I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 079 | Ano I

Brasil pede para OMC examinar falta de crédito para exportadores

O Brasil decidiu acionar a OMC - Organização Mundial do Comércio - para examinar o impacto da crise financeira internacional e buscar alternativas à atual retração de financiamento para os exportadores. A iniciativa brasileira é sem precedentes e ocorre em meio à constatação de que os grandes bancos internacionais enxugaram o crédito de curto prazo para as exportações, apesar de os países em desenvolvimento estarem entre os melhores pagadores. Em documento submetido aos outros 151 países membros da OMC, o país sugere que a entidade inicie contatos inclusive com os bancos privados, a fim de avaliar o "real impacto do aperto de crédito sobre o financiamento ao comércio e ver alternativas para mitigar o problema".Também pela primeira vez, o Brasil se posiciona publicamente contra a total implementação do Acordo de Basiléia 2, pelo qual os bancos terão de manter mais capital em proporção do risco dos ativos. Para o Brasil, essas regras são positivas. Só que, no atual aperto global de crédito, podem ter efeitos ainda mais negativos no fluxo do comércio global, em vez de aumentar a estabilidade do sistema financeiro. "Essa crise financeira é provocada pelos países industrializados, mas tem impacto nos países em desenvolvimento, em particular no comércio e essa discussão precisa ser feita", afirmou o embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo. No documento enviado ontem, aos outros países, o Brasil observa que, com a instabilidade dos mercados financeiros desde agosto de 2007, o sistema multilateral de comércio tem atuado como um "absorvedor de choques", com regulamentações vagas ou insuficientes em particular nos sistemas financeiro e monetário "afetando inequivocamente o comércio". O Brasil procura chamar a atenção para uma situação paradoxal, já que um estudo da própria OMC mostra que o financiamento ao comércio, é um dos modos mais seguros de crédito devido à sua curta maturidade e existência de garantia física (os produtos), por exemplo. Só que, com o aperto de crédito global, houve uma "retirada do fornecimento de crédito (de curto prazo) pelos grandes bancos internacionais". Segundo fontes, as instituições preferem emprestar, quando o fazem, para o longo prazo, com rendimento aparentemente mais garantido. O Brasil reclama que exportadores de países em desenvolvimento que buscam financiamento para exportação, se encontram "na estranha situação" de estarem entre os que têm melhor capacidade creditícia, e, portanto menos riscos, mas "incapazes" de ter acesso a crédito num cenário com percepção de alto risco. Isso provoca exigências "mais severas" por parte dos bancos ou simplesmente, a resposta de que os "fundos não são mais disponíveis".O Brasil quer que a OMC examine a crise de aperto de crédito na sua próxima reunião do Grupo de Trabalho sobre comércio, Dívida e Finanças, que foi criado há anos para reforçar a coerência entre comércio internacional e finanças, e salvaguardar o sistema comercial de efeitos de instabilidade financeira e monetária. A delegação brasileira pede também, para a entidade examinar a dimensão do "novo ciclo de endividamento" de países em desenvolvimento, especialmente de importadores líquidos de alimentos e de petróleo. Para o Brasil, a OMC precisa estudar como isso terá impacto no comércio regional e global. Até agora, o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, tem usado a crise financeira para insistir na importância de conclusão da Rodada Doha, como uma "apólice de segurança da economia global" e para continuar a ter o papel de "absorvedor de choques".


País já injetou R$ 75 bi na economia para amenizar crise
O governo brasileiro já injetou pelo menos R$ 75,28 bilhões na economia para amenizar os efeitos da crise internacional no País. Esse é o valor das medidas anunciadas nas últimas duas semanas cujo valor é conhecido. Essa quantia tende a ser bem maior, pois iniciativas do governo cujo total não está estimado, como é o caso da MP - medida provisória -, que deu ao BC - Banco Central - poderes para comprar carteiras de crédito de bancos em dificuldades. A conta do pacote deverá ficar maior também porque há outras medidas em estudo, para serem baixadas, caso necessário. A parte que pode ser contada inclui medidas como o reforço de R$ 15 bilhões, feito pelo Tesouro Nacional, do caixa do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -, os leilões de câmbio realizados pelo BC e o reforço de R$ 10 bilhões do Fundo da Marinha Mercante, anunciado ontem, pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. No caso da Agricultura, foram contabilizados os R$ 5 bilhões em
reforços, já anunciados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Porém, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, quer dobrar essa quantia. As medidas de maior volume financeiro baixadas até agora, são as que liberaram recursos dos depósitos que as instituições financeiras têm de fazer no Banco Central ao fim de cada dia, chamados de compulsórios. Ao reduzir essas obrigações, o governo procurou aumentar a quantidade de dinheiro em circulação no sistema financeiro, compensando em parte, o "sumiço" do fluxo de dinheiro do exterior. Há duas semanas, o BC aumentou de R$ 100 milhões para R$ 300 milhões o limite de isenção, a partir do qual, os bancos têm de recolher uma parcela adicional de compulsório. Com isso, injetou imediatamente R$ 5,2 bilhões na economia. Na semana passada, foi reduzido em até 40% o volume de compulsórios a serem feitos por bancos que adquirirem carteiras de empréstimo de outras instituições financeiras. Nesse caso, a injeção de dinheiro pode chegar a R$ 23,4 bilhões. Também foi adiado o prazo de aumento do compulsório sobre os depósitos das empresas de leasing (arrendamento mercantil) nos bancos, o que deixou cerca de R$ 8 bilhões a mais liberados na economia. Na segunda-feira, dia 6/10, o governo anunciou que o próprio Banco Central poderá comprar carteiras de bancos em dificuldades. Na realidade, os bancos terão acesso a empréstimos de uma linha chamada redesconto, e entregarão suas carteiras como garantia - o que é, no limite, uma compra. Além de ajudar bancos em dificuldade, um dos focos de preocupação do governo essa semana, foi socorrer os exportadores, que enfrentam problemas em obter empréstimos em dólares para sua produção. Foi por causa deles que o governo anunciou, ontem, que poderá utilizar parte das reservas internacionais para emprestar aos bancos. Não se sabe quanto será gasto. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, procurou mostrar que os recursos disponíveis ontem, são mais do que suficientes para atender à demanda dos exportadores. Ele afirmou que os US$ 208 bilhões em reservas internacionais, somados aos cerca de R$ 250 bilhões em depósitos compulsórios, e cerca de US$ 20 bilhões em contratos futuros de dólar, são "várias e várias vezes superiores ao potencial máximo de necessidade desse tipo de financiamento." O governo vai emprestar o dinheiro das reservas de pelo menos três formas. Numa delas, vai liberar dólares para bancos que estejam no exterior e decidam financiar exportadoras brasileiras. A outra forma são empréstimos a bancos, dentro ou fora do Brasil, que possuam ativos em moeda estrangeira para dar como garantia. A terceira frente é a venda direta de dólares no mercado brasileiro, que já vem ocorrendo. Por fim, o BC também retomou a venda de contratos de swap (troca) cambial, instrumento que equivale à oferta indireta de dólares. A opção é usada para a proteção contra a variação do câmbio para quem tem dívidas no exterior, como os importadores. Nessa operação, os compradores recebem do BC toda a oscilação da moeda estrangeira em um período estabelecido.


Governo descarta mudança no plano de financiamento da dívida pública
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, descartou qualquer mudança no Plano Anual de Financiamento (emissão de títulos pelo Tesouro para financiar a dívida pública durante um ano), diante da crise financeira internacional. Ontem, 7/10, o Tesouro suspendeu o leilão de venda de Notas do Tesouro Nacional série B, títulos corrigidos pela inflação, para aguardar condições adequadas. "Estamos trabalhando com o Plano Anual de Financiamento conforme já divulgado. Estamos dentro da meta e vamos continuar com a mesma política“. Sobre a suspensão do leilão de ontem, ele disse que eventualmente, “em dias de volatilidade”, o Tesouro vai adotar essa postura. “Nós não fazemos leilão. Não é a primeira vez que isso ocorre. Em dias de volatilidade alta se opta por aguardar o mercado ter um momento de maior tranqüilidade”. Ele comentou o agravamento do cenário externo com a crise financeira dos EUA, e disse que há preocupação do governo, mas a equipe econômica está atenta a isso. Augustin enfatizou que o país está reagindo a cada momento da crise e de forma adequada. “Vamos continuar com essa política. Evidentemente que a deterioração traz conseqüências, mas continuamos a avaliar que os fundamentos do Brasil e, a ação rápida que tem sido realizada vai evitar danos maiores ao país”. Arno Augustin apresenta o resultado do Tesouro na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. A reunião é fechada e se realiza mensalmente. (Agência Brasil)

G-20 financeiro vai debater a crise, confirma Fazenda

O Ministério da Fazenda confirmou, em nota à imprensa, a realização da reunião do G-20 financeiro para sábado, na sede do FMI - Fundo Monetário Internacional -, em Washington. O tema da reunião será a crise financeira mundial. A informação foi antecipada pela Agência Estado. O G-20 é composto pelos ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais de 20 grandes economias do mundo. Fazem parte os seguintes países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Turquia, Reino Unido e EUA, além da União Européia. A presidência é anual e rotativa entre os membros. A reunião foi convocada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que está no exercício da presidência do grupo. "No exercício da presidência do G-20 financeiro - grupo formado pelas vinte maiores economias
avançadas e emergentes do mundo -, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, decidiu convocar
reunião extraordinária dos ministérios de Fazenda, presidentes de bancos centrais e integrantes do bloco. O objetivo é discutir os aspectos da crise financeira mundial e seu impacto na economia global", diz a nota.


