I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 081 | Ano I

Lula descarta paralisação de investimentos e de obras por crise
A instabilidade dos mercados internacionais não vai fazer nenhuma obra de infra-estrutura assumida pelo governo parar, disse nessa segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, tanto as obras do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento - quanto as atividades da Petrobras, vão continuar. Lula disse ter certeza de que os investimentos das grandes empresas também não irão cessar. "É importante a gente ficar preocupado e atento com a crise, mas também saber que o governo não vai permitir que as obras que contratamos e iniciamos sejam paralisadas. Tudo vai continuar acontecendo nesse país. E cada vez que acontecer um problema, vamos resolver, sem criar o pânico que alguns querem que se crie". Em seu programa semanal "Café com o Presidente", Lula lembrou a reunião entre líderes europeus e norte-americanos na semana passada, para discutir estratégias que aliviem a crise. Ele considerou a iniciativa "uma novidade na economia mundial" já que, pela primeira vez, o mundo vive uma crise "que ataca o âmago dos países ricos e do capitalismo". "A crise ainda não chegou a muitos países periféricos porque todos os que resolveram fazer com que o sistema financeiro vivesse de especulação, estão com problema. Graças a Deus, os bancos brasileiros não entraram nisso e, portanto, estão muito mais tranqüilos. O fato dessa crise ter começado no coração do país mais importante do planeta, que é os EUA, está levando dirigentes mundiais a discutir coletivamente uma saída global". Para Lula, o atual cenário sinaliza a necessidade de regulamentação para o funcionamento do sistema financeiro mundial.
Rodada de Doha
Ao comentar a viagem que fará à Espanha, Índia e Moçambique nessa semana, o presidente adiantou que, além da crise econômica, temas como os biocombustíveis e a parceria Brasil-Espanha, também entrarão em pauta. Para ele, esses encontros serão importantes, inclusive para a conclusão da Rodada Doha. "Sobretudo na Índia, um dos países que tem uma certa divergência com os EUA. Na semana passada, conversei com o presidente Bush e fui informado sobre a divergência entre eles. Vou conversar com o primeiro-ministro Singh [da Índia], para que ele compreenda que, nesse momento, nós, dirigentes, temos que dar uma boa notícia à humanidade, concluindo a Rodada Doha." Lula se disse otimista com a possibilidade de conclusão das negociações. Segundo ele, o mundo nunca esteve tão perto de realizar o feito. 'Vai depender muito, agora, da sensibilidade do governo da Índia", disse. (Agência Brasil)


Balança comercial registra superávit de US$ 411 milhões na semana
A balança comercial registrou um superávit de US$ 411 milhões na segunda semana de outubro. O resultado é a diferença entre exportações de US$ 4.287 bilhões e importações de US$ 3.976 bilhões. No mês, o saldo comercial está positivo em US$ 540 milhões. O resultado é 46,2% menor que o registrado em todo o mês de setembro último e, 56,7% menor que o índice de todo o mês de outubro de 2007. As exportações foram de US$ 6.848 bilhões (média por dia de US$ 856 milhões), e as importações de US$ 6.308 bilhões (média por dia de US$ 788,5 milhões), no período. Na comparação com setembro, as exportações caíram 6% e as importações aumentaram 0,5%. Em relação a outubro do ano passado, houve aumento de 19,4% nas exportações e de 40,6% nas importações. No ano, o superávit comercial acumula um resultado de US$ 20.196 bilhões (média diária de US$ 102,5 milhões), resultado 37,8% menor que o saldo médio diário apresentado no mesmo período do ano passado. As exportações totalizaram US$ 157.716 bilhões (média diária de US$ 800,6 milhões), aumento de 28,3%. Já as importações somaram US$ 137.520 bilhões (média diária de US$ 698,1 milhões), alta de 52%.

BC anuncia liberação de até R$ 100 bi do compulsório para ajudar bancos
O Banco Central poderá colocar mais R$ 100 bilhões na economia, por meio de novas mudanças nas regras do recolhimento compulsório feito pelos bancos. O compusório
é a parcela do dinheiro depositado pelos clientes que os bancos precisam recolher junto ao BC. Esse mecanismo ajuda a autoridade monetária a controlar a quantidade de dinheiro que circula na economia. O BC irá analisar novas alterações no recolhimento sobre depósitos a prazo, sobre os depósitos interfinanceiros (leasing), e sobre a exigibilidade adicional. Hoje, a alíquota para esses três tipos de depósito é de 15%, 15% e 5%, respectivamente. Segundo o BC, as mudanças serão anunciadas posteriormente, se houver necessidade e podem chegar a R$ 100 bilhões. Nas últimas semanas, o BC fez outras três alterações no compulsório que representaram juntas, a liberação de outros R$ 60 bilhões na economia. Em agosto, o BC havia recolhido cerca de R$ 260 bilhões em todas as modalidades de compulsório. "A diretoria do Banco Central do Brasil decidiu ontem implementar um programa de liberação integral dos recolhimentos compulsórios sobre depósitos a prazo, sobre os depósitos interfinanceiros e sobre a exigibilidade adicional de depósitos à vista e a prazo, no total de R$ 100 bilhões. As liberações serão efetuadas de acordo com as necessidades de liquidez dos mercados", diz o BC em nota. A mudança no compulsório é uma tentativa de disponibilizar mais dinheiro para que os bancos possam emprestar uns para os outros, e para empresas. Com a piora na crise financeira nos EUA, os bancos pequenos no Brasil, em especial, vêm enfrentando dificuldades para conseguir dinheiro no exterior. (Folha Online)

Mantega: 'Conseguiremos domar essa crise financeira'
"Conseguiremos domar essa crise financeira", afirmou ontemo, ministro da Fazenda, Guido Mantega, em evento em Washington. "A crise pode ser comparada à de 1929, mas será diferente. Não será uma crise parecida com a de 1929, pois a atuação dos governos é diferente. Não cometeremos os mesmos erros cometidos naquela época, cometeremos novos. É sempre bom cometer erros novos", disse, em evento organizado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA. Mantega acrescentou que a crise atual, também é diferente da dos anos 1990, "que regional, não estava localizada no centro do sistema. Agora, a crise se dá no epicentro do sistema financeiro, não é crise de bilhões, mas de trilhões. Mudou a magnitude da crise". O ministro observou que é uma crise sistêmica e "ninguém escapa". "Daremos as respostas que forem necessárias de modo que a crise seja neutralizada", afirmou Mantega. Para uma platéia composta por investidores e empresários, o ministro afirmou que o Brasil, bem como outros países emergentes, podem se beneficiar do que chamou de "pós-guerra, ou seja, o pós-crise". "Abrir-se-á uma janela de oportunidade para o Brasil e outros emergentes que têm fundamentos sólidos", completou. "Depois dessa crise, países emergentes passam a ter papel fundamental, de modo a não permitir que haja atrofia da economia mundial", afirmou. "Os emergentes já respondem por 75% do crescimento global. Cabe a eles fazer política anticíclica para puxar o crescimento mais avante", disse. Sobre crescimento do Brasil, Mantega disse que é "realista". "Discordo das projeções pessimistas sobre a economia brasileira, de 1% a 2%, ou de 2,5%. Esses analistas estavam muito envolvidos pelo clima dos países onde se encontram", afirmou. Os investidores que restarem depois de toda essa confusão, vão buscar oportunidade de investimento, irão em busca da solidez e de rendimentos maiores, segundo ele. "O Brasil está equipado para oferecer isso aos investidores. Depois disso, o Brasil vai levar vantagem. Este ano vamos crescer 5% ou 5,5%. Eu sou realista, não sou otimista", afirmou. Em 2009, o ministro estima que a economia do País, deve crescer de 4% a 4,5%. "Admito que vá ter uma desaceleração que não é pequena, mas continuaremos a crescer nos próximos anos".

Economistas elogiam entrega do Nobel de economia a Paul Krugman
O americano Paul Krugman, professor e colunista do jornal "The New York Times", ganhou o Nobel de Economia por sua análise dos padrões do comércio e a respeito da localização da atividade econômica, informou ontem, a Real Academia Sueca de Ciências. O prêmio, de dez milhões de coroas suecas (cerca de US$ 1,406 milhão), vai ser entregue em 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel. Krugman, 55 anos, elaborou uma teoria que integra pesquisas sobre intercâmbios comerciais e globalização, com estudos sobre os processos de urbanização em escala planetária, destacou a academia. A teoria de Krugman, segundo a academia, esclarece porque o comércio é dominado por países que não apenas têm condições similares, mas que comercializam produtos similares. A Suécia é um exemplo, diz a academia, uma vez que tanto importa como exporta carros. Veja a seguir declarações de outros economistas sobre o trabalho de Krugman.
- Mark Gertler
(professor de economia da New York University). "É um prêmio extraordinário, bem merecido, com muita influência na área. É raro o caso de alguém que ganha o prêmio ser conhecido pelo público em geral, e esse é o caso (...) Ele já tem um fórum significativo e isso só vai enriquecer seu perfil. Ele é alguém que une as distâncias. Ele tem um profundo conhecimento da economia teórica, acadêmica, e tem uma visão sobre o mundo (...) Por isso, é tão bem-sucedido como colunista."
- Kenneth Rogoff (economista, Universidade Harvard). "Ele é um merecedor consensual do Prêmio Nobel. Sua pesquisa é bela, relevante e aplicável. Ele realmente expandiu a caixa de ferramentas do comércio exterior (...) Ele realmente, foi capaz de pintar novos cenários sobre como o comércio funciona. A modelagem matemática é muito obscura, mas ele realmente tem um dom para modelos elegantes e limpos quando os pontos são muito difíceis." "A teoria atribui qualidades à idéia de que o comércio livre é sempre melhor (...) Mas essas qualidades são sempre muito limitadas (...) Concorde você com ele ou não, ele é um escritor muito elegante, e essa mesma elegância, surge quando escreve utilizando a matemática, e é muito raro ser capaz de fazer as duas coisas."
- David Dietze (estrategista-chefe de investimentos da Point View Financial Services). "Isso não vai deixa o governo Bush feliz. Foi por seu trabalho sobre o comércio, por isso não é como se ele ganhasse um tapinha nas costas por prever a queda atual em particular, e merecesse por isso um crédito extra por suas visões adiante." "É interessante, tenho certeza de que o 'New York Times' está feliz. Ele tem falado sobre as autoridades monetárias usando todas as ferramentas à sua disposição, para tentar remediar a crise de crédito."
- Anne-Marie Slaughter (reitora da Escola Woodrow Wilson de Assuntos Públicos e Internacionais, da Universidade Princeton). "'Paul Krugman tem estado na ponta da pesquisa sobre o fenômeno mais importante do nosso tempo: realização de políticas diante de um processo e aparentemente inexorável de globalização. Ao mesmo tempo, ele é um dos mais visíveis membros da academia na esfera pública, ativamente engajado em debates críticos de políticas públicas. Nós o parabenizamos, e o honramos como o segundo laureado com um Nobel em economia em apenas seis anos."


