I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 096 | Ano I

Produção industrial cresce 1,7% em setembro e 6,5% sobre 2007
Apesar da crise financeira, a produção industrial do país acelerou 1,7% em setembro frente ao mês anterior, recuperando queda de 1,2% em agosto, informou nessa terça-feira o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Em relação a setembro do ano passado, foi verificada alta de 9,8%, o que indica um quadro de 27 altas consecutivas nesse dado comparativo. No ano, a indústria tem incremento de 6,5%, em relação ao verificado de janeiro a setembro de 2007. No acumulado dos últimos 12 meses, a produção industrial tem crescimento de 6,8%.
Considerando só o terceiro trimestre, a produção subiu 2,7% sobre os três meses imediatamente anteriores. Trata-se do maior resultado para um terceiro trimestre desde os 2,9% registrados no fim de setembro de 2004. Na semana passada, a FGV - Fundação Getulio Vargas - apontou que a
confiança do setor caiu 11,7% no mês passado e também, para os próximos seis meses. Segundo a entidade, o pessimismo e a desaceleração causada pela crise começarão a ser sentidas na produção nos números de outubro.
Segundo Isabella Nunes, gerente de análise e estatísticas derivadas do IBGE, até setembro o dado "é bastante coerente com o que vinha sendo observado nas estatísticas anteriores". "Embora alguns setores já concedam férias coletivas, esse movimento ainda tem que ser confirmado pelas estatísticas à frente", explicou. A Pesquisa Industrial Mensal demonstra que houve alta na produção em 20 dos 27 ramos pesquisados em setembro, na comparação com o mês anterior. A principal influência veio do setor de máquinas e equipamentos (9%). Também apresentaram alta os setores de edição e impressão (8,4%), refino de petróleo e produção de álcool (3,3%) e alimentos (1,5%).
Por outro lado, os principais resultados negativos vieram das produções de outros produtos químicos (-2,3%) e metalurgia básica (-1,7%). Entre as categorias de uso, os bens de capital tiveram alta de 3,7% em setembro, revertendo queda de 0,5% verificada no mês anterior. Os bens de consumo semi e não-duráveis, registraram aumento de 1,5% na produção, após queda de 0,3% no mês anterior. A produção de bens intermediários, que havia caído 2,7% em agosto, acelerou, mas mesmo assim, teve retração de 0,1%. Os bens de consumo duráveis apresentaram alta de 0,4% em setembro.
Na comparação com agosto do ano passado, houve incremento da produção em 25 das 27 atividades analisadas. A produção automobilística registrou expansão de 20,1% nessa base comparativa. Também avançaram as produções de outros equipamentos de transporte (44,4%) e farmacêutica (29,6%). Ainda na relação com agosto do ano passado, a produção de bens de capital subiu 25,8% e a de consumo duráveis apresentou elevação de 14,9%. Os bens intermediários avançaram 6,6% e os bens de consumo semi e não-duráveis, 7%.

Ministro descarta alteração de juros do consignado para aposentados
Apesar da crise financeira internacional, a taxa de juros do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas permanecerá em 2,5% ao mês. A garantia foi dada nessa terça-feira pelo ministro da Previdência, José Pimentel. Ele afirmou que a dificuldade de crédito provocada pela turbulência no mercado de capitais, não reduzirá o ritmo de geração de empregos formais no fim do ano. "Existe uma pressão por parte dos banqueiros para ganhar um pouco mais, isso é da natureza do sistema financeiro, mas os dados que temos e também os do Ministério da Fazenda nos permitem dizer aos aposentados e pensionistas, que a taxa máxima de juros por mês continuará em 2,5%", disse. Depois de participar de cerimônia em comemoração aos 34 anos da Dataprev - Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social -, Pimentel avaliou que o pior momento da crise financeira ocorreu em setembro e que as medidas tomadas pelos EUA e a União Européia, já apresentam resultados positivos no controle dos mercados. Com a "crise administrada", afirmou o ministro, o Brasil deverá manter o ritmo de criação de novos postos de trabalho formais. "Foi exatamente em setembro que tivemos 282 mil novos trabalhadores com carteira assinada ingressando no mercado. Esse foi o maior número no período histórico brasileiro. Estamos assistindo também, para os três últimos meses do ano, a um cenário de geração de novos postos de trabalho muito forte", acrescentou. "Só o comércio tem nos informado que deve contratar acima de 100 mil novos trabalhadores nesse período. Embora exista a crise, o comércio, que é o termômetro desse processo, deverá crescer entre 8% e 10%, comparado a 2007, que foi o melhor ano para o setor varejista", completou.
Investimentos - José Pimentel assegurou que todas as obras públicas e privadas, que dependem de recursos do FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço -, não serão interrompidas. "Para nós, era preferível que não existisse a crise, mas podemos afirmar que todos os projetos de investimentos, todas as obras públicas e privadas que estão na carteira para serem feitas em 2009, nenhuma está sendo adiada. Por isso, estamos otimistas de que em 2009 o mercado de trabalho no Brasil continuará aquecido". (Agência Brasil)

"Financial Times" prevê outras fusões de bancos na América Latina
A fusão entre os bancos Itaú e Unibanco pode ser apenas a primeira de outras fusões de instituições financeiras que virão, na América Latina, no bojo da crise econômica mundial, segundo o jornal FT -"Financial Times" - na sua edição dessa terça-feira. "Como resultado (da crise)", diz o "FT", "os bancos passarão por tempos austeros e deveremos ver mais fusões entre os credores regionais". "Enquanto executivos afirmam que a fusão entre o Itaú e o Unibanco não foi resultado direto da crise, analistas afirmam que bancos menores provavelmente, serão comprados por seus concorrentes maiores no Brasil e outros países da região", diz o principal jornal de economia e finanças da Europa. "No geral, os bancos latino-americanos estão se mostrando resistentes. Isso porque, apesar de o crescimento do crédito ter se acelerado nos últimos anos, os sistemas bancários da região ainda são relativamente pequenos", afirma o FT.
O diário diz que a América Latina pode ter evitado o pior da crise graças às regulamentações locais dos sistemas bancários, adotadas depois de crises anteriores. "As economias latino-americanas ainda estão pagando o preço pelas crises bancárias domésticas do passado. Mas essas crises, por acidente e delineação, permitiram que os bancos da região passassem pelas tempestades financeiras globais em relativo conforto", diz o FT. O jornal comenta que, na região, os mercados de crédito locais continuaram a funcionar, apesar da crise global. O FT afirma, no entanto que, mesmo melhor preparados, os bancos latino-americanos deverão sofrer com a falta de crédito mundial.
New York Times - A fusão do Itaú com o Unibanco, também é notícia no jornal americano New York Times. O jornal afirma que a operação é um "ponto positivo em tempos duros", destacando que o novo banco vai dominar cerca de um quinto do mercado de crédito brasileiro. "Em tempos melhores, isso poderia preocupar reguladores. Em um (período de) desaquecimento global, essa concentração pode trazer algum conforto", afirma o jornal.
Wall Street Journal – O jornal comenta a transação com a manchete "Bancos do Brasil se fundem enquanto a crise se espalha", dizendo que a operação mostra como o desaquecimento global está afetando até sistemas financeiros "previamente vistos como imunes à crise". Na Argentina, o "La Nacion" destaca que, com a fusão, nasce o maior banco do hemisfério sul e "uma das 20 entidades financeiras mais importantes do mundo". O jornal espanhol "El País", também comenta o tamanho da nova instituição e afirma que "ao se fundir com o Unibanco, o Itaú levanta vôo com pretensões internacionais". (BBC News)

Aracruz anuncia prejuízo de US$ 2,13 bi com aposta sobre câmbio
A Aracruz anunciou nessa terça-feira, que realizará um prejuízo de US$ 2,13 bilhões da "parte mais substancial" de suas apostas cambiais através de derivativos. Segundo a empresa, o pagamento desses valores serão negociados com os bancos com quem realizou essas operações até o final de novembro. "Foi concluído o desfazimento da parte mais substancial das operações com derivativos até então mantidas com os bancos, eliminando-se 97% da exposição da Companhia a derivativos, com a realização de uma perda total de aproximadamente US$ 2,13 bilhões", informou a Aracruz através de comunicado ao mercado. "A Aracruz e os bancos negociarão de boa-fé, até 30 de novembro de 2008, os termos e condições da reestruturação dos valores devidos em razão de tais operações", explicou a empresa. Maior companhia de papel e celulose do país, a Aracruz fez operações de derivativos para proteção contra a desvalorização do dólar nos últimos anos no Brasil. Como tem receita em dólar obtida com exportações e custos em reais, as operações funcionariam como uma defesa para a oscilação cambial. Porém, o tamanho das operações superou a necessidade da companhia e não oferecia qualquer proteção contra a desvalorização do real, como ocorre agora. A Aracruz não é a única empresa que teve prejuízo em operações com derivativos cambiais após a desvalorização do real ante o dólar, ocorrida nos últimos dois meses. Além dela, Sadia, Votorantim e Embraer, também divulgaram perdas, e o governo federal estima que entre 200 e 250 empresas se encontram, em maior ou menor grau, na mesma situação.

