meses de 2007 e de 2008.

Fórum global ressalta iniciativas brasileiras de política agrícola
A política agrícola brasileira foi elogiada pelos representantes da OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico -, que reconheceram avanços recentes, fundamentados no nosso plano agrícola e pecuário”. A informação é do secretário de Política Agrícola, Edilson Guimarães, que participou da reunião do Comitê de Agricultura e do Fórum Global de Política Agrícola, realizados pela OCDE, em Paris, na semana passada, com a representação de mais de 34 países. Além dos avanços da agricultura brasileira, a agenda de discussões tratou dos ajustes estruturais diante da crise econômica, dos impactos do apoio estatal nos países em desenvolvimento e da evolução das políticas agrícolas das economias emergentes. O estabelecimento dos preços mínimos garantidos e o aumento de volume de recursos para o crédito e do limite de crédito por tomador, foram algumas das iniciativas do Brasil mais destacadas pela organização. Foram enfatizados também, os programas de recuperação de áreas degradadas e de controle de desmatamento na Amazônia, que passou de mais de 27 mil quilômetros quadrados, em 2004, para menos de 10 mil quilômetros quadrados, em 2007. A OCDE divulgará relatório sobre a agricultura brasileira e a evolução de sua política agrícola, em março de 2009.


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SETOR AUTOMOTIVO

Anfavea espera retomada de ritmo de vendas de carros até o fim do ano
O presidente da Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores -, Jackson Schneider, afirmou nessa terça-feira, que o ritmo de vendas de veículos deve voltar ao patamar de antes da explosão da crise financeira internacional até o fim do ano. Porém, ele vê com um pouco de pessimismo, a possibilidade das vendas acumuladas no ano, consigam ultrapassar a casa de três milhões de unidades. "A média diária, a partir do momento que os recursos [de liquidez liberados pelos bancos estatais para as financeiras das montadoras] chegarem à ponta do consumo, deve voltar aos níveis de outubro, na segunda quinzena de novembro e aos níveis de setembro, até o fim do ano", disse Schneider, após seminário sobre a crise financeira global na Amcham - Câmara Americana de Comércio. Em setembro, a média diária de vendas estava na casa de 11 mil unidades no país, mas desde então, sofreu seguidas quedas devido à falta de crédito ao consumidor. Schneider não quis fazer novas projeções sobre as vendas acumuladas no ano, que deverão ser anunciadas pela Anfavea na primeira semana de dezembro. Porém, ele admite que haverá "uma certa dificuldade" de chegar nas três milhões de unidades. Na semana passada, o presidente da General Motors do Brasil, Jaime Ardila, afirmou que a previsão da indústria automotiva no país é fechar o ano com 2,850 milhões de veículos vendidos. Dados da Anfavea apontam que nos dez primeiros meses de 2008, foram comercializados 2,45 milhões de unidades, aumento de 23,4% na comparação com o mesmo intervalo de 2007, que já havia sido recorde. Sobre a crise, Schneider informou que, até o momento, todos os investimentos anunciados pelas montadoras no país estão mantidos, isso porque "os recursos vêm do fluxo de caixa local". Para ele, o mercado automobilístico brasileiro está em uma posição melhor do que a das matrizes. O presidente da Anfavea atribuiu isso ao melhor desempenho da economia nacional, além do setor automotivo estar mais bem adaptado à nova realidade do mercado, como, por exemplo, carros menores e com combustíveis renováveis. Segundo ele, cerca de 90% dos carros vendidos no Brasil são pequenos e outros 88% já saem de fábrica com motores flex. Schneider também vê "desafios importantes" na área de exportação, já que alguns dos principais mercados dos automóveis brasileiros, como México, Argentina, Venezuela e a África do Sul, apresentam redução de unidades compradas.