Balança comercial: resultado em 12 meses chega a US$ 70,9 bilhões

As exportações brasileiras do agronegócio registraram duas marcas históricas para o mês de setembro: tanto o valor geral das exportações, US$ 6,8 bilhões, como o superávit de US$ 5,7 bilhões foram recordes no período. As vendas externas do agronegócio brasileiro foram 38,5% superiores as do mesmo mês no ano passado. Em 12 meses (out/2007 a set/2008), as exportações acumularam a marca histórica de US$ 70,9 bilhões. De janeiro a setembro desse ano, o agronegócio brasileiro exportou 29,2% mais que nos primeiros nove meses de 2007, alcançando a cifra de US$ 55,3 bilhões.
Produtos lácteos - Entre os setores que contribuíram para o desempenho das exportações, vale
destacar os produtos lácteos, que registraram crescimento de 297,7%, em relação às vendas externas de igual período do ano anterior. Os lácteos subiram do 5º lugar, em agosto, para o 3º da tabela dos produtos de origem animal, mais exportados. O complexo soja apresentou incremento de 67,6%, as carnes (66,7%), o complexo sucroalcooleiro (34,5%), café (59,9%), fumo e seus sub-produtos (60,4%) e produtos florestais (14,9%), sempre em relação a setembro do ano passado.
Soja - As exportações do complexo soja totalizaram US$ 1,6 bilhão, em setembro. O volume embarcado de soja em grão cresceu 2,5%, enquanto o de óleo de soja subiu 20,6%. Todos os produtos do complexo soja foram favorecidos pelo aumento dos preços no mercado internacional, o que propiciou o bom desempenho do setor.

Carnes - As carnes registraram crescimento de 66,7% e totalizaram a cifra de US$ 1,4 bilhão,
resultado tanto dos preços mais elevados, quanto do aumento da quantidade exportada. Destacam-se o crescimento das vendas de carne bovina in natura para Rússia (114,3%), Irã (451,5%) e Venezuela (403%). O crescimento das vendas de carne bovina in natura de 55,9% resultou do aumento de 48% nos preços e do incremento do volume em 5,2%. As exportações de carne de frango in natura apresentaram um forte incremento de 85,3%, favorecidas tanto pelo aumento do preço como pela quantidade embarcada. Os mercados de destino que mais contribuíram para esse crescimento foram Japão (263%), Venezuela (214%) e Arábia Saudita (92%). O valor das vendas externas de carne suína in natura subiu 59,4%, em razão do aumento do preço internacional aumentado, 64,9% em média, o que compensou a redução do volume exportado em 3,3%.
Resultado acumulado em 12 meses - A marca histórica de US$ 70,9 bilhões das exportações do
agronegócio, registrada no período entre outubro de 2007 e setembro de 2008, foi 26,2 superior ao valor das vendas entre outubro de 2006 e setembro de 2007. O superávit nos últimos 12 meses foi de US$ 59,5 bilhões. Os setores que mais se destacaram no período foram o complexo soja, com US$ 17,7 bilhões; carnes, com US$ 14,5 bilhões; cereais, farinhas e preparações, com US$2,4 bilhões e produtos florestais, com US$ 9,5 bilhões.

Principais países e blocos de destino - A China continua liderando o ranking dos países importadores do agronegócio, de janeiro a setembro. As vendas para aquele mercado foram 91,2% superiores as do mesmo período de 2007. A China importa 12,8% do agronegócio brasileiro. Os Países Baixos respondem por 9,2% e os EUA, 8,6%. Vale destacar o crescimento das exportações para a Venezuela (140%), que já ocupa o 10º lugar do ranking, e para Tailândia (82,8%), em 17º. Houve, ainda, crescimento dos valores exportados para os seguintes mercados: Aladi (69,9%), Ásia (59,4%), Europa Oriental (48%), Mercosul (24,6%) e União Européia (22,4%). Em termos de participação, destacam-se a União Européia (32,9%), Ásia (24,7%), Nafta (9,8%) e Europa Oriental (8,1%).
Importações - Em relação às importações, em setembro, o Brasil importou menor volume de trigo (5,5%), arroz (6,2%) e milho (43%). No entanto, em comparação com o mesmo período do ano anterior, as importações de produtos do agronegócio foram superiores em 55,1%.

Por que o dólar sobe?

Segundo o comentário do economista Nathan Blanche, da Tendências Consultoria Integrada, o dólar está disparando porque todo mundo quer comprar dólar e, no momento, não há dólar para vender. Na manhã de ontem, dia 8/10, o dólar chegou a ser cotado acima de R$ 2,40. Há uma semana, no dia 1/10, a moeda americana era comercializada a R$ 1,92. Ainda de acordo com as análises econômicas, há dois principais motivos para tanta alta do dólar:
1 – As linhas de crédito externas secaram. Os bancos internacionais não emprestam para ninguém e os brasileiros não têm dólares para emprestar às empresas.
2 – Ninguém sabe qual é o tamanho das operações de opção cambial que as empresas exportadoras fizeram.
Blanche apontou ainda que o BC “está fazendo a coisa certa na dosagem fraca”. Ele acha que o BC deve vender mais dólares no mercado físico. “O BC deveria fazer um leilão de dólar, mas direcionado para o setor exportador. Do jeito que está vai continuar subindo porque esse mercado só tem uma ponta: a do comprador”.

BCs mundiais reduzem juros para conter crise e Fed corta taxa para 1,5%

O Fed - Federal Reserve baixou nessa quarta-feira, sua taxa de juros em 0,5 ponto percentual, em uma ação coordenada com outros bancos centrais, na tentativa de combater a crise financeira que se alastra pelo mundo. A taxa de juros do Fed passou, assim, a 1,5% ao ano. Na reunião do dia 16/9, o banco havia decidido, pela terceira vez consecutiva, manter os juros em 2% ao ano. "Ao longo da crise financeira atual, bancos centrais se engajaram em consultas contínuas e em cooperação em medidas conjuntas sem precedentes, tais como a oferta de dinheiro para reduzir as pressões nos mercados financeiros", informou o Fed, em um comunicado publicado ontem. Os outros bancos que agiram com redução em suas taxas de juros foram: o Banco do Canadá, Banco da Inglaterra (BC britânico), o BCE - Banco Central Europeu -, o Sveriges Riksbank (da Suécia) e o SNB - Banco Nacional da Suíça. O BC britânico diminuiu sua taxa de juros também em 0,5 ponto percentual, para 4,5%, anunciou o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown. O corte servirá, segundo Brown, para garantir aos cidadãos que "estão sendo tomadas todas as ações" para permitir que a atividade
econômica "se movimente para frente". O anúncio de surpresa do corte da taxa de juros chega após o governo britânico anunciar um plano de resgate de 50 bilhões de libras (cerca de 62 bilhões de euros), para estabilizar o sistema financeiro do Reino Unido. O BCE promoveu um corte da mesma magnitude, levando os juros na zona do euro a 3,75% ao ano. A medida entrará em vigor no dia 15/10, anunciou a autoridade monetária da União Européia. "As pressões inflacionárias começaram a ficar moderadas em uma série de países, em parte refletindo uma queda acentuada nos preços da energia e de outras commodities. As expectativas de inflação estão diminuindo (...) A intensificação recente da crise financeira elevou os riscos de baixa ao crescimento e, com isso, diminuiu ainda mais os riscos à estabilidade de preços", informou o Fed, em um comunicado. "Algum afrouxamento nas condições monetárias globais é, portanto, necessário." O Banco do Japão (banco central do país) manifestou forte apoio às reduções de juros empreendidas por outras autoridades monetárias, diz o comunicado do Fed. (Reuters)


