I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 099 | Ano I

O secretário de Finanças do Tesouro do Reino Unido, Stephen Timms, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o ministro das Finanças da África do Sul, Trevor Manuel, durante entrevista coletiva - ontem - sobre a reunião do G20, que engloba as maiores economias do mundo.
Foto: Valter Campanato/ABr
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Brasil propõe reformas para dar legitimidade às instituições financeiras globais
O Brasil propôs em comunicado final da reunião do G20 financeiro, que acabou na tarde desse domingo em São Paulo, que seja realizada uma ampla reforma nas instituições financeiras internacionais para que elas ganhem "maior legitimidade e representatividade". O ministro da Fazenda, Guido Mantega, concedeu entrevista coletiva para detalhar o que foi discutido na reunião ao longo do fim de semana.
Segundo comunicado, "o novo multilateralismo financeiro deve priorizar a definição de regras, recomendações e incentivos à adoção de políticas macroeconômicas que contribuam para a estabilidade e o crescimento econômico socialmente includente e sustentado a longo prazo".
Para dar legitimidade às instituições, o país sugere que elas "reflitam as relações sociais contemporâneas". Segundo Mantega, o G20 é um forte candidato a exercer a função de órgão coordenador "dessa e outras crises". Ele defendeu que o grupo se reúna mais vezes e tenha mais participação dos chefes de Estado. "[O G20 deve] priorizar deliberações com resultados práticos em termos de políticas públicas", diz o documento.
De acordo com o documento divulgado pelo Brasil, a instituição também poderia ser o FMI - Fundo Monetário Internacional -, desde que passe por reformas e mais países ganhem representatividade. As medidas anunciadas até o momento, já surtem efeitos "positivos e estabilizadores de curto prazo", mas ainda é necessário normalizar os canais de crédito e os fluxos financeiros.
A reunião desse fim de semana em São Paulo, com ministros de Economia e presidentes de bancos centrais das grandes economias desenvolvidas e emergentes, prepara a pauta de discussões para a cúpula do dia 15/11, em Washington, quando se encontram chefes de Estado das nações do G20.
Emergentes - Na abertura da reunião, no sábado, dia 8/11, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
criticou a "crença cega" na auto-regulação dos mercados financeiros, o que para ele resultou na atual crise financeira global. Por isso, pediu uma maior regulação a partir de agora. Em seu discurso, Lula defendeu o que já havia pregado o ministro Guido Mantega na véspera: mais espaço aos países emergentes. "Precisamos aumentar a participação dos países emergentes nos mecanismos decisórios da economia mundial. Deveremos revisar o papel dos organismos existentes ou criar novos de forma a fortalecer a supervisão e a regulação dos mercados financeiros", disse Lula. "Está na hora de uma nova governança, mais aberta e participativa. E o Brasil está pronto para isso."

Entenda o que é e quem integra o G20 financeiro
O G20 financeiro - que congrega ministros de Economia e presidentes de bancos centrais das grandes economias desenvolvidas e emergentes - se reúne todos os anos desde 1999. Nesse ano, diante da conjuntura internacional, o foco é a crise financeira iniciada nos EUA que se alastrou pelo mundo.
O grupo foi criado em 1999, na busca de respostas articuladas para a crise do final dos anos 90, que começou na Ásia e acabou atingindo o mundo todo. A idéia era estabelecer um grupo mais representativo de países para tratar fundamentalmente, de estabilidade financeira e políticas para evitar novas crises. Com o passar dos anos, o grupo ampliou sua agenda.
Na presidência rotativa, o Brasil propôs três temas para 2008: competição nos mercados financeiros, energia limpa e desenvolvimento econômico e elementos fiscais de crescimento e desenvolvimento. Os assuntos foram debatidos em seminários realizados em fevereiro, na Indonésia, em maio, em Londres e em junho, em Buenos Aires.
A
explosão da bolha imobiliária nos EUA e seu efeito dominó sobre o mercado financeiro internacional, acabaram mudando o foco dos debates da reunião anual. A urgência do tema levou o ministro Guido Mantega a convocar, pela primeira vez desde a criação do grupo, uma reunião extraordinária em nível ministerial, realizada no dia 11/10, em Washington, à margem da reunião anual do FMI e do Banco Mundial.
No comunicado final, o grupo comprometeu-se a "utilizar todos os instrumentos econômicos e financeiros para assegurar a estabilidade e o bom funcionamento dos mercados financeiros".
Participam do G20, ministros da Economia e presidentes de bancos centrais de 19 países: os oito países do G8 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Japão e Rússia) mais África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coréia do Sul, Índia, Indonésia, México e Turquia. A União Européia também integra o grupo, representada pela presidência rotativa do Conselho Europeu e pelo Banco Central Europeu. Juntos, os países membros representam cerca de 90% do produto nacional bruto mundial, 80% do comércio internacional e cerca de dois terços da população do planeta.

Banco Mundial defende expansão de gastos públicos para frear crise
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, afirmou nesse sábado, em São Paulo, durante encontro do G20 financeiro, que a expansão de gastos do setor público deve ser pensada como instrumento para minimizar os impactos da
crise econômica global. Zoellick afirmou, no entanto, que alguns países não têm condições de aumentar os gastos, já outros afirmam que podem aderir ao uso de políticas fiscais expansionistas, como a China. Ele ressaltou que essa expansão deve ser direcionada a setores específicos, como social e de infra-estrutura, já que os mais pobres são que sofrem mais com a crise. Zoellick afirmou que isso pode "evitar que a crise financeira se torne uma crise humanitária".
Embora tenha concordado com o fato de que os emergentes devem ter mais voz nas entidades internacionais, Zoellick lembrou que o G20 não representa muitas economias de países pobres que vão sofrer com a crise. Zoellick também defendeu uma reorganização do sistema financeiro, mas com "flexibilização". Como efeito da crise financeira, Zoellick afirmou que, em 2009, pela primeira vez desde 1982, haverá queda no volume de comércio mundial.
Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
criticou a "crença cega" na auto-regulação dos mercados financeiros, o que para ele resultou na atual crise financeira global. Por isso, pediu uma maior regulação a partir de agora, durante o discurso proferido nesse sábado, na abertura da reunião do G20 financeiro.