Porsche interrompe produção em fábrica para se adaptar à demanda
A fabricante alemã de veículos esportivos Porsche, interrompeu a produção na fábrica de Zuffenhausen, sudoeste, na sexta-feira, e fará o mesmo em outros sete dias, até o final de janeiro de 2009, para se adaptar à queda da demanda. A Porsche informou ontem, em comunicado que "não pode evitar a atual tendência de baixa da indústria automobilística". Devido às contas de tempo de trabalho dos empregados da Porsche estarem cheias pela elevada produção do ano passado, é possível fazer a compensação sem jornadas reduzidas. Além disso, a Porsche revisou para baixo suas previsões de vendas para 2008 e já não prevê vender tantos veículos quanto no ano passado (98.652 automóveis), em seu ano fiscal 2008/09, que termina em 31/7. As ações da Porsche desceram 5,77%, até 52,77 euros, na Bolsa de Frankfurt. Além disso, a BMW mandará para férias prolongadas de Natal, engenheiros e funcionários administrativos, entre 15/12 e 6/01, e não só os trabalhadores da cadeia de produção, também pela redução da demanda, segundo a revista "Focus". (Efe, de Frankfurt)


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ENERGIA & Telecomunicações

Aneel aprova mudança no cálculo de revisões tarifárias
A diretoria da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica - aprovou ontem, um conjunto de alterações na metodologia usada para calcular as revisões tarifárias periódicas das distribuidoras de energia. A mudança é retroativa ao segundo ciclo de revisões, iniciada em 2007. Assim, a área técnica da Aneel deverá, ao longo do ano que vem, fazer ligeiros ajustes, a partir dos novos critérios, nas 42 revisões que já foram aprovadas desde o ano passado. As outras 19 revisões, que ainda não foram aprovadas, já vão incorporar os aperfeiçoamentos. A revisão tarifária periódica é realizada, em média, a cada quatro anos, diferentemente do reajuste, que é anual. Na revisão, a Aneel faz uma ampla avaliação de toda a situação operacional e financeira da empresa, para, então, definir um novo nível para suas tarifas, de modo a preservar o equilíbrio econômico da concessão. Uma das principais alterações aprovadas pela agência - que atende a um antigo pleito das distribuidoras - é a readequação da chamada "empresa de referência" - espécie de companhia virtual criada pela agência para ser usada como referência, para avaliar qual seria a situação operacional e financeira ideal de cada distribuidora. A agência afirma que, agora, a "empresa de referência" será um modelo mais próximo da realidade das empresas. Outra alteração está relacionada às chamadas perdas não-técnicas de energia - causadas, principalmente, por furto de energia (os chamados "gatos") ou fraudes em medidores. Agora, ao calcular o efeito dessas perdas na revisão das tarifas, a Aneel vai levar em conta as especificidades sociais de cada área de concessão, já que em grandes concentrações urbanas as práticas de furto e fraude tendem a ser mais freqüentes, do que em áreas menos populosas. A Aneel também afirma que a nova metodologia dará mais transparência ao cálculo do Fator X, índice que repassa, aos consumidores, ganhos de produtividade, obtidos pela distribuidora.

Apple é processada sob acusação de uso indevido de patente no iPhone
A Apple infringiu uma patente de tecnologia utilizada pelo iPhone para navegar na web, afirma a EMG Technology. A empresa entrou com um processo contra a Apple na segunda-feira, 24/11, no Estado do Texas/EUA. A patente da EMG foi registrada em 3 de março de 2006 e tinha validade até 21 de outubro de 2008 – lembrando que o iPhone 3G foi lançado em 11 de julho de 2008. A “patente 196”, como o processo descreve, contém 76 afirmações individuais. Uma das afirmações alega que a tela do conteúdo de internet foi reformatada de HTML para XML nos dispositivos móveis. A EMG descreve como “a indústria padrão geralmente mostrada pelo iPhone”. Uma patente adicional afirma que a tecnologia manipula a região da tela para dar zoom e editar. “A patente 196 sustenta que a interface simplificada e reformatada do conteúdo móvel, oferece melhor visualização e navegação com simples toques em uma pequena tela”, afirma o advogado Stanley Gibson, da EMG Technology. Representantes da Apple não quiseram comentar as afirmações. (Macworld/EUA)