JBS inverte resultado e apresenta lucro de R$ 694 mi no 3º trimestre
A JBS, maior produtora e exportadora de carne bovina do mundo, reverteu o quadro negativo do segundo trimestre e obteve lucro de R$ 694 milhões no terceiro trimestre. O principal motivo para o bom desempenho, segundo a empresa, foi o resultado financeiro - deu ganho de R$ 408,7 milhões no terceiro trimestre, enquanto deu prejuízo de R$ 364,4 milhões no segundo trimestre e de R$ 78,3 milhões, no mesmo período de 2007. "Alguns efeitos dessa crise [financeira global], como por exemplo, o movimento do câmbio, trouxe à Companhia importantes benefícios. Esse movimento resultou na valorização de ativos no exterior e contribuiu para a desalavancagem financeira da JBS, uma vez que atualmente, mais de 80% de sua geração de caixa é em moeda americana, e quase a totalidade de sua dívida está em reais", disse a empresa. A crise, aliás, não é encarada com preocupação para a empresa no que se trata das vendas para os próximos trimestres. "Durante crises globais passadas, o consumo de proteína bovina não foi reduzido e, portanto, acreditamos que a demanda por nossos produtos continuará forte e crescente e que continuaremos apresentando bons resultados nos próximos períodos", informou. A receita líquida da empresa no terceiro trimestre foi de R$ 7,771 bilhões, com alta de 48,5% sobre o mesmo período do ano passado. Já o Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 61,8% na mesma comparação, para R$ 470,5 milhões. O destaque operacional da JBS ficou para os EUA, onde a empresa lidera o mercado desde que comprou a Swift no início do ano passado. O Ebitda das operações com carne bovina naquele paí saiu de um resultado negativo de US$ 11,6 milhões no terceiro trimestre do ano passado, para ganho de US$ 155,6 milhões no mesmo período desse ano.

Aposta errada em câmbio faz Embraer ter prejuízo no 3º trimestre
A Embraer anunciou na noite de ontem, que teve prejuízo de R$ 48,4 milhões no terceiro trimestre de 2008, contra lucro de R$ 306 milhões no mesmo período do ano passado e de R$ 176,3 milhões, no segundo trimestre. As perdas com variações cambiais foram determinantes para o resultado. Segundo a empresa, essa perda foi de R$ 366,8 milhões, sendo que R$ 177,8 milhões são resultado de apostas erradas em derivativos cambiais. Se a empresa não tivesse feito essas apostas, o resultado final do trimestre teria sido positivo. Como 97% da produção da Embraer é exportada, o dólar baixo, de até meados de setembro, também causou impacto negativo na receita líquida da empresa. No terceiro trimestre atingiu R$ 2,638 bilhões, ou 3,3% menor do que no mesmo período do ano passado (R$ 2,729 bilhões).
Apesar das perdas com os derivativos cambiais, a Embraer garantiu que não agiu como especuladora no mercado. "Tais operações têm o propósito exclusivo de proteção dos riscos patrimoniais e de fluxo de caixa identificados, não tendo nenhuma característica de alavancagem ou especulação", disse a Embraer em comunicado. Nos dois primeiros trimestres do ano, a empresa obteve ganhos de R$ 107 milhões com essas operações cambiais. Até o momento, mais três empresas admitiram perdas significativas com derivativos cambiais: Sadia (R$ 760 milhões), Aracruz (R$ 1,95 bilhão) e Votorantim (R$ 2,2 bilhões). O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 356,3 milhões no trimestre, com queda de 17,7% sobre o mesmo período do ano passado. A Embraer entregou 48 aeronaves no período, uma a mais do que entre julho e setembro de 2007. "A Embraer reafirma sua estimativa de entregar entre 195 e 200 jatos em 2008, com tendência para o limite superior, além de dez a 15 jatos Phenom 100. A carteira de pedidos firmes da Embraer em 30 de setembro de 2008 alcançou a marca recorde de US$ 21,6 bilhões, incluindo vendas para o mercado de Aviação Executiva, que possui um backlog atual de cerca de US$ 7,0 bilhões", informou a empresa.
Entenda - As operações mencionadas são escoradas em papéis classificados como derivativos cambiais, em contratos com vencimentos futuros. Apesar do vencimento ocorrer de um a dois anos, em média, o preço do dólar do contrato é fixado no momento da assinatura. Assim, se o dólar cai, os bancos cobrem o prejuízo e as empresas lucram, mas se a cotação sobe, ganham os bancos. Só que a disparada da moeda americana é tão forte no último mês, que se teme que as empresas não tenham dinheiro para quitar suas dívidas. Por enquanto,
Sadia, Aracruz e Votorantim anunciaram perdas na casa dos R$ 5 bilhões com as chamadas operações de "hedge" (proteção) cambial. O governo, porém, já estimou em torno de 200 as empresas que podem estar expostas a esse tipo de ativo.

UE proporá ao G-20 que FMI supervisione mercado global
A União Européia quer que o FMI - Fundo Monetário Internacional - assuma um papel central na supervisão dos mercados financeiros mundiais, afirmou a ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, que presidiu uma reunião de ministros do bloco, ontem pela manhã. Durante uma entrevista coletiva, Lagarde disse que a França está trabalhando em uma proposta do bloco para ser levada à reunião dos líderes das 20 maiores economias do mundo (G-20), agendada para 15/11 em Washington. Em outubro, o presidente francês Nicolas Sarkozy falou sobre "relançar o capitalismo" e o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, cogitou que o FMI deveria incorporar a função de banco central mundial. Mas o bloco agora parece disposto a implementar um plano mais modesto, centrado na fiscalização mais rígida dos mercados financeiros e no aumento da cooperação internacional. "Temos de melhorar a eficiência das nossas ações no FMI e de coordenar outras instituições, outros participantes e outros grupos", supervisionando os mercados financeiros, afirmou o comissário para assuntos econômicos e monetários da UE, Joaquin Almunia, durante entrevista coletiva. Ele acrescentou que os bancos europeus precisam voltar a emprestar dinheiro para empresas e consumidores, como forma de recuperar a "economia real". O desaquecimento econômico mundial está afetando todos os países da UE, apesar dos esforços de recapitalização dos bancos e dos pacotes de resgate idealizados pelos governos, segundo Lagarde, mas a queda na inflação abre espaço para cortes nas taxas de juros, o que pode impulsionar o crescimento econômico. O mercado espera que o Banco Central Europeu reduza a taxa de juros em 0,5 ponto percentual na quinta-feira.
(Agência Dow Jones, de Bruxelas)

UE confirma empréstimo de 6,5 bilhões de euros à Hungria
Os 27 países-membros da UE - União Européia - apoiaram ontem, formalmente, a concessão de um empréstimo de 6,5 bilhões de euros à Hungria, para ajudar o país a superar a crise financeira. A decisão foi adotada no Ecofin - Conselho de Ministros de Finanças da UE. Essa ajuda se somará a outros dois créditos concedidos pelo FMI e pelo Banco Mundial, de 12,5 bilhões e 1 bilhão de euros, respectivamente. A Hungria é um dos países europeus mais afetados pela crise financeira internacional, agravada pelo elevado endividamento, e que provocou o afundamento nas últimas semanas de seus mercados e também de sua moeda, o forint. Em troca da concessão dos empréstimos, as autoridades húngaras se comprometeram a acelerar a consolidação orçamentária, assim como a reformar o sistema de controle das contas públicas. Também adotaram medidas para melhorar a liquidez nos mercados e reforçar a estabilidade financeira. O banco central húngaro optou, além disso, por elevar as taxas de juros para conter a depreciação do forint. (Efe, de Bruxelas)

Nestlé busca emergentes para se proteger da crise
A maior empresa de alimentos do mundo, a Nestlé, aposta nos mercados emergentes, como o Brasil, para evitar que a recessão mundial afete seus lucros. A Nestlé admite que seu objetivo é conquistar 1 bilhão de novos clientes nos países emergentes, em dez anos. A multinacional teve vendas recordes no mundo em nove meses e 17% de alta nas vendas no Brasil, prometendo agora lançar uma série de produtos, até mesmo uma feijoada pronta. Outra meta é comprar uma empresa de águas no País. Mas sua cúpula alerta: o Brasil precisa manter a estabilidade econômica e garantir uma maior distribuição de renda. No acumulado de janeiro a setembro, a empresa vendeu US$ 70,1 bilhões, 3,4% acima do que havia registrado em 2007. Nas Américas, as vendas chegaram a US$ 20 bilhões. Nos países emergentes, o crescimento orgânico das vendas foi de 17%, ante 6% na Europa. No mundo, o crescimento orgânico da Nestlé foi de 8,9%. E a venda de comida para animais superou a de chocolates, calculada em US$ 8 bilhões. Hoje, um terço das vendas da Nestlé ocorre nos mercados emergentes. Em dez anos, a estimativa é que os países ricos representem apenas 55% das vendas da multinacional.