Blocos do pré-sal têm até 80 bilhões de barris de petróleo e gás
O diretor-geral da ANP - Agência Nacional de Petróleo -, Haroldo Lima, estimou nessa sexta-feira, que as reservas dos blocos já leiloados na área do pré-sal têm, no mínimo, 50 bilhões de barris de petróleo e gás, podendo chegar a 80 bilhões. As reservas conhecidas atualmente, no Brasil, somam cerca de 14 bilhões de barris de petróleo e gás, ou seja, a estimativa equivale a quatro vezes o nível atual.
Lima explicou que a agência fez um cálculo a partir da exploração no campo de Marlim, situado na bacia de Campos e que foram mapeados 500 possíveis poços no pré-sal. O diretor informou que foram leiloados 42% dos blocos incluídos na área da camada pré-sal. Somada a área restante, Lima disse que as reservas podem ultrapassar os 100 bilhões de barris. "O máximo [das reservas] vai, segundo os cálculos, até 70 ou 80 bilhões de barris. Não sabemos ainda quais as conseqüências disso para o Brasil", afirmou. Lima também destacou que as novas reservas do pré-sal, se confirmadas, redesenham o mapa do petróleo no mundo. "Sair das reservas atuais, que passam dos 14 bilhões de barris, para esse volume, é uma mudança tão grande e tão profunda que não só modifica o panorama da geopolítica mundial do petróleo, como coloca o Brasil numa perspectiva completamente nova do ponto de vista de serviço e de base industrial", afirmou. O diretor não fez estimativas precisas sobre os investimentos necessários, citando apenas, perspectivas do mercado que apontam para uma aplicação de US$ 400 bilhões nos próximos dez anos e minimizou um possível prejuízo na exploração do pré-sal, diante das quedas do preço do petróleo. "O plano para o pré-sal não fica tão submetido à crise. Ele é estratégico e leva em conta um cenário de no mínimo dez anos. Trabalhamos com hipóteses mais avançadas", afirmou. A faixa que se estende entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, foi batizada de pré-sal. É uma área ao longo de 800 quilômetros que engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado nessa área está a profundidades que superam os 7.000 metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo. Ela, porém, dificulta a exploração. Vários campos e poços de petróleo já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, que é considerado o principal, e outros, como Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara.

BRA anuncia volta ao mercado de aviação
A empresa de transporte aéreo BRA, que há exato um ano suspendeu as atividades devido a dificuldades financeiras, deve voltar a operar em dezembro. O nome BRA será mantido, mas os controladores desistiram da aviação regular e vão passar a se dedicar aos chamados vôos charter (fretados), ramo que deu origem à companhia. A BRA passa por um processo de recuperação judicial que teve início logo depois da suspensão de seus vôos. A dívida da empresa é de cerca de R$ 240 milhões. Os maiores credores são os bancos. Apenas para o ABN e o Santander (hoje fundidos), ela deve em torno de R$ 100 milhões. As dívidas trabalhistas somam mais R$ 10 milhões. Na época da interrupção das atividades, a BRA detinha 4,6% do mercado de vôos domésticos. Era a terceira maior companhia aérea do país, atrás de TAM e Gol, e contava com 1.100 funcionários. Todos foram demitidos. Cerca de 60 mil pessoas tinham bilhetes da BRA nas mãos. A maioria conseguiu voar por empresas rivais, principalmente pela OceanAir, com quem a BRA fez um acordo. Mas 3.200 passageiros ainda tentam reaver na Justiça o valor gasto com as passagens. O advogado da BRA, Joel Thomaz Bastos, disse que os prazos estipulados no plano de recuperação foram todos cumpridos. A direção da empresa, disse ele, faz os acertos finais para que ela volte a operar ainda nesse ano.
A idéia é aproveitar as férias de verão e vender pacotes para destinos turísticos. "O plano de recuperação da BRA prevê a volta das operações em dezembro. Mas ela vai voltar a voar como uma empresa de charter [vôo fretado], que foi o tipo de operação que a gerou, e não como uma companhia de transportes regular." A BRA foi criada em 1999 e operou vôos fretados até 2005, quando entrou no mercado de transporte regular de passageiros (ramo em que estão empresas como TAM e Gol). De acordo com o advogado, essa mudança levou a BRA a ter prejuízos e, por fim, fez com que entrasse em recuperação judicial.
Com a volta ao charter, disse Bastos, a empresa desiste também, de operar os jatos encomendados à Embraer - o acordo previa a compra de até 40 aeronaves pela BRA, a um custo total, na época, de US$ 1,46 bi. Segundo Bastos, o contrato com a fabricante ainda está em vigor, mas a BRA não faz mais os pagamentos. A saída deve ser a venda dos ativos. "Agora quero ver se consigo, pelo menos, o reembolso do que eu paguei. Estou aguardando, não tenho muita informação sobre o que está acontecendo no processo. Mas sei que existem ações que têm preferência, como as trabalhistas. Pode ser que ainda demore [para receber]", disse o aposentado Secondino Machado, 60, que cobra R$ 3.320,86 em pacotes turísticos da BRA.

Supermercados voltarão às compras em 2009
Diante da possível desaceleração do ritmo da economia e do aperto na concessão de crédito para o próximo ano, o setor supermercadista aponta uma tendência: poderá voltar à onda de aquisições no segmento, após quase um ano, depois de a rede francesa Carrefour ter ultrapassado os concorrentes Pão de Açúcar e Walmart, e assumido a liderança do ranking nacional, com a compra da rede Atacadão. Fontes do setor dizem que as empresas que atuam em Santa Catarina, Mato Grosso e na região Norte, deverão despertar o apetite desses players, interessados em ampliar sua atuação nos mercados regionais. O Walmart é um exemplo. Especialistas também afirmam que a terceira maior rede do País, negocia a compra do Supermercado Comper, composta por 30 lojas, entre Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal. Recentemente, a rede inaugurou uma loja no Mato Grosso do Sul, no formato Supercenter, além de manter três unidades em Goiás e duas no Distrito Federal.

Shell abre 150 postos por ano, aumenta participação e persegue vice-liderança
Nos últimos tempos, a subsidiária brasileira tem adquirido uma importância crescente para os negócios da Shell. O Brasil ocupa o terceiro lugar entre os principais mercados da empresa na distribuição de combustíveis, atrás apenas dos EUA e da Alemanha. Mais: aqui dentro trata-se da única empresa internacional a atuar nesse setor. A rede da Esso, pertencente à Exxon, foi parar nas mãos da Cosan, maior grupo sucroalcooleiro do País. A Texaco, da Chevron, acabou adquirida pelo Grupo Ultra, dono da marca Ipiranga. Para muitos analistas, a Shell teria o mesmo destino de suas concorrentes multinacionais e, a qualquer momento daria adeus ao mercado brasileiro. Mas a empresa afirma o contrário. Nesse ano, a participação de mercado da Shell subiu 1,3 ponto percentual, para 15,4%, e roubou pedaços de todas as outras grandalhonas: BR, Esso, Ultra e Alesat. No mesmo período, suas vendas cresceram 20%, contra uma média de 10% do setor. O faturamento deverá atingir no final de 2008, algo em torno de R$ 24 bilhões, 14% superior ao do ano passado. O objetivo, porém, é mais ambicioso. Em cinco anos, pretende chegar à vice-liderança do mercado, desbancando o Ultra. Nos últimos anos, uma equipe de executivos da Shell, dedicam-se exclusivamente à caça de novos pontos de venda. O alvo são principalmente os chamados postos de bandeira branca, aqueles com marca própria ou pertencente a pequenas empresas regionais. A cada ano, 150 postos fincam em seu terreno o totem com a concha vermelha e amarela. Hoje, a rede já é formada por três mil postos que vendem, em conjunto, 7 bilhões de litros anuais. Além disso, a empresa investe US$ 25 milhões ao ano na reforma de banheiros, na manutenção dos equipamentos, na abertura de novas lojas de conveniência. Com pequenas aquisições e melhoria nos serviços, a Shell pretende aumentar o volume de vendas para 11 bilhões de litros até 2011. A partir daí, uma outra fase de expansão será inaugurada e se estenderá por mais dois anos. A meta é atingir vendas de 15 bilhões de litros, o que daria à Shell, algo próximo a 25% de participação no mercado brasileiro. Mas para chegar lá, o crescimento orgânico não será suficiente.