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COMÉRCIO EXTERIOR

Saldo da balança comercial deve subir em 2009, prevê economista
O economista-chefe do Citigroup no Brasil, Marcelo Kfouri, disse ontem, que o saldo da balança comercial brasileira de 2009 deverá ter um desempenho melhor do que nesse ano, o que pelas suas próprias palavras vai na contramão da maioria dos analistas. "Isso ocorrerá devido à valorização do dólar" ante o real, disse Kfouri, que espera um saldo de US$ 40 bilhões para o próximo ano. Segundo o relatório Focus dessa semana, a previsão dos analistas ouvidos pelo Banco Central para ao saldo da balança em 2009, é de US$ 13,71 bilhões. O aumento do saldo se daria por dois motivos. O primeiro é a melhora da competitividade das exportações brasileiras, e a segunda, porque reduz o ímpeto das importações. Sobre o PIB - Produto Interno Bruto -, o economista prevê que haverá alta entre 2,8% e 3% para o próximo ano. A média dos analistas ouvidos pelo BC é de 3%, enquanto o governo federal mantém previsão de 4%. Kfouri ainda aposta em alta de 1,4% no terceiro trimestre e estabilidade para o quarto. Capitalismo "vivo" Kfouri rejeitou a tese da "morte" do capitalismo devido à crise financeira global. "Talvez essa seja a maior crise desde 1929, mas não significa que o capitalismo morreu", disse durante seminário na Amcham - Câmara Americana de Comércio -, lembrando que os EUA passaram por 46 momentos de recessão na história recente. "As crises são inerentes ao capitalismo." Para o economista, os governos "aprenderam com os erros de 1929" e tomaram medidas contrárias. Naquela época, a primeira reação dos governos foi aumentar o protecionismo, o que só fez a recessão durar mais tempo. "O [presidente do Federal Reserve, Ben] Bernanke é especialista em crise de 29, e está agindo para que não ocorra o mesmo", disse. Os passos que devem e estão sendo tomados pelo Fed agora, segundo ele, é injetar liquidez no mercado de crédito e reduzir a taxa de juros. "Agora ele tentará reduzir o Fed Funds de cinco e dez anos, que ainda estão altos", analisou. Pelo mesmo motivo, Kfouri disse que o Brasil também deveria tomar medidas semelhantes. "Haverá espaço para a redução de juros e corte de impostos", receitou, lembrando que a relação entre a dívida e o PIB deverá chegar ao patamar de 36% em novembro, dando espaço ao governo para tomar tais posições.


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LOGÍSTICA & INFRA-ESTRUTURA

Eichenberg mantém investimentos de R$ 25 milhões
O Diretor Presidente do Centro Logistico Eichenberg & Transeich, Gerson Eichenberg, anunciou a concretização da compra, através da SEDAI/RS, de uma área de 97 mil metros quadrados, localizado junto ao Distrito Industrial de Triunfo-Montenegro. Nessa nova unidade serão investidos R$10 milhões em um terminal logístico para armazenagem e distribuição de mercadorias, durante o próximo ano. Ainda, dentro do planejamento para 2009 e 2010, a empresa tem previsão de aplicação de R$ 15 milhões em novas operações estruturadas em Manaus, renovação de frota e, principalmente, em tecnologia da informação. Para Eichenberg, “não se faz logística sem o apoio intensivo da informática e, ainda, as empresas que retraírem seus investimentos hoje, estarão retardando sua capacidade de reação quando a economia mundial estiver novamente em ascensão”, completa o presidente da empresa.

Porto de Hamburgo registra aumento de 1 dígito na movimentação de contêineres
Apesar do crescimento da movimentação de contêineres ter registrado apenas um digito, esse continua sendo o principal negócio do porto de Hamburgo, disse o CEO do complexo, Walter Schulze-Freyburg. Segundo Schulze-Freyburg, já era esperada um queda após sete anos de o porto ter observado crescimento de dois dígitos. O porto foi beneficiado nos últimos anos com a queda da cortina de ferro, que fez com que países, como a Polônia, entrassem na União Européia e retirassem as restrições alfandegárias. Essa ação permitiu um aumento no fluxo de mercadorias entre os dois tradicionais parceiros comerciais. E mais a leste, quem também contribui com esse crescimento foram Rússia, Ucrânia e outros países do antigo bloco comunista, que experimentavam um rápido desenvolvimento econômico até a atual crise financeira global.


