I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 082 | Ano I


Henrique Meirelles fala sobre a crise ao Senado na quinta-feira
O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Aloizio Mercadante (PT/SP), informou ontem, que está marcada para a próxima quinta-feira, às 10 horas, a audiência em que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, dará aos senadores esclarecimentos sobre a crise financeira mundial e as medidas adotadas pelo BC. Da tribuna do Senado, onde fez, à tarde, um discurso com análise das medidas do governo para enfrentar a crise financeira, Mercadante anunciou a audiência e informou que acertou o encontro com o próprio Meirelles.



EUA têm déficit recorde de US$ 454,81 bi no ano fiscal
O Departamento do Tesouro dos EUA informou que o governo federal do país, teve um déficit
orçamentário recorde de US$ 454,81 bilhões no ano fiscal de 2008, encerrado em 30/9, após um déficit orçamentário de US$ 161,53 bilhões no ano fiscal anterior. O déficit orçamentário do ano fiscal de 2008 superou a projeção de US$ 438 bilhões feita recentemente, pelo Escritório de Orçamento do Congresso e também, a previsão de US$ 389 bilhões feita em julho pelo Escritório de Administração e Orçamento do próprio governo. No ano fiscal de 2008, a receita do governo somou US$ 2,52 trilhões, com queda de 1,7% em relação aos US$ 2,57 trilhões do ano fiscal anterior. As despesas totalizaram US$ 2,98 trilhões, com crescimento de 9,1% em comparação com os US$ 2,73 trilhões do ano fiscal anterior. O déficit orçamentário do ano fiscal de 2008 representa 3,2% do PIB - Produto Interno Bruto -, enquanto o déficit do ano fiscal de 2007 representava 1,2% do PIB. Segundo o Departamento do Tesouro, os gastos militares totalizaram US$ 624,1 bilhões no ano fiscal de 2008, contra US$ 551,3 bilhões no ano fiscal anterior. No mês passado, o governo dos EUA registrou um superávit orçamentário de US$ 45,7 bilhões, inferior ao superávit de US$ 112,9 bilhões (Reuters, de Washongton)



Perda cambial atinge mais de 200 empresas
O governo tem informações de que pelo menos 220 empresas estão em situação de risco devido a apostas erradas feitas no mercado de câmbio, e poderão sofrer perdas milionárias, a exemplo do que ocorreu com a Votorantim, a Sadia e a Aracruz, entre outras. Não é possível ainda, precisar o número de companhias expostas à desvalorização do real, já que nem todas as operações foram registradas no Banco Central e, nenhuma delas, procurou o governo em busca de socorro. Fontes da comitiva do governo à conferência do Ibas (grupo formado por Índia, Brasil e África do Sul), que teve início terça-feira, em Nova Déli, repetiram a crítica feita pelo presidente Lula às empresas que transformaram suas tesourarias em "instrumentos de especulação". Na última sexta-feira, o grupo Votorantim comunicou que teve perdas de R$ 2,2 bilhões em operações de câmbio, o maior prejuízo divulgado por uma empresa brasileira desde o início da crise de crédito. Antes disso, a Sadia já havia reconhecido prejuízo de R$ 760 milhões pelo mesmo motivo, e a Aracruz, de R$ 1,9 bilhão. (Folha Online, de Nova Déli/Índia)



Economia alemã está à beira da recessão
A economia alemã está à beira da recessão, segundo um relatório divulgado pelos principais institutos de análises, que na melhor das hipóteses, apostam em um crescimento de 0,2% do PIB - Produto Interno Bruto - para 2009. Ante a grande imprevisibilidade das conseqüências da crise financeira mundial, os institutos fizeram duas previsões, a mais pessimista delas com um retrocesso do PIB em 2009, de 0,8%. Para esse ano, os institutos ainda apostam em um crescimento do PIB de 1,8%, muito abaixo da taxa de 2,5% de 2007. Os efeitos da crise da maior economia da zona euro são difíceis de avaliar. A economia real foi pouco afetada até o momento, segundo o ministro da Economia, Michael Glos, e a temida restrição do crédito ainda não se concretizou. No entanto, o crescimento da Alemanha depende muito das exportações e a forte desaceleração da conjuntura em outros países, pode provocar, mais cedo ou mais tarde, efeitos. (France Presse, de Berlim)


Crise não afeta expansão da Azul
A crise mundial não vai afetar a velocidade de expansão da Azul Linhas Aéreas, afirmou ontem, o diretor de Relações Institucionais da companhia, Adalberto Febeliano. De acordo com ele, a etapa final de certificação da empresa, por meio da obtenção do certificado de homologação como empresa de transporte aéreo (documento conhecido como cheta), deve acontecer até o final desse mês. "Se o transporte aéreo continuar crescendo acima de 10% ao ano, o crescimento da Azul vai ser mais rápido do que havíamos previsto. Nossa estratégia depende mais de novos mercados do que surfarmos na onda de crescimento do mercado brasileiro que já existe", disse Febeliano, que fez uma palestra na Amcham - Câmara Americana de Comércio -, no Rio de Janeiro. O executivo, porém, afirma que, se o atual cenário de desconfiança se transformar numa "megacrise", talvez a chegada de aviões possa ter sua velocidade alterada. Isso porque todas as empresas poderão sofrer com falta de fontes
financiamento. No caso da Azul, no entanto, o executivo disse que a frota inicial já está com financiamento contratado e que há a possibilidade de obter uma linha de financiamento em reais com o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -, o que compensaria a volatilidade do câmbio. A Azul divulgou pela primeira vez, na tarde de ontem, o detalhamento de seu plano de vôo para os próximos dois anos. Em 2009, a companhia planeja ter uma frota de 16 aviões, com vôos para nove cidades e mais de 1 milhão de passageiros transportados. Para 2010, Febeliano contou que a idéia é ter 26 aviões, vôos para 15 cidades e 2,5 milhões de passageiros transportados. O executivo não revelou quais serão as primeiras cidades atendidas, já a partir desse ano, pois a Azul quer começar a voar no início de dezembro. Seu plano inicial era fazer a estréia da companhia em janeiro de 2009. Febeliano citou algumas rotas que estão nos planos da companhia mais para frente, como Rio-Londrina, Manaus-Salvador e Manaus-Foz do Iguaçu, por exemplo. Febeliano disse que todos os
ministérios e órgãos governamentais em que a Azul e seus executivos estiveram, em Brasília, pediram a aceleração do início de operação da empresa. "Todos pediram: venham o mais rápido que puderem", afirmou. Para poder antecipar sua certificação, a empresa arrendou duas aeronaves da empresa aérea americana JetBlue, fundada por David Neeleman, presidente do conselho de administração da Azul. São dois jatos da Embraer modelo 190, para 106 passageiros.



