I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 105 | Ano I

As perdas do agronegócio somadas às dos setores da aviação e mineral, deixarão o superávit da balança comercial brasileira próximo do zero.



Receita com exportações agrícolas deve cair 20% em 2009
Junto com o aumento dos custos ao produtor durante 2008, a crise financeira mundial deve frear a tendência de crescimento das áreas de cultivo, o que deverá gerar uma produção menor e, em conseqüência, um recuo de 20% nas receitas com exportações agrícolas. As perdas nas exportações brasileiras devem chegar a US$ 15 bilhões em 2009, segundo o gerente da administradora de fundos de investimento Sparta, Victor Abou Nehmi Filho, em publicação do jornal Folha de São Paulo desse domingo. As perdas do agronegócio somadas as dos setores da aviação e mineral, deixarão o superávit da balança comercial brasileira próximo do zero. Como exemplo, o analista cita o preço da soja, negociada no mês de julho, a US$ 16,6 por bushel (27,2 quilos) e o projeta a US$ 9 para maio de 2009. Mas a falta de crédito somada ao aumento dos custos, à queda na área de plantio, ao uso de menos tecnologia e à possibilidade de clima desfavorável, podem ocasionar perdas de até 15 milhões de toneladas de grãos, de acordo com análise do assessor da Coopermibra (cooperativa do noroeste do Paraná) José Pitoli. Para o analista, as perdas acentuadas só poderiam ser evitadas com mais R$ 4,4 bilhões em créditos para incentivo ao plantio. Os produtos mais atingidos no próximo ano devem ser o algodão, com perda de 27% da área plantada, e o milho safrinha, com redução de 10% da área. Junto com o aumento dos custos ao produtor durante 2008, a crise financeira mundial deve frear a tendência de crescimento das áreas de cultivo, o que deverá gerar uma produção menor e, em conseqüência, um recuo de 20% nas receitas com exportações agrícolas. As perdas nas exportações brasileiras devem chegar a US$ 15 bilhões em 2009, segundo o gerente da administradora de fundos de investimento Sparta, Victor Abou Nehmi Filho, em publicação do jornal Folha de São Paulo desse domingo.

Influência dos emergentes na cúpula do G20 é sinal de mudança nos tempos
A cúpula do G20 em Washington foi um evento impressionante, primeiro de tudo por conta de quem estava lá. Encontros para discutir a economia global costumavam ter apenas a presença do G7 e depois do G8. Tratava-se de um negócio para países ricos, que depois passaram a convidar a Rússia, nos anos 90, com objetivo de discutir questões políticas internacionais, não para levantar discussões em torno da economia. Hoje os tempos são outros. O problema econômico global precisava da presença dos líderes dos países em desenvolvimento. O G20 estava estabelecido como um fórum para ministros das Finanças, tendo as maiores economias em desenvolvimento como membros - China, índia, Rússia, Brasil, Arábia Saudita e outros. E assim vieram para Washington, como países afetados pela crise financeira dos países desenvolvidos e, em alguns casos, como os que poderão ajudar a solucioná-la. O comunicado divulgado após a cúpula, não vai por si só mudar o mundo. O maquinário político da economia global não vai virar de cabeça para baixo, apesar desses grandes países em desenvolvimento, estarem começando a ter importante influência nesse processo. No entanto, há alguns elementos no que foi acordado, que podem levar a mudanças significativas. No objetivo a curto prazo de limitar as conseqüências da crise financeira, há um pedido para cooperação em políticas econômicas e para que os países usem as finanças do governo para estimular o crescimento. Ficará a cargo de cada país decidir o que fazer, mas o comunicado fornece algum tipo de "proteção" se eles sofrerem críticas dentro de casa, devido a medidas potencialmente polêmicas, como corte de impostos e aumento dos gastos públicos para governos cujas finanças já estão apertadas.
"Provisão dinâmica"
Haverá sem dúvida uma desaceleração econômica, uma recessão em muitos países, e um período de crescimento econômico lento para a maioria, ou talvez todos os outros. Já tem havido coordenação entre os Bancos Centrais. E se essa reunião significar mais cooperação, também ajudará. O problema a longo prazo será reduzir os riscos da ocorrência dos atuais eventos que causaram a crise. E mudanças na regulação financeira estarão no centro desse processo. Elas são menos urgentes, por isso a cúpula encomendou mais trabalhos por parte dos ministros das Finanças do G20, dando como prazo final março de 2009. E vale a pena dedicar algum tempo a questões técnicas mais complexas porque qualquer atraso nesse processo terá o selo de aprovação do presidente eleito dos EUA, Barack Obama. O objetivo é ter uma regulação bancária que não exacerba os ciclos de rápida expansão e conseqüente "explosão da bolha". O sistema da Espanha atraiu bastante interesse, porque requer que os bancos construam um amortecedor financeiro nos anos de bonança que possa ajudá-los a absorver as perdas nos tempos ruins, quando aumenta o índice de inadimplência. O princípio básico não é exatamente um bicho de sete cabeças, apesar de seu nome, "provisão dinâmica", parecer. Nesse sentido, é possível que a cúpula desencadeie algumas ações significativas. Certamente, já alterou o elenco de personagens para os quais teremos de olhar no futuro para lidar com os problemas econômicos mundiais. (BBC News)

OMC quer concluir Rodada Doha em dezembro
A OMC - Organização Mundial do Comércio - quer convocar para a semana do dia 10/12, uma conferência internacional para concluir um acordo comercial. A medida seria o primeiro fruto concreto da reunião do G-20 desse fim de semana em Washington. Mas o Mercosul não estará unido nisso. Brasil e Uruguai apóiam um acordo. Mas, diplomatas da Argentina, dizem que o país será contra a convocação. A Venezuela promete questionar a legitimidade do apelo. A OMC já teria consultado assessores do presidente eleito dos EUA, Barack Obama, para garantir que um eventual acordo não seja ignorado pela próxima administração da Casa Branca. Sábado, os líderes do G-20 chegaram à conclusão de que parte da solução para a economia internacional seria o estabelecimento de um acordo comercial até o fim do ano. Os governos concordam que não vão estabelecer novas medidas protecionistas pelos próximos doze meses. Mas não há acordo sobre como realizar uma liberalização dos mercados e hoje, embaixadores serão convocados à OMC para debater como seguir o mandato dado pelo G-20. A entidade apresentará hoje seu plano de conclusão do acordo. O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, disse, em comunicado, que o documento do G-20 deu à Rodada Doha um "estímulo político bastante necessário". "O que nós precisamos agora, é que essa forte demonstração de apoio seja traduzida em ação na mesa de negociação." Aí começam os obstáculos. O processo de abertura de mercados foi lançado em 2001 e ficou conhecido como Rodada Doha. A idéia era que um acordo tivesse sido fechado até o fim de 2005. Mas, sem um entendimento entre países ricos e emergentes, a Rodada entrou em crise e, em julho, foi paralisada. Agora, a crise internacional serviria como um novo incentivo para a conclusão do processo.

Gol anuncia prejuízo trimestral de R$ 474 milhões
A Gol Linhas Aéreas teve prejuízo de R$ 474,3 milhões no terceiro trimestre desse ano, segundo resultados preliminares do desempenho da empresa divulgados ontem. O resultado inclui as despesas financeiras e obedece aos padrões contábeis brasileiros (BR Gaap). O prejuízo líquido é mais do que o dobro do registrado no segundo trimestre (R$ 216,7 milhões), e seis vezes superior ao verificado no primeiro trimestre (R$ 74 milhões). Nos três trimestres, o prejuízo total foi de R$ 765 milhões. Segundo a Gol, o prejuízo é efeito da variação cambial negativa, ou seja, da alta do dólar, sem impacto sobre o caixa da companhia. As perdas com operações de hedge (proteção) somaram R$ 48 milhões. Anteriormente, a empresa já havia informado que teria perdas com operações de hedge contra a variação do preço do petróleo. Essas perdas foram incorporadas ao resultado financeiro. Os resultados trimestrais da Gol foram divulgados somente na tarde de ontem, depois de dois adiamentos. A divulgação, prevista para o dia 7 desse mês, havia sido transferida para o dia 14, após o fechamento do mercado. Hoje, o presidente da empresa, Constantino de Oliveira Júnior, vai apresentar os números para os investidores. A apresentação da Gol utiliza também, o padrão contábil americano (US Gaap). Por ele, o prejuízo líquido no terceiro trimestre foi de R$ 294,3 milhões e, pela primeira vez no ano, a companhia aérea registrou lucro operacional (descontando despesas financeiras e impostos) de R$ 61,2 milhões. Mas, seguindo os padrões contábeis brasileiros, houve prejuízo operacional de R$ 28,8 milhões no terceiro trimestre - bem abaixo do registrado no segundo (R$ 297,3 milhões). No acumulado do ano, de acordo com o padrão contábil americano, adotado pela Gol, o prejuízo é de R$ 469,5 milhões.