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MERCADO ONLINE

Reportagem afirma que Google pode demitir 10 mil colaboradores temporários
O Google pode estar prestes a cortar mais de 10 mil funcionários, informou o WebGuild, serviço de informações do Vale do Silício, citando fontes anônimas internas da empresa, nessa segunda-feira, 24/11. De acordo com um blog da CNET, o Google confirmou a redução de pessoal terceirizado, nessa segunda-feira, mas não detalhou o número de pessoas. O post nota que a notícia da demissão foi publicada inicialmente em outubro pelo San Mercury News, citando o co-fundador da empresa Sergey Brin sobre o número de 10 mil pessoas.
A notícia do WebGuild afirma que, segundo as fontes internas, "centenas" de funcionários têm deixado a empresa nos últimos meses - e que uma brecha jurídica permitiu que o Google ficasse em silêncio a respeito dos cortes. A diferença, segundo a nota, ocorre porque o Google classifica cerca de 10 mil de seus colaboradores como "despesas operacionais temporárias", o que significa que essas posições não são oficiais e podem ser eliminadas, sem notificação pública ao mercado.
O Google contabiliza oficialmente mais de 20 mil funcionários contratados. Especula-se que as 10 mil posições "temporárias" levam ao total de 30 mil colaboradores da empresa. "O Google conta com centenas de advogados para descobrir meios de não ser pego", sugere a presidente do WebGuild, Daya Baran. "Uma delas é mover os funcionários de cargo, no espaço de alguns meses, para que o status permaneça temporário", ela diz.
A receita e o lucro do Google cresceram no terceiro trimestre, o que tem sido uma raridade entre as empresas do Vale do Silício, nesse período, mas pode ser um forte indicador de que a notícia dos cortes não tem mérito. Ainda assim, se alguém estiver buscando sinais de uma redução de custos para que a empresa mantenha-se lucrativa, os cortes podem fazer sentido.


Portal do Submarino está instável para acesso
O site de comércio eletrônico Submarino voltou a funcionar normalmente por volta das 17h, dessa terça-feira, 25/11. O site começou a apresentar problemas de acesso no início da tarde e se manteve inacessível para parte dos internautas. Usuários que tentavam acessar a home do site se depararam com uma página incompleta e uma mensagem que dizia "Página não encontrada”. A navegação por alguns links existentes na home do site, contudo, se manteve ativa durante a instabilidade, como o que dá acesso à consulta aos pedidos dos clientes.O Submarino recentemente passou por modificações de layout e, segundo a empresa, foi introduzido um novo mecanismo de busca mais inteligente. Por intermédio de sua assessoria de imprensa, o Submarino informou que o site passou por uma "instabilidade momentânea" e que a situação estava sendo normalizada. (Nando Rodrigues, editor da PC World)


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MERCADO DE TI

Usina Santa Isabel qualifica os atendimentos do setor de Tecnologia da Informação
A Usina Santa Isabel, produtora paulista de etanol, criou um canal de comunicação interna entre os 12 atendentes da área de suporte de TI - Tecnologia da Informação - e os cerca de 100 funcionários dos demais setores. Foi então que, a exemplo de outras usinas brasileiras, a empresa optou pela solução Qualitor Help-desk da Constat. Antes da instalação do Qualitor, as solicitações feitas ao setor de TI como implantação dos aplicativos Office, World, Adobe; suporte de Hardware; instalação de equipamentos e softwares, entre outros; não eram registradas em banco de dados, mas abertos e tratados por e-mail, dificultando o controle. Com a solução, os gestores da empresa conseguem acompanhar prazos e pedidos feitos para a TI através de relatórios, que também informam ao usuário como está o andamento de sua solicitação. O Qualitor ainda fornece indicadores de desempenho interno, para saber se os pedidos estão sendo atendidos e se o setor está sendo produtivo. O resultado principal foi a geração de um canal de comunicação ágil entre a área de Tecnologia e os demais departamentos, como afirma Ogler Cristiano do Vale, Gerente de TI da Usina Santa Isabel: “com o Qualitor foi possível medir nossos indicadores de desempenho para, a cada dia, melhorarmos nossa gestão interna. A solução permite que seja feito um histórico de solicitações dispondo diversos dados para que o gestor possa tomar decisões eficazes para o pleno funcionamento da equipe”.O Qualitor, implantado em mais de 100 empresas como AGCO, Construcap, RBS, Odebrecht, totalizando 5.000 usuários, é um software de gestão de atendimento que oferece suporte técnico através da organização, rastreamento e o histórico de chamados, além de identificar a freqüência e as causas de problemas. Em agosto desse ano, a Constat lançou a versão Qualitor5i que possui todas as funcionalidades da solução e apresenta maior aderência ao ITIL. “Nosso plano agora é expandir o uso do produto na empresa, principalmente utilizando as novas funcionalidades da versão 5i”, finaliza do Vale.

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