Contratos suspensos da Odebrecht somam mais de US$ 712 milhões
Somados, quatro dos cinco contratos com a Construtora Norberto Odebrecht, que foram suspensos pelo governo do Equador no decreto assinado na última quinta-feira, dia 9/10, e divulgado pelo presidente Rafael Correa, na segunda-feira, dia 13/10, chegam ao montante de US$ 712.658 milhões. Dados fornecidos pela assessoria da Odebrecht, em Quito, capital do Equador, apontam que as obras das hidrelétricas de Toachi-Pilatón e Baba e o projeto de irrigação Carrizal-Chone, empregavam, em setembro desse ano, um total de 3,116 mil pessoas. O sistema de irrigação Carrizal-Chone 2 tinha previsão de entrega para setembro de 2009 e estava com 43,19% da obra realizada. O valor contratado para os 6.000 novos hectares irrigados é de US$ 84,88 milhões, sendo 70% desse valor com a Construtora Odebrecht. Já a hidrelétrica Baba, no valor contratual de US$ 227 milhões, estava com 44% da obra feita, e previsão de entrega para agosto de 2010. Para a construção da hidrelétrica Toachi-Pilatón, o contrato firmado em dezembro de 2007 foi no valor de US$ 366 milhões, sendo US$ 252 milhões para a construção civil e US$ 114 milhões, para os componentes eletromecânicos. A previsão de entrega é 2012. O aeroporto de Tena, por sua vez, foi contratado por US$ 34,7 milhões. A obra estava prevista para começar em 1º de setembro desse ano, com prazo de entrega para
março de 2010. Por enquanto, a construção ainda estava em fase de preparação do local para início das obras. (Agência Brasil)



Johnson & Johnson lucra 25% mais nos nove meses desse ano
A multinacional americana Johnson & Johnson anunciou nessa terça-feira, que lucrou US$ 10,235 bilhões nos nove primeiros meses de 2008, em alta de 24,8% em relação ao mesmo período de 2007. A Johnson & Johnson especificou em comunicado, que o lucro líquido no período foi de US$ 3,60 por título, frente aos US$ 2,81 por ação, nos nove primeiros meses do ano passado. A companhia, com sede em New Brunswick (Nova Jersey), destacou também, que suas vendas subiram 7,6% nos nove primeiros meses do ano, de US$ 45.138 bilhões entre janeiro e setembro de 2007 para US$ 48.565 bilhões. No período analisado, as vendas da Johnson & Johnson nos EUA, subiram 1,8%, enquanto as internacionais aumentaram 14,3%. Por setores, as vendas de produtos para o consumidor no mundo todo aumentaram 14,2%, as de produtos farmacêuticos, 2,2%, e as de equipamento médico e para diagnósticos, 9,4%. O presidente e executivo-chefe da Johnson & Johnson, William Weldon, se mostrou satisfeito com os resultados da companhia, "apesar do impacto dos produtos genéricos" no negócio farmacêutico. A multinacional informou que, no terceiro trimestre de 2008, teve um lucro
líquido de US$ 3,31 bilhões (US$ 1,17 por ação), o que representa um aumento de 29,9% frente ao mesmo período do ano anterior, quando lucrou US$ 2,548 bilhões (US$ 0,88 por título). Os resultados de Johnson & Johnson do terceiro trimestre são melhores que o esperado pelos analistas de Wall Street, que calculavam um lucro líquido por ação de US$ 1,11. A empresa faturou no terceiro trimestre do ano US$ 15.921 bilhões, uma alta de 6,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. (Efe, de Nova York)



PepsiCo anuncia lucro abaixo do esperado e corte de 3,3 mil empregos
A PepsiCo anunciou ontem um lucro abaixo do esperado pelos analistas de mercado no terceiro trimestre fiscal do ano. Por conta dos efeitos da crise financeira sobre a economia, a empresa decidiu demitir cerca de 3.300 funcionários e não divulgar previsões para o ano fiscal de 2009. Com os cortes, que atingem cerca de 1,8% do total de funcionários, a PepsiCo - fabricante, entre outros, da linha de refrigerantes Pepsi, dos alimentos semi-prontos Quaker e dos salgadinhos Elma Chips e Frito-Lay - espera reduzir seus custos com pessoal em cerca de US$ 1,2 bilhão em três anos. A maioria das demissões deve ocorrer no último trimestre do ano. O lucro líquido no terceiro trimestre fiscal, encerrado em 9/9, ficou em US$ 1,58 bilhão, ou US$ 0,99 por ação. Foi menor do que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 1,74 bilhão, ou US$ 1,06 por ação). Excluindo as perdas que a empresa teve com seus contratos de hedge cambial, o lucro por ação ficou em US$ 1,06 - menos que os US$ 1,08 esperados pelos analistas do setor. Já a receita no período ficou em US$ 11,24 bilhões,
contra US$ 10,17 bilhões do mesmo período do ano fiscal anterior, puxados principalmente pela alta nas vendas de salgadinhos. A PepsiCo resolveu não divulgar previsões para 2009 porque ainda, não sabe qual será o efeito da atual crise econômica na venda de seus produtos. A crise de crédito e o desemprego devem levar os consumidores a comer menos em restaurantes, reduzir compras em lojas de conveniência e comprar menos itens alimentícios não-essenciais, o que atingiria, em cheio, as vendas da empresa.



Eike pode fechar siderúrgica em Corumbá por problemas ambientais
O empresário Eike Batista disse nesta terça-feira, que poderá fechar uma siderúrgica da MMX em Corumbá/MS, por conta de problemas ambientais. O Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - aplicou multas à siderúrgica no valor de R$ 29,4 milhões por uso de madeira sem comprovação de origem. Batista negou a compra de madeira ilegal e disse que a siderúrgica representa uma parte muito pequena dos negócios de suas empresas. "Isso tem que ser apurado e estamos questionando esse caso. [A siderúrgica] Está nos causando muito problema e estamos pensando inclusive em fechar essa operação. No contexto dos negócios da empresa, é uma coisa muito pequena que nos traz problemas tão grandes", disse. Apesar de questionar o pagamento das multas, Batista fez ontem, uma doação de R$ 11,4 milhões para os parques nacionais de Fernando de Noronha/PE, Lençóis Maranhenses/MA e Parque Nacional do Pantanal Matogrossense/MT. O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) negou que a doação vá favorecer as empresas de Batista no licenciamento ambiental ou livrá-lo do pagamento das multas. "Isso não significa nenhum tipo de facilitação de processo de licenciamento, não resolve nenhuma pendência. Não foi comprada nenhuma carta de alforria, se acontecer qualquer coisa errada com qualquer empresa do grupo, vai ser tratado
com todo o rigor da lei", afirmou o ministro durante entrevista coletiva que deu ao lado do empresário. Batista disse ainda, que está tranqüilo em relação à investigação da Polícia Federal em suas empresas. "Fizeram um erro grave no meu caso", completou. A doação, das empresas de Batista, será usada para a manutenção e investimento em infra-estrutura nos três parques. "Vai ser fácil chegar lá com a minha lancha", disse, se referindo a Fernando de Noronha.



Consumidor brasileiro ignora crise e comprará mais no 4º trimestre
Os consumidores brasileiros não deverão reduzir suas intenções de compra devido à crise financeira que se abate sobre o mundo, e indicaram um ímpeto ainda maior para gastar e garantir um final de ano gordo, segundo a pesquisa Intenção de Compra no Varejo do quarto trimestre do ano. Segundo o estudo, realizado pela Provar - Programa de Administração de Varejo - da FIA - Fundação Instituto de Administração - e pela Felisoni Consultores Associados, apenas 26,2% das pessoas ouvidas não pretendem realizar compras de produtos não-essenciais. É um índice menor do que a do terceiro trimestre (38,2%) e do quarto trimestre do ano passado (38,8%). "Podemos associar às boas perspectivas o otimismo do consumidor, cuja percepção não leva os rumores negativos da crise financeira mundial, além de ser tradicionalmente um período de grande movimentação no varejo em função das compras de Natal", disse Claudio Felisoni, coordenador do Provar/FIA. Entre os segmentos apresentados, os que têm o maior índice de intenção de compra no quarto trimestre são: de Informática (13,2%), Cine e foto (12,8%), Eletroeletrônicos (11%), Telefonia e celulares (10,6%), Móveis (9,2%) e Linha branca (9,2%). Em relação ao mesmo período do ano passado, os destaques ficam para a alta da intenção de compra dos segmentos de Informática (de 8,8% para 13,2%) e de
Eletroeletrônicos (de 8,8% para 11%). A taxa de pessoas que pretendem realizar compras pela
internet também subiu, segundo a pesquisa. Para o quarto trimestre a taxa é de 21%, quase o dobro do observado no terceiro trimestre (11,6%).



