I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 102 | Ano I

Mudança no compulsório já injetou R$ 56 bilhões na economia em outubro
O Banco Central já injetou R$ 56 bilhões na economia desde o início de outubro, com as mudanças anunciadas nas regras dos
depósitos compulsórios. Dados divulgados, ontem, pelo BC mostram que o valor recolhido no compulsório caiu 20% em relação ao final de setembro.
Os bancos são obrigados a manter depositada no BC uma parte do dinheiro aplicado pelos seus clientes. Essa parcela é chamada de depósito compulsório. Quando o BC reduz o compulsório, coloca mais dinheiro na economia, o que ajuda a aumentar o crédito nesse momento de crise.
No final de setembro, todos os recolhimentos compulsórios somavam R$ 272 bilhões. Com as mudanças anunciadas pelo BC, que diminuiu os valores a serem colhidos, o valor caiu para R$ 215,947 bilhões.
Depósitos a prazo
As maiores quedas se deram no compulsório sobre depósitos a prazo (CDBs, por exemplo) - que recuaram de R$ 60,5 bilhões para R$ 38,98 bilhões - e na exigibilidade adicional, cujo recolhimento caiu de R$ 64 bilhões para R$ 41,35 bilhões.
Outra modalidade que foi flexibilizada pelo BC é o recolhimento sobre operações de leasing, que recuou de R$ 20,5 bilhões no final de setembro para R$ 14,9 bilhões. Nos depósitos à vista, caiu de R$ 55,6 bilhões para R$ 49,33 bilhões. Na poupança, os volumes ficaram praticamente estáveis (R$ 71,4 bilhões).
Ao todo, as medidas do BC podem significar a liberação de mais de R$ 100 bilhões para injetar mais crédito na economia.
Muitas das mudanças anunciadas pelo BC dependem ainda, dos próprios bancos, que só terão o desconto no compulsório depois de comprarem a carteira de bancos pequenos. Outras já foram anunciadas, mas ainda não tiveram efeito na economia.

Aumentam apelos pela conclusão da Rodada Doha

O governo americano, a União Européia, o Reino Unido e o Brasil lançaram fortes apelos pela conclusão da Rodada Doha da OMC - Organização Mundial do Comércio -, sobre a liberalização do comércio mundial para fazer frente à crise, dias antes da cúpula de chefes de Estado do G20 em Washington. Muitos vêem na crise econômica uma oportunidade para concluir de uma vez por todas as negociações, embora, grande parte de uma eventual solução, dependerá da posição assumida pelo recém-eleito presidente dos EUA, Barack Obama. Concluir a Rodada Doha antes do fim de 2008 ainda é possível, e ajudaria a fortalecer o multilateralismo, afirmou o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim. "Estamos, agora, diante da grande oportunidade de dar um forte impulso às negociações, que poderão levar três ou quatro semanas, e depois concluir a rodada. Acredito que é possível e devemos tentar até a última ficha", disse Amorim na terça-feira. O agravamento da crise econômica, que empurrará o mundo desenvolvido para uma recessão pela primeira vez desde 1945, segundo o FMI - Fundo Monetário Internacional -, pode fazer com que vários países reavaliem suas posições sobre as negociações da Rodada Doha, que se arrastam desde 2001. O diretor geral da OMC, Pascal Lamy, se reuniu nessa quarta-feira, em Genebra com representantes de grandes bancos comerciais e instituições financeiras internacionais, para avaliar o impacto da crise sobre o comércio. ontem à tarde, Lamy se encontrará com representantes dos 153 países membros da OMC para apresentar as conclusões de sua primeira reunião. (France Presse, de Paris)
Entenda o que é a Rodada Doha

OMC diz que bancos regionais devem compartilhar risco de empréstimos
A OMC - Organização Mundial do Comércio - sugeriu nessa quarta-feira, que bancos privados e regionais de desenvolvimento, compartilhem o risco de conceder empréstimos para financiar a troca comercial no mundo. Representantes de 30 bancos privados e regionais de desenvolvimento se reuniram ontem, em Genebra na sede da organização para discutir suas propostas sobre como fazer frente à falta de liquidez para financiar o comércio. Sobre a reunião, Armando Mariante, vice-presidente do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -, disse que tinha sido constatado que "a crise é grave, e sem uma solução, o crescimento das exportações em 2009 será claramente ameaçado". Já o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, acredita que "a primeira coisa que ficou clara na reunião é que a situação está ruim, e há poucas opções que melhore."
No encontro, ficou evidente que existe um déficit de liquidez de US$ 25 bilhões para financiar os intercâmbios comerciais no mundo. Por isso, uma das soluções que as autoridades da OMC sugeriram, e que foi aceita como positiva pelos presentes, é que se compartilhem os riscos do financiamento entre as entidades privadas e as agências e bancos governamentais de crédito. "Discutimos como compartilhar os riscos. Chegamos à conclusão de que os governos têm que fornecer mais apoio ao comércio, já feito com algo muito mais complexo que o financiamento ao comércio", assegurou Lamy. "Do que é necessário é uma pequena quantidade se for comparado com o injetado no sistema bancário", acrescentou o diretor-geral da OMC, que lembrou que o financiamento comercial é um dos recursos "menos tóxicos".
Tudo o que foi discutido no encontro de ontem, será resumido por Lamy em carta que será entregue a todos os participantes da reunião desse fim de semana em Washington, e na qual incluirá a sugestão sobre compartilhar riscos. No dia 15/11, em Washington, representantes do G20 financeiro se reúnem para avaliar a crise financeira atual, e as opções para superá-la e evitá-la no futuro. "Os participantes da reunião de ontem, me pediram que deixe claro, na mensagem a Washington, que querem que façam o possível para manter o comércio aberto", especificou Lamy. Segundo a OMC, 90% do comércio internacional é financiado pelos créditos bancários a curto prazo, os que vão desde os três meses a um ano.

Embora, ainda não haja números concretos, diferentes atores já constataram que houve uma contração dos créditos à importação e à exportação. O vice do BNDES explicou, por exemplo, que, em outubro, as linhas de crédito para os exportadores brasileiros caíram 20%. Participaram do encontro, 30 representantes técnicos de 19 instituições, entre elas o FMI - Fundo Monetário Internacional -, o Banco Mundial, o BERD - Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento -, o Banco Africano de Desenvolvimento e o Banco Islâmico de Desenvolvimento. Do lado privado participaram técnicos do HSBC, do JP Morgan, do Citigroup, do Royal Bank of Scotland e do Commerzbank. (Efe, de Genebra)

Acionistas da cervejaria Anheuser-Busch aprovam fusão com InBev
Os acionistas da cervejaria americana Anheuser-Busch, aprovaram nessa quarta-feira, a fusão com o líder mundial do setor, InBev, anunciou o grupo em comunicado. "A fusão com a InBev era uma decisão difícil", admitiu o diretor-geral da Anheuser-Busch, August Busch, que considerou a aquisição o "melhor a ser feito no interesse dos acionistas". As ações do produtor da cerveja Budweiser, serão adquiridas por US$ 70, enquanto o papel estava sendo negociado nessa quarta-feira a US$ 66,22. O total da negociação, firmada em 14/7 desse ano, chegará a US$ 52 bilhões. A operação já tinha sido aprovada pelos acionistas da InBev em 29/9 e, com isso, a Anheuser-Busch se converte em uma filial com 100% de propriedade nas mãos do grupo belgo-brasileiro. Com 26% do mercado global, três das cinco maiores marcas de cerveja, e uma produção anual de 460 milhões de hectolitros, estimativas apontam que a nova cervejaria produzirá 60% a mais do que seu competidor mais próximo. A InBev traz consigo as marcas Stella Artois e Beck's. A nova companhia irá se chamar Anheuser-Busch InBev, e deve criar uma das cinco principais empresas de bens de consumo mundiais e a principal do setor de cervejarias. O brasileiro Carlos Brito será o executivo-chefe da nova empresa e a diretoria será composta pelos atuais diretores da InBev, por August Busch 4º e um outro membro da diretoria da empresa americana. (France Presse, de Nova Iorque)