Justiça proíbe Bradesco Saúde de reajustar plano antigo em 8,76%
Os clientes da Bradesco Saúde com contratos anteriores a 1º de janeiro de 1999, não terão de pagar o reajuste de 8,76% - referente a resíduos de 2004 e 2005 - que foi aplicado nas mensalidades de outubro. A Justiça de São Paulo decidiu que a empresa, ainda terá de devolver o que já havia recebido aos respectivos consumidores. A Bradesco Saúde tem cerca de 2 milhões de clientes (considerando todos os contratos), segundo a ANS - Agência Nacional de Saúde. A decisão foi tomada na terça-feira, após petição do Ministério Público na ação civil pública, movida pelo órgão. De acordo com o Ministério Público, dois dias depois de ser intimada, a empresa terá de enviar cartas a todos os clientes, que já tenham recebido a cobrança, e avisar que ela está cancelada. Para os segurados que já pagaram, a Bradesco terá de descontar os valores atualizados na parcela seguinte. Em nota, o Procon-SP comemorou a decisão e informou que, quando soube da cobrança, notificou a empresa a prestar esclarecimentos. A Bradesco disse que apresentará recurso à decisão judicial e que a cobrança foi baseada em sentença judicial transitada em julgado. O reajuste havia sido autorizado pela ANS em 2004. Na época, os órgãos de defesa do consumidor discordaram da cobrança e orientaram os segurados a não pagar. Mas a Bradesco entrou na Justiça e conseguiu uma liminar autorizando o repasse.

Marisa cresce 23,1% no trimestre
A rede de vestuário Marisa declarou que no terceiro trimestre do ano, sua receita líquida aumentou 23,1% na comparação com o mesmo período de 2007, passando para R$ 339,6 milhões. Em mesmas lojas, a expansão foi de 10,2%. A margem bruta da operação mercantil da empresa cresceu dois pontos percentuais, chegando a 50,4%. Nas lojas da rede, a receita das vendas parceladas com juros avançou 95,6% na comparação anual, para R$ 30,3 milhões.

Magazine Luiza conquista 200 mil clientes em São Paulo
O Magazine Luiza, terceiro maior varejista de eletrônicos do país, registrou vendas de R$ 75 milhões nas lojas e 200 mil novos clientes nos primeiros 40 dias de operação em São Paulo. Foram inauguradas 44 lojas no dia 22/9 na região metropolitana da capital paulista.

Varejo cresce 9,5% e tem 30° mês seguido de alta
Em setembro, a PCCV - Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista -, da Fecomércio-SP - Federação do Comércio do Estado de São Paulo -, apurou que a elevação nas vendas foi de 9,5%, se comparada ao mesmo período de 2007. Esse foi o 30º mês consecutivo em que o comércio da região metropolitana de São Paulo registrou alta. No ano, o índice acumula variação positiva de 5,4%. O principal impulsionador desse resultado foi o setor de concessionárias de veículos, que teve alta de 40%. Outros dois setores que ajudaram a alta do índice foram materiais de construção e lojas de vestuário, tecidos e calçados. O primeiro apresentou elevação de 30,5% no faturamento real de setembro e acumula, no ano, alta de 16%. O segundo registrou elevação de 29,9% ante mesmo período de 2007. No acumulado de 2008, a alta é de 24,2%.


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MERCADO de Ações & Futuros

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

RESUMO DA SEMANA – 3 a 7 de novembro

Bovespa fecha em alta de 0,83%, mas cai 1,6% na semana
A Bovespa conseguiu encerrar essa semana em terreno positivo, pegando carona no desempenho positivo das Bolsas mundiais. Em um pregão bastante esvaziado, as ações da Petrobras responderam por quase um quarto dos negócios e lideraram a recuperação. Na semana, a Bolsa acumulou perda de 1,6%. E em 2008, o mercado acionário amarga retração de 42,6%.



- O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, valorizou 0,83% no fechamento e atingiu os 36.665 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,52 bilhões, muito abaixo da média de outubro (R$ 5,3 bilhões/dia) e do ano (R$ 5,8 bilhões/dia). As ações da Petrobras, com movimento de R$ 659 milhões, valorizou 1,57%. Outro papel bastante influente da Bolsa, a ação da Vale, girou R$ 547 milhões e recuou 2,01%.


-
O dólar comercial foi negociado a R$ 2,160 na venda, em um declínio de 2,04%.
- A taxa de risco-país marca 442 pontos, número 2,85% abaixo da pontuação anterior.

Análise – A Bovespa oscilou dentro do esperado, e influenciada pela medida do Banco Central, que ofereceu para os agentes financeiros, um lote de 20 mil contratos de "swap" cambial que protegem contra a oscilação do dólar e tendem a reduzir as pressões sobre os preços da moeda americana. Os bancos tomaram a oferta na íntegra, num montante de US$ 987,4 milhões. "É claro que não dá para dizer que a crise acabou, mas parece que já vemos um pouco onde estamos pisando", afirma Luiz Fernando Moreira, operador da mesa de câmbio da corretora Dascam, sintetizando uma opinião razoavelmente, generalizada no mercado financeiro.


Bolsa de NY se recupera, apesar de desemprego e perdas da GM
A Bolsa de Nova Iorque se recuperou, nessa sexta-feira, após duas sessões em queda, apesar de uma significativa deterioração do mercado de trabalho e de fortes perdas da General Motors, à beira da quebra: o Dow Jones ganhou 2,85% e o Nasdaq, 2,41%.


- O DJIA - Dow Jones Industrial Average - subiu para 8.943,89 pontos.
- O Nasdaq, de alto componente tecnológico, subiu para 1.647,40 pontos.
- O índice ampliado Standard & Poor's 500 ganhou 2,86% (25,87 pontos), a 930,75.