PIB da zona do euro encolhe 0,2% no 2º trimestre

O PIB - Produto Interno Bruto - dos 15 países europeus que compartilham o euro (zona do euro) registrou contração de 0,2% no segundo trimestre desse ano, ante o trimestre anterior, pressionado pelos impactos da crise mundial do crédito, de acordo com a agência de estatísticas da EU - União Européia -, a Eurostat. Porém, em comparação com o mesmo período de 2007, houve crescimento de 1,4%. Os dados estão alinhados às estimativas de economistas e da própria agência e não devem influenciar a decisão sobre a taxa básica de juros do BCE - Banco Central Europeu -, atualmente em 4% ao ano, que já esperava esse resultado. No primeiro trimestre desse ano, o PIB cresceu 0,7% em relação ao quarto trimestre do ano passado e expandiu 2,1%, em comparação ao primeiro trimestre de 2007. Os dados divulgados pela Eurostat, também apontam que a Alemanha e a França, principais economias da zona do euro, sofreram os efeitos da crise de aperto no crédito, da valorização do euro e do aumento nos preços do petróleo. Na Alemanha, o PIB contraiu 0,5% em comparação ao primeiro
trimestre, enquanto na França a queda foi de 0,3%. O desempenho da zona do euro no segundo
trimestre desse ano, foi consideravelmente mais fraco do que o dos EUA, onde o PIB subiu 0,7% no mesmo período, mas foi superior ao do Japão, onde o PIB diminuiu 0,7%.


GM vai reduzir produção na fábrica no RS

A montadora GM - General Motors - fará um ajuste para reduzir a produção de outubro em sua unidade de Gravataí/RS, paralisando a linha de produção nos dias 17, 20 e 31 desse mês. Além disso, a fábrica gaúcha deixará de cumprir 22 minutos diários de horas extras, a partir da próxima segunda-feira, dia 13/10. Dessa forma, cerca de três mil veículos deixarão de ser produzidos em outubro em Gravataí. Segundo a empresa, a medida está relacionada à retração das exportações. A unidade de Gravataí vende o Celta para países da América Central. Na semana passada, a GM já havia anunciado férias coletivas em três fábricas no País (São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, todas em São Paulo), mas não divulgou o motivo da medida. A Fiat também anunciou na semana passada, férias coletivas para os empregados da fábrica de Betim/MG. A empresa disse ter tomado a medida para dividir a parada que ocorre no fim do ano em duas etapas, evitando que a produção seja suspensa de uma vez. Apesar desses anúncios, o setor ainda considera cedo para falar em crise e suspensão de projetos. "Nesse momento, é preciso ter serenidade e não se deixar levar por um comportamento de mercado que despenca num dia e sobe no outro", diz o presidente da Anfavea
- Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores -, Jackson Schneider. Ele reforça que não se pode agir de forma emocional. "Aí, agiremos de maneira que ultrapassa a fronteira psicológica e criaremos uma profecia auto-realizável." Schneider ressalta que as vendas de carros em setembro, que apresentaram crescimento de quase 10% ante agosto, mostram um mercado positivo.


Empresas começam a rever investimentos no País
A coreana Hyundai anunciou ontem, que está revendo seus planos de construir uma fábrica de máquinas pesadas no Brasil. "Com a escassez de crédito, as chances de se construir uma fábrica diminuem", diz Felipe Cavalieri, diretor da BMC, braço de máquinas da Hyundai no Brasil. "Porém, a alta do dólar torna mais necessária a produção interna, e é isso que vamos discutir com a matriz. É um momento de cautela." A posição da Hyundai ilustra o momento que atravessam praticamente todas as empresas no País. Quem não cancelou investimentos, faz, no mínimo, uma pausa para reavaliar o quadro, diante das incertezas no mundo econômico. "A única certeza é a de que 2009, será pior que esse ano”, diz o diretor da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo -, Paulo Francini. “Mas, o quanto, ainda não sabemos." A empresa indiana Reliance, que negocia a instalação de uma fábrica de resinas plásticas e têxteis no complexo portuário de Suape, é outra que está revendo sua posição. O grupo pediu "alguns dias” ao governo de Pernambuco para dar continuidade à negociação. O projeto envolve investimentos de US$ 1,5 bilhão. O adiamento é para avaliar melhor o cenário da turbulência nos mercados financeiros dos EUA e da Europa, e reavaliar seus planos de expansão. A
informação é do secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho. O Grupo Orsa, um dos maiores do setor brasileiro de embalagem de papelão e celulose, decidiu segurar um plano de aumento de capacidade de produção das fábricas programado para os próximos três meses. O projeto consumiria R$ 30 milhões, mas, diante do "momento preocupante”, conforme define o presidente da empresa, Sérgio Amoroso, a decisão foi esperar mais um pouco. Para 2009, um novo aporte de R$ 80 milhões estava previsto, mas também será postergado. (Agência Estado)


Perdas de fundos de pensão chegam a R$ 38 bilhões
Os fundos de pensão já amargam perda superior a R$ 40 bilhões com a queda na Bolsa. De acordo com a Abrapp - Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência Complementar -, até setembro a estimativa era de retração de R$ 37,8 bilhões nas aplicações das entidades em renda variável. A projeção divulgada pela associação ainda não considera o comportamento do mercado em outubro. Números oficiais tabulados pela SPC - Secretaria de Previdência Complementar -, considerando perdas e ganhos dos fundos nesse ano, mostram que o superávit das entidades encolheu R$ 17 bilhões de janeiro a agosto. O secretário de Previdência Complementar, Ricardo Pena, afirmou que a secretaria está "monitorando" a situação. Na semana passada, o CGPC - Conselho de Gestão da Previdência Complementar - aprovou resolução impondo critérios mais rigorosos aos fundos no momento de destinar seus superávits. A medida visa exigir maior grau de conservadorismo das entidades de previdência complementar na apuração de seus resultados. De acordo com a Abrapp, no início de janeiro, os fundos tinham em renda variável R$ 160 bilhões. De janeiro a setembro, esse valor caiu R$
37,8 bilhões. No entanto, os investimentos das entidades em renda fixa renderam R$ 29,4 bilhões. "Considerando esses dois valores, estima-se uma variação patrimonial negativa das entidades em setembro desse ano, de aproximadamente R$ 8,4 bilhões", informa a Abrapp. Já o valor do superávit divulgado pela SPC, considera todos os investimentos do fundo até agosto, incluindo aplicações em imóveis. Em dezembro do ano passado, o superávit total dos planos de previdência era de R$ 76 bilhões. Entre os planos com déficit, informou a secretaria, o resultado negativo chega a R$ 24,6 bilhões.


BNDES aprova financiamento de R$ 493 mi à Usiminas
A Usiminas obteve um financiamento de R$ 493 milhões com o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - para a construção do novo laminador de tiras a quente da usina José Bonifácio de Andrada e Silva, em Cubatão/SP. Segundo comunicado divulgado pela companhia, o prazo de pagamento é de sete anos. O novo laminador entrará em operação a partir de 2011, e produzirá bobinas de aço voltadas principalmente ao setor automotivo nacional. Sua capacidade de produção é de 2,3 milhões de toneladas de bobinas por ano na primeira fase, mas pode alcançar 4,7 milhões. A companhia estima que 3 mil empregos serão gerados na fase de instalação, e outros 300 postos serão criados quando o equipamento entrar em operação. O investimento faz parte do pacote de US$ 14,1 bilhões a serem investidos pela Usiminas até 2012. Desse montante, US$ 2,4 bilhões serão empregados na usina de Cubatão. O financiamento obtido com o BNDES soma-se aos US$ 550 milhões levantados para o mesmo equipamento, em setembro, com um pool de bancos japoneses, dentre eles, o JBIC - Japan Bank for International Cooperation - e cujo prazo de pagamento é de dez anos. Por meio do comunicado, a companhia também comentou a aquisição de 49% de participação na Dufer, por meio da sua subsidiária Cosipa. Até então, a Usiminas dividia o controle da empresa com o grupo alemão Thyssen. A Dufer atua na distribuição e na transformação de bobinas em chapas, rolos, tiras e blanks. "Essa aquisição, no valor de R$ 92,4 milhões, alinha-se à estratégia comercial da Usiminas e reforça a presença do grupo no setor de distribuição e centro de
serviços", informou.