American Express pede ajuda de US$ 3,5 bilhões ao governo dos EUA
A gigante americana do setor de cartões de crédito American Express, tenta obter uma ajuda federal de US$ 3,5 bilhões, afirmou nessa quarta-feira, o jornal americano "Wall Street Journal". Afetado pela queda dos gastos dos titulares de cartões de crédito e por um aumento dos casos de insolvência, a American Express obteve na segunda-feira, do Fed - Federal Reserve, o BC dos EUA - o direito de
assumir o status de holding bancário, o que deve permitir que se beneficie da concessão de capital prevista dentro do plano de ajuda criado por Henry Paulson, secretário do Tesouro dos EUA. Ontem, Paulson anunciou que irá aplicar recursos do pacote de US$ 700 bilhões, aprovado no início de outubro pelo Congresso, em empresas fora do setor bancário, como companhias de cartões de crédito e de financiamento automobilístico e estudantil. "Dada a volatilidade contínua nos mercados financeiros, queremos estar mais bem posicionados para tirar vantagem dos diversos programas que o governo federal introduziu, ou pode introduzir, para dar apoio às instituições financeiras americanas", disse ontem o presidente e executivo-chefe da AmEx, Kenneth Chenault, em um comunicado. O Fed, por sua vez, informou em um comunicado, que, "à luz das circunstâncias exigentes e pouco comuns que afetam os mercados financeiros, e todos os outros fatores e circunstâncias, a diretoria [do Fed] determinou, que existem condições de emergência que justifiquem uma ação rápida".

Lucros da Starbucks desabam no trimestre
A rede americana de cafeterias Starbucks, declarou que no seu quarto trimestre fiscal (três meses encerrados no fim de setembro) suas vendas líquidas cresceram 3% na comparação anual, para US$ 2,5 bilhões. Os lucros, porém, ficaram em US$ 5,4 milhões, contra US$ 158,5 milhões um ano atrás. Os resultados foram afetados por US$ 105,1 milhões em despesas extraordinárias relativas a despesas de reestruturação da empresa, mas, mesmo sem isso, o resultado teria sido bem inferior ao do quarto trimestre do ano fiscal 2007. A reestruturação da Starbucks envolve o fechamento de cerca de 600 pontos de venda no mercado americano e 61 na Austrália. Com isso, a Starbucks fechou o ano fiscal com um faturamento de US$ 10,4 bilhões, 10% mais que há um ano. Em mesmas lojas, houve uma queda de 3% nas vendas (-5% nos EUA), compensada pela abertura de 681 pontos de venda no período. O lucro operacional da empresa caiu pela metade, ficando em US$ 504 milhões, com queda de 6,3 pontos percentuais na margem da operação, para 4,9% das receitas líquidas. Os lucros líquidos totalizaram US$ 315,5 milhões, contra US$ 672,6 milhões no ano fiscal 2007.

GE entra em programa de ajuda do governo americano
A GE - General Electric - disse que o governo norte-americano vai garantir até US$ 139 bilhões em títulos da dívida emitidos pelo seu braço financeiro, GE Capital Corp, sob um novo programa. O conglomerado industrial anunciou em seu site na internet, que a GE Capital foi aprovada para participar do novo TLGP, na sigla em inglês - Programa Temporário de Liquidez Garantida - da FDIC - Corporação Federal de Seguro de Depósito -, dos EUA. "Isso vai nos permitir gerar nossa dívida de forma competitiva com outras instituições financeiras que são elegíveis", disse o porta-voz da GE Russell Wilkerson. A GE disse que espera que a garantia do governo permita a rolagem da dívida que vence entre o momento presente e junho, e a emissão adicional de títulos da dívida. "É outro desenvolvimento positivo para nossos investidores no mercado da dívida", disse Wilkerson. A GE disse que o governo dos EUA vai garantir agora, toda dívida da GE Capital emitida entre 14 de novembro até 30 de junho de 2009. O conglomerado informou que o governo vai garantir até cerca de US$ 139 bilhões da dívida de longo prazo, commercial paper (um tipo de promissória) e outros programas de dívida, como o GE Interest Plus. "Isso não significa que a GE pretenda emitir esse montante de dívida", disse Wilkerson. Contudo, o movimento marca a segunda vez, em menos de um mês, que a GE recorre a um programa do governo concebido para ajudar a aliviar a crise de crédito em andamento. Em outubro, a companhia obteve acesso a uma nova linha de financiamento de curto prazo, criada pelo Fed - Federal Reserve -, banco central dos EUA, para ajudar a reforçar o mercado de commercial papers, embora a GE tenha afirmado na época, que estava fazendo isso apenas para ajudar a tornar o programa operacional. As ações da GE vêm despencando esse ano, em grande medida por causa das preocupações sobre a pesada exposição da companhia ao setor de serviços financeiros. No pregão regular de ontem, as ações da GE fecharam a US$ 16,29, em baixa de 8,53%. (Agência Dow Jones)

Lucro trimestral da Copel cresce 6%, para R$ 286 milhões
A Copel - Companhia Paranaense de Energia -, registrou lucro líquido de R$ 286,106 milhões no terceiro trimestre do ano, mostrando evolução de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações, na sigla em inglês) caiu 0,9% e totalizou R$ 437,281 milhões. A receita líquida somou R$ 1,387 bilhão e foi 2,4% maior do que no mesmo intervalo de 2007. O resultado financeiro foi positivo em R$ 7,930 milhões, com redução de 15,4%. A receita financeira subiu 13,9%, para R$ 120,641 milhões, e a despesa cresceu 16,8%, para 112,711 milhões. No acumulado de janeiro a setembro, a Copel contabilizou.

Volume de cheques devolvidos aumenta 11,56% em outubro
Dados divulgados pela Equifax mostram que no mês de outubro, o volume de cheques devolvidos aumentou 11,56% em relação a setembro, chegando a 2.388.604 documentos devolvidos. Já na comparação com outubro de 2007, houve uma queda de 0,18% no volume. Para a Equifax, a alta na comparação mensal deve-se ao maior número de dias úteis em outubro, aos efeitos da crise financeira internacional, à elevação das taxas de juros e ao maior comprometimento da renda familiar com despesas financeiras.

CVC ignora a crise e aumenta aposta no setor de hotéis
As empresas do setor de turismo estão, aos poucos, voltando os negócios para o mercado interno, que, com a oscilação do dólar, por conta da crise econômica mundial, torna-se mais atrativo aos turistas e seguro aos investidores. Não é diferente com a CVC Viagens, que vê novas oportunidades de expansão no setor hoteleiro por meio da GJP Administradora de Hotéis, empresa da Holding CVC, que atua na administração de hotéis. A empresa estuda oportunidades em mercados como o de São Paulo e do Rio de Janeiro, além do sul do País. Em 2010, a administradora hoteleira da CVC, vai assumir o Eco Resort Aracajú/SE, empreendimento de alto padrão que pertence à Holding. O resort de Sergipe terá 324 apartamentos e 30 bangalôs. Criada no ano passado, a GJP está à frente de seis hotéis no País, dois no sul, ambos em Gramado/RS, e quatro no nordeste, nas cidades de Porto de Galinhas/PE, Natal/RN, Santo André da Bahia e Maceió/AL.


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ESPECIAL


Saiba de todas as medidas já anunciadas no Brasil para combater os efeitos da crise

Apesar de negar que haja um pacote brasileiro de combate aos efeitos da crise internacional de crédito no país, o governo já anunciou uma série de medidas nas últimas semanas para evitar uma piora no sistema financeiro.