GM anuncia que fechará duas fábricas em dezembro
A GM - General Motors - informou, ontem a noite, que fechará sua fábrica de caminhões e veículos utilitários esportivos em Janesville, Wisconsin, em 23 de dezembro. A unidade emprega 1,2 mil pessoas. Outra fábrica do mesmo tipo, localizada em Moraine, Ohio, também será fechada em dezembro. Essas unidades fazem parte de um grupo de quatro que a GM já havia anunciado que fecharia até 2010. A empresa vem sendo forçada a acelerar seus esforços de reestruturação, devido a um forte declínio nas vendas de automóveis nos EUA. Nesse ano, as vendas podem atingir seu pior nível, em pelo menos 15 anos no país. O executivo-chefe da montadora norte-americana, Rick Wagoner, disse aos funcionários que os líderes da empresa estão trabalhando "24 horas por dia" para enfrentar a falta de crédito que ameaça a montadora, mas não há como saber quando a pressão sobre, a companhia, irá perder força. O anúncio foi feito aos funcionários da GM na sexta-feira. Wagoner citou algumas das pressões que a empresa enfrenta, incluindo a incapacidade de conseguir recursos num mercado de crédito apertado e as fortes quedas dos preços das ações da fabricante, que foram negociadas em níveis mais baixos em quase seis décadas na última semana. (Agência Dow Jones, Detroit/EUA)

Islândia mantém bolsa fechada pelo terceiro dia
A Islândia suspendeu, pelo terceiro dia consecutivo, os negócios na Bolsa de Reykjavík, em meio a temores de novas perdas. "Devido a condições atípicas, os mercados islandeses permaneceram fechados nessa segunda-feira, e serão reabertos hoje", disseram autoridades financeiras do país. O mercado financeiro de Reykjavík perdeu metade do seu valor desde o início desse ano. De acordo com a correspondente da BBC em Reykjavík, Clive Myrie, investidores islandeses aguardavam com ansiedade a reabertura dos mercados nessa segunda-feira, após dias de grande turbulência na semana passada, devido ao anúncio do governo de nacionalizar os três maiores bancos do país. A Islândia tem sido seriamente atingida pela crise financeira mundial. O país tem um PIB - Produto Interno Bruto - anual de US$ 8,61 bilhões, mas suas dívidas remontam a US$ 86,1 bilhões. Para Myrie, o fato de que os mercados asiáticos e europeus tenham respondido bem aos anúncios de líderes mundiais no fim-de-semana e que, ainda assim, a Bolsa de Reykjavík tenha permanecido fechada, é um sinal do quanto o país está sendo afetado pela crise. (BBC Brasil)

Lloyds recebe injeção e diminui oferta pelo HBOS
O grupo financeiro britânico Lloyds anunciou que a deterioração das condições do mercado, o levou a aceitar uma injeção de capital no valor de 5,5 bilhões de euros (US$ 9,44 bilhões) do governo, e a revisar os termos das propostas de compra do banco hipotecário HBOS. Outros 11,5 bilhões de euros (US$ 19.727 bilhões) serão injetados pelo governo no próprio HBOS, totalizando um socorro público de 17 bilhões de euros (US$ 29,17 bilhões). Sob os preços atuais das ações, a oferta toda em ações pelo HBOS, baixou para 7 bilhões de euros, contra cerca de 9,5 bilhões de euros da oferta original. Pela nova proposta, cada ação do HBOS será trocada por 0,605 ação do Lloyds. A oferta inicial previa a troca de uma ação do HBOS para cada 0,83 ação do Lloyds. O anúncio do Lloyds veio no momento em que o HBOS alertou que está sendo duramente afetado pela queda nos preços dos imóveis, e pela deterioração das condições de crédito. O Lloyds, por sua vez, comunicou que também está sob pressão no terceiro trimestre por causa dos problemas nos mercados de renda fixa e de ações, que tiveram um impacto negativo de 504 milhões de euros (US$ 864,76 milhões) em suas operações de seguros. No mesmo período, o lucro das atividades de atacado, e das operações internacionais, sofreram um impacto negativo de 384 milhões de euros (US$ 658,71 milhões). (Agência Dow Jones)

Fundos registraram saques de R$ 8,9 bilhões até dia 9 de outubro
Os fundos de investimentos já acumulam uma saída líquida (saldo entre aplicações e saques) de R$ 8.933 bilhões nesse mês, até o dia 9/10, de acordo com os dados mais recentes do site financeiro Fortuna. Os campeões em resgates são os fundos multimercados (R$ 3.475 bilhões), seguidos dos fundos de renda fixa (R$ 2.492 bilhões), de curto prazo (R$ 1.872 bilhão) e de ações (R$ 1,175 bilhão). No dia 9/10, os saques somaram R$ 1,307 bilhão. Os números de curto prazo estão sujeitos a alteração, já que pode haver atraso dos gestores na comunicação das informações à base de dados. Apenas até o dia 9, os resgates dos fundos de ações são maiores do que os registrados em trinta dias de meses anteriores. Essa categoria perdeu R$ 623,3 milhões em setembro e R$ 209,3 milhões, em agosto. Em julho, os fundos de ações tiveram captação positiva de R$ 565,9 milhões, assim como em junho, com R$ 3.231 bilhões. Nesse ano, toda a indústria de fundos de investimentos já sofreu resgates de R$ 22.299 bilhões, com destaque para as saídas dos multimercados (R$ 33.349 bilhões) e dos de renda fixa (R$ 24.051 bilhões). Ajudam a reduzir os danos as entradas de recursos registradas nos fundos do poder público - direcionados especificamente, para entidades vinculadas à União, aos Estados e aos municípios - que desde janeiro receberam R$ 21.433 bilhões. Os fundos de ações amargam um retorno negativo de 21,49% nesse mês, até dia 9, de acordo com o Fortuna. Os multimercados, por sua vez, conseguem uma rentabilidade positiva de 0,16% em outubro, abaixo do 0,26% dos fundos de renda fixa e do 0,32% dos referenciados DI. Os fundos referenciados cambiais ganham 14,12%, beneficiados pela alta do dólar nesse mês.

Grandes empresas européias podem sobreviver à crise por meses
As grandes empresas européias com grau de investimento têm capital e linhas de crédito, não utilizadas suficientes para sobreviver à paralisação do mercado de títulos por no mínimo mais um ano, disseram analistas da UniCredit (HVB) ontem. O banco revisou dados de 126 companhias - as 100 tomadoras de empréstimos não-financeiras do índice de empresas com grau de investimento Markit iTraxx Europe e as 40 maiores emissoras de títulos, descontando as superposições. "Se o mercado de títulos permanecer fechado, não deve ser uma dessas companhias que vai cair por causa disso" durante os 12 meses que seguem suas últimas declarações financeiras, disse Sven Kreitmair, co-diretor de pesquisa de crédito corporativo da UniCredit. Não foi fechado sequer um único acordo de títulos na Europa em mais de quatro semanas, desde que o Lehman Brothers entrou com pedido de falência, em 15 de setembro. Diferentemente das empresas norte-americanas, que contam majoritariamente com os mercados de títulos e commercial papers para seu financiamento, as companhias européias se refinanciam na maior parte, através de empréstimos bancários e atualmente, têm acesso a instrumentos de capital de giro dos bancos para financiar seus gastos e outras necessidades de capital, disse Kreitmair."A maioria desses instrumentos foi aprovada em 2006 e 2007 por um período de três a cinco anos, em condições de grau de investimento bastante atrativas, enquanto o desenvolvimento do perfil das companhias de crédito era estável e positivo, e a liquidez do mercado de crédito, era abundante", informou o estudo. Das 126 companhias analisadas, a UniCredit classificou a liquidez de 49, como "excelente", o que significa que seus recursos disponíveis excedem todas as dívidas que vencem no curto prazo; 41 foram classificadas como "forte", quando o dinheiro em caixa é maior que os títulos, e commercial papers que vencem no curto prazo; 23 foram classificadas como "sólida", quando o dinheiro em caixa e as linhas de crédito não utilizadas, superam todos os tipos de dívidas de curto prazo; e 13 como "suficiente", quando o dinheiro em caixa e as linhas de crédito não utilizadas, superam os títulos e commercial papers que devem vencer. Os 13 nomes na categoria "suficiente" incluem: BMW, Renault, Diageo, Henkel, Suedzucker, BP, Iberdrola, EDP, Eni, Repsol, Atlantia, Union Fenosa e HeidelbergCement. (Reuters, de Londres)

Crise financeira deverá afetar subsídios a aparelhos celulares
O presidente da operadora de celular Vivo, Roberto Lima, admitiu que a alta do dólar poderá ter impacto no setor nos próximos meses, inclusive prejudicando o subsídio a aparelhos de baixo custo para o cliente final no Natal. Segundo Lima, uma parcela expressiva dos telefones móveis para esse final do ano, já foi contratada, mas ainda restaria outra a ser comprada. Boa parte dos componentes desses aparelhos são cotados em dólar e poderão chegar bem mais caros ao Brasil, caso a cotação da moeda americana não caia nas próximas semanas. Esse cenário não incluiria os smartphones, aparelhos mais sofisticados, que fazem também a transmissão de dados e imagens, cuja demanda está bastante aquecida no país. O problema, segundo o executivo, vai ser manter o subsídio para aparelhos de baixo valor. Apesar disso, a empresa ainda não teme queda de vendas nesse Natal. O desempenho do setor dependerá do nível de demanda em relação aos estoques de aparelhos existentes. Nesse novo cenário, o presidente da Vivo não acredita que o Brasil deverá ultrapassar a marca de 150 milhões de acessos celulares no final do ano.

Crise não abala lojas de R$ 1,99
A crise financeira internacional continua fazendo vítimas pelo mundo afora, mas não são todos os setores da economia que saem perdendo com a situação. No Brasil, as lojinhas de R$ 1,99, pelo contrário, podem até sair fortalecidas. Com menos dinheiro no bolso, o consumidor passa a procurar preços mais em conta, e o segmento ganha um atrativo a mais. As 26 mil lojas do setor no Brasil movimentam R$ 10 bilhões por ano. Uma parte expressiva dos produtos vendidos é importada. Mesmo assim, a expectativa é que não haja aumentos significativos de preço, já que a baixa renda não aceita repasses. A tendência é que a participação nacional cresça no setor e que haja uma adaptação. Se antes uma loja vendia uma caixa com cinco espátulas, ela pode passar a oferecer uma com apenas três. De qualquer forma, o Dia da Criança e o Natal estarão imunes a oscilações de preço. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Produtos Populares, as encomendas são feitas com seis meses de antecedência e, portanto, as mercadorias do final do ano foram compradas com o câmbio por volta de R$ 1,60.