Índice de cheques devolvidos sobe em setembro; gaúchos são melhores pagadores
O índice de cheques devolvidos no Brasil teve alta em setembro, na comparação com agosto, segundo a pesquisa mensal de inadimplência da TeleCheque. Segundo a empresa de análise de cheques, o índice ficou em 3,01% - alta de 0,2 pontos percentuais em relação a agosto (2,81%). Foi a primeira vez desde março desse ano, que isso ocorre. Segundo o vice-presidente da TeleCheque, José Antonio Praxedes Neto, ainda é cedo para afirmar que essa alta já é reflexo da crise econômica global. "Não podemos considerar esse comportamento um reflexo do início da crise financeira mundial, já que tivemos em setembro desse ano, três dias úteis a mais do que o ano passado", explicou. Entre os 18 Estados pesquisados pela empresa, o RS foi o que teve o melhor desempenho. Apenas 1,47% dos cheques emitidos pelos gaúchos foram devolvidos. Em seguida ficaram o RN (1,78%), GO (1,92%), PR (2,26%) e MG (2,3%). Na outra ponta, o Estado líder em cheques devolvidos é o MA (6,16%),
seguidos por AM (4,96%), ES (4,65%), PA (4,22%) e PE (4,12%). A TeleCheque registrou em setembro um índice de 2,82% de cheques devolvidos em São Paulo no mês de setembro, enquanto no Rio ficou em 3,11%.



Citroën lança a versão flex do C4 Pallas
A Citroën apresentou nessa terça-feira, 14/10, o sedã C4 Pallas equipado com motor bicombustível. A montadora investiu no desenvolvimento do motor flex para aumentar a concorrência com os outros sedãs que contam com o motor a álcool e gasolina. O preço inicial do C4 Pallas flex é o mesmo da versão GLX a gasolina: R$ 69.495. O carro aparece em quarto lugar entre os sedãs médios com 14.166 unidades vendidas de janeiro a setembro, segundo a Fenabrave - Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores -, o que representa 9,79% de participação do mercado na categoria. Está atrás de Honda Civic (32,89%), Toyota Corolla (21,27%) e Chevrolet Vectra (15,36%). Ainda de acordo com a Fenabrave, os veículos com motor bicombustível correspondem a 87% das vendas de carros e comerciais leves no país.


Pão de Açúcar aumenta as vendas em setembro
O Grupo Pão de Açúcar comemorou o seu aniversário em setembro com um aumento nas vendas. Os
produtos alimentícios apresentaram crescimento de 4,8% no mês, enquanto as vendas de não-alimentos cresceram 15,9%, no período. Ao todo, o grupo faturou R$ 1.648,9 milhões, 19,4% a mais em relação ao mesmo período do ano anterior. As vendas líquidas atingiram R$ 1.437,8 milhões, um aumento de 22,8% em comparação a setembro de 2007.

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MERCADO de Ações & Futuros
(Informações: Dow Jones, Bovespa e Reuters)



Bovespa descola dos EUA e fecha em alta de 1,81%
A decisão do governo norte-americano de "pegar o touro pelos chifres", nas palavras de um analista de um banco estrangeiro, e injetar US$ 250 bilhões para capitalizar os bancos nos EUA não foi suficiente para garantir um segundo dia de ganhos nas Bolsas em Nova York, o que acabou contaminando momentaneamente, o desempenho da Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo. Diferente dos pregões em Wall Street, no entanto, a Bolsa brasileira conseguiu recuperar os ganhos no final da sessão e encerrar em alta, embora longe da máxima do dia.



- O índice Bovespa fechou em alta de 1,81% a 41.569,03 pontos, após oscilar dos 43.753 pontos (+7,16%) aos 40.218 pontos (-1,50%). O volume de negócios somou R$ 6,21 bilhões e as ações mais negociadas foram Petrobras PN (R$ 1,29 bilhão) e Vale PNA (R$ 869 milhões).



Análise - Após vários governos europeus tomarem medidas para injetar capital nas instituições financeiras, por meio da compra de ações, ontem foi a vez de autoridades dos EUA anunciarem que vão utilizar até US$ 250 bilhões do pacote de US$ 700 bilhões, aprovado recentemente pelo Congresso, para adquirir participação em instituições financeiras, numa tentativa de dar novo fôlego ao setor bancário e combater a crise de restrição ao crédito. Os bancos têm até 14/11 para decidir se participarão do programa de compra do Tesouro americano. A ampliação das perdas em Nova York, no meio da tarde, levou a Bovespa ao terreno negativo, passando a oscilar sem uma direção definida. "É natural alguma correção ontem no mercado brasileiro, tendo em vista a alta de segunda-feira (14,66%)", disse um operador, avaliando que era tranqüilo o quadro nas operações domésticas. Sobre a piora em Wall Street, o profissional lembrou que, diante de qualquer movimento mais forte ou susto, os players não têm esperado para ver e vendem ações, o que explicaria a ampliação da queda.


- No encerramento dos negócios em São Paulo, as altas no Ibovespa foram lideradas por Aracruz PNB (+15,34%), VCP PN (+13,99%) e Sadia PN (+13,62%). No outro extremo: BM&FBovespa ON caiu 5,20%, CSN ON perdeu 4,69% e Duratex PN caiu 3,79%.
- No caso das blue chips, Petrobras PN subiu 1,49% e Petrobras ON teve valorização de 1,16%.
Segundo informações da página da ANP - Agência Nacional de Petróleo - na internet, a companhia encontrou indícios de petróleo em três poços. As notificações fazem parte dos registros de praxe das empresas nesses casos, e foram arquivadas no site da ANP com data de 13/10. Nem a queda dos preços do petróleo impediu a continuidade da correção dos papéis da estatal. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato com vencimento em novembro da commodity caiu 3,15%, para US$ 78,63. Vale PNA subiu 0,87%, mas Vale ON desvalorizou-se 1,59%.

- Ações do setor bancário manteve os ganhos fortes: Bradesco PN subiu 5,15%, Itaú PN aumentou 3,79%, Banco do Brasil ON avançou 6,45% e Unibanco units apreciou-se 1,82%.
- As ações de empresas do setor elétrico também registraram ganhos expressivos: Eletrobras PNB ganhou 4,11%, Eletrobras ON aumentou 3,46%, Celesc PNB +4,11%, Cemig PN +4,61%, Light ON +7,18%, Eletropaulo PNB +6,69%e Cesp PNB +0,62%

Bolsa de Nova York devolve parte do ganho de segunda-feira
O mercado norte-americano de ações fechou em queda, um dia depois de o índice Dow Jones registrar sua maior alta em pontos de todos os tempos. O dia foi marcado pelo anúncio de que o governo dos EUA vai usar na compra de participação em bancos, mais de um terço dos US$ 700 bilhões autorizados pelo Congresso para socorrer o setor financeiro. As ações do setor financeiro voltaram a subir, mas as dos setores de tecnologia e energia e as de empresas ligadas a commodities (matérias-primas) caíram, devolvendo os ganhos de segunda-feira, dia 13/10.


Análise - Segundo Frank Beck, gerente-chefe para investimentos do Capital Financial Group, os investidores dedicaram o dia a digerir o plano anunciado pelo Departamento do Tesouro. "O programa levará algum tempo para ser implementado e obviamente, nesse mercado, os investidores têm pavio curto; os preços têm subido e caído em porcentagens ridiculamente altas; outro resultado disso é o enorme volume de dólares sendo criados pelo nosso governo e por outros governos, e isso terá um efeito inflacionário".