Veja as principais medidas:

19 de setembro - Quatro dias após a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, o crédito internacional seca e o dólar dispara no Brasil. O Banco Central anuncia um
leilão de US$ 500 milhões com compromisso de recompra da moeda após 30 dias. Nessa operação, o BC "empresta" os dólares às instituições financeiras durante esse período. Os recursos servem para que os bancos possam financiar as exportações brasileiras.
24 de setembro - A crise internacional de confiança nos bancos e a falta de crédito externo afetam os bancos pequenos e médios no Brasil. O BC anuncia então, mudanças no
recolhimento de depósitos compulsórios, que beneficia bancos menores e instituições que trabalham com leasing. Com isso, o BC garante a injeção de R$ 13 bilhões no mercado.
1º de outubro - O
Banco do Brasil antecipa R$ 5 bilhões em crédito para o setor agrícola para suprir a falta de recursos causada pela crise financeira.
2 de outubro - O BC anuncia a
redução do compulsório para os bancos grandes que comprarem parte das carteiras de crédito dos bancos pequenos. A avaliação do governo é que os grandes bancos estão preferindo segurar os recursos a emprestar para essas instituições. A estimativa do BC é que a mudança injete R$ 23,5 bilhões na economia, além de ajudar as instituições menores.
6 de outubro - Governo anuncia a criação de uma
linha internacional de crédito para ajudar os exportadores, com o dinheiro das reservas internacionais do BC. O governo, também reforça a linha de financiamento para exportações pré-embarque do BNDES, com mais R$ 5 bilhões. No final do dia, o presidente Lula edita uma medida provisória que dá mais poderes ao BC para atuar durante a crise. Entre elas, está a autorização para o BC comprar carteiras de crédito de bancos em dificuldades no Brasil.
8 de outubro - O dólar chega a R$ 2,48 pela manhã e obriga o BC a
queimar parte das reservas internacionais para acalmar o mercado. Pela primeira vez, desde o dia 13 de fevereiro de 2003, o BC realiza um leilão em que vende parte dos US$ 208 bilhões que tem em caixa. Nos leilões anteriores, o BC vendia a moeda com um compromisso de recompra. Na prática, isso funcionava como um empréstimo e não afetava as reservas. Foram realizados três leilões. Os valores não foram divulgados. No fim do dia, o BC anuncia mais duas mudanças nas regras do recolhimento sobre depósitos compulsórios e coloca mais R$ 23,2 bilhões na economia. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, convoca uma reunião do G20 financeiro, presidido atualmente, pelo Brasil, na sede do FMI - Fundo Monetário Internacional -, nos EUA.
9 de outubro - CMN - Conselho Monetário Nacional - regulamenta as regras para que o BC possa socorrer os bancos que precisem de crédito em dólares ou reais. A regulamentação
dá ao BC, poderes para interferir na administração dos bancos que venderem suas carteiras de crédito à instituição em busca de recursos. No fim do dia, o presidente Lula se reúne com o ministro da Fazenda e o presidente do BC, que embarcam para os EUA com a missão de defender uma regulamentação mais rígida dos mercados financeiros no encontro do FMI.
13 de outubro - O BC informa
mais mudanças no compulsório, que significam a liberação na economia de R$ 47,1 bilhões dos R$ 100 bilhões que foram prometidos pela manhã. No compulsório sobre exigibilidade adicional (que inclui depósitos a vista, prazo e poupança), o limite de dedução aumentou de R$ 300 milhões para R$ 1 bilhão. O limite de dedução do compulsório sobre depósitos a prazo passou de R$ 700 milhões para R$ 2 bilhões, com impacto de R$ 13,1 bilhões a partir de 17/10. Os bancos também terão direito a fazer um abatimento em relação ao compulsório recolhido sobre operações de leasing. Em relação ao desconto no compulsório sobre depósitos a prazo para quem comprar carteiras de crédito de outros bancos, muda o patrimônio de referência do banco vendedor, que sobe de R$ 2,5 bilhões para R$ 7 bilhões. O percentual de desconto para quem comprou, sobe de 40% para 70%. Segundo o BC, além de vender a carteira de crédito, os bancos menores poderão vender também, outros ativos, principalmente aqueles ligados a fundos de investimentos desses bancos.
16 de outubro - O Banco Central anunciou
mais uma mudança nas regras dos depósitos compulsórios. Agora, o BC ampliou as possibilidades para que esses bancos possam elevar o dinheiro que têm em caixa com a venda de ativos para bancos maiores. Além de vender a sua carteira de crédito e títulos dos seus fundos de investimentos, os bancos menores poderão vender outros ativos: 1) títulos e valores mobiliários de renda fixa, adiantamentos e outros créditos de pessoas físicas e jurídicas não-financeiras; 2) depósito interfinanceiro com garantia de ativos elencados no item 1 ou de operações de crédito. Além disso, o CMN autorizou o Banco Central a determinar que, nas operações de empréstimos em moeda estrangeira, os recursos sejam direcionados para operações de comércio exterior. O BC também fica autorizado a receber debêntures emitidas por empresas não financeiras nas operações de redesconto.
22 de outubro - O presidente Lula assinou
MP (medida provisória) que autoriza os bancos públicos brasileiros, a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, a adquirirem participações em instituições financeiras no país, sem passar por um processo de licitação. A MP é ampla (leia íntegra), composta de sete artigos, e inclui todo tipo de instituição financeira: seguradoras, instituições previdenciárias, empresas de capitalização, etc. À noite, Lula assinou outro decreto que zera a alíquota do IOF - Imposto sobre Operações Financeiras - para a aplicação no mercado de capitais e operação de empréstimos e financiamentos externos. Com a decisão, o capital que entra no país tem maior rentabilidade, ou seja, trazer dólares para o Brasil fica mais atraente ao investidor.
27 de outubro - O Banco Central anuncia mais uma mudança nas regras dos depósitos compulsórios recolhidos pelos bancos brasileiros. A medida pode injetar mais
R$ 6 bilhões na economia. Com a mudança, os bancos que anteciparem suas contribuições ao FGC - Fundo Garantidor de Crédito - no valor de 60 meses terão um desconto no recolhimento do compulsório sobre depósitos à vista. O valor mensal do desconto será o equivalente à contribuição de um mês ao FGC. Os bancos usarão como base o valor recolhido em 1/10, referente ao mês de agosto desse ano. Hoje, os bancos são obrigados a recolher 42% dos depósitos à vista (dinheiro da conta corrente) feitos pelos seus clientes e depositar o dinheiro em espécie no BC. Esse dinheiro fica parado, sem remuneração, e equivale hoje, a cerca de 20% de todo o compulsório recolhido pelo BC.
29 de outubro - O Banco Central do Brasil e o Fed - Federal Reserve -,
anunciaram o estabelecimento de uma linha de "swap" (troca) de dólares americanos por reais no valor de US$ 30 bilhões. Segundo o BC, essa linha será utilizada para incrementar os fundos disponíveis para as operações em dólares feitas pelo BC no Brasil. Isso inclui os leilões de dólares realizados por aqui. A linha é válida até 30 de abril de 2009. Já a Caixa Econômica Federal confirmou hoje que irá disponibilizar uma linha de crédito de capital de giro de R$ 3 bilhões para empresas de construção civil. Além disso, o governo vai permitir que outros bancos direcionem mais recursos da poupança para essas empresas. O governo vai criar um fundo com base nos dividendos que seriam pagos pela Caixa à União até 2010. O fundo terá de R$ 1,050 bilhão, ou seja, vai garantir 35% das operações.
30 de outubro - BC anuncia regra para forçar os bancos a liberar o crédito obtido com o alívio no compulsório. Hoje, o dinheiro do compulsório sobre
depósitos a prazo, é recolhido na forma de títulos públicos. Ou seja, o banco recebe uma remuneração igual a do título. Agora, os bancos irão recolher apenas 30% em títulos. Os outros 70% serão recolhidos em espécie, ou seja, vão ficar parados no BC sem remuneração. Para não sofrer essa "punição", os grandes bancos terão de comprar carteiras de crédito e outros papéis de bancos menores que estejam com problemas de liquidez (falta de dinheiro).
4 de novembro -
Banco Central altera regras para os leilões de empréstimos de dólares destinados a financiar o comércio exterior. Até agora, o BC só havia realizado em leilão desse tipo, no valor de US$ 1,6 bilhão. Pela nova regra, os bancos poderão participar desses leilões de dólares sem apresentar garantias em títulos, como era exigido até hoje. Será feita apenas uma operação de empréstimo de dólares das reservas internacionais por 30 dias. Nessas operações, ao invés de títulos, os bancos dão como garantia o valor dos dólares em reais.
5 de novembro - O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes,
anuncia criação de uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para financiamento dos produtores rurais. O dinheiro será usado para financiar as CPRs - Cédulas do Produtor Rural. A operação da linha será feita pelo Banco do Brasil.
6 de novembro - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou, durante reunião do chamado Conselhão, (CDES - Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social -, uma
série de novas medidas que, juntas, disponibilizam R$ 19 bilhões em linhas de crédito para diversos setores via BNDES e Banco do Brasil. O anúncio com valor mais alto refere-se ao BNDES, que terá mais R$ 10 bilhões para financiar o capital de giro de empresas e para empréstimos em linhas de exportação pré-embarque - ou seja, os valores serão usados para permitir as vendas externas. Outros R$ 5 bilhões, provenientes do Banco do Brasil, serão usados para abrir uma linha de crédito para capital de giro de pequenas e médias empresas. Como já era esperado, Mantega confirmou R$ 4 bilhões, também do BB, para ajudar os bancos de montadoras a elevar o crédito aos consumidores.
11 de novembro - O governo de São Paulo lançou uma linha de crédito de R$ 4 bilhões, por intermédio do
banco Nossa Caixa, para os bancos e financeiras ligadas às montadoras de veículos em todo o país, que sofrem com a escassez de crédito. À tarde, a Caixa Econômica Federal divulgou a ampliação do limite de financiamento para compra de material de construção de R$ 7.000 para R$ 25 mil. À noite, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, anunciou conjunto de medidas de alívio tributário e de aumento do crédito para o setor produtivo para ajudar as pequenas e médias empresas.
12 de novembro - A Caixa Econômica Federal
libera R$ 2 bilhões para financiar bens de consumo, diretamente no varejo e estimular a economia brasileira. Segundo informou a instituição nessa quarta-feira, a medida abrange a compra de eletrodomésticos, eletrônico, móveis, TV e vídeo, além de material de construção.
(Fonte: Folha Online/Agência Estado/Agência Brasil/Reuters)