Mitsubishi paga US$ 9 bilhões por 21% no Morgan Stanley
O banco japonês Mitsubishi fechou um acordo para investir US$ 9 bilhões no americano Morgan Stanley, em troca de 21% de participação, anunciou ontem. Em virtude desse compromisso, o grupo financeiro japonês adquire ações preferenciais conversíveis no valor de US$ 7,8 bilhões, com um preço de conversão de US$ 25,25 por ação e dividendo anual de 10%. Também adquiriu ações preferenciais não conversíveis por um valor total de US$ 1,2 bilhões, e um dividendo similar, explicaram os bancos em comunicado à imprensa. O grupo japonês terá um posto no conselho de administração do banco americano e estabelecerá um comitê para rentabilizar ao máximo as vantagens dessa aliança, assinalaram. O presidente e executivo-chefe do Mitsubishi, Nobuo Kuroyanagi, assinalou ontem que, com esse acordo, ambos tinham demonstrado seu compromisso mútuo em antecipar essa aliança, "apesar de um entorno problemático" nos mercados financeiros e após revisar os termos que tinham negociado anteriormente. O presidente e executivo-chefe da Morgan Stanley, John Mack, explicou que esse acordo de investimento, com o grupo japonês, "reforça ainda mais" sua "forte posição de capital" e contribuirá para conseguir oportunidades "criadas pelo persistente deslocamento nos mercados financeiros." A imprensa americana informou ontem, que o Departamento do Tesouro interveio para que o banco japonês mantivesse seu planejado investimento em Morgan Stanley. O jornal "The New York Times" disse que as autoridades federais tinham assegurado ao banco japonês, que sua operação em Morgan Stanley teria "proteção". Essa decisão teria sido tomada após dois dias de tensas e intensas negociações entre o Departamento do Tesouro, dirigido pelo secretário Henry Paulson, o grupo financeiro japonês Mitsubishi UFJ, e o governo japonês, segundo o jornal americano As ações da Morgan Stanley se revalorizaram ontem, em 60% no meio do pregão, sendo vendidas a US$ 15,57 por título, após acrescentar US$ 5,89 ao preço de fechamento da sexta-feira. (Efe, de Nova York)

Crise mundial já começa a afetar o setor de reciclagem de metais
A crise mundial já começa a afetar o setor de reciclagem de metais, principalmente o de sucata de ferro e aço. "A expectativa no momento é que todos produzirão menos aço no próximo ano, e o preço deve cair", avalia José Arevalo Jr., presidente do Inesfa - Instituto Nacional de Empresas de Preparação de Sucata de Ferro e Aço. Segundo os industriais, grandes empresas estão paralisando investimentos do curto prazo, e reprogramando produção a médio prazo, e algumas siderúrgicas - principais consumidoras do metal - já começaram a diminuir a quantidade comprada. Como o mercado de sucata de ferro negocia os preços diariamente, em função principalmente da oferta e da demanda, a perspectiva é que o valor do metal se deprecie com o desaquecimento da economia. Já no setor de reciclagem de alumínio, as expectativas são contraditórias. Embora a crise também deva afetar a demanda do metal, o setor tem contratos de mais longo prazo e seu preço caiu menos na crise das commodities: enquanto o valor do níquel, por exemplo, desabou 28% no último mês, e o do cobre, 21%, o do alumínio desceu 12%. Se o preço da sucata de alumínio realmente subir, isso não será necessariamente bom para os cerca de 20 mil catadores em atividade em São Paulo (3 mil deles organizados em cooperativas e associações, segundo números do Movimento Nacional dos Catadores).
GOL absorve a marca Varig
A partir de 19/10, a GOL oferecerá uma malha atraente, com mais opções de vôos, horários balanceados e conexões eficientes. É a maior malha aérea doméstica do País, com 49 destinos no Brasil, e também a maior da América do Sul, atendendo a 10 destinos, com um total de cerca de 800 vôos diários. A nova malha eliminará sobreposição de rotas e horários entre GOL e VARIG, abrindo oportunidades de otimizar o aproveitamento dos vôos, além de permitir elevar a oferta em mercados nos quais a Companhia está consolidada, também viabilizando a criação de ligações entre cidades ainda não conectadas. No novo desenho da malha, a GOL realizará os vôos domésticos e os internacionais de curta duração, para Assunção/Paraguai, Buenos Aires, Córdoba e Rosário, na Argentina, Montevidéu/Uruguai, Lima/Peru (via Santiago), Santa Cruz de la Sierra/Bolívia e Santiago (via Buenos Aires). Já a VARIG operará nas rotas internacionais de médio percurso, para Bogotá/Colômbia, Caracas/Venezuela e Santiago/Chile (via Rio de Janeiro e São Paulo). O critério para a divisão das marcas nesses mercados foi o perfil dos clientes dos vôos internacionais com mais de quatro horas de duração, em sua maioria, viajantes corporativos. Outro ponto é a melhor conectividade entre bases de diferentes regiões. Nos mercados basicamente corporativos, como a ponte aérea Rio de Janeiro (Santos Dumont) e São Paulo (Congonhas), a GOL passará a operar em horários mais convenientes com intervalos médios de 30 minutos. Já no mercado internacional, a companhia realizou ajustes em horários dos vôos partindo de Bogotá, Caracas, Santiago e Santa Cruz de la Sierra, tornando-os mais convenientes aos clientes. Todas as rotas serão servidas por uma frota jovem e moderna de 104 aeronaves, incluindo Boeing 737-300, 737-700 NG, Boeing 737-800 NG e Boeing 737-800 NG SPF. Até 2012, a previsão é de atuar com 127 aeronaves.

Rodada de Negócios Alemanha/Rio Grande do Sul acontece em novembro
No dia 5/11, a Câmara Brasil-Alemanha de Porto Alegre realiza uma Rodada de Negócios entre empresários gaúchos e alemães da região de Nuremberg, no estado de Baviera, cuja economia é a mais importante da Alemanha. O objetivo do evento é incentivar o intercâmbio de tecnologia e know-how, assim como formação de parcerias e estabelecimento de representações locais para as empresas alemãs. Estarão em Porto Alegre dez empresários alemães buscando parceiros com atuação nos seguintes ramos: Soluções ambientais para fabricantes de chapas de MDF; Redes de Água, Esgoto, Gás e Telefonia (foco em operadoras de redes públicas ou privadas); Indústria Automotiva (foco em fornecedores de componentes); Componentes para cozinhas (foco em fabricantes de cozinhas planejadas e fornecedores de cubas e balcões); Roupas modeladoras (foco em grandes distribuidores, importadores e redes de varejo de roupa íntima); Soldagem (foco em indústrias de transformação de metais); Moldes para concreto pré-moldado (foco em fabricantes de tubos e peças de concreto para saneamento); Componentes para manutenção de baterias tracionarias; Máquinas para indústria cerâmica (foco em clientes finais e representantes com assistência técnica); Preparação para a entrada no mercado brasileiro. A Rodada vai se realizar no dia 5/11, no Hotel Sheraton, a partir das 11h, com horário previamente agendado. Para informações sobre as empresas alemãs e sobre a sua inscrição, favor entrar em contato com o Dietmar Sukop, pelo e-mail:
dietmar@ahkpoa.com.br ou pelo telefone +55 513222.5766.

Presidente do Grupo RBS fala hoje para empresários da Amcham
O presidente do Grupo RBS, Nelson Sirotsky, é o convidado do Comitê de Empreendedorismo da Amcham-Porto Alegre (Câmara Americana de Comércio), nessa terça-feira, 14/10, a partir das 8h30min, no Amcham Business Center (Mostardeiro, número 322, 11º andar). Ele falará sobre ‘Empreendedorismo em empresa familiar’. No início de setembro, durante evento na Amcham-Porto Alegre, o diretor executivo de Finanças do Grupo RBS adiantou que a possível aquisição de cerca de 15% da RBS Comunicações, pela Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, possibilitará ao maior grupo de comunicação do Sul do Brasil acelerar seu plano de investimentos. Fundado em 1957 por Maurício Sirotsky Sobrinho, o Grupo RBS controla atualmente 18 emissoras de TV aberta e duas comuntárias, o Canal Rural (por assinatura), 26 emissoras de rádio, oito jornais, dois portais de Internet, uma editora, uma gravadora, uma empresa de logística, uma fundação e uma agência de marketing de relacionamento com jovens.

Makro entra em novas áreas

Pressionada pelo crescimento das redes de atacarejo - mistura de atacado e varejo - no Brasil, a rede atacadista holandesa Makro iniciou, há dois anos, uma grande virada em seu negócio. A principal mudança foi abrir as portas também, para o consumidor final. Antes, atendia apenas pessoas jurídicas. Entrou também em novas áreas, como a de postos de combustíveis. Agora, o grupo pretende aprofundar essa reformulação. Em 2009, serão aplicados mais R$ 240 milhões para a abertura de lojas e postos de combustíveis. "Queremos entrar naqueles Estados onde ainda não estamos e, naqueles em que já temos loja instalada, vamos buscar cidades importantes no interior. Estamos analisando também, reforçar nossa presença em algumas capitais", diz Rubens Batista Junior, presidente do Makro no Brasil. Ele pretende ampliar os modelos de negócios da empresa para atingir novos mercados e também aumentar a participação de alguns públicos consumidores específicos em suas vendas. Dentro dessa estratégia, R$ 1,2 milhão serão utilizados na criação do Speciale, um espaço dentro das lojas da rede voltado para donos de pequenos hotéis, restaurantes e cafés. O primeiro Speciale será aberto dentro da loja da Vila Maria, em São Paulo/SP, no próximo dia 24/10. A loja da Vila Maria foi escolhida por ser a primeira do Makro no Brasil, aberta em 1972. O espaço vai abrigar: uma adega climatizada com mil rótulos de vinhos, nacionais e importados; charutaria; embutidos; defumados; queijos; temperos e especiarias; chocolates finos e cafés especiais. O Makro não é o único atacadista a criar um espaço para clientes específicos. O Maxxi, bandeira de atacado do Walmart, já tem em suas lojas os espaços Mundo do Dogueiro e Mundo do Padeiro, dedicados aos pequenos empresários de cachorros-quentes e pães.

Álcool segue vantajoso no tanque em 15 Estados
O álcool combustível (etanol) permanece competitivo em 15 Estados brasileiros, segundo preços semanais de combustíveis divulgados pela ANP - Agência Nacional do Petróleo. A gasolina está mais competitiva que o etanol em 10 Estados e, em dois Estados, é indiferente utilizar etanol ou gasolina no tanque de combustível. Os Estados em que o etanol permanece mais competitivo que a gasolina para o consumidor são: SP (onde o preço do etanol corresponde a 54% do preço da gasolina), MG (54,42%), PR (59,04%) e ES (61,61%). A relação é favorável à utilização do etanol até 70%, que é a potência energética dos motores a álcool, em comparação com aqueles à gasolina. Outros Estados em que a utilização do etanol é favorável são: BA, DF, MA, MS, MG, RJ, RS, RR, SC e TO. Já a utilização da gasolina é mais competitiva nos Estados do AP (91,36%), RR (79,62%), PB (76,91%) e PA (76,37%). A gasolina também é mais vantajosa no AC, AM, CE, PI, RN e SE. Em AL e PE é indiferente a utilização de etanol ou gasolina nos tanques. Na semana encerrada em 11/10, os preços do etanol subiram, na média, em sete Estados e recuaram em 19 Estados. No Amazonas, os preços ficaram inalterados. A maior alta de preços na bomba foi registrado no DF, de 2,5%. A maior queda foi verificada em Alagoas, de -1,18%. (Agência Estado)

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BASTIDORES


- Varejo de luxo americano sente impacto da crise. A crise da economia americana atingiu com força as redes de lojas de departamentos focadas em luxo nos EUA. Neiman Marcus e Saks declararam que suas vendas tiveram quedas de dois dígitos no mês passado, níveis comparados apenas ao que aconteceu logo após dos ataques terroristas de 11/9. Na Nordstrom, o resultado foi menos ruim, com queda de 9,6%, contra -7,1% esperado por Wall Street. A expectativa é que até o fim do ano as vendas continuem deprimidas.

- Lucro Trimestral.
A Cargill divulgou ontem, um salto de 62% no lucro trimestral, devido principalmente, aos segmentos de agribusiness e industrial.