Análise - "O mercado se recupera, depois de duas sessões de forte baixa", destacou Owen Fitzpatrick, do Deutsche Bank. Entre quarta e quinta, o Dow Jones havia perdido mais de 10%, um retrocesso que não se via desde outubro de 1987. A queda no mês passado se segue a outras quedas, de 127 mil postos de trabalho em agosto e 284 mil em setembro (números revisados). O dado de setembro ficou muito pior que o da divulgação original, que mostrava uma queda de 159 mil empregos.
- Também na sexta-feira, dia 7/11, a
General Motors anunciou que teve uma baixa de US$ 6,9 bilhões em seu caixa, diante da rápida "piora das condições do mercado nos EUA". O ritmo de gasto do dinheiro do caixa da General Motors, significa que a empresa conta com "o valor mínimo necessário para operar" até o final do ano.


Bolsas européias seguem EUA e fecham em alta, apesar de dados sobre emprego
As Bolsas européias fecharam em alta nessa sexta-feira, seguindo os ganhos nas Bolsas americanas. Nos dois lados do Atlântico, os investidores ignoraram os dados negativos do
mercado de trabalho dos EUA referentes a outubro, para se concentrarem em procurar papéis a bons preços, depois das perdas nos últimos dias.


- A Bolsa de Londres fechou em alta de 2,69% no índice FTSE 100, ficando com 4.387,14 pontos.
- A Bolsa de Paris subiu 2,42% no índice CAC 40, fechando com 3.469,12 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt subiu 2,59% no índice DAX, para 4.938,46 pontos.
- A Bolsa de Amsterdã subiu 1,96% no índice AEX General, indo para 265,72 pontos.
- A Bolsa de Milão subiu 1,36% no índice MIBTel, ficando com 16.943 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve alta de 1,41%, encerrando o dia com 6.008,16 pontos no índice Swiss Market.

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ÍNDICES ECONÔMICOS


RESUMO DA SEMANA – 3 a 7 de novembro

IGP-DI
O IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - variou 1,09%, em outubro, taxa superior à registrada em setembro, de 0,36%. Os componentes do IGP-DI apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de setembro para outubro: IPA, de 0,44% para 1,36%, IPC, de -0,09% para 0,47%, e INCC, de 0,95% para 0,77%.

IPC-C1
O IPC-C1 - Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 -, calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos mensais, apresentou variação de 0,66% em outubro. Essa foi a maior taxa desde junho de 2008, quando o índice registrou alta de 1,29%. Com esse resultado, as variações no ano e nos últimos 12 meses foram 6,36% e 7,97%, respectivamente.

IPC-S
O IPC-S - Índice de Preços ao Consumidor Semanal - de 31 de outubro de 2008, apresentou variação de 0,47%, taxa 0,13 ponto percentual (p.p.) acima da apurada com base na coleta encerrada em 22/10. Esse foi o maior resultado desde a quarta semana de julho de 2008, quando o índice registrou variação de 0,53%.



ECONOMIA NACIONAL
Dólar Comercial

Cotações de fechamento da PTAX
Data R$/US$
03/11 2,18180
04/11 2,12270
05/11 2,12100
06/11 2,15930
07/11 2,1600
*Cotação das 16:30 / Fonte: BACEN


ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR

- O IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - do mês de outubro, apresentou variação de 0,45%, 0,19 ponto percentual acima da taxa de setembro (0,26%). Com esse resultado, o acumulado no ano de 2008 está em 5,23%, superior ao de igual período de 2007 (3,30%). Nos últimos 12 meses, o acumulado situa-se em 6,41%, também acima dos 6,25% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2007, a taxa havia sido de 0,30%.

- Já o INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor - apresentou variação de 0,50% em outubro, 0,35 ponto percentual acima do resultado de setembro (0,15%). No acumulado no ano, o índice situa-se em 5,77 %, superior à taxa de 3,70%, referente ao mesmo período de 2007. Nos últimos 12 meses, o resultado está em 7,26%, também acima da taxa de 7,04% dos 12 meses imediatamente anteriores.
Cesta básica: depois de dois meses em queda, alimentos voltam a subir
Os gêneros alimentícios essenciais voltaram a subir em outubro, de acordo com apuração do Dieese. A Pesquisa Nacional da Cesta Básica – que passa a acompanhar os preços em 17 capitais, com a inclusão de Manaus/AM – registrou retração em apenas duas cidades: Brasília (-0,27%) e João Pessoa (-0,28%). Os aumentos mais expressivos ocorreram em Fortaleza (8,07%), Natal (7,99%), Manaus (5,79%), Salvador (4,80%) e Vitória (4,13%).




ICV
O ICV - Índice do Custo de Vida -, na cidade de São Paulo, subiu 0,43% em outubro. O número registra um aumento de 0,29 ponto percentual (pp), se comparado à alta de 0,14% do mês de setembro. Segundo o Dieese, o comportamento do grupo Alimentação foi o principal motivador para a aceleração do ICV em outubro, com uma elevação de 0,67% no mês passado. A Habitação foi o segundo grupo, e subiu 0,47%, frente a 0,65% em setembro, representando 0,11 ponto percentual de toda a inflação do município.

IPC
O IPC - Índice de Preços ao Consumidor - encerrou o mês de outubro com uma inflação de 0,50%, na cidade de São Paulo, terminando a quarta quadrissemana acima da taxa registrada em setembro, quando teve alta de 0,38%. Depois de apresentar altas de 0,72% em setembro, o grupo Habitação foi o que novamente teve maior variação, dessa vez de 0,76%. Os outros grupos tiveram as seguintes variações no mês de outubro: Despesas Pessoais, alta de 0,26%, após registro de 0,81% em setembro; Saúde, 0,63%, e 0,58% no mês anterior. O grupo Vestuário registrou aumento de 0,54%, enquanto teve alta de 0,58% em setembro. No segmento Educação, as variações foram de 0,04%, em outubro, e 0,08% em setembro. Já o grupo Alimentação registrou alta de 0,37%, e -0,32%, em setembro; e Transporte, teve uma variação de 0,36%, em outubro, após registrar 0,27% no último mês.



Indústria

Venda de veículos novos cai 11%
Segundo a Anfavea, em outubro de 2008, as vendas de veículos novos no mercado brasileiro somaram 239,2 mil unidades. Os números, divulgados nessa quinta-feira, 06/11, representam uma queda de 11% em relação a setembro e de 2,1%, em comparação ao mesmo mês em 2007. Essa foi a primeira queda no comparativo anual em mais de dois anos. Desde junho de 2006, a indústria automotiva vinha batendo sucessivos recordes de vendas na base comparativa anual.