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BASTIDOR


- Gigantes asiáticas se declaram culpadas de acordo sobre preços nos EUA. Três gigantes asiáticas da eletrônica - LG, Sharp e Chunghwa Pictures Tubes - declararam-se culpadas de terem chegado a um acordo sobre os preços das telas LCD nos EUA, e aceitaram pagar uma multa total de 585 milhões de dólares, informou nessa quarta-feira, o Departamento Americano de Justiça. As acusações são relativas ao período setembro de 2001 a dezembro de 2006, num momento em que o mercado mundial das telas LCD, era avaliado em 70 bilhões de dólares. A sul-coreana LG, a segunda maior companhia do setor eletrônico do país depois da Samsung, terá de pagar 400 milhões de dólares, a segunda multa mais alta já infligida pela divisão antitruste do Departamento da Justiça, destacou o ministério americano em comunicado. O grupo japonês Sharp, pagará multa de 120 milhões de dólares, enquanto a taiwanesa CPT - Chunghwa Picture Tubes - terá que pagar 65 milhões de dólares, segundo o comunicado.

- Morgan Stanley reduz quadro de funcionários e se converte em banco comercial. O banco americano Morgan Stanley inicia as atividades como banco comercial, reduzindo seus efetivos em cerca de 10%, em várias de suas atividades, informaram seus dirigentes nessa quarta-feira, durante uma conferência de investidores. O banco, que adotou em setembro o estatuto de holding bancário como seu concorrente Goldman Sachs, "prevê um corte em seu quadro funcional de 10%", declarou seu diretor financeiro, Colm Kelleher.



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MERCADO de Ações & Futuros

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

Bovespa fecha em queda de 7,75%; ações da Petrobras desabam
Empresas com prejuízos bilionários, desemprego histórico no Reino Unido e a indústria automobilística americana à beira da falência, formaram o coquetel de más notícias que derrubou as Bolsas de Valores nessa quarta-feira. As ações da Petrobras puxaram as perdas da Bovespa, apesar do
lucro de R$ 10,8 bilhões, anunciado ontem à noite. E o dólar bateu R$ 2,29, mesmo com as intervenções agressivas do Banco Central. "Foi um somatório de más notícias -que derrubou as Bolsas. Entre as principais, eu vejo o fato da General Motors estar à beira da falência, e há uma morosidade do atual governo para ajudar as montadoras. Depois, o paradoxo das ações da Petrobras terem despencado, apesar do lucro recorde. Um grande banco estrangeiro deu uma recomendação negativo para as ações", comenta Décio Pecequilo, operador-sênior da corretora TOV. "A Bolsa fechou muito ruim ontem e, hoje, a abertura pode ser também, um pouco negativa. Algumas ordens de venda remanescentes podem ser executadas no pregão de hoje", acrescenta.

- O Ibovespa, desvalorizou 7,75% no fechamento e atingiu os 34.373 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,09 bilhões.
- Somente a ação preferencial da
Petrobras movimentou quase 30% do volume total da Bolsa brasileira, desabando 13,75% no pregão de terça-feira. O papel foi a "porta de saída" de muitos investidores, assustados com as perspectivas da economia global, à beira de uma recessão.

Análise - A perda de valor da ação também refletiu as análises pessimistas de corretoras sobre o balanço divulgado na terça-feira pela petrolífera: analistas viram um aumento importante dos custos da empresa, num período de queda dos preços do petróleo, que ontem bateu a casa dos US$ 55. Operadores também afirmaram que bancos estrangeiros rebaixam a recomendação para as ações da estatal, estimando lucros menores no próximo trimestre. Essa notícia fez disparar ordens de venda no pregão de ontem e contribuiu derrubar ainda mais a Bolsa brasileira. "Nessa semana, somente tivemos más notícias. A única positiva foi logo na segunda-feira [o pacote fiscal chinês de US$ 586 bilhões], mas o efeito passou rápido. Mas o mercado realmente, piorou depois do anúncio do [Henry] Paulson", comenta Glauber Romano, economista da corretora de câmbio Intercam.

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O dólar comercial fechou cotado a R$ 2,290 para venda, em uma forte alta de 2,92% sobre a cotação de terça-feira. A taxa de risco-país marca 445 pontos, número 2,05% acima da pontuação anterior.
- O Banco Central vendeu moeda logo pela manhã e promoveu um leilão de contratos de "swap" cambial, previsto desde terça-feira. Diante da disparada das cotações, que chegaram à casa dos R$ 2,31, o BC voltou à carga e promoveu um segundo leilão de "swap".