- Entre as ações do setor financeiro, os destaques positivos foram Citigroup (+18,22%), Bank of America (+16,41%), National City Corp. (+34,78%), Morgan Stanley (+21,22%), Wells Fargo (+10,26%) e Wachovia (+7,86%). As do JPMorgan Chase caíram 3,05%, devido ao nervosismo quanto a seu informe de resultados do terceiro trimestre, a ser divulgado hoje. No setor de tecnologia, as ações da Microsoft caíram 5,49%, depois de analistas do Credit Suisse reduzirem sua expectativa de lucro. As da Intel, que divulgaria resultados do terceiro trimestre depois do fechamento, recuaram 6,24%. Outros destaques negativos do setor foram Dell (-7,43%) e Oracle (-6,20%). As da Apple, que lançou ontem novos modelos de notebooks, recuaram 5,60%. Em reação a informes de resultados, as ações da Johnson & Johnson subiram 2,11% e as da PepsiCo caíram 11,93%; as ações da Coca-Cola, que divulga resultados hoje, recuaram 7,47%.

- O índice Dow Jones fechou em queda de 76,62 pontos, ou 0,82%, em 9.310,99 pontos. A mínima foi em 9.085,43 pontos e a máxima em 9.794,37 pontos.

- O Nasdaq fechou em queda de 65,24 pontos, ou 3,54%, em 1.779,01 pontos. Com mínima em
1.752,89 pontos e máxima em 1.896,95 pontos.



- O S&P-500 recuou 5,34 pontos, ou 0,53%, para fechar em 998,01 pontos. O NYSE Composite caiu 20,43 pontos, ou 0,32%, para 6.380,53 pontos

Petróleo encerra em baixa com receio sobre demanda
Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda na Nymex - Bolsa Mercantil de Nova York - com a percepção de que a demanda pelo combustível vai enfraquecer mesmo que o governo dos EUA consiga evitar um aprofundamento da recessão econômica.


- Na Nymex, os contratos futuros de petróleo, com entrega do produto em novembro, caíram US$
2,56, ou 3,15%, e fecharam a US$ 78,63 por barril. Incluindo as transações do sistema eletrônico Globex, a mínima foi de US$ 79,70 e a máxima de US$ 83,60. No sistema eletrônico da ICE Futures, em Londres, os contratos de petróleo Brent para novembro tiveram queda de US$ 2,73, ou 3,53%, para US$ 74,73 por barril.

- Na Nymex, os contratos futuros de gasolina reformulada (RBOB) para novembro, caíram US$
0,0328, ou 1,71%, e fecharam a US$ 1,8848 o galão. O contrato futuro de óleo para calefação para novembro caiu US$ 0,0813, ou 3,47%, para US$ 2,2597 o galão.



Bolsas européias sobem com medida dos EUA para comprar ações de bancos
As Bolsas européias fecharam em alta nessa terça-feira, com o anúncio do governo americano de adquirir US$ 250 bilhões em ações de bancos privados, a fim de tentar reativar a circulação de crédito e estimular o crescimento da economia.



- A Bolsa de Londres fechou em alta de 3,23% no índice FTSE 100, ficando com 4.394,21 pontos.
- A Bolsa de Paris subiu 2,75% no índice CAC 40, fechando com 3.628,52 pontos (depois de subirem mais de 2,6% durante os negócios).
- A Bolsa de Frankfurt subiu 2,70% no índice DAX, para 5.199,19 pontos.
- A Bolsa de Milão avançou 3,46% no índice MIBTel, ficando com 17.717 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve queda de 5,10%, encerrando o dia com 6.260,22 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Amsterdã, por sua vez, teve ligeira baixa de 0,27% no índice AEX General, indo para 284,51 pontos.
- A Bolsa de Reykjavik, da Islândia, reabriu nessa terça-feira, depois de três dias de suspensão das cotações e desabou 76,13%, e corretores afirmaram que o número sofre uma grande distorção. Excluindo as ações que não estão sendo negociadas, o índice da Bolsa islandesa cairia apenas 0,57%, segundo uma fonte do mercado.

Análise - As medidas do governo dos EUA favoreceram os negócios com as ações do setor bancário na Europa, com destaque para os ganhos nos papéis do Deutsche Bank e do Barclays, que subiram mais de 10%. Os papéis do Société Générale subiram 8,2%. Além dos países da zona do euro, a Inglaterra também tinha anunciado um pacote semelhante de ajuda de 50 bilhões de euros (cerca de US$ 68 bilhões), a serem usados para comprar ações dos principais bancos do país. O governo local anunciou que recapitalizará os bancos RBS - Royal Bank of Scotland -, HBOS e Lloyds TSB, com esses recursos para manter os mesmos em boa situação. Esse pacote foi considerado o "modelo" para a medida dos países da zona do euro. Já na Rússia, o governo sancionou um pacote de leis para estabilizar os mercados financeiros, em uma medida que pode chegar a US$ 150 bilhões.


Bolsas asiáticas fecham no azul
Os mercados da Ásia reagiram positivamente aos anúncios de pacotes bilionários de países europeus para socorrer o setor bancário, e à compra de US$ 250 bilhões em ações de instituições financeiras em dificuldades pelo governo dos EUA.



- O destaque foi a Bolsa de Valores de Tóquio, que fechou com ganhos de 14%, aos 9.455,62
pontos, os maiores registrados em um único dia em quase 60 anos.




Análise - A alta histórica ocorre a menos de uma semana da perda recorde da sexta-feira, 10/10, quando a Bolsa japonesa registrou sua pior queda em 21 anos, e a crise mundial fez sua primeira vítima no setor financeiro do país, o grupo de seguros Yamato Life. "Não é surpresa que tenhamos uma reaceleração após o clímax das vendas de Europa, EUA e Ásia na sexta-feira", afirmou Koichi Ogawa, do Daiwa SB Investments. Para ele, o salto de euforia dessa terça, está mais ligado a uma cobertura de perdas do que às sucessivas injeções de dinheiro nos mercados mundiais. As medidas estabelecidas foram estipuladas durante a reunião do G-7 (EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão), que aconteceu na sexta-feira passada, 10/10, em Washington. Segundo o anúncio, o governo e o BOJ - Banco do Japão - "considerarão" e se for necessário "suspenderão temporariamente a venda de ações em posse do Estado". "Há a confiança de que os bancos provavelmente, não quebrarão devido aos planos de ajuda financeira, mas depois de algumas altas, nós inevitavelmente entraremos na fase de refletir sobre como isso poderia impactar a economia global", disse.



- Na Austrália, o mercado subiu 4% com o anúncio da injeção de mais de US$ 7,4 bilhões do governo para fortalecer a economia e aumentar a liquidez no país.
- Em Seul (Coréia do Sul), a Bolsa avançou 6,14%, aos 1.367,69 pontos.
- Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou o dia com aceleração de 3,19%.
- A Bolsa de Xangai abriu com alta de 3,16%, mas terminou no terreno negativo, com recuo de 2,71%.

