I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 078 | Ano I

Produção industrial em agosto cai
em seis das 14 regiões pesquisadas
A produção industrial caiu em seis das 14 regiões pesquisadas em agosto na comparação com o mês anterior, informou nessa terça-feira, o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Na média nacional, a indústria apresentou queda de 1,3% na mesma base de comparação. As quedas que mais influenciaram o resultado foram verificadas em São Paulo e Minas Gerais - ambos com -1,8%.
No Paraná, a indústria variou 4,8% de forma negativa, e no Rio de Janeiro, a retração foi de 2,7%. Esses quatro Estados são responsáveis por 65% da produção industrial nacional. Houve recuo ainda em GO (-6,1%) e AM (-3,1%). Entre os oito locais com alta, os principais resultados foram notados em PE (5,3%), BA (4,4%), região Nordeste (3,1%) e CE (2,4%). PA (1,6%), ES (1,4%), SC e RS (ambos com 0,7%) ficaram acima da média nacional (-1,3%).
Na comparação com agosto do ano passado, a atividade industrial cresceu em 12 das 14 regiões analisadas. Na média nacional, a indústria cresceu 2%, na mesma base de comparação. Nessa relação, as principais altas foram notadas no PA (10,3%), ES (7,1%), BA (7%) e GO (6,7%). Cresceram ainda acima da média nacional o CE (5,9%), PE (3,7%), MG (3,6%) e SP (2,9%). Em sentido inverso, a produção industrial caiu no AM (-3%) e em SC (-1,8%).

Crise do crédito deverá reduzir ritmo da construção em 2009

A forte queda da Bolsa e a paralisação do crédito atingiram as construtoras brasileiras, e o número de empreendimentos lançados, deve sofrer forte redução nos próximos meses. A previsão foi feita pelo presidente do Sinduscon-SP - Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo -, Sérgio Watanabe. Embora o sistema de financiamento da compra de imóveis (poupança e FGTS) esteja fora da crise, as construtoras estão sendo obrigadas a financiar a execução da obra num cenário pouco amistoso para a tomada de crédito. "A busca de recursos pela via do mercado de ações está completamente descartada agora. O BNDES também não tem uma linha para financiamento imobiliário. As empresas, então, têm de buscar recursos num mercado praticamente parado", diz. Salvo casos excepcionais, Watanabe não acredita na paralisação geral das obras em andamento devido à restrição de crédito corporativo, mas a indústria da construção vai reduzir muito os novos lançamentos. É a forma de não ficarem expostas a um mercado adverso, afirma. Devido aos projetos lançados, a previsão de crescimento de 10% em 2008 não deverá ser atingida, mas as expectativas para 2009 não são muito favoráveis. Melvyn David Fox, presidente da Abramat - Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção -, afirmou ontem, que a previsão inicial de crescimento em 2009 também pode ser revista para baixo.

Líderes mundiais buscam ação coletiva para conter crise

Líderes de diferentes países reforçaram os pedidos por uma ação coletiva para conter os efeitos da crise financeira global. Esse foi o tema das conversas telefônicas mantidas nessa terça-feira, pelo presidente dos EUA, George W. Bush, com líderes da Itália, da França e do Reino Unido. O governo americano também disse estar aberto à possibilidade de realizar um encontro de emergência de lideranças internacionais a respeito da crise, como propôs o presidente francês, Nicolas Sarkozy. Mas, a porta-voz da Casa Branca, disse que as atenções das autoridades americanas estão voltadas para a reunião de ministros das Finanças dos países que integram o G7, no próximo fim de semana, em Washington. A reunião integra os eventos que compõem o encontro semestral do FMI e do Banco Mundial. O FMI - Fundo Monetário Internacional - fez um apelo idêntico por uma solução coletiva de ontem, durante a divulgação do relatório Estabilidade Financeira Global. No documento, o Fundo pede "um compromisso coletivo". Para o diretor do Departamento Monetário e de Capitais do FMI, Jamie Caruana, governos de diferentes nações devem ajudar instituições financeiras a se capitalizar, comprando dívidas podres ou injetando recursos públicos nessas instituições. O FMI estima ainda que, nos próximos cinco anos, os grandes bancos globais precisarão de investimentos na ordem de US$ 675 bilhões. Caruana enfatizou que a necessidade de agir coletivamente, não significa que diferentes países tenham de proceder de forma idêntica. "A mesma solução não se aplica a todos", afirmou Caruana. "Diferentes países contam com diferentes instituições, com diferentes estruturas. Mas é preciso evitar que o que acontece em um país, se espalhe para outro." (BBC Brasil, de Washington)

Com crise, GM estuda vender principal sede em Detroit

A General Motors considera a hipótese de vender sua sede social em Detroit, caso não consiga refinanciar US$ 500 milhões, afirmou ontem, o jornal "The Detroit News". O diário diz que a GM quer conseguir um empréstimo de US$ 500 milhões de algum fundo de pensões para refinanciar sua sede, conhecida como RenCen - Renaissance Center. A idéia será oficialmente apresentada nessa quinta-feira, ao fundo de gestão de pensões dos policiais e bombeiros de Detroit, acrescentou o periódico. Mas caso não consiga chegar a um acordo, a montadora estaria disposta a considerar sua venda, declarou ao diário o diretor-executivo de questões imobiliárias da GM, John Blanchard. O diretor disse que caso seja vendida sua sede, a GM não pensa em abandonar Detroit e alugaria escritórios no mesmo prédio. A montadora atravessa, junto com o setor de automóvel americano, a crise mais grave de sua história. A GM perdeu US$ 15,5 bilhões no segundo trimestre do ano. Nos nove primeiros meses de 2008, suas vendas nos EUA caíram 18,1% e a montadora não espera começar a se recuperar até 2010.

