I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 103 | Ano I

Lobão diz em NY que pré-sal pode ter até 150 bilhões de barris
As reservas do pré-sal do Brasil podem atingir um volume de 150 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), afirmou no final da tarde de quinta-feira, dia 13/11, o ministro das Minas e Energia brasileiro, Edison Lobão. "Existe a perspectiva de que nós tenhamos no pré-sal algo entre 50 e 150 bilhões de barris de petróleo da melhor qualidade", afirmou ele, durante uma apresentação em Nova York. A afirmação foi feita menos de uma semana depois de autoridades da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) darem opiniões sobre o tamanho das reservas do pré-sal. O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, falou na sexta-feira passada que volume total nas áreas já licitadas pode chegar a 80 bilhões de barris de óleo equivalente. Lima, questionado se o volume total do pré-sal, considerando as áreas ainda não licitadas, poderia ultrapassar 100 bilhões de barris, concordou. "As dimensões são tão grandes que ainda não temos muita visão do significado disso para o Brasil, até mesmo para a base industrial, para o setor de serviços, mão-de-obra", declarou ele na ocasião. Na mesma sexta-feira, em evento na ANP, uma diretora da agência foi mais específica, dizendo que as reservas de petróleo e gás na área onde está localizado o megacampo de Tupi --região que está sendo chamada de "cluster de Tupi", que inclui ainda campos como Guará, Iara e Carioca, entre outros-- podem chegar a pelo menos 50 bilhões de barris. O diretor-geral da ANP já foi o centro de uma polêmica em abril deste ano, quando afirmou que apenas a área conhecida como Carioca, no pré-sal da bacia de Campos, poderia conter 33 bilhões de barris de petróleo e gás. Suas declarações geraram críticas, como as da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Para a Petrobras, no entanto, os números do pré-sal, por ora, são os divulgados oficialmente, de 5 a 8 bilhões de barris recuperáveis de óleo equivalente para o campo de Tupi e de 3 a 4 bilhões de barris de boe para o campo de Iara. (Reuters)

Opep deve realizar nova reunião de emergência neste mês
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) fará uma reunião de urgência "muito provavelmente" no dia 29 de novembro, no Cairo, para discutir o preço do barril de petróleo, que caiu para a casa dos US$ 50, disse ontem para uma fonte do órgão. A fonte da Opep, interrogada sobre rumores que indicam uma reunião de ministros no Cairo no dia 29 de novembro para estudar o nível de produção, disse que a data do encontro "está no ar" e que haverá um anúncio em breve. Os preços do petróleo registraram um leve aumento nesta quinta-feira, após terem chegado aos US$ 50 em Londres, menor nível do barril em três anos e meio, devido a uma queda da demanda provocada pela desaceleração econômica mundial. Os contratos de petróleo a futuro perderam cerca de dois terços de seu valor em relação ao recorde alcançado pelo barril em julho (US$ 147), quando os temores de uma diminuição da oferta impulsionaram as cotações. A próxima reunião oficial da Opep está oficialmente marcada para o dia 17 de dezembro em Orã, na Argélia. (France Presse, de Londres)

Comércio deve abrir 113 mil vagas temporárias no Natal, estima associação
O número de empregos temporários no comércio durante o período de Natal deverá chegar a 113 mil, estima a Assertem (Associação Brasileira de Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário). Segundo o diretor de Comunicação da entidade, Vander Morales, essa é a melhor oportunidade para quem está desempregado ou busca o primeiro emprego. "As 113 mil vagas previstas para esse ano deverão ser atingidas. Além do emprego temporário, os trabalhadores também têm grande chance de continuar trabalhando. O ano passado nós tivemos um índice de efetivação bastante alto, de 34%, ou seja, 35,7 mil trabalhadores." Morales não acredita que a crise financeira internacional possa reduzir o número de contratações temporárias no comércio. "As indústrias já produziram, entregaram e as mercadorias já estão no comércio. Terão que ser feitas contratações para atender essa demanda." Em entrevista ao programa "Revista Brasil", da Rádio Nacional, o diretor lembrou que o trabalhador temporário tem todos os direitos trabalhistas garantidos pela legislação. "O salário tem que ser igual ao do trabalhador efetivo. Além disso, ele também tem décimo terceiro e férias proporcionais, FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço] e proteção pela Previdência. Esse tempo que ele trabalhar temporariamente também irá contar na aposentadoria." Para Morales, o trabalho temporário é uma ótima oportunidade para qualquer pessoa que está buscando emprego. "Não há nenhum impedimento para contratação de mulheres grávidas, por exemplo. É uma chance inclusive para as pessoas que são chamadas de terceira idade do mercado de trabalho, acima de 45 anos, que normalmente têm dificuldades de conseguir emprego."

Lucro do Wal-Mart cresce 10% no terceiro trimestre
A maior rede varejista do mundo - a americana Wal-Mart -- teve um crescimento de 10% em seu lucro no terceiro trimestre deste ano. A estratégia de se concentrar em baixos preços conseguiu manter a lucratividade da empresa, em meio à retração no consumo vista no mundo todo devido à crise financeira. Os dados foram divulgados na tarde de ontem. O lucro no trimestre passado foi de US$ 3,14 bilhões (US$ 0,80 por ação) no trimestre encerrado em 31 de outubro deste ano. No mesmo período de 2007, o lucro da rede havia sido de US$ 2,86 bilhões (US$ 0,70 por ação). As vendas cresceram 7,5%, ficando em US$ 97,6 bilhões no trimestre, contra US$ 90,8 bilhões um ano antes. O resultado superou as expectativas dos analistas, que previam um ganho por ação de US$ 0,76. "Em um momento em que nossos clientes estão sentindo a pressão de uma economia difícil, a liderança do Wal-Mart nos preços é mais importante que nunca", disse o presidente e executivo-chefe da rede, Lee Scott, em um comunicado. Nos Estados Unidos, a rede teve um crescimento de 7,3% nas vendas, mas nas operações em outros países o crescimento foi de 10,6%. O Sam's Club, divisão atacadista do Wal-Mart, teve um crescimento de vendas de apenas 1,7%. As vendas nas mesmas lojas (abertas há pelo menos um ano) neste ano devem crescer entre 1% e 3%, segundo projeções do Wal-Mart divulgadas hoje. No trimestre passado, o aumento das vendas foi de 3%. A desaceleração global da economia e o câmbio desfavorável, no entanto, levaram a empresa a reduzir sua expectativa de lucros para o ano. Para o período de 12 meses até 31 de janeiro de 2009, a expectativa de ganhos por ação da empresa em suas operações contínuas é de US$ 3,42 a $3.46, contra a previsão de agosto, de US$ 3,43 a US$ 3,50. A previsão revisada hoje também é pior que a expectativa dos analista, que projetavam um ganho por ação de US$ 3,49.

Grupo português Sonae reporta lucro 67,3% menor nos nove primeiros meses
Segundo informou hoje a companhia à Comissão da Bolsa de Valores Mobiliários (CMVM) portuguesa, a perda de lucro em relação ao mesmo período do ano anterior, quando obteve 162 milhões de euros, foi conseqüência principalmente dos custos de depreciações e amortizações. O volume de negócios da Sonae aumentou 22,3%, a 3,833 bilhões de euros, com números acima de 10% em todas as unidades de negócio, que abrangem o comércio, as comunicações, a construção e a criação e gestão de shoppings no Brasil e na Europa. Nesta última divisão o crescimento foi de 18,6%, apesar do impacto da crise no setor imobiliário. O Ebitda de Sonae chegou a 368 milhões de euros, 24,3% a menos que no mesmo período de 2007.

