I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 093 | Ano I

Superávit primário sobe 56% e chega a R$ 80 bilhões no ano
A arrecadação recorde de imposto garantiu mais uma vez um superávit primário expressivo para o governo central, que inclui Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência. A economia feita para pagar os juros da dívida foi de R$ 6,007 bilhões em setembro e chegou a R$ 80,8 bilhões no acumulado de 2008. No ano, houve um crescimento de 56,8%. O superávit primário é a diferença entre as receitas líquidas do governo e as despesas. Até setembro, as receitas líquidas subiram 17,4%, para R$ 432,1 bilhões, impulsionadas pela arrecadação de impostos, que cresce em um ritmo
equivalente ao dobro do PIB - Produto Interno Bruto -, soma das riquezas produzidas no país. As despesas do governo subiram 11% no mesmo período, para R$ 351,3 bilhões.

Desaceleração - O superávit primário acumulado até setembro, pelo governo central, equivale a 3,81% do PIB estimado para o período. Essa é a segunda desaceleração, nessa comparação, em relação ao resultado de janeiro a agosto, que representava 3,99% do PIB, e de janeiro a julho, quando anotou 4,19% do PIB.

Setembro - Somente no mês de setembro, o superávit primário foi de R$ 6,007 bilhões, abaixo dos R$ 6,3 bilhões registrados no mês anterior dos R$ 7,2 bilhões de julho. O resultado do mês se deve, principalmente, ao Tesouro Nacional, que teve um superávit de R$ 13,6 bilhões. A Previdência e o BC, por outro lado, tiveram déficit de R$ 7,4 bilhões e R$ 139,9 milhões, respectivamente. As receitas líquidas subiram de R$ 46,4 bilhões para R$ 50,5 bilhões na comparação entre agosto e setembro. As despesas do governo, também subiram de R$ 40,1 bilhões para R$ 44,5 bilhões. Ainda será divulgado o superávit primário do setor público, que também inclui as contas dos Estados, municípios e estatais.


Mantega descarta recessão no Brasil, mas prevê queda da arrecadação
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nessa quinta-feira, que não acredita em uma recessão no Brasil devido à crise internacional de crédito, mas já prevê uma queda na arrecadação devido ao crescimento menor estimado para o país. "Não teremos recessão no Brasil. Posso estar errado. Pode haver queda de arrecadação, mas por enquanto, não há reflexo", afirmou. Em audiência pública na CAE - Comissão de Assuntos Econômicos - do Senado, Mantega afirmou que a arrecadação menor de impostos prevista, não será a ponto de comprometer as finanças públicas. Nos últimos anos, a arrecadação recorde do governo tem sustentado a melhora nas contas públicas. Esse crescimento vem sendo puxado principalmente, pelo imposto pago sobre o lucro das empresas. Mantega também fez recomendações aos prefeitos em relação a esse problema. "Eu acredito que haverá uma desaceleração, mas não a ponto de desequilibrar as nossas finanças. Eu recomendaria aos prefeitos que tivessem cautela, acompanhassem a arrecadação", afirmou.
Mais amena - Mais cedo, Mantega disse que já vê sinais de que o pior da crise internacional de crédito pode ter passado. Por duas vezes, no entanto, o ministro afirmou não ter certeza sobre esse diagnóstico e traçou um cenário ruim para a economia nos próximos meses. "Podemos estar entrando em uma fase mais amena da crise. Os estados todos se mobilizaram e tomaram medidas de grande impacto que conseguiram abrandar a crise e restabelecer a confiança. São sinais. Não tenho certeza de que a fase aguda foi ultrapassada", afirmou. Mantega citou a queda na taxa de juros internacional para empréstimos entre bancos como um desses sinais. Isso significaria que os bancos voltaram a ter
confiança em emprestar dinheiro uns para os outros e, conseqüentemente, para as empresas, destravando o crédito mundial. Apesar desse recuo, o ministro traçou um cenário negativo para a economia mundial nos próximos meses. "O cenário para os próximos meses é de juros mais altos, crédito mais restrito e desaceleração econômica", afirmou. "Ninguém escapa dessa crise."

CMN eleva exigibilidade da Poupança Rural de 65% para 70%
O CMN - Conselho Monetário Nacional - aprovou ontem, a uma resolução que eleva de 65% para 70%, a exigibilidade de aplicação dos recursos da Poupança Rural em crédito agrícola. Para compensar a mudança, o governo reduziu o compulsório sobre os depósitos de Poupança Rural que devem recolhidos ao banco Central. A redução foi de 20% para 15%. As mudanças valem para o restante do ano-safra 2008/09. Ou seja, de 1º de novembro a 30 de junho de 2009. Na mesma resolução também, foi definido que no mínimo 60% dos recursos da exigibilidade sejam destinados
exclusivamente, a operações de crédito rural. Os restantes 40%, deverão ser destinados a operações de financiamento de CPRs - Cédulas do Produto Rural -, inclusive aquelas que estão em poder da agroindústria, cooperativas, fornecedores de insumos e tradings.

PAC sustentará o crescimento mesmo com crise, diz Dilma
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nessa quinta-feira que, mesmo com a crise, os investimentos do governo e da iniciativa privada no PAC - Programa de Aceleração do Crescimento - sustentarão o crescimento do país nos próximo anos. A ministra admitiu que haverá uma desaceleração no crescimento, mas disse que o investimento é crucial e que o PAC mantém uma "agenda positiva" para o país. "O Brasil tem condições de manter o crescimento, pode ser em um nível um pouco menor, apesar da crise internacional. O PAC sustenta o investimento e o ritmo de
crescimento", afirmou, durante o balanço do programa. Dilma ressaltou que o investimento em infra-estrutura não deverá ser tão afetado pela crise por ser de médio e longo prazo. Ela negou que haja um problema de crédito para essas obras e disse que o governo está atento a essa questão. "Não há problema de financiamento, o BNDES continua financiando todas as obras como sempre fez", disse.

GM anuncia férias coletivas da fábrica de Gravataí/RS
A GM - General Motors - do Brasil anunciou ontem, férias coletivas de 20 dias aos funcionários da unidade de Gravataí/RS, no mês de novembro. Em nota, a montadora disse que a medida visa a adequar os estoques da fábrica em face "à restrição de crédito que já impacta as vendas de veículos no mercado interno." No texto, a empresa ressaltou que espera "que a atual situação do mercado seja passageira, e deverá retornar à normalidade no prazo de dois a três meses." A unidade de Gravataí tem 5,2 mil funcionários, considerando a GM e as empresas sistemistas. A fábrica produz os modelos, Corsa e Prisma. Em outubro, a montadora já havia anunciado três dias de folga, por causa
do arrefecimento do mercado externo. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, o pátio da montadora está cheio de veículos fabricados. "Nunca ele ficou lotado, agora as cegonhas (caminhão-cegonha) estão saindo pouco", diz o coordenador do sindicato, Valcir Ascari. A empresa ainda não anunciou medidas sobre as demais unidades. Em São Caetano do Sul/SP, os metalúrgicos da GM estão reunidos com representantes da empresa.

American Express informa corte de 7.000 empregos nos EUA
A American Express informou que vai fechar 7.000 empregos, cerca de 10% de seu quadro de empregados nos EUA, como parte do esforço de cortar custos de US$ 1,8 bilhão em 2009. A empresa de cartão de crédito americana, uma das maiores do mundo, afirmou que também, vai suspender o reajuste de salários de seus executivos no próximo ano, e congelar novas contratações. A empresa também planeja redimensionar investimentos em tecnologia, marketing e desenvolvimento de novos negócios e racionalizar os custos vinculados a programas de recompensa aos clientes por fidelidade. A Amex também espera cortar gastos com consultorias e outros serviços profissionais. Como resultado, a companhia espera reestruturar encargos entre US$ 240 milhões e US$ 290 milhões, já no quarto trimestre. A American Express já havia reportado queda de 24% no lucro do terceiro trimestre. Whirlpool - Nessa semana, outra empresa, a fabricante de eletrodomésticos Whirlpool, anunciou que cortará 5.000 postos de trabalho nos EUA até o final de 2009, devido a uma clara desaceleração da demanda para seus produtos na América do Norte e na Europa. "Constatamos uma forte queda da demanda no terceiro trimestre na América do Norte e na Europa, e realmente, não prevemos uma
melhora a curto prazo", declarou em um comunicado o presidente da Whirlpool, Jeff Fettig.