Azul define primeiras rotas para Campinas, Porto Alegre e Salvador
A Azul Linhas Aéreas solicitou duas rotas para começar a operar em dezembro, Campinas-Porto Alegre e Campinas-Salvador, num total de até 35 freqüências semanais em cada rota. Esses serviços devem integrar a malha inicial de rotas da companhia, mas dependem ainda, de aprovação da Anac - Agência Nacional de Aviação Civil. A companhia informou que pretende começar a voar em meados de dezembro. O início das vendas de passagens, condicionado à aprovação dos horários de trânsito, está previsto para a primeira semana de dezembro. Nas próximas semanas, a Azul promete divulgar novas rotas e cidades atendidas. Na semana passada, a Azul recebeu o
Cheta - Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo -, da Anac. Essa é a última etapa antes da assinatura do Contrato de Concessão, que torna uma empresa apta a iniciar as operações. A agência informou que está finalizando a análise sobre a companhia, e o contrato será encaminhado para votação pela diretoria da Anac nas próximas semanas. A empresa antecipou a chegada das duas primeiras aeronaves da companhia, do modelo Embraer 190. Outras aeronaves começarão a ser entregues pela Embraer a partir das próximas semanas. A Anac reiterou que apenas depois do Contrato de Concessão a empresa pode requisitar as rotas e emitir passagens. A Azul encomendou 40 aeronaves Embraer e fez opção de compras para outras 36. Adicionalmente, para acelerar sua entrada no mercado brasileiro, arrendou duas aeronaves Embraer 190 nos EUA, que já estão no Brasil e vêm sendo utilizadas para atividades de treinamento e aperfeiçoamento de pilotos e comissários de bordo. A entrega da primeira aeronave nova pela Embraer deverá acontecer ainda nesse mês. A expectativa é receber uma por mês ao longo de três anos, chegando a 42 aeronaves no final de 2012.

Governadora Yeda Crusius diz que RS deve zerar déficit público em 2008
Ao anunciar ontem a tarde que o Estado conseguirá zerar seu déficit esse ano, antecipando a meta programada para 2009, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), aproveitou o discurso para fazer novo desagravo aos secretários que deixaram a administração, após a pior crise política que enfrentou no começo de junho. "Na época, o governo caiu", disse Yeda, antes de comemorar os resultados do ajuste fiscal. A fórmula que permitiu ao governo prever contas equilibradas, ao final do ano, contemplou corte de 30% nas despesas de custeio desde 2007, controle da folha de pagamento e medidas para elevar arrecadação combinadas com crescimento econômico do Estado. No começo do ano, o governo estimava um déficit orçamentário de R$ 600 milhões em 2008. Há cerca de 20 dias, a Fazenda já calculava a redução do déficit para aproximadamente, R$ 200 milhões. Em outubro, faltaram R$ 26 milhões para que as contas estivessem no azul. De acordo com a Fazenda, o Estado apresenta déficit há 37 anos. Apenas no principal imposto cobrado pelo Estado - ICMS - Imposto sobre Circulação Mercadorias e Serviços -, a arrecadação gaúcha cresceu 23,5% em termos nominais e 17% reais (descontada a inflação) entre janeiro e outubro, para R$ 12,7 bilhões, em comparação ao mesmo período de 2007. O secretário da pasta, Aod Cunha de Moraes Júnior, reconheceu que o aumento da arrecadação ajudou no esforço fiscal do governo, mas ressaltou que a redução de despesas superou as metas fixadas em 2007 e 2008. "Hoje o Rio Grande do Sul pode comemorar um Estado equilibrado", afirmou Yeda, acompanhada, na platéia, pelo presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, que viajou ao Estado para o evento, junto com outros dirigentes tucanos. Antecipando-se às eventuais críticas por ter tentado duas vezes elevar impostos dentro do esforço de ajuste fiscal, que foram barradas pela Assembléia, e mesmo assim conseguido cortar o déficit, Yeda disse que se as alíquotas tivessem sido elevadas, como pretendia, "não teria sido necessário atrasar os salários dos servidores do Executivo".

Crise faz preço de vinhos finos despencar
A crise econômica mundial está provocando uma forte queda no preço de alguns dos vinhos mais caros do mundo. Alguns dos vinhos mais cobiçados por especialistas perderam até um quarto do seu valor desde o começo da recessão em alguns países ricos, na metade do ano. Segundo a empresa britânica BR - Berry Brothers and Rudd -, o preço de uma caixa do famoso vinho francês Chateau Lafite Rothschild, da região de Bordeaux, caiu cerca de 25% no verão europeu. Em julho, uma caixa com 12 garrafas custava US$ 15,7 mil (cerca de R$ 35 mil, ou R$ 1.850 por garrafa). Nesse mês, a mesma caixa sai por US$ 11.790 (aproximadamente R$ 26 mil). Nos últimos anos, os vinhos tintos das regiões de Bordeaux e Borgonha, têm sido muito procurados por milionários chineses. Mas segundo a BBR, que tem lojas em Xangai, Hong Kong e Macau, a queda da demanda e do preço dos vinhos finos está acontecendo em todo o mundo. "Se estamos vendo agora os preços no seu nível mais baixo, ninguém sabe", disse o diretor de vinhos finos da BBR, Simon Staples. "A demanda [por vinhos finos] caiu desde o verão com o agravamento dos problemas econômicos. Eu acho que muitos dos nossos clientes ainda conseguem comprar [os vinhos mais caros], mas em vez disso, com os problemas globais, eles estão atualmente mais preocupados em administrar os seus negócios e investimentos financeiros." Vinhos de supermercado - Uma pesquisa com consumidores na Grã-Bretanha afirma que a demanda por vinhos, também está caindo em outras categorias de preço. Segundo a associação britânica de vinho e bebidas alcoólicas, a única faixa que teve aumento na demanda é a mais barata - de menos de 5 libras (cerca de R$ 16) por garrafa. Os supermercados estão respondendo a essa tendência com descontos nos vinhos mais caros. Na rede de supermercados Asda, uma das mais barateiras da Grã-Bretanha, houve aumento na procura por uma promoção que oferece três garrafas por 10 libras (R$ 33). Redes de preços tradicionalmente mais baratos, como Asda e Lidl, afirmam que o aumento na venda de vinhos segue também, um crescimento geral nas suas vendas, já que em tempos de recessão os consumidores procuram supermercados que oferecem preços menores. (BBC News)

BR Distribuidora espera efeitos da crise somente para 2009
Com vendas recordes de combustíveis entre janeiro e outubro, a BR Distribuidora espera somente para o próximo ano, os efeitos da crise financeira sobre o mercado em que atua no país. O presidente da companhia, José Eduardo Dutra, disse nessa segunda-feira, que os primeiros impactos deverão ser sentidos nesse mês, mas não serão significativos dentro do resultado total da empresa. A BR projeta impacto negativo de 0,5% nas vendas em novembro, somente com a menor demanda da Vale. A mineradora é a principal cliente da BR com uma demanda mensal de 170 milhões de litros - o correspondente a 5% do total vendido pela distribuidora. A BR estima redução de 10% nas vendas para a Vale ao mês. "Parte do nosso mercado está vinculado diretamente ao crescimento da economia do Brasil. À medida que o Brasil cresce menos, isso irá refletir no nosso mercado", disse Dutra. A BR vem batendo sucessivos recordes de vendas ao longo desse semestre. O último dado referente a outubro indica um volume comercializado de 3,4 bilhões de litros. De janeiro a outubro, a estatal vendeu 31,5 bilhões de litros, bem próximo do 33,9 bilhões vendidos ao longo de 2007. "Para esse ano, os números mostram que há um recorde garantido de vendas, tanto da BR quanto do mercado de distribuição de derivados. Para o ano que vem, é provável que haja um crescimento menor. Não acredito que venha a ter redução das vendas desse mercado", observou Dutra, lembrando que as vendas de automóveis já caíram em outubro. Terceiro trimestre - O volume recorde de vendas resultou em um melhor desempenho financeiro da BR na história. Pela primeira vez, a estatal registrou em nove meses, lucro líquido superior a R$ 1 bilhão - R$ 1,028 bilhão. O desempenho supera em 49,2% os R$ 689 milhões constatados de janeiro a setembro de 2007. Os destaques nas vendas da estatal foram de álcool hidratado (mais 63,9% sobre janeiro a setembro de 2007) e de óleo diesel (16,1% acima dos nove primeiros meses de 2007).

Previ: superávit do fundo de pensão caiu de R$ 52 bilhões para R$ 35 bilhões
O diretor de Participações da Previ, Joilson Ferreira, afirmou que com a crise, o superávit do fundo de pensão caiu de um patamar de R$ 52 bilhões no final do primeiro semestre para cerca de R$ 30 bilhões a R$ 35 bilhões, atualmente. Entretanto, segundo ele, esse superávit é grande o suficiente para dar tranqüilidade à fundação para atravessar esse período de maior turbulência no mercado financeiro. Segundo ele, ainda é cedo para mensurar o impacto que a desaceleração no crescimento das empresas brasileiras pode trazer para o desempenho do fundo de pensão em 2009. O executivo, que participou ontem do lançamento do manual da Previ para participação em assembléia de acionistas, aponta que em alguns segmentos, como o de mineração, "já é evidente" essa desaceleração. A participação da Previ no capital da Vale, responde por cerca de 20% do patrimônio em renda variável do fundo. "Há uma queda na demanda; portanto, o preço também cai. Por outro lado, tem a subida do dólar (que pode compensar essa perda de receita no resultado da mineradora). Mas, ainda é muito cedo para fazer previsão", disse. Além de desistir do reajuste adicional no preço do minério negociado com siderúrgicas chinesas, a Vale admitiu na semana passada, ter concordado em retirar o acréscimo de 12% já aceito por japoneses e coreanos. Questionado sobre a possibilidade de a Oi pedir uma prorrogação da data limite para fechamento da compra da Brasil Telecom, 21/12, sem que haja necessidade de pagamento de multa, o diretor de Participações da Previ se limitou a informar que, até o momento, a fundação não recebeu nenhum pedido da Oi nesse sentido. A Previ participa do bloco de controle da Brasil Telecom.