MasterCard registra prejuízo de US$ 493,3 milhões no ano
A empresa de cartões de crédito MasterCard anunciou que teve prejuízo de US$ 493,3 milhões (US$ 3,79 por ação), entre janeiro e setembro de 2008, comparado com um lucro de US$ 781,6 milhões (US$ 5,73 por título), nos nove primeiros meses de 2007. A segunda maior companhia de cartões de crédito do mundo faturou até setembro US$ 3,766 bilhões, o que representa um aumento de 25,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando teve vendas de US$ 2,994 bilhões. No terceiro trimestre desse ano, a MasterCard teve perdas no valor de US$ 193,5 milhões (US$ 1,49 por ação), frente a um lucro de US$ 314,4 milhões (US$ 2,31 por título) no mesmo trimestre de 2007. Se forem excluídas verbas extraordinárias, a empresa ganhou US$ 322 milhões (US$ 2,47 por ação), acima das expectativas dos analistas de Wall Street, que tinham calculado que a MasterCard anunciaria um ganho de US$ 2,22 por título. A companhia com sede em Purchase/Nova Jersey, faturou entre julho e setembro US$ 1,338 bilhão, 23,6% a mais que no terceiro trimestre de 2007, quando as vendas totalizaram US$ 1,082 bilhão. No primeiro semestre, a companhia teve prejuízo de US$ 300 milhões. Até 30/9 as instituições financeiras tinham emitido 970 milhões de cartões MasterCard, o que representa um aumento de 10,3%, frente à mesma data em 2007. O presidente e executivo-chefe da MasterCard, Robert Selander, se mostrou muito satisfeito com os resultados da companhia no terceiro trimestre "em tempos de desafios econômicos sem precedentes". (Efe, de Nova Iorque)


Cencosud lucra 41,9% menos
A chilena Cencosud, uma das principais varejistas da América Latina, com presença no Brasil por meio da rede de supermercados GBarbosa, disse que no acumulado dos primeiros nove meses do ano, seus lucros caíram 41,9% em relação ao mesmo período de 2007. O resultado foi prejudicado pela forte base de comparação, já que no ano passado a empresa teve ganhos extraordinários pela venda de ativos e pela joint-venture com o grupo francês Casino, no mercado colombiano. A empresa teve um resultado líquido de US$ 149,45 milhões, contra US$ 257,07 milhões, um ano antes. Já as vendas da empresa cresceram 43,8% no acumulado desse ano, devido ao crescimento das vendas no Chile e na Argentina e à incorporação de operações no Peru e no Brasil.

Setor imobiliário pisa no freio em outubro
O mês de outubro sinalizou a reversão no setor imobiliário em São Paulo, que vinha em crescimento acelerado até o primeiro semestre desse ano. Foi detectada queda nas vendas na segunda quinzena do mês, segundo o Secovi-SP - Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo. A estimativa se baseia nas visitas de possíveis compradores aos locais de venda e no fechamento dos negócios. A avaliação do mercado é que se trata de um momento de reflexão dos consumidores, que continuam considerando as propostas e fazendo as negociações, mas agora são mais cautelosos, impactados pela crise internacional e pela alta dos juros.

Varejo terá 113 mil empregos temporários
Historicamente a época do ano em que comércio e serviços mais recrutam trabalhadores temporários, o Natal de 2008 deve gerar 8% mais vagas formais que em 2007, chegando 113 mil postos de trabalho em todo o Brasil. O número que mostra o otimismo do setor com as vendas de final de ano, faz parte de estudo realizado pelo Ipema - Instituto de Pesquisas Manager - e coordenado pelo Sindiprestem - Sindicato das Empresas de Prestação de Serviço e Trabalho Temporário - e pela Asserttem - Associação Brasileira de Empresas Terceirizáveis e Trabalho Temporário. No ano passado, as contratações cresceram 16%, totalizando 105 mil vagas.

Venda de materiais de construção sobe 34%
Números divulgados pela Abramat - Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção - mostram que no acumulado de janeiro a setembro, as vendas do setor cresceram 34,8% em relação ao mesmo período de 2007, para R$ 76,5 bilhões. Em setembro, houve um crescimento de 52,9% na comparação anual e de 4,3% em relação a agosto, para R$ 10,4 bilhões. Com isso, a Abramat revisou novamente, para cima a projeção de crescimento, para 23%. A expectativa inicial, em janeiro, era de 12%, índice que depois foi revisto para 15% e 18%. A partir de 2009, porém, a entidade espera uma desaceleração no consumo, com crescimento entre 6% e 8%.

Marabraz abre loja na zona leste de SP
A rede de móveis populares Marabraz abriu nessa semana, sua quinta unidade no bairro de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo/SP. O ponto de venda oferece produtos a preços acessíveis, com um mix composto por itens para quarto, sala, cozinha e infanto-juvenil, com condições de pagamento diferenciadas, como a possibilidade de efetuar o primeiro pagamento em até 150 dias.

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MERCADO de Ações & Futuros

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

Animada por Bolsas mundiais, Bovespa fecha com forte ganho de 5,24%
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) concluiu os negócios de hoje em forte alta. Investidores voltaram às compras, optando pelos papéis do setor bancário, que voltou ao "foco" do mercado após a fusão Itaú-Unibanco e com rumores de novas movimentações entre as instituições financeiras no país. A cena externa também contribuiu para a recuperação: o mercado americano "ignorou" as más notícias, animado com
a expectativa de um novo ocupante para a Casa Branca. O dólar cedeu a R$ 2,11.

- O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, teve alta de 5,24% e atingiu os 40.254 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,48 bilhões.
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O dólar comercial foi negociado a R$ 2,112 para venda, em decréscimo de 2,58% sobre a cotação de ontem.
- A taxa de risco-país marca 446 pontos, número 1,59% acima da pontuação anterior.

- Em seu leilão diário de "swap" cambial, o Banco Central colocou pouco mais de US$ 600 milhões desses contratos, que oferecem proteção ao agente financeiro contra as oscilações do dólar e tendem a diminuir a pressão sobre os preços da moeda americana.
- Entre as ações líderes da Bolsa, a ação preferencial da Petrobras subiu 8,47%, enquanto a ação da Vale teve avanço de 5,47%. Ainda no rol dos papéis preferidos pelos investidores hoje, a ação do Itaú teve alta de 4,83%, enquanto os ativos do Bradesco e do Banco do Brasil valorizaram 3,17% e 15,64%, respectivamente. E o papel do banco estadual Nossa Caixa, sob perspectiva de ser comprado, disparou 13,86%.

Análise - Corretoras de valores começaram a rever suas projeções para o mercado financeiro, passado o que especialistas consideram o "auge da crise" no mês de outubro. Diante da perspectiva de um desaquecimento econômico, as recomendações começaram preterir papéis de empresas ligadas às commodities (matérias-primas) e indicar ações de empresas voltadas para a economia doméstica. "Decidimos ainda manter certa concentração nos bancos brasileiros, que vêm mostrando solidez diante da fragilidade do setor financeiro norte-americano e ganhando importantes posições nos 'rankings' globais do setor, tanto em ativos como em valor de mercado", afirma a equipe de analistas da corretora Spinelli.


Bolsas dos EUA fecham em forte alta com expectativa de novo cenário
As Bolsas americanas fecharam em forte alta nesta terça-feira com os investidores antecipando ganhos para o fim de ano. O mercado americano praticamente desconsiderou as más notícias, animado com a expectativa de um
novo ocupante para a Casa Branca (que foi conhecido às 2h20min da madrugada de hoje, dia 5/11, sendo eleito Barack Obama).

- O Dow Jones Industrial Average (DJIA), principal indicador da Bolsa de Nova York, avançou 3,28%, aos 9.625,28 pontos, e atingiu o patamar mais elevado em quatro semanas.
- O Nasdaq, índice de alto componente tecnológico, subiu 3,12%, aos 1.780,12 pontos.
- O S&P 500 ganhou 4,08%, aos 1.005,75.

Análise - Esta foi a maior alta do Dow Jones em um dia de votação presidencial, batendo o 1,2% de ganhos em 1984, quando Ronald Reagan derrotou Walter Mondade. Para alguns analistas, o mercado reagiu à aproximação do desfecho da histórica eleição presidencial nos Estados Unidos, com investidores esperançosos de que um novo líder traga soluções para a crise financeira. Outros, no entanto, apostam na antecipação de ganhos no fim de ano. Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA informou que os pedidos industriais caíram 2,5% em setembro. Trata-se a maior queda desde que o índice é publicado em sua forma atual, em 1992. Mas o dado foi praticamente ignorado pelo mercado de capitais.

- O volume de negócios foi fraco, mas os analistas projetam uma melhora dos ânimos do mercado e do cenário após a devastação registrada nas Bolsas no mês passado.
- Os sólidos ganhos em Nova York, desde o início do pregão, deram um ímpeto adicional às
bolsas européias, que fecharam em forte alta, após um dia de tendências mistas na Ásia. A Bolsa de Londres fechou com ganhos de 4,42% em seu índice FTSE-100, que ficou nos 4.639,50 pontos nesta terça-feira.

Bolsas da Europa avançam, mas com volume fraco
As principais bolsas européias terminaram em alta, com investidores aproveitando os preços baixos das ações para comprar, mas mostrando cautela enquanto aguardam o resultado das eleições presidenciais nos EUA. Os volumes negociados foram relativamente pequenos, segundo operadores. "A boa notícia é que o mercado tende a ter um bom desempenho entre o dia da eleição e o final do ano. A má notícia é que a lua de mel geralmente dura pouco", disseram economistas da Capital Economics, acrescentando que desde 1960 a média de avanço das bolsas no ano é de 4,5% após as eleições.

Análise - Os mercados de ações europeus também recebiam impulso de uma nota divulgada pelo Morgan Stanley, na qual o banco de investimentos afirma que quatro indicadores que utiliza como referência - valorização, capitulação, risco e fundamentos - sinalizavam que agora era um momento de compras e que investidores prudentes não deveriam assumir posições vendidas (de aposta na queda das ações). As ações do setor de mineração estavam entre as que tiveram o melhor desempenho do dia, dando continuidade a um rali sustentado pelo argumento de que grande parte do mercado está sobrevendido. Os papéis da mineradora sueca Boliden avançaram 24% em Estocolmo. Em Londres, as ações da Kazakhmys subiram 17,62% e as da Xstrata ganharam 12,03%.