Executive AirShare compra mais dois jatos da Embraer
A Embraer informou ontem, que assinou um contrato com a Executive AirShare, empresa com sede
em Kansas, Estado de Missouri/EUA, para extensão dos pedidos firmes para o jato Phenom 300. O negócio vem acrescentar dois novos aviões à atual carteira de pedidos firmes do cliente, que já contabiliza quatro compras firmes e outras quatro opções do modelo. Segundo a fabricante brasileira, a Executive AirShare, também detentora de ordens firmes do modelo Phenom 100, já havia dobrado o número de pedidos para Phenom 300 em maio de 2008. O primeiro Phenom 100 da Executive AirShare, está previsto para ser entregue no segundo trimestre de 2009, e o 300 é aguardado para 2011.


Shoppings prevêem alta de 11% nas vendas para o Dia das Crianças
Os comerciantes de shoppings centers estimam que as compras para o Dia das Crianças deste ano, registrem um aumento de 11% em relação a mesma data de 2007. Segundo a Abrasce -Associação Brasileira de Shopping Centers -, a quinta data mais importante para o comércio no ano deve aumentar o fluxo de pessoas nos centros de compras em 7%, na comparação com o ano passado. "O Dia das Crianças movimenta não só as lojas de brinquedos, mas também vestuário e calçados infantis, artigos esportivos, eletrônicos e celulares", informa a Abrasce. Segundo a entidade, a data disputa o quarto lugar em vendas com o Dia dos Pais. No ano passado, as vendas foram 9% maior que 2006, resultado impulsionado pelas facilidades de crédito e aumento do poder aquisitivo da população, de acordo com a Abrasce.

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MERCADOS de Ações & Futuros
(Informações: Dow Jones, Bovespa e Reuters)

Bovespa contabiliza número recorde de transações, mas fecha em baixa de 3,85%
A Bovespa registrou um montante recorde de negócios nessa quarta-feira turbulenta do mercado
financeiro, em que os investidores oscilaram entre voltar às compras e ceder ao pessimismo sobre a economia global. A Bolsa fechou ontem, em queda de 3,85%. Segundo a Bolsa, foram contabilizados ontem, 409.788 transações, número recorde, que supera a máxima histórica anterior, de 385.740, registrado em 2 de maio, quando a Bolsa ainda batia recordes sucessivos. Foi no dia 20 desse mês, que o Ibovespa atingiu o patamar histórico de 73.516 pontos. A Bolsa também divulgou ontem, que, em setembro, apesar das turbulências financeiras, foram abertos mais 64 clubes de investimentos. No total já são 2.712 desses clubes, que somam um patrimônio líquido de R$ 14,7 bilhões e reúnem 151.994 cotistas (dado de agosto).


Estrangeiros retiram R$ 20 bilhões da Bovespa esse ano
A Bovespa registrou a saída de R$ 229,332 milhões em capital externo em 6/10. Com esse resultado, em 2008 o saldo negativo chega a R$ 20.006 bilhões. No dia 6, o circuit breaker foi acionado duas vezes e a Bovespa estabeleceu limite de baixa especial para o dia, de 20%. O Ibovespa, principal índice, fechou em baixa de 5,43%, aos 42.100,79 pontos - a menor pontuação desde 5 de março de 2007. No acumulado do mês, as retiradas somam R$ 1.658 bilhão, resultado de compras de R$ 6.432 bilhões e vendas de R$ 8.092 bilhões.

Dólar fecha em baixa pela 1ª vez no mês, a R$ 2,28

O dólar comercial teve ontem, a primeira queda em outubro, no fechamento dos negócios, após subir 21,5% desde o começo do mês (cinco dias consecutivos de alta). No começo do dia, a taxa de câmbio disparou e chegou a R$ 2,45 no mercado interbancário, alta de 5,97%, e a R$ 2,53 (alta de 9,43%), no pregão da BM&F - Bolsa de Mercadorias & Futuros -, mas iniciou à tarde, testando um recuo até firmar-se em baixa. No final da sessão, o dólar fechou a R$ 2,28, queda de 1,38%. A taxa mínima foi de R$ 2.256.

Análise - A taxa de câmbio cedeu à tarde, influenciada pela melhora dos índices de ações nas
Bolsas de Nova York, após forte oscilação, num reflexo do anúncio do corte coordenado nas
taxas de juro dos principais bancos centrais ao redor do mundo. O mercado doméstico de
câmbio também reagiu aos três leilões de venda de dólares do Banco Central, além da
negociação de 27 mil contratos de swap cambial equivalentes a uma oferta de US$ 1,3 bilhão.
"Os esforços dos bancos centrais para conter o pânico que congela os mercados de crédito,
assim como a firme ação da autoridade monetária brasileira, permitiram um alívio, pelo menos
momentâneo", disse um operador de câmbio de um grande banco nacional. Uma fonte de uma
corretora informou que o volume de negócios no câmbio aumentou ontem, por causa das atuações
do BC, ofertando moeda ao mercado. O volume cresceu 74%, para cerca de US$ 5 bilhões.
Estima-se, de acordo com essa fonte, que o BC teria vendido ontem, entre US$ 1,3 bilhão e
US$ 1,5 bilhão.


Petróleo cede com perspectiva de recuo da demanda
Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda na Nymex - Bolsa Mercantil de Nova Iorque -
com a percepção de que a demanda pelo combustível vai diminuir com a retração da economia mundial. Os contratos com vencimento em novembro, atingiram uma nova mínima para esse ano
durante as negociações diárias, em US$ 86,05 por barril, o preço mais baixo desde 6 de dezembro de 2007. A mínima foi alcançada depois da ação coordenada entre o Fed - Federal Reserve -, o BCE - Banco Central Europeu - e outros bancos centrais, para cortar suas taxas de juros em 0,50 ponto percentual. A medida não conseguiu conter a queda do preço do petróleo, uma vez que as previsões de analistas continuam a indicar retração no crescimento econômico.


- Na Nymex, os contratos de petróleo para novembro caíram US$ 1,11 (-1,23%) e fecharam a US$ 88,95 por barril no pregão regular. A máxima foi de US$ 90,06 por barril, incluindo as transações do sistema eletrônico Globex. No sistema eletrônico da ICE Futures, os contratos de petróleo Brent para novembro, cederam US$ 0,30 (0,36%) e fecharam a US$ 84,36 por barril. A mínima foi de US$ 81,00 e a máxima foi de US$ 84,66.

Análise - Nos EUA, a demanda por petróleo caiu 8,6% nas últimas quatro semanas, ante o mesmo
período do ano passado, de acordo com o DOE - Departamento de Energia. O consumo doméstico registrado na semana passada foi o menor desde setembro de 2001. O Departamento também informou que os estoques de petróleo e gasolina, se recuperaram depois da passagem de dois furacões pelo Golfo do México. Na semana encerrada em 3/10, os estoques de petróleo aumentaram 8,1 milhões de barris e os de gasolina, cresceram 7,2 milhões de barris. Ambos os números superaram as estimativas dos analistas. Com as cotações do barril abaixo de US$ 90, a Opep - Organização dos Países Exportadores de Petróleo - estuda a realização de uma reunião de emergência em novembro. Os preços do combustível cederam perto de 40% desde o pico alcançado em julho. Shokri Ghanem, chefe da agência de petróleo da Líbia, disse ter pedido a reunião emergencial para que a Opep analise a situação do mercado. O presidente Hugo Chávez também afirmou que a Venezuela e outros países também querem o encontro.


Bolsa de Nova York fecha em queda pelo 6º dia seguido
O mercado norte-americano de ações fechou em queda pelo sexto dia consecutivo, apesar da ação coordenada de vários bancos centrais que incluiu uma redução de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros nos EUA, para 1,5% ao ano. Prevaleceu o sentimento de que a economia global caminha para uma recessão e de que mais empresas do setor financeiro poderão falir.

Análise - O índice Dow Jones fechou no nível mais baixo desde 11 de agosto de 2003. O Nasdaq
fechou no nível mais baixo desde 18 de agosto de 2003. O S&P-500 fechou no nível mais baixo desde 13 de agosto de 2003; desde o começo de outubro, a perda de capitalização de mercado das ações listadas no S&P-500 alcança US$ 1,48 trilhão, de acordo com a Standard & Poor's. Nos três primeiros pregões dessa semana, o índice Dow Jones acumula uma queda de 11,68%, após uma queda de 7,34% na semana passada; para efeito de comparação, na semana até 19 de outubro de 1929, a pior do "crash", o Dow Jones havia caído 8,2%. Em 1987, na semana de outubro iniciada com a Segunda-Feira Negra, o Dow Jones havia caído 13%. Desde o começo de outubro desse ano, o Dow Jones acumula uma queda de 15%, comparável a uma perda de 20% em outubro de 1929 e a uma queda de 23% em outubro de 1987. Entre as componentes do Dow, o destaque negativo foi Alcoa, com queda de 11,97%, depois de a empresa divulgar resultados; as da General Motors perderam 8,60% e as do Bank of America recuaram 7,03%, em reação a informes de que a instituição poderá recomprar até US$ 4,7 bilhões em títulos de leilão de taxas ("auction rate securities"), para evitar acusações de fraude.