Varejo aposta no crescimento do país
A pouco menos de 50 dias de 2009, o mercado varejista já tem nas mãos a perspectiva econômica do próximo ano, diante do cenário de crise, elaborada por economistas com especialização no varejo. O crescimento do País deve ficar em 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB), a inflação é prevista para 4,8% e o dólar deve se estabilizar no patamar de R$ 1,90, segundo economistas reunidos nessa semana em um seminário promovido pela Associação Comercial de São Paulo. O que ainda não é claro, porém, é a extensão e o tempo da crise no mercado interno, mas o varejo deve desaquecer devido à leve alta da taxa de desemprego. Alexandre Andrade, da Tendências Consultoria, crê que o mundo cresça 3% em 2009 e que o crédito externo continue escasso. Para ele, o crescimento do Brasil será razoável, embora o crédito na praça seja menor ano que vem: Para pessoas físicas, o crescimento da oferta de crédito, que neste ano era de 16,1%, cairá para 13,2%. São taxas reais já descontado o efeito da inflação. Nas jurídicas, o sinal de que o crédito se retrairá é que em 2008 temos 21,9% e isto cairá para 12,7%.


Crocs tem prejuízo no 3º trimestre e decide fechar fábrica no Brasil
A fabricante das sandálias coloridas Crocs anunciou um prejuízo de US$ 148 milhões (US$ 1,79 por ação) no terceiro trimestre deste ano, contra um lucro de US$ 56,5 milhões (US$ 0,66 por ação) no mesmo período do ano passado. Entre as decisões da empresa para se ajustar à queda de desempenho está a de fechar sua fábrica no Brasil no quarto trimestre. "Nosso desempenho ficou abaixo das expectativas e continuou a sentir o impacto das condições extremamente difíceis do varejo nos EUA e na Europa no terceiro trimestre", disse o presidente e executivo-chefe da empresa, Ron Snyder. "Baseados na atual tendência, reduzimos nossa projeção de volume de vendas e tomamos a decisão estratégica de ajustar ainda mais nossas operações para nos alinharmos melhor a volume e receita menores." O realinhamento planejado pela empresa para se adequar às condições difíceis que enfrenta envolverá um esforço para consolidar seus centros de armazenagem e distribuição, a redução de estoques e o fechamento da unidade de produção no Brasil, diz um comunicado da empresa. Em julho de 2007, a Crocs montou uma fábrica em Sorocaba/SP. Por aqui, o modelo mais básico custa cerca de R$ 70. "Combinadas ao fechamento da fábrica no Canadá e à redução de pessoal desde o início do ano, essas ações permitirão chegarmos ao início de 2009 com uma estrutura de custos mais enxuta e eficiente", diz o texto. A receita da empresa no trimestre até setembro ficou em US$ 174,2 milhões, contra US$ 256,3 milhões no mesmo trimestre do ano passado. Para o quarto trimestre deste ano, a expectativa da Crocs é de receitas entre US$ 100 milhões e US$ 120 milhões e de uma perda por ação de US$ 0,50 a US$ 0,65.

Empresários optam por redobrar cautela
Em meio à crise financeira, as companhias definem o orçamento para o próximo ano, diante da preocupação de uma possível queda no poder de compra da camada de baixa renda da população, que faz o varejo ter atenção redobrada para esses consumidores. A dificuldade encontrada pelos empresários, mais céticos, é definir o cenário de referência para as atividades. A C&C Casa e Construção, com 39 lojas, tem entre as previsões iniciais um Produto Interno Bruto (PIB) entre 3% e 4% e dólar a US$ 2,10. No varejo têxtil, a franquia de roupas infantis Tip Top fez suas projeções tendo como cenário um PIB de 4% e inflação a 5%. David Bobrow, presidente da Tip Top e da TDB Têxtil, disse que a tormenta internacional levou a companhia a rever as metas para 2009. Antes, a projeção era de crescimento de 8% para 2009, mas agora foi revista para 5%.

Azul quer iniciar venda de passagens em duas semanas
A Azul Linhas Aéreas deve começar a vender passagens dentro das próximas duas semanas, iniciando a operação em 15 de dezembro. Para começar a voar, contudo, a empresa precisa assinar o contrato de concessão de empresa de transporte aéreo, o que deve acontecer nas próximas semanas. O contrato tem de ser aprovado pela diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e publicado no Diário Oficial. Segundo o diretor de marketing da Azul, Gianfranco Beting, a empresa pretende oferecer uma maior segmentação nos preços da passagem. “Vamos oferecer descontos dependendo do segmento, como famílias, por exemplo.” Ele avisa, contudo, que a empresa não pretende “entrar em guerra tarifária”. A Azul vai estrear com uma frota de cinco jatos da Embraer (dois do modelo 190 e três do 195). Os primeiros 195 serão entregues até o dia 4 de dezembro. Um sexto jato, modelo 190, deve ser entregue até a primeira semana de janeiro. A empresa nascerá com um quadro de 900 funcionários e realizará seu primeiro vôo um mês antes do previsto.

Setor de cartões vê crescerem pressão por regulamentação
Com o mercado de cartões batendo este ano a marca de 500 milhões de plásticos no país, cresce a pressão dos consumidores para uma maior regulação do setor. O objetivo é evitar práticas abusivas, como o envio de cartão sem solicitação e a cobrança indevida de taxas. A Pro Teste Associação de Consumidores encomendou um estudo à Faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para avaliar o que pode ser feito para uma maior disciplina das administradoras de cartões de crédito. A FGV analisou contratos dos bancos emissores, projetos de lei que estão tramitando em Brasília e as queixas mais comuns que chegam ao Pro Teste. Com base nisso, foram elaboradas duas propostas, que a fundação encaminhou a vários órgãos do governo. A primeira é uma alteração em uma resolução do Banco Central para que as administradoras de cartão possam ser consideradas instituições financeiras. Com base nisso, elas ficariam sob a guarda e a fiscalização do BC. A segunda proposta é a criação de uma convenção coletiva de consumo, no qual haveria um acordo da Pro Teste com a Abecs (a associação das administradoras de cartões) estabelecendo regras mínimas de conduta para as administradoras.


Brasil deixa de arrecadar R$ 18,6 bilhões por causa da pirataria
O consumo de produtos piratas de dez categorias nas três principais capitais do país (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) deverá cair 5% em 2008. A projeção é que o país deixe de arrecadar R$ 18,6 bilhões em 2008 em impostos em função do mercado ilegal. Para o diretor-secretário da Angardi (Associação Nacional para Garantia dos Direitos Intelectuais), José Henrique Vasi Werner, a presença de produtos piratas no mercado ainda é grande, e o resultado que mostra queda pode estar sendo mascarado por fatores relacionados à dificuldade de inserção desses produtos no mercado. O levantamento foi feito pelo Ibope entre os dias 17 a 22 se setembro, com 1.715 entrevistas nas três capitais, a pedido da Angardi e do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos. Foram feitas projeções sobre o consumo irregular de brinquedos, roupas, tênis, relógios, óculos, bolsas, canetas, perfumes e cosméticos, jogos eletrônicos e peças para motos. Segundo Werner, a avaliação que será feita em 2009 incluirá o mercado pirata de CDs e DVDs.