Londres - Em Londres, o índice FTSE 100 terminou em alta de 196,22 pontos, ou 4,42%, a 4.639,50 pontos, impulsionado principalmente pelo setor de mineração. As ações da Lonmin subiram 14,89%, as da Rio Tinto, 8,10% e as da BHP Billiton, 7,72%. Os papéis da rede varejista Marks & Spencer ganharam 7,67%, apesar de a companhia divulgar uma queda acentuada nos lucros e vendas do primeiro semestre. Analistas afirmaram que não havia surpresas negativas no resultado e que a companhia manteve os dividendos.
Frankfurt - O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, subiu 251,20 pontos, ou 5%, para 5.278,04 pontos, com ações do setor financeiro avançando diante da expectativa de um corte de juros pelo Banco Central Europeu na quinta-feira. Os papéis do Commerzbank avançaram 14,12%, os da Allianz, 14% e os do Deutsche Bank, 15,40%. A BMW teve alta de 12%, apesar de divulgar um grande prejuízo no terceiro trimestre e um novo alerta de lucro.
Paris - Em Paris, o índice CAC-40 avançou 163,12 pontos, ou 4,62%, para 3.691,09 pontos, numa sessão com pouco volume negociado, segundo um operador. As ações de instituições financeiras tiveram o melhor desempenho, reagindo à diminuição dos temores sobre o crédito. Axa subiu 16,92%, Société Générale ganhou 11,15%, BNP teve alta de 5,56% e Crédit Agricole avançou 6,83%. A Suez Environnement recuou 2,57% e o Carrefour, 0,1%.
Madri - O índice Ibex-35, da Bolsa de Madri, subiu 495 pontos, ou 5,36%, para 9.726,8 pontos, com impulso do movimento de alta no mercado de ações dos EUA. A Gamesa teve o melhor desempenho da sessão, avançando 15,76%. Os papéis do BBVA ganharam 8,62%. As ações do Bankinter foram as únicas que encerraram em queda, de 0,2%.



Bolsas da Ásia fecham indefinidas à espera de eleição nos EUA
As Bolsas da Ásia fecharam sem tendência definida com a espera dos investidores pelos resultados das eleições nos EUA. Os mercados do continente operaram perto da estabilidade quase durante todo o dia sem grandes investimentos.

- Somente a Bolsa de Tóquio (Japão), que permaneceu fechada na segunda-feira, 3/11, devido a um feriado, subiu 6,29% no final do dia.

Análise - A alta foi causada principalmente, pela expectativa dos investidores com uma possível fusão entre as gigantes de tecnologia Panasonic e Sanyo. Um acordo entre as duas fabricantes poderia criar a maior empresa do setor no país e uma das maiores do mundo.

- Na Austrália, o dia fechou com queda de 0,08%;
- Na Coréia do Sul, a Bolsa subiu 2,21%; na China, o mercado recuou 0,76%;
- Hong Kong baixou 2,21%; a Indonésia subiu 1,18%.


Preço do petróleo Brent cai abaixo dos US$ 60
O preço do petróleo do tipo Brent (de referência na Europa) caiu abaixo da marca de US$ 60 por barril, a primeira vez em 20 meses, devido a temores de uma recessão da economia americana.
O Brent cru, para entrega em dezembro, caiu US$ 1,56 por barril em Londres, atingindo o preço de US$ 58,92, enquanto o petróleo cru caiu US$ 1,19, e foi a US$ 62,72 por barril. Os preços de petróleo desabaram depois de atingirem o pico histórico de US$ 147 em julho. O resultado é reflexo da redução do consumo. Integrantes do grupo de países exportadores Opep - Organização dos Países Exportadores de Petróleo - decidiram cortar a produção para forçar uma alta do preço. "A principal preocupação é a economia americana", afirma o analista de energia Victor Shum, da Purvin & Gertz. O banco Credit Suisse divulgou sua nova previsão de consumo de energia da China, para o próximo ano. Segundo o banco, a China vai consumir menos energia em 2009 e deve ficar no mesmo nível de 2008. Há expectativa de que o consumo em países em desenvolvimento como, China e Índia, possa compensar a queda da demanda nos EUA. (BBC News)

Fundo especulativo do Goldman Sachs perde quase US$ 1 bilhão com crise
Um dos fundos especulativos do banco de investimentos americano Goldman Sachs perdeu US$ 989 milhões desde seu lançamento em janeiro, em novo exemplo da crise desse tipo de fundo, informou ontem no final da tarde o jornal "Financial Times". O fundo Goldman Sachs Investment Partners, cujo lançamento no início do ano foi apresentado como um dos mais importantes do setor, com US$ 6 bilhões, sofreu uma queda de 13% no terceiro trimestre. Cerca de metade das perdas registradas pelo Goldman Sachs Investment Partners provém de seus investimentos em matérias-primas e metais na indústria mineradora, em energia e em produtos agrícolas. O Goldman Sachs foi um dos bancos de investimentos dos EUA autorizado pelo Fed (Federal Reserve, o BC americano) a se tornar banco comercial. A mudança no status permite que ele crie um banco que poderá tomar depósitos, amparando os recursos de ambas instituições, e tenha o mesmo acesso que outros bancos comerciais aos planos de empréstimo da emergência do Fed. (France Presse, de Washington)

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ÍNDICES ECONÔMICOS


Inflação medida pela Fipe fecha outubro com alta de 0,50%
O IPC - Índice de Preços ao Consumidor - no município de São Paulo, subiu 0,50% no fim de outubro, após avanço de 0,39% na terceira prévia do mês, segundo divulgado ontem, pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas. Em setembro, a inflação tinha sido de 0,38%. No mês fechado, Habitação registrou alta de 0,76%, a maior entre as sete classes de despesas pesquisadas, após ter subido 0,72% em setembro. Saúde registrou aumento de 0,63%, Vestuário, de 0,54%. Já o grupo Alimentação, que na maior parte do ano puxou a inflação, subiu 0,37% em outubro. Transporte teve variação positiva de 0,36%, enquanto Despesas Pessoais subiu 0,26%. Educação, por fim, teve a menor variação positiva, de 0,04%. O IPC mede a variação dos preços no município de São Paulo de famílias com renda até 20 salários mínimos.

IBGE: dados de outubro devem trazer reflexos da crise
A produção industrial de setembro, ainda não mostrou nenhum efeito do agravamento da crise mundial que ocorreu a partir daquele mês, observou ontem a economista da coordenação de indústria do IBGE, Isabella Nunes.
No entanto, ela espera que os resultados de outubro "mostrem efeitos negativos" das férias coletivas, determinadas por alguns setores por causa da crise. "A indústria não mostra em setembro nenhum efeito da crise, como confirmam os dados mensais e trimestrais", disse. Segundo Isabella, algumas estatísticas de outubro, como a produção de automóveis e os indicadores de confiança dos empresários, apontam que os dados do mês passado podem mostrar efeitos da crise. No entanto, o efeito calendário vai ser favorável aos resultados de outubro, que terá um dia útil a mais do que em igual mês do ano passado.
De acordo com Isabella, os efeitos da menor oferta de crédito para o setor produtivo deverão ocorrer, sobretudo, na produção de bens duráveis e de bens de capital (máquinas e equipamentos). "Os setores que vinham liderando o crescimento são os que mostram maior associação com o crédito, é possível que sejam os segmentos mais sensíveis a essa redução de crédito que está ocorrendo", disse.
Ela lembrou ainda que a alta da taxa básica de juros, a Selic, que ocorreu de abril a setembro deste ano, passando de 11,25% ao ano para os atuais 13,75% ao ano, ainda não afetou os resultados industriais.
Setores - A produção de veículos automotores aumentou 20,1% em setembro ante igual mês do ano passado e representou o principal impacto setorial positivo para o aumento da produção da indústria brasileira no período, de 9,8%. Os demais efeitos positivos de destaque nessa base de comparação foram verificados, nessa ordem, por máquinas e equipamentos (21,4%), farmacêutica (29,6%) e outros equipamentos de transporte (44,4%). Por outro lado, a principal influência negativa nos resultados industriais de setembro veio da indústria de madeira, que registrou queda de 17,4% na produção ante igual mês do ano passado. Das 27 atividades pesquisadas pelo IBGE, 25 mostraram crescimento em setembro ante igual mês de 2007.