Produção industrial cresce 1,7% em setembro
De agosto para setembro a produção industrial brasileira cresceu 1,7%. Os dados divulgados pelo IBGE, no último dia 4/11, demonstram que o setor de máquinas e equipamentos foi o responsável pela maior contribuição para a média global, com um registro de 9,0%. Comparado ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 9,8%.

Dos 14 locais pesquisados, 7 apresentaram crescimento. Com taxas positivas e acima do índice nacional, ficaram: AM (6,1%), RJ (4,1%) e RS (3,6%) e, abaixo, PR (1,4%), SP (1,0%), região Nordeste (0,4%) e SC (0,2%). As maiores reduções foram registradas no ES (-3,4%), PA (-2,7%), CE (-2,6%). Os demais locais com taxas negativas foram: GO (-1,9%), PE (-1,2%), BA (-0,6%) e MG (-0,4%).


Agropecuária

Safra de grãos poderá cair 3,3%, em 2009, declara IBGE
O primeiro prognóstico de área e produção para a safra de 2009, nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e nos estados de Rondônia, Maranhão, Piauí e Bahia, acaba de ser divulgado pelo IBGE. Segundo a pesquisa, realizada em outubro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas1para 2009 é estimada em 140,8 milhões de toneladas, 3,3% menor que a obtida em 2008.
Para a estimativa da produção nacional 2009, os valores levantados nas regiões e estados, onde a pesquisa foi realizada, foram somados às projeções obtidas a partir das informações dos anos anteriores para as Unidades da Federação, que por força do calendário agrícola, ainda não dispõem das primeiras estimativas.


Economia Internacional

Combate ao desemprego está entre os desafios do novo presidente dos EUA Barack Obama
A taxa de desemprego norte-americana registrou 6,5% em outubro, 0,4% a mais do que no mês de setembro, quando foi registrada uma taxa de 6,1%. De acordo com previsões do departamento Norte-Americano do Trabalho, em 2009 a taxa de desemprego poderá chegar aos 7%, e a 8 ou 9% em 2010. Nos últimos 12 meses o número de desempregados nos EUA aumentou em 2,8 milhões, e a taxa de desemprego subiu 1,7 pontos percentuais.


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MERCADO FINANCEIRO


Banco do Brasil deve pagar até R$ 13 bilhões pelo Banco Votorantim
O Banco do Brasil conseguiu tirar o Bradesco das negociações e acertou a compra de 49% do Banco Votorantim, braço financeiro do grupo controlado pela família Ermírio de Moraes. A participação deverá sair por cerca de R$ 13 bilhões, valor pelo qual o Bradesco se viu desmotivado a desembolsar nesse momento. Segundo a reportagem, os detalhes da transação estão em análise final nos comandos das duas instituições. O negócio poderá ser anunciado nos próximos dias.


A cúpula do BB se reúne hoje, segunda-feira, dia 10/11, com o conselho de administração para avaliar o desempenho do banco nos últimos três meses. Não está descartado que prováveis aquisições ou novas compras de carteira entrem na pauta.


Na semana passada, as ações ordinárias do banco estadual Nossa Caixa dispararam após os rumores de que o governador de São Paulo, José Serra,
foi a Brasília negociar com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o valor para a venda do banco ao BB - a informação não foi confirmada. Com a Nossa Caixa e o Banco Votorantim, o BB pode retomar a liderança do mercado no ranking por ativos. O Itaú Unibanco soma R$ 575 bilhões até setembro.



Reação - É consenso entre analistas do setor que, o Bradesco e Banco do Brasil, devem reagir à fusão do Itaú com o Unibanco, anunciada dia 3/11, após 15 meses de negociações. A junção das operações financeiras forma o maior banco do país e o maior grupo financeiro do Hemisfério Sul, segundo comunicado divulgado pelos bancos. O presidente do Unibanco, Pedro Moreira Salles, e o presidente do Itaú, Roberto Setubal, confirmaram que o objetivo das instituições é o processo de internacionalização, que será iniciado pela América Latina, onde já possuem participação de mercado em alguns países.



Dois bancos americanos fecham por problemas financeiros
Dois bancos locais norte-americanos fecharam em razão da crise financeira nos EUA, elevando para 19 o número de entidades que quebraram por problemas financeiros. As instituições afetadas são o Franklin Bank, de Houston/Texas, e o Security Pacific Bank, de Los Angeles/Califórnia - os depósitos serão adquiridos por outras entidades concorrentes.
A FDIC - Federal Deposit Insurance Corporation -, a agência americana de garantia de depósitos bancários, informou que o Franklin Bank, que tem ativos brutos no valor de US$ 5 bilhões, passará a fazer parte do texano Prosperity Bank, que assumiu seus depósitos e uma parte de seus valores. A FDIC assumirá os outros encargos do banco, o que terá um custo para a instituição de US$ 1,6 bilhão. No caso do Security Pacific Bank, que conta com ativos de US$ 560 milhões, os depósitos e alguns dos ativos serão absorvidos pelo Pacific Western Bank, também de Los Angeles. O resto dos encargos serão assumidos pela FDIC, o que terá um custo de US$ 210 milhões para a instituição. Nesse ano, 19 bancos americanos fecharam por problemas financeiros, um número que contrasta com os três bancos que faliram entre junho de 2004 e fevereiro de 2007, segundo o jornal "Los Angeles Times". (Efe, de Washington)


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AGRONEGÓCIOS



Renda agrícola deve subir 16,7% em 2008
A renda agrícola de 2008 deverá ficar em R$ 165,3 bilhões, alta de 16,7% em relação ao ano passado (R$ 141,6 bilhões), segundo estimativa a partir do valor bruto da produção de 20 lavouras. O resultado do estudo foi divulgado pelo Ministério da Agricultura, nessa sexta-feira.
O aumento se deve a alguns ajustes feitos pela Conab - Companhia Nacional de Abastecimento - e pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - em relação à produção esperada para esse ano, e também a ligeiras alterações nos preços recebidos pelos agricultores, conforme o coordenador-geral de Planejamento Estratégico do ministério, José Garcia Gasques. Os maiores aumentos reais de renda na safra 2008, já descontada a inflação, ocorrem no feijão (79,6%), cebola (65,8%), trigo (55,6%), amendoim (39,2%), soja (32,3%) e milho (26,8%), segundo o Ministério da Agricultura. Em sentido contrário, caíram os preços de trigo, milho, batata-inglesa e café. Entre as culturas que apresentam queda de renda em 2008, Gasques destaca a cana-de-açúcar, com uma produção recorde esperada de 643,7 milhões toneladas. "A conjuntura de redução de preços do açúcar tem levado ao menor nível de renda em relação a 2007."