- AMD se livra de processo antitruste. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos encerrou as investigações sobre práticas de truste que envolvia a AMD e a ATI, fabricante de placas gráficas. As empresas não serão indiciadas criminalmente. As investigações começaram em 2006, meses depois de a AMD comprar a ATI por US$ 5,4 bilhões.
A notícia é muito boa para a empresa de semicondutores, que passa por um momento de crise, em grande parte gerada pela aquisição da fabricante de placas
. Os investigadores levantaram dúvidas a respeito das práticas de mercado e estratégias de preços adotados pela ATI.

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MERCADO de Ações & Futuros

(Informações: Dow Jones, Bovespa e Reuters)


Bolsa fecha em alta de 14,66%, a maior desde 1999
Após uma semana com perdas históricas nas principais praças financeiras internacionais, os investidores reagiram com otimismo ontem, à ação coordenada de vários governos europeus que decidiram no fim de semana, colocar em ação um plano de criação de fundos nacionais de recapitalização e de garantias do sistema financeiro. As altas na Ásia e na Europa contagiaram as operações nos EUA, beneficiando a Bovespa.

- O Ibovespa registrou 40.829,13 pontos, na máxima do dia, em alta de 14,66% - a maior variação positiva desde 15 de janeiro de 1999, quando o índice subiu 33,4%. Durante a sessão ontem, a mínima foi aos 35.609 pontos (estável). O volume financeiro somou R$ 5.248 bilhões. Apenas para ilustrar, na semana passada, a Bolsa acumulou uma perda de 20%. Ontem, nenhuma das 66 ações que compõem o Ibovespa encerrou no vermelho; 47 delas, ou mais de dois terços, tiveram ganhos superiores a 10%.

Análise – No domingo, em Paris, líderes dos 15 países que integram a zona do euro, afirmaram que irão garantir os empréstimos interbancários até 2009, e permitir que os governos comprem ações de instituições financeiras em dificuldade. Alemanha, França e outros países europeus divulgaram planos de resgate para recapitalizar seus bancos e descongelar o mercado de crédito, na esteira do anúncio de medidas no Reino Unido para estatizar partes de seu sistema bancário, uma campanha coordenada com a qual irão gastar mais de 1,68 trilhão de euros (US$ 2,28 trilhões), conforme reportagem do Financial Times. No Brasil, o Banco Central também anunciou novas medidas que impulsionaram as ações do setor bancário - já influenciadas positivamente pelas suas pares nas bolsas norte-americanas e européias. A autoridade monetária nacional decidiu implementar, um "programa de liberação integral dos recolhimentos compulsórios". A medida vai atingir os depósitos a prazo e interfinanceiros de empresas de arrendamento mercantil (leasing) e também a exigibilidade adicional, que atualmente recai sobre os depósitos à vista e a prazo. Segundo a autoridade monetária, a decisão libera até R$ 100 bilhões.

- Nesse cenário, Bradesco PN subiu 22,13%, Itaú PN valorizou-se 23,37%, Banco do Brasil ON aumentou 20,71% e Unibanco units ganharam 22,77%.

- As blue chips (ações de primeira linha) da Bolsa brasileira também apresentaram avanços significativos. Petrobras PN ganhou 12,08% e Petrobras ON, 11,66%, beneficiadas ainda pela alta dos preços do petróleo no mercado internacional. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo subiu 4,49%, a US$ 81,19 por barril. No caso das ações da Vale, a elevação nos preços dos metais também corroborou a recuperação dos papéis. Vale PNA subiu 13% e Vale ON, 13,07%. No Ibovespa, as altas foram lideradas por Ultrapar PN (+31,14%), JBS ON (+27,24%) e B2W ON (26,11%).

Ações das empresas de TI sobem em dia de forte alta na Bovespa
Em dia de forte recuperação das bolsas no mundo todo, as empresas de TI listadas na Bolsa de Valores de São Paulo, viveram momentos bem diferentes do que na semana passada
. Com exceção da Itautec, que, pouco negociada, registrou perda de 8,78%, e da Totvs, que não apresentou oscilação no valor de suas ações, as companhias registraram altas consideráveis no pregão dessa segunda-feira, 13/10. A B2W foi a empresa que mais cresceu: 26,1%. A Positivo registrou alta de 15,16%, a Ideasnet de 14,21%, a Uol cresceu 9,09% e a Bematech 4,81%. O índice Bovespa chegou a 40,829 mil pontos, com alta de 14,66%. O dólar despencou 7,74%, fechando em 2,146. A Bovespa seguiu a onda de euforia que tomou conta dos mercados globais, após o anúncio feito pelos países europeus de um pacote de ajuda aos bancos da zona do euro. Ao todo, os governos europeus prometem gastar 1,5 trilhão de dólares para conter a crise.

Impulsionado por pacotes anticrise, Bolsa de NY tem alta recorde
O mercado acionário americano reagiu com euforia à série de pacotes anunciados pelos governos dos EUA e dos países da zona do euro, para debelar a crise financeira causada pelos créditos imobiliários de alto risco ("subprime"). No primeiro dia com negociações após as medidas serem anunciadas, os principais índices das Bolsas locais indicaram altas expressivas.


- O otimismo que tomou conta dos investidores pode ser traduzido pelo índice Dow Jones, o mais importante da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês). O indicador fechou com alta de 936,42 pontos, a maior de sua história, a 9.387,61 pontos - ganho de 11,08%.

- O índice ampliado S&P 500, por sua vez, subiu 11,58% e voltou a ficar acima dos mil pontos, a 1.003,35 unidades. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite ganhou 11,81%, aos 1.844,25 pontos.

Bolsas da Europa fecham em forte alta após pacotes
As principais bolsas européias terminaram o dia em forte alta, após encerrarem a semana passada com perda acumulada de 20%, com investidores comemorando os sinais de que os líderes mundiais estão prontos para proteger o setor financeiro da crise mundial de aperto no crédito, segundo corretores.

Análise – Por conta do anuncio feito pela chanceler alemã, Angela Merkel, do pacote nacional de auxílio de 500 bilhões de euros (US$ 675 bilhões), enquanto o presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmou que apenas a instituição pública pode restaurar a confiança nos mercados, e divulgou um plano de 360 bilhões de euros (US$ 486 bilhões) para o setor financeiro do país. "Ninguém pode esperar que qualquer uma dessas medidas possa evitar a recessão. As forças da contração econômica já estão em movimento há muito tempo, devido à crise de crédito", disse Mike Lenhoff, estrategista-chefe da Brewin Dolphin Securities, em Londres. "Mas a intenção por trás da introdução das ações coordenadas e, em grande parte, a resposta uniforme têm como objetivo restaurar a confiança e prevenir que a recessão se transforme em algo muito pior." De acordo com um operador de Paris, "os investidores agora estão pensando que a Europa é ainda mais ambiciosa do que os EUA", mas os ganhos registrados ontem, nas bolsas européias, devem ser vistos também, como parte do contexto de queda da semana passada.

Londres - Em Londres, o índice FTSE 100 subiu 280,80 pontos, ou 7,14%, para 4.212,90 pontos. As ações de mineradoras terminaram em alta, com Kazakhmys subindo 22,12%, Rio Tinto ganhando 15,39%, BHP Billiton avançando 9,06% e Xstrata, 12,92%. No Reino Unido, por outro lado, as autoridades confirmaram o investimento de 37 bilhões de libras esterlinas (US$ 64 bilhões) no RBS - Royal Bank of Scotland -, no Lloyds TSB e no HBOS para elevar o capital dessas instituições. O Barclays, outro banco britânico, disse que não pegará dinheiro do governo, mas pretende levantar 6,5 bilhões de libras por meio de uma oferta de ações e do gerenciamento da folha de balanço. Em Londres, o RBS subiu 8,37% e o Barclays, 3,73%. O HBOS caiu 27,54% e o Lloyds TSB, 14,47%. "Os bancos agora podem estar mais seguros do que foram por um certo tempo, mas uma grande parte do preço das ações de qualquer companhia, é baseado nas expectativas de crescimento no futuro. Esse crescimento agora parece estar limitado por muitas razões", disse David Evans, analista de mercado da BetOnMarkets.com.

Paris - O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, fechou em alta de 355 pontos, ou 11,18%, a 3.531,50 pontos. O Société Générale recuou 2%, após negar rumores de que precisaria levantar capital devido a perdas financeiras em uma de suas unidades. A Gdf Suez subiu 25,01% e a Arcelor Mittal, 19,67%.

Frankfurt - O índice DAX terminou em alta de 518,14 pontos, ou 11,40%, a 5.062,45 pontos. De acordo com operadores, o pacote alemão superou as expectativas do mercado e incentivou as compras. As ações das empresas financeiras lideraram os ganhos. A Hypo Real Estate subiu 39,95%, o Commerzbank, 14,79%, Allianz, 13,98% e o Deutsche Bank, 12,09%.

Madri - O índice Ibex-35, da Bolsa de Madrid, avançou 958 pontos, ou 10,65%, para 9.955,70 pontos. A Iberdrola subiu 18,80%. O Santander registrou aumento de 12,35% após divulgar que está negociando a aquisição do Sovereign Bancorp. A Telefónica teve alta de 9,57% após reiterar as estimativas de resultados e acelerar os planos de recompra de ações.

Bolsas da Ásia voltam a respirar e fecham em alta
As medidas anunciadas no final de semana pelos governos dos países mais ricos do mundo devolveram as bolsas asiáticas ao terreno positivo, após uma semana de quedas históricas em toda a região. A exceção ficou com a Bolsa de Taipé, em Taiwan, onde a desconfiança dos investidores ainda prevaleceu. O mercado de Tóquio não abriu devido a um feriado.

Análise -
A procura por ações baratas puxou o índice Hang Seng da Bolsa de Hong Kong para uma alta de 10%.O índice ganhou 1.515,29 pontos e encerrou aos 16.312,16 pontos. Os ganhos em Hong Kong ajudaram a impulsionar a Bolsa de Xangai, na China, que também foi estimulada pela expectativa de que o governo anuncie medidas de estímulo ao mercado e à economia, após a reunião do Comitê Central do Partido Comunista, no final de semana.

- O índice Xangai Composto encerrou uma série de seis pregões consecutivos de queda e teve alta de 3,7%, fechando aos 2.073,57 pontos. O Shenzhen Composto avançou 1,9%, aos 541,32 pontos. As ações do Shenzhen Development Bank e as do China Merchants Bank atingiram o limite diário de alta, de 10% Yuan - Uma ligeira queda na paridade central dólar/yuan levou a moeda chinesa a encerrar em alta frente à dos EUA. No mercado de balcão, a cotação do dólar fechou em 6,8258 yuans, um recuo de 0,04% em relação ao fechamento de sexta-feira, quando ficou em 6,8357 yuans.
- Em Taiwan, contudo, a Bolsa de Taipé ainda ficou pressionada pelas quedas de Wall Street na semana passada, e pelo receio de uma prolongada turbulência nos mercados financeiros globais. O índice Taiwan Weighted cedeu 110,27 pontos, ou 2,2%, e fechou aos 5.020,44 pontos.
- A Bolsa de Seul, na Coréia do Sul, registrou alta. O índice Kospi subiu 3,8% e fechou aos 1.288,53 pontos.
- O índice PSE Composto da Bolsa de Manila, nas Filipinas, apresentou alta de 1% e encerrou aos 2.118,75 pontos.
- Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney teve alta de 5,6% e fechou aos 4.180,7 pontos.
- A Bolsa de Cingapura recuperou a maior parte das perdas de sexta-feira, uma vez que os investidores receberam bem as medidas de governos e bancos centrais ao redor do mundo para impulsionar os mercados financeiros. O índice Strait Times subiu 6,6% e fechou aos 2.076,35 pontos. O mercado indonésio teve alta, ajudada pela estabilidade da moeda - rupia - e por muitas companhias comprando ações de volta.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta subiu 0,7% e fechou aos 1.461,87 pontos. Na Tailândia, o mercado recuperou parte das perdas da semana passada, auxiliado por ganhos na maioria dos mercados regionais e pelo plano de estabilização dos mercados de capitais do governo.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc subiu 5,4% e fechou aos 476,33 pontos.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, teve alta de 1,8% e fechou aos 950,76 pontos.