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ESPECIAL

Receita global da AGCO deve subir 26% em 2008, para US$ 9 bilhões
A AGCO multinacional norte-americana do setor de máquinas agrícolas estima encerrarem o ano de 2008 com aumento de 26% na receita com receita mundial de US$ 9 bilhões. A América do Sul representa 36% deste total, sendo que o principal mercado é o Brasil, seguido da Argentina. O mercado brasileiro representa 70% da receita da AGCO na América do Sul. A empresa prevê para este ano vendas de tratores em torno de 42 mil máquinas, desempenho 34% acima do registrado no ano passado, quando foram vendidas 31,3 mil máquinas, consolidando a liderança da companhia neste segmento. O market share da AGCO no mercado de tratores, que inclui no Brasil as marcas Challenger, Massey Ferguson e Valtra, é de 55%. "Para o segmento de tratores, este é o melhor ano da companhia, superando a marca registrada em 2002, quando foram vendidas 33,2 mil máquinas", disse André Carioba, vice-presidente da AGCO para a América do Sul. Para o próximo ano, a empresa espera manter o ritmo de crescimento registrado neste ano, porque acredita que os fundamentos continuaram firmes, com a grande demanda por biocombustíveis e por proteína animal nos países emergentes.


Mercados - O presidente da AGCO, Martin Richenhagen, hoje em entrevista coletiva que as vendas da companhia podem crescer em torno de 15% ao ano na próxima década. Os grandes mercados para a AGCO, além do Brasil, estão no Leste Europeu e na Ásia. O executivo destacou que países como Índia e Brasil podem aumentar a participação de máquinas agrícolas com maior potência. No país asiático, cujo mercado de máquinas agrícolas está em aproximadamente 280 mil unidades, a potência média das máquinas varia de 80 a 100 cavalos. No Brasil, a potência média é um pouco superior: varia de 100 a 150 cavalos. Outro mercado destacado pelo executivo foi o Leste Europeu, onde os países estão investindo para aumentar a área plantada e produção agrícola. "Esses países vão precisar de novas máquinas para manter o ritmo de crescimento agrícola", disse Richenhagen.


Investimentos - Embalada pela perspectiva de encerrar o ano com o melhor desempenho já registrado no País, a AGCO vai investir US$ 50 milhões nas unidades de produção de máquinas e implementos agrícolas instaladas no Brasil. Deste total, U$ 10 milhões serão destinados para a fábrica de implementos agrícolas Sfil.
Os recursos anunciados ontem fazem parte de um programa anunciado no ano passado pela AGCO, que previa investimentos da ordem de US$ 150 milhões divididos em três anos. "A Sfil já trabalha no limite de sua capacidade. Vamos investir para ampliar o número de empregados e as instalações. A meta é dobrar a capacidade", afirmou Carioba. Segundo ele, a Sfil está sendo beneficiada pela grande rede de distribuição no Brasil. A meta da companhia é dobrar a capacidade de produção da unidade para até 5 mil itens já no próximo ano.
A Sfil, que fica em Ibirubá/RS, foi adquirida em setembro do ano passado, quando a companhia detinha cerca de 25% do mercado de implementos agrícolas, como plantadeiras e colheitadeiras. Segundo Carioba, a participação da empresa neste segmento soma 60%, mas pode chegar a 80% com os investimentos projetados pela AGCO.
Os investimentos da companhia no segmento de implementos incluem o desenvolvimento de um pulverizador, produto que ainda não é encontrado na linha de produtos da AGCO, que deve ser lançado no mercado até 2010. Além disso, a empresa tem um protótipo de colhedora de cana, sendo testado em campo, e mais três em desenvolvimento, cujos testes devem ser iniciados a partir de novembro. Os modelos devem entrar no circuito comercial também a partir de 2010.


Dívidas Rurais - Os problemas de crédito no Centro-Oeste, em especial em Mato Grosso, devem ser resolvidos à medida que o governo brasileiro equacione a dívida do setor rural na região, avaliou Richenhagen. Para o CEO, o os produtores precisam de políticas estáveis para o setor. "É preciso resolver a dificuldade de fluxo de massa monetária no Brasil", afirma.
O executivo observou que o endividamento foi discutido ontem durante jantar realizado com representantes do setor agropecuário e com ex-ministro Roberto Rodrigues. Ele minimizou o impacto da crise econômica global sobre as vendas do setor e lembrou que o problema de endividamento agrícola teve peso maior sobre a disponibilidade de crédito para a aquisição de máquinas agrícolas. Richenhagen lembrou que, no último ano, o governo prorrogou por três vezes os prazos de vencimento das dívidas. "A medida criou instabilidade no mercado e gerou problemas de liquidez neste ano. O governo tem que tornar mais claras as regras para acertar os débitos do setor agrícola", afirmou o executivo.
Na avaliação do vice-presidente da AGCO para a América do Sul, André Carioba, o aumento dos recursos destinados ao setor agropecuário - como os R$ 5 bilhões anunciados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), principal financiador para as compras de máquinas agrícolas - é uma medida importante, mas ponderou que falta agilidade para a liberação destes recursos. "Leva muito tempo para este crédito chegar do banco ao cliente na ponta final. Os bancos estão sentados nesta massa de recursos, mas o prazo do agricultor para buscar estes recursos é muito limitado", disse ele referindo-se à janela do agricultor para trabalhar no campo. Segundo ele, a falta de crédito neste momento poderá afetar as vendas de colheitadeiras.

Crise global - Para os executivos da empresa, a crise é um momento propício para crescer. Richenhagen observou que após a crise, os bancos e companhia serão mais fortes. "A AGCO mantém firme posição no mercado internacional. O plano é otimizar os custos para investir e produzir mais no futuro", afirma o CEO da empresa.
O executivo observa que a empresa sofreu com o aumento dos preços de insumos neste ano, como a disparada das cotações do aço no mercado internacional, mas aponta que agora a tendência é de queda dos preços, reduzindo a pressão de custo. O Grupo AGCO também registrou perdas da ordem de US$ 300 milhões por conta das variações de câmbio, um prejuízo que deve ter pequeno impacto diante do aumento de 26% na receita para US$ 9 bilhões previsto para este ano. A variação do dólar no mercado brasileiro, por exemplo, fez a empresa aumentar as importações de componentes das unidades indianas na tentativa de otimizar os custos.
Entre os planos futuros, a AGCO estuda a implantação de um projeto "greenfield" para produção de componentes agrícolas na China. A AGCO tem um banco próprio com foco no mercado agrícola, com US$ 600 milhões em caixa, e o endividamento próximo do nível zero. "Temos joint venture com empresas de primeira linha.


Etanol - Enquanto o mercado brasileiro trabalha com uma mistura de 3% de biodiesel ao diesel, chamado B3, a AGCO Corporation investe no desenvolvimento de máquinas e motores que poderão usar com 5% a 100% do combustível alternativo. "Nossas pesquisas estão em estágio avançado", disse Richenhagen. Ele afirmou que a companhia já tem protótipos destas máquinas sendo testadas no campo, mas evitou dizer quando os produtos estarão no circuito comercial.
Além destas pesquisas, a companhia também firmou parceria com a MWM International, subsidiária da norte-americana Navistar International um dos principais fabricantes de motores diesel do mundo, para desenvolver motores de caminhões que recebam uma mistura de 60% de etanol e 40% de diesel. Os executivos do grupo reforçaram inúmeras vezes durante a apresentação dos resultados, feita hoje em São Paulo, que o setor de biocombustível apresenta grandes oportunidades para a indústria de máquinas agrícolas, por conta do esperado aumento da produção nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil.


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BASTIDOR

- Brasileiro assume comando do Wal-Mart na América Central. O brasileiro Marcos Samaha, ex-vice presidente do Wal-Mart no País, foi nomeado como novo presidente e CEO da operação do maior varejista do mundo na América Central. Com a chegada de Samaha, Ignacio Perez, que ocupava o posto desde agosto de 2006, assumirá uma outra posição executiva de alto nível, não divulgada, na estrutura da companhia. Marcos Samaha chegou ao Wal-Mart em 1999 e, como vice-presidente da operação nacional, esteve à frente da aquisição e integração dos ativos do grupo português Sonae.