HOJE - Todas as bolsas abriram em baixa

A maioria das Bolsas da Ásia e da Europa recuou nesta quarta-feira com o movimento de venda dos investidores para transformarem em lucro as fortes altas registradas nesta semana nos mercados. As Bolsas Européias abriram o dia em queda, enquanto somente Tóquio fechou com avanço, de 1,06%, hoje.
Na Europa, a Bolsa de Valores de Londres (Reino Unido), recuava 1,5% na abertura; em Frankfurt, o dia iniciou no vermelho, com 1% de retração; a Bolsa de Milão operava nos primeiros minutos do pregão em baixa de 1,63%; Paris registrou queda de 0,55% pouco após a abertura; Zurique diminuía 0,25%; e Madri perdia 1,20%.
Na Bolsa de Tóquio (Japão), a principal da região da Ásia-Pacífico, o índice Nikkei abriu com baixa de 1,08%, mas reverteu as perdas e acabou o dia com avanço, aos 9.547,47 pontos. Analistas atribuem a queda no continente ao movimento de venda dos investidores para realizar os lucros após os fortes ganhos da terça.
Nos outros mercados da Ásia, os ganhos de ontem puxaram o avanço de Hong Kong (que recuou 4,96%); Sydney, na Austrália (-0,9%); Seul, na Coréia do Sul (-2%); e em Xangai, na China (-,12%). A maior queda hoje foi registrada na Bolsa indiana de Bombaim (-5,02%).



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ÍNDICES ECONÔMICOS


Dólar comercial fecha em baixa de 1,78% a R$ 2,102
O dólar à vista foi negociado em baixa durante todo o dia ontem, mas o recuo das cotações perdeu força à tarde, ao mesmo tempo em que as bolsas de valores em São Paulo e em Nova York passaram a registrar oscilação. A Bolsa de Nova York acabou fechando em baixa, enquanto a Bolsa de Valores de São Paulo, que chegou a cair 1,50%, conseguiu encerrar a sessão de ontem, com alta de 1,81%. - No mercado interbancário de câmbio, o dólar comercial fechou em baixa de 1,78%, cotado a R$ 2,102.



- Na BM&F - Bolsa de Mercadorias & Futuros -, o dólar dos contratos de liquidação à
vista fechou em baixa de 2,29% a R$ 2,092
. Segundo operadores, a oscilação do dólar refletiu
saída de recursos pelo segmento financeiro, de investidores estrangeiros que realizaram lucros na Bolsa brasileira e fizeram remessas ao exterior para cobrir posições ou eventuais perdas.




- O Banco Central fez dois leilões na terça-feira: um de contratos de swap cambial tradicional em que assumiu posição vendida de US$ 1,235 bilhão; e outro leilão de venda direta de moeda, sem compromisso de recompra, com negociação de cerca de US$ 110 milhões, à taxa de R$ 2,09 por dólar, segundo informações do mercado. As atuações da autoridade monetária tiveram efeito de queda limitado, diante da pressão negativa vinda das Bolsas norte-americanas. No melhor momento do dia, pela manhã, o índice Bovespa subiu mais de 7%, enquanto o dólar caiu até 4,67%, para taxa mínima de R$ 2,04. Próximo do fechamento, porém, o dólar chegou a ser negociado a R$ 2,111 (taxa máxima registrada ontem).



Análise - Hoje, vários indicadores importantes serão divulgados nos EUA, com destaque para o PPI - Índice de Preços ao Produtor – (sigla em inglês) de setembro, que mede a inflação no atacado, as vendas no varejo em setembro e o índice de atividade regional Empire State, do Federal Reserve Bank de Nova York, referente a outubro. Além disso, o presidente do Fed - Federal Reserve -, Ben Bernanke, falará sobre "a perspectiva da economia e os mercados financeiros" às 13 horas. Já às 15 horas, o Fed divulgará o Livro Bege, sumário sobre as condições da economia que servirá de base para as decisões de política monetária a serem tomadas na próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto, nos dias 28 e 29 de outubro.

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MERCADO FINANCEIRO


Itaú anuncia compra de carteiras de crédito consignado
O Itaú informou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que fechou acordo para a compra de carteiras de crédito consignado de outras instituições. No entanto, a instituição financeira não informou qual o volume de crédito adquirido e nem o nome dos bancos que cederam as operações. "O Itaú continua estudando novas possibilidades de aquisição de novas carteiras, particularmente de crédito consignado", informou a nota do banco. No último dia 25, o Banco Central anunciou um desconto de 40% no recolhimento de compulsório sobre depósitos a prazo, para os bancos que comprarem carteiras de instituições com patrimônio de referência de até R$ 2,5 bilhões. Ontem, o desconto foi elevado para 70% e o valor do patrimônio, para R$ 7 bilhões. Essa é uma das medidas da autoridade monetária para melhorar a liquidez do sistema financeiro.


Anefac: crise externa encarece crédito e reduz prazos
As taxas de juros das operações de crédito no País subiram em setembro, e já se verifica uma redução nos prazos de financiamentos ao consumidor, em meio à crise financeira internacional. De acordo com a Anefac - Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade -, a taxa média das operações de crédito para pessoa física em setembro, teve elevação de 0,07 ponto percentual, passando de 7,39% ao mês (135,27% ao ano) em agosto, para 7,46% ao mês (137,12% ao ano). Esse é o maior nível desde novembro de 2006. No caso dos juros destinados a operações de crédito para pessoa jurídica, o avanço foi de 0,09 ponto, de 4,27% ao mês (65,16% ao ano) em agosto, para 4,36% ao mês (66,88% ao ano) em setembro, maior nível desde maio de 2006. Além disso, o prazo das operações de crédito recuou. O prazo máximo para financiamento de veículos foi reduzido em 12 meses, dos 72 meses em agosto para 60 em setembro. No caso de bens de consumo como os da linha branca, linha marrom, móveis e computadores, o limite caiu de 36 para 24 meses, na mesma base de comparação. Analisando os anúncios para venda de veículos, a entidade verificou que em setembro, a maioria oferecia prazos entre 36 e 48 meses. Antes, a oferta vinha sendo de 60 a
72 meses. A Anefac destaca ainda, que diversas instituições financeiras já começam a exigir entrada de 10% a 20% na compra de veículos. Quando se trata de bens diversos, o prazo para financiamento até agosto, na maioria dos anúncios, era de 24 meses. Em setembro, o prazo oferecido pela maioria dos anúncios caiu para a metade. Na avaliação do vice-presidente da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, o comportamento é reflexo do agravamento da crise financeira internacional, que provocou elevação dos juros futuros e da taxa Selic, que em setembro subiu para 13,75% ao ano. Para ele, o consumidor já começa a sentir os efeitos da instabilidade internacional, por conta da redução dos prazos e também, porque as instituições financeiras estão mais seletivas na concessão de crédito e considerando o grau de endividamento da população.


Bradesco e Unibanco compram carteiras de banco
Dez dias depois de o Banco Central iniciar a liberação de parte do compulsório para os bancos comprarem carteiras de outras instituições, o Bradesco e o Unibanco confirmaram, pela primeira vez, que adquiriram créditos de outras instituições. Apenas o Banco do Brasil havia confirmado a compra de carteira de crédito consignado de outro banco. A Caixa Econômica Federal analisa a compra de 10 carteiras de consignado. A Caixa chegou a receber propostas sobre 20 carteiras, incluindo de financiamento de veículos - área em que não tem experiência de atuação. O Bradesco comprou uma carteira de crédito consignado e outra de financiamento de veículos. O banco não revelou o nome da instituição em que os créditos se originaram, mas diz que avalia outros negócios. O Unibanco adquiriu duas carteiras de consignado com co-obrigação das instituições, o que significa que esses bancos serão uma espécie de garantidores em caso de inadimplência. O Unibanco avalia a compra de mais três carteiras. Uma das instituições que mais compra carteira de crédito, a Nossa Caixa, manteve seu
programa de compra de R$ 100 milhões mensais de carteiras de crédito consignado do BMG.
Diferentemente de outros bancos, a Nossa Caixa não se utiliza do compulsório liberado para comprar as carteiras porque tem uma captação mais barata por meio dos depósitos judiciais e de poupança. A Nossa Caixa quer fechar nesse mês, mais uma compra de carteira. Segundo o analista Luis Miguel Santacreu, da Austin Ratings, uma das dificuldades na compra de carteiras é a análise do risco. O analista diz que a análise de uma carteira de consignado do INSS - uma das de menor risco - leva até três dias. Renato Oliva, presidente da ABBC - Associação dos Bancos Pequenos - diz que o incentivo para compra de carteiras começou a ter efeito semana passada. Para ele, o governo poderia facilitar as operações de crédito dos bancos pequenos se elevasse o teto dos juros do consignado do INSS, hoje em 2,5%.