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ÍNDICES ECONÔMICOS


Mercado eleva previsão do IPCA em 2008 a 6,2%
Após nove reduções consecutivas e uma semana de estabilidade, o mercado elevou a projeção para a inflação medida pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo - em 2008, pela primeira vez. Segundo a Pesquisa Focus, compilado das principais projeções macroeconômicas de instituições financeiras divulgada ontem pelo Banco Central, o IPCA deve encerrar 2008 em 6,20%, de 6,14% na semana passada. Já a previsão para 2009 caiu, pela quinta vez seguida, para 4,80%, de 4,85%. Em ambos os casos, as previsões para o IPCA permanecem acima do centro da meta de inflação, de 4,5%, conforme determinação do CMN - Conselho Monetário Nacional. A margem de tolerância é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima, ou seja, entre 2,5% e 6,5%.

IGPs - Para os Índices Gerais de Preços -, calculados pela FGV - Fundação Getúlio Vargas - e que trazem o comportamento dos preços no atacado e o impacto em tarifas públicas e de serviços, as previsões subiram. O mercado elevou a previsão para o IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna -, que deve encerrar 2008 em 10,07%, ante 9,77% na previsão anterior. Para o IGP-M - Índice Geral de Preços - Mercado -, a expectativa subiu para 10,37%, ante projeção de 10,10% na semana passada. Para 2009, a projeção para o IGP-DI subiu de 5,33% para 5,42%, enquanto a do IGP-M subiu de 5,40% para 5,50%.

Juros - As projeções do mercado para a taxa básica de juros brasileira, a Selic, em 2008 e em 2009 foram mantidas em 14,75% ao ano, e 13,50% ao ano, respectivamente. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano. O Copom - Comitê de Política Monetária - ainda tem dois encontros agendados até o fim desse ano, para definir sobre a atualização da Selic. As duas próximas reuniões do comitê acontecem no fim desse mês, dias 28 e 29, e em dezembro.

Dólar - Após a recente valorização do dólar ante o real, que chegou a ser negociado acima de R$ 2,30, na maior cotação em mais de sete anos, o mercado elevou as previsões para as taxas de câmbio no fim de 2008 e de 2009. Segundo a Pesquisa Focus, o dólar deve encerrar esse ano, e o ano que vem, valendo R$ 1,85, ante projeções de R$ 1,80 e R$ 1,82 na semana anterior, respectivamente. Na última sexta-feira, dia 10/10, o dólar comercial fechou cotado a R$ 2,32 (+6,91%), no mercado interbancário de câmbio, no maior valor desde 31 de maio de 2001.

PIB - A estimativa de crescimento da economia brasileira em 2008 subiu, pela quinta vez seguida, para 5,23%, de 5,2%. Já a previsão de expansão do PIB - Produto Interno Bruto – (soma de todas as riquezas produzidas pelo País) em 2009, ficou em 3,5%.

Contas externas - Em relação à balança comercial brasileira, o mercado elevou a projeção de superávit esse ano para US$ 23,88 bilhões, de US$ 23,70 bilhões na semana passada. A estimativa do déficit em conta corrente (saldo de todas as transações do País com o exterior), em 2008, foi mantida em US$ 29 bilhões. Para 2009, o mercado reduziu a previsão de superávit da balança comercial para US$ 12 bilhões, de US$ 12,70 bilhões na semana passada, e também alterou a expectativa de déficit em conta corrente para US$ 33,10 bilhões, de US$ 34 bilhões na pesquisa anterior.

Investimentos - As previsões para o IED - Investimento Estrangeiro Direito - em 2008 e em 2009, foram mantidas em US$ 35 bilhões e em US$ 30 bilhões, respectivamente.

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MERCADO FINANCEIRO


BC detalha medidas de injeção de recusos no sistema
O Banco Central anunciou, na tarde de ontem, mais medidas relativas aos depósitos compulsórios para ampliar a liquidez no sistema financeiro. Os compulsórios são os recursos que os bancos são obrigados a retirar do sistema e deixar depositado no BC. As medidas fazem parte da programação de liberação de R$ 100 bilhões anunciado, ontem de manhã, pela autoridade monetária. Somente uma medida entra em vigor: a elevação, de R$ 300 milhões para R$ 1 bilhão, do valor de dedução do compulsório adicional sobre depósitos à vista, a prazo e poupança, que deve colocar R$ 8 bilhões no sistema financeiro. Outra medida eleva de R$ 700 milhões para R$ 2 bilhões, o abatimento permitido para o recolhimento compulsório sobre a alíquota principal dos depósitos a prazo - atualmente em 15%. Essa medida, que entrará em vigor no dia 17/10, injetará sozinha, R$ 13,1 bilhões no sistema. Uma terceira medida aumenta de R$ 2,5 bilhões para R$ 7 bilhões o patrimônio de referência máximo dos bancos que quiserem vender suas carteiras para outros bancos, que poderão abater do recolhimento sobre depósitos a prazo. O limite de dedução sobe de 40% para 70% dos depósitos a serem recolhidos junto ao BC. O impacto estimado nessa medida é de R$ 6 bilhões, mas depende da efetivação das compras de carteiras e títulos pelos bancos. A medida entra em vigor em 17/10. Essa medida amplia a possibilidade de abatimento sobre o depósito compulsório a prazo para os bancos que adquirirem ativos de outras instituições.
Leilão de dólar
A compra de dólares, nos leilões de venda com compromisso de recompra futura, realizados pelo BC, gerará abatimento no recolhimento compulsório sobre os depósitos interfinanceiros das empresas de arrendamento mercantil (leasing). Segundo o BC, a medida pode liberar até R$ 20 bilhões, valor correspondente ao total do recolhimento realizado atualmente nesse tipo de depósito. De acordo com circular 3.412 distribuída pelo BC, o benefício será gerado apenas durante o período da operação de câmbio - entre o leilão de venda e a data estipulada para recompra. Esse abatimento será no valor total da aquisição dos dólares pela instituição financeira, e entrou em vigor a partir de ontem.
Opções de operação
A partir do dia 17/10, haverá abatimento do compulsório para bancos que adquirirem direitos creditórios oriundos de arrendamento mercantil (leasing), títulos de renda fixa emitidos por entidades privadas não financeiras, integrantes de fundos de investimentos regulamentados pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários -, direitos creditórios integrantes de carteiras de FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios - regulamentados pela CVM e cotas de fundo de investimento em cotas de investimento de fundo de investimento em direito creditório do FGC - Fundo Garantidor de Crédito. Antes da medida, apenas carteiras de crédito geravam essa liberação de recursos.
Redesconto
O Banco Central divulgou também, que o custo das operações de redesconto feitas com venda de carteira de crédito ao BC será de 4% ao ano, além da taxa básica de juros (Selic). De acordo com o documento, o valor dos ativos dados em garantia será atualizado diariamente, e as instituições poderão recomprar antecipadamente os ativos que tiverem sido entregues ao BC. "Na hipótese de recompra parcial, será dada prioridade, pela ordem, à revenda dos créditos que: tenham maior classificação de risco; tenham prazo de vencimento mais longo; não envolvam obrigações de clientes com operações em mais de uma instituição financeira, ou empréstimo em consignação em folha de pagamento do setor público", diz a circular de número 3.409 do BC. No documento, o BC definiu que, durante o período de análise do pedido de redesconto, a instituição financeira será dispensada do recolhimento de depósitos compulsórios, no valor da operação de redesconto. Mas essa dispensa implicará no pagamento de "custos financeiros sobre deficiências no recolhimento" equivalentes aos previstos na operação de redesconto.

Rússia aprova lei de resgate de bancos
O presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, aprovou uma lei que, entre diversas medidas, prevê o refinanciamento de US$ 50 bilhões em dívida externa - que deve beneficiar as empresas - e autoriza alguns bancos do país, a tomar empréstimos de seis meses sem garantias, de acordo com a agência de notícias Prime-Tass. A lei é parte de um pacote mais amplo, avaliado em US$ 200 bilhões, que tem como objetivo auxiliar o setor financeiro. A aprovação da lei foi comemorada pelo mercado, mas o índice da RTS (Bolsa russa com ações negociadas em dólar) registrou baixa de mais de 5%, com operadores argumentando que precisam de provas de que o governo vai efetivamente, implementar o plano. A queda brusca nos preços provocou a interrupção do pregão da RTS, às 10h30min (hora de Brasília). A bolsa deve voltar a operar normalmente hoje. (Agênica Dow Jones, de Moscou)

Alemanha e Áustria confirmam garantias bancárias
A chanceler alemã, Angela Merkel, divulgou ontem, os detalhes de um plano de 500 bilhões de euros (US$ 680 bilhões) que tem como objetivo descongelar o mercado de empréstimos interbancários e restaurar a confiança no sistema financeiro. O plano inclui até 80 bilhões de euros em recurso disponível para recapitalização e 400 bilhões de euros em garantias oferecidas aos bancos, segundo Merkel. O governo também separou uma provisão de 5% para perdas sofridas por instituições financeiras. Merkel alertou que o governo pode não conseguir equilibrar o orçamento até 2011. O governo da Áustria também apresentou ontem, um pacote de medidas no valor de 100 bilhões de euros (US$ 136 bilhões), para combater a crise financeira internacional. O pacote inclui garantias do governo para transações de refinanciamento e possíveis injeções de recursos para os bancos por meio da participação estatal em aumentos de capital. As medidas incluem também, garantia completa para os depósitos nos bancos austríacos para pessoas físicas e a suspensão de vendas a descoberto. Ao apresentar o pacote, o chanceler austríaco, Alfred Gusenbauer, e o ministro de Finanças, Wilhelm Molterer, enfatizaram a importância do esforço coordenado dos países da zona do euro para estimular suas economias nos últimos dias, diante do agravamento da crise financeira. "Está absolutamente claro que a Áustria não poderia ter superado essa crise sozinha. A Europa mostrou nessa situação, determinação, e vai agir", disse Molterer. (Agência Dow Jones, de Frankfurt e da Áustria)