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MERCADO de Ações & Futuros

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

Bovespa fecha com forte alta de 4,71% e investidor volta às compras
A Bovespa disparou perto do encerramento dos negócios, concluindo o pregão de quinta-feira em forte alta. As ações líderes, Vale e Petrobras, junto com os papéis do setor bancário, puxaram a recuperação. Nas Bolsas americanas os investidores "ignoraram" as más notícias e voltaram às compras, numa jornada de muita oscilação. O câmbio, indicador mais sensível do nervosismo nos mercados, cravou R$ 2,36, apesar de uma intervenção pesada do Banco Central. "O mercado de commodities [matérias-primas] melhorou bastante nessas últimas horas, o que ajudou a Bovespa a subir. E o bom balanço do Banco do Brasil acabou ajudando as ações dos bancos. O mercado está vendo de forma positiva as ações de bancos nesse momento de crise", comenta Rodrigo Silveira, Rodrigo Silveira, gerente de operações da corretora e.um, a "home broker" da corretora Umuarama.
"Nós temos que lembrar também que atualmente, ninguém no mercado está de olho nos fundamentos das empresas, somente nos preços. E as ações estão bastante depreciadas. Quando o mercado melhora um pouco, também há um efeito manada no sentido otimista", acrescenta.
- Em Nova York (Nymex), o barril de petróleo chegou a bater US$ 55 no pior momento do dia, mas retornou à casa dos US$ 60 com a notícia de que os estoques americanos da commodity subiram menos do que o previsto por especialistas.


- O
Ibovespa, valorizou 4,71% no fechamento e alcançou os 35.993 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,95 bilhões. A ação da Petrobras, que sozinha movimentou R$ 820 milhões, teve avanço de 2,32%; a ação da Vale ganhou 1,59%. Entre os papéis dos bancos, a ação do Bradesco teve alta de 9,19%, enquanto a ação do Itaú ascendeu 9,18%. A "unit" (recibo de ações) do Unibanco ficou 10,93% mais cara, enquanto a ação ordinária do Banco do Brasil subiu 6,89%.
-
O dólar comercial foi cotado a R$ 2,368 para venda, com avanço de 3,40% sobre a cotação de ontem.
- A taxa de
risco-país marca 442 pontos, número 1,55% abaixo da pontuação anterior.
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O Banco Central vendeu dólares por duas vezes, além de oferecer contratos de "swap" cambial para os bancos. Além dessas operações, o BC também ofereceu linhas aos bancos, com o compromisso de usarem os recursos para financiar atividades de comércio exterior.

Análise - "O mercado continua tendo uma saída forte de recursos. Acredito que muitos grandes fundos ['hedge funds'] estão sofrendo muitos saques lá fora e precisam fazer caixa rapidamente. Por isso, vendem ações por aqui, ganham um pouco na taxa de câmbio e já saem do país', sintetiza Reginaldo Galhardo, diretor de câmbio da corretora Treviso. Os investidores ainda enfrentaram a ressaca das declarações de Henry Paulson, secretário do Tesouro americano, que anunciou mudanças no plano de US$ 700 bilhões para auxiliar o sistema financeiro, assustando os mercados financeiros. Hoje, outra bateria de más notícias afetou os negócios, com destaque para
o mercado de trabalho americano: a demanda pelos benefícios de auxílio-desemprego superou a marca dos 500 mil pedidos, reforçando a percepção de que os EUA estão em recessão. Entre outras notícias, o Banco do Brasil revelou hoje que teve lucro de R$ 1,867 bilhão no terceiro trimestre deste ano, um crescimento de 36,9% sobre o mesmo período de 2007. Nos nove primeiros meses deste ano, o lucro líquido do banco foi de R$ 5,9 bilhões, 52,5% de crescimento em relação ao observado no mesmo período de 2007.


Bolsa de NY dispara mais de 6% em dia de oscilação com previsões negativas
A Bolsa de Nova York terminou em disparada, nesta quinta-feira, dia de uma sessão muito volátil, onde os índices atingiram seus pisos de outubro, até se recuperar amplamente: o Dow Jones ganhou 6,67% e o Nasdaq, 6,50%.
Os dados negativos sobre o mercado de trabalho anunciados hoje, as previsões negativas da
OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) e o crescimento de 10% no lucro da rede varejista Wal-Mart confundiram os investidores, levando às variações desordenadas de hoje

- O Dow Jones Industrial Average (DJIA) avançou para 8.835,25 pontos. O índice recuperou, assim, quase 900 pontos em relação a seu pior nível na sessão.
- O Nasdaq, de alto componente tecnológico, subiu para 1.596,70 pontos.

- O índice ampliado Standard & Poor's 500 avançou 6,92%, para 911,29 pontos.

Análise - "Em uma nova reversão impressionante do humor do mercado hoje, as ações subiram, superando severas perdas ligadas aos temores sobre a economia", comentaram analistas da Charles Schwab. O lucro do Wal-Mart no trimestre encerrado em outubro foi de US$ 3,14 bilhões (US$ 0,80 por ação), contra US$ 2,86 bilhões (US$ 0,70 por ação) no mesmo período um ano antes. O resultado superou as expectativas dos analistas, que previam um ganho por ação de US$ 0,76. Mesmo assim, a empresa reduziu suas expectativas de ganhos para este ano: nos 12 meses até 31 de janeiro de 2009, a expectativa de ganhos por ação da empresa em suas operações contínuas passou para US$ 3,42 a $3.46, contra a previsão de agosto, de US$ 3,43 a US$ 3,50. A desaceleração global da economia e o câmbio desfavorável foram os fatores que levaram às expectativas mais modestas, segundo a empresa.

- A fabricante de microchips Intel informou ontem que vai cortar mais de US$ 1 bilhão de suas expectativas de vendas para este ano. O anúncio foi visto como mais um sinal de que tanto empresas como consumidores pretendem reduzir seus gastos em meio à crise.


Bolsas européias sobem apesar de recessão na Alemanha e piora nas previsões
As Bolsas européias fecharam em alta nesta quinta-feira, depois de dois dias de perdas. Pela manhã, os investidores se deixaram levar pela
má notícia sobre a economia da Alemanha e pela previsão de desempenho econômico fraco feita pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). No fim do dia, no entanto, os investidores ganharam alguma confiança para procurar ações a bons preços.

- A Bolsa de Paris subiu 1,10% no índice CAC 40, fechando com 3.269,46 pontos;
- A Bolsa de Frankfurt subiu 0,62% no índice DAX, para 4.649,52 pontos;
- A Bolsa de Milão subiu 0,52% no índice MIBTel, ficando com 15.916 pontos;
- A Bolsa de Zurique teve alta de 0,65%, encerrando o dia com 5.740,04 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Amsterdã teve alta de 0,28% no índice AEX General, indo para 249,96 pontos.
- A exceção entre as Bolsas nacionais foi a de Londres, que fechou em baixa de 0,31% no índice FTSE 100, ficando com 4.169,21 pontos. O índice FTSEurofirst 300 - que reúne ações das principais empresas européias - também caiu, encerrando o dia com perdas de quase 0,4%.


Análise - A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) calcula que os Estados Unidos terão uma contração de 0,9% no PIB no próximo ano; a zona do euro, de 0,5%, e o Japão, de 0,1%. A Comissão Européia, o órgão executivo da União Européia (UE), já havia anunciado que a zona do euro
já está em recessão e ficará nessa situação até 2009. Segundo o boletim mensal do BCE (Banco Central Europeu), divulgado hoje, o "nível de incerteza que provém dos desenvolvimentos nos mercados financeiros permanece extraordinariamente elevado". Ao mesmo tempo, o conselho do banco diz esperar que 'o setor bancário contribua para restaurar a confiança".