Exxon Mobil anuncia maior lucro trimestral da história americana
A Exxon Mobil, a maior companhia petrolífera do mundo, anunciou nessa quinta-feira, que bateu o recorde de lucro trimestral das empresas americanas, que era dela mesmo, com o ganho de US$ 14,83 bilhões no terceiro trimestre desse ano. Ajudada pelos preços recordes do petróleo antes da explosão da crise financeira global, a empresa teve lucro 58% superior ao mesmo período do ano passado, a US$ 2,86 por ação, ante US$ 1,70 por ação no terceiro trimestre do ano passado. Já a receita cresceu 35%, para US$ 137,7 bilhões. O antigo recorde era do segundo trimestre desse ano, quando a Exxon Mobil lucrou US$ 11,68 bilhões. O resultado foi superior ao esperado pelos analistas, que era de lucro por ação de US$ 2,39 e receita de US$ 131,4 bilhões. As petrolíferas estão anunciando lucros recordes no terceiro trimestre, já que nesse período o preço do petróleo atingiu seu recorde histórico, a US$ 147,27 o barril. Porém, ainda em setembro, começou a recuar fortemente, e agora já está na metade do preço do pico. Além disso, há grandes dúvidas sobre como ficará a demanda pela commodity em 2009, diante dos efeitos da crise financeira sobre a economia global.

Lucro da Shell cresce 22% no trimestre; produção recua
A Royal Dutch Shell registrou alta de 22,2% no lucro líquido do terceiro trimestre desse ano, com o preço do petróleo bem mais alto do que há um ano e com o forte desempenho em refino e marketing, contrabalançando uma queda na produção. A companhia de energia anglo-holandesa informou que o lucro líquido dos três meses encerrados em 30/9, totalizou US$ 8,45 bilhões, em comparação com US$ 6,92 bilhões do mesmo período de 2007. A receita atingiu US$ 131,57 bilhões, 45,1% acima dos US$ 90,70 bilhões obtidos no terceiro trimestre do ano passado. A produção total de petróleo e gás da Shell no trimestre, foi de 2,93 milhões de barris de óleo equivalente por dia uma queda de 6,6%,
em relação ao terceiro trimestre de 2007, em conseqüência de interrupções no Golfo do México, por causa do furacão Ike, sabotagens nas operações da empresa na Nigéria e diminuição da parte que a companhia recebe pelos contratos de compartilhamento de produção. Essa foi a maior queda trimestral da produção da Shell desde o segundo trimestre de 2006 e foi, levemente maior, do que o esperado por analistas, que previam declínio de 6,3% na produção, para 2,94 milhões de barris de óleo equivalente por dia. A Shell informou que o custo limpo atual dos suprimentos, um dado
bastante observado - que não leva em conta ganhos ou perdas com estoques e outros fatores não operacionais -, subiu 44,3%, para US$ 8,84 bilhões no período, de US$ 6,13 bilhões no terceiro trimestre do ano passado. A Shell registrou ganhos extraordinários no valor de US$ 2,06 bilhões no trimestre, boa parte vinda de vendas de ativos. O executivo-chefe da companhia, Jeroen van der Veer, afirmou que os resultados foram satisfatórios e que a Shell está observando atentamente, a situação econômica mundial, que provocou a queda dos preços do petróleo pela metade, desde julho. "A Shell se mantém firme com uma ampla variação dos preços da energia", garantiu.
(Agência Dow Jones, de Londres)

Vendas dos supermercados crescem 5,53%
As vendas dos supermercados brasileiros tiveram em setembro, uma alta de 5,53% em relação ao mesmo mês do ano passado, em termos reais, de acordo com a Abras - Associação Brasileira de Supermercados. Em relação a agosto, houve queda de 5,63%. No ano, o setor acumula uma alta de 8,93%, em valores deflacionados pelo IPCA do IBGE. A entidade considerou bastante positiva a manutenção do crescimento, mesmo com o vento contrário vindo do cenário internacional. No mês passado, a Abras disse que espera para o ano, uma expansão em torno de 8% nas vendas do setor.

Lojas Renner lucra R$ 31,5 milhões no 3º trimestre
A Lojas Renner registrou um lucro líquido de R$ 31,5 milhões no terceiro trimestre desse ano, representando uma queda de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações, na sigla em inglês), apresentou queda de 5% no trimestre, atingindo R$ 66,5 milhões. A margem Ebitda sobre a receita líquida das vendas, uma medida de rentabilidade, ficou em 14,8% no trimestre desse ano, ante 17,7% no terceiro trimestre do ano passado. O resultado operacional da empresa foi positivo, com crescimento da receita líquida de vendas de 13,6%, chegando a R$ 449 milhões. As vendas no conceito mesmas lojas, apresentaram crescimento de 5% em relação ao terceiro trimestre de 2007. O resultado financeiro ficou negativo em R$ 4,6 milhões, ante os R$ 3 milhões negativos registrados no mesmo período do ano passado.

Designer Jorge Bischoff lança coleção verão 2009, em Caxias do Sul/RS
O estilo glamouroso do designer Jorge Bischoff desembarca em Caxias do Sul, nesse mês de outubro, e traz na bagagem, nada menos, do que a coleção Verão 2009. As novidades da grife, para a nova temporada, refletem as grandes mudanças de comportamento da sociedade e preocupação com a natureza e sua sustentabilidade. Para compor a coleção foi utilizado com destaque o cetim, contrastando com materiais rústicos como corda e palha. Versatilidade é a palavra de ordem: liso ou estampado, o cetim está presente nos cabedais ou detalhes e enfeites. A estampa de cobra
aparece em diversas cores e desenhos e, ao mesmo tempo em que cria propostas arrojadas, pode propor também, um estilo clássico e elegante. O verniz permanece com força, mas o grande diferencial está na combinação com os materiais de aspecto natural e até com tecido. O designer Jorge Bischoff ingressou na indústria de calçados aos 13 anos de idade. Passou por todos os processos, trabalhando na área de produção, na administração e nas vendas, até se dedicar à criação e desenvolvimento de coleções. Suas aptidões para o desenho são da infância, mas foi na
adolescência que descobriu o desejo por essa arte, hoje sua paixão. Aos 13 anos, já dividia o tempo entre o trabalho na fábrica e as horas dedicadas ao desenho. Depois de alguns anos e de conhecer diferentes estágios profissionais e de vida, passou a se dedicar exclusivamente ao design. Conhecido como um dos mais respeitados designers de calçados do Brasil, seu trabalho serve de referência para a moda brasileira e para o segmento coureiro-calçadista. Atualmente, produz sua marca própria para multimarcas e lojas franqueadas. Seu estúdio, a Criativar Studio, em Igrejinha/RS, desenvolve as coleções de algumas das mais importantes marcas de calçados do País.

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BASTIDOR

- L'Oreal fechará duas fábricas de cosméticos para reduzir custos. A L'Oreal, número um do mundo dos cosméticos, informou nessa quinta-feira, que decidiu fechar duas fábricas na Europa para reduzir custos em meio à crise, o que significará dezenas de demissões. "Decidimos fechar duas fábricas, uma delas no Reino Unido" e outra em Mônaco, declarou o diretor-geral do grupo, Jean-Paul Agon. "É uma grande decisão. Provavelmente é a primeira vez que duas fábricas (da L'Oreal) fecham na Europa em muitos anos". L'Oreal anunciou nessa quinta-feira, uma queda em sua previsão de lucro para 2008, devido a uma desaceleração a partir de setembro em "alguns mercados" da Europa
ocidental, assim como uma redução nas vendas nos EUA.

- Lucro da Marisol quase triplica no ano. A Marisol, uma das principais indústrias e gestoras de marcas de moda do país, disse que nos primeiros nove meses desse ano, seus lucros líquidos chegaram a R$ 18,7 milhões, 183,3% mais que no mesmo período de 2007. No terceiro trimestre, o resultado da empresa foi positivo em R$ 10,7 milhões, 111% mais que no período julho/setembro do ano passado. A projeção da Marisol é aumentar suas vendas entre 10% e 12% nesse ano. A receita operacional bruta consolidada alcançou R$ 131 milhões no trimestre, 24,3% mais que há um ano.
No acumulado de 2008, a receita operacional bruta foi 4,8% superior à do mesmo período de 2007.

- Barnes & Noble cria rede social na internet. A rede americana de livrarias Barnes & Noble lançou o My B&N, um espaço na internet no qual os consumidores online podem criar páginas pessoais focando seus interesses em livros, filmes e músicas. Essas informações podem ser compartilhadas com o Facebook e outras redes sociais.

- Crédito escasso favorece private equity. A crise financeira internacional tem gerado oportunidades para os fundos de private equity, que têm aproveitado para realizar novas aquisições com a queda do preço dos ativos. Porém, alcançar as altas taxas de retorno não será tão fácil e exigirá mais tempo de investimento nas companhias. Os fundos de private equity captaram cerca de US$ 460 bilhões em 2007, aumento de 5% em relação ao registrado em 2006. Capitalizados, esses fundos devem ter atuação fortalecida frente à escassez de crédito e da retração do mercado de
capitais, mostrando-se como opção de injeção de capital as empresas. A previsão é do estudo global "Buscando diferenciação num contexto de mudanças", realizado pela PricewaterhouseCoopers.