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MERCADO FINANCEIRO


Bradesco deve ir às compras de olho no topo
O Bradesco se afastou da liderança do ranking dos maiores bancos privados do país, após a anunciada fusão do Itaú com o Unibanco. Agora, analistas avaliam o caminho, para o Bradesco, será o de buscar novas aquisições para se reaproximar do topo. O problema é que poucas instituições financeiras teriam porte suficiente para elevar consideravelmente o Bradesco no ranking - e negam que estejam para ser vendidas. Na avaliação do Bradesco, a fusão "amplia a disputa no já competitivo mercado financeiro brasileiro". "Para o Bradesco e seus clientes, nada muda. A concorrência e a superação de desafios são elementos presentes na história empresarial de sucesso do Bradesco desde sua fundação, em 1943", afirmou o banco em nota. "A base de nossa estratégia permanece a mesma: oferecer um padrão de alta qualidade e eficiência administrativa aos nossos 37,1 milhões de clientes, por meio de uma rede de 30.671 pontos de atendimento, com presença em todos os municípios brasileiros, e a permanente busca de evolução dos nossos fundamentos em favor dos acionistas", afirmou a instituição.
Enquanto o Bradesco contava com ativos totais de R$ 422,7 bilhões no final do terceiro trimestre, a instituição criada após a fusão de Itaú e Unibanco, passa a ter ativos de R$ 575,1 bilhões. Antes da fusão, o Itaú registrava ativos de R$ 396,6 bilhões, e o Unibanco, de R$ 178,5 bilhões (dados do 3º trimestre). "O Bradesco tem uma série de opções para olhar e não podemos esquecer do setor segurador, que tem sido relevante para a instituição. O banco vem de um processo de integração, digerindo as instituições que adquiriu nos últimos tempos, e mostra estar com o caixa fortalecido para buscar novas aquisições", diz Luis Miguel Santacreu, analista de bancos da Austin Rating. Apesar de nenhuma operação ter sido anunciada até o momento, o governo baixou no mês passado, uma medida provisória pela qual liberou os bancos públicos para comprar participações em outras instituições financeiras ou empresas.
Com isso, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, também podem crescer ainda mais, em breve. Uma operação que, espera-se, seja anunciada ainda nesse ano, é a aquisição da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil. Para Jordão Resende, analista financeiro do Inepad - Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração -, "o Bradesco sempre teve uma estratégia de crescimento, voltado à liderança do mercado". "Dessa forma, não me surpreende se, em breve, tivermos o banco anunciando a aquisição de alguma instituição financeira de médio ou pequeno porte", afirma. Entre os maiores negócios fechados pelo Bradesco do ano passado para cá, aparecem a aquisição das operações da Amex e as compras do banco BMC e da corretora Ágora
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Itaú confirma lucro de R$ 1,8 bi no terceiro trimestre
O Itaú confirmou nessa terça-feira, que obteve lucro de R$ 1,848 bilhão no terceiro trimestre desse ano, com quedas de 9,5% sobre o obtido no segundo trimestre e de 23,9%, sobre o obtido no terceiro trimestre do ano passado. O banco, que anunciou ontem, uma
fusão com o concorrente Unibanco, já tinha divulgado o resultado extra-oficial na semana passada, mas sem ter passado por uma auditoria independente. No acumulado do ano até setembro, o lucro ficou em R$ 5,932 bilhões, ou 8% menor do que em igual intervalo do ano passado.
A carteira de crédito do banco fechou setembro em R$ 165,486 bilhões, com alta de 11,1% que os R$ 148,073 do final de junho desse ano. Na mesma comparação, os ativos totais avançaram 15,3% - de R$ 343,87 bilhões para R$ 396,599 bilhões. Os problemas no mercado de crédito brasileiro causados pela crise financeira global, se fez notar na redução das receitas do banco entre o segundo e o terceiro trimestre. A receita bruta com intermediação financeira recuou 34,6%, para R$ 3,09 bilhões, enquanto as receitas com serviços, tarifas bancárias, seguros, previdência e capitalização foram 11% menores, a R$ 4,749 bilhões. Enquanto isso, as despesas operacionais avançaram 14,3%, para R$ 4,313 bilhões.
Fusão - Itaú e o Unibanco
anunciaram ontem, que irão fundir suas operações financeiras, o que formará o maior banco do país e o maior grupo financeiro do Hemisfério Sul. Segundo as duas instituições, o total de ativos combinado é de mais de R$ 575 bilhões - contra R$ 403,5 bilhões do Banco do Brasil, e R$ 348,4 bilhões do Bradesco, de acordo com dados de junho do Banco Central.
A presidência do Conselho de Administração ficará a cargo de Pedro Moreira Salles (pelo Unibanco) e o Presidente Executivo, será Roberto Egydio Setubal (pelo Itaú). O Conselho de Administração do novo banco será composto por 14 membros, sendo que seis serão indicados pelos controladores da Itaúsa e pela família Moreira Salles, e os demais serão independentes. Com a união, o plano das diretorias dos dois bancos é ganhar projeção internacional. Eles afirmaram que a nova instituição tem capacidade para ter escala global, acompanhando o processo de internacionalização pelo qual passam as empresas brasileiras.
Segundo Pedro Moreira Salles, presidente do Unibanco e futuro presidente do conselho de administração do Itaú Unibanco Holding, a meta é tornar-se "player" global em cinco anos, lembrando que o Itaú já possui operações em alguns países como Chile, Uruguai e Argentina. "A América Latina é um lugar natural para um banco brasileiro se internacionalizar. Há outros países [latino-americanos] que são atraentes e onde não estamos, como México e Colômbia. (...) Com eles temos um alinhamento cultural maior", disse Setubal, ontem.

Internacionalização de Itaú e Unibanco não seria possível sem fusão
O presidente do Unibanco, Pedro Moreira Salles, afirmou nessa terça-feira, que os processos de internacionalização do seu banco e do Itaú não seriam possíveis sem uma
fusão das duas, o que foi anunciado ontem. Para ele, a união dos dois gigantes do setor bancário brasileiro gera um "conforto" que permitirá a conquista de mercados no exterior. "Tendo essa capacidade no mercado local, podemos olhar pra fora com muito mais conforto e segurança. Nos permitirá ambicionar coisas que sozinhos não poderíamos fazer", disse o banqueiro em teleconferência com analistas de mercado, para explicar a fusão entre os bancos, que será o maior do Hemisfério Sul. "A aglomeração de talentos [da nova companhia] é algo inusitado e nosso sistema bancário é desenvolvido. Eu achava estranho não existir uma multinacional brasileira do setor. Agora há uma oportunidade real de fazê-la."
Assim como fez ontem, Salles e o presidente do Itaú, Roberto Setubal, confirmaram que o primeiro passo para esse processo de internacionalização será a América Latina, onde já possuem participação de mercado em alguns países. Segundo Setubal, os mercados que mais interessam a princípio são o Chile - onde já está, mas com pouca presença -, Colômbia e México. Ontem, eles disseram que a meta é atingir essa internacionalização em
cinco anos.
Segundo cálculos dos dois bancos, o valor de mercado da nova companhia seria hoje de US$ 44,9 bilhões, o que daria o posto de 16º maior banco do mundo. O líder nesse ranking é o chinês ICBC - Banco Industrial e Comercial da China -, com valor de US$ 176,36 bilhões, seguido pelo americano JP Morgan Chase (US$ 151,8 bilhões) e pelo inglês HSBC (US$ 146,88 bilhões). O brasileiro mais próximo seria o Bradesco, em 21º, com valor de US$ 34,12 bilhões.
Sinergias
Os dois banqueiros evitaram novamente darem detalhes sobre onde pretendem obter sinergias, e nem quanto será gerado de ganho com essas medidas. Porém, ontem deram maiores pistas. "Realmente não fizemos contas de sinergias. É uma operação complexa e grande, queremos fazer [as contas] com bastante cuidado", disse Setubal. "Mas sem dúvida há um potencial importante que iremos buscar." Setubal citou como possíveis pontos de obtenção de sinergias a área de receitas - através da venda de produtos específicos dos bancos para os clientes que são do outro - e na área de computação, onde se pode otimizar a utilização das centrais de processamento de dados e economizar na compra de sistemas e pagamentos de royalties de uso.
Já Salles lembrou que o Itaú possui um "ótimo relacionamento" com não-clientes - pessoas que possuem produtos do banco, mas não são correntistas -, enquanto o Unibanco possui uma larga base de não-clientes obtidos principalmente, através dos cartões de crédito e de "private label" (cartões de loja). Segundo o diretor de relações com investidores do Itaú, Alfredo Setubal, se a nova companhia obtivesse sinergias de R$ 142 milhões, já renderia ao acionista do Itaú, um lucro por ação igual ao que teria se não ocorresse a fusão. "É um valor baixo, podemos fazer mais que isso", afirmou.
Mas esse ganho não será feito com fechamento de agências, garantiram novamente os banqueiros dos dois bancos. "Estamos fazendo esse negócio com interesse em crescer. As agências são rentáveis e cheias de clientes, e não há motivo para fechar. Uma das coisas que me arrependo na compra do Nacional em 1995, foi ter fechado agências, já que não conseguimos transferir integralmente os clientes", explicou Salles.

Presidente da Anbid vê pouco impacto da crise na indústria de fundos brasileira
O presidente da Anbid - Associação Nacional dos Bancos de Investimento -, Marcelo Giufrida, considera os efeitos da crise financeira global na indústria de fundos brasileira como limitados, na comparação com outros países, vendo o investidor ainda muito confiante com essa aplicação. "De uma maneira geral, podemos afirmar que a indústria de fundos tem resistido bem à crise. Os saques registrados pelos fundos brasileiros são relativamente pequenos, em relação ao tamanho do setor, de mais de R$ 1,2 trilhão", disse em entrevista ao portal Como Investir. De acordo com dados da Anbid disponibilizados até o dia 29/10, o total de resgates efetuados no mercado doméstico de fundos supera o total de aplicações em R$ 53,5 bilhões em 2008. Somente em outubro, a fuga ultrapassa os R$ 26 bilhões. Para se ter uma idéia, em 2007, a captação líquida somou R$ 44,7 bilhões.
Rentabilidade - Giufrida, que há 12 anos participa da instituição e assumiu oficialmente seu comando no mês passado, reconheceu que, diante da crise, os fundos de investimento estão oferecendo retornos menores, o que se trata de um fenômeno global. "A rentabilidade das aplicações financeiras reduziu de maneira geral, em quase todos os países", afirmou. Ao falar sobre desafios, o presidente da Anbid ressaltou os novos concorrentes na renda fixa, como os títulos de CDBs - Certificados de Depósito Bancário -, o que eleva a importância da gestão profissional. "A indústria vai se renovar para continuar a atrair investidores. Aprimorar é uma das metas permanentes da Anbid". Segundo dados da consultoria internacional EPFR Global, os fundos de ações e renda fixa no mundo encerraram outubro, com uma captação líquida negativa de US$ 52 bilhões. Na última semana do mês, porém, os fundos de ações de países como o Brasil apresentaram saldo de US$ 337 milhões.