Lucro da BM&F-Bovespa cresce 42,6% e atinge R$ 235,6 milhões no trimestre
A BM&F-Bovespa apurou lucro líquido de R$ 235,6 milhões no terceiro trimestre desse ano. O crescimento no período foi de 42,6% sobre o trimestre anterior. O lucro por ação entre julho e setembro foi de R$ 0,116.
O lucro líquido ajustado (que desconsidera o efeito da amortização do ágio no processo de aquisição das ações da Bovespa Holding pela BM&F Bovespa) teve um crescimento de 44,4%, de R$ 218,7 milhões para R$ 315,9 milhões. O lucro por ação foi de R$ 0,155.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), no entanto, teve uma queda de 6,7%, de R$ 295,4 milhões, para R$ 275,5 milhões. A receita líquida: queda de 6,8%, de R$ 434,2 milhões para R$ 404,7 milhões.
A receita líquida teve uma queda de 6,8% no trimestre passado, de R$ 434,2 milhões para R$ 404,7 milhões. O valor financeiro médio diário negociado no segmento Bovespa, caiu 20%, de R$ 6,5 bilhões para R$ 5,3 bilhões, entre julho e setembro. O número médio diário de negócios no segmento Bovespa, cresceu 11,9%, de 230 mil para 254 mil.
Entre janeiro e setembro desse ano, o lucro líquido ajustado cresceu 44,8%, de R$ 528,3 milhões para R$ 764,9 milhões. O lucro por ação foi de R$ 0,375. Sem o ajuste, o lucro cresceu 19,5% no período, de R$ 528,3 milhões para R$ 631,1 milhões. O lucro por ação foi de R$ 0,310.
O Ebitda, nos nove primeiros meses do ano, cresceu 46,2%, de R$ 573,6 milhões para R$ 838,9 milhões. A margem Ebitda foi de 59,6% para 68,1%. A receita líquida no período foi de R$ 1,231 bilhão, um crescimento de 28% em relação ao registrado no mesmo período de 2007, R$ 962,4 milhões.
O número de investidores com contas de custódia ativas subiu 82,7%, de 301,3 mil para 550,5 mil.


Dow Jones cai 4,72% por pessimismo sobre dados econômicos dos EUA
A queda das Bolsas de Nova Iorque ocorreu também, depois que o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, anunciou mudanças no plano de resgate financeiro.

- O índice Dow Jones Industrial da Bolsa de Nova Iorque fechou ontem, com baixa de 410,03 pontos (4,72%), para 8.283,93, diante de novos sinais de que há uma redução dos gastos dos consumidores.
- O Nasdaq baixou 81,69 pontos (5,17%), aos 1.499,21, enquanto o seletivo S&P 500 caiu 46,63 pontos (5,19%), aos 852,32.
- A Bolsa de Nova Iorque acabou no vermelho, com os investidores preocupados com o arrefecimento da despesa dos consumidores e como isso afetará as vendas de Natal.

Análise - As ações da Best Buy, que diz ter notado uma mudança no comportamento dos consumidores, caíram 8%, para US$ 21,97. As advertências da Best Buy são feitas dois dias depois de sua concorrente, Circuit City, pedir concordata nos EUA. Outro sinal do arrefecimento do consumo veio da cadeia de lojas de departamento Macy's, que anunciou que no terceiro trimestre perdeu US$ 44 milhões. Mas, Wall Street acelerou sua queda, sobretudo, depois que Paulson informou sobre o andamento do plano de resgate financeiro do Governo. As obrigações a dez anos subiram no mercado secundário da dívida e sua rentabilidade, que se movimenta em sentido inverso, estava em 3,65%, contra 3,75% do fechamento de segunda-feira.


Seguradoras e commodities derrubam Bolsas européias
As Bolsas européias fecharam em baixa nessa quarta-feira. Foi o segundo dia consecutivo de perdas, com as expectativas dos investidores de que os lucros das empresas sofrerão quedas acentuadas em meio à crise financeira. Os papéis do setor de seguros estiveram entre as maiores perdas do dia, mas o recuo nos preços das commodities afetou as ações das mineradoras e petrolíferas.

- A Bolsa de Londres fechou em baixa de 1,52% no índice FTSE 100, ficando com 4.182,02 pontos.
- A Bolsa de Paris caiu 3,07% no índice CAC 40, fechando com 3.233,96 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt caiu 2,96% no índice DAX, para 4.620,80 pontos.
- A Bolsa de Milão recuou 2,25% no índice MIBTel, ficando com 15.833 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve baixa de 3,03%, encerrando o dia com 5.702,86 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Amsterdã teve queda de 3,06% no índice AEX General, indo para 249,25 pontos.

- As ações da Swiss Life Holding caíram 16%, depois que abandonou sua meta de lucros para esse ano. A empresa informou que não conseguirá atingir a meta de US$ 1,6 bilhão em lucros, anunciada em agosto. A seguradora ainda planeja interromper seu programa de recompra de ações.

- Ontem o
grupo holandês bancário e de seguros ING anunciou um prejuízo de 478 milhões de euros (US$ 598,9 milhões), no terceiro trimestre de 2008. Foi o primeiro prejuízo já registrado pela empresa. O ING já recebeu uma injeção de capital estatal de 10 bilhões de euros (US$ 12,5 bilhões). Nesse mês a companhia já havia anunciado que, devido à crise financeira internacional, sofreria uma perda de cerca de 500 milhões de euros (US$ 626,3 milhões) no terceiro trimestre de 2008.
- No setor de mineradoras, as ações da BHP Billiton caíram 8,3%, com a queda no preço do cobre. Já a British Gas teve perda de 5,7%, com a queda no preço do petróleo - o barril da commodity chegou a recuar para o território dos US$ 56 em Nova Iorque. Ontem o Banco da Inglaterra divulgou seu relatório de inflação, no qual afirma que
a economia britânica provavelmente, já entrou em recessão nesse segundo semestre. A recuperação pode chegar apenas no segundo semestre de 2009.
Além disso, a Agência de Estatísticas Nacionais informou que o
desemprego no Reino Unido atingiu o nível mais alto desde 1997, no terceiro trimestre: segundo o órgão do governo, o número de pessoas sem emprego subiu para 1,825 milhão, em três meses até setembro. O presidente do BC britânico, Mervyn King, disse que a instituição está pronta para reduzir sua taxa de juros o quanto for preciso para evitar uma recessão. Na semana passada, o banco reduziu sua taxa em 1,5 ponto percentual, para 3% ao ano.

Bolsas da Ásia fecham em baixa, mas Xangai sobe 0,8%
A maior parte das bolsas asiáticas encerrou com quedas moderadas, com exceção dos mercados chineses, ajudados pela demanda de última hora por ações com preço baixo.

- A Bolsa de Hong Kong fechou em ligeira baixa, influenciada pela persistência do temor de queda nos lucros das incorporadoras imobiliárias e pelo recuo nas ações do HSBC. O índice Hang Seng desceu 0,7% e fechou aos 13.939,09 pontos.
- A procura de pechinchas no setor de aviação e nas ações de corretoras, no final do pregão, ajudou as Bolsas da China a fechar com leve alta, limitada pelo fraco desempenho das empresas de energia. O índice Xangai Composto avançou 0,8% e encerrou aos 1.859,11 pontos.
- O Shenzhen Composto ganhou 1,5% e fechou aos 501,76 pontos. Yuan - No mercado de câmbio, a alta do dólar diante do euro enfraqueceu a moeda chinesa. Por volta das 4h30min (horário de Brasília), o dólar era cotado no mercado de balcão a 6,8284 yuans, acima dos 6,8251 yuans do fechamento de terça-feira. A paridade central foi fixada em 6,8291, também acima dos 6,8265 de ontem.
- O índice Kospi da Bolsa de Seul recuou 0,4% e encerrou aos 1.123,83 pontos, afetado por perdas em papéis de instituições bancárias. Após a detenção do ex-presidente Chen Shui-bian, acusado de corrupção, o mercado de ações de Taiwan teve um dia de pessimismo, já que as sombrias perspectivas econômicas, agora se somam à instabilidade política doméstica.
- O índice Taiwan Weighted da Bolsa de Taipé, caiu 0,5%, fechando aos 4.615,57 pontos. O mercado australiano amargou seu nono dia de quedas, em sintonia com o prosseguimento da crise global.
- O índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney, caiu 0,9% e fechou aos 3.927,3 pontos. Sem muitas novidades no âmbito local, mas com os temores de sempre no âmbito internacional, os investidores filipinos ficaram em compasso de espera, e o mercado, pouco se alterou em relação à véspera.
- Praticamente estável, o índice PSE da Bolsa de Manila encerrou aos 1.948,72 pontos, ligeira alta de 0,02%.
- A Bolsa de Cingapura teve baixa, apesar da calma sessão, após a remoção de quatro companhias do índice de referência MSCI Singapore Index O índice Strait Times recuou 1,27% e fechou aos 1.784,01 pontos.
- O mercado indonésio teve baixa por conta de preocupações com a desvalorização da moeda.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta cedeu 0,7% e fechou aos 1.326,62 pontos.
- Na Tailândia, o índice SET da Bolsa de Bangcoc desvalorizou 1,5% e fechou aos 435,70 pontos devido às perdas nas ações referentes a commodities seguindo a baixa nos preços das matérias-primas.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, perdeu 0,5% e fechou aos 890,34 pontos, afetado pelo desempenho em Wall Street e pelos resultados de companhias locais e dados econômicos.