Bank of New York Mellon fará contabilidade do pacote americano
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nessa terça-feira, 14/10, ter escolhido o Bank of New York Mellon para fazer a contabilidade do plano elaborado pelo governo dos EUA, de adquirir os ativos necessários para a compra dos papéis podres acumulados pelos bancos no país. "O Bank of New York Mellon será o representante do Tesouro para pôr em prática o programa de compra de ativos com problemas, autorizado pela lei de estabilização econômica de emergência" que entrou em vigor no dia 3/10, anunciou o Tesouro em comunicado. Como parte do plano, o governo americano anunciou que injetará US$ 250 bilhões no capital dos bancos que se integrarem ao projeto, convertendo-se em conseqüência, em acionista dessas instituições. Nove bancos teriam acordado receber dinheiro. "O governo federal vai usar uma parte das centenas de bilhões de dólares do plano de ajuda (de US$ 700 bilhões) para injetar capital nos bancos, comprando ações, anunciou ontem, o presidente George W. Bush, lembrando que "esse novo capital, vai ajudar os bancos saudáveis a
continuarem emprestando a empresas e consumidores; vai também ajudar os bancos que estão em
dificuldades a preencherem a lacuna criada pelas perdas durante a crise financeira." Em um breve pronunciamento, o presidente dos EUA, também afirmou que o governo vai garantir temporariamente, as dívidas de bancos para lidar com a atual incapacidade das instituições de emprestarem dinheiro. Segundo o presidente, quando voltarem às suas condições normais, os bancos serão encorajados a readquirir as ações que foram compradas pelo governo. (France Presse, de Washington)


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AGRONEGÓCIOS


CMN decide injetar mais R$ 4,5 bi ao crédito agrícola
Em uma reunião extraordinária, o CMN - Conselho Monetário Nacional - decidiu aumentar a exigibilidade de aplicação em crédito rural de recursos captados pelos em depósitos à vista. A medida eleva de 25% para 30% o direcionamento dos recursos de depósitos à vista que serão emprestados para o financiamento agrícola. Segundo explicação do Banco Central, a medida vale a partir de 1º de novembro até 30 de junho de 2009, e vai adicionar R$ 4,5 bilhões ao crédito rural. O Banco Central explicou que a medida que aumenta os recursos para o crédito rural, está relacionada à redução do compulsório sobre depósitos à vista, que passou de 45% para 42%, liberando para os bancos R$ 3,6 bilhões.


Aumenta concentração no setor de café
Pesquisa da Abic - Associação Brasileira da Indústria de Café -, realizada no período entre maio de 2007 e abril de 2008, constata que a concentração do setor vem se acentuando: as 10 maiores empresas representam 71,01% da produção total das empresas associadas, em comparação com 70,29% na pesquisa anterior. Na mão inversa, as 315 menores empresas tiveram sua participação reduzida de 7,88% para 7,32% da produção total das associadas. Segundo Natal Martins, da área de Pesquisa e Informações da Abic, as empresas mostraram desempenho distinto, analisadas por grupos e portes, com as maiores crescendo acentuadamente e, as menores, estáveis ou decrescendo. Os dados da pesquisa, divulgados ontem, mostram que as 15 maiores empresas declararam um crescimento médio de 7,59%; as 50 maiores cresceram 6,80%, e as 100 menores ampliaram a produção em apenas 0,19%. O resultado consolidado das associadas reduz-se, portanto, para 5,55%. A pesquisa mostrou, ainda, que o consumo interno de café no período foi de 17,45 milhões de sacas, representando acréscimo de 3,43% em relação ao período anterior correspondente (maio/06 a abril/07), que havia sido de 16,87 milhões de sacas. Isso significa que o País ampliou seu consumo interno de café em 570 mil sacas nos 12 meses considerados, diz Natal Martins. A nova apuração do consumo interno, no período novembro/2007 a outubro/2008, será divulgada no fim do ano. A meta da Abic é chegar no fim de 2008, com um consumo interno de 18,1 milhões de sacas, representando um crescimento de 5,8% em relação a 2007 (17,1 milhões de sacas). Consumo per capita - Já o consumo per capita no período foi de 5,64 kg de café em grão cru ou 4,51 kg de café torrado, quase 74 litros para cada brasileiro por ano, registrando uma evolução de 2,1% em relação ao período anterior. Em compensação, considerando o café já torrado e moído, o consumo per capita de 4,51 kg/hab/ano, aproxima-se do consumo histórico de 1965, que foi de 4,72 kg/hab/ano, comemora o presidente da Abic, Almir José da Silva Filho. O resultado do consumo per capita do Brasil é praticamente igual ao da Itália (5,63 kg/hab/ano), supera o da França (5,07 kg/hab/ano), ficando pouco abaixo da Alemanha (5,86 kg/hab.ano). Os campeões de consumo, entretanto, ainda são os países nórdicos, com a
Finlândia alcançando 12 kg por habitante/ano.
(Agência Estado)

Syngenta doa área de conflito ao governo do Paraná
Depois de uma série de conflitos, que causaram até mesmo mortes na área da multinacional Syngenta, em Santa Tereza do Oeste, a cerca de 520 quilômetros de Curitiba/PR, a empresa decidiu doar o terreno ao governo do Estado para que o Iapar - Instituto Agronômico do Paraná - coordene pesquisas nas áreas agrícola e florestal, com ajuda das universidades estaduais. A empresa tinha retomado a posse do imóvel em junho, quando se encerraram as pendências jurídicas com o governo estadual, que chegou a publicar até decreto de desapropriação. "Acreditamos que essa parceria trará benefícios para o produtor rural preocupado com a sustentabilidade da atividade agrícola, e consciente da importância da preservação das florestas", disse o presidente da Syngenta Seeds, Gilson Moleiro, em texto divulgado pela empresa. "É reconhecida a contribuição que o Iapar traz para a agricultura por meio de seus programas de pesquisa e optamos pela doação, pois estamos certos de que a nova função determinada para a área trará desenvolvimento aos agricultores do Paraná." O terreno, vizinho ao Parque Nacional do Iguaçu, tem 123 hectares. Era usado para pesquisas com produtos transgênicos desde 1998. Os problemas começaram em 14 de março de 2006, quando o MST - Movimento dos Sem-Terra - invadiu a propriedade. A partir daí houve uma série de processos judiciais, que resultaram em retiradas espontâneas dos sem-terra e reocupação na seqüência. A situação ficou mais grave em 21/10 do ano passado, quando seguranças tentaram retomar a área que tinha sido invadida pela terceira vez. Houve confronto e morte de um segurança e de um sem-terra. Na solenidade de assinatura do documento de doação, o governador Roberto Requião (PMDB) anunciou que o primeiro produto a ser multiplicado é uma semente de feijão altamente produtiva, que o Iapar pesquisa há 30 anos. "O Paraná se opõe à transgenia, mas não esconde o respeito que tem pelos que produzem sementes, os que pesquisam isso há muito tempo. Deixando de lado a transgenia, a Syngenta é extremamente bem-vinda nessa parceria." O Iapar começa a trabalhar hoje na área que, segundo o presidente do órgão, José Augusto Picheth, tem 80 hectares prontos para a produção agrícola. No restante há reflorestamento, mata nativa e instalações. Em uma nota, o MST disse acreditar que esse resultado "só foi possível por causa da luta incansável e da resistência dos camponeses".