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COBERTURA ESPECIAL - Salão do Automóvel

*Roberto Ching Su, repórter especial do I-Press.biz na cobertura do Salão do Automóvel, em São Paulo.

Vendas de veículos têm 1ª queda do ano em outubro
Como reflexo direto da crise financeira internacional, as vendas de veículos no Brasil tiveram em outubro, sua primeira queda do ano na comparação com o mesmo mês de 2007. No mês passado, foram licenciados 239.267 unidades (entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus), contra 244.457 em outubro do ano passado - uma queda de 2,12% -, de acordo com uma fonte do setor automotivo. Em relação a setembro, houve decréscimo de 11%. Naquele mês, foram vendidos 268.710 veículos.
Outubro foi o primeiro mês fechado em que foi possível avaliar os impactos da crise no país desde seu recrudescimento, no dia 15/9, com o pedido de concordata do banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers. "O problema não é a demanda por veículos. Essa continua. Acontece que já não temos condições de crédito adequadas", diz Andre Beer, ex-presidente da Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores - e consultor especializado no mercado automotivo.
Com prazos de financiamento mais reduzidos, taxas de juros mais elevadas e maior valor de entrada, o consumidor agora tem dificuldade em comprar automóvel, explica Beer. De acordo com ele, porém, dado o impacto da turbulência global, o resultado das vendas no mês passado pode ainda ser considerado "razoável". "Pensamos que a retração viesse ainda mais acentuada", diz. Para o último trimestre, Beer prevê que haja uma queda de até 10% nos volumes vendidos em função da escassez de crédito na economia.
Confiança
Segundo o economista Francisco Pessoa, consultor da LCA, o mês passado foi particularmente negativo em função da alta volatilidade dos mercados e de um clima de pessimismo mais agudo. "Foi um mês de um susto muito grande, o que provocou uma queda na confiança em relação à economia." Para ele, a tendência é que haja nos próximos meses "uma descompressão". "Na medida em que a volatilidade diminui e a confiança se restabelece, o crédito também volta a fluir."
Em um cenário considerado mais provável, a LCA projeta um crescimento de 20% nas vendas de veículos para esse ano e de 5% para 2009. Pessoa lembra que a desaceleração nas vendas já estava em curso antes do agravamento da crise, como efeito da retomada do aperto monetário pelo Banco Central. Na última sexta-feira, em reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, os presidentes das principais montadoras discutiram formas para aliviar o crédito no setor. O presidente da Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores -, Jackson Schneider, espera que as medidas tomadas pelo governo para injetar maior liquidez no mercado, como a redução nos compulsórios, já comece a surtir efeito nessa semana.


Ford antecipa férias coletivas de suas unidades no Brasil
A Ford anunciou ontem a noite que funcionários de suas três unidades no Brasil – Camaçari/BA, São Bernardo do Campo e Taubaté/SP - terão suas férias coletivas antecipadas devido à desaceleração das vendas de carros e caminhões. Inicialmente, as férias dos 8.800 trabalhadores de Camaçari (região metropolitana de Salvador) estavam programadas para 24 de dezembro a 2 de janeiro. Com a decisão da empresa, os funcionários começam o recesso em 10 de dezembro (turno da noite) e em 11 de dezembro (turnos da manhã e tarde) e voltam às atividades somente em 5 de janeiro.
Em São Bernardo, o período de descanso envolve os funcionários da produção de caminhões e será de 15 de dezembro a 2 de janeiro de 2009. Pela programação anterior da empresa, as férias deveriam acontecer entre 22 de dezembro e 2 de janeiro. Os sábados de produção também foram cancelados até o final do ano.
Em nota, a Ford diz que pode adiar a data para o início do segundo turno de produção em São Bernardo. "Em função da necessidade de ajuste de produção à demanda, a data de início do segundo turno de produção prevista para janeiro de 2009 será redefinida de acordo com a evolução do mercado", diz o texto da empresa. Em Taubaté, apenas os empregados da linha de transmissões terão as férias coletivas ampliadas a partir de 15 de dezembro, uma semana antes da previsão estabelecida pela montadora. Os funcionários da unidade do Vale do Paraíba também retornam às atividades em 2 de janeiro.
A fábrica de Camaçari, a única de uma montadora no Nordeste, tem capacidade para colocar no mercado 250 mil carros por ano, dos quais 80,2 mil são destinados à exportação. Apesar de antecipar as férias coletivas, a Ford, também em nota, confirmou a manutenção dos investimentos programados pela empresa até 2012 na América do Sul. Além da Ford, outras três montadoras -
Volkswagen, Fiat e GM já anunciaram férias coletivas. Na Volks, cerca de 1.900 trabalhadores da fábrica de São José dos Pinhais/PR suspenderam ontem as atividades e somente retornam no dia 19.
Na unidade da Fiat em Betim/MG, houve paralisação da produção em outubro e há uma nova programada para este mês. A GM anunciou férias coletivas para sua planta de São José dos Campos (SP), com períodos de paralisação que vão de 17 de novembro a 23 de dezembro. Também há programação de férias para as unidades da empresa em São Caetano/SP e Gravataí/RS.

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AGRONEGÓCIOS


Colheita do pêssego foi aberta ontem no RS
Os produtores rurais da Vila Nova, na Zona Sul de Porto Alegre/RS, começam a colher a safra de pêssego desse ano e, para celebrar o início da safra e a chegada da 24ª Festa do Pêssego de Porto Alegre e da 17ª Festa Estadual do Pêssego, aconteceu ontem, dia, 4/11, a abertura oficial da colheita do pêssego na capital. A solenidade está marcada para as 14h, na propriedade de Fernando Bertaco (Estrada Francisca de Oliveira Vieira, 3287, Bairro Belém Novo) que contou com a presença do presidente da Emater/RS, Mário Augusto Ribas do Nascimento, do gerente regional da Emater/RS-Ascar em Porto Alegre, Claudinei Baldissera, do vice-prefeito, Eliseu Santos e do secretário municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), Léo Antônio Bulling. Em Porto Alegre são cultivados atualmente 120 hectares de pêssego e a expectativa é de que sejam colhidas 800 toneladas das variedades Flá, Premier, Pampeano, Peach, Chimarrita, BR-3, Coral, Marli, Sulina, Maciel, Granada e Douradão. O município é conhecido por tradicionalmente, produzir pêssego de mesa e promover, no mês de novembro, a festa com a intenção de aproximar o produtor do consumidor, divulgar o cultivo da fruta e escoar a produção. A Festa começará no sábado, 8/11, e continuará nos dias 9, 15, 16, 22 e 23 de novembro, das 9h às 20 horas, no Centro de Eventos da Vila Nova (Avenida João Salomoni, em frente ao n.º 2.637), com entrada franca. O público estimado na festa é de 50 mil pessoas. O evento é promovido pela Emater/RS-Ascar, Smic - Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio -, Sindicato Rural de Porto Alegre e conta com o apoio da Associação dos Moradores do Bairro Vila Nova.

Para Japão, biocombustível prejudica alimentos
A preocupação de que a produção de biocombustíveis possa afetar a oferta e os preços dos alimentos, ainda é muito grande no Japão, país que importa mais de 60% do que sua população come. O tema esteve em alta na conferência do Banco Interamericano de Desenvolvimento, em Tóquio, nos dias 30 e 31/10/2008, para mais de 300 participantes no Nippon Keidanren, a principal entidade empresarial japonesa.De acordo com o representante-chefe para a América do Norte da Única - União da Indústria de Cana-de-Açúcar -, Joel Velasco, o debate não cabe no caso brasileiro e argumentos sólidos e concretos confirmam essa afirmação. "Em primeiro lugar, o Brasil conseguiu substituir 50% de seu consumo de gasolina por etanol de cana-de-açúcar. O segundo aspecto importante é o cultivo de cana para produção de etanol não ultrapassa 1% do total das terras aráveis do País. E também, mesmo sendo o maior e mais desenvolvido mercado de biocombustíveis do mundo, o Brasil é também um dos maiores produtores e exportadores de alimentos", disse.Velasco destacou ainda, aspectos ligados à sustentabilidade e às mudanças climáticas, revelando o papel que o setor sucroenergético brasileiro tem exercido em termos econômicos, ambientais e sociais. "O trabalhador do setor sucroenergético brasileiro é um dos mais bem pagos da agricultura brasileira e quase 100% deles, têm carteira assinada", afirmou, lembrando que 13% dos trabalhadores da agricultura americana são imigrantes ilegais, de acordo com o Pew Hispanic Center.O executivo da Unica, também mostrou os esforços do setor canavieiro do Brasil para se adequar às diretrizes internacionais de sustentabilidade do GRI - Global Reporting Initiative. "Somadas, as ações realizadas por todas as usinas associadas à Única, chegam a 600 projetos de cunho sócio-ambiental, que mobilizam mais de 300 mil pessoas, com investimentos de R$ 160 milhões na safra 2007/08", informou Velasco.O representante da Unica questionou se o Japão estaria disposto a adotar o E3 (mistura de 3% de etanol com gasolina) e depois o E10 (10% de etanol), com um consumo equivalente a 6 bilhões de litros de etanol por ano, e qual seria o combustível que os países emergentes, como China e Índia, estariam usando quando aumentarem, nos próximos anos, a proporção de número de veículos por habitante: "o etanol limpo ou a gasolina em extinção?".