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ÍNDICES ECONÔMICOS


- O Sinalizador da Produção Industrial indica ter ocorrido uma redução de 0,4% da produção física industrial no Estado de São Paulo, em outubro de 2008, sobre o mês anterior, com ajuste sazonal.
- O IBRE - Instituto Brasileiro de Economia - da FGV - Fundação Getulio Vargas - torna público o calendário referente ao primeiro trimestre de 2009 de todos os seus indicadores econômicos. Até o final do mês de janeiro, será disponibilizado o calendário completo para o ano de 2009.


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MERCADO FINANCEIRO


Caixa amplia limite de financiamento para construção
A Caixa Econômica Federal ampliou o limite de financiamento para compra de material de construção de R$ 7.000 para R$ 25 mil. Segundo informou a instituição nessa segunda-feira, o empréstimo tem juros de 6% a 8,16% ao ano, de acordo com a faixa de renda - com limite em R$ 1.900. A linha de crédito, chamada de Construcard FGTS, prevê prazo do financiamento em até 40 meses. A contratação é simplificada, diretamente nas agências da Caixa, e permite incluir até 15% do valor do material para custos de mão-de-obra. Para renda acima de R$ 1.900, há a opção da linha de crédito Construcard Caixa/SBPE, com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo. O limite mínimo de empréstimos, nesse caso, é de R$ 1.000 e valor máximo conforme a capacidade de pagamento aprovada para o tomador. Em qualquer dos casos, a Caixa exige que a documentação do imóvel esteja em ordem e que o tomador do empréstimo, não comprometa mais de 30% da renda mensal. Tanto o Construcard FGTS quanto o Construcard Caixa/SBPE são aceitos em mais de 40 mil lojas credenciadas no país.

Câmara rejeita destaques e mantém texto da MP que permite estatizar bancos
A Câmara dos Deputados aprovou ontem, em votação simbólica, a MP 443, medida provisória, que permite ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal a compra de bancos privados. A matéria será enviada agora para votação no Senado. Essa é a segunda medida editada pelo governo para combate a crise de crédito. A Câmara já havia aprovado a MP 442, que muda a forma como o BC faz empréstimos para socorrer bancos com dificuldade de caixa, o chamado redesconto. A MP passou com uma modificação feita pelo relator da matéria, deputado João Paulo Cunha (PT-SP). Segundo o novo texto, o prazo final para aquisições será 30 de junho de 2011, prazo que pode ser prorrogado por mais 12 meses. Esse limite não estava previsto no texto enviado pelo governo ao Congresso. A medida também permite que a Caixa possa comprar participações em empresas de construção civil, um dos setores que mais dependem do crédito, cuja circulação foi prejudicada por conta da crise financeira mundial. Foram rejeitados vários destaques da oposição. O PSDB, por exemplo, pretendia retirar a permissão para o governo conceder crédito de R$ 3 bilhões ao BNDES para garantir o capital de giro de empresas contratadas para executar obras do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento.

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AGRONEGÓCIOS


Funcafé repassa R$ 1,8 bilhão para apoiar a safra 2008
O Funcafé - Fundo de Defesa da Economia Cafeeira -, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, liberou até essa terça-feira, 11/11, R$ 1,8 bilhão, com mais um repasse ao Banco do Brasil de R$ 70 milhões para custeio do café. O montante autorizado para as linhas de estocagem, colheita, custeio e financiamento para aquisição de café (FAC) é de R$ 2,1 bilhões. O diretor do Departamento do Café, da SPAE - Secretaria de Produção e Agroenergia -, Lucas Ferreira, destacou que o total liberado aos agentes financeiros representa 83% dos recursos disponíveis do Funcafé para apoiar a atual safra. “O Fundo tem saldo em caixa, ainda, para atingir a totalidade dos recursos autorizados”, afirmou. Ele lembra que a contratação do financiamento da colheita do café encerrou em outubro. A data limite do financiamento da estocagem e do FAC vai até 31 de janeiro de 2009. O custeio segue até 28 de fevereiro.

Criadores de suínos pedem fim da cobrança do Funrural no abate
Os criadores de suínos defendem o fim da cobrança adicional de 2,3% de Funrural no abate de animais. Eles alegam que o fundo, destinado à previdência social no meio rural e fixado nos mesmos 2,3%, já é cobrado na compra de animais. A reivindicação foi apresentada ontem aos ministros da Previdência, José Pimentel, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, segundo assessoria de imprensa da Frente Parlamentar da Agropecuária. Na opinião do presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos, Wolmir de Souza, a proposta mais justa seria cobrar sobre todos os animais, mas somente no abate. "Assim evitaríamos a bitributação e a sonegação fiscal", disse. Wolmir calcula que, em Santa Catarina, a arrecadação do tributo vai ter um aumento de cerca de 23 milhões de reais por mês", explicou.


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SETOR AUTOMOTIVO


Mais 3 mil funcionários da Fiat entrarão em férias coletivas
A Fiat Automóveis adotará entre os dias 17 e 26 desse mês, novo período de férias coletivas em Betim/MG, que abrangerá dessa vez, cerca de 3.000 empregados, segundo a montadora italiana. A novidade dessa vez, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, é que a decisão fará com que dez empresas fornecedoras, também façam rodízio de férias entre seus funcionários. Por conta do desaquecimento no setor automotivo, a Fiat já havia concedido férias coletivas de dez dias, de 13 a 22/10, para 1.700 empregados e promoveu, no final do mês, uma parada técnica de três dias envolvendo aproximadamente, 8.500 empregados.
Com a próxima paralisação, a produção diária, que era de 3.000 carros em setembro, cairá 20%, passando para 2.400 veículos. Além de ajustar a produção ao mercado e reduzir os estoques, Fiat e sindicato concordam que está sendo também, uma oportunidade para a empresa ajustar as férias dos funcionários. As tradicionais férias de julho não ocorreram no ano passado e nesse ano.
Em dezembro ocorrerão as tradicionais férias coletivas de final de ano, que abrangerão todos os cerca de 16 mil empregados. O presidente do sindicato disse que o terceiro turno, com cerca de 2.000 funcionários, também deverá parar no período de dezembro e janeiro, de 18/12 a 11/01.
A Fiat, no entanto, não confirmou a informação. Segundo Marcelino da Rocha, presidente do sindicato, há dois anos os trabalhadores vêm "dando cotas de sacrifício" às empresas por causa das horas extras todos os sábados e que, agora que houve um desaquecimento, as empresas não podem nem sequer pensar em demitir. Embora o setor esteja desaquecido (a produção em outubro caiu 11,6% em relação a setembro e 3,3% em relação a outubro de 2007), a produção acumulada de janeiro a outubro é 9,6% maior que no mesmo período do ano passado. A Fiat diz haver sinais de que o volume de crédito posto no mercado para as montadoras (cerca de R$ 8 bilhões) pode melhorar as vendas no mês.