- O índice Dow Jones fechou ontem em queda de 189,01 pontos (-2%), em 9.258,10 pontos. A mínima foi em 9.194,78 pontos e a máxima em 9.628,07 pontos. O Nasdaq fechou em queda de
14,55 pontos (-0,83%), em 1.740,33 pontos, com mínima em 1.706,86 pontos e máxima em 1.806,89 pontos. O S&P-500 caiu 11,29 pontos (-1,13%), para fechar em 984,94 pontos, com mínima em 970,97 pontos e máxima em 1.021,06 pontos. (Agência Dow Jones)

Bolsas da Europa encerram com perda apesar dos BCs
As bolsas européias fecharam ontem, com queda acentuada, apesar de os principais bancos centrais globais finalmente, terem entregue, aos mercados, uma ação coordenada de corte nas taxas de juro para aumentar a confiança nos mercados financeiros. Análise - No início dos pregões, as ações caíram para os menores níveis em quase cinco anos, refletindo a preocupação dos investidores, de que os responsáveis pela política monetária no mundo estão enfrentando a crise de uma forma fragmentada. Essa percepção foi alimentada pelo anúncio isolado dos esforços do governo britânico para sustentar o setor bancário no Reino Unido, anunciados antes da abertura dos mercados. Ontem pela manhã, o ministro de Finanças britânico, Alistair Darling, disse que o Tesouro gastará até 50 bilhões de libras esterlinas (US$ 87,69 bilhões) para reforçar o capital das instituições locais por meio da compra de
ações preferenciais.


Londres - O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 6% para 226,22 pontos. Em Londres, o índice FTSE 100 terminou em queda de 238,53 pontos, ou 5,18%, em 4.366,69 pontos. As ações do setor financeiro tiveram reações distintas às medidas tomadas pelo governo britânico. Os papéis do HBOS subiram 24,47%, depois de terem recuado cerca de 40% anteontem, após o vazamento de detalhes das medidas que seriam adotadas pelo governo britânico. Os papéis do Royal Bank of Scotland subiram 0,78%, enquanto os do HSBC recuaram 2,52%. Lloyds TSB perdeu 6,87% e Barclays recuou 2,37%.
Frankfurt - O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, terminou em baixa de 313,01 pontos, ou 5,88%, a 5.013,62 pontos. Entre os bancos, o Commerzbank caiu 2,45% e o Deutsche Bank perdeu 10,65% depois de ter informado que o ambiente para o setor financeiro continua difícil. Os papéis da Siemens perderam 10,01% com os investidores cautelosos quanto ao desempenho do setor de bens de capital. A empresa afirmou que o corte nas taxas de juros promovido pelos bancos centrais, não terá efeito imediato sobre seus negócios.
Paris - O índice CAC-40 perdeu 235,33 pontos, ou 6,31%, para 3.496,89 pontos, o menor
fechamento desde agosto de 2004. O BNP Paribas caiu 7,30%, o Crédit Agricole recuou 8,24% e o Société Générale cedeu 5,34%.

Madri - O índice Ibex-35, da Bolsa de Madri, cedeu 564,40 pontos, ou 5,20%, para 10.297,60 pontos. O Banesto caiu 4,15%, o BBVA perdeu 5,54% e o Santander cedeu 5,751%.

Bolsas asiáticas voltam a desabar; HK perde 8,2%
Influenciados pelas fortes quedas em Wall Street, os mercados asiáticos viveram um dia de pânico. As incertezas sobre a economia global e a solvência do sistema financeiro dos EUA e da Europa, mantiveram os investidores longe de ativos arriscados e contribuíram para grandes perdas. Outros fatores locais também pesaram no sentimento dos investidores.

- A Bolsa de Jacarta, na Indonésia, teve o pregão suspenso pelo resto do dia após o índice
de referência cair mais de 10%.
- Após o feriado de terça-feira, a Bolsa de Hong Kong reabriu em grande declínio e fechou no
pior nível em 28 meses, também influenciada pela queda nos demais mercados regionais. O índice Hang Seng perdeu 1.372,03 pontos, ou 8,2%, e terminou aos 15.431,73 pontos, na menor pontuação desde 14 de junho de 2006.
- Na China, a crise global teve forte peso sobre as ações de empresas do setor financeiro, o que fez as Bolsas fecharem em baixa pelo quarto pregão seguido. O índice Xangai Composto caiu 3% e encerrou aos 2.092,22 pontos. O Shenzhen Composto perdeu 2,6% e terminou aos 570,65 pontos. Yuan - A confusão sobre quais sinais o Banco Central da China estava mandando ao mercado, deu vazão a um pregão volátil, no qual o yuan se desvalorizou em relação ao dólar no final da sessão. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,8171 yuans, de 6,8169 yuans do fechamento de terça-feira.
- A Bolsa de Taipé, em Taiwan, apresentou a menor pontuação em mais de cinco anos, influenciada ainda pela surpreendente queda de 1,6% nas exportações da ilha em setembro. O índice Taiwan Weighted perdeu 5,8% e encerrou aos 5.206,40 pontos, o pior fechamento desde 4 de julho de 2003.
- O índice Kospi da Bolsa de Seul, na Coréia do Sul, recuou para seu menor nível de fechamento desde 26 de julho de 2006, depois de perder 5,8% e fechar aos 1.286,69 pontos.
- A queda da Bolsa de Manila, nas Filipinas, trouxe o índice PSE Composto para seu menor nível em mais de dois anos. O índice fechou com perda de 4,8%, aos 2.307,74 pontos.
- Na Bolsa de Sydney, na Austrália, o índice S&P/ASX 200 registrou sua maior queda em nove
meses, com uma baixa de 5%, aos 4.388,1 pontos.
- A Bolsa de Cingapura encerrou perto da maior baixa em quatro anos, uma vez que as bolsas
regionais continuaram em declínio em meio às preocupações dos investidores sobre as perspectivas para a economia global. O índice Straits Times recuou 6,6% e fechou aos 2.033,61 pontos. O mercado tailandês recuou, uma vez que o implacável sentimento negativo, vindo da turbulência financeira global, e a mortal violência política em Bangcoc, levou muitas ações bastante capitalizadas a baixas jamais vistas em muitos anos.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc perdeu 6,9% e fechou aos 492,34 pontos. O mercado malaio
terminou em baixa, em linha com os declínios nos demais regionais. A desvalorização do ringgit ante o dólar aumentou o desalento com o mercado. O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur caiu 2,7% e fechou aos 970,19 pontos.


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ÍNDICES ECONÔMICOS

Inflação oficial desacelera e fecha setembro em 0,26%
A inflação oficial do país, medida pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo -, recuou pela quarta vez consecutiva na passagem de agosto para setembro e fechou o mês em 0,26%. No mês anterior, o índice havia ficado em 0,28%. Ainda assim, o resultado é mais elevado do que o verificado em setembro de 2007, quando o IPCA registrou taxa de 0,18%. De acordo com os dados divulgados ontem, 8/10, pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, no ano, o índice acumula alta de 4,76%, superando a taxa do mesmo período de 2007 (2,99%). Nos últimos 12 meses, a variação ficou em 6,25%, acima dos 6,17% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores.

Para calcular o índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de agosto a 29 de setembro, com os preços vigentes entre os dias 30 de julho e 27 de agosto. O IPCA é o índice usado pelo governo para estabelecer a meta de inflação, que para 2008 e para 2009 é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Dessa forma, o limite superior da meta é de 6,5% e o inferior, 2,5%.