Pão de Açúcar aumenta vendas em 29,2% em outubro
O Grupo Pão de Açúcar, segundo maior supermercadista nacional, disse que em outubro suas vendas brutas cresceram 25,2% na comparação anual, para R$ 1,75 bilhão, enquanto o faturamento líquido subiu 29,2%, para R$ 1,53 bilhão. Em mesmas lojas, houve um crescimento de 13,9% nas vendas brutas e de 17,4% em termos líquidos. O desempenho foi alavancado pelos não-alimentos, com alta de 19,3%, enquanto as vendas de alimentos subiram 12,1%. A varejista atribuiu o crescimento a uma política mais agressiva de preços em cada bandeira e região. No mês, as bandeiras: Extra, Extra Eletro e Extra Fácil, tiveram crescimento acima da média da empresa.

Walmart tem lucros 10% maiores no trimestre
O Walmart, maior varejista mundial, fugiu completamente do comportamento negativo do mercado americano, ao divulgar um lucro 10% maior no terceiro trimestre do ano, em relação ao mesmo período de 2007. Segundo a companhia, os consumidores têm respondido bem às promoções pré-natalinas da empresa. O Walmart lucrou US$ 3,14 bilhões (US$ 0,80 por ação) nos três meses fechados no fim de outubro, contra US$ 2,86 bilhões (US$ 0,70 por ação) um ano antes. O faturamento da empresa avançou 7,4% na comparação anual, para US$ 98,64 bilhões, com alta de 3% em mesmas lojas. Os lucros no trimestre foram impulsionados pelas operações internacionais da rede (+10,6%), enquanto os supercenters nos EUA tiveram um resultado 7,3% superior e os clubes de atacado Sam’s Club, aumentaram os lucros em apenas 1,7%.

Ponto Frio aumenta lucros em 76,8% no ano
O Ponto Frio, segunda maior varejista de eletrônicos do país, disse que no terceiro trimestre do ano apresentou um lucro de R$ 7,4 milhões, acumulando no ano um resultado líquido de R$ 20,9 milhões, 76,8% mais que os R$ 11,8 milhões entre janeiro e setembro de 2007. O faturamento líquido cresceu 13,9% no trimestre, para R$ 930,6 milhões, acumulando R$ 2,69 bilhões no ano. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 49,6 milhões no trimestre, contra um resultado negativo de R$ 37 milhões um ano atrás. Nos nove primeiros meses, o Ebitda foi de R$ 108 milhões.

Riachuelo tem alta de dois dígitos nas vendas
A Riachuelo, uma das principais redes de lojas de departamentos do país, disse que no terceiro trimestre do ano sua receita líquida cresceu 12,1%, em relação ao mesmo período de 2007 (+8,2% em mesmas lojas), para R$ 412,3 milhões, acumulando no ano uma expansão de 14% (8,5% em lojas comparáveis), para R$ 1,16 bilhão. O lucro bruto da varejista totalizou R$ 147,3 milhões no trimestre, 4,1% mais que no mesmo período de 2007, acumulando nos primeiros nove meses desse ano, um lucro de R$ 447 milhões, 9,8% mais que entre janeiro e setembro de 2007. A margem fechou o trimestre em 35,7%, acumulando no ano 38,6%, devido à maior integração entre Riachuelo e Guararapes, que elevou a margem bruta consolidada em 3,1 pontos percentuais, para 49,9% no trimestre e 46,9% no acumulado do ano.

Governo estuda medida para melhorar crédito para pequenas empresas
O governo estuda a criação de mais um instrumento para melhorar as condições de crédito para as micro e pequenas empresas. A idéia é que elas possam utilizar as vendas, realizadas para o governo federal, como recebíveis para contrair empréstimos nos bancos. Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, falta ainda resolver um problema de regulação para que essas empresas possam emitir os recebíveis, que servirão como garantia para esses empréstimos.

Setor de franquias cresce 21,6% no trimestre
A ABF - Associação Brasileira de Franchising - disse que no terceiro trimestre do ano o faturamento das vendas do setor de franquias cresceu 21,6%, em relação ao mesmo período de 2007. Com isso, no ano o segmento acumula uma expansão de 23,9% nas receitas. A projeção para o quarto trimestre é de uma expansão de 22,9% na comparação anual, fazendo com que o setor feche o ano com expansão de 23,6% em relação a 2007.


Multiplan lucra R$ 9,4 milhões no trimestre
A Multiplan, uma das principais empresas de shopping centers do país, encerrou o terceiro trimestre desse ano, com um lucro líquido de R$ 9,4 milhões, contra um prejuízo de R$ 25,3 milhões no mesmo período de 2007. Os números incluem amortizações de ágios referentes à compra de participações em alguns empreendimentos. Excluindo esses valores, o lucro da companhia fica em R$ 47 milhões, 16,7% mais em relação ao mesmo período do ano passado. Entre julho e setembro, a Multiplan obteve receita líquida de R$ 101,1 milhões, valor que supera em 18,8% o resultado do mesmo período de 2007. As despesas somaram R$ 80,1 milhões, queda de 22,7% sobre o terceiro trimestre de 2007, quando a companhia teve gastos extraordinários de R$ 35,7 milhões com a abertura de capital. O Ebitda (lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) somou R$ 57,37 milhões, com alta de 17,2% na comparação anual. Ontem a noite a empresa inaugurou o Barra Sul Shopping, na zona sul de Porto Alegre, num evento que contou com a presença de mais de 400 convidados.

Construção reduz o ritmo dos lançamentos
Depois da queda brusca da cotação das empresas de construção na Bolsa, reflexo da crise financeira internacional, a preocupação com os caixas das companhias tem provocado mudança na velocidade de seus lançamentos, em alguns casos até a redução pela metade, como a CR2 Empreendimentos Imobiliários, que reduziu a meta de lançamentos de R$ 1,2 bilhão para R$ 500 milhões em 2008. Apesar disso, o lucro líquido de várias companhias, manteve alta no último trimestre - período anterior ao impacto da crise. Mas os balanços demonstraram que os rendimentos começaram a crescer menos no último trimestre, ainda que com desempenho favorável às empresas. A incorporadora Rodobens Negócios Imobiliários S.A., por exemplo, disse que sentiu redução nas vendas a partir do mês de agosto. Ainda assim, a empresa, focada em imóveis residenciais até R$ 150 mil (programa Terra Nova), obteve lucro líquido de R$ 32 milhões no período, e R$ 74 milhões nos últimos nove meses - crescimento de 341% em relação a 2007. Apesar disso, por conta da desaceleração das vendas em agosto, a empresa viu que era hora de ter mais prudência nos lançamentos no terceiro trimestre, o que explica a contração nas vendas em relação aos trimestres anteriores. A receita líquida da Rodobens somou R$ 113 milhões no terceiro trimestre - alta de 9% em relação ao segundo trimestre de 2008. Já a receita nos últimos nove meses foi R$ 283 milhões - 280% a mais, na comparação com o ano passado. Ainda conforme o balanço, a empresa tem R$ 131 milhões disponíveis em caixa e R$ 144 milhões em dívidas oriundas do Sistema Financeiro da Habitação. Em vendas contratadas, a companhia registrou R$ 103 milhões, acumulando R$ 446 milhões no ano, e lançou empreendimentos com valor geral de vendas (VGV) de R$ 149 milhões, com público-alvo de pessoas com renda familiar de 5 a 10 salários mínimos. Outra incorporadora, a CR2 obteve lucro líquido de R$ 35,5 milhões nos primeiros nove meses de 2008, aumento de 223% em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, no terceiro trimestre, a empresa obteve avanço de 14%, chegando a R$ 7,2 milhões. No trimestral, a CR2 apurou receita líquida de R$ 71 milhões, expansão de 640% na comparação com o terceiro trimestre de 2007. No acumulado do ano, a receita soma R$ 160 milhões. O lançamento de projetos imobiliários alcançou R$ 129 milhões entre julho e setembro - 50% a mais que no mesmo período do ano passado.

Gradual Corretora integra a Semana do Empreendedorismo no RS
Integrando as atividades da Semana do Empreendedorismo no RS, a Gradual Corretora traz a Porto Alegre o renomado economista André Perfeito para falar sobre "O futuro econômico e os negócios para 2009", onde ele estará abordando o movimento dos mercados financeiros, sob os efeitos da crise financeira internacional. Após o painel, haverá uma rodada de negócios objetivando parcerias entre as empresas. Este encontro integra as atividades da Semana do Empreendedorismo, que de forma gratuita, tem o objetivo de estimular as pessoas a criarem idéias empreendedoras para abordar cruciais questões da sociedade, tais como a pobreza, as mudanças climáticas e a sustentabilidade. O encontro acontece hoje, na sede do SEBRAE/RS, na Capital gaúcha, e ocorrerá em dois momentos: um encontro pela manhã, 8h30min às 11h e outro à noite, das 19h30min às 22h. O MOVIMENTO surgiu na Inglaterra, em 2004, quando o Ministro da Fazenda, Gordon Brown, sentiu a necessidade de estimular o espírito empreendedor, a inovação e a criatividade no país. Assim, foi criada a Semana do Empreendedorismo, em que foram desenvolvidas diferentes atividades que inspirassem as pessoas a estimularem mais a atitude, a serem protagonistas de suas histórias e colocarem suas idéias em prática. Em 2007, os EUA entraram para o MOVIMENTO e os resultados foram surpreendentes, com direito até a oficializar a Semana em alguns Estados. Devido aos excelentes resultados, ambos os países decidiram globalizar a Semana e, atualmente, mais de 50 países fazem parte deste MOVIMENTO, todos unidos em prol do empreendedorismo. Será um grande marco para o planeta por ser a primeira vez que o mundo todo colocará o empreendedorismo em pauta, simultaneamente. Atualmente, cada país se propõe a mobilizar as pessoas para construir um futuro melhor e ainda mais empreendedor. A Inglaterra, ao longo de 4 anos, mobilizou 500 mil participantes, 9 mil organizações e 5 mil atividades. E os EUA, em 2007, ano que entraram para o movimento, mobilizaram cerca de 480 mil pessoas, 2 mil organizações e 3 mil atividades. Fundada em 1991 por profissionais experientes de mercado, a Gradual é uma corretora tradicional do mercado brasileiro, que atua tanto na Bovespa como na BMF (Bolsa de Mercadorias e Futuros). Com foco no atendimento personalizado e especializado em pessoas físicas, a Gradual é hoje uma das corretoras líderes do mercado, com uma equipe de profissionais preparados para orientar o investidor em suas decisões financeiras. Atualmente, a empresa está presente nas principais capitais brasileiras através de filiais, onde são oferecidos diversos cursos e palestras que englobam desde assuntos básicos até temas avançados sugeridos para investidores mais qualificados. No RS, embora recente no mercado gaúcho, já possui uma carteira de clientes qualificada.