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COMÉRCIO EXTERIOR


Crise financeira começa atingir exportações
A crise financeira, que se intensificou em outubro, já começa a ser refletida nas exportações do agronegócio. Um dos setores afetados foi o de carnes "in natura", embora os efeitos tenham sido pequenos, diz Pedro Camargo Neto, da Abipecs. Preços em queda: as exportações de carne bovina caíram 14% em volume no mês passado em relação a setembro; as de suínos recuaram 6,7% e as de frango, 1,6%. Em valores, a carne de frango caiu para US$ 1.895 por tonelada (menos 5,4%) e a suína, para US$ 3.242 (menos 3,6%). Já a bovina teve reajuste de 0,9%, para US$ 4.418.
(Dados da Secex)

Exportação de orgânicos cai 27% em volume e cresce 33,2% em receita
As exportações de produtos orgânicos somaram 10,026 mil toneladas nos primeiros nove meses deste ano, volume 27,03% abaixo do verificado em igual período do ano passado. Já a receita cresceu 33,27% no período, passando de US$ 7,464 milhões para US$ 9,848 milhões. Desde agosto de 2006, quando os dados começaram a ser divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comercio Exterior (MDIC), até setembro deste ano, as vendas de orgânicos geraram receita cambial de US$ 26,7 milhões Segundo o Ministério da Agricultura, o destaque é a soja orgânica, com mais de 8 mil toneladas em vendas externas desde agosto de 2006. As vendas de açúcar orgânico somaram quatro mil toneladas. As exportações de carne produzida sem agrotóxicos somaram 209 toneladas. Os principais países de destino dos produtos foram Holanda, Suécia, Estados Unidos, Inglaterra e França. No ano de 2008, as atividades de fomento à agricultura orgânica beneficiaram diretamente mais de 13 mil produtores, com ações voltadas ao uso de insumos e processos apropriados para produção dos orgânicos.

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MERCADO ONLINE

Em busca de aprovação, Google e Yahoo! devem recuar em acordo sobre publicidade
Yahoo! e Google devem reduzir dramaticamente, a amplitude de seu acordo para publicidade online, em uma tentativa de fazer com que o negócio seja aprovado por entidades reguladoras de comércio. A informação é de fontes próximas às negociações. A medida foi tomada depois de o Google dar sinais de que poderia desistir do acordo, anunciado em junho, em meio às negociações do Yahoo! com a Microsoft. Desde então, a aliança está sendo analisada por órgãos como o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e recebeu críticas de anunciantes. Pelo acordo, o Yahoo! vai exibir anúncios comercializados pelo Google em seu sistema de buscas e outros sites - como a aliança não prevê exclusividade, o Yahoo! poderá escolher entre exibir seus próprios anúncios, os do Google ou de outros parceiros. As receitas obtidas seriam dividias entre as empresas. Pelos novos termos, o período da parceria foi reduzido de dez para dois anos, afirma essa fonte. Também foi alterada, para 25%, a porcentagem do faturamento com as buscas que o Yahoo! pode obter do Google. Além disso, os anunciantes do Google podem optar por não aparecer no Yahoo!. Para analistas, os novos termos facilitam a aprovação do negócio, mas podem prejudicar a questão financeira. Eles questionam se a parceria, agora limitada, seria lucrativa para o Yahoo!. Mukul Krishna, consultora da Frost and Sullivan, classifica o novo acordo como "mais um Band-Aid do que a profunda cirurgia de que o Yahoo! precisa". "Isso favorece o acordo para passar pelas entidades reguladoras e dá um alívio ao Jerry [Yang, executivo-chefe do Yahoo!], mas a questão de quanto dinheiro a parceria vai render é crucial", diz. "E, o novo acordo, não responde a pergunta: e daqui a dois anos?."

Ramarim investe em ação no Orkut para divulgar coleção
A fabricante de calçados Ramarim desenvolveu uma ação que utiliza redes sociais para reforçar o relacionamento com os consumidores. A campanha “A Ramarim vai invadir o seu Orkut” pretende divulgar a Coleção Primavera Verão 2008 e será divulgada em todas as comunidades da Ramarim, além de fóruns, blogs e sites promocionais que circulam pela web. Não é a primeira vez que a marca usa o potencial da Internet para promover seus produtos: no ano passado, foi desenvolvida uma ação promocional semelhante, por meio do MSN. Era possível integrar a coleção por meio de um dispositivo do Messenger, indicando o produto escolhido para outras pessoas. Na ação no Orkut, o usuário escolhe um modelo de calçado e indica para os amigos. Cada indicação vale um ponto e se o amigo atribuir uma nota, a pessoa que indicou ganha mais três pontos. O usuário poderá também selecionar e armazenar os calçados da coleção que mais gostou em uma lista de favoritos. A cada 15 dias, o participante que somar o maior número de pontos ganha um dos calçados da Ramarim que estiverem dentro da sua lista de favoritos. A ação vai até o dia 15 de dezembro.

60% dos ataques da web brasileira são feitos por bankers
Os bankers,
malwares criados para roubar senhas e outras informações bancárias, são o principal problema de segurança da internet brasileira. Segundo a quinta edição do SIR - Security Intelligence Report -, divulgada nessa segunda-feira, 3/11, os bankers foram responsáveis por 60% dos ataques registrados entre janeiro e junho desse ano. Isso equivale a um universo de 1,5 milhão de computadores, informou Djalma Andrade, gerente de Segurança da Microsoft no Brasil. "Esse tipo de invasor está se tornando um crime organizado", afirmou Andrade. No total, 2,5 milhões de computadores foram atacados. Outro ponto importante, de acordo com o relatório da Microsoft, é que os sistemas operacionais estão mais seguros. O estudo afirma cerca de 90% dos ataques são executados a partir dos aplicativos. "Até um tempo atrás, a maioria dos worms e trojans se aproveitavam de vulnerabilidades e da ausência de proteção do próprio sistema operacional", disse. "Agora, os malwares tiram vantagem de aplicativos como o navegador, editor de textos ou o editor de gráficos." Apesar do alto número de ataques registrados, Andrade afirma que os internautas não têm com o que se preocupar, desde que sigam algumas regras básicas - e conhecidas há bastante tempo. "O primeiro ponto de proteção é manter os sistemas e os aplicativos atualizados. É preciso atualizar desde o antivírus e o antispyware até o editor de textos e os navegadores", afirmou. "Outra coisa fundamental: tome muito cuidado com links e anexos de e-mails. Esses links direcionam o usuário para sites que enganam o internauta e fazem com que ele baixe aplicativos maliciosos em seu computador", disse. Segundo o executivo, esses passos básicos são suficientes para reduzir os riscos e usar a internet com segurança.

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LOGÍSTICA & Infraestrutura


Crise mundial fez custo do transporte de cargas desabar
A crise financeira fez o custo do transporte marítimo de cargas desabar nesse ano, segundo um relatório divulgado nessa terça-feira, pelo órgão da ONU para comércio e desenvolvimento.A forte demanda por serviços marítimos no final do ano passado, fez com que o preço do transporte de carga via navios, chegasse ao ápice no começo de 2008, de acordo com a Unctad - Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento. No ano passado, foram transportados pelo mar 8 bilhões de toneladas de cargas, um recorde histórico. No entanto, de maio a novembro dests ano, o custo do transporte caiu onze vezes.
Países em desenvolvimento - "Isso mostra que a crise financeira, que está se desenvolvendo, se espalhou para o comércio internacional com implicações negativas para os países em desenvolvimento, especialmente os que dependem muito de commodities", afirma um comunicado da Unctad que acompanha o documento Review of Maritime Transport 2008.
A Unctad mede o custo do transporte marítimo através do BDI - Baltic Dry Index -, um índice composto pelo preço de se transportar diversos produtos, como minério de ferro, grãos, bauxita, alumínio e fosfato. De maio a novembro de 2008, o BDI caiu de 11.793 para 891. "O efeito imediato da queda dos fretes para o mundo em desenvolvimento, é variado. Custos mais baixos de frete levam a preços menores dos bens transportados. Tanto exportadores como importadores de comida e outras commodities, se beneficiam do baixo custo, e as pressões inflacionárias, se reduzem", afirma o comunicado da Unctad. "No entanto, uma queda rápida do BDI também é acompanhada por redução da demanda por serviços marítimos, aumentando os efeitos da crise financeira e a demanda global por bens. Isso vai atingir negativamente muitos países em desenvolvimento."
Nos últimos anos, o comércio marítimo estava em forte expansão. Segundo a Unctad, o comércio mercantil global cresceu 5,5% em 2007, quase dois pontos percentuais acima do ritmo de crescimento da economia mundial. No mesmo ano, o movimento portuário de containeres cresceu 11,7%, atingindo 485 TEUs. A frota marítima expandiu-se 7,2% em 2007, atingindo o maior nível da história. Agora, diante da retração do setor, é possível que o setor de construção naval sofra com redução de empregos, segundo o relatório da Unctad. O setor siderúrgico também pode sofrer com a redução do preço. (BBC News)