FGV: 1ª prévia de outubro do IPC-S fica em 0,16%
A primeira prévia de outubro do IPC-S - Índice de Preços ao Consumidor-Semanal -, medida até
terça-feira, ficou em 0,16%, ante queda de 0,09% no indicador anterior, de até 30 de setembro, informou ontem, a FGV - Fundação Getúlio Vargas. Segundo a FGV, os fatores que levaram ao fim da queda de preços mensurada pela taxa do indicador, na passagem da leitura fechada do IPC-S de setembro para a primeira prévia desse mês, se originaram de elevações de preços mais intensas e deflações menos fortes, em seis das sete classes de despesa usadas para cálculo do índice. É o caso de Educação, Leitura e Recreação (de 0,11% para 0,12%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,19% para 0,23%); Transportes (de 0,10% para 0,13%); Habitação (de 0,24% para 0,34%); Vestuário (de 0,58% para 0,72%) e Alimentação (de -0,97% para -0,23%). Porém, a principal contribuição para a alta do índice partiu do grupo alimentos. Segundo a FGV, quinze dos 21 gêneros alimentícios componentes dessa classe de despesa, registraram acréscimos ou quedas mais fracas em suas taxas de variação. Os principais destaques foram às movimentações de preços em hortaliças e legumes (-7,88% para -4,79%), frutas (2,11% para 4,02%), laticínios (-3,22% para -2,49%) e arroz e feijão (-2,88% para -0,72%). Já a única classe de despesa a apresentar desaceleração de preços, no mesmo período, foi a de Despesas Diversas (de 1,02% para 0,86%). Maiores altas e baixas Ao analisar a movimentação de preços entre os produtos, no âmbito da primeira prévia do mês do IPC-S, a FGV informou que as mais significativas altas de preço no varejo foram apuradas nos preços de limão (60,96%); taxa de água e esgoto residencial (2,39%) e cigarros (2,17%). Já as mais significativas quedas de preços foram registradas nos preços de batata-inglesa (-16,75%); leite tipo longa vida (-5,76%); e cebola (-23,49%).


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MERCADO FINANCEIRO

CEF anuncia compra de 20 carteiras de crédito
Os bancos oficiais estão liderando o movimento de compra de carteiras de crédito de instituições privadas, movimento que deve ser seguido pelos bancos privados. Ontem, CEF - a Caixa Econômica Federal - anunciou que adquiriu 20 carteiras, tem disponível até R$ 3 bilhões para novos negócios e que o foco do banco, nesse momento, é o crédito consignado e empréstimos feitos às empresas. O BB - Banco do Brasil - também informou que está comprando carteiras de crédito consignado para consolidar a sua posição de liderança nesse mercado. As operações dos bancos federais foram seguidas por bancos privados. Itaú e Unibanco anunciaram ontem, a intenção de adquirir as carteiras de créditos, e outros bancos privados movimentam-se nos bastidores. O economista-chefe da Febraban - Federação Brasileira dos Bancos -, Rubens Sardenberg, disse que o processo de compra das carteiras se dá "aos poucos", porque os bancos fazem uma análise criteriosa das carteiras. "Essa é a tendência", disse.

Itaú tem interesse em carteiras de consignado
O Itaú estuda a compra de carteiras de crédito consignado com o benefício dado pelo Banco Central, que prevê um desconto de 40% no compulsório sobre depósitos a prazo das instituições que fizerem a compra desses ativos, desde que o cedente tenha um patrimônio de referência de até R$ 2,5 bilhões. "Estamos estudando essa operação. É uma continuidade do que vínhamos fazendo", disse o diretor-executivo do banco, Silvio de Carvalho, à Agência Estado. De acordo com ele, o objetivo é aumentar a presença nessa modalidade de crédito. Ao final de junho, a carteira de consignado no Itaú era de R$ 3.182 bilhões, valor 27,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. O valor inclui as operações cedidas por outras instituições, como o BMG. Na avaliação do executivo, as recentes medidas do BC para melhorar a liquidez entre as instituições financeiras de menor porte, são salutares, porque indicam que a autoridade monetária está vigilante em relação a possíveis problemas do sistema. Carvalho negou que o banco tenha parado de operar em algumas linhas de crédito. Ele lembrou que há uma maior restrição no financiamento às exportações, conseqüência da redução na liquidez no exterior. Nas demais linhas, o executivo explicou que apenas houve uma redução de prazos e elevação das taxas de juros. "Houve uma redução na demanda e estamos mais seletivos. No financiamento a automóveis reduzimos os prazos máximos de 72 meses para 60 meses", disse. A redução na demanda por crédito já era esperada. Em junho, a carteira total era de R$ 148.073 bilhões, valor que representa um crescimento de 41,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já para o desempenho de todo o ano, a expectativa de expansão de até 30% está mantida.

Panamericano
O Panamericano adotou uma postura mais restritiva na concessão do crédito ao financiamento de veículos e consignado. Em nota, o banco afirmou que alterou as tabelas de taxas de juros e reduziu os prazos praticados, refletindo as condições atuais do mercado. "O Panamericano, assim como os demais players do setor, vem adotando uma postura conservadora na sua atuação junto ao mercado de crédito de veículos e consignado", diz a nota. O banco não informou qual o prazo máximo das novas operações de crédito. Em agosto, o financiamento de um automóvel poderia ser feito em até 60 meses, embora a maior parte (60%) fosse feito em até 48 parcelas. A carteira de crédito total do Panamericano estava em R$ 8.632 bilhões em junho.

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AGRONEGÓCIOS

Conab prevê produção recorde na safra de grãos 2008/09
Em seu primeiro levantamento da safra de grãos para o período 2008/09, a Conab - Companhia
Nacional de Abastecimento -, empresa oficial do governo federal, estima que a área plantada no Brasil crescerá entre 1,2% e 2,7% em relação ao período anterior, ocupando de 47,9 milhões de hectares a 48,6 milhões de hectares (cada hectare equivale a 10 mil metros quadrados). Com esse crescimento, a produção de grãos deverá bater outro recorde histórico, se confirmado o intervalo superior. A projeção é de 142,03 milhões de toneladas (-1,2% em relação à safra passada) a 144,55 milhões de toneladas (+0,5%). A produção anterior foi finalizada em 143,8 milhões de toneladas. Essa área, divulgada ontem, pela Conab, é a estimada para o plantio de algodão, amendoim, arroz, feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, aveia, centeio, cevada, trigo e triticale. Na avaliação da companhia, nem mesmo a alta dos preços dos fertilizantes ou a diminuição da oferta de créditos, reduziram o otimismo dos produtores na hora de plantar. Segundo o presidente da estatal, Wagner Rossi, o comportamento dos preços das matérias-primas (commodities) agrícolas, tem mantido o
interesse do agricultor pelos grãos. "Apesar da queda dos preços e do aumento dos custos de produção, o agricultor eficiente ainda vislumbra a possibilidade de bons resultados. Isso mantém uma nova esperança", completa. O estudo também aponta duas culturas como às apostas dos produtores, nesse início de plantio. O feijão primeira safra deve ter um crescimento de área variando entre 8,6% e 11,6%, ou 1,43 milhão de hectares a 1,47 milhão de hectares no total. Com isso, a colheita deverá ficar entre 1,39 milhão de toneladas e 1,43 milhão de toneladas. Já as terras destinadas à soja devem aumentar entre 1,3% e 3,2%, ocupando entre 21,59 milhões de hectares e 22 milhões de hectares. A produção deve ficar em 60,1 milhões de toneladas e 61,3 milhões de toneladas. Clima A Conab também analisou a interferência do clima sobre a plantação nesse último trimestre. No Sudeste e em alguns Estados do Norte e do Centro-Oeste, as precipitações pluviométricas devem ficar entre normal e acima da média histórica. Na região Sul, a previsão é de chuvas um pouco abaixo da média, mas sem prejuízos significativos para as culturas de inverno e verão. Nas demais áreas do País, as chuvas devem ficar em torno da média histórica. Insumos A partir de dados da Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores - e da Anda - Associação Nacional para Difusão de Adubos -, a Conab avalia que, até o fim do ano, serão comercializados 26,5 milhões de toneladas de fertilizantes, crescimento de 7,7% em relação ao ano passado. Só de janeiro a agosto, os produtores compraram 16 milhões de toneladas. Já o mercado interno de máquinas agrícolas vendeu 35,5 mil unidades até agosto. A previsão é de que, até dezembro, esse número chegue a 46 mil máquinas ou 20,7% a mais que em 2007.


Prazo para renegociação de dívidas rurais é prorrogado para 14/11
O CMN - Conselho Monetário Nacional - prorrogou para 14/11 o prazo para renegociação de dívidas rurais. A data final, inicialmente fixada em 30/9, teve que ser adiada por coincidir com o movimento de paralisação de bancos, além do baixo número de adesões aos acordos previstos na Lei Federal nº 11.775/2008. A lei (antiga Medida Provisória 432) foi sancionada esse ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e regulariza a situação de cerca de 2,8 milhões de contratos, o que representa a renegociação de R$ 75 bilhões, do total de R$ 87,5 bilhões, referentes a dívidas do setor rural brasileiro. O produtor que não se manifestar até 14/11 pode ficar impedido de efetuar transações financeiras, manter conta em banco e tomar empréstimos. Em alguns casos, o nome do agricultor poderá ser inscrito na Dívida Ativa da União. As dívidas são referentes a operações do Pronaf - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar -, do Crédito Fundiário, do Banco da Terra, da Cédula da Terra e do Procera - Programa Especial de Crédito para Reforma Agrária. Até o dia 31/12, após a regularidade das solicitações, os bancos farão a análise de cada caso, dando a
oportunidade para que o agricultor possa optar pela prorrogação da dívida ou pelo pagamento integral. Nesse caso, os agricultores poderão obter descontos de até 90%. Outras informações podem ser obtidas no site
www.mda.gov.br/saf.