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MERCADO de Ações & Futuros
(Informações: Dow Jones, Bovespa e Reuters)

Bovespa emenda quinto dia de alta e fecha com ganho de de 7,47%
A Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo - ganhou 27,22% nos últimos três dias, anulando as perdas acumuladas desde a semana passada. O mercado financeiro já acumula sete semanas de extrema volatilidade, com poucos indícios de que o pregão vai voltar a ter dias mais regulares no curto prazo. Ontem, o mercado reagiu bem à divulgação do PIB americano, que encolheu menos do que o temido por muitos economistas de bancos e corretoras.

- A Bolsa abriu com forte alta e se manteve nesse ritmo por toda a jornada: o índice Ibovespa subiu 7,47% no fechamento e alcançou os 37.448 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,25 bilhões. O mercado brasileiro foi impulsionado pelo dia positivo nas Bolsas européias e americanas. Nos EUA, a Bolsa de Nova Iorque fechou com ganho de 2,11%. As ações líderes da Bolsa, Vale e Petrobras, valorizaram 6,77% e 7,23%, respectivamente. Os dois papéis respondem por mais de 30% do volume total dos negócios.

- O dólar comercial foi cotado a R$ 2,105 na venda, em decréscimo de 1,77%.
- A taxa de risco-país marca 473 pontos, número 2,87% abaixo da pontuação anterior.
- A taxa de câmbio recuou pelo quarto dia nas operações dessa quinta-feira, acompanhando o movimento de recuperação mundial das Bolsas de Valores. O Banco Central realizou um leilão de "swap" cambial, colocando no mercado US$ 979,3 milhões desses contratos. No início da tarde, a autoridade monetária promoveu três leilões de venda com compromisso de recompra. Foram aceitas quatro propostas, no montante total de US$ 860 milhões.

Análise - "O que aconteceu é o que os americanos chamam de 'pull back', uma reação técnica após um período muito longo de baixa. Nós vimos o início dessa reação com muita força na terça-feira e com menos intensidade nos dias seguintes", comenta Mário Paiva, analista da corretora Liquidez. Paiva vê indícios de que a volatilidade do mercado financeiro começa a diminuir. "Gradualmente, o mercado vai ter que se adaptar a essa nova realidade, uma realidade de acesso mais restrito a crédito, uma realidade de atividade econômica menor", avalia. O que não significa, salienta, que a crise está no "início do fim". "Eu tenho 25 anos de mercado e nunca vi uma crise dessas antes. Quem disser que sabe quando vai acabar provavelmente, está mentindo", diz ele. "Olhando para a economia real, percebemos que o momento é de turbulência e airracionalidade tem falado mais alto. Os fundamentos brasileiros, no entanto, continuam sólidos o bastante para que o mercado doméstico saia fortalecido dessa crise em comparação ao resto do mundo", avaliou Fernando Goés, analista da Wintrade, o "home broker" da Alpes Corretora, em comentário sobre o mercado financeiro.

Corte de juro sustenta Bolsa de NY e reduz volatilidade
As bolsas norte-americanas mantêm impulso de alta, na expectativa de que os bancos centrais globais irão cortar suas respectivas taxas de juro.

- Às 17h40min (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 1,45%, o S&P 500 avançava 1,94% e o Nasdaq operava em alta de 2,08%.

Análise - Enquanto a China, Hong Kong, Taiwan, os EUA e a Noruega já reduziram suas taxas, vários outros países parecem estar próximos de fazer o mesmo. O Japão deve engrossar o grupo hoje, se, conforme especula-se, também reduzir a taxa de referência de sua economia para 0,25%, do atual 0,50% ao ano. Paralelamente, uma autoridade do Banco Central Europeu observou que as taxas de inflação na Espanha e na Alemanha estão caindo, sustentando expectativas de corte da taxa na zona do euro, na reunião da semana que vem. Também, em um outro sinal de que as ações do Fed - Federal Reserve - poderão solucionar as questões do financiamento no curto prazo, o volume de
commercial papers (um tipo de promissória) norte-americanos emitidos, subiu US$ 100,5 bilhões nessa semana, após seis semanas seguidas de queda. O diretor da Rosenblatt Securities, Gordon Charlop, disse que os operadores no pregão da Bolsa de Nova Iorque, estavam agradecidos por ter "um pequeno descanso" da volatilidade. Nesse sentido, houve retração de 6,2% para 65,66 do índice VIX, de volatilidade implícita nas opções do índice S&P 500. "Chegamos a um estágio extremamente vendido e os valores dos ativos são bons", disse o estrategista de mercado do Weeden & Co, Steven Goldman. Ele acrescentou que ainda questiona os ralis de curto prazo, uma vez que, historicamente, quedas abruptas ocorridas nos meses de setembro e outubro, tendem a ser mantidas até o final do ano.


Bolsas da Europa terminam o dia com ganhos
As principais bolsas européias fecharam com alta pelo terceiro dia consecutivo, sustentadas pela expectativa de que, após o corte de 0,50 ponto percentual da taxa básica de juros da economia dos EUA, o BCE - Banco Central Europeu - e o BOE - Banco da Inglaterra - seguirão o Fed - Federal Reserve - e também reduzirão suas taxas na próxima semana. Contudo, apesar do fechamento positivo, as bolsas devolveram parte dos ganhos no final, por conta da preocupação com a desaceleração da economia mundial.

Análise - Em Londres, as mineradoras foram ajudadas pela expectativa de que os bancos centrais tomarão medidas para estimular a economia, o que melhora a perspectiva para a demanda dessas empresas. Em Frankfurt e Paris, as ações do setor financeiro puxaram as altas. Analistas acreditam que a Europa pode ver um novo corte nas taxas de juros em breve. Aurelio Maccario, economista-chefe para a zona do euro do UniCredit Markets & Investment Banking, disse que o BCE precisa fazer um corte substancial e rápido nos juros para impedir que a economia tenha uma retração severa
em 2009. "A situação é séria e exige uma resposta pronta e forte", disse. Mike Lenhoff, estrategista-chefe da consultoria Brewin Dolphin, disse que os balanços das empresas são decepcionantes na maioria dos setores, mas os fracos resultados do terceiro trimestre se devem em larga medida aos setores financeiros e de consumo, em que os lucros têm sido bem menores que o esperado. Dadas as dificuldades para a economia mundial no futuro, Lenhoff acredita que a "recessão dos lucros" vai se estender por um período de tempo mais longo.

Londres - O índice FTSE 100 fechou com alta de 49,11 pontos, ou 1,16%, a 4.291,65 pontos, liderado pelas mineradoras. As exploradoras de cobre Vedanta Resources e Kazakhmys, subiram 15,75% e 12,20%, respectivamente. Xstrata ganhou 8,23% e Anglo American avançou 4,28%, BHP Billiton subiu 5,00% e Rio Rinto ganhou 3,32%. A exploradora de petróleo Cairn Energy subiu 15,2%. As ações da Royal Dutch Shell caíram 4,1%, apesar de a empresa ter anunciado aumento de 22% no lucro do terceiro trimestre. As ações da British Petroleum perderam 2,2%.

Frankfurt - O índice DAX subiu 60,61 pontos, ou 1,26%, para 4.869,30 pontos. Deutsche Bank subiu
17,74%. O banco informou queda de 73% no lucro do terceiro trimestre, um resultado melhor que o esperado pelos analistas. Commerzbank subiu 22,73%. Volkswagen recuou 3,29%.

Paris - O índice CAC-40 fechou com alta de 5,25 pontos, ou 0,15%, em 3.407,82 pontos. A bolsa subiu influenciada pelo corte na taxa de juros dos EUA e com a expectativa de mais cortes de juros na Europa, mas reduziu os ganhos depois que os índices norte-americanos abriram mais fracos que o esperado. O CAC-40 reduziu a alta de maneira mais acentuada que os outros índices europeus por conta das ações ligadas ao setor de petróleo, com as da petrolífera Total, que perderam 4%. Os papéis da empresa de telecomunicações Alcatel-Lucent fecharam com alta de 20% depois que a empresa assegurou estar financeiramente segura. Credit Agricole subiu 11,92%. Société Générale
avançou 9,75%. Madri - Em Madri, o índice Ibex-35 fechou com alta de 172,80 pontos, ou 2,00%, em 8.822,90 pontos. Santander subiu 3,7%, BBVA avançou 4,2%. IBR Renováveis subiu 8,64%, Repsol avançou 1,18%.