Produtores apostam em alimentos básicos na safra 2008/09
A atual safra de grãos deve confirmar a opção dos agricultores pela produção de alimentos básicos. De acordo com o segundo levantamento do ciclo 2008/2009, divulgado pela Conab nessa quinta-feira, 06/11, o crescimento das lavouras de arroz, feijão e trigo, vai levar o país a cultivar entre 47,34 milhões e 47,95 milhões de hectares. Se confirmado o intervalo superior, o aumento será de 1,2%, em relação ao período anterior.No entanto, a previsão é de recuo na produção total, estimada agora entre 139,66 e 141,83 milhões de toneladas, o que é 2,9% a 1,4% menor que a projeção de outubro. Segundo o presidente da Conab, Wagner Rossi, apesar dessa redução, a safra atual será marcada pela manutenção de índices e até a expansão dos alimentos básicos, como arroz e feijão, quando comparada a anos anteriores. “As políticas de apoio ao mercado adotadas pelo governo, e a definição dos produtores por esses grãos, foram decisivas para garantirmos estoques suficientes ao longo desse ano”, explica. O trigo terá crescimento de 49,6%, atingindo 5,72 milhões de t. Na época do plantio, os preços de mercado acima do custo de produção e a elevação do valor mínimo de garantia do governo federal, incentivaram os triticultores a aumentar em 31,4% a área plantada, sobretudo na região Sul, principal pólo produtor.A produção de arroz, também deve aumentar de 1,7% a 3,5%, ficando entre 12,27 e 12,48 milhões de t. O motivo está na expectativa dos bons preços no mercado e na ocorrência de chuvas durante o plantio no Sul do país. Com cerca de 50% da área destinada ao cereal, já plantada no Rio Grande do Sul, as lavouras podem ocupar até 48,3 mil hectares a mais que na safra passada em todo o país.Para o mercado de feijão, a estatal prevê uma colheita entre 3,59 e 3,64 milhões de t. Isso vai garantir ao Brasil uma quantidade de 71,5 mil a 113,3 mil t a mais do grão. A boa rentabilidade da leguminosa fez com que o feijão primeira safra, semeado de agosto a dezembro, tivesse crescimento de área em todos os estados produtores.


Soja e milho – Nas duas principais regiões produtoras de soja, a colheita terá comportamentos opostos. No Sul deve crescer de 2,4% a 3,4%, ficando entre 21,12 e 21,33 milhões de toneladas. Já no Centro-Oeste a produção da oleaginosa será de 5,6% a 3,8% menor que a anterior, ficando entre 27,49 e 28,02 milhões de t. A colheita total está estimada entre 58,39 e 59,32 milhões de t. No caso do milho, a Conab aponta uma produção entre 54,32 e 55,21 milhões de t, ou 7,3% a 5,8% menor que as 58,62 milhões de t do período anterior.Para realizar a pesquisa, a Conab consultou produtores rurais, cooperativas, secretarias de agricultura, agentes financeiros e órgãos públicos e privados de assistência técnica. O levantamento apurou informações das culturas de inverno (aveia, centeio, cevada, trigo e triticale), amendoim, feijão e milho (primeira safra), além de algodão, arroz e soja.

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SETOR AUTOMOTIVO


Presidente da Ferrari diz que reduzirá gasto com motores
Luca Cordero di Montezemolo, presidente da Ferrari, disse nesse domingo, que os motores na Fórmula 1 custarão cerca de quatro vezes menos até 2011. O dirigente, que também preside a recém-criada Associação de Escuderias da F-1, confirmou a intenção da categoria em reduzir cada vez mais os gastos devido a crise financeira. "Estamos trabalhando com todas as equipes para reduzir, ainda mais, os gastos para 2010 e 2011", disse Montezemolo durante a festa de encerramento da temporada da Ferrari, na cidade italiana de Scarperia. "De forma unânime, concordamos que, para 2011, um motor custará 5 milhões de euros (R$ 13,8 mi), comparado aos mais de 20 milhões (R$ 55 mi) de euros que se gastava antes." Além de confirmar que a Fórmula 1 deve passar por diversas mudanças nos próximos anos, Montezemolo voltou a criticar a idéia da FIA - Federação Internacional de Automobilismo - de que todas as equipes utilizassem o mesmo motor e a mesma transmissão. "É inimaginável que construtores como a Ferrari, Toyota, Mercedes, Honda, Renault e BMW, aceitariam pôr sua marca em um carro com motor fabricado por outro."

Banco de montadora quer acesso a ajuda da Alemanha
Os bancos das montadoras BMW, Daimler e Volkswagen querem usar as garantias do fundo de socorro do governo da Alemanha, informa a revista alemã Der Spiegel, em sua edição desse final de semana. De acordo com a reportagem, as três montadoras concordaram em requerer garantias para vários bilhões de euros. Uma porta-voz da BMW disse nesse domingo, que seu executivo-chefe financeiro, Friedrich Eichinger, havia dito anteriormente, que a companhia estava considerando usar as garantias de crédito para suas operações de financiamento, mas acrescentou que nenhuma decisão havia sido tomada ainda. A Daimler e a Volkswagen não estavam disponíveis para comentar a reportagem da revista. (Agência Dow Jones, de Frankfurt)

GM tem prejuízo de US$ 2,5 bi no terceiro trimestre de 2008
A GN - General Motors - anunciou nessa sexta-feira, 7/11, que teve um prejuízo de US$ 2,5 bilhões durante o terceiro trimestre do ano, diante da rápida "piora das condições do mercado nos EUA". A receita da GM durante o período foi de US$ 37,9 bilhões, US$ 5,8 bilhões a menos que no ano anterior. A empresa registrou uma queda de 45% em suas vendas nos EUA em outubro, o qual considerou o "pior mês" para suas atividades nos últimos 25 anos. "A volatilidade nos mercados financeiros mundiais, a redução do crédito para particulares e empresas e a mínima confiança dos consumidores, criou uma situação muito difícil", afirmou o presidente da GM, Rick Wagoner.
Os resultados da companhia, durante o terceiro trimestre, refletem as fortes perdas na América do Norte e em menor medida na Europa. Na América do Norte, a GM teve perda de US$ 2,3 bilhões no período em seu faturamento ajustado antes de impostos.
Já na Europa, a empresa perdeu US$ 974 milhões em sua receita ajustada antes de impostos, após suas vendas terem caído 15%. Apenas na América Latina, na África e no Oriente Médio a GM teve bons resultados. Nessa região, a empresa faturou US$ 514 milhões e aumentou em US$ 140 milhões os resultados do mesmo período de 2007.
Ford
Na sexta-feira, também a fabricante americana de automóveis, Ford Motor, anunciou que teve um prejuízo de US$ 129 milhões, durante o terceiro trimestre do ano, e que será obrigada a reduzir seus custos trabalhistas diante da diminuição das vendas de automóveis no mundo todo. A Ford informou também, que reduzirá 10% das despesas de pessoal de escritório na América do Norte. (Efe, de Washington)