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MERCADO DE TI & Telecomunicações

Tata negocia compra unidade de BPO do Citigroup por US$ 505 milhões

A TCS - Tata Consulting Services anunciou que está em negociações para adquirir o Citigroup Global Services, a unidade de BPO - Business Process Outsourcing -, do Citigroup - um dos maiores grupos financeiros do mundo -, por 505 milhões de dólares, a serem pagos em dinheiro. Segundo os termos do acordo, a TCS fornecerá 2,5 bilhões de dólares em serviços por meio do Citigroup Global Services para o Citigroup nos próximos nove anos e seis meses. A operação está prevista para encerrar no quarto trimestre desse ano. O Citigroup possui mais de 12 mil funcionários na Índia, e tem a expectativa de receita de 278 milhões de dólares nesse ano. A Nomura Holdings, grupo japonês de serviços financeiros, anunciou na última segunda-feira, dia 06/10, que entrou em um acordo com a Lehman Brothers Holdings para adquirir o centro de operações de TI do banco Lehman Brothers de Mumbai, Índia, por um preço não divulgado. O Lehman declarou falência no mês passado. Contudo, a TCS declarou que a compra do BPO do Citigroup não está ligada à atual crise no setor de serviços financeiros nos EUA.

Custo da banda larga no Brasil também é alto para provedores
O custo de um link de banda larga para os provedores no Brasil está entre os mais altos do mundo, segundo um estudo da TeleGeography. A empresa mede os preços da banda vendida aos provedores de internet em 40 cidades no globo. A cidade de São Paulo não só registrou um dos custos mensais mais altos por Mbps (megabit por segundo) contratado, como também foi uma das que teve menor redução de preços em um ano. O custo médio do Mbps por porta GiigE - Gigabit Ethernet - em São Paulo, é de pouco mais de 70 dólares mensais atualmente. O valor caiu cerca de 20% em relação a 2007. Em contrapartida, em Londres, os provedores pagam pouco mais de 10 dólares pelo mesmo tráfego IP. O preço caiu 40% em um ano. Nas cidades européias, o preço médio mensal por Mbps, variou entre 10 dólares e 14 dólares no segundo trimestre de 2008. Já na Ásia, o preço variou entre 30 dólares e 45 dólares por Mbps ao mês. A média de preços na América Latina variou entre 73 dólares mensais, em Buenos Aires, e 86 dólares mensais em Santiago. Segundo a consultoria, a disparidade de preços revela que há espaço para redução de preços na América Latina. Um estudo recente da Cisco revelou que a velocidade da banda larga no Brasil também desaponta o internauta.

Ministério do Desenvolvimento confirma presença no Enesi
Está confirmada, na abertura do XXIII ENESI - Encontro Nacional das Empresas de Software e Serviços de Informática -, dia 16/10, às 8h30min, a presença do ministro em exercício, Ivan João Guimarães Ramalho, da pasta do MDIC - Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O evento é uma promoção da Assespro - Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet - e contará com palestras, debates e explanações sobre os rumos da Tecnologia da Informação e Comunicação no Brasil. A expectativa é reunir aproximadamente 500 participantes, entre empreendedores, gestores, profissionais, autoridades públicas e lideranças do setor. O ENESI debaterá os rumos da Tecnologia da Informação e Comunicação no Brasil sob a ótica da Lucratividade e Mercados. Para proporcionar ambiente propício à reflexão, a Assespro reunirá palestrantes de alto nível, amplamente habilitados a tratar de assuntos como valores, concorrência, mercado global e Mercosul, liderança e qualidade dos produtos. Na pauta de debates estão presentes os temas: Expansão da TI na América Latina; Mão de Obra Qualificada: Cenários e Soluções; As vantagens e Desvantagens do Outsourcing e Local e Global. As inscrições podem ser feitas no site do evento até o dia 14/10, condicionadas à existência de vagas.A Abertura oficial do XXIII ENESI - Encontro Nacional das Empresas de Software e Serviços de Informática –, será no dia 16/10, às 8h30min, no Centro de Eventos do Plaza São Rafael (Avenida Alberto Bins 514), em Porto Alegre/RS. Inscrições e informações pelo site
http://www.enesi2008.com.br

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ANÁLISE SETORIAL

Crise pode afetar acesso da classe C à web em 2009
A alta do dólar e a desaceleração do crédito podem afetar um dos pilares de crescimento da internet brasileira em 2008: a classe C, segundo previsões da Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica. "Nossa demanda (por micros) tem certa dependência do crédito disponível e da taxa de juros, principalmente para classes mais baixas. Durante 2008, tivemos uma forte inclusão digital da população brasileira, com máquinas financiadas a prestações atrativas. Esse crédito pode ser reprimido e a demanda pode cair", afirma Hugo Valério, diretor da área de informática da Abinee.
O crescimento da participação da classe C online decorre de uma conjunção entre estabilidade
financeira, abundância de crédito e máquinas disponíveis a preços acessíveis. Segundo dados da Cetelem, foram, no mínimo, 6 milhões de novos internautas provenientes da classe C nos últimos três anos, com crescimento acentuado em 2008. Dados baseados na Pnad, do IBGE, indicam que o número de PCs domésticos, entre os que ganham até 10 salários mensais, mais que triplicou em três anos, enquanto a cifra dos que faturam mais de 20 salários se manteve estável no período.


A crise "não vai poder durar muito tempo. Não há como viver em uma situação tão instável. É difícil adivinhar como ou quando vai estabilizar. O que podemos prever é que o dinheiro deve ficar mais escasso", prevê Valério. A desaceleração econômica será sentida, diz ele, a partir de 2009. O executivo acredita que a crise financeira mundial não deve afetar as vendas de eletrônicos no final desse ano. A Abinee não pretende rever sua estimativa de crescimento do setor, situada em 15%.


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COMÉRCIO EXTERIOR

Brasil habilita mais 48 fazendas para exportar para UE
Lista divulgada ontem, pela Comunidade Européia mostra que o Brasil acrescentou mais 48 fazendas na lista de propriedades habilitadas a exportar carne bovina para a União Européia. O número de registros passou de 364 na semana passada para 412 fazendas nessa semana, indicando um crescimento superior a 13%. Nas últimas seis semanas, a média semanal de inclusões do Brasil tem sido de 39 propriedades. O Estado de Minas Gerais segue com o maior número de propriedades cadastradas, com 200 registros. Em segundo lugar aparece Goiás, com 80, seguido pelo Mato Grosso, que possui 72 propriedades. Na última atualização, o Estado de Goiás foi o que apresentou maior número de inclusões, com 17 novas fazendas habilitadas para exportar ao bloco europeu.

Média diária de crédito para exportador cai mais de 50%
A piora da crise financeira internacional secou ainda mais o crédito para os exportadores no Brasil. Dados do Banco Central divulgados ontem, 8/10, mostram que a média diária na concessão de financiamentos para o setor, na semana passada, despencou 53,9% na comparação com o resultado registrado no restante de setembro. Entre os dias 29/9 e 3/10, exportadores conseguiram, na média, crédito diário de US$ 116,8 milhões no chamado ACC - Adiantamento de Contrato de Câmbio. O valor é menos da metade da média diária de US$ 253,5 milhões, registrada entre os dias 1º e 26 de setembro, período que já havia sofrido com a piora do cenário após a derrocada do banco americano Lehman Brothers, em meados do mês. Segundo os dados do BC, o dia mais crítico para o exportador foi a quarta-feira, 1º/10, quando apenas US$ 61 milhões em novos contratos de crédito foram fechados no sistema financeiro brasileiro. Menos de um mês antes, em 10/9, os financiamentos somaram US$ 457 milhões.

MP para exportações
O presidente Lula assinou na última segunda-feira, uma MP - Medida Provisória -, publicada no Diário Oficial da União na terça-feira, dia 7/10, que permitirá ao governo federal usar parte das reservas internacionais do País para financiar exportações. Com força de lei, ela já está em vigor e poderá ajudar a acalmar os mercados por aqui.