Lisboa - O índice PSI-20 fechou com alta de 0,50%, em 6.254,92 pontos, em linha com o sentimento positivo na maioria dos mercados europeus. O varejista Jeronimo Martins liderou os ganhos, com +7,8%, após balanço melhor que o esperado no terceiro trimestre. EDP Renováveis fechou com alta de 5,94% e Galp Energia subiu 1,78%.


Bolsas sobem na Ásia e na Europa com corte de juros do BC dos EUA
As Bolsas européias operam com altas moderadas ontem. Os investidores receberam com otimismo a decisão do Fed - Federal Reserve - de reduzir sua taxa de juros para 1% ao ano. Com juros menores, o custo de empréstimos pode também, ficar menor e o crédito poderia ir aos poucos voltando ao normal. Os resultados da Alcatel-Lucent e da Unilever também animavam os negócios. A Bolsa de Tóquio, por sua vez, teve alta de quase 10%.

- A Bolsa de Tóquio (Japão) fechou com alta de quase 10%.

- Na Coréia do Sul, o mercado avançou quase 12%. As quedas vistas nos últimos meses reduziram os preços das ações ao ponto de começarem a parecer atrativas para os investidores mais uma vez. - Na Austrália, o mercado avançou 3,98%.
- A China subiu 2,17%.
- E Hong Kong fechou com ganhos de cerca de 10%.

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ÍNDICES ECONÔMICOS

Preços agropecuários responderam por alta do IGP-M
O coordenador de Análises Econômicas da FGV - Fundação Getúlio Vargas -, Salomão Quadros, disse ontem, que o comportamento dos preços agropecuários do atacado foi o fator determinante para a aceleração do IGP-M - Índice Geral de Preços - Mercado - entre setembro e outubro, quando a taxa de inflação passou de 0,11% para 0,98%. Segundo ele, a alta desse segmento, teve influência muito mais do período de entressafra de alguns itens do que de interferências ligadas ao aumento do dólar, já que, nesse último caso, há um efeito de alívio proporcionado pela queda das commodities no mercado internacional. De acordo com a FGV, o IPA - Índice de Preços por Atacado - Agropecuário saiu de uma queda de 2,09%, em setembro, para uma elevação de 0,48% em outubro. Para Quadros, essa aceleração de 2,57 pontos percentuais trouxe um impacto muito maior para o IGP-M do que a forte variação positiva de 1,52%, registrada pelo IPA Industrial, já que a diferença percentual, de 0,68 ponto, ante a variação média dos preços industriais do atacado em setembro (0,84%) foi menor. O coordenador citou alguns exemplos de itens agropecuários sob efeito de entressafra e com pouca influência do câmbio. Segundo ele, mereceram destaque os preços da mandioca, cuja elevação passou de 2,63% para 28,97%; do arroz, de 1,00% para 5,14%; e do feijão, de 3,68% para 11,58%. Também foram citadas as passagens de alguns itens do terreno negativo para o positivo. Foram os casos da batata inglesa, que subiu 3,02% ante baixa de 26,48% e do tomate, que avançou 7,73% ante declínio de 27,95% em setembro. Quanto a alguns itens que poderiam ser influenciados pela nova cotação do dólar, mas que têm captado maior impacto do atual momento de queda das commodities, ele lembrou principalmente da soja, que tem o maior peso no cálculo da inflação dos itens do atacado e cuja baixa de preço foi ampliada de 0,08% para 0,37%, entre setembro e outubro. "Ainda não sabemos quem vai ganhar essa queda-de-braço entre câmbio e commodities, mas, até o momento, na agricultura, o efeito das commodities está prevalecendo", avaliou. Perspectivas para 2009 Para Quadros, a preocupação maior para o segmento agrícola está mais relacionada a 2009, já que, nesse caso, por conta do dólar, pode haver alguns repasses nos preços de itens industriais do atacado usados no campo, como os fertilizantes, que já estão com variações mais altas. "Os defensivos agrícolas, por exemplo, saíram de uma variação negativa de 0,01% para uma elevação de 8,46%", citou. "No ano que vem, a Agricultura poderá ter um período mais complicado, pois os custos tendem a ser mais fortes com os fertilizantes. O custo vai subir e, em algum momento, os preços dos produtos vão ter que ser repassados", disse.


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MERCADO FINANCEIRO

BC estuda medidas para fazer R$ 28 bilhões chegarem a bancos pequenos
O Banco Central estuda novas medidas para fazer com que parte do dinheiro liberado dos depósitos compulsórios dos bancos grandes, chegue às instituições financeiras de menor porte. "Há R$ 28 bilhões que estão disponibilizados para serem aplicados nos bancos menores, pelos bancos maiores. Estaremos estudando medidas nos próximos dias para tornar mais eficaz esse direcionamento", afirmou Meirelles durante audiência pública na CAE - Comissão de Assuntos Econômicos - do Senado. Ele afirmou que dos mais de R$ 100 bilhões liberados do compulsório até agora, R$ 51 bilhões já estão no mercado financeiro. Os bancos são obrigados a manter depositada no BC uma parte do dinheiro
aplicado pelos seus clientes. Essa parcela é chamada de depósito compulsório. Quando o BC reduz o compulsório, coloca mais dinheiro na economia, o que ajuda a aumentar o crédito nesse momento de crise. No final de setembro, todos os recolhimentos compulsórios somavam R$ 272 bilhões. Uma das principais medidas para que haja essa transferência de recursos bancários foi a liberação do compulsório para bancos que comprarem carteiras de crédito de instituições menores. Considerando dados do BC até a última sexta-feira, 24/10, as maiores quedas se deram no compulsório sobre depósitos a prazo (CDBs, por exemplo) - que recuaram de R$ 60,5 bilhões para R$ 41,9 bilhões - e
na exigibilidade adicional, cujo recolhimento caiu de R$ 64 bilhões para R$ 41,6 bilhões.

Lucro do Deutsche Bank cai 75% no 3º trimestre
O Deutsche Bank anunciou ontem, que conseguiu obter lucro no terceiro trimestre, apesar da piora da crise financeira internacional, ajudado pela reclassificação de ativos sob novas regras contábeis da União Européia e por um benefício fiscal. O maior banco alemão em capitalização de mercado, que teve seu primeiro prejuízo em cinco anos no primeiro trimestre, mas registrou lucro no segundo trimestre, apresentou um ganho depois de impostos e antes da participação de minoritários de 414 milhões de euros (US$ 545 milhões), no terceiro trimestre, queda de 75% em comparação com 1,63 bilhão do mesmo intervalo do ano passado. O banco obteve lucro antes de impostos de 93 milhões
de euros (US$ 126,3 milhões), enquanto a estimativa dos analistas era de um prejuízo de 374 milhões de euros. O resultado, porém, ficou bem abaixo do lucro de 1,45 bilhão de euros registrado no terceiro trimestre de 2007, já que o banco anunciou um prejuízo de 789 milhões de euros nas suas operações de banco de Investimento. Os resultados foram sobrecarregados por 1,2 bilhão de euros em baixas contábeis relacionadas à crise, sobre empréstimos alavancados e compromissos de empréstimo, títulos lastreados em hipotecas residenciais, seguradoras monoline, imóveis comerciais e posições disponíveis para venda. Isso traz o total da marcação a mercado do Deutsche Bank para
ao redor de 8,5 bilhões de euros, desde o início da crise. Os ganhos tiveram um reforço de 845 milhões de euros provenientes da reclassificação de alguns instrumentos financeiros para os quais não havia mercado ativo no trimestre. O banco alemão não teve de fazer baixa contábil desses ativos. (Agência Dow Jones, de Frankfurt)

Desembolsos do BNDES cresceram 40% até outubro
O presidente do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -, Luciano Coutinho, informou que os desembolsos do BNDES cresceram 40% de janeiro a outubro, em comparação com o mesmo período do ano passado. "Essa é uma demonstração que o BNDES está firme nesse momento em que o crédito está se contraindo. Estamos expandindo o crédito para ajudar a economia brasileira a ultrapassar esse momento", afirmou. O presidente do BNDES relatou ontem à noite, ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, os dados mais recentes sobre o desempenho do crédito do banco nessas últimas semanas. Ele afirmou ontem, que o banco vai ajudar os setores da econômica que perderam a capacidade de investimento com o travamento do crédito no Brasil e no mundo. "Vamos ajudar para que eles possam voltar a investir que é de interesse do País", afirmou. Coutinho disse que alguns setores foram mais machucados pelo travamento do crédito, principalmente a agricultura e os de produção de bens duráveis. Ele manifestou confiança que essa fase difícil de restrição ao crédito será superada no Brasil de maneira "bem-sucedida". Segundo ele, a manutenção dos investimentos é muito importante para preservar um crescimento saudável da economia.