- Os papéis do setor bancário tiveram queda, com destaque para as perdas do Barclays (-6,8%), Royal Bank of Scotland (-5,9%) e HSBC (-2,1%). Os investidores ainda sentem o impacto do anúncio feito ontem pelo secretário do Tesouro dos EUA, henry Paulson, de que a compra de papéis "podres" (com alto risco de calote) não é mais prioridade dentro do pacote de US$ 700 bilhões em ajuda ao setor financeiro, aprovado em outubro.



Bolsas asiáticas têm forte queda, com Paulson e Intel
A maior parte das bolsas da Ásia fechou com quedas acentuadas, sob a influência da mudança no pacote de ajuda ao setor financeiro anunciada ontem pelo secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson. Também pesaram sobre os mercados asiáticos as novas projeções anunciadas pela Intel para os seus resultados do quarto trimestre.

- Na Bolsa de Hong Kong, todas as blue chips fecharam em baixa, com exceção da Citic Pacific. O índice Hang Seng perdeu 5,2% e fechou aos 13.221,35 pontos.
- Na contramão de seus mercados vizinhos, a China teve dia de alta. Ajudado por papéis de empresas exportadoras, o índice Xangai Composto subiu 3,7% e encerrou aos 1.927,61 pontos. Já o Shenzhen Composto subiu 4,2%, para 522,58 pontos. Yuan - A alta do dólar nos mercados internacionais levou o yuan a fechar em ligeira baixa ante a moeda norte-americana. No mercado de balcão, o dólar encerrou cotado aos 6,8300 yuans, de 6,8295 yuans do fechamento de ontem.
- O índice Kospi da Bolsa de Seul caiu 3,2% e fechou aos 1.088,44 pontos.
- Em Taiwan, o dia foi de pessimismo e o índice Taiwan Weighted da Bolsa de Taipé teve acentuada baixa de 3,9%, fechando aos 4.437,83 pontos.
- A bolsa australiana afundou ao mais baixo nível dos últimos quatro anos nesta quinta-feira, acompanhando o mergulho vertical dos mercados globais. O índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney fechou em baixa de 5,9%, aos 3.697,3 pontos, rompendo a marca de 28 de outubro, de 3.724,8 pontos.
- Nas Filipinas, o índice PSE da Bolsa de Manila caiu 1,53%, encerrando a sessão aos 1.918,97 pontos. - A Bolsa de Cingapura encerrou em queda. O índice Strait Times recuou 2,22% e fechou aos 1.744,35 pontos.
- Na Tailândia, às 7h45 o índice SET da Bolsa de Bangcoc caía 1,2%, aos 430,34 pontos. O mercado indonésio sofreu forte baixa, afetado por preocupações de que a rupia continue a cair ante o dólar.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta tombou 5,0% e fechou aos 1.259,71 pontos.
- Na Malásia, o índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur caiu 1,1% e fechou aos 880,59 pontos, com o declínio em Wall Street e perdas nas outras bolsas da região.

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ÍNDICES ECONÔMICOS


Preços agrícolas recuam 0,85% no âmbito do IGP-10
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) foi de 0,73% em novembro, ante taxa de 0,78% em outubro, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Os preços dos produtos agrícolas no atacado recuaram 0,85% em novembro, após registrarem alta de 0,54% em outubro. Já os preços dos produtos industriais no atacado apresentaram alta de 1,41% em novembro, ante 1,14% em outubro.


Até novembro, o IGP-10 acumula elevações de 10,24% no ano e de 11,99% em 12 meses. O período de coleta de preços para o IGP-10 desse mês foi do dia 11 de outubro a 10 de novembro.


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MERCADO FINANCEIRO


BB compra R$ 8,2 bilhões em carteiras e eleva previsão de alta do crédito

Na contramão de um cenário de crise de crédito internacional e favorecido por medidas do governo diante à restrição de dinheiro no mercado, o Banco do Brasil projeta crescimento da carteira de crédito de 30% a 35% para este ano, ante estimativa anterior de 25% e 30%. Para 2009, Adézio Lima, vice-presidente do BB, estima elevação de 20% a 25%. A expansão neste ano deverá ser liderada pelo crédito a pessoas físicas (entre 40% e 45%, ante estimativa anterior de 35% a 40%). O crédito a pessoas jurídicas deverá crescer entre 35% e 40% e o agronegócio, 20%.
Segundo informou o presidente do banco, Lima Neto, durante
divulgação dos resultados do terceiro trimestre, o Banco do Brasil já comprou até este mês R$ 8,2 bilhões em carteira de crédito, considerando os recursos próprios e aqueles liberados do depósito compulsório. Desde outubro, R$ 17,1 bilhões foram analisados, dos quais R$ 5,9 bilhões foram adquiridos por intermédio da liberação do depósito compulsório. Deste montante, 44% é de consignado, 29% de veículos e 27% comercial.
Lima Neto disse que a instituição está empenhada em manter e preservar sua carteira de crédito. Ele afirmou que o banco não só está comprando carteiras de instituições menores, como incentivando a circulação do crédito, a exemplo do que fez com a
liberação de R$ 4 bilhões para as financeiras e bancos ligados às montadoras de veículos. "Na carteira de veículos, conseguimos uma posição consolidada da concessionária para dentro. Na ponta do consumo, é uma carteira de R$ 6 bilhões e temos a intenção de olhar nessa direção", disse Neto. Segundo ele, entre os nichos de crescimento do BB, está a ampliação dos negócios em São Paulo e o desenvolvimento da carteira de crédito de veículos, na ponta.
O financiamento de veículos atingiu R$ 5,6 bilhões no terceiro trimestre deste ano, em expansão de 151,7% em relação ao mesmo período no ano passado. O crédito para pessoa física (financiamento ao consumo) subiu 45,4%, para R$ 42,9 bilhões no terceiro trimestre deste ano ante o mesmo em 2007. A carteira de crédito total encerrou o último trimestre com saldo de R$ 202,2 bilhões (alta de 34,6% em 12 meses e 37,5% em relação ao trimestre de 2007). Com esse resultado, a participação do BB no mercado atingiu 16,5%. "Dado o contexto de incerteza em relação às perspectivas econômicas e qual a intensidade da crise de crédito, desmontar uma carteira de crédito de R$ 202 bilhões tem um custo muito grande. Daí porque o Banco Brasil conseguir manter essa carteira e não parar o crédito para a economia e reduzir o risco sistêmico", disse Neto.