Crise financeira já afeta transporte marítimo
O transporte marítimo já começou a diminuir em conseqüência da crise financeira global, que afeta as frotas mercantes, transportadoras de 80% do comércio de mercadorias. Esses são os dados divulgados ontem, no estudo sobre Transporte Marítimo em 2008, como os que publica há 40 anos a Unctad - Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento. O comércio marítimo internacional superou os 8 bilhões de toneladas em 2007, um número recorde, que significou aumento de 4,7% em um ano. A forte demanda de transporte marítimo fez subir também, os preços a níveis sem precedentes. Mas desde o início desse ano, a tendência mudou e a demanda começou a diminuir, assim como o índice dos preços do transporte das matérias-primas por mar, que declinou até 11 vezes. A cesta composta de preços para várias matérias-primas, como ferro, carvão e outros, o BDI - Baltic Dry Index -, caiu de 11.793 pontos, em maio de 2008, para 891 no início de novembro. As conseqüências mais negativas são para os países em desenvolvimento, especialmente os que dependem das matérias-primas, afirmou a Unctad.
(Efe, de Genebra)

Anac: preços da ponte aérea Rio-SP sobem 189%
Os preços das passagens aéreas no Brasil têm aumentado, apesar da queda nas cotações internacionais do petróleo, de acordo com reportagem divulgada na manhã de ontem, pelo programa "Bom Dia, Brasil", da TV Globo, que cita dados da Anac - Agência Nacional de Aviação Civil. Levantamento da agência mostra que os preços das passagens, na ponte aérea Rio-São Paulo, por exemplo, aumentaram 189% em um ano e, no trajeto São Paulo-Curitiba-São Paulo, mais de 150%.
As empresas aéreas alegam que a elevação das tarifas foi necessária por causa do aumento nos preços do petróleo e da alta do dólar. A alegação contradiz o fato de que os preços internacionais do petróleo apresentaram queda em um ano. Em 2007, a matéria-prima (commodity) chegou a ser negociada a US$ 147,00 o barril, mas, nos últimos 12 meses até outubro, caíram cerca de 40%. Além disso, a cotação do dólar foi muito baixa até o início de setembro, quando se agravou a crise financeira internacional.
Analistas ouvidos pela TV Globo apontaram como uma das principais causas dos altos preços das passagens, a existência de apenas duas grandes empresas aéreas no País, que concentram 92% dos vôos nacionais. A TAM disse à emissora que o aumento médio no preço das passagens dos vôos domésticos em 2008, deve ficar em 7% e que as tarifas atuais são menores, em média, do que as de 2006. A Gol disse que nada pode declarar, porque nos próximos dias divulga seu resultado financeiro do terceiro trimestre desse ano.

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MERCADO DE TI & Telecomunicações


Positivo avalia venda para gigantes globais
A Positivo Informática, líder do mercado brasileiro de computação pessoal, pode trocar de dono nos próximos meses. Segundo a revista Exame, os controladores do Grupo Positivo vêm sendo sondados por gigantes internacionais interessados em comprar a companhia. Para assessorá-lo nas negociações, o Positivo contratou o banco de investimentos UBS Pactual. Os líderes do mercado mundial de computadores são HP, Dell, Lenovo e Acer. Todas estariam entre as potenciais interessadas na compra. De acordo com executivos a par das conversas, as negociações ainda estão em fase preliminar e é possível que não prosperem. O interesse dos grupos internacionais surgiu com a enorme desvalorização da Positivo no mercado acionário. Em 2008, o valor de mercado da empresa caiu mais de 80%. Quando abriu seu capital na bolsa de valores, no final de 2006, suas ações valiam R$ 23,50. Chegaram a dobrar de valor em 2007. Hoje, a empresa vale cerca de R$ 500 milhões. Os grupos estrangeiros vêem na possível compra da Positivo, uma chance única de crescer no mercado nacional. A Positivo Informática teve um faturamento de R$ 1,68 bilhão nos primeiros nove meses de 2008, um crescimento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado.

Fujitsu compra parte da Siemens na associação de PCs
O conglomerado japonês de eletroeletrônicos Fujitsu vai comprar os 50% que a Siemens controla na joint-venture de computadores entre as duas companhias, por 450 milhões de euros (567 milhões de dólares), em uma tentativa de ampliar sua presença em mercados internacionais. A Fujitsu informou que espera que a aquisição possa ajudá-la a se fortalecer na concorrência com IBM e HP no mercado de servidores na Europa, Oriente Médio e África. O acordo também deve permitir que a Siemens, que está se desfazendo de alguns negócios que fujam à sua atividade principal, possa garantir mais recursos para as áreas de energia e serviços de saúde em um momento em que a crise financeira global pode reduzir a demanda por computadores.
A Siemens disse que poderá fortalecer seu caixa em 310 milhões de euros no fechamento do acordo com a Fujitsu, esperado para abril. "Nós queremos competir com IBM e HP, mas mesmo com essa aquisição, não estamos no nível de enfrentar uma luta", disse Tatsuo Tomita, vice-presidente executivo da Fujitsu, em uma coletiva de imprensa. "Nós hoje temos uma participação de mercado de um dígito, mas queremos elevar para dois dígitos", completou.
A associação FSC - Fujitsu Siemens Computers - é a maior fabricante de computadores pessoais da Europa e emprega algo como 10,5 mil pessoas em todo o mundo, a maior parte dos quais na Alemanha. A Fujitsu informou não ter planos de cortar postos de trabalho na empresa. Ela também disse que não tem uma decisão a respeito da linha de computadores pessoais da companhia, que gera em torno de 20% de suas vendas. Algumas reportagens já cogitaram que a Fujitsu possa sair desse negócio após a aquisição. (Reuters, de Tóquio)

Nokia reorganiza operações e pode fechar 615 postos
A Nokia informou ontem, que está reorganizando parte de suas operações, o que afetará diversos trabalhadores. Segundo a empresa, até 450 postos na unidade de mercados podem ser afetados, enquanto cerca de 130 posições em pesquisa e desenvolvimento serão cortadas. Outros 35 postos nas operações de processo global serão eliminados. "O motivo principal não é corte de custos", disse a porta-voz da Nokia, Arja Suominen. "Essas mudanças nos ajudam a alinhar nossas operações com nossa estratégia de ajudar a assegurar competitividade no longo prazo", disse ela. Segundo a porta-voz, a meta é encontrar novas posições para muitos desses trabalhadores conforme for possível. (Agência Dow Jones, Estocolmo)

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MERCADO DE LUXO


Mercado de luxo deve ter recessão em 2009
A indústria do luxo, com crescimento desacelerado em 2008 sob o efeito da crise econômica, deverá entrar em recessão em 2009, pela primeira vez em seis anos, segundo uma projeção da consultoria Bain & Co. As vendas mundiais de produtos de luxo deverão recuar 2% em 2009, podendo chegar a até 7% dependendo dos desdobramentos da crise financeira.
Luxo em crise: turbulência econômica abala confiança de consumidor do setorA atual turbulência pela qual passa a economia mundial, chegou ao mercado de luxo. De acordo com a 7ª edição do estudo Luxury Goods Worldwide Market Share, da Bain & Company, a crise econômica e as flutuações da taxa de câmbio abalaram a confiança de muitos consumidores do segmento em mercados maduros, como Japão, Europa e EUA.Segundo a pesquisa, em 2009, os bens de luxo enfrentarão sua primeira crise financeira em seis anos, com declínio de 7% nas vendas globais. Já esse ano, a taxa de crescimento no setor deve cair abruptamente para 3%, seis pontos percentuais a menos em relação a 2006, quando o crescimento registrado foi de 9%, e três pontos percentuais e meio na comparação com 2007, que apresentou 6,5% de expansão.Nos mercados maduros, responsáveis por 80% das vendas mundiais, as quedas já são perceptíveis. No Japão, que corresponde a 12% do movimento global, o recuo esperado para 2008 é de 7%. A Europa, com 38% do setor, verá seu crescimento cair pela metade, ficando em torno de 5%, e as Américas, que registraram crescimento de 4% em 2007, não apresentarão alterações esse ano.
Recuperação a longo prazo
Se no curto prazo o mercado de luxo enfrentará momentos difíceis, a longo prazo as previsões são otimistas, especialmente para as marcas internacionais, como explica uma das autoras do estudo da Bain & Company, Claudia D'Arpizio."O impacto da crise financeira irá causar recessão em alguns setores. O quanto e por quanto tempo, depende, em parte, de como as empresas irão reagir. As que mais resistirão são aquelas que possuem marcas internacionais fortes e diversificadas", disse.
Ainda de acordo com a pesquisa, nos próximos cinco anos, a elite mais abastada de mercados emergentes, como Brasil, Índia, China e Rússia, devem aumentar seus gastos em artigos de luxo em cerca de 20% a 35%.Para que o setor volte a se recuperar ainda mais rápido, D'Arpizio sugere regras de ouro: maior foco no consumidor, com iniciativas de marketing localizadas; fortalecimento da oferta de produtos, com aumento seletivo de preços, evitando a elevação dos custos em todo o portfólio. (InfoMoney)

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