Lucro do Banco Pine cai 25,3% no 3º trimestre
O Banco Pine anunciou ontem, que obteve lucro líquido de R$ 33,429 milhões no terceiro trimestre desse ano, o que representa uma queda de 25,3% na comparação com o lucro de R$ 44,760 milhões obtido no mesmo período de 2007. O resultado bruto da intermediação financeira recuou para R$ 103,319 milhões no período de julho a setembro de 2008, ante R$ 131,109 milhões um ano antes. O retorno anualizado sobre patrimônio líquido médio no terceiro trimestre desse ano ficou em 17,1%, abaixo dos 26% registrados em igual intervalo do ano anterior. A carteira de crédito total da instituição financeira estava em R$ 4,885 bilhões em setembro, um aumento de 27,3% em 12 meses, porém uma redução de 3,2% quando comparada ao encerramento de junho. "Ao longo do terceiro trimestre de 2008, ao antecipar um aumento da volatilidade, o Banco Pine optou por uma estratégia ainda mais conservadora na concessão de crédito, reforçando garantias, encurtando os prazos das operações e focando em empresas com fundamentos sólidos", informou o banco. A carteira de crédito de empresas, o principal negócio da instituição, permaneceu estável na passagem de junho para setembro. Já os empréstimos voltados à pessoa física tiveram redução de 10,8% entre julho e setembro, influenciados pela decisão do banco "de reduzir a participação no segmento". Segundo o Pine, 74% da carteira de crédito são de curto prazo, com vencimento em menos de 360 dias.
Sofisa - O Banco Sofisa registrou lucro líquido de R$ 21,196 milhões no terceiro trimestre desse ano, o que representa uma queda de 32,13% sobre os R$ 31,233 milhões de igual período de 2007. A receita da intermediação financeira somou R$ 363,775 milhões na mesma base de comparação, equivalente a uma alta de 148,11%.
Paraná Banco - O Paraná Banco teve um lucro consolidado de R$ 19,113 milhões no terceiro trimestre de 2008, queda de 3,6% em relação ao lucro de R$ 19,822 milhões registrado no mesmo período de 2007. O resultado bruto consolidado da intermediação financeira foi de R$ 45,911 milhões no período, ante R$ 50,530 milhões há um ano. O banco divulgou ainda, um lucro não-consolidado de R$ 19,541 milhões de julho a setembro de 2008, uma alta de 15,1% ante o resultado nessa mesma base obtido um ano antes.

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AGRONEGÓCIOS

Setor cafeeiro aprova retirada de 6 milhões de sacas do mercado
Os membros do CDPC - Conselho Deliberativo de Política Cafeeira -, órgão que reúne governo e iniciativa privada do setor, em reunião realizada ontem em Brasília, aprovaram proposta do CNC - Conselho Nacional do Café - para a retirada de 6 milhões de sacas de 60 quilos de café do mercado. Segundo informações da assessoria do CNC, trata-se da formação de estoque estratégico por parte do setor privado. Ao contrário do modelo de formação de estoques públicos, esse novo modelo, segundo o CNC, permite o retorno antecipado de parte desses cafés ao mercado caso a cotação evolua para o nível de preço estabelecido, que é de R$ 306,34. A fonte de recursos será o Funcafé - Fundo de Defesa da Economia Cafeeira. Pela proposta, o setor privado renovará o volume de 6 milhões de sacas a cada dois anos, sempre no início (julho) do ano safra de bienalidade alta (safra cheia) do café, como a produção desse ano. Para o presidente do CNC, Gilson Ximenes, esse programa é importante porque não há previsibilidade com relação ao retorno desses cafés ao mercado, conforme ocorre com os financiamentos de estocagem. Segundo Ximenes, a previsibilidade do retorno dos cafés ao mercado nos financiamentos de estocagem tem provocado prejuízo ao produtor, considerando que há depreciação dos preços nos períodos em que se encontram os vencimentos das operações. Conforme Ximenes, os níveis de preço, nesse novo modelo, é que determinarão o fluxo de retorno do café. Ele ressaltou que a iniciativa não causa ônus à União, além de os ganhos da valorização do estoque ficar com o setor produtivo da cafeicultura. O Ministério da Agricultura deverá encaminhar voto à próxima reunião do CMN - Conselho Monetário Nacional - para formalizar a adoção do programa. A reunião do CMN deverá ocorrer no fim de novembro. A nova proposta dos produtores não contempla uma das principais prioridades do setor, que seria a realização de leilões de opção de venda ao governo, como havia informado Ximenes em entrevista à Agência Estado. Na ocasião, Ximenes considerava que o lançamento de contratos de opção de venda pública iria de encontro a uma outra reivindicação do CNC, que é a formação de estoque estratégico pelo governo, em um nível de cerca de 8 milhões de sacas de 60 kg. Atualmente, o estoque de café do governo é praticamente zero. (Agência Estado)

Em defesa do consumo de ovo
O diretor-executivo da OVOS BRASIL - entidade sem fins lucrativos, que tem como objetivo expandir os conhecimentos nutricionais sobre o ovo -, José Roberto Bottura, reuniu-se na tarde de ontem, com a diretora do CVE - Centro de Vigilância Epidemiológica -, Ana Freitas e a epidemiologista Maria Bernadete de Paula Eduardo, para esclarecer questões ligadas à segurança alimentar, no que se refere ao uso, preparo e consumo de ovos. A tônica da reunião foi o posicionamento da entidade em esclarecer à sociedade, à imprensa e aos órgãos públicos, o trabalho que vem sendo realizado quanto às questões de higiene no manuseio e armazenamento correto dos ovos, para o bem estar da
população.Recentemente, a imprensa divulgou dados sobre a Salmonella – bactéria que causa intoxicação alimentar – apontando o ovo como grande vilão. Porém, o risco de um ovo ser contaminado por Salmonella é muito baixo, cerca de 1 em cada 20.000 ovos, segundo dados estatísticos mundiais. O manuseio apropriado e higiênico do ovo, como de qualquer outro alimento, é base fundamental na segurança alimentar. Na reunião a OVOS BRASILl mostrou, às diretoras do CEV - Centro de Vigilância Epidemiológica -, os objetivos da entidade, que são coincidentes com o trabalho desenvolvido pelo CEV. Foram esclarecidos vários pontos abordados pela imprensa, imputando ao ovo, toda culpa dos casos de toxi-infeccção alimentar, e concluiu-se que as duas entidades possuem os mesmos objetivos e que devem estreitar o relacionamento para otimizar seus resultados. O vice-presidente técnico e científico da UBA - União Brasileira de Avicultura -, Antonio Guilherme Machado de Castro; o professor da Faculdade de Medicina Veterinária da NESP/Jaboticabal, especialista em Salmonella, Ângelo Berchieri e a proprietária de granja Silvana Laudana, também
compareceram ao encontro para reforçar o empenho da entidade em colaborar com os órgãos públicos no esclarecimento quanto à segurança alimentar junto á população. “A probabilidade de um ovo estar contaminado quando da sua compra, é muito baixo, porém, pode se contaminar quando manuseado e/ou armazenado indevidamente; essa é a questão que viemos esclarecer hoje nessa reunião”, observa o diretor-executivo da entidade, José Roberto Bottura. Ambientes e equipamentos de cozinha não higienizados, podem contaminar os ovos por Salmonelas ou mesmo outras bactérias
prejudiciais à saúde humana. Dessa forma, a OVOS BRASIL, por meio do site
www.ovosbrasil.com.br, divulga informações importantes tanto para a população em geral como para a classe de profissionais da saúde.
ABEF traça cenários diante da crise durante o evento em Bento Gonçalves/RS
A crise internacional e seu impacto na avicultura brasileira será um dos temas abordados pelo presidente da ABEF - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos -, Francisco Turra, no painel de abertura do evento, dia 20/11, às 9h. Os cenários do setor para garantir a competitividade diante da crise serão apresentados por Turra, juntamente com representantes da cadeia de laticínios e suinocultura. A AVISULAT 2008 acontece de 19 a 21 de novembro de 2008, no Centro de Exposições Fundaparque, em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, informações pelo site
www.avisulat.com.br.

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Cobertura Especial - Salão do Automóvel

*Roberto Ching Su, repórter especial do I-Press.biz na cobertura do Salão do Automóvel, em São Paulo.