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COMÉRCIO EXTERIOR

UE prevê expansão do Brasil em exportações
Os preços das matérias-primas agrícolas nos mercados mundiais se manterão altos, nos próximos nove anos, e o Brasil reforçará sua presença internacional no setor, segundo um relatório da direção de agricultura da CE - Comissão Européia - (órgão executivo da UE), divulgado na sexta-feira. Segundo o texto da CE, se espera que em nove anos o Brasil seja o líder mundial na produção de soja, superando EUA. A demanda de açúcar aumentará mais rápido que a produção e, em 2017, a UE será o maior importador, enquanto o Brasil pode dominar 60% das exportações, segundo o estudo. Sobre o setor de carnes, o estudo diz que o Brasil alcançará metade do crescimento nesse segmento, e pode ser responsável por até 30% das exportações mundiais de carne em 2017. As últimas estimativas da CE sobre os mercados agrícolas indicam que as cotações de cereais e de carne vão seguir em alta, especialmente se comparados com as duas últimas décadas, nas quais os preços foram baixos. O relatório, no entanto, assinala que agora há muita "incerteza" pela crise financeira mundial e, além
disso, as projeções divulgadas ontem foram feitas antes da alta dos preços do petróleo de julho.



Agronegócio vê ação do BC como ajuda a exportação
A agricultura brasileira será afetada pela crise de crédito na safra 2008/09, uma vez que o plantio de grãos começou no meio da turbulência financeira, mas as medidas anunciadas pelo Banco Central poderão chegar a tempo de remediar o aperto no financiamento da exportação. "O principal problema que afeta hoje o agronegócio, e em particular as exportações do agronegócio, é a insuficiência de recursos para as operações de financiamento a exportações (chamadas de ACCs). E as medidas adotadas já pelo Banco Central visam, em parte, atenuar essa insuficiência de recursos", disse o ex-ministro da Agricultura Pratini de Moraes. Para Pratini, a maioria dos agricultores pisou no freio diante dos problemas para obter crédito na hora da preparação da safra, e a área plantada "deve crescer muito pouco (em relação ao ano passado), se é que cresce". Por isso, ressaltou ele, a priorização dos ACCs - Adiantamentos de Contrato de Câmbio -, que financiam metade das exportações do país, seria uma forma de compensar um problema que já chegou ao campo. Na segunda-feira, dia 13/10, o Banco Central fez mais ajustes nas regras dos compulsórios, elevando a pouco mais de R$ 100 bilhões os recursos que podem ser injetados na economia. Representantes do setor exportador e do segmento de insumos concordam que as medidas podem surtir efeito. "Tudo o que turbinar o crédito agora temos que ser a favor, sobretudo com enfoque da safra de verão. Tudo o que der confiança, pois estávamos já vivendo um primeiro momento de crise de crédito", disse Eduardo Daher, diretor-executivo da Anda - Associação Nacional para Difusão de Adubos. Já Sérgio Mendes, diretor-geral da Anec - Associação Nacional dos Exportadores de Cereais -, espera que uma parte do crédito gerado pelas medidas do BC possa atender à agricultura de exportação, num momento em que as tradings multinacionais, que financiam a agricultura de larga escala, restringiram os financiamentos. O agronegócio responde por cerca de 35% das exportações anuais do Brasil. (Reuters)

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LOGÍSTICA & Infraestrutura

Complexo de Antuérpia amplia contatos com portos chineses
Nos últimos anos, a Autoridade Portuária de Antuérpia, Bélgica, tem feito esforços relativos à promoção com outros mercados. Recentemente, a empresa conduziu uma grande missão de comércio à China. O presidente da Autoridade Portuária de Antuérpia, Marc Van Peel, liderou em junho a delegação que visitou as cidades chinesas de Ningbo, Tianjin e Xangai, e lá se encontrou com a gerência da Cosco. Em torno de 40 empresas acompanharam a missão comandada pelo porto. Em novembro, outra delegação visitará o sul da China. O diretor comercial do Porto de Antuérpia, Luc Arnouts, disse que mais de 700 pessoas assistiram às várias reuniões. "Nossos pontos fortes são que nós temos uma capacidade livre de 5 milhões de Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) na doca de Deurganck e nós temos a acessibilidade", disse Luc Arnouts. Os belgas assinaram um acordo de "portos irmãos" com o complexo de Ningbo, número dois da China, e em Tianjin uma carta de intenção foi assinada pelo grupo portuário chinês e pelo centro de aprendizado portuário de APEC/Flanders.

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DE TI & Telecomunicações



Cigam cresceu mais de 30% no último trimestre
A estratégia da Rede Cigam para expansão nacional com o aumento de canais deu resultado, porque o crescimento da receita da empresa hamburguesa foi de 30,2% no terceiro trimestre, superando o mesmo período em relação ao ano passado. As novas parcerias, firmadas no início de 2008, já permitem a comercialização do software de gestão ERP Cigam e10 em novos pontos de Porto Alegre, com a e-Tools, e Novo Hamburgo, com a DRM, por exemplo. A adesão dos canais confirma a expansão da empresa que até agora conta com 259 novos negócios conquistados nesse ano.Além das parcerias, outro fator determinante do acréscimo no rendimento foi o investimento pesado qualidade. A empresa segue incentivando a educação profissional com a UCC - Universidade Corporativa Cigam - que capacita novos colaboradores para ingressarem em seu quadro funcional. A Cigam também aplica fundos na nova formação da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha e Assespro/RS - Associação das Empresas Brasileiras da Tecnologia da Informação, Software e Internet, regional do Rio Grande do Sul -, oferecendo bolsas de estudo para os inscritos no módulo de Desenvolvedores Web em NET. O auxílio vem do pagamento de 50% do valor investido pelos alunos na qualificação. Para o diretor comercial da Rede Cigam, Robinson Klein, a iniciativa é considerada quase obrigação do setor privado: "Capacitar para o mercado de TI é dever de todo empresário que deseja aumentar a qualidade de seu trabalho. Somente com jovens preparados é que conseguimos atender o crescente aumento do setor, todos têm responsabilidade." diz.O diretor considera que o crescimento da Rede é exemplificado na dedicação com os produtos oferecidos. "Já recebemos destaques pela nossa qualidade, mas o foco é, e sempre foi, o cliente e o resultado obtido com as soluções. Atendemos demandas de todos os tamanhos e sempre nos certificamos que a utilização dos serviços é plena e de valor" conta Klein. Exemplo dessa preocupação são os destaques recebidos pela empresa em 2008. A Cigam recebeu medalha de bronze no PGQP - Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade -, foi agraciada no ranking das melhores empresas para se trabalhar no GPTW - Prêmio Great Place to Work -, foi indicada como melhor software no Prêmio SUCESU-RS, e mais recentemente ganhou o Prêmio Assespro 2008 na categoria Empresa de TI, tudo isso somente em 2008. O reconhecimento também requer a ampliação do quadro funcional: segundo o diretor de Gestão de Pessoas, Vanderlei Heinhart, a equipe cresceu 25% em 2007, número que se repete esse ano. "Somente de janeiro a julho aumentamos o número de colaboradores em 20%, e a previsão é de
fecharmos o ano com mais 10%", relata. Esse acréscimo nas contratações tem base na carteira de clientes, que superou as expectativas em 2008: "Aumentar a equipe é reflexo da quantidade de clientes, cada vez maior" conta Heinhart.Além dos investimentos, a meta da Cigam agora é expandir-se ainda mais. O objetivo é atrair mais clientes em busca de otimização na área de gestão empresarial com o uso do Cigam e10, gerando um acréscimo de no mínimo 20% no faturamento final de 2008: "Nossas maiores conquistas são baseadas em dedicação e constante aprimoramento. Investir em qualidade sempre valeu a pena, e agora estamos comemorando aos poucos os resultados", finaliza Robinson Klein.