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COMÉRCIO EXTERIOR


Frango do Brasil deve sofrer com queda do petróleo
Com o petróleo sendo negociado, atualmente, a valores inferiores a metade do preço recorde registrado em julho, importantes nações importadoras de carne de frango do Brasil, especialmente as integrantes da Opep, estão pressionando exportadores brasileiros a renegociar contratos para 2009.
Segundo o presidente da Abef - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos -, Francisco Turra, os importadores ainda não estão cancelando contratos, em função da turbulência financeira global, mas as negociações serão difíceis para o início do ano que vem. "A sinalização que temos é para o primeiro trimestre, pois os exportadores revelaram que vários importadores disseram que houve queda nos preços do petróleo, e estão tentando reduzir preços", declarou Turra, em entrevista à Reuters.
Entre os principais exportadores do frango do Brasil - o maior exportador mundial desse produto -, estão países cujas receitas estão fortemente baseadas no petróleo, como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar, Iraque e Venezuela, além da Rússia, esse último não-integrante da Opep - Organização dos Países Exportadores de Petróleo -, mas que detém uma das maiores reservas de petróleo do mundo.
Os preços do petróleo atingiram um recorde de US$ 147,27 o barril há poucos meses, antes da crise financeira global se acentuar, e os preços do frango exportado pelo Brasil, também atingiram valores recordes nesse ano - o preço médio da tonelada do produto "in natura", entre janeiro e setembro, bateu US$ 1.800 por tonelada, contra US$ 1.359 por tonelada no mesmo período de 2007.
Nos primeiros nove meses do ano, o Brasil, que detém cerca de 40% do mercado mundial de frango, exportou 2,66 milhões de toneladas, obtendo quase 5 bilhões de dólares com as vendas, contra 2,3 milhões de toneladas e US$ 3,2 bilhões na mesma época do ano passado.
Boa parte do volume exportado até setembro se destinou aos países produtores de petróleo, segundo dados do governo. Arábia Saudita, o segundo destino do frango "in natura" do Brasil, comprou 285 mil toneladas, Venezuela (253 mil toneladas), Emirados Árabes (162 mil toneladas), Rússia (130 mil toneladas), Catar (46 mil) e Iraque (45 mil toneladas). "Não houve cancelamento de contratos, estamos falando sobre o primeiro trimestre de 2009. Para esse ano, há contratos, estão sendo cumpridos, temos normalidade nos contratos", declarou Turra, ao ser questionado se a crise já estaria afetando os negócios para esse ano.


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MATÉRIA ESPECIAL


Móveis terão selo ecológico em SC
O SENAI/SC, por meio da unidade de São Bento do Sul, é o responsável pela elaboração do regulamento, auditoria e certificação do Selo Biomóvel, uma iniciativa do Arranjo Produtivo Local Madeira e Móveis do Alto Vale do Rio Negro, que compreende as cidades de São Bento do Sul, Campo Alegre e Rio Negrinho.O Selo Biomóvel será estampado em todos os móveis que forem projetados e produzidos de acordo com as exigências do Regulamento, que criou o conceito Biomóvel, baseado nos conceitos de sustentabilidade, em que as indústrias ajustam seus processos de produção para fabricar um móvel que, além de atender a todos os requisitos de qualidade e bom gosto, também é ecologicamente correto. Para conseguir o Selo para seus produtos, a empresa deve atender a alguns critérios, como utilização de madeira renovável, colas e revestimentos não tóxicos, além de cumprir todas as exigências das legislações, ambiental e trabalhista, e não praticar e não comprar de fornecedores que usam trabalho infantil ou escravo.Vinte e seis empresas do Arranjo Produtivo Local já foram certificadas pelo SENAI/SC, e participarão do lançamento oficial do Selo Biomóvel nos dias 19 e 20 de novembro em São Paulo, no Hotel Bourbon Convention Ibirapuera. Haverá rodada de negócios e exposição de produtos e no dia 20/11, uma coletiva de imprensa com empresários catarinenses. As empresas certificadas são filiadas ao SINDUSMOBIL - Sindicato das Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de São Bento do Sul -, SINDICOM - Sindicato das Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Rio Negrinho -, e ARPEM - Associação Regional da Pequena Empresa Moveleira. O selo Biomóvel também conta com a parceria do Sebrae.O diretor do SENAI/São Bento do Sul, José Luiz de Oliveira, explica que o SENAI/SC é parceiro do Arranjo Produtivo Local Madeira e Móveis desde a sua criação, e foi indicado como empresa responsável pela certificação das empresas candidatas ao Selo Biomóvel. Ele ressalta que o Selo prevê não somente a utilização de matérias-primas que não agridam o meio ambiente, mas também, uma mudança que atinja todo o processo produtivo e as relações trabalhistas.O vice-presidente da FIESC para o Planalto Norte, Arnaldo Huebl, destaca que o setor moveleiro da região já trabalha com madeira renovável, porém, não tão bem aceita no mercado interno quanto as essências nativas. Agora, com o Selo Biomóvel, o setor quer atingir esse público, oferecendo um produto de qualidade, com design diferenciado e produzido de forma ecologicamente correta. "Temos um pólo forte na exportação, mas queremos diversificar e atingir uma fatia do mercado interno, sem abandonar o externo", afirma Huebl.

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MERCADO ONLINE


Controle da internet é um desafio para o novo presidente dos EUA
A crise econômica mundial e as guerras no Oriente Médio não são os únicos desafios que aguardam o novo presidente dos EUA. No mundo da tecnologia, o homem que ocupar o cargo mais importante do mundo, deverá estabelecer um ambiente favorável à inovação. De acordo com especialistas consultados pela Folha, essa é a única maneira para o país se manter competitivo no novo cenário global que se desenha. Para voltar a fazer dos EUA um país inovador, o novo presidente terá que cuidar do sistema educacional. Tom Foremski, blogueiro que acompanha de perto as empresas do Vale do Silício na Califórnia, diz que as escolas precisam formar os talentos de que a indústria da tecnologia necessita. Jonathan Zittrain, professor de direito na internet em Harvard e autor de vários livros sobre a rede, concorda e diz que as instituições de ensino precisam incentivar o pensamento criativo e a experimentação.