Salão do Automóvel abre as portas, dividido entre carros e crise

O 25º Salão Internacional do Automóvel de São Paulo começa nessa quinta-feira, com as atenções divididas. De um lado, o público, ávido por máquinas possantes, carros exóticos e mulheres bonitas. Do outro, executivos das principais montadoras de olho na crise financeira mundial. A preocupação com a turbulência econômica foi a tônica durante as entrevistas de lançamentos, que ocorreram nos três primeiros dias da semana, exclusivamente para jornalistas de todo o mundo. Mas o público pode ficar tranqüilo.Todos os principais modelos lançados nos EUA e na Europa - alguns deles já exibidos nos salões de Detroit/EUA e de Paris/França nesse ano - estão presentes no Parque de Exposições do Anhembi. Como em outras edições, os destaques são sempre os carros de Ferrari, Lamborghini, Lotus, Porsche, BMW e Mercedes-Benz. Entre eles, dois bólidos devem atrair mais a atenção do público do que os demais concorrentes: tratam-se da Ferrari F430 Scuderia, a novidade da construtora italiana, e o superesportivo Pagani Zonda F, o carro mais caro a chegar no Brasil. Nesse ano, cerca de 170 expositores - de montadoras a lojas de customização e acessórios - darão as caras no Salão.
Estarão lá todos os lançamentos das grandes fabricantes brasileiras, como Fiat, Volkswagen, Chevrolet, Ford, Toyota e Honda. A exemplo das japonesas, fabricantes orientais também marcam presença. Há as chinesas Effa e Lifan; as sul-coreanas Kia, Hyundai (ambas já conhecidas do mercado brasileiro) e Ssangyong; e a indiana Mahindra. Mas há grandes novidades das montadoras, como carros produzidos inteiramente no Brasil. Não estamos falando da Troller ou dos protótipos da faculdade de engenharia FEI, que são projetados, desenvolvidos e fabricados no Brasil. Tratam-se
de modelos como o Renault Step'Up ou o Fiat FCCII. O primeiro foi criado na fábrica da marca francesa em São José dos Pinhais, no Paraná; o segundo, na sede da companhia italiana em Betim/MG. No total são cerca de 450 novidades espalhadas em uma área de 850 mil metros quadrados do Anhembi. A organização do evento estima que até 600 mil pessoas visitem o salão entre os dias 30/10 e 9/11. Desses, a SPTuris - São Paulo Turismo - estima que 15% sejam estrangeiros. "Um evento como o Salão deve gerar uma renda para a cidade estimada, para esse ano, em mais de R$ 125 milhões", diz Caio Luiz de Carvalho, presidente da entidade. A importância do evento não é só medida pelos números. "A partir desse ano, o Salão do Automóvel faz parte do calendário de eventos
Motorshow da OICA - órgão internacional de fabricantes" -, afirma Evaristo Nascimento, diretor de feiras da Alcântara Machado, responsável pela produção do Salão.

Massa revela Ferrari de R$ 1,6 milhão que chega ao Brasil
Revelada pelo piloto Felipe Massa, a F430 Scuderia passa a ser vendida a partir de ontem pela Ferrari no Brasil. O esportivo pode ser visto no estande da marca no 25º Salão Internacional do Automóvel, que abriu ontem para o público, em São Paulo. O carro, testado pelo ex-piloto Michael Schumacher e já exibido nos salões de Detroit/EUA, Paris/França e Frankfurt/Alemanha, vai custar uma bagatela de R$ 1,6 milhão, mesmo sendo considerado um "modelo de entrada" da marca. Derivado da série especial da F430, a Scuderia tem um motor V8 de 4,3 litros, com potência de 510 cavalos a 8.500 rpm, 20 cavalos a mais que os das versões F430 e F430 Spider. Segundo o piloto da F1, o modelo
"pode ser mais rápido que um carro da GP2 [categoria de acesso à F1]". A F430 Scuderia foi equipada com um programa que torna a troca de marchas mais rápidas. O F1 Superfast é capaz de reduzir para 60 milésimos de segundo a troca de marchas. Com isso, é possível acelerar de 0-100 km/h em 3s6. A velocidade máxima é de 320 km/h. A novidade divide o estande com já conhecidos modelos como a F430 e a F430 Spider, a F599 GTB Fiorano e a F612 Scaglietti.

Volvo traz o XC60, que freia sozinho
O principal lançamento da Volvo no Salão do Automóvel de São Paulo é o "crossover" XC60. O primeiro da marca a ter o sistema que aciona automaticamente os freios diante de uma possível colisão. Desenvolvido pela Volvo, o sistema City Safety consegue identificar veículos que estão fixos ou trafegando na mesma direção. Caso a distância seja menor do que a considerada como crítica na velocidade em que os carros estão, o freio é acionado sem a intervenção do motorista. O XC60 chega o Brasil em três versões: comfort, intermediário e top. Todas equipadas com motor turbo de 6 cilindros. O XC60 vai brigar diretamente com a BMW X3 e a Mercedes-Benz GLK, essa última exposta no Salão. Outros modelos da marca conhecidos pelo consumidor brasileiro, também estão presentes: C30, XC70, os sedãs S40 e S80, a perua V50, o cupê C70 e uma edição especial do XC90.

Lançamentos da Subaru já são vendidos no Brasil
A Subaru faz no Salão do Automóvel de São Paulo o lançamento oficial da versão sedã do modelo esportivo Impreza, que já está disponível no mercado brasileiro. O Impreza está disponível nas versões hacth (1.5 e 2.0 automático e manual), sedã (2.0 automático), WRX (sedã e hatch) e WRX STI, a versão mais esportiva da marca e que vem com motor Boxer Turbo 2.5 . A marca japonesa também apresenta a linha completa dos modelos Tribeca, Forester, Legacy e Outback.

Land Rover traz jipe inspirado nos anos 40
A Land Rover traz para a 25ª edição do Salão do Automóvel de São Paulo o passado e o futuro da marca inglesa, que esse ano completa 60 anos. O principal lançamento é a série especial do jipe Defender. Batizado de SVX, o modelo terá fabricação limitada de 1.800 unidades - 25 serão destinadas ao Brasil. O SVX tem traços alusivos ao primeiro jipe lançado pela Land Rover em 1948, conhecido atualmente como Série 1. O novo Defender é equipado com motor diesel Common Rail 2,4 litros de 122 cavalos de potência, transmissão de seis marchas, controle eletrônico de tração e freios ABS. O futuro da Land Rover é representado pelo protótipo LRX Concept, que inaugura um novo
segmento de veículos, o de cross-coupé compacto de luxo. O LRX tem design ousado e linhas laterais agressivas, que são ressaltadas pelas rodas aro 20. A carroceria é toda em alumínio. Outro fator que chama atenção no LRX Concept é o teto panorâmico, nunca utilizado em um modelo da marca inglesa. O motor tem tecnologia híbrida (biodiesel e elétrica). A Land Rover também trouxe para o Salão de São Paulo o luxuoso Range Rover Vogue. Utilitário une desempenho, conforto e sofisticação. O modelo possui um sistema de telefone pessoal integrado com tecnologia bluetooth. Outros modelos como o Range Rover Sport, o Discovery 3 e o Freelander 2, também estão presentes.

Sedã de luxo Linea é destaque do estande da Fiat
O sedã Linea já chegou às concessionárias brasileiras, mas a Fiat exibe o modelo de luxo como uma de suas principais atrações do 25º Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, que abriu suas portas ontem ao público. Com preços que variam de R$ 60.900 (para a versão com câmbio manual) a R$ 63.900, o três-volumes substituiu o defasado Marea. Com uma enorme grade dianteira - o que lhe dá uma certa semelhança com um modelo da alemã Audi -, o sedã é exibido em cinco versões: 1.9 16V, 1.9 16V Dualogic (câmbio automático), Absolute, T-Jet e a edição limitada Monte Bianco. O Linea T-Jet tem motor 1.4 turbo de 152 cv de potência, enquanto a Absolute conta com equipamentos de tecnologia e conforto como a tecnologia Blue&Me, um sistema de navegação GPS integrado ao veículo. A edição Monte Bianco é, segundo a própria Fiat, uma das personalizações do Linea. São acessórios de fábrica como: bancos de couro, DVD, rodas de 17 polegadas, spoilers e aerofólio, faróis com máscara negra, ponteira de escapamento diferenciado, entre outros.

Porsche mostra a nova geração da família 911
A Porsche traz para o Salão do Automóvel de São Paulo a nova geração da família 911 e uma versão turbo do utilitário esportivo Cayenne S. A nova linha 911 é composta pelas versões Carrera, Carrera S, Carrera 4, Carrera 4S, Targa 4 e Targa 4S. A nova geração se destaca claramente da anterior devido à notável, porém discreta, alteração na parte dianteira e na nova tecnologia das luzes. Todas as versões possuem faróis dianteiros bi-xenon e lanternas com diodo emissor de luz (LED) para o dia. Outras duas novidades são os sistemas PCM (gerenciamento de comunicação compatível com Bluetooth, iPod e USB) e o PDK de dupla embreagem, que substitui a antiga transmissão Tiptronic S.