Atento orienta empresas sobre a melhor tecnologia para os negócios
A Atento desenvolveu um programa de melhoria de atendimento em parceria com a Advance Marketing, empresa de treinamento e consultoria em gestão, marketing e vendas. O objetivo das empresas com a análise de clientes é gerar mais valor para eles através do uso de TI. Dessa forma, a empresa de Contact Center terá profissionais preparados para ouvir, analisar e identificar onde e como a tecnologia pode ser usada como diferencial competitivo.


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ANÁLISE SETORIAL


Para Comgás dólar e petróleo geram custo de R$ 40 milhões
O vice-presidente de Mercado de Grandes Consumidores, GVN - gás natural veicular - e Suprimento de Gás da Comgás, Sérgio Luiz da Silva, afirmou que a valorização do dólar e a alta do barril do petróleo, têm impactado negativamente a companhia. "Esses dois itens geraram uma despesa de R$ 40 milhões para a companhia nesse momento, e estão sendo acumulados em uma cota gráfica", revelou o executivo, que participou ontem do 9º Encontro de Negócios de Energia, promovido pelo Ciesp - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo. O executivo explicou que esse custo está relacionado às premissas adotadas para o cálculo da tarifa da companhia no último reajuste tarifário, ocorrido ao final de maio desse ano. No caso do dólar, por exemplo, o câmbio adotado pela Arsesp - Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo - foi de R$ 1,75. Ontem, porém, o câmbio tinha fechado em R$ 2,14. "O repasse do dólar para a tarifa é imediato. Os pagamentos para a área de upstream (exploração e produção) da Petrobras são feitos em dólar", afirmou Da Silva. No caso do petróleo, o valor do barril tomado como parâmetro foi de US$ 88. Apesar da cotação já estar abaixo dos US$ 100 atualmente, a fórmula de reajuste do gás adotada pela Petrobras contém uma defasagem de seis meses para o preço do barril, considerando o pico de US$ 140 para o cálculo. "No reajuste de maio, foi tomado como referência um barril de petróleo de seis meses atrás, que estava em US$ 88", esclareceu o executivo. A companhia está sendo impactada por isso deste junho desse ano. No curto prazo, o aumento do custo de gás para a companhia tem impacto na redução de margens e, conseqüentemente, na geração de caixa. Entretanto, essas despesas adicionais que não
estão sendo ressarcidas pela tarifa, estão sendo acumuladas em uma conta gráfica, para futuramente serem repassadas para o consumidor no próximo reajuste tarifário. No próximo ano, esse acerto irá coincidir com o ciclo de revisão tarifária da Comgás, marcado para ocorrer ao final de maio. Oferta de gás Sérgio Luiz da Silva revelou também, que a companhia já negocia com a Petrobras a assinatura
de um novo contrato de fornecimento firme de gás natural a partir de 2010. "Estamos otimistas em firmar até o final desse ano, um pré-contrato com a Petrobras para o fornecimento de um novo volume de gás natural para atender as necessidades do mercado a partir de 2010", explicou. Estabelecidas as condições de fornecimento, o executivo comentou que a Comgás voltará a abrir a mesa de negociações com os seus clientes para a assinatura de novos contratos de suprimento. Hoje, por conta da restrição da oferta no insumo, a concessionária paulista tem ofertado aos seus consumidores contratos flexíveis, que prevêem a interrupção do fornecimento caso seja necessário o despacho das termelétricas a gás. "Temos pedidos em carteira da ordem de 3 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) para 2010", comentou. Desses 3 milhões de m³/d mapeados para 2010, cerca de 1,5 milhão de m³/d representa a demanda da área de co-geração. Segundo o executivo, esse volume é suficiente para gerar 200 megawatts (MW) de eletricidade. Os outros, 1,5 milhão de m³/d, se referem a projetos de expansão nos segmentos industriais, como petroquímico, siderúrgico, têxtil, entre outros. Silva mostrou que esse volume de gás permitirá, por exemplo, a expansão de 10% a 12% da capacidade instalada da indústria petroquímica em São Paulo ou ampliar em 3 milhões de toneladas a produção de aço da Cosipa. "Isso representa 10% da produção de aço nacional", afirmou. Nesse sentido, o executivo disse que a companhia precisa, no mínimo, de 3 milhões de m³/d a partir de 2010 para atender os novos projetos, além de um volume extra para suportar crescimento orgânico do mercado atual da concessionária. Para 2009, a expansão orgânica da demanda projetada é da ordem de 500 mil m³/d, valor que se repetirá em 2010.



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MERCADO ONLINE


Associação antipirataria trava guerra contra comunidade de 755 mil no Orkut
Uma guerra silenciosa, travada nos bastidores da principal rede social do país, preocupa internautas que baixam música pela internet. O Orkut, braço do Google que nesse ano passou a ser chefiado por uma equipe brasileira, começou a deletar pedaços da sua maior comunidade dedicada a compartilhamento de arquivos MP3, a "Discografias". O endereço existe desde 2005, conta com três administradores anônimos (Madruga, Cris e Chris) e abriga 755 mil participantes cadastrados - o número de pessoas que a utiliza efetivamente é bem maior, já que para acessar seu fórum não é preciso se inscrever. Ali, internautas compartilham links com álbuns musicais inteiros, sem pagar nada. A organização e o volume de material fez com que o endereço se tornasse uma central para quem procura esse tipo de conteúdo na rede brasileira. "É o nosso principal cliente. Em se tratando de música, ninguém tem mais arquivos que violam direitos autorais do que a 'Discografias'", diz Edner Bastos, coordenador antipirataria da APCM - Associação Antipirataria Cinema e Música -, entidade que defende a propriedade intelectual. Os moderadores da "Discografias", que passam mais de cinco horas por dia trabalhando no fórum, impõem regras rígidas, inclusive banindo usuários mais insistentes. As proporções levaram à criação de comunidades satélite, que servem de apoio para a principal. Na
"Discografia - Pedidos", por exemplo, os usuários podem dizer o que querem baixar. Isso ajuda a não abarrotar o índice da comunidade "mãe" - onde entram apenas tópicos com o caminho do download.

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MERCADO DE LUXO



Vinho sempre conservado
Os amantes do vinho agora podem contar com uma boa idéia para coibir o desperdício, que é um dos grandes problemas, quando não se bebe a garrafa. Isso porque, depois de aberta, o vinho não consegue manter conservado, por muito tempo, as características. A empresa Frontgate, que criou o aparelho Skybar Wine Preservation & Optimization System, promete garantir a vida útil do vinho por cerca de dez dias, através de uma tecnologia a vácuo. Além de manter o vinho numa temperatura certa. Preço do cuidado: US$ 999. Os interessados em adquirir o aparelho podem solicitar através do site da fabricante:
www.frontgate.com. Salute!

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EXPEDIENTE



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