Neutralidade da rede
Zittrain também cita a importância da manutenção da neutralidade da rede para um ambiente de inovação. O tópico gera polêmica nos EUA e se refere ao acesso à banda larga sem que haja interferência dos provedores de internet. Em outras palavras, em uma rede neutra todos têm o direito de consumir banda sem distinção.
Um dos medos dos defensores da neutralidade da rede é que as grandes companhias de internet, como AT&T e Comcast, passem a cobrar dos usuários por arquivos carregados na rede, como fotos e vídeos. Howard Rheingold, autor que inventou a expressão "comunidade virtual" e grande defensor da neutralidade, diz que uma rede não-neutra poderia acabar com indústrias inteiras que surgem em alojamentos universitários. O YouTube seria um exemplo de revolução na indústria que teria dificuldades em prosperar num ambiente de rede não-neutra.
Já Matthew Chapman, fundador do Science Debate 2008, iniciativa que visa a colocar a tecnologia e a ciência no centro dos debates eleitorais, diz que os EUA precisam adotar uma postura de "humildade" e fazer investimentos não apenas em pesquisas. O novo presidente teria que mudar a percepção dos americanos em relação à ciência. Para Chapman, as atividades intelectuais do país foram desprezadas por uma cultura que valoriza o mundo dos esportes e o entretenimento "banal".


Ação colaborativa
Outras maneiras citadas pelos especialistas, para fomentar um ambiente favorável à inovação, são leis de propriedade intelectual que incentivem contribuições e permitam o que chamam de 'uso justo' de patentes, análises de casos de patentes mais velozes, premiações e incentivos financeiros a pesquisa e alianças globais no campo tecnológico/científico.


A questão energética
A maneira como a tecnologia será usada para criar formas alternativas de energia é apontada pelos especialistas, como outro grande desafio ao novo presidente norte-americano.
Robert Merges, diretor do Centro de Lei e Tecnologia da UC Berkeley, diz que a tecnologia de informação deverá ser usada para acabar com a dependência do país em petróleo. Para ele, o presidente terá que dar atenção desde o monitoramento de fontes de energia solar e eólica à melhora do uso da iluminação e aquecimento das casas. Merges, diz que a noção de "propósito nacional" dos EUA depende da energia.


Programa Apolo
Jon Lebkowsky, escritor e autoridade em mídias sociais, diz que a resposta para as questões energéticas talvez estejam num novo Programa Apolo - projeto de viagens ao espaço desenvolvido entre 1961 e 1975. Lebkowsky diz que um programa intenso com foco nacional nas áreas de engenharia, ciência, tecnologia e outras fontes de conhecimento é obrigatório, para os EUA se reestruturarem com sucesso.


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MERCADO DE TI & Telecomunicações


Vulnerabilidade no iPhone e no iPod permite que invasores travem os aparelhos
O consultor de segurança Piergiorgio Zambrini, identificou um bug no iPhone e no iPod que pode ser usado para que invasores travem os dispositivos. De acordo com Zambrini, a falha está na parte de áudio do formato de vídeo utilizado da Apple. O bug pode ser explorado por um arquivo de vídeo e travar o iPhone quando ele estiver sendo executado. Zambrini afirmou à revista Forbes, que descobriu a falha em julho, e que a Apple foi notificada. Contudo, a Apple ainda não entrou em contato para falar sobre a questão. Essa não é a primeira vez que Zambrini divulga informações acerca do iPhone. No ano passado, ele escreveu um código para desbloqueio do iPhone, fazendo com que o aparelho pudesse ser usado em outras redes.

Governo federal apoiará infra-estrutura de telecentros e formação de monitores
O governo federal irá apoiar a inclusão digital no Brasil por meio de ações para melhoria da infra-estrutura e a formação de monitores de telecentros comunitários. As medidas incluem o reforço na conectividade por meio de banda larga com a disponibilização de cerca de quatro mil equipamentos para telecentros, e a oferta de oito mil bolsas, para monitores que atuam em centros comunitários de inclusão digital. A iniciativa também prevê uma rede de formação a distância e presencial, para os monitores que trabalham no atendimento direto às comunidades. Segundo o secretário-adjunto de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rodrigo Assumpção, o maior problema para a sustentabilidade da inclusão digital no País é a remuneração dos monitores.

Constat transfere sede em SP e fortalece participação no mercado nacional
A Constat, especializada no desenvolvimento de soluções para Help-desk, GMS e SAC, transferiu sua sede paulista para dar suporte à ampliação de sua equipe e ao aumento do número de clientes e para fornecer um atendimento qualificado, diferenciado e personalizado. Inaugurada há pouco menos de um ano, a sede da Constat em São Paulo já não comportava o crescimento rápido na base de clientes e exigia uma grande estrutura para atender a demanda de trabalho. Foi então que a Constat mudou-se para uma sala com 130 metros quadrados, localizada na Vila Mariana, para atender empresas como Eletropaulo, AGCO Mogi, Areva, entre outros. A mudança fortalece a Constat no mercado nacional e dá apoio aos investimentos feitos no Qualitor, solução de gestão de atendimento em Help-desk e SAC, que visam aumentar a estrutura nas áreas de comercialização, suporte pré-venda, pós-venda e área de tecnologia da ferramenta. Também foram contratados novos gerentes de negócios, um gerente de projetos para controle das implantações e diversas pessoas para a área de tecnologia que estão distribuídas entre desenvolvimento, testes de software, documentação e preparação de treinamentos. Além do escritório de São Paulo, a Constat tem filial em Porto Alegre e Caxias, trabalhando com as unidades de negócios Fullservice orientada a serviços de outsourcing; unidade de Infra-Estrutura (Franquia Microcity RS) e a solução Qualitor. Com 17 anos de mercado, conta com mais de 100 clientes dos quais se destacam o Grupo Odebrecht, AGCO, Springer Carrier, Construcap, AREVA e Solae.

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MERCADO DE LUXO


Maior shopping do mundo abre as portas em Dubai
O momento não poderia ser tão ruim, mas o local é bastante emblemático: o Dubai Mall abriu suas portas nessa semana em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e se tornou o maior centro de compras do mundo. Com 600 lojas, o centro de compras, localizado na Meca do novo luxo contemporâneo, conta com as primeiras lojas de marcas britânicas como Waitrose e Hamleys, no Oriente Médio, além de ofertas variadas de estilo de vida e lazer, como o Gold Souk (mercado do ouro), o rinque de patinação olímpico de Dubai e o átrio da Passarela da Moda. O Dubai Mall também conta com o Aquário e Centro de Exploração de Dubai, que recentemente entrou para o Guinness Book, por ter o maior painel de acrílico do mundo. O Dubai Mall foi desenvolvido pelo Emaar Malls Group, braço de shopping centers da Emaar Properties. Quando estiver completo, o shopping terá mais de 1.200 lojas. Seu mix conta com Galeries Lafayette e Bloomingdale’s, 220 lojas especializadas em ouro e jóias, 160 operações de alimentação, um supermercado e um mercado de alimentos orgânicos.

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EXPEDIENTE

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Revisão: Professora Lúcia Iná Sá d’Oliveira / + 55 51 9299.1274
Colaborador: Nilton Santolin / www.niltonsanolin.com.br


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