Anti-crise
O objetivo da MP é aliviar o comércio exterior dos efeitos da crise financeira internacional, que tem feito despencar as bolsas de valores no mundo todo. É que com a brusca e forte redução do crédito internacional, as exportações brasileiras sofrem as conseqüências dessa falta de liquidez. A MP permite a compra de carteiras de crédito de bancos comerciais pelo Banco Central do Brasil.

Modus operandi
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o governo incentivará as operações de resgate do dinheiro que está aplicado no exterior, trazendo-o para um banco nacional financiar o mercado exportador. A medida é considerada acertada por analistas, mas, diante do atual pânico dos mercados, é cedo para avaliar se serão suficientes.

Para o ano
Nesse ano, já estão consolidados cerca de 200 bilhões de dólares em exportações brasileiras, ou seja, nesse aspecto, a crise não deve atingir o País agora. Praticamente todos os negócios para esse ano já foram fechados. O problema será sentido no ano que vem, mas ninguém arrisca dizer de quanto deverá ser a redução desses valores para 2009, diante das inúmeras variáveis desconhecidas no momento.

Na mão
Os grandes armadores reclamam, e não é pouco, que o Sindamar, entidade que os representa no
Brasil, não produz os efeitos desejados. Eles se queixam da deficiência para conquistar avanços na redução de dificuldades e dos custos para operar cargas nos portos brasileiros.


Adeus
Como o prefeito de Guarujá/SP não foi reeleito, o secretário de Planejamento e Gestão Financeira, Mauro Scazufca, que representa o município no CAP - Conselho da Autoridade Portuária - do Porto de Santos, está esvaziando os seus armários e picando papel.

Mão governamental
O drawback verde-amarelo, que entrou em vigor no último dia 1º, permite que os exportadores
brasileiros gozem de suspensão de IPI, PIS e COFINS para compra de insumos nacionais destinados à produção de bens exportáveis. A medida, inicialmente proposta para compensar supervalorização do Real, agora que o Dólar subiu, se encaixa como uma luva para aliviar os efeitos da crise financeira internacional.


Sem crise
Acreditando na expansão do mercado de açúcar e combustível, a líder Cosan fará investimentos da ordem de R$ 6 bilhões, até 2010. O otimista presidente do grupo, Rubens Ometto, não acredita que a crise do mercado mundial atinja a empresa que ele lidera.

Com crise
Já o grupo Votorantim decidiu postergar a compra das ações detidas pela Arapar na Aracruz Celulose, pondo em risco a criação da maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo. Problemas financeiros surgidos na Aracruz dão conta de perdas potenciais de quase R$ 2 bilhões, com operações derivativas no mercado futuro de câmbio.

Granito capixaba
O estado do Espírito Santo, que é um dos maiores exportadores de mármore e granito do País, corre o risco de sentir os primeiros efeitos negativos da crise que abateu grandes impérios financeiros dos EUA. É que a terra do Tio Sam sempre foi o maior importador dessas pedras brasileiras.

Ferrou
A suspensão dos investimentos da empresa de logística LLX, de Eike Batista, na construção do Porto Brasil, em Peruíbe/SP, decorrente da crise de liquidez internacional, afetará negativamente a ferroviária ALL - América Latina Logística -, que tinha planos para faturar alto no empreendimento.

Invasão chinesa
Empresa chinesa cujo nome não foi revelado, após encontrar minério de ferro em diversos municípios do Ceará, testar a qualidade e garantir a viabilidade econômica da exploração, começará a exportar o produto para a China já no primeiro semestre de 2009. A Vale, atual maior fornecedora brasileira do produto, que se cuide.

Levando ferro
O volume vendido já no primeiro ano de exploração deve chegar a um milhão de toneladas retiradas de jazidas de Sobral, em território cearense. Em 2010, a exportação desse minério deve chegar a 12 milhões de toneladas/ano, afirma o presidente da Adece - Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará -, Antônio Balhmann.

Prorrogação de acordo
Temendo um aumento de importação de produtos da China, o governo brasileiro propôs ao governo chinês prorrogar o acordo de restrição voluntária de importações com o Brasil, que terminará ao final desse ano.

Novo destino
Com a desaceleração da economia americana, a preocupação dos empresários brasileiros, principalmente os da indústria têxtil, é que os chineses redirecionem suas exportações para outros mercados emergentes, como o Brasil. O aumento de oferta pode gerar maior competição interna e preços mais baixos.

Faltarão portos
Estudo da Drewry Shipping Consultants, de Londres, avalia que os portos de contêiner do Oriente Médio, sul asiático e Europa Oriental podem esgotar sua capacidade até 2013, a não ser que sejam realizados novos investimentos. A consultora pondera, entretanto, que a desaceleração dos EUA e da Europa, somados ao alto investimento de operadores globais, "oxigenou" o setor.

Colapso
Na análise anual do setor, a Drewry assinalou que mais investimentos serão necessários no Oriente Médio, sul da Ásia e Europa Oriental nos próximos cinco anos, quando a movimentação ultrapassar capacidade atual. "Mesmo com o colapso do crédito, haverá ainda o colapso da capacidade. Isso é evidente em lugares como Oriente Médio, América do Sul, o Báltico, o Mar Negro, a Índia e a Ásia. E ocorrerá também, com a América do Norte e o resto da Europa, a não ser que eles continuem trabalhando".

Solidariedade
Familiares de Porfirio Atilio Disperati, doqueiro aposentado da Codesp e da Companhia Docas de Santos, comunicam que ele está sofrendo de mielodisplasia, o que requer transfusões semanais de sangue. Por isso, solicitam a solidariedade dos portuários de Santos para doarem sangue, na Santa Casa de Santos

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MERCADO ONLINE

YouTube apela para games e músicas para aumentar faturamento
Em uma tentativa de transformar seu fluxo de audiência em faturamento, o YouTube começará a facilitar a venda de música e games e a experimentar novos formatos publicitários. O portal, comprado pelo Google em 2006, está dando os primeiros passos para se tornar uma página de comércio eletrônico, por meio da qual venderá música, filmes, programas de TV, games, livros, entradas para espetáculos e outros produtos relacionados a filmes exibidos pelo portal. Os visitantes do YouTube nos EUA poderão adquirir as faixas de música de vídeos que acabam de assistir, clicando em botões que os conduzirão à Amazon.com ou à loja iTunes, da Apple. Amazon e iTunes vão dividir com o YouTube parte da receita obtida com as vendas. Por enquanto, o YouTube vai vender apenas músicas de dois grandes selos, EMI Music e Universal, e games produzidos pela EA - Electronic Arts. A idéia é negociar com outros estúdios e produtoras para aumentar a oferta de produtos. O YouTube afirma que planeja disponibilizar a plataforma fora dos EUA, mas não especifica uma data para isso. Investimento Os investidores têm perguntado ao Google quando o YouTube, comprado pela líder em serviços de buscas na internet por US$ 1,65 bilhão, começará a gerar receita e lucro considerável. O Google não oferece números separados sobre o desempenho financeiro do YouTube, mas analistas da Piper Jaffray Research estimam que o site de vídeo pode obter receita de cerca de US$ 200 milhões, em 2009 - o Google como um todo deve faturar US$ 27 bilhões no péríodo.
Até o momento, o YouTube vinha apontando as vendas de publicidade como sua principal fonte
de renda. O portal continua a experimentar outros formatos que permitam explorar a popularidade do site, que recebe uploads de cerca de 13 horas de vídeo por minuto. O YouTube recebeu 330 milhões de acessos em agosto de 2008, de acordo com a comScore, que mede audiências de Internet. "Eles gastaram uma tonelada de dinheiro nessa coisa e querem algum retorno", afirma o analista Rob Enderle, do Enderle Group. "O truque é saber como fazer isso sem assustar os usuários. Vai ser uma dança delicada." Os links para os canais de venda estão sendo colocados discretamente embaixo do player de alguns vídeos do site, convidando as pessoas a visitarem as lojas do iTunes e da Amazon.


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MERCADO DE LUXO

Que tal um mini-submarino só seu...
Não é loucura da colunista, não... A empresa Uboat Worx vai lançar – até o final do ano - dois modelos de mini-submarinos: o C-Quester, para duas ou três pessoas. O ‘brinquedinho’ possui toda a tecnologia disponível como sistemas de comunicação e de segurança, câmera de vídeo e sonar, altímetro e pode submergir até 100 metros. Preço do capricho: US$ 250 mil. Interessados em conhecer o lançamento podem acessar o site da fabricante:
www.uboatworx.com.

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EXPEDIENTE

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