França anuncia 360 bilhões de euros em ajuda a bancos
O governo da França vai oferecer uma ajuda de 360 bilhões de euros (cerca de US$ 488 bilhões) em ajuda a bancos em dificuldades no país, a fim de reverter a crise financeira mundial, que vêm causando perdas históricas nos mercados há quase um mês. Segundo o presidente francês, Nicolas Sarkozy, serão oferecidos até 40 bilhões de euros para recapitalizar bancos na França. Além disso, Sarkozy informou que haverá uma garantia aos empréstimos interbancários de até 320 bilhões de euros. O jornal francês Le Monde
informou ontem, que a garantia pública do governo para o financiamento dos bancos, podia chegar a 300 bilhões de euros. A garantia deve durar até o fim de 2009, mas o valor é o máximo que pode ser disponibilizado aos bancos. Caso o mercado interbancário volte a funcionar normalmente, o montante empregado deverá ser menor, disse Sarkozy. Segundo o "Le Monde", o plano francês compreende também, um item relativo à recapitalização dos bancos em dificuldades. Nesse fim de semana, líderes dos países da zona do euro decidiram permitir um refinanciamento limitado até o final de 2009, para os bancos da região e de acordo com as "condições do mercado", disse Sarkozy. "Não será um presente para os bancos", declarou o presidente francês. "O plano que aprovamos tem a vocação de ser aplicado em cada um de nossos Estados-membros com a flexibilidade que se necessite em função da diversidade de nossos sistemas financeiros, e de nossas regras nacionais." Sarkozy explicou que "os Estados que quiserem poderão reforçar o capital dos bancos, mediante a subscrição de ações preferenciais ou com títulos similares." "Com uma estrutura financeira dos bancos que seja mais forte, eliminaremos a pressão que pesa sobre o crédito", afirmou, e disse ainda que os governantes dos 15 Estados da zona do euro manifestaram sua satisfação com as decisões tomadas pelo BCE - Banco Central Europeu - em relação à crise nas últimas semanas, como a injeção de recursos no sistema bancário para ampliar a liquidez e a redução da taxa de juros básica da região. O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, "nos comunicou sua determinação absoluta para pôr tudo que for necessário em andamento, para permitir o retorno à normalidade", assinalou Sarkozy.

Morgan Stanley leva recomendação de ações de emergentes a nível máximo
Segundo o banco, o fator catalisador para um movimento de alta expressiva é a decisão do G7 (grupo que reúne os países mais industrializados do mundo) de garantir as instituições financeiras sistematicamente importantes, assim como a queda exagerada das ações nos últimos dias. "Nós acreditamos que a economia mundial está numa transição dolorosa para passar a ser liderada pelos mercados emergentes", dizem Jonathan Garner e outros analistas do Morgan Stanley, em relatório. O banco projeta que 100% do crescimento do PIB - Produto Interno Bruto - mundial, em 2009, será originário de países emergentes.

Espanha cria linha para comprar ações de bancos
O governo espanhol aprovou a criação de linhas para garantir até 100 bilhões de euros (US$ 135 bilhões) em emissão de bônus bancários em 2008, e para comprar ações de bancos, disse, a jornalistas em Madri, o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero. Depois de os líderes dos 15 países da zona do euro terem divulgado ontem, uma série de medidas para ajudar o sistema bancário, hoje cada país do bloco está detalhando como vai implementar essas ações. Zapatero descreveu a linha para comprar ações e injetar capital nos bancos como uma medida "preventiva" que o governo não tem intenção de usar nesse momento. Autoridades espanholas têm insistido que os bancos do país têm balanços saudáveis, uma vez que não investiram no conturbado mercado de títulos de hipoteca dos EUA. Em casa, essas instituições seguiram prudentes práticas de crédito. Zapatero disse que a Espanha vai oferecer garantias à emissão de bônus e notas promissórias com vencimentos dentro de até cinco anos. Na sexta-feira, o governo espanhol aprovou a criação de um fundo de 30 bilhões de euros (US$ 40,56 bilhões), para ajudar a financiar os bancos locais comprando ativos financeiros que essas instituições têm dificuldade de vender no mercado de capitais internacional. (Agência Dow Jones, de Madri)

Santander compra Sovereign Bancorp por US$ 1,9 bilhão
O espanhol Santander fechou acordo para comprar o Sovereign Bancorp Inc, um importante banco de poupança dos EUA, por US$ 1,9 bilhão em ações. Pela manhã, o Sovereign tinha informado que estava "em avançadas discussões" com o banco espanhol. O Santander era considerado o principal candidato a assumir o controle do Sovereign desde que comprou uma participação de quase 25% no banco norte-americano, há três anos. "Dadas às incertezas sem precedentes no atual ambiente de mercado, e os desafios que o Sovereign enfrenta, acreditamos que essa é a transação certa, no tempo certo para a instituição", afirmou Ralph Whitworth, presidente do comitê de capital e finanças do conselho do Sovereign. Sob os termos da transação, os acionistas do Sovereign vão receber 0,2924 de ADRs do Santander, para cada ação do Sovereign. Tomando como base o preço com que os papéis fecharam sexta-feira, na Bolsa de Nova York, o acordo avalia o Sovereign em US$ 3,81 por ação. O Santander informou que o acordo vai expandir seu alcance geográfico e aumentar o lucro da instituição no futuro. O lucro líquido projetado para o Sovereign em 2011 é de US$ 750 milhões. O Santander encontra-se em um boa posição diante da crise financeira internacional, em parte por conta de sua exposição mínima ao mercado norte-americano de hipotecas. Por conta dessa posição, o Santander tem tentado tirar vantagem do atual momento de incertezas. Nas últimas semanas, o banco também examinou o Washington Mutual e o Wachovia. (Reuters, de Nova York)

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AGRONEGÓCIOS


Crise facilita negociação com fornecedores americanos
A crise americana que se instalou nos EUA no último mês, abre uma porta de negociação com fornecedores americanos. Com o consumo interno prevendo uma estagnação por um período ainda desconhecido, a necessidade de exportação para os americanos pode se tornar essencial para sua sobrevivência. E é disso que os brasileiros devem se aproveitar. “Como as nossas indústrias continuam aquecidas, esse pode ser um bom momento para negociações”, aposta economista e professor Jackson Bittencourt.
Para incrementar as exportações pelo mundo, os EUA estão melhorando os incentivos fiscais. No início do mês, em meio à crise já instalada, o Senado americano aprovou por unanimidade, a renovação do SGP - Sistema Geral de Preferência - por mais um ano. O mecanismo concede isenção tarifária a 4.650 produtos provenientes de 131 países em desenvolvimento, entre elas, o setor madeireiro.Assim, os empresários brasileiros que importarem madeira dura americana, em regime de drawback, sem pagar impostos de importação no Brasil, poderão, ainda, beneficiar-se do SGP nos EUA, ao re-exportarem produtos manufaturados com essa matéria-prima, como móveis, pisos e portas, para o mercado norte-americano. “Nesse momento é interessante jogar com essas possibilidades para fazer algumas negociações”, acredita Jackson. Segundo ele, apesar das oscilações do dólar, o Banco Central está intervindo duro, e não deverá deixar que a moeda americana supervalorize. “O Banco Central não vai permitir que o dólar ultrapasse os R$ 2,30” acredita. Além desse benefício, os madeireiros norte-americanos, estão investindo na divulgação. Através do AHEC - American Hardwood Export Council - ou Conselho Estadunidense de Exportação de Madeiras de Lei, os empresários fornecem informações e apoio a qualquer um, pelo mundo afora, que esteja interessado em comprar e utilizar madeira dura norte-americana. As madeiras duras são também chamadas de madeira de lei, ou ainda de "hardwood", nos EUA. Elas são 100% certificadas. O AHEC é a associação líder em comércio internacional para a indústria de madeira dura norte-americana. Para representar o AHEC, há escritórios na América do Sul, Ásia e Europa, além da sede, em Washington DC, EUA. O programa do AHEC para auxiliar os compradores a entenderem melhor sobre madeiras duras norte-americanas e a indústria nos EUA, inclui seminários técnicos, exposições, viagens de estudos e conferências ao redor do mundo.

Feijão da região Sul vai abastecer metade do país
A região Sul vai produzir mais da metade do feijão consumido no Brasil entre janeiro e março de 2009, indica a primeira estimativa da safra 2008/09 divulgada, nessa semana, pela Conab. A colheita no PR, SC e RS deverá crescer entre 14,1% e 18,6% e atingir de 719,9 a 748,9 mil toneladas do grão. No país, a produção da primeira safra da leguminosa ficará entre 1,39 e 1,43 milhão de t. Segundo o analista da Conab, João Ruas, os bons preços obtidos no mercado e o reajuste de 65,2% no preço mínimo, são os principais responsáveis pela expansão. “O feijão é o grão com melhor rentabilidade atualmente. Se na safra passada ele perdeu um pouco de área para o milho no Sul, dessa vez os agricultores da região voltaram a apostar no produto”. Com um ciclo curto de vida, o feijão é plantado três vezes a cada ano-safra. Depois de semear, o agricultor espera cerca de três meses para realizar a colheita. Nesse primeiro período, conhecido como safra das águas, a semeadura vai de agosto a dezembro, e a colheita pode seguir até março, dependendo da região. O Paraná é o maior produtor nacional dessa primeira safra, com um terço da colheita. "O cenário favorável vai permitir aos paranaenses, plantar entre 65,9 e 51,9 mil hectares a mais que os 286,4 mil da safra passada", projeta. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina também haverá crescimento, permitindo a que a área cultivada, cresça entre 14,4% e 18,8%, em todo o Sul.

Produtividade da agropecuária brasileira é um indício da força do setor
O superintendente técnico da CNA - Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil -, Anaximandro Doudement, apresentou números positivos do agronegócio brasileiro na sua palestra durante o seminário “Comunicando sobre o Agronegócio”, realizado pela FAMASUL - Federação de Agricultura e Pecuária de MS -, no auditório da entidade, no sábado, 11/10. O agronegócio representa 24% do PIB nacional, e 36% do total exportado pelo País. Em geração de empregos, o setor também é representativo: 37% das vagas no mercado de trabalho brasileiras estão ligadas ao campo. A produtividade da carne de frango cresceu 130% entre 1997 e 2007, seguida das carnes suína, com 96% de crescimento, e bovina, 58% de aumento. No período de 1990 a 2008, a produtividade do cultivo de grãos avançou 108%. A tormenta que a economia mundial atravessa, que começou com a “implosão” do mercado de hipotecas nos EUA, e acabou por levar à falência bancos centenários daquele país, não assusta Doudement. O superintendente acredita que a crise financeira norte-americana pode atingir o Brasil de forma tímida. “Deve haver uma estagnação ou redução muito pequena”, disse, referindo-se à variação da safra do próximo ano. O seminário “Comunicando sobre o Agronegócio” foi promovido pela FAMASUL, Senar/MS - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural -, Sebrae, OCB/MS - Organização das Cooperativas Brasileiras de MS - e Banco do Brasil.