________
ESPECIAL


A crise deve gerar novos negócios
Apesar da crise econômica global - ou até mesmo por causa dela -, vem aí uma nova rodada de fusões e aquisições. A avaliação é de Ricardo Lacerda, presidente do banco de investimentos do Citi. Lacerda é responsável pela costura de alguns dos maiores negócios realizados no Brasil nos últimos anos. Em 2007, passaram pelas suas mãos transações de mais de US$ 17 bilhões - como, por exemplo, a compra do Atacadão pelo Carrefour, um negócio de US$ 1,1 bilhão -, cifra que fez do Citi o líder do ranking de fusões e aquisições no País. Esse ano, até o momento, os negócios nos quais o executivo está à frente, como a fusão entre Bovespa e BM&F, já somam mais de US$ 31 bilhões, colocando o banco na vice-liderança do ranking (atrás do Credit Suisse, com US$ 36 bilhões). Para Lacerda, há boas oportunidades surgindo no País. E muitas empresas com dinheiro em caixa, em condições, portanto, de aproveitar esse momento para ir às compras. "Há no Brasil empresas extremamente capitalizadas, que estão acompanhando a situação e devem voltar a investir rapidamente", disse. Além disso, empresas estrangeiras, também voltaram a olhar com bastante interesse as companhias brasileiras. Leia a entrevista na íntegra concedida a Agência Estado:
Qual será o reflexo da crise econômica global nos negócios de fusões e aquisições no Brasil?
Nos últimos cinco anos, nós vivemos os quatro anos de maior expansão econômica do último século, seguidos de uma das maiores retrações. Então, é natural que isso leve a uma incerteza e a uma retração substancial do volume de negócios. E o fato é que o modelo de negócios desenvolvido antes dessa retração, que implicava em uma disponibilidade quase ilimitada de recursos de terceiros, não existe mais. O dinheiro secou. Hoje, para se fazer algum negócio, tem de ser com recursos próprios. Mesmo assim, esse setor continua extremamente forte no Brasil. Este ano, estamos com um volume recorde de US$ 85 bilhões em fusões e aquisições no País. Com a crise, têm surgido ótimas oportunidades, e não só de empresas em dificuldades, mas também, de empresas que estavam muito caras na Bolsa, e que esse choque de realidade transformou-as em ativos mais acessíveis para os eventuais interessados.
Esses US$ 85 bilhões não são ainda fruto de um primeiro semestre mais favorável?
Sem dúvida, há um componente grande do primeiro semestre, mas no segundo semestre nós também vimos operações substanciais sendo anunciadas. Claro que esse número pode estar distorcido pela fusão do Itaú com o Unibanco. Mas, mesmo desconsiderando-se esse negócio, os números são relevantes. E há outras operações que estão para ser anunciadas até o fim do ano. São negócios importantes, e que eu diria que estão acontecendo em função da oportunidade do momento que estamos vivendo.
Ou seja, a crise está gerando oportunidades de negócios.
Sim, eu acho que a crise está gerando oportunidades de negócios, e não só porque há empresas em dificuldades - isso é um pedaço muito pequeno do mercado em que atuamos. Há muitas empresas que estão vendo a oportunidade de comprar bons ativos a preços mais acessíveis. E, além disso, essa nova realidade faz com que os empresários busquem formas de criar mais valor para suas empresas. E, nisso, eu acho que o Brasil tem dado um show. Se olharmos operações da complexidade do Itaú com o Unibanco, da Bovespa com a BM&F, da Oi com a Brasil Telecom, da própria Aracruz com VCP, por exemplo, em todos esses casos vemos o empresário brasileiro fazendo transações extremamente complexas, em prazos bastante exíguos e colocando de lado complexidades familiares, de egos e de administração. São operações que criam muito valor para o acionista. É um movimento muito significativo que estamos vendo esse ano, e que tende a continuar muito robusto em 2009.
De onde virá o dinheiro para esses negócios, se agora não há dinheiro disponível?
O que não há é dinheiro de terceiros. Por isso, aquelas aberturas de capital de empresas menores, que tinham apenas um plano de negócios, não existem mais, e talvez nem voltem a existir. Mas há no Brasil empresas extremamente capitalizadas, que estão acompanhando a situação e devem voltar a investir rapidamente. Outras empresas globais que querem atuar no Brasil, também têm bastante capital. Por sermos um banco global, estamos envolvidos em várias dessas situações. Passada essa onda de turbulência mais forte, quando o mercado se estabilizar, seja em que patamar for, todo mundo vai ajustar seu plano de negócios e voltar a investir normalmente. Por isso, não estamos esperando nenhum desastre para o ano que vem.
O que vai acontecer com o mercado de aberturas de capital?
Nós vimos praticamente, um fechamento do mercado de aberturas de capital no segundo semestre. Acho que, nessa área, ficaram evidentes alguns excessos nesses últimos anos, e o mercado está depurando isso. Acredito que dificilmente veremos interesse dos investidores por empresas menores. O fator que motivou muitas aberturas foi mais a possibilidade de acesso fácil a capital do que necessariamente, planos de negócios, de utilização dos recursos. Mas, uma vez estabilizado o mercado, seja lá em que patamar for, certamente, as empresas maiores, com históricos mais sólidos, vão ter acesso a capital. O mercado hoje é cético. Ele vai ter de ser convencido da necessidade de se levantar capital e de como ele vai ser utilizado.
Houve um momento da crise em que parecia que o mundo estava acabando, com grandes oscilações nas bolsas, e a impressão que dava era de que tão cedo não haveria nenhum negócio. Quando o Sr. sentiu que as empresas voltaram a buscar essas transações?
Eu acho que os negócios que estão acontecendo agora, são transações que não estão sujeitas a essa turbulência muito brusca. São empresas sólidas, capitalizadas, e que vêem uma oportunidade, independente da turbulência do mercado, de criar valor por meio da consolidação. Obviamente, quem está alavancado, ou quem tem uma dependência muito grande do mercado de capitais, não tem elementos nem condições de assumir riscos de uma transação em meio a essa volatilidade. Mas há muitas empresas que não sofrem diretamente essa volatilidade diária, porque têm um caixa sólido, um plano de crescimento consistente, e que estão vendo na consolidação a oportunidade de criar valor. Vimos aí vários movimentos recentes, e acho que o mais notável é a fusão do Itaú e do Unibanco.
Que avaliação o Sr. faz desse negócio? Quais serão as implicações para o sistema bancário?
É um negócio que, claramente, cria bancos brasileiros em condições de competir globalmente. Acho que é uma transação extremamente positiva em relação a isso, e em relação à possibilidade de mais consolidação no setor no País, e de criar aí, como em todo mercado, dois ou três bancos muito fortes, capazes não apenas de ter uma parcela forte do mercado local, mas também de competir globalmente. Eles têm uma das melhores administrações de bancos do mundo, combinando uma gestão profissional de altíssimo nível com o "olho do dono" - o que, claramente, falta a muitos bancos hoje. E têm também um enorme potencial de crescimento. Mesmo com operações internacionais relativamente limitadas, já estão entre os 20 maiores bancos do mundo. Estou convicto de que em menos de cinco anos estarão entre os dez.
Quando o Sr. imagina dois ou três bancos fortes...
Isso eu não posso comentar.
Perdas com derivativos, como as registradas por Aracruz, Sadia e Votorantim, podem prejudicar a sobrevivência de empresas? Qual é a extensão desses danos?
O fenômeno dos derivativos foi um episódio bastante grave, duro, dentro do cenário econômico que temos agora. Mas vamos analisar os fatos. Tivemos uma desvalorização da moeda maior do que em 1999, ocorrendo num período mais curto, e em meio a uma crise global muito mais grave do que havia no cenário de 1999. Mesmo assim, tudo se resolveu através do mercado. Houve soluções através da Bolsa, houve conversas entre bancos e companhias, tudo se acomodou sem a necessidade de uma intervenção governamental da magnitude que houve em 1999. O governo aqui não teve de fazer intervenção nenhuma. Simplesmente, através de mecanismos normais que ele tem, que utiliza no dia-a-dia, injetou um pouco de liquidez no mercado. Acho que, sempre que se tem uma mudança de cenário drástica como essa, há, infelizmente, uma transferência de valor de um determinado grupo para outro, porque o cenário mudou muito e leva a isso. Mas não acho que isso é algo que afete, coloque em risco a existência, a continuidade das companhias.
Que avaliação o Sr. faz do papel dos bancos nesse episódio?
Muitos dos excessos que foram cometidos, seja no financiamento para IPOs, seja na parte de derivativos, acabaram vindo à tona muito rapidamente, de uma forma muito dramática. No entanto, tudo isso está sendo trabalhado da forma mais construtiva e objetiva possível. No âmbito da Anbid, por exemplo, há uma série de discussões sobre essa questão dos financiamentos para IPOs, a própria questão dos derivativos está sendo tratada, e tivemos, em um período recorde, conversas entre bancos e empresas que levaram a uma solução muito rápida. Acho que, dada a gravidade da mudança de cenário, o resultado final desse processo está sendo muito positivo.