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AGRONEGÓCIOS


Queda do preço dos grãos ameaça o armazenamento
O aumento no volume dos estoques de passagem irá esbarrar no déficit de capacidade estática do País que, em 2008, já atingiu 47,2 milhões de toneladas. Sem repetir o volume de exportação recorde registrado no ano passado, os produtores de milho estão entre os mais prejudicados. As cotações da commodity seguem em queda, pressionadas justamente pelos elevados estoques. Em apenas cinco dias, encerrados em 10 de novembro, o Indicador Esalq/BM&FBovespa caiu 4,7%.De acordo com Lucilio Alves, pesquisador do Centro de estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a perspectiva é negativa já que no último trimestre de cada ano os embarques tendem a diminuir. "O volume exportado neste ano deve ficar expressivamente abaixo do observado em 2007", disse. No acumulado do ano os embarques de milho recuaram 51,1% em relação ao mesmo período de 2007. Em outubro, a retração nas vendas foi ainda mais acentuada: 78%. "Ao final de 2008, o Brasil terá um expressivo estoque de passagem, que poderá ser superior a 13 milhões de toneladas, o que corresponde a aproximadamente 70% do volume colhido na safrinha", destacou Odacir Klein, presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).Segundo ele, os estoques brasileiros estão concentrados no Paraná e no Centro-Oeste, ocupando espaços de armazenagem que, no final do primeiro trimestre de 2009, terão que ser cedidos para a estocagem da safra de soja. Mesmo em casos onde o produtor se dispõe a negociar nos atuais patamares de preços, considerados abaixo do custo de produção, ele se depara com um mercado retraído. Na última semana, os preços do algodão em pluma continuaram em queda. No período, o Indicador Cepea/Esalq caiu 1,83%.Segundo a pesquisa do Cepea, apesar de os produtores terem se mostrado mais flexíveis a reduzir os preços, boa parte dos compradores esteve retraída, negociando pequenos volumes. "Indústrias continuam processando a pluma recebida de contratos antecipados. As poucas ativas em novas compras continuam forçando baixa de preços ou buscando maiores prazos de pagamento." Este ano a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já anunciou um pacote de investimentos para a construção de silos graneleiros. O projeto está em fase de licitação.Os novos complexos armazenadores, que terão um aporte de R$ 84 milhões, estarão distribuídos em estados estratégicos. Nas Regiões Norte e Nordeste o volume dos armazéns não é suficiente para a colheita, enquanto no Sudeste sobra capacidade de armazenagem.Segundo um levantamento feito pela Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica ainda no primeiro semestre, a capacidade estática de armazenagem de grãos existente no Brasil recuou de 126,1 milhões de toneladas em 2007, para 123,7 milhões de toneladas este ano. Esta capacidade é inferior em 18,7 milhões de toneladas a safra nacional de grãos de 2007/2008. O nível de capacidade estática de armazenagem considerado ideal é 20% superior à safra de grãos do país.Além de ser considerado uma atividade de apoio fundamental para as etapas de escoamento e comercialização, o armazenamento também pode garantir um preço maior ou menor do grão.De acordo com Juvir Matuella, presidente da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa-RS), o fato de oferecer diferenciais como células de silos subdivididas e segregação de produto, tem aumentado a procura pelos serviços da empresa que é filiada à Conab. "O produtor é beneficiado porque consegue um preço diferenciado que pode variar de 15% a 20% acima do valor de mercado", afirma. Com uma demanda por armazenagem maior que a do ano passado, Matuella revela que este ano a companhia está recebendo 2,5 vezes a mais de trigo. Com uma queda contínua dos preços, ele já prevê o aumento da demanda. "O produtor depende muito de recursos federais, se as cotações ficarem abaixo do preço mínimo a Conab terá que ficar com esses estoques", disse.

Senado aprova emenda de R$ 4 bilhões para venda da safra
Em meio à crise financeira internacional, que trouxe incertezas sobre o ritmo de preços das commodities durante o período de comercialização da safra 2008/09, os produtores conseguiram uma vitória ontem no Senado. Representantes dos agricultores conseguiram incluir no relatório do senador Neuto de Conto (PMDB-SC), relator do orçamento para a agricultura, uma emenda do senador Gilberto Goellner (DEM-MT), que amplia em R$ 2,5 bilhões a oferta de crédito para os mecanismos de apoio à comercialização da safra 2008/09.A proposta original encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional previa alocação de R$ 1,5 bilhão para as políticas de apoio à comercialização agrícola em 2009, contou o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Haroldo Lima, que defendeu a ampliação e acompanhou a votação do relatório do senador catarinense, encerrada há pouco no Senado. Com a verba adicional, sobe para R$ 4 bilhões o total de recursos que poderão ser usados nas políticas de apoio à comercialização. Desse total, o setor algodoeiro pleiteia apoio na ordem de R$ 800 milhões.Cunha explicou que a votação de ontem é a primeira etapa de um processo que vai ter sequência nas próximas semanas. ''''A negociação agora é para que o relator-geral do Orçamento de 2009 mantenha a emenda'''', disse ele, referindo-se ao senador Delcídio Amaral (PT-MS). Depois, continuou o presidente da Abrapa, a ''''briga'''' é para que o Plenário vote favoravelmente à ampliação dos recursos para apoio à comercialização da safra. Depois de aprovado no Congresso, o Orçamento ainda pode ser vetado ou não pelo governo.Para o presidente da Abrapa, a sinalização do governo com mecanismos de apoio à comercialização é a única alternativa para destravar os financiamentos rurais. ''''Ninguém empresta porque o risco é alto'''', disse. ''''Se o governo sinalizar com uma política de apoio à comercialização, o risco diminui'''', argumentou. Ele lembrou que os preços do algodão no mercado futuro de Nova York atingiram ontem a menor cotação dos últimos seis anos, o que, segundo ele, indica tempos difíceis no momento de venda da safra que será plantada a partir do mês que vem no Mato Grosso.

EuroTier 2008
A EuroTier, maior feira de negócios do setor de produção animal, reúne esta semana em Hanover, na Alemanha, cerca de 1.800 expositores, vindos de 46 países, para apresentar as novas tecnologias e atualizar as técnicas das cadeias produtivas de aves, ovos, suínos, carne e leite bovinos, aqüicultura e também sobre bioenergia. O evento começou nesta terça-feira (11/11) e segue até sexta (14/11).
De acordo com a DLG, empresa organizadora da exposição, a EuroTier 2008 deve receber 130 mil visitantes nestes quatro dias de evento. “Somente o número de expositores este ano já é 15% superior ao número de expositores da última edição da EuroTier, em 2006”, revela Carl-Albrecht Bartmer, presidente da DLG. A feira tem 170 mil metros quadrados de área para exposição, divididos em sete pavilhões. O evento conta também com programação e apresentações técnicas sobre avicultura, suinocultura, bovinocultura e bioenergia.
A Gessulli Agribusiness, editora das revistas e sites Avicultura Industrial e Suinocultura Industrial, e organizadora da feira AveSui, é uma das três empresas brasileiras com estande na EuroTier 2008. Segundo Andrea Gessulli, diretora da Gessulli Agribusiness, “A nossa presença aqui na EuroTier é muito positiva, pois estamos representando a avicultura e a suinocultura brasileiras. Estamos aqui como um canal de divulgação destes dois importantes setores do nosso agronegócio para todo o mundo”.