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MATÉRIA ESPECIAL


Resultados ruins e menos IPOs: os impactos iniciais da crise na TI
Dois dos maiores impactos da crise financeira nos EUA na indústria de TI estão na diminuição dos ganhos dos fornecedores do setor, e na redução de empresas abrindo capital
. A gigante de software SAP disse que a preocupação com o mercado de ações culminou em uma "queda muito rápida e inesperada nos negócios," o que resultou em ganhos menores do que o esperado pela empresa alemã. Já a empresa de CRM RightNow falou que perdeu dinheiro nas suas despesas operacionais por que os clientes estão levando mais tempo para pagar as suas contas.
Os IPOs são menos freqüentes do que em 30 anos. Isso é péssimo para a tecnologia, tipicamente o setor que faz mais IPOs do que qualquer outro. Como se não bastasse, clientes devem gastar menos com novos produtos em uma economia fraca. A pergunta é quanto tempo a instabilidade vai continuar. "Não está claro se esse é o fundo do poço. Quanto mais piorar, mais tempo vai levar a recuperação," disse Charles King, analista da Pund-IT. Alguns analistas financeiros diminuíram as previsões de ganhos para companhias como IBM, HP, Dell, Sun e EMC.
A IBM, que antecipou a divulgação de resultados, relatou uma alta de 20% na receita do terceiro trimestre, e garantiu que a previsão de lucro segue inalterada. O setor de storage está indo relativamente bem nesse período. É difícil evitar comprar storage quando não pára de crescer a quantidade de dados para ser armazenados, apontou King. A virtualização também deve seguir forte por reduzir custos dos clientes, acrescentou. Mas, para ele, empresas como a SAP e Sun devem continuar a sofrer, porque têm muitos clientes no setor financeiro – o foco da atual crise nos EUA. “Há muita incerteza no setor financeiro. Acredito que as compras vão diminuir dramaticamente”, disse.
A SAP anunciou que seus ganhos no terceiro trimestre, ainda que maiores do que os do mesmo período do ano passado, ficarão em 2,6 bilhões de dólares, menos do que o estimado inicialmente. A notícia derrubou as ações da SAP em 15%. "Nós tivemos um bom desempenho durante todo o quartil. A predicabilidade desapareceu quando a crise financeira se acelerou dramaticamente, tendo um forte impacto na nossa capacidade de fechar novos contratos. Diversos clientes deixaram clara a necessidade de se focar em preocupações mais de curto prazo, e colocaram os investimentos de TI em espera, por enquanto", disse o co-CEO Henning Kagermann.
A SAP não é a única com esse problema. Para David Mitchell, da Ovum, várias empresas de TI tiveram "contratos cancelados ou rejeitados [nas duas últimas semanas de setembro] por conta do atual clima do mercado”. A Ovum afirma que as empresas devem tentar sobreviver à tempestade econômica diversificando os produtos e serviços, além de buscar outras regiões como Europa, Oriente Médio e Ásia-Pacífico. A maior rival da SAP, a Oracle, aparentemente está indo bem, aponta relatório do Goldman Sachs.
A Oracle está se beneficiando de um "fluxo de receita perene e de alta margem, de uma capacidade acima da média de vender seus próprios produtos para os mesmos clientes, de banco de dados para middleware e aplicações," define o Goldman Sachs no relatório. Resta saber se, com as condições macroeconômicas cada vez mais degradadas, a resistência da empresa vai continuar por muito tempo.
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LOGÍSTICA & Infraestrutura


Relatório setorial da Coppead já está disponível
O Instituto ILOS recomenda o relatório de pesquisa "Práticas e Tendências em Compras 2008", que faz parte da coleção "Panorama Logístico - COPPEAD/UFRJ". O relatório é um dos mais completos do país, sendo extremamente importante para os executivos de Compras, Suprimentos, Supply Chain, Logística e áreas afins. Os resultados permitem que sejam realizados benchmarkings e auxiliam em decisões estratégicas e operacionais das empresas. Dentre as informações disponíveis nesse relatório, destacam-se: Uso de Tecnologia em Compras (ex: leilão eletrônico); Práticas de Gestão adotadas (ex: Strategic Sourcing); Organização da Área (ex: compras centralizadas, versus descentralizadas); Gestão dos fornecedores (ex: uso de contrato, critérios de seleção); Indicadores de Desempenho dos Fornecedores (ex: entregas no prazo); Performance da Área (ex: redução de preços, alcance de metas, custo operacional da área). Um exemplo de resultado indica o percentual de atrasos de entrega dos fornecedores em diferentes setores:

-Açúcar e Álcool: 17,5%; - Alimentos e Bebidas: 18,7%; - Automotivo: 7,2%; - Autopeças: 9,8%; - Eletrônico e Equipamentos: 16,5%; - Higiene, Cosmético e Farmacêutico: 18,8%; - Material de Construção: 31,4%; - Papel e Celulose: 14,0%; - Químico e Petroquímico: 17,8%; - Siderurgia e Metalurgia: 17,3%; - Têxtil e Calçados: 9,6%

Outros indicadores de desempenho importantes estão detalhados no relatório, que é resultado de uma pesquisa realizada com 105 executivos de Compras e Suprimentos de grandes empresas brasileiras, que informaram ao COPPEAD/UFRJ sobre a forma de operação de suas áreas. O Panorama, com 270 páginas, pode ser adquirido através do COPPEAD/UFRJ, através da Equipe de Inteligência de Mercado do ILOS - Instituto de Logística e Supply Chain (www.ilos.com.br) ou pelo telefone +55 21 2132.8566.
Final de ano deve ampliar postos de trabalho no setor de transportes
Apesar da instabilidade do mercado nos últimos meses, o setor de transportes de cargas está vivendo um bom momento, especialmente em função da proximidade com o final de ano, abrindo a possibilidade de contratação de novos funcionários, fixos e temporários. A afirmação partiu do diretor administrativo-financeiro da transportadora Vitória Provedora Logística, Marcus Vinícius Couto da Silva, durante a divulgação do balanço dos últimos meses de atuação do grupo.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, a empresa gaúcha registrou um crescimento de 58,73% em seu faturamento nos meses de julho, agosto e setembro, e uma ampliação de 84,18% no volume de cargas transportadas. Para atender a demanda foi necessário adquirir mais seis caminhões novos, o que também permitiu um acréscimo de 10% na contratação de mão de obra especializada. A Vitória Provedora Logística é representante exclusiva da mineira Patrus Transportes Urgentes, no RS. “Por ser uma empresa que possui vasta experiência nesse mercado, altamente capacitada, nossa parceria com a Patrus, aliada a chegada do final de ano, está movimentando nossos depósitos. O crescimento era esperado, mas as expectativas iniciais estão sendo superadas. Acredito que teremos que abrir novas vagas, especialmente temporárias, algo entre 08 a 11% até dezembro”, projeta Silva. A Vitória Provedora Logística tem matriz em Porto Alegre e filiais em Caxias do Sul e Santo Antônio da Patrulha.

Santos Offshore 2008 calcula R$ 200 milhões em negócios
Além de movimentar investimentos em infra-estrutura, projetos de produção, partilha de royalties, formação de profissionais e geração de renda e empregos, as novas descobertas de campos de pré-sal na Bacia de Santos devem impulsionar ainda mais a 2ª edição da “Santos Offshore BS 2008 – Petro & Gás Internacional Fair”, maior evento de Petróleo e Gás do Estado de São Paulo. Dirigida também às áreas de Petroquímica, Química, Siderurgia e Meio Ambiente, a feira concretiza o ritmo acelerado desse segmento, criando efetivas oportunidades de novos negócios aos seus expositores e visitantes. Com realização da AGS3 – Promoções e Eventos, a “Santos Offshore 2008” ocorre de 21 a 24 de outubro, no Mendes Convention Center, e será uma vitrine dos lançamentos de máquinas, equipamentos e outros insumos utilizados pela indústria do petróleo e gás para os próximos anos, fomentando um mercado extremamente promissor no Brasil, sobretudo no estado paulista. Reunindo mais de 200 empresas, entre nacionais e internacionais, estima-se que a feira registre o início de R$ 200 milhões em negócios, gere aproximadamente 2 mil empregos diretos e indiretos, e receba cerca de 15 mil visitantes. No ano passado, o evento gerou mais de mil empregos diretos e indiretos e um montante próximo a R$ 1,7 milhões em negócios na baixada santista.

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MERCADO DE TI & Telecomunicações


Instituto corta previsão de gastos com tecnologia para 2009
O Gartner, maior instituto de pesquisas de tecnologia do mundo, cortou a previsão para os gastos globais com tecnologia para o próximo ano, prevendo uma queda em gastos na Europa Ocidental e uma pequena alta nos EUA. A companhia, cujas previsões são acompanhadas de perto por investidores, informou que gastos com TI - tecnologia da informação - poderão aumentar somente 2,3% em 2009, com as empresas cortando gastos com a expansão da crise econômica. A Gartner previa anteriormente um crescimento de 5,8% em gastos com tecnologia no próximo ano. A Gartner agora espera que os gastos com TI caiam para 0,8% na Europa Ocidental. A empresa previa anteriormente, o crescimento dos gastos em 2,8% para a região. Na América do Norte, a previsão é de que os gastos irão crescer 0,5%, um forte declínio ante sua previsão de crescimento anterior de 5,3%. A empresa prevê um crescimento de 8,3% na região da Ásia-Pacífico, contra uma previsão anterior de crescimento de 11%. A lista de clientes da Gartner inclui virtualmente todas as maiores corporações do mundo, que são aconselhadas na hora de tomada de decisões sobre aquisições de TI. A companhia também presta consultoria a empresas de tecnologia, aconselhando-as no desenvolvimento de produtos e estratégias de mercado. (Reuters, de Boston)

Micron entra na joint venture Inotera por US$ 400 milhões
A Micron anunciou que vai comprar a parte da Qimonda na joint venture de manufatura de DRAM, por 400 milhões de dólares em dinheiro. Após a compra de 400 milhões de dólares, a Micron vai receber os 35,6% de participação da Qimonda na joint venture Inotera. A parceria foi criada com a fabricante de Taiwan Nanya Technology para produzir DDR2 de 1GB e DDR3 DRAM. Mesmo anunciando a negociação, as empresas não disseram quando esperam que o acordo seja concluído. Só foi revelado que a Qimonda vai receber dois pagamentos de 200 milhões de dólares, o segundo quando receber a aprovação final dos órgãos reguladores. Em análise sobre a queda no valor das DRAM, o analista do UBS, Uche Orji, já tinha falado sobre a Mícron comprando a participação da Qimonda
. A Inotera tem a capacidade de 120 mil wafers de 300 mm por mês nas suas duas fábricas em Taiwan. Recentemente, a Micron anunciou que vai cortar 2850 funcionários nos próximos dois anos, ou 15% da sua força de trabalho, por conta dos baixos preços de memória DRAM. (IDG News Service, da China)