Indústria automobilística alemã reduz produção devido à crise

A crise financeira também começa a apresentar reflexos na indústria automobilística alemã. Nessa terça-feira, Opel, Daimler, Ford e BMW anunciaram que vão diminuir a produção por causa do recuo da demanda por automóveis. Demissões não estão previstas, segundo as montadoras. A Opel vai suspender a produção por três semanas na sua unidade de Eisenach, a partir da próxima segunda-feira, 13/10. Em Eisenach trabalham 1.800 pessoas. A unidade de Bochum, que emprega 5.000 pessoas, está parada desde a semana passada e deve retomar a produção na próxima segunda-feira. (Deutsche Welle, na Alemanha )

Presidente russo anuncia medidas para socorrer bancos

O presidente russo, Dmitri Medvedev, anunciou nessa terça-feira, 7/10, novas medidas de apoio aos bancos de um total de quase 27 bilhões de euros, sob a forma de créditos destinados a consolidar seus próprios fundos. "Que decisão podemos tomar hoje? Devemos decidir a concessão aos bancos de créditos subordinados de até 950 bilhões de rubros (26,7 bilhões de euros, cerca de US$ 36,3 bilhões), por um período de pelo menos cinco anos", disse Medvedev em uma reunião de ministros e banqueiros no Kremlin. Em geral, esse tipo de crédito é concedido pelos acionistas, nesse caso o Estado, em benefício de estabelecimentos controlados por fundos públicos. Apesar do anúncio, as duas Bolsas de Moscou não conseguiram reverter a trajetória de queda e fecharam a sessão dessa terça-feira em leve retrocesso perto de 1%. O índice RTS perdeu 0,95%, depois de desabar na segunda-feira, com uma queda recorde de 19,10%. O índice Micex (em rubros) fechou nessa terça-feira, em queda de 0,96%, a 744,76 pontos. O Sberbank, o maior banco russo, poderá receber até 14.032 bilhões de euros, o VTB, 5.613 bilhões de euros, e o Rosselkhozbank, 700 milhões de euros, enquanto que os demais bancos dividirão os 6.317 bilhões de euros restantes, destacou Medvedev. O ministro das Finanças, Alexei Kudrin, explicou que se trata de "medidas preventivas", que levam em conta o contexto de crise internacional e que têm como objetivo, reforçar as capacidades financeiras dos bancos a longo prazo. "É uma medida mais contundente que as anteriores. Trata-se não só de (fornecer) liquidez, como também, de reforçar o capital dos bancos", o que permitirá apoiar a economia a longo prazo, destacou o ministro. O governo russo já anunciou várias medidas de apoio ao setor bancário, vítima de uma grave crise de confiança que afundou as bolsas russas nas últimas semanas. O Banco Central apresentou no dia 17/9, uma série de medidas destinadas a facilitar o refinanciamento dos bancos, vários dos quais estão ameaçados pela falta de liquidez no mercado. (France Presse, de Moscou)

Governo anuncia R$ 10 bilhões para financiamentos da indústria naval

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) anunciou ontem, que o governo vai disponibilizar mais R$ 10 bilhões para financiamentos para a indústria naval. O dinheiro será destinado ao FMM - Fundo de Marinha Mercante - para a construção de plataformas, navios petroleiros, sondas e navios e cabotagem. "Nesse momento de crise, estamos garantindo R$ 10 bilhões, o que é algo estratégico e mostra a importância da indústria naval para o país", afirmou durante cerimônia de batismo da plataforma P-51, em Angra dos Reis. Rousseff disse que o governo ressuscitou a indústria naval e provou que é possível construir plataformas no país. Ela lembrou que a P-51 e outras plataformas, iriam ser construídas no exterior por decisão da antiga diretoria da Petrobras, em 2002. "O presidente Lula determinou que elas fossem construídas aqui. A ordem era reconstruir a indústria naval e provar que o Brasil tem condições, empregando mais trabalhadores", destacou. Antes, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, havia ressaltado o fato de a P-51 ter o maior conteúdo nacional entre as plataformas da Petrobras. O executivo lembrou que a política de conteúdo nacional, será importante para o país dentro do atual contexto da crise. "Ela abre perspectivas de emprego e aumento de renda com competitividade", observou.

TAM anuncia entrada no grupo Star Alliance e se integra a 21 companhias

A TAM anunciou ontem, a sua entrada na Star Alliance, a maior aliança global da aviação comercial, integrada atualmente por 21 companhias aéreas do mundo e três empresas regionais que operam mais de 18.100 vôos diários. A companhia já tem code-share com algumas das empresas que compõem a Star Alliance, como a Lufthansa, a TAP, a United e a Air Canada. "Esse é um passo decisivo para a TAM, que passará a ser reconhecida como empresa aérea de padrão global", afirmou o presidente da companhia, comandante David Barioni Neto. A entrada da empresa no grupo dependeu de aprovação pelo conselho executivo da Star Alliance. Jaan Albrecht, CEO da organização, afirmou que agora "a América Latina não será mais um ponto em branco, mas sim um ponto forte no nosso mapa". Depois que a companhia brasileira completar seu processo de integração, a rede de rotas da Star Alliance será expandida para mais de mil destinos em 170 países, oferecendo mais de 20 mil freqüências diárias. Quando se tornar membro efetivo da aliança global, a TAM passará a compartilhar produtos e serviços em 1.000 aeroportos de 170 países nos quais a organização estará operando. A lista inclui despacho de bagagem até o destino final, conexões mais ágeis e acesso a 800 salas VIPs. Os passageiros poderão integrar os programas das companhias membros da aliança, o que facilita no acúmulo de pontos e mais opções