Consórcio Honda avança 22% em outubro
O CNH - Consórcio Nacional Honda - registrou no mês de outubro a comercialização de 77.777 cotas de motocicletas zero quilômetro, o que representa um aumento de 16,5% em relação a setembro. Sobre o mesmo período do ano passado, o crescimento foi ainda maior: 22%. Na avaliação da empresa, a expansão aconteceu porque, em um momento de instabilidade econômica mundial que restringe a oferta de crédito, o consórcio é uma opção segura para a compra de motocicletas e automóveis. Com uma carteira de aproximadamente, 1,3 milhão de clientes ativos, o Consórcio Nacional Honda é a maior administradora de consórcios do país, no segmento de motocicletas.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Exportações de carne de frango enfraquecem e setor aciona alerta
As exportações brasileiras de carne de frango subiram 0,7% no volume embarcado em outubro, e 26% em receita ante o mesmo mês do ano passado. Em relação a setembro desse ano, o volume caiu 3% e a receita, 8%, informou a Abef - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos. Segundo a entidade, os números de outubro apontam a "necessidade de uma postura de cautela para a avicultura brasileira, com medidas que reduzam a produção e evitem um excesso de oferta de carne de frango", diante do cenário internacional. "Em setembro já se registrou a redução nas encomendas de importantes mercados como: Japão (-21%), Rússia (-10%), Emirados Árabes (-4%) e Países Baixos (-4%). Esse cenário resulta em expectativas negativas quanto ao primeiro trimestre de 2009", informou a Abef. Entre as reivindicações do setor diante do enfraquecimento das exportações no mês a mês, a Abef aponta "a necessidade de se ampliar o estímulo à liberação dos recursos destinados a ACCs - Adiantamentos de Contratos de Câmbio". A entidade reclama que o volume em movimentação é "insuficiente e está dificultando o fechamento de negócios". Nos dez primeiros meses desse ano, no entanto, as exportações acumulam crescimento de 17%, em relação ao mesmo período do ano passado e somam 3,1 milhões de toneladas, com receita cambial de US$ 6 bilhões (aumento de 54% na mesma comparação). O setor tinha fechado o primeiro semestre desse ano com alta de 19% no volume embarcado e de 58% na receita.
Regiões - Entre janeiro e outubro desse ano, o maior volume de carne de frango foi enviado para o Oriente Médio (959 mil toneladas, com incremento de 19%), com receita total de US$ 1,7 bilhão (elevação de 66% sobre o mesmo período do ano passado). Para a Ásia, os embarques somaram 807 mil toneladas, em alta de 20%, e receita cambial de US$ 1,7 bilhão, em acréscimo de 72%. A América do Sul ampliou em 98% a demanda por carne de frango, para 286 mil toneladas. A receita somou US$ 477 milhões no período, um incremento de 169%. Os embarques para a União Européia, por sua vez, caíram 1,6% nos dez primeiros meses do ano, para 449 mil toneladas, enquanto a receita cambial somou US$ 1,2 bilhão, aumento de 19%. Para a Rússia, foram exportadas 148 mil toneladas até outubro, em queda de 7% na comparação com o mesmo período em 2007, com receita de US$ 292 milhões (crescimento de 25%).

Exportações e importações pelo Porto de Santos crescem 31,6%
As exportações e importações, através do Porto de Santos, aumentaram 31,6% de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período do ano passado, divulgou ontem, a Codesp - Companhia Docas do Estado de São Paulo. O crescimento é resultado da operação de embarque e desembarque de US$ 68,7 bilhões, equivalente a 24,4% do total nacional. O valor das importações cresceu 52,7%, chegando a cerca de US$ 30,7 bilhões e as exportações subiram 18,4%, com US$ 38 bilhões. Já do ponto de vista de volume, as importações aumentaram 4,8% e as exportações diminuíram 5,3%. Na movimentação física, Santos atingiu 60,3 milhões de toneladas no acumulado do ano, 2% a menos que no mesmo período de 2007, apesar da movimentação de setembro (7,6 milhões) ter sido 3,4% superior a do mesmo mês de 2007. Das cargas de exportação, a redução de 10,4% nas operações de embarque de açúcar, foi o principal fator para o declínio. O açúcar é o produto de maior movimentação no Porto de Santos, atingindo no período cerca de 9,2 milhões de toneladas. A queda pode ser atribuída ao aquecimento nas exportações de álcool, que subiram 35,5% no mesmo período. Além do álcool, outros destaques dentre as cargas exportadas, foram os crescimentos de 53,7% nos embarques de café e de 53,7% da soja em grãos. Nas importações, o adubo, produto de maior fluxo de descargas em Santos, cresceu 14,2%, chegando a quase 2,7 milhões de toneladas, acumuladas até setembro. A movimentação de contêineres continua apresentando bons índices de crescimento, chegando a 4,4% de aumento, equivalente a quase 2 milhões de TEUs no período, com cerca de 22 milhões de toneladas operadas, o que representou 36,3% do total geral acumulado.
Valor das operações - O valor das exportações realizadas através do Porto de Santos, em setembro, totalizou US$ 4,59 bilhões, com crescimento de 25,3%. No acumulado, o porto teve uma participação de 25,2% dos US$ 150,86 bilhões exportados pelo Brasil. Do total de US$ 37,98 bilhões exportados em 2008, os principais destinos foram: US$ 4,98 bilhões para os EUA, US$ 3,08 bilhões para a Argentina, US$ 2,79 bilhões para a China, US$ 1,82 bilhão para os Países Baixos e US$ 1,76 bilhão para a Rússia. As principais cargas exportadas por Santos, em 2008, foram US$ 3,06 bilhões de soja em grãos, US$ 2,41 bilhões de carnes desossadas e US$ 1,97 bilhão de café em grão.
O valor das importações ocorridas pelo Porto de Santos, no mês, foi da ordem de US$ 4,28 bilhões e cresceu 81,1%. O Porto de Santos representou 23,4% do total nacional acumulado até setembro de US$ 131,22 bilhões. Dos US$ 30,70 bilhões correspondentes às cargas importadas em 2008, US$ 5,34 bilhões procedem dos EUA, US$ 4,09 bilhões da China e US$ 3,84 bilhões da Alemanha. Quanto ao valor, as principais cargas importadas até setembro de 2008 por Santos foram: US$ 752,98 milhões de cloreto de potássio, US$ 662,36 milhões de enxofre, US$ 533,70 milhões de outras partes para aviões e helicópteros e US$ 490,28 milhões de partes e acessórios para tratores e automóveis.



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LOGÍSTICA & INFRA-ESTRUTURA


ALL reduz projeção de crescimento de volume para 2009
A ALL - América Latina Logística - reduziu ontem, suas projeções para 2009, por conta do aumento das incertezas geradas pela crise financeira internacional. A nova meta da empresa é alcançar crescimento entre 10% e 12% nos volumes transportados, ante previsão inicial de expansão entre 12% e 14%. A programação de investimentos da companhia para o próximo ano foi reduzida de R$ 700 milhões para R$ 600 milhões. A empresa destaca ainda que, em preparação para 2009, já adquiriu 50 locomotivas e os primeiros 600 vagões de contratos com clientes. "Nossa meta é preservar o caixa e forçar ganhos de produtividade, mantendo assim nossa forte confiança nos fundamentos positivos da ALL", informa em seu balanço financeiro. No documento, o presidente da empresa, Bernardo Hees, reiterou a orientação para 2008 de alcançar um crescimento entre 12% e 14% nos volumes transportados. O executivo destacou ainda, que a companhia tem R$ 2,5 bilhões em caixa e não tem necessidade de acessar o mercado de crédito nos próximos dois anos. "Isso deixa a companhia em uma posição segura para sustentar os investimentos necessários para suportar o crescimento e para aproveitar as oportunidades potenciais no mercado, tanto em cenários positivos como negativos", avalia.