Larry Ellison: Oracle vai crescer mesmo com a crise mundial
Em Keynote no encontro anual com acionistas da Oracle, ontem pela manhã, Larry Ellison enumerou vários motivos que, segundo ele, explicam a sua confiança de que a empresa que fundou não vai sofrer com a crise financeira. A primeira razão está que, em uma economia fraca, a Oracle vai ter mais facilidade de crescer via aquisições - uma das estratégias tradicionais de crescimento da empresa - seriam mais baratas, disse Ellison. Ele falou que a queda no preço das ações da Oracle, também é positivo. "Nós não gostamos de ver as ações caindo, mas nós compramos as nossas ações nesse valor. Estamos encarando como uma oportunidade." Ellison minimizou a importância da conquista de novas licenças, fator que é normalmente apontado como fundamental para saúde financeira de empresa de software. Boa parte da receita da Oracle - quase metade - é oriunda da renovação anual de licenças dos atuais clientes e a porcentagem não pára de crescer, defende Ellison. "A parte mais importante do nosso negócio, a mais lucrativa, é a base instalada que renova [as licenças] todo ano. É muito lucrativa e o motor de lucro para essa empresa. Esse é o número que devemos analisar".
Salário do CEO
No mesmo encontro foi discutido também os pacotes de ganhos para os altos executivos da Oracle. Com incentivos e ações, Ellison teria feito mais de 83 milhões de dólares no ano fiscal de 2008, segundo estimativa da consultoria Proxy Governance. Foi recusada a proposta do grupo Marianist Province dos EUA, uma ordem religiosa com ações da companhia, que propunha o direito aos acionistas de vetarem o pagamento aos altos executivos. Dick Olsen, representante da ordem, defendeu a medida dizendo que "é uma reforma justa que precisamos muito," acrescentando que permitiria aos acionistas "ver se os pagamentos aos altos executivos são razoáveis.” Na sessão de perguntas e respostas, Jeffrey Berg, chairman do comitê de compensação da Oracle, afirmou que a empresa "tem um acordo extremamente razoável com Larry." Ellison é um dos grandes responsáveis pelo crescimento da Oracle, sendo o principal arquiteto da estratégia agressiva de aquisições, defendeu Berg. O pagamento a altos executivos de TI está passando por crescente escrutínio dos acionistas, por conta da economia fraca.
Dúvidas sobre o cloud
Apesar de confiante no negócio principal da Oracle, Ellison deixou claro que não espera muito faturamento de cloud computing. Ellison desdenhou o conceito, dizendo que ele foi the concept as a fad whipped up by an overzealous tech media. "Acho absurdo imaginar que o cloud computing vai dominar o mundo. Mas como eles ficaram muito interessados nisso, tornou-se uma gigantesca câmera de eco," disse. (IDG News Service, dos EUA)

IntraFlow é Solution Partner Artech
A IntraFlow Tecnologia recebeu certificação da Artech como Solution Partner Silver, distinção fornecida pela distribuidora para empresas selecionadas de acordo com suas soluções. A IntraFlow, especialista gaúcha em desenvolvimento GeneXus foi escolhida pela qualidade de seu produto e compromisso com a Artech, devido a ampliação da utilização e divulgação dos produtos da família GeneXus, comercializados pela Artech no Brasil."Com a conquista, a IntraFlow fortalece a relação com a Artech, abrindo um canal de comunicação direto de nossa empresa com a Artech, aportando muito mais tecnologia no programa Partner, " enfatiza o diretor Alexandre Mota. Para ser Solution Partner Silver, a empresa teve que preencher os requisitos de quantidades de soluções próprias desenvolvidas em GeneXus, número de profissionais envolvidos, e como principal diferencial, a competitividade do produto em relação a todas aplicações produzidas com soluções da Artech, item que a IntraFlow preencheu com louvor: "Não somente atendemos aos requisitos como teremos nosso software comercializado para toda a rede de parceiros da Artech" conta Mota. O processo de seleção, criterioso, escolheu a IntraFlow por sua capacitação técnica e qualidade do produto Intraflow BPMS 2.0, software em nova versão, já distribuído pela empresa em todo o País, em especial no segmento industrial. A solução é o instrumento versátil e econômico que relaciona pessoas, processos e tecnologia. Permite automatizar os sistemas de negócios a partir do desenho dos fluxos de atividades sem precisar conhecer a semântica da programação. "Um dos fatores que contou muito a nosso favor é que o IntraFlow BMPS 2.0, acelera para até quatro meses o tempo de fechamento dos negócios. É o grande diferencial, comparado ao longo processo de compra que pode durar, até dois anos, dos demais modelos existentes no mercado" finaliza Alexandre Mota.

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ANÁLISE SETORIAL


Economistas prevêem alta da inflação e do dólar
Economistas ouvidos pelo Banco Central na pesquisa semanal Focus aumentaram suas previsões para a inflação e para o dólar nesse ano. A previsão para o dólar no final do ano subiu de R$ 1,80 na semana passada para R$ 1,85. Há quatro semanas, estava em R$ 1,65. Para dezembro de 2009, a estimativa passou de R$ 1,82 para R$ 1,85. Em relação à inflação, a expectativa para o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo -, que serve como meta para o BC, passou de 6,14% para 6,20%. A previsão de inflação vinha caindo há cerca de três meses seguidos. A estimativa para a inflação para os próximos 12 meses passou de 5,15% para 5,13%. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta). Para o próximo ano, a taxa prevista recuou pela quinta semana, de 4,85% para 4,80%. A queda da inflação em 2009 para o centro da meta de 4,5% é um dos principais motivos que tem levado o BC a aumentar os juros nesse ano.
Juros
Em relação à taxa básica de juros, os economistas ainda prevêem uma alta da Selic dos atuais 13,75% para 14,25%, na reunião do Copom - Comitê de Política Monetária do BC - no fim de outubro e, para 14,75%, em dezembro (o Copom se reúne a cada 45 dias aproximadamente). A previsão para a taxa básica no final do próximo ano ficou em 13,50% ao ano. A expectativa para o crescimento do PIB - Produto Interno Bruto – (soma das riquezas produzidas) em 2008 subiu de 5,20% para 5,23%. Para 2009, ficou em 3,50%.
Outros indicadores
A estimativa para o saldo da balança comercial em 2008 subiu de US$ 23,70 bilhões para US$ 23,88 bilhões. Para 2009, caiu de US$ 12,70 bilhões para US$ 12 bilhões. A expectativa para o déficit em conta corrente, nesse ano, ficou em US$ 29 bilhões. Para 2009, caiu de US$ 34 bilhões para US$ 33,1 bilhões. Foi mantida a expectativa de investimentos estrangeiros diretos de US$ 35 bilhões em 2008 e US$ 30 bilhões em 2009. A previsão para a relação dívida/PIB nesse ano ficou em 40,50%. Para 2009, caiu de 39% para 38,98%.

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MERCADO DE LUXO


Curso de moda custa R$ 53 mil em intercâmbio de luxo
Uma garrafa de água de 750 ml por US$ 100 (R$ 218); um sundae de chocolate custando US$ 25 mil (R$ 54,5 mil); um casaco por 760 mil euros (R$ 2,2 milhões); ou uma especialização em moda por 18 mil euros (R$ 53 mil) por um ano. Talvez você ache tudo muito caro, mas esses são alguns itens que fazem parte de um setor que cresce cada vez mais, o mercado de luxo.
O mercado de luxo que engloba roupas, perfumes, jóias, cosméticos e acessórios, agora conquista o segmento do Turismo Educacional, com cursos no exterior, especiais e diferenciados, em várias áreas. "Existe uma diversificação de produtos posicionados para o mercado de luxo. De cozinhas mobiliadas a alta costura, de alimentos a cursos no exterior, o crescimento está na amplitude de produtos focados e de sua variedade", explica Rafael Villas Bôas, diretor de marketing e vendas da Intercâmbio Global.
No Instituto Marangoni, por exemplo, quem quer cursar design de moda, por um ano, deve desembolsar algo entre 18 mil euros (se optar por fazer o curso em Milão ou Paris). Em Londres, outro campus da instituição, o investimento é de 12,8 mil libras (R$ 48 mil). O Instituto também oferece pacotes master, para Milão e Londres, por 19.800 euros (R$ 58,9 mil). O diferencial de preço é que, na cidade italiana, o curso é traduzido para o inglês.
Para quem gosta de cozinhar e quer aprimorar as técnicas gastronômicas, uma boa pedida é a escola Le Cordon Bleu. Com campus em Paris, Londres, Ottawa, Seoul, Kobe, Tokyo e Sidney, os valores variam de acordo com o curso e a cidade escolhida.
Se achar que Paris é a melhor referência em gastronomia, esteja preparado para o salgado investimento de 8.250 mil euros (R$ 24,5 mil), com matrícula incluída, para ter uma introdução da culinária francesa. Em Sidney, o mesmo curso sai pelo preço de AUD 7,6 mil (R$ 11,45 mil), sem matrícula, por dois meses. "Quem está disposto a fazer esse investimento deve ficar atento em escolher cursos nas áreas abrangentes do mercado do luxo, como moda, design de jóias, e cursos nas chamadas Escolas Boutiques, escolas de grife cujo diploma tem altíssimo valor agregado para as áreas que habilitam e formam profissionais", esclarece Villas Bôas.
E se você pensa que os cursos de idiomas passam batido nesse setor, está enganado. Na Califórnia existem escolas que conciliam aulas de teatro, dança, tênis, golfe e surf com o tradicional curso de inglês. Os programas são para jovens a partir de 12 anos, com duração de duas e três semanas, e custos que variam entre US$ 2.595 (R$ 5,66 mil) e US$ 3.095 (R$ 6,75 mil), sem matrícula.
O diretor da Intercâmbio Global lembra que todos podem transformar seu curso em uma experiência de luxo dando 'up grades' em seus pacotes, como voar em primeira classe ou hospedarem-se em hotéis cinco estrelas, por exemplo. Foi o caso do estudante de administração Fellipe da Fonseca Cruz (19 anos) que em 2006, investiu R$ 7 mil em um curso básico de inglês, com duração de 40 dias em acomodações do tipo homestay (casa de família) no Canadá. Na época o dólar canadense oscilava na casa dos R$ 2,00, tornando a viagem viável. "O único imprevisto aconteceu quando eu já estava no exterior, pois o custo de vida da região era muito caro", lembra.
Durante o tempo em que esteve no Canadá, o estudante aproveitou para conhecer Quebec, Toronto e Montreal. Ele conta que nesses passeios privilegiou o conforto, hospedando-se em um hotel de quatro estrelas. "Como estaria numa região em que o francês era mais forte, preferi algo mais cômodo para não ter preocupações com a língua. A diária do hotel custava US$ 350 (R$ 763) e incluía o café da manhã, as outras refeições eram mais simples", conta o estudante.
Agora, Fellipe se prepara para ir a Europa fazer um curso na França e na Alemanha. O investimento no curso supera a faixa dos 5 mil euros (R$ 14.860), e inclui cursos e palestras com renomados Professores Doutores de universidades européias, além de visitas em empresas, instituições financeiras e órgãos governamentais nas cidades de Frankfurt, Strasbourg, Stuttgart e Paris. "Nessa viagem espero conhecer a posição do mercado europeu, seus pacotes econômicos e sua projeção global para 2020 e ganhar mais um destaque no currículo", completa.
Consumidores do mercado de luxo
De acordo com a pesquisa Mercado de Luxo no Brasil 2007/2008, realizada pela GfK Indicator e a MFC Consultoria e Conhecimento, a idade média dos consumidores oscila na casa dos 36 anos, sendo que a maior concentração desse público, está em São Paulo, com 62%, e 61% gasta consigo mesmo. A motivação para os gastos, segundo 41% dos entrevistados, está na qualidade dos produtos oferecidos. Em 2007, o mercado de luxo movimentou 170 bilhões no mundo, dos quais 38% na Europa e 33% na América do Norte. Para esse ano, a expectativa de crescimento global é de 6,5% nas cifras globais, mas com taxas de crescimento menores nos mercados maduros dos EUA, Europa e Japão. No Brasil, de acordo com dados apresentados durante a Atualuxo 2008, em cinco anos o mercado de artigos de luxo deve aumentar 35%, seguido pela China, com 30%. Apesar da maior taxa de crescimento prevista, o Brasil respondeu, em 2007, por apenas 0,8% (R$ 1,3 bilhão) do mercado de luxo global.

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