_________
BASTIDOR


- Kodak acusa Samsung e LG por infração de patentes. A fabricante de artigos de fotografia Eastman Kodak, pediu à Comissão Internacional de Comércio dos EUA, que investigue uma possível infração de patentes por parte das empresas sul-coreanas, Samsung e LG Electronics, informou o órgão nessa segunda-feira. A Kodak acusou a Samsung e a LG e a duas filiais de cada uma das empresas, de infringir tecnologias patenteadas por ela para celulares e dispositivos móveis, segundo a notificação no site da Internet da comissão. A comissão é um foro popular para as demandas de infração de patentes, uma vez que pode frear a importação de produtos fabricados com tecnologia infratora.


________________________
MERCADO de Ações & Futuros

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

Bovespa fecha em baixa de 0,20% com recessão japonesa
O primeiro pregão da semana foi marcado pela confirmação de que mais uma economia central caiu em recessão: o governo japonês confirmou ontem,
a contração do PIB - Produto Interno Bruto - no terceiro trimestre desse ano. A Bolsa brasileira acompanhou de perto o mau humor predominante em Wall Street, em mais um pregão bastante esvaziado, com giro inferior a R$ 4 bilhões. O câmbio ficou bastante pressionado pela manhã, mas fechou a R$ 2,27.
- O termômetro da Bolsa,
o Ibovespa, teve perdas de 0,20% no fechamento, aos 35.717 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,88 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova Iorque, que ainda opera, recua 1,57%.
-
O dólar comercial foi comercializado a R$ 2,277 para venda, em alta de 0,30% sobre a cotação de sexta-feira.
- A taxa de risco-país marca 455 pontos, número estável sobre a pontuação anterior.

Análise 1 - Desde o final de outubro, a Bolsa brasileira tem patinado no patamar de 35 mil pontos, e analistas não acreditam que o panorama se modifique até o final desse ano. "Aquele desespero inicial com a crise gerou muita reação exagerada [em setembro e outubro], mas, parece que agora, o mercado encontrou um patamar meio sustentável entre 35 mil, 37 mil pontos. Eu acredito que a Bolsa, agora, entrou em uma fase de 'andar de lado' [oscilar sem firmar tendência] e deve ficar até o fechamento do ano", comenta João Carlos Bercher, gerente de operações da corretora Petra, que aposta num Ibovespa abaixo dos 40 mil pontos no final desse ano. "O primeiro passo para a situação melhorar é justamente isso: que pare o desespero, que pare a queda indefinidamente. O segundo passo, que pode ser a recuperação, nós somente devemos ver em 2009, mas vai depender do noticiário sobre a crise", acrescenta.

Análise 2 - No front doméstico, a companhia aérea Gol informou um prejuízo de R$ 474,3 milhões no terceiro trimestre desse ano, mais uma vez, como resultado do impacto da brusca valorização do dólar sobre o caixa da empresa. No terceiro trimestre do ano passado, a companhia havia apurado ganho de R$ 49,41 milhões. O boletim Focus, preparado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro começou a rever para cima suas projeções para a taxa de câmbio: a cotação prevista para dezembro subiu de R$ 2,06 para R$ 2,10.



Bolsa de NY fecha em baixa com temor sobre economia
O mercado norte-americano de ações fechou em queda, com o índice S&P-500 chegando ao fim do dia, apenas 2 pontos acima do nível mais baixo de fechamento em cinco anos e meio. "Estamos entrando na pior recessão da minha vida, e eu tenho 50 anos", disse Daniel Alpert, diretor e sócio da Westwood Capital. O dia foi marcado pelo informe de que o Japão entrou em recessão e pela divulgação do índice de atividade industrial regional do Fed de Nova Iorque, que caiu em novembro ao nível mais baixo desde que ele foi criado. O mercado também reagiu aos anúncios de redução de produção da mineradora BHP Billiton e de 50 mil demissões no Citigroup.

- O índice Dow Jones fechou em queda de 223,72 pontos, ou 2,63%, em 8.273,58 pontos; a mínima foi em 8.246,89 pontos e a máxima em 8.571,30 pontos.
- O Nasdaq fechou em queda de 34,80 pontos, ou 2,29%, em 1.482,05 pontos.
- O S&P-500 caiu 22,54 pontos, ou 2,58%, para fechar em 850,75 pontos.
- O NYSE Composite caiu 129,27 pontos, ou 2,37%, para 5.323,36 pontos.


Movimento das ações - As ações do Citigroup caíram 6,62% e fecharam no nível mais baixo desde 7/5/1996; também no setor bancário, as do Goldman Sachs caíram 6,35%, depois de seus executivos anunciarem, no fim de semana, que abrem mão de seus salários e bônus de 2008, por causa da crise. As do Bank of America caíram 8,47%, em reação ao anúncio de que o banco vai aumentar sua participação no China Construction Bank, de 10,75% para 19,1%. No setor automotivo, as ações da General Motors subiram 5,65% e as da Ford caíram 4,44%, com o mercado na expectativa das negociações políticas em torno de um novo pacote de ajuda governamental às montadoras, que já receberam US$ 25 bilhões recentemente. No setor industrial, as ações da Alcoa caíram 10,79%, após rebaixamento de recomendação pelo UBS; as da Caterpillar recuaram 3,41%. As ações do setor de comércio varejista reagiram aos informes de resultados da Target (-4,09%) e da Lowe's (+4,17%).




Cenário econômico piora com recessão no Japão e Bolsas européias caem

O governo do Japão anunciou que a economia do país entrou em recessão, o que foi visto como mais um fator negativo para o cenário econômico mundial abalado pela crise. Isso, e os anúncios de recessão em países europeus - e na zona do euro como um todo, pesam sobre as Bolsas européias, que operaram em queda nessa segunda-feira. Aperdas nos principais mercados europeus já haviam se aprofundado, em relação aos índices negativos vistos pela manhã:
- a Bolsa de Londres estava em baixa de 1,87% no índice FTSE 100, indo para 4.153,77 pontos;
- a Bolsa de Paris caía 1,69% no índice CAC 40, indo para 3.235,75 pontos;
- a Bolsa de Frankfurt tinha baixa de 2,37% no índice DAX, operando com 4.598,42 pontos;
- a Bolsa de Amsterdã tinha baixa de 1,52% no índice AEX General, que estava com 248,63 pontos;
- a Bolsa de Zurique estava em baixa de 2,46%, com 5.690,94 pontos no índice Swiss Market;
- e a Bolsa de Milão tinha baixa de 2,12% no índice MIBTel, que ia para 15.827 pontos.

HOJE - Bolsas da Ásia caem com recessão na economia japonesa
As Bolsas da Ásia fecharam em queda nesta terça-feira afetadas pelo anúncio de recessão da economia japonesa, ontem, e pela falta de resultados concretos na Cúpula do G20 neste fim de semana. O governo japonês confirmou o desaquecimento de sua economia e afirmou que a recessão do país pode se manter até 2010. Para a região, as perspectivas de recuperação da segunda maior economia do mundo não são nada animadoras. Segundo o ministro da Economia do Japão, Kaoru Yosano, "é difícil encontrar fatores que possam contribuir para reverter (o PIB) em direção a um território positivo". Os efeitos da recessão no Japão, o principal mercado da região Ásia-Pacífico, derrubou as Bolsas de Valores do continente.

- A Bolsa de Tóquio afundou 2,06%, aos 8.328,41, no fechamento.
- A Bolsa da Austrália caía 3,47%,
- Enquanto na Coréia do Sul o recuo era de 3,91%.
- Hong Kong perdia 2,94%.
- A China tinha retração de 5,98%.


Petróleo fecha em queda e perdas chegam a 62% desde recorde
O preço do petróleo cru recuou 3,7% ontem, até US$ 55 por barril, seu menor nível em 22 meses, entre expectativas de uma redução da demanda pela matéria-prima e após ser divulgado que o Japão entrou em recessão. Os contratos de futuros do petróleo cru, com vencimento em dezembro, fecharam em baixa de US$ 2,09 na Nymex, até US$ 54,95 por barril (159 litros).
O petróleo do Texas já está US$ 92,32 mais barato (62,68%) que em 11/7, quando alcançou um preço
recorde de US$ 147,27 por barril. O preço dos contratos de gasolina, para entrega em dezembro, caiu US$ 0,04 o galão (3,78 litros), até US$ 1,17, enquanto o do combustível para calefação diminuiu US$ 0,04, até US$ 1,79 por galão.
Por outro lado, o gás natural para entrega em dezembro, terminou o pregão a US$ 6,53 por mil pés cúbicos, US$ 0,22 mais caro que no fechamento de sexta-feira. O petróleo cru fechou ontem, pelo segundo dia consecutivo em baixa, depois que a Opep - Organização dos Países Exportadores de Petróleo - reduziu, pela sexta vez seguida, sua previsão sobre o crescimento da demanda mundial de petróleo em 2008 e 2009 - devido ao efeito da crise financeira e econômica e o situou em 0,33% e 0,57%, respectivamente. (Efe, de Nova York)


___________________
ÍNDICES ECONÔMICOS


Economistas apostam em dólar a R$ 2,10 no fim do ano
Economista, ouvidos pelo Banco Central, esperam que a cotação do dólar termine o ano em R$ 2,10. Segundo a pesquisa semanal Focus, na semana anterior, as previsões estavam em R$ 2,05.
Para o fim de novembro, a estimativa passou de R$ 2,10 para R$ 2,15, abaixo do fechamento da moeda na última sexta-feira, de R$ 2,27. Para o final de 2009, a expectativa subiu de R$ 2,01 para R$ 2,10. As previsões de inflação feitas pelos economistas ouvidos pelo BC ficaram praticamente, estáveis na última semana.