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ANÁLISE SETORIAL


Estrangeiro eleva apostas em dólar alto e pressiona cotação
As movimentações dos investidores estrangeiros têm sido um entrave para a recuperação do mercado brasileiro, tanto no câmbio quanto na Bolsa de Valores. Elas explicam em grande parte a resistência do dólar em descer abaixo de R$ 2,10 apesar das ações do Banco Central. No ano, o dólar já subiu 28,9% diante do real.
No câmbio, as apostas dos estrangeiros na alta do dólar feitas no mercado futuro dispararam nos últimos dias. Isso é medido pelas chamadas "posições compradas" em dólar, que atingiram inéditos US$ 12,73 bilhões anteontem. No fim de setembro, era metade disso. Quanto mais elevadas às posições compradas, mais fortes são as apostas dos investidores na alta da moeda americana.
Nos momentos em que as apostas são de depreciação do dólar, os contratos de câmbio montados no mercado futuro assumem uma posição "vendida". E era isso o que se verificava até o fim de agosto. Em julho, quando o dólar desceu abaixo de R$ 1,56, as posições líquidas dos estrangeiros estavam "vendidas" em US$ 7,6 bilhões no pregão da BM&F. Com a piora da crise internacional e o aumento da instabilidade no mercado financeiro global a partir de setembro, a posição dos estrangeiros se alterou rápida e intensamente.
Se o dólar se depreciasse de forma abrupta neste momento, traria prejuízos aos estrangeiros, que estão pesadamente "comprados". O que ocorreu com empresas como Aracruz e Sadia foi exatamente o inverso: estavam "vendidas" (ou seja, apostavam que o dólar se manteria baixo), e a moeda americana subiu rapidamente. "Os investidores não ficariam comprados dessa forma se considerassem que o dólar fosse se depreciar", afirma João Medeiros, diretor da corretora de câmbio Pionner. "De sua parte, o BC vem agindo corretamente, atuando sem queimar as reservas. Mas, em um cenário como o atual, o mercado é soberano, e o máximo que o BC consegue é evitar que o real se deprecie ainda mais."
O BC já usou mais de US$ 40 bilhões em suas intervenções no câmbio. Das reservas internacionais do país, hoje em cerca de US$ 200 bilhões, foram consumidos apenas pouco mais de US$ 5 bilhões. O resto é de venda de linhas de crédito destinadas à exportação e leilões de "swap" (que seguem a variação da moeda). Se as "posições compradas" dos estrangeiros significassem apenas uma demanda por dólares, o BC poderia, em tese, ofertar US$ 12 bilhões e zerar essas posições, anulando seu efeito.
Mas esses contratos não significam que os investidores querem dinheiro vivo. Essas operações podem ser montadas apenas para esperar que o mercado supere seu pior momento ou para lucrar com a continuidade de alta do dólar. Nessa segunda hipótese, os investidores vão pressionar para que o dólar não se deprecie. Todavia, apesar de seu impacto relevante, as apostas dos estrangeiros no mercado futuro não são a única razão para o dólar estar tão apreciado. A saída de recursos do país também tem crescido consideravelmente. Em outubro, o fluxo foi negativo em US$ 4,639 bilhões, pior resultado desde 1999. Na Bovespa, os estrangeiros têm abandonado o pregão desde junho. No ano, quase R$ 23,5 bilhões deixaram a Bolsa.

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SETOR AUTOMOTIVO

Consumidor devolve carro em revendas
O medo de não conseguir pagar a prestação do carro já leva alguns consumidores a procurar as revendas de usados para fazer a troca por modelos mais baratos com o objetivo de reduzir o valor financiado e mesmo entregar o automóvel para se livrar da dívida. A procura pela chamada “troca com troco” e a devolução de veículos pelo receio de não conseguir quitar o financiamento foram constatadas pela Folha de S.Paulo no comércio de veículos usados em São Paulo e no interior. Para a Associação dos Revendedores de Veículos Automotores do Estado de São Paulo e do Sindicato do Comércio de Veículos Automotores Usados do Estado de São Paulo, o que acontece hoje é o efeito do erro das concessionárias de vender carro em 80 meses para consumidores totalmente despreparados financeiramente. Os consumidores que procuram as revendas, segundo a entidade, são aqueles que possuem carros financiados que não estão mais na garantia e precisam de manutenção. E cerca de 40% desses clientes têm dívida maior do que o valor do carro no mercado. Levantamento da associação de revendas de veículos usados mostra que, em setembro, 82% dos negócios do setor foram feitos com uso de financiamento e, em outubro, 49%.

Goldman Sachs diz que GM precisa de US$ 22 bi para sair da crise
O banco de investimentos Goldman Sachs disse hoje que a General Motors (GM) pode precisar de até US$ 22 bilhões para funcionar, enquanto o JP Morgan rebaixou o nível das ações da montadora a "neutro". A decisão da Goldman Sachs de suspender a qualificação da GM, o rebaixamento do JP Morgan e a incerteza sobre as possíveis ajudas federais que o setor do automóvel poderia receber geraram um dia mais de baixa nas ações da fabricante. O Goldman Sachs justificou sua decisão alegando que "não há base suficiente para determinar a qualificação de investimento ou o objetivo de preço dessa companhia". A firma disse que dos US$ 22 bilhões de liquidez que a GM precisará, cerca de US$ 18 bilhões terão que sair de fundos federais ou de outras fontes privadas. A GM teve perdas de US$ 70 bilhões desde 2004 e seu atual capital de mercado está abaixo de US$ 1,7 bilhão. A instituição financeira também falou do alto grau de incerteza que existe sobre a aprovação de um plano de ajuda para General Motors. (Efe, de Washington)

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COMÉRCIO EXTERIOR


Exportações das cooperativas crescem 27,5%
As exportações diretas das cooperativas brasileiras registraram um crescimento de 27,5% no acumulado de janeiro a setembro de 2008, na comparação com o mesmo período de 2007. As vendas do setor ao exterior somaram US$ 3,13 bilhões, enquanto no ano passado totalizaram US$ 2,46 bilhões. Já o volume exportado foi de 5,63 milhões de toneladas, contra 6,48 milhões de toneladas em 2007.
Os dados fazem parte de um estudo da Gerência de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com base em informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MIDC). A análise indica que a balança comercial do setor apresentou um superávit de US$ 2,71 bilhões, com crescimento de 20,46% em relação aos meses de janeiro a setembro do ano anterior. Nesse mesmo período, as cooperativas brasileiras importaram US$ 419,49 milhões. O resultado vem em conseqüência, principalmente, da comercialização dos produtos do complexo soja, do setor sucroalcooleiro e das carnes.
Conforme o estudo, os valores exportados e a cotação do dólar apresentaram comportamentos inversos. Mesmo com os desafios impostos para a exportação da produção, destacando-se a valorização do Real de 43,01% nos meses de janeiro a setembro, entre 2004 e 2008, as cooperativas registraram receitas cambiais crescentes. Porém, os impactos da crise mundial resultaram em saída de dólares do Brasil e elevações significativas na taxa de câmbio, para patamares superiores a 2,10 R$.US$-1.
O estudo mostra ainda que as variações observadas nas exportações brasileiras foram superiores no primeiro período analisado (janeiro a setembro de 2005) e no último intervalo (janeiro a setembro de 2008). Contudo, nos meses de janeiro a setembro de 2006 e de 2007, as taxas de crescimento das exportações diretas das cooperativas ultrapassaram as taxas médias da economia brasileira.


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LOGÍSTICA & INFRA-ESTRUTURA


Mundo conta com frota de 6 mil embarcações e 13 milhões de Teus
A AXS Alphaliner publicou ontem a lista das 100 maiores companhias transportadoras de contêineres do mundo. O ranking, liderado pela gigante Maersk, inclui critérios como frota de navios e de Teus e contempla os números de holdings, subsidiárias, e afiliadas das companhias. O mundo contava até ontem com uma frota de 6.088 embarcações e 12.933.783 Teus – um aumento de 0,34% no número de Teus e de 0,47% no de embarcações, na comparação com outubro. Sozinha, a APM-Maersk responde por 15,8% da frota global de Teus: 2.040.788. São 543 navios. Desses universos, 1.123.769 Teus e 207 navios são próprios. Os demais, são fretados. Em segundo lugar, vem a MSC, com 11% do total de Teus disponíveis no mundo: 1.425.396 (sendo 744.606 próprios) e 431 navios (220 do armador). Em terceiro lugar está a francesa CMA CGM, com 980.210 Teus e 386 embarcações, sendo 302.953 e 92 próprios, respectivamente. Em quarto, está a Evergreen. São 626.234 Teus (362.215 próprios) e 176 porta-contêineres (101 próprios). Em entrevista ao Guia Marítimo, o diretor da Consortium Sea, Mark Allen, destacou que a posição da companhia (26º lugar) se deve ao fato de ser uma das maiores operadoras de linhas feeder do mundo, “oferecendo transhipment em todos os hub ports, no norte da Europa, Mediterrâneo, Mar Vermelho, Golfo da Arábia, sul e sudeste da Ásia, e em Taiwan. Hoje, são 65 navios feeder empregados”. Dentre as encomendas, lidera o ranking, em Teus, a MSC. São mais 680.720 unidades. Em embarcações, a Maersk, com 91 pedidos para novos navios.