Anac concede certificado para Azul e operação deve começar em dezembro
A Anac - Agência Nacional de Aviação Civil - emitiu o Cheta - Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo - para a Azul Linhas Aéreas. Essa é a última etapa antes da assinatura do Contrato de Concessão, que torna uma empresa apta a iniciar as operações. A agência informou que está finalizando a análise sobre a companhia e o contrato será encaminhado para votação, pela diretoria da Anac, nas próximas semanas. A Azul informou que realizou todas as inspeções exigidas pela Anac e que, com o Cheta, a companhia pode pleitear as rotas que pretende operar. Em aproximadamente duas semanas, a Azul já espera poder colocar passagens à venda e deve começar a voar em dezembro.
Para o comandante Miguel Dau, vice-presidente operacional da empresa, a certificação se deu no prazo mais curto possível e foi propiciada, além do empenho da empresa, pela antecipação da chegada das duas primeiras aeronaves da companhia. Dois aviões Embraer 190 estão prontos para operar. Outras aeronaves começarão a ser entregues pela Embraer a partir das próximas semanas. A Anac reiterou que apenas depois do Contrato de Concessão a empresa pode requisitar as rotas e emitir passagens.
A Azul encomendou 40 aeronaves Embraer e fez opção de compras para outras 36. Adicionalmente, para acelerar sua entrada no mercado brasileiro, arrendou duas aeronaves Embraer 190 nos EUA, que já estão no Brasil e vêm sendo utilizadas para atividades de treinamento e aperfeiçoamento de pilotos e comissários de bordo. A entrega da primeira aeronave nova pela Embraer deverá acontecer ainda nesse mês. A expectativa é receber uma por mês ao longo de três anos, chegando a 42 aeronaves no final de 2012.



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MERCADO ONLINE

Mercado Livre tem lucro 110,9% maior no terceiro trimestre de 2008
No terceiro trimestre desse ano, o Mercado Livre teve lucro líquido de 5,9 milhões de dólares - 0,13 centavos de dólar por ação -, 110,9% a mais do que os 2,8 milhões de dólares registrados em 2007, comunicou a empresa nessa quarta-feira, 12/11. A receita líquida, por sua vez, cresceu 76,6% em comparação com o ano anterior, para 40,3 milhões de dólares. No período, o serviço ganhou 3,9 milhões de novos usuários, totalizando uma base de 32 milhões de pessoas, aumento de 37,6% em relação ao total de 23,3 milhões de usuários no mesmo período do ano anterior. O Brasil possui cerca de metade dos 28 milhões de usuários do serviço em 12 países da América Latina. Em novembro, os usuários foram vítimas de
pane no Mercado Livre, que durou 4 dias, impedindo as transações. O 3º trimestre fiscal, finalizado no dia 30 de setembro desse ano, gerou lucro operacional de 11,7 milhões de dólares, 85,4% a mais que no ano anterior. O lucro bruto teve um crescimento anual 79,2%, totalizando 32,1 milhões de dólares. A receita gerada pela plataforma de compra e venda no período, foi de 31,7 milhões de dólares, crescimento de 75% em relação ao 3º trimestre de 2007. Já a plataforma de pagamentos, cresceu para 8,5 milhões de dólares, em comparação com os 4,7 milhões de dólares registrados no mesmo período do ano passado. O volume de produtos transacionados totalizou 590,1 milhões de dólares, crescimento de 49,4% em comparação com o 3º trimestre de 2007. O Mercado Livre registrou, nesse período, 5,6 milhões de artigos vendidos, mais que os 4,6 milhões do ano passado.

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MERCADO DE TI & Telecomunicações


Após prejuízo recorde, Nortel anuncia demissão de CTO
Quatro executivos da Nortel, incluindo o Chief Technology Officer, John Roese, vão deixar a companhia em janeiro de 2009. A empresa anunciou uma reestruturação depois de apresentar resultados decepcionantes no terceiro trimestre fiscal, com
prejuízo de mais de 3 bilhões de dólares. No total, 1,3 mil funcionários serão demitidos pela companhia. Segundo a Nortel, várias funções corporativas serão descentralizadas, haverá uma mudança para "uma estrutura de negócios verticalmente integrada". Com isso, espera-se que a empresa recupere o controle financeiro e fiscal e evite duplicidades em sua estrutura. Além de Roese, a Nortel vai demitir a diretora de Marketing, Lauren Flaherty, o presidente da unidade de serviços globais, Dietmar Wendt, e o vice-presidente da unidade de vendas globais, Bill Nelson. Roese tem quase duas décadas de experiência com redes, segurança, VoIP, redes wireless. Antes da Nortel, ele trabalhou na Broadcom e na Enterasys Networks. Após a reestruturação, a Nortel terá três grandes unidades de negócio: Empresas, Operadoras e Metro Ethernet. A empresa está tentando vender a unidade de Ethernet, mas ainda não encontrou um comprador.

Atualização de antivírus deleta arquivo importante do Windows
Uma atualização software antivírus AVG, detectou como Cavalo de Tróia (Trojan horse) um arquivo importante do sistema operacional Windows. De acordo com o site Security and the Net, o user32.dll, responsável pelo processo de boot, era apontado como um Trojan Horse PSW.Banker4.APSA ou um Generic9TBN e, depois, o programa recomendava deletar o arquivo. Os usuários demonstraram sua ira no fórum de discussões do AVG, que respondeu admitindo o erro, apesar de não haver notificação oficial. No texto, o AVG afirmou que o problema ocorreu apenas na versão XP do Windows, nas edições em alemão, francês, italiano, português e espanhol, entretanto não há garantias de que outras versões não tenham sido afetadas. Usuários que tiveram o arquivo removido podem reinstalá-lo a partir do CD original do Windows e escolher a opção de restauração, ou usar um software para resgatar o user32.dll da pasta C:\Windows\System32\dllcache. O popular antivírus gratuito, que possui aproximadamente 80 milhões de usuários, presta um esclarecimento sobre como proceder no item 1574 das FAQ, na seção de suporte do site oficial. As versões 7.5 e 8.0 do AVG foram afetadas, mas uma nova atualização já concertou o erro.


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MERCADO DE LUXO


Nokia vai lançar o BMW do celular, literalmente...

Seguindo a tendência dos últimos anos, as principais empresas de tecnologia vêem fechando parcerias com grandes marcas do mercado de luxo, com o objetivo de lançar produtos diferenciados e exclusivos. Dentre os exemplos temos: a Prada que se uniu a LG; a Giorgio Armani que se juntou com a Samsung; a Bang & Olufsen que se aliou à Audi; A lendária Ferrari que foi buscar a Motorola, e muitas outras grandes associações. A última grande parceria que ainda não foi lançada no mercado foi da Nokia com a BMW. As duas empresas criaram um telefone celular com a última sensação tecnologia, vem com GPS e, com toque no botão, ele se converte em uma portentosa câmera de vídeo com alta definição. Ainda não há previsão, mas – com certeza – esse modelo de celular vai estar entre os mais vendidos, pois serão produzidas poucas unidades, além do prometido design de tirar o fôlego dos modernosos de plantão, que foi criado pela empresa Evgen Designer. Os curiosos podem conhecer o projeto pelo site www.coroflot.com. O Preço ainda não foi divulgado, mas deve seguir um cifrão bem salgado para os pobres mortais.


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EXPEDIENTE


Produção: WLine.biz - Intelligent Business Strategies / wline@wline.biz
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Colaborador: Nilton Santolin / www.niltonsanolin.com.br


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