A expectativa para o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo - em 2008, que serve como meta para o BC, passou de 6,40% para 6,39%. O resultado mostra que o resultado pode ficar acima do teto da meta de inflação nesse ano. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta).
Para o próximo ano, a taxa prevista ficou em 5,20%. A estimativa para a inflação para os próximos 12 meses passou de 5,38% para 5,37%.
A previsão para outros índices de inflação em 2008, também teve poucas alterações na pesquisa. A expectativa do mercado para o IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - em 2008, subiu de 10,95% para 10,97%; o IGP-M - Índice Geral de Preços – Mercado - teve a previsão mantida em 11,07%. O IPC - Índice de Preços ao Consumidor - da Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômica - passou de 6,54% para 6,56%.
Para 2009, a previsão para o IGP-DI ficou em 5,80%. A do IGP-M subiu de 5,85% para 6%. A do IPC-Fipe, de 4,70% para 4,72%.


Juros
Houve poucas mudanças nas previsões para a taxa básica de juros. Há três semanas, o Copom - Comitê de Política Monetária do BC - decidiu manter a taxa Selic inalterada em 13,75% ao ano.
Os economistas esperam agora, que o Copom também mantenha os juros estáveis na reunião de dezembro, a última desse ano. Para o final de 2009, a média das previsões passou de 13,25% para 13,31% ao ano.
Em relação ao crescimento da economia, foi mantida a previsão de uma expansão de 5,23% nesse ano. A expectativa para o crescimento do PIB - Produto Interno Bruto -, em 2009 ficou em 3%.
Outros indicadores
A estimativa para o saldo da balança comercial em 2008 caiu de US$ 23,82 bilhões para US$ 23,78 bilhões. Para 2009, passou de US$ 13,03 bilhões para US$ 13,32 bilhões.
A expectativa para o déficit em conta corrente, nesse ano, ficou em US$ 30 bilhões. Para 2009, em US$ 31,65 bilhões.
Foi mantida a expectativa de investimentos estrangeiros diretos de US$ 35 bilhões em 2008. Para 2009, caiu de US$ 26 bilhões para US$ 25 bilhões. A previsão para a relação dívida/PIB caiu de 39,05% para 39,04% (2008) e de 38,5% para 38% (2009).


Inflação pelo IGP-M desacelera e fica em 0,49% na 2ª prévia de novembro
- O IGP-M teve alta de 0,49% na segunda leitura prévia de novembro, contra 0,86% na mesma leitura em outubro. Nos últimos 12 meses a alta acumulada foi de 12% e no ano, o indicador acumula alta de 10,06%. Os dados foram divulgados nessa segunda-feira, pela Fundação Getulio Vargas. A metodologia aplicada na apuração do IGP-M é a mesma do IGP-10 e do IGP-DI - usados no reajuste, por exemplo, de contratos de aluguel -, também apurados pela FGV, com a única diferença de ter um período de coleta diferente. A segunda estimativa do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.

- O IPA - Índice de Preços por Atacado - teve alta de 0,48%, menor que a de 1,11%, vista um mês antes. A taxa do grupo de Bens Finais passou de alta de 0,27% para uma ligeira variação positiva de 0,06%, com destaque para o subgrupo alimentos processados (de 1,02% para 0,15%). O índice de Bens Intermediários passou de 1,19% em outubro para 0,74% nesse mês, com destaque para o subgrupo materiais e componentes para a construção (de 1,18% para -0,11%).
O grupo Matérias-Primas Brutas passou de 1,93% para 0,56%, com destaque para mandioca (27,84% para 8,02%), suínos (6,29% para -10,25%) e soja em grão (1,25% para -1,19%). Já os itens leite in natura (-9,80% para -2,61%), aves (-0,81% para 2,06%) e cana-de-açúcar (estabilidade para 1,91%), tiveram aceleração.



- O IPC subiu 0,41%, contra 0,13% em outubro. O destaque foi o grupo Alimentação (de -0,21% para 0,68%), com os itens carnes bovinas (1,19% para 4,29%), frutas (1,65% para 4,23%), laticínios (-1,57% para 0,17%) e óleos e gorduras (-2,79% para -0,34%). Também tiveram alta, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,04% para 0,27%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,19% para 0,33%), Habitação (0,33% para 0,35%) e Transportes (0,11% para 0,12%), com destaque para passagem aérea (-1,40% para 3,38%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,53% para 0,28%), tarifa de eletricidade residencial (-0,31% para 0,19%) e serviço de reparo em automóvel (-0,03% para 0,66%). Os grupos Despesas Diversas (0,28% para -0,12%) e Vestuário (0,85% para 0,82%) apresentaram decréscimos, com destaque para cigarro (1,74% para 0,00%) e calçados (0,54% para 0,50%).


- O INCC - Índice Nacional de Custo da Construção - subiu 0,71%, menos que o 0,89% na segunda prévia de outubro. A taxa do índice relativo a Materiais e Serviços desacelerou, de 1,54% para 1,16%. O índice que capta o custo da Mão-de-Obra subiu 0,1%, contra 0,13% em outubro.
Entenda a diferença entre os principais índices de inflação


___________________
MERCADO FINANCEIRO


Cinco bancos brasileiros estão entre 20 mais lucrativos do continente americano
Os cinco maiores bancos brasileiros estão as 20 instituições financeiras mais lucrativas do continente americano, revela levantamento da consultoria Economática. Bradesco, Banco do Brasil, Itaú ocupam, respectivamente, a terceira, a quarta e a quinta posição nesse ranking, que considera os resultados apurados até o terceiro trimestre desse ano. A amostra considera os bancos dos EUA e da América Latina, sem incluir as instituições financeiras canadenses. Unibanco e a filial brasileira do grupo espanhol Santander, são o décimo e décimo sexto bancos mais lucrativos da região, ainda segundo a Economática. As primeiras posições desse ranking são dos bancos norte-americanos Wells Fargo e Bank of America. Apesar da crise financeira global, que teve seu epicentro nos EUA, as instituições financeiras norte-americanas, ainda dominam o ranking dos 20 bancos mais lucrativos do continente, com 11 representantes. Depois dos EUA, o Brasil, com cinco bancos, o México e o Chile, cada um com dois bancos, são os países mais representados na lista.



Veja a lista dos 20 bancos mais lucrativos do continente americano (em US$ milhões):
- Wells Fargo - 1.637
- Bank of America - 1.177
- Bradesco - 997,9
- Itaú - 965,2
- Goldman Sachs - 845
- US Bancorp - 576
- JP Morgan - 527
- State Street - 477
- Unibanco - 367,5
- BB&T - 358
- Santander Serfin - 324,1
- SunTrust Banks - 312,4
- Charles Schwab - 304
- Bank of NY Mellon - 303
- Santander Brasil - 259,5
- PNC Bank - 248
- GFBanorte - 209,1
- Bsantander - 174,7
- Chile - 168,6



Banco PanAmericano tem alta de 43% no lucro
O banco PanAmericano, instituição financeira do Grupo Silvio Santos, informou nessa segunda-feira, que registrou lucro de R$ 226,4 milhões no acumulado de janeiro a setembro, alta de 43,5% em relação ao mesmo período de 2007.
Segundo o banco, em setembro, o patrimônio líquido atingiu R$ 1,469 bilhão (um crescimento de 2,9% em relação ao segundo trimestre e de 161,1%, em relação a setembro de 2008). A carteira de crédito total (incluindo as empresas coligadas e considerando as cessões de crédito) chegou a R$ 9,5 bilhões, expansão de 48% em relação ao mesmo período anterior e de 9,5%, em relação ao segundo trimestre. Segundo Wilson de Aro, diretor financeiro do banco, a instituição "consciente da necessidade de preservar sua liquidez, conseguiu equilibrar novos ativos e a rentabilidade de suas operações, readequando suas políticas de crédito à nova realidade do mercado".
A expansão da carteira de crédito, segundo o banco, baseou-se, principalmente, nas áreas de veículos (leves, motos e pesados) e arrendamento mercantil.
O banco informou ainda, que adota uma política de liquidez conservadora e aplica a liquidez em operações lastreadas em títulos públicos federais. O prazo médio de captação do banco em setembro de 2008 era de 13,9 meses, comparado a 14,8 meses do prazo da carteira ativa. Segundo a instituição, esse descasamento de quase um mês é coberto pelo seu patrimônio líquido.

Citigroup vai anunciar corte de até 50 mil empregos
O banco americano Citigroup anunciou ontem a tarde, uma redução em seu quadro de funcionários que pode atingir 50 mil pessoas, segundo reportagem no site da rede americana de TV CNBC. Segundo a reportagem, a medida do banco tem por objetivo acalmar as preocupações no mercado, que teme que o gigante financeiro não esteja tomando as medidas necessárias para lidar com os efeitos da crise financeira, que já causou perdas bilionárias à instituição. Na sexta-feira, 14/11, o diário americano "The Wall Street Journal" havia informado que o Citi
planejava demitir 10 mil pessoas. O presidente do grupo, Vikram Pandit, e seus adjuntos, "pediram aos diretores do grupo que reduzam os orçamentos reservados à remuneração dos empregados em pelo menos 25%", diz o "WSJ".
Com o corte de 50 mil funcionários, o quadro de grupo no mundo todo, deve ser reduzido para 300 mil pessoas. Segundo as fontes ouvidas pela CNBC, os cortes devem ocorrer nos próximos cinco ou seis meses. Uma fonte próxima disse à CBNC, que o número exato de cortes ainda está sendo avaliado, mas será expressivo. Pandit deve anunciar, ainda, um plano de cortes significativos de despesas, de até 20%. O executivo-chefe do banco, há menos de um ano no cargo, tem sido criticado por não fazer o suficiente para lidar com os problemas da instituição.