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MERCADO ONLINE


Varejo online espera crescer 25% no Natal
A crise pode estar em algum lugar, mas não no varejo eletrônico brasileiro. Levantamento da consultoria e-bit aponta para uma expectativa de crescimento de 25% nas vendas online na temporada de final de ano (15/11 a 24/12), para um faturamento de R$ 1,35 bilhão. A projeção é de um gasto médio de R$ 320 por cliente. De acordo com a e-bit, o ranking dos mais vendidos deve continuar a ser puxado pelos equipamentos eletrônicos e de informática, alavancados por condições de parcelamento em até 12 vezes.

UOL anuncia resultados do 3º trimestre do ano
A receita de publicidade e outras foi de R$ 73,3 milhões no 3T08 e de R$ 195,5 milhões no 9M08, representando um crescimento de 58% e 47%, respectivamente, sobre os mesmos períodos de 2007. Esse crescimento deveu-se principalmente ao aumento do número de anunciantes de publicidade de marca e ao crescimento da receita com produtos. No 3T08, o EBITDA totalizou R$ 29,1 milhões, representando uma redução de 22% sobre o 3T07. A margem EBITDA atingiu 20% no 3T08, um decréscimo de 8 p.p. sobre o mesmo período de 2007. Excluindo os impactos de resultados excepcionais em ambos os períodos, o EBITDA apresenta redução de 16% em relação ao 3T07. No 9M08, o EBITDA totalizou R$99,0 milhões, representando uma redução de 17% sobre o 9M07. A margem EBITDA atingiu 23% no 9M08, um decréscimo de 8 p.p. sobre o mesmo período de 2007. Excluindo os impactos de resultados excepcionais em ambos os períodos, o EBITDA apresenta estabilidade em relação ao 9M07. A redução do EBITDA no 3T08 e no 9M08 ocorreu pois as despesas operacionais, principalmente relacionadas aos novos produtos, cresceram 38% e 43%, respectivamente, sobre os mesmos períodos de 2007. Porém é importante salientar que a margem bruta da Companhia foi de 62% no 3T08 e de 60% no 9M08, representando um crescimento de 1 ponto percentual sobre a margem bruta do 3T07 e do 9M07. No 3T08 o lucro líquido foi de R$27,0 milhões, representando uma redução de 15% em relação ao 3T07. No 9M08 o lucro líquido foi de R$ 75,6 milhões, representando uma redução de 18% em relação ao 9M07. Excluindo os itens não-recorrentes no acumulado do ano, apresentamos um crescimento de 5% no lucro líquido do 9M08 sobre o 9M07. O Número de assinantes pagantes de banda larga atingiu 1,13 milhões em setembro de 2008, um aumento de 16% sobre setembro de 2007.

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MERCADO DE TI


Microsoft anuncia investimento de US$ 1 bilhão em pesquisas na China
A Microsoft gastará mais de US$ 1 bilhão em pesquisa e desenvolvimento na China nos próximos três anos, disse um executivo ontem, dia 13/11. Os gastos não incluem os US$ 300 milhões já destinados anteriormente pela empresa à construção de uma nova unidade de pesquisa e desenvolvimento em Pequim, disse Zhang Yaqin, presidente da divisão de Desenvolvimento da Microsoft na China "Esses gastos são principalmente destinados a funcionários e recursos para pesquisa e desenvolvimento. Não incluem fusões e aquisições", disse Zhang. Mesmo antes do novo investimento, a China representava uma das maiores áreas de pesquisa e desenvolvimento da Microsoft, ficando atrás somente dos Estados Unidos. Anteriormente, a Microsoft informou que investirá US$ 100 milhões em companhias de software chinesas e outros US$ 100 milhões em serviços de desenvolvimento de software e projetos. (Reuters, de Pequim)

Previsão de aumento nos gastos com TI cai pela metade
Como conseqüência da
crise financeira mundial, os gastos na área de tecnologia devem crescer menos que a metade prevista para 2009, segundo a IDC. Antes, a consultoria afirmava que os gastos em tecnologia cresceriam 5,9% no ano que vem, mas, em seu novo relatório, a IDC prevê aumento de apenas 2,6%. Nos próximos quatro anos mais de US$ 300 bilhões serão perdidos na indústria de TI devido a esta redução. Nos Estados Unidos, a queda é ainda maior. A IDC havia previsto crescimento de 4,2% nos gastos, mas revisou a previsão para aumento de 0,9% em 2009. Outras consultorias, como a Forrester Research e o Gartner, em outubro, sugeriram que os gastos em TI cairiam devido ao 'clima econômico' no mundo. Mesmo com as notícias negativas, o analista John Gantz, da IDC, disse que a tecnologia ainda está “em uma posição melhor do que nunca para resistir à desaceleração da economia”. Ele explicou que a indústria está presente em situações críticas e é vital para manter a produtividade dos negócios. Embora a América Latina, África e outras economias em desenvolvimento presenciem “crescimento saudável”, a evolução será menor do que as previsões anteriores.

AVG anuncia oferta de licença gratuita de um ano ou de extensão de licença para usuários afetados pela atualização defeituosa
Dando seguimento à rápida distribuição dos CDs de instruções de recuperação e reparo, a AVG Technologies está oferecendo para todos os usuários afetados uma licença gratuita ou extensão de licença da seguinte maneira:
- Para os usuários afetados dos produtos comerciais AVG 7.5, uma licença de um ano para o produto AVG 8.0 equivalente.
- Para os usuários afetados dos produtos comerciais AVG 8.0, uma extensão gratuita da licença por um ano.
- Para os usuários afetados dos produtos Gratuitos da AVG, uma licença de um ano gratuita para o Antivírus AVG 8.0.
A partir do início da semana de 24 de novembro de 2008, a AVG Technologies passará a contatar os clientes afetados e aconselhá-los sobre como eles podem obter sua licença gratuita ou extensão da licença. A AVG Technologies pede desculpas mais uma vez pela inconveniência causada aos seus clientes e deseja garantir para os nossos usuários em todo o mundo que a companhia está ativamente implementando novos processos para evitar ocorrências como essa no futuro.

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ENERGIA & TELECOMUNICAÇÕES


Lucro da PT cai, apesar de desempenho positivo da Vivo
A operadora de telefonia Portugal Telecom (PT), que no Brasil divide o controle da Vivo com a espanhola Telefónica, obteve lucro líquido de 184,8 milhões de euros (US$ 231,4 milhões) no terceiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 23% em comparação com o montante de 241 milhões de euros obtido em igual período do ano passado.
No ano passado, o resultado do terceiro trimestre da PT foi impulsionado pela venda de fatias da empresa na operadora de telefonia africana Africatel, que resultou em um ganho de capital de 110 milhões de euros. A receita operacional da companhia aumentou 13% entre os trimestres, passando de 1,58 bilhão para 1,78 bilhão de euros, enquanto o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) expandiu-se 15%, para 668 milhões de euros.
As atividades de melhor desempenho do grupo foram novamente a Vivo, cuja contribuição da operadora de telefonia móvel para a receita total do grupo cresceu 33%, para 856 milhões de euros no terceiro trimestre deste ano. Na última terça-feira (dia 11), a Vivo informou que o lucro líquido no período entre julho e setembro deste ano cresceu 204,7%, comparativamente a igual período de 2007, para R$ 129,8 milhões, invertendo o prejuízo de R$ 59,5 milhões anotado entre abril e junho de 2008. (Agência Dow Jones e Agência Lusa, de Lisboa)

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