Mercedes GLK 280 e o cupê esportivo CLC 200 K chegam ao Brasil
Além do Smart Fortwo, a Mercedes-Benz também apresenta outras novidades para o mercado brasileiro, na edição desse ano do Salão do Automóvel de São Paulo. Os dois principais são utilitário compacto GLK 280 e cupê esportivo CLC 200 Kompressor. O GLK 280, um SUV de alto luxo e porte médio, chega ao país por de R$ 225 mil e vem com motor 3.0 litros V6, a gasolina, de 231 cavalos de potência e transmissão automática 7G-Tronic. Na versão disponível ao consumidor brasileiro, a Mercedes-Benz oferece o pacote Visual Sport - uma série de equipamentos de aparência mais
esportiva, como a grade dianteira e rodas de liga leve, além de ajustes especiais, como a suspensão. Com dimensões compactas e linhas robustas, CLC 200, montado na fábrica de Juiz de Fora/MG, e exportado para 30 países, terá preço médio sugerido de R$ 130 mil. O esportivo é equipado com motor de 1.8 l de quatro cilindros, sobrealimentado por um compressor volumétrico capaz de gerar 184 cv e transmissão automática de cinco marchas. Para atrair o público jovem, o CLC 200 aposta nas rodas de liga leve de 17 polegadas e na conectividade Bluetooth. Outro fator que chama
a atenção no CLC 200 são os equipamentos de série. Ele vem de fábrica com seis airbags, freios com ABS, assistência de frenagem de emergência (BAS) e controle de estabilidade ESP. Outros modelos que a Mercedes-Benz expõe no Salão são as Classes B, CLS, SLK, M e SL.

Novo Camaro mescla projeto futurista com linhas clássicas
Um dos ícones da indústria automobilística norte-americana nos anos 60, o Camaro, chega ao 25º Salão do Automóvel de São Paulo, totalmente reestilizado e muito mais esportivo. O novo Camaro foi apresentado em julho nos EUA, e a expectativa da GM é que comece a ser produzido em série, a partir do próximo ano. Em cor laranja, o novo Camaro é equipado com o motor da versão esportiva SS, um V8 de 6,2 litros. Ao todo são 422 cv de potência máxima a 5.000 rpm e torque 56 kgm. O painel de instrumentos é inspirado na primeira geração do modelo. Os medidores redondos são
tridimensionais e têm fundo branco, com ponteiros vermelhos. Há ainda um interruptor de ignição separado para dar partida ao motor.


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LOGÍSTICA & Infra-estrutura

Fila para carregar açúcar nos portos do País cai para 43 navios
A fila para carregar açúcar nos portos brasileiros diminuiu para 43 navios na semana encerrada em 29/10, nove a menos que na semana anterior, segundo a agência marítima Williams Brazil. Os navios agendaram o embarque de 993.210 toneladas no próximo mês, em comparação a 1,3 milhão de toneladas no relatório da semana anterior. A maior parte do açúcar será embarcada pelo porto de Santos, de onde sairão 721.670 toneladas, ante 1,01 milhão de toneladas na semana passada. Em seguida vem o porto de Maceió, com previsão de embarque de 137.940 toneladas. Para o porto de
Paranaguá a previsão de embarque é de 51.900 toneladas. A maior parte do açúcar a ser exportado é da variedade VHP, somando 760.760 toneladas, contra 1,06 milhão de toneladas na semana anterior. O volume de açúcar cristal alcançou 159.750 toneladas, ante 180.496 toneladas na semana passada.

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MERCADO DE TI & Telecomunicações

Motorola acumula US$ 587 milhões de prejuízo no ano e decide demitir 3 mil
A fabricante americana de telefones celulares Motorola, perdeu US$ 587 milhões nos nove primeiros meses do ano, quase quatro vezes mais do que os US$ 149 milhões perdidos no mesmo período do ano passado. A terceira maior empresa do setor no mundo informou que a perda por ação passou de US$ 0,6 a US$ 0,26 nos dois períodos comparados. Devido ao resultado, ela decidiu cortar 4,5% de sua força de trabalho, o que gerará cerca de 3.000 demissões. As receitas da companhia caíram 14,7% e ficaram em US$ 23,01 bilhões, enquanto o resultado operacional refletiu uma perda de US$ 716 milhões, frente aos US$ 534 do ano passado. No terceiro trimestre do ano, a companhia acumulou uma perda de US$ 397 milhões, frente aos US$ 60 milhões que lucrou no mesmo período de 2007, enquanto que suas receitas caíram 15%, para US$ 7,48 bilhões. A empresa antecipou que provavelmente, atrasará a separação da unidade de telefonia celular que estava prevista para 2009, até que essa tenha capacidade para sobreviver sozinha. O presidente da Divisão de Dispositivos Móveis da companhia, Sanjay Jha, descartou a separação da unidade no terceiro trimestre de 2009, devido, entre outros fatores, às mudanças em curso no mercado financeiro. Cortes - Para fazer frente à crise, a companhia deve cortar suas despesas para tentar economizar cerca de US$ 800
milhões. Para isso, a Motorola anunciou diferentes iniciativas. A mais drástica delas será suprimir 4,5% de seus efetivos - ou seja, 3.000 postos de trabalho. Dois terços desses cortes será na atividade de telefonia móvel. "Aproximadamente 3.000 funcionários serão afetados no mundo, em todas as atividades e em todas as funções, pouco mais de dois terços das demissões ocorrerão no setor de telefonia", declarou Maya Komadinaely, uma das porta-vozes da Motorola. As outras medidas previstas são reduzir os sistemas operacionais que utiliza na fabricação de terminais e, a partir do próximo ano, começar a utilizar em alguns de seus aparelhos mais modernos o Android, sistema desenvolvido pelo Google. (Efe, de Nova Iorque e France Presse/AFP)

"Liderança como Diferencial Competitivo" é tema do Mesas Redondas do Seprorgs
Na edição de outubro do Mesas Redondas, o tema escolhido foi "Liderança como Diferencial Competitivo". A reunião-almoço, promovida pelo Seprorgs - Sindicato das Empresas de Informática do Rio Grande do Sul -, com o apoio das entidades gaúchas de Tecnologia da Informação (Assespro, Internetsul, Softsul e Sucesu-RS), hoje, dia 31/10, das 12h às 14h, no Ritter Hotéis (Largo Vespasiano Veppo, 55 - Porto Alegre). O palestrante será o administrador de empresas, especializado em projetos de Educação Corporativa, José Carlos Braga. Sobre o palestrante: José Carlos Braga é Administrador de empresas, especializado em projetos de Educação Corporativa. Gerente da Filial Sul da Integração Escola de Negócios, responsável por contas e projetos de empresas como Randon, Rio Grande Energia (Grupo CPFL), Sistema Sicredi, Sistema Unimed, Coca-Cola (Spaipa e Vonpar), Philip Morris e Grupo RBS, entre outras. Foi coordenador por 4 anos do Grupo de Estudos de Liderança na ABRH RS - Associação Brasileira de Recursos Humanos. Presidente do Comitê de Gestão de Pessoas da AMCHAM-RS - Câmara Americana de Comércio. Dentre os tópicos que serão abordados estão: O líder deve se preocupar com questões estratégicas e não operacionais; Não basta saber delegar e
montar uma equipe (líder é diferente de gestor); Muitos líderes conhecem a teoria, mas não aplicam na prática por falta de vontade, de querer; O líder tem que conhecer cada membro de sua equipe, saber o que motiva cada um deles e fazer brilhar os olhos de seus colaboradores; É necessário ter atitude para ter resultado; O discurso do líder deve ser demonstrado por ele na prática, ele é o exemplo maior; entre outros.

Processor CRM cria visão única para clientes da Randon
Um dos mais completos projetos de CRM - Customer Relationship Management - do segmento de implementos rodoviários está sendo implantando no Brasil pela Randon S.A. A expectativa com o projeto é que a empresa passe a ter uma visão única dos clientes. A solução escolhida, o Processor CRM, contempla o software da Microsoft com o expertise da Processor nesse tipo de implantação.A ferramenta está sendo colocada no ar por etapas. O primeiro momento, finalizado em agosto desse ano, envolveu a formatação da solução para a área comercial, atendendo os vendedores e gerentes de vendas. Entre as funcionalidades estão a de cadastro de contas, contatos, atividades e visualização de oportunidades. O coordenador de TI da companhia, Luiz Paulo Wenzel, explica que os colaboradores de campo poderão acessar as informações referentes a cada conta de forma atualizada através do notebook, agilizando o contato com os clientes. "Todo processo de negociação será acompanhado em tempo real, através da internet, o que fará com que possamos agir mais proativamente", diz. A segunda fase prevê a aplicação dos módulos de marketing e serviços, focados no cliente final. Sistemas de segmentação dos clientes, propostas, campanhas e ocorrências são algumas das possibilidades a serem exploradas pela empresa e que darão subsídios para a criação de ações de relacionamento de acordo com o valor de cada cliente. Até o início de 2010 o projeto de CRM da Randon deverá estar totalmente concluído. A necessidade desse projeto na área comercial envolveu fortemente a área de TI - Tecnologia da Informação - da companhia. Elvige Picinini, analista de marketing da Randon S.A, destaca a participação da Processor, afirmando que em projetos como esse é fundamental que o parceiro tenha uma visão de negócios apurada. "Estamos fazendo um
trabalho em conjunto, fator muito importante para chegarmos aos resultados desejados por todos", observa.O gerente de Inovação e Marketing da Processor, Carlos Busch, explica que um dos principais reflexos desse projeto no dia-a-dia das operações da Randon, é a qualificação do atendimento em todos os níveis. "É uma solução robusta e capaz de dar para cada distribuidor da companhia, ferramentas capazes de otimizar o seu trabalho junto aos clientes finais", relata. Segundo ele, o CRM é hoje uma das principais iniciativas estratégicas que estão sendo usadas pelas empresas para
que possam melhorar a sua comunicação com o mercado. "A cada dia as ofertas de mercado ficam mais comoditizadas. A solução Processor CRM leva as corporações a entenderem melhor seus clientes, compreenderem suas necessidades e, conseqüentemente, instrumentalizarem seus produtos e serviços para que os objetivos da organização sejam atingidos", conclui.