______________
AGRONEGÓCIOS

Brasil amplia para 574 o número de fazendas habilitadas para UE
O Brasil voltou a ampliar o número de fazendas habilitadas a terem seus animais abatidos para abastecer o mercado consumidor da União Européia. A nova lista, atualizada ontem, pela Comunidade Européia, traz o nome de 29 novas propriedades, o que eleva para 574 o número de fazendas cadastradas pelo bloco. Das 29 novas inclusões, 14 estão localizadas em Minas Gerais, Estado que tem o maior número de propriedades certificadas, com 283 unidades, a partir dessa semana. Além disso, 9 novas fazendas de Mato Grosso, três do Rio Grande do Sul, duas de São Paulo e uma de Goiás foram inseridas na lista. Depois de Minas Gerais, o Estado de Goiás é o que apresenta maior número de cadastros, com 105 fazendas, seguido por Mato Grosso, com 93, Rio Grande do Sul, com 43 e São Paulo, com 20 fazendas. Sem novas inclusões nas últimas semanas aparecem os Estados do Espírito Santo e Paraná, com 16 e 14 propriedades habilitadas, respectivamente.


________________________
ENERGIA & Telecomunicações


BNDES amplia prazos para linhas de transmissão do Madeira
O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - anunciou nessa segunda-feira, que o financiamento para as obras de construção das linhas de transmissão do rio Madeira, terá prazo de amortização maior do que normalmente é oferecido pelo banco.
As empresas que ganharem o leilão do próximo dia 28, e recorrerem ao BNDES, terão prazo total de até 20 anos, dos quais 16 anos para amortização. Anteriormente, o limite máximo era de 16 anos, com 14 anos para amortização. Essa foi uma das novas condições apresentadas pelo banco ontem, para atrair investidores para o leilão em meio à falta de crédito no mercado global. Além dos empréstimos-ponte divulgados na semana passada, o BNDES vai financiar também, a importação de equipamentos para as obras, com a condição de que não haja similares no país.
Os chamados empréstimos-ponte geralmente são feito por bancos privados, e garantem recursos na fase preparatória dos projetos. O BNDES só libera o crédito depois que as licenças que autorizam determinada obra, são emitidas. O banco vai emprestar esse dinheiro mediante juros de 14,5%, mais spread básico de 1,3% e o spread de risco específico, que varia de 0,46% a 3,5%.
Os empréstimos para a importação de equipamentos serão corrigidos pela variação do IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Já o empréstimo para a construção da linha será corrigido pela TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo. O diretor de Infra-Estrutura do banco, Wagner Bittencourt, ressaltou que a nova situação do mercado fez com que o BNDES oferecesse condições diferenciadas para essas obras. Segundo ele, a instituição está tentando suprir "falhas do mercado". "Houve uma procura grande de empresas interessadas no leilão, aqui no banco. Todas querendo encontrar as melhores condições possíveis para ir ao leilão", afirmou.
A previsão é que as linhas do Madeira receberão R$ 7 bilhões em investimentos, dos quais, até 70% financiados pelo BNDES. De 2003 para cá, os investimentos em linhas de transmissão somaram R$ 11 bilhões, dos quais R$ 6,7 bilhões financiados pelo BNDES. Bittencourt disse ainda, que o banco pretende oferecer condições atraentes para outros leilões de infra-estrutura, como a concessão da BR-116, na Bahia, prevista para dezembro.

ANP vai investir R$ 1 bilhão em 5 anos em estudo geológico
A diretora da ANP - Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis -, Magda Chambriard, afirmou ontem, que a agência vai investir R$ 1 bilhão pelos próximos cinco anos, em estudos mais detalhados de potenciais áreas para exploração do petróleo. Segundo Magda, a maior parte dos recursos será destinada a áreas em terra, o que permitirá que se tenham mais informações sobre esses locais, como as já existentes nas áreas marítimas. "A ANP nunca fez levantamentos geológicos desse porte antes", disse a diretora. Inicialmente, os levantamentos serão feitos em cinco áreas: Bacia do Parnaíba/PI, Bacia do Paraná/PR, Bacia do Parecis/MT, Bacia do Jacuíbe/BA e Bacia do São Luís/MA. Dessas áreas, as bacias do Parnaíba e de São Luís passarão por estudos estratigráficos, que incluem perfurações em rochas, nunca feitas antes pela ANP. Magda participou do 12º Congresso Brasileiro de Energia, realizado no Rio.


_________________
SETOR AUTOMOTIVO


Plano de resgate a montadoras nos EUA corre risco
Não será fácil, para a indústria automobilística americana, conseguir do governo a ajuda necessária para continuar funcionando. Ontem, dois senadores republicanos disseram que vão se opor ao plano de resgate, proposto pelo Partido Democrata, que deve ser colocado em discussão nessa semana. A idéia dos líderes do partido do presidente eleito Barack Obama, é reservar para o setor cerca de US$ 25 bilhões, do já aprovado pacote de US$ 700 bilhões destinado a tentar resolver a crise econômica na qual os EUA mergulharam. "Empresas vão à falência todos os dias e outras tomam o seu lugar", afirmou Richard Shelby, do Alabama. "Elas [as montadoras] não estão construindo os produtos certos, não inovam. São dinossauros." "Apenas lhes dar US$ 25 bilhões não muda nada, só adia por seis meses a hora do acerto de contas", fez coro o senador Jon Kyl, do Arizona. O risco político de deixar à deriva empresas do porte da General Motors, da Ford e da Chrysler, é considerado alto.
A GM, maior montadora do mundo e que teve prejuízo de US$ 4,2 bilhões no terceiro trimestre, disse que pode não ter capital suficiente para chegar em 2009, e não descartou pedir concordata. A Chrysler também corre risco de não sobreviver sem a ajuda do governo, na avaliação de analistas. A Ford se encontra em situação um pouco melhor do que as outras, graças a uma reforma interna realizada em 2006; no entanto, seria fatalmente prejudicada pelo fechamento da GM, com a qual compartilha fornecedores. Da teoria do "grande demais para falir", que sempre fundamentou o socorro a bancos, os políticos também estão lançando mão para explicar o intuito de jogar uma bóia para as fabricantes de veículos. Por esse raciocínio, custaria menos o auxílio do que arcar com as conseqüências das quebras.
George W. Bush é contra o plano. Obama, que venceu nos Estados do chamado "cinturão do ferro" (Illinois, Indiana e Ohio), onde as fabricantes de veículos se concentram, comentou acreditar que a ajuda é necessária, mas deveria ser fornecida como parte de uma estratégia de longo prazo para "uma indústria automobilística sustentável", não simplesmente um cheque em branco. "Se o setor entrasse em colapso, seria um desastre no ambiente atual", disse em entrevista ao programa de televisão "60 Minutos" que foi ao ar na noite de ontem. "Minha esperança é de que o debate seja a respeito de dar uma ajuda condicionada a um plano que envolva trabalhadores, gestores, fornecedores e financiadores."

GM vende participação na Suzuki
A fabricante americana de veículos General Motors venderá por US$ 180 milhões sua participação de 3,2% no capital da japonesa Suzuki, que comprará todas as ações. A operação acontecerá na terça-feira, 18/11, no mercado de valores. "Entendo a necessidade da GM de vender as ações para obter fundos, e eu respondi", disse em um comunicado o presidente da Suzuki Motor, Osamu Suzuki. "Essa venda não questiona a associação entre os dois grupos." A associação, em vigor desde 1981, inclui vários acordos de cooperação em termos de tecnologia e distribuição. As duas empresas possuem em conjunto uma fábrica no Canadá. A GM, que chegou a possuir 20% das ações da Suzuki, já havia vendido grande parte de sua participação em março de 2006. A nova operação determina sua saída total do capital do grupo japonês. A GM admitiu estar ameaçada por uma crise iminente de liquidez, que a levou a abandonar o projeto de compra da Chrysler e a pedir ajuda ao governo dos EUA. Sem a ajuda, a maior montadora americana ficaria sem dinheiro suficiente para garantir seu funcionamento no início de 2009. (France Presse/AFP)

GM: planos no Brasil são independentes da matriz
O presidente da General Motors do Brasil, Jaime Ardila, afirmou ontem, que os planos de investimentos da empresa no País são independentes da matriz, que passa nesse momento por dificuldades financeiras, e que não serão cancelados ou postergados. Os planos da empresa prevêem aportes de US$ 1,5 bilhão para o Brasil entre, 2007 e 2010. Segundo o executivo, qualquer decisão em relação aos planos para o País depende única e exclusivamente, do comportamento do mercado local. O executivo ressaltou que como a unidade brasileira passa por uma boa fase - caminha para o seu terceiro ano de lucros - ajudará a matriz através da remessa de dividendos. "Vamos continuar praticamente a política de remessa de dividendos da empresa, cumprindo inclusive o que está previsto na legislação brasileira", afirma. Ardila ressaltou ainda, que o Brasil deverá apresentar à matriz no primeiro trimestre de 2009, um novo projeto que prevê aportes de US$ 1 bilhão. O executivo ressaltou que GM do Brasil precisa do aval da matriz, mas que tem recursos em caixa para realizar parte dos novos aportes. Outra parte deverá vir do mercado.



Renault cortará 25% de sua produção global
A montadora francesa Renault cortará sua produção global no quarto trimestre, em 25% em comparação com o volume de igual período do ano anterior, disse o diretor operacional do grupo Patrick Pelara, em entrevista publicada ontem pelo jornal Le Parisien. A fabricante está cortando a produção para limitar estoques, tanto nas fábricas quanto nas concessionárias, segundo ele. Até o momento, a companhia não planeja reduzir investimentos, mas "tudo o que não for indispensável para o ano que vem foi adiado", afirmou Pelara, destacando que na Índia, a Renault irá construir uma linha de produção em vez de duas.
Volkswagen - A montadora alemã Volkswagen vendeu 5,29 milhões de veículos no acumulado de janeiro a outubro desse ano, o que representa um aumento de 2,8% em comparação com o volume registrado em igual período do ano passado. Em outubro, as vendas caíram 5,1%, frente às de igual mês de 2007, para 502,6 mil unidades, mas, ainda assim, o desempenho foi melhor do que o do mercado em geral, que foi de declínio de 16%, disse a companhia. "Em outubro, a situação de todo o setor piorou significativamente. Nesse ambiente difícil, nossa companhia foi capaz de ganhar fatia de mercado, embora as vendas de veículos em outubro, tenham ficado abaixo das registradas em igual mês do ano passado. Ainda estamos comprometidos com nossa meta global de vender mais carros nesse ano do que no passado", disse o diretor de vendas e marketing da montadora, Detlef Wittig. (Agência Dow Jones)




_________________
COMÉRCIO EXTERIOR


Balança tem superávit de US$ 734 milhões na 2ª semana
A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 734 milhões na segunda semana de novembro, com cinco dias úteis, o que representa uma alta de 57,17% em relação ao resultado obtido em igual período do ano passado.
Entre os dias 10 e 14 de novembro desse ano, as exportações somaram US$ 4,356 bilhões (média diária de US$ 871,2 milhões) e as importações atingiram US$ 3,622 bilhões (média diária de US$ 724,4 milhões). Na comparação com o mesmo período do ano passado, a média de exportações cresceu 21,3% e das importações, 21,5%.
Com o resultado, o superávit da balança no acumulado desse mês, subiu para US$ 1,211 bilhão. No ano, até a última sexta-feira, 14/11, o saldo da balança comercial brasileira está positivo em US$ 22,031 bilhões, o que representa uma queda de 37,24%, ante igual período de 2007.

Importações caem 7% na primeira metade de novembro
As importações brasileiras recuaram 7,1% na primeira metade do mês de novembro, em relação ao mês anterior, segundo dados da balança comercial brasileira. Até o dia 16/11, as importações somaram US$ 7,309 bilhões (média diária de US$ 730,9 milhões). Na comparação com o mesmo período do ano anterior, ainda há um crescimento de 21,5%.
Já as exportações somaram US$ 8,520 bilhões no mesmo período (desempenho médio diário de US$ 852 milhões). O valor é 21,3% maior que o apresentado como média diária em todo o mês de novembro de 2007 e 1,3% superior à média das exportações em outubro de 2008. O saldo comercial acumulado nas duas semanas do mês (diferença entre exportações e importações) ficou em US$ 1,211 bilhão (média diária de US$ 121,1 milhões), valor 19,8% maior que o superávit apresentado em todo o mês de novembro do ano passado.
Somente na segunda semana de novembro de 2008 (entre os dias 10 e 16), a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 734 milhões, diferença entre exportações de US$ 4,356 bilhões e importações de US$ 3,622 bilhões. No ano, as exportações brasileiras somam US$ 177,892 bilhões (média diária de 804,9 milhões), alta de 27,3% em relação ao mesmo período de 2007. Na mesma comparação, as importações apresentaram alta de 50,1%, para US$ 155,861 bilhões (média diária de US$ 705,3 milhões). O superávit comercial no ano somou US$ 22,031 bilhões (média diária de US$ 99,7 milhões), um decréscimo de 38,7% na mesma comparação.


___________________________
LOGÍSTICA & INFRA-ESTRUTURA


Movimento de carga no Porto de Santos cresce 31,6%
O movimento de cargas no Porto de Santos cresceu 31,6%, de janeiro a setembro desse ano, em relação ao mesmo período de 2007. Nessa comparação, o volume de dinheiro saltou de US$ 52,2 bilhões para US$ 68,7 bilhões, o equivalente a 24,4% do movimentado no País. Os dados são da Codesp - Companhia Docas do Estado de São Paulo. As importações tiveram aumento de 52,7%, chegando a US$ 31 bilhões. Os embarques pelo cais cresceram 18,4%, com US$ 38 bilhões. Mas das cargas de exportação, o açúcar sofreu a maior queda (10,4%). No entanto, em volume, a commodity é a primeira do ranking no complexo portuário.



_______________
MERCADO ONLINE

ARM e Adobe fazem parceria para facilitar Internet móvel
A produtora de software Adobe Systems e a empresa produtora de chips ARM, fizeram acordo de colaboração para tornar a navegação pela Internet mais eficiente em aparelhos que usam os processadores da empresa, incluindo celulares produzidos pela maior parte das maiores fabricantes de telefones móveis do mundo.
A Adobe, que produz softwares para a maioria dos programas de vídeo da Internet e tornou possível a ascensão de sites como o YouTube, do Google, vai otimizar o Flash Player 10 e o Adobe AIR para telefones celulares com processadores ARM. Novos tipos de telefones celulares, liderados pelo iPhone da Apple, estimularam o apetite do consumidor por navegar pela Internet e ver filmes e jogos onde quer que esteja. Mas as páginas são, geralmente, de difícil acesso e funcionam de forma bem pior que em um computador normal.
O chefe de marketing da ARM, Ian Drew, disse à Reuters: "O grande interesse é levar a experiência da Internet a todos os lugares." Grande parte dos maiores fabricantes de celulares do mundo, incluindo Nokia e Samsung, assim como Apple e Research in Motion, utilizam processadores feitos pela ARM em seus produtos.
As duas companhias informaram nessa segunda-feira, que uma série de processadores ARM para celulares, decodificadores de TV e outros dispositivos adaptados ao Adobe Flash 10 e ao AIR, estarão disponíveis no segundo semestre de 2009. A colaboração, parte do projeto Open Screen Project, da Adobe, foi endossada por diversos fabricantes de chips, incluindo Texas Instruments, Nvidia e Freesccale. (Reuters, de Londres)


______________
MERCADO DE TI

Ideiasnet registra perdas de R$ 1,2 milhão no terceiro trimestre de 2008
A Ideiasnet, holding que controla diversas empresas de TI, anunciou prejuízo de 1,2 milhão de reais no terceiro trimestre de 2008. No mesmo período do ano passado, a empresa apresentou lucro de 1,1 milhão de reais. O faturamento líquido da companhia cresceu 17,7% no trimestre, em comparação ao terceiro trimestre de 2007, chegando a 231,4 milhões de reais. O Ebitda (lucro antes de jutos, impostos, depreciação e amortização) foi de 7,4 milhões de reais no período, alta de 64,4%, com margem de 3,2%, o que representa um crescimento de 0,9 ponto percentual ante o mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, o resultado líquido do trimestre foi impactado, principalmente, por um resultado financeiro negativo de 4,9 milhões de reais. A variação do dólar foi responsável por perdas financeiras de 2,3 milhões de reais.

Lucro da CTBC cresce 77,3% no terceiro trimestre de 2008
A CTBC obteve lucro líquido de 11,9 milhões de reais no terceiro trimestre de 2008, alta de 77,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. A operadora registrou receita líquida de 318 milhões de reais, alta de 8,9%. O Ebitda foi de 89,7 milhões de reais no trimestre, crescimento de 14,5% em comparação ao terceiro trimestre de 2007, com margem de 28%, alta de 4 pontos percentuais, ante o ano passado. A base total de clientes da companhia alcançou 1,32 milhão de clientes, o que representa um aumento de 12,4% em comparação ao mesmo trimestre de 2007. O crescimento se deve, principalmente, ao aumento da base de usuários de
banda larga e telefonia móvel. Os acessos em banda larga cresceram 20,5% nos últimos 12 meses, finalizando o trimestre em 212 mil. O total de clientes da telefonia móvel chegou a 433 mil, um aumento de 25,5% em comparação ao terceiro trimestre de 2007.



________________
MERCADO DE LUXO


Apesar da crise, leilões de relógios de luxo batem recorde na Suíça
Os leilões de relógios de luxo realizados no fim de semana, em Genebra, conseguiram vendas recordes no valor de 14,6 milhões de euros (US$ 18,457 milhões), em sinal de que a crise financeira não abalou o setor, anunciaram nessa segunda-feira, duas casas de leilões suíças.
No leilão organizado pela Antiquorum, a peça estrela foi um modelo muito raro de 1815, arrematada por 2,6 milhões de euros (US$ 3,287 milhões).
O leilão da Antiquorum vendeu 10,9 milhões de euros (US$ 13,779 milhões) em peças, um resultado "extraordinário que prova que a paixão pelos relógios raros não perdeu força, diante das preocupações econômicas mundiais", disse seu presidente, Robert Maron, citado em um comunicado.
O segundo leilão, organizado domingo, pela Sotheby's, vendeu 4,1 milhões de euros (US$ 5,183 milhões) em relógios de luxo, segundo essa entidade. (France Presse/AFP, de Genebra/Suiça)

__________
EXPEDIENTE


Produção: WLine.biz - Intelligent Business Strategies / wline@wline.biz
Revisão: Professora Lúcia Iná Sá d’Oliveira / + 55 51 9299.1274
Colaborador: Nilton Santolin / www.niltonsanolin.com.br


Os direitos autorais deste Blog são protegidos pela lei nº 9.610/98.
I-Press.biz - Copyright © 2008 - Todos os direitos reservados a Kátya Desessards