FUTURECOM 2008: Southtech Telecom revela investimentos
A SouthTech Telecom, empresa porto-alegrense que opera serviços de telecomunicação, participou do Futurecom 2008, onde revelou seus investimentos na tecnologia WiMAX - Worldwide Interoperability for Microwave Access. O principal evento do setor na América Latina, em sua décima edição, pela primeira vez realizado em São Paulo, no Transamérica Expo Center, de 28 a 30 de outubro. O Futurecom é o encontro mercadológico, empresarial e regulatório, que conta com a participação dos mais destacados dirigentes e profissionais da área, empresas operadoras nacionais e internacionais, fornecedores de bens e serviços e clientes corporativos. É a oportunidade pra quem quer ficar por dentro do cenário de telecomunicações e da atuação das operadoras do país. O evento abre espaço para as empresas demonstrarem seus serviços, soluções, equipamentos e sistemas. Na feira, a SouthTech Telecom expôs suas expectativas em relação à criação de uma rede piloto na tecnologia WiMAX, implantada na serra gaúcha, interior do Rio Grande do Sul. A ferramenta é a evolução do Wi-Fi - Wireless Fidelity -, que por sua vez é o atual padrão de tecnologia para acesso sem o uso de fios. "O WiMax pode ajudar na inclusão digital de localidades remotas, já que dispensa tantos cabeamentos", enfatiza Iedo Joner Júnior, diretor comercial da SouthTech. No decorrer do evento também foram realizados seminários sobre temas como a Evolução das Comunicações, os Negócios Globalizadores e o Futuro das Corporações; Governo Digital; A Revolução dos Terminais Banda Larga com Mobilidade; Novas Aplicações de Serviço; Conveniência de Uso e Multiplicidade de Acesso; e a Monetização da Mídia Digital Móvel Via Propaganda 2.0. Joner destaca a importância do Futurecom 2008, ressaltando que "o evento ocorreu em meio a um momento de ebulição do mercado, com base nas alterações promovidas pelas mudanças no PGO - Plano Geral de Outorgas - e no PGR - Plano Geral de Atualização da Regulamentação das Telecomunicações no Brasil - aprovadas pela Anatel no dia 16/10. O encontro revelou-se importante no sentido de abrir espaço para debates a respeito de tendências e do atual cenário das telecomunicações no Brasil".

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ANÁLISE SETORIAL

Crédito extra para construtoras de R$ 9,3 bi valerá até março de 2009
As construtoras que quiserem utilizar a nova linha de crédito para capital de giro no setor terão até o final de março de 2009 para obter esses empréstimos. O prazo foi anunciado ontem, pelo CMN - Conselho Monetário Nacional. Na quarta-feira, 29/10, o governo já havia informado que iria autorizar os bancos brasileiros a direcionar 5% do saldo da poupança para capital de giro de construtoras. Hoje, os bancos são obrigados a aplicar 65% em financiamento imobiliário. Esses 5% poderão ser abatidos desse total. Segundo cálculos do Banco Central, isso vai significar a liberação de R$ 9,3 bilhões. Desse total, R$ 3 bilhões vão sair da Caixa Econômica Federal, banco que libera as aplicações em poupança no país. Essa linha tem como objetivo disponibilizar mais capital de giro para as essas empresas e evitar uma paralisação das suas obras devido à crise internacional de crédito, que já afeta o Brasil. O prazo máximo do empréstimo será de 60 meses. O dinheiro só será liberado para incorporações imobiliárias submetidas ao regime de patrimônio de afetação - regra que permite a segregação de uma obra, das demais operações de uma incorporadora e dá mais segurança ao mutuário. Também vale para sociedades de propósito específico, constituídas para construção e venda de imóveis. Caixa No caso da Caixa, os empréstimos terão uma garantia adicional, além daquela dada pela empresa que toma o crédito. O governo vai criar um fundo com base nos dividendos que seriam pagos pela Caixa à União, até 2010. O fundo terá de R$ 1,050 bilhão, ou seja, vai garantir 35% das operações. Os juros para a linha serão de TR mais 11% ao ano. Hoje, o juro para capital de giro no mercado está acima de 20% ao ano. Essa medida pode beneficiar as pessoas que compram a casa própria. Segundo a Caixa, a tendência é que o repasse de custos para o mutuário seja menor. Hoje o capital de giro já é repassado para o comprador, mas em valores maiores, pois os juros são mais altos.

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MERCADO ONLINE

Novo domínio "b.br" recebe adesão de dez bancos no Brasil
Dez bancos brasileiros aderiram ao domínio de internet "b.br", cerca de um mês após a implantação do sistema, de uso exclusivo para instituições bancárias - com isso, essas empresas poderão ter endereços como "banco.b.br". A medida visa dar mais segurança para transações bancárias na internet. Segundo o NIC.br - Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR -, os bancos Alfa, Bonsucesso, Bradesco, BVA, Banco Cooperativo Sicredi, Bic Banco, Prosper, Schahin, Banrisul e Paraná Banco. O objetivo da adoção do sistema é preservar internautas de práticas maliciosas na rede, como o "phishing" (furto de dados pessoais pela web). O domínio tem um novo sistema de identificação de sites chamado DNSSEC, que valida e reconhece a autenticidade da página antes que o internauta tenha acesso a ela. Com a mudança, deve ficar mais difícil a realização de um golpe, em que piratas virtuais desenvolvem sites semelhantes aos originais e levam os internautas a deixarem ali informações, como senhas. Ao digitar o endereço do site, o usuário pode ter seu caminho desviado por criminosos e levado para esse tipo de página maliciosa. Em alta - Dados da Febraban, referentes a 2007, indicam que 29,8 milhões de pessoas utilizam "internet banking" no Brasil, número 9,2% maior que em 2006. No ano passado, foram realizadas 6,9 bilhões de transações na rede - volume que representa 16,9% do total de operações bancárias realizadas no país. Pelas regras estabelecidas para o "b.br", a empresa que utiliza o domínio será, obrigatoriamente, uma instituição bancária. A triagem dessas instituições será realizada pelo NIC.br. O sistema já é utilizado no domínio "jus.br", usado por instituições vinculadas ao poder Judiciário. No caso desses sites, é o CNJ - Conselho Nacional de Justiça - quem determina as instituições que têm direito de utilizá-lo. O NIC.br é o braço executivo do CGI.br - Comitê Gestor da Internet no Brasil -, responsável por implementar suas decisões, e coordena o registro de nomes de domínio no país.

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MERCADO DE LUXO

YSL, Gucci e Puma salvam PPR
O grupo francês PPR - Pinault-Printemps-Redoute -, especialista em artigos de luxo, conseguiu passar imune à crise financeira mundial até o presente momento, segundo balanço divulgado pela própria empresa e que dá conta do terceiro trimestre de 2008.
De acordo com o relatório, o motivo da holding ter permanecido no azul, vendendo 1,7% a mais do que no exercício anterior, é devido às vendas especificas da Yves Saint Lauren, da Puma e da Gucci (três das 10 marcas de roupas e acessórios que o conglomerado possui).
Individualmente, as vendas da YSL cresceram 27.4%, as da Puma, 9.2%, e as da Gucci, 6.2%. Outras três etiquetas que integram o grupo, Bottega Veneta, Stella McCartney e Alexander McQueen, também apresentam crescimento na casa dos dois dígitos, embora não tão expressivos. "Diversos planos estão sendo executados para reduzir custos e manter a nossa eficácia", afirmou o presidente do PPR, Francois-Henri Pinault, referindo-se as medidas que o holding está tomando para enfrentar a crise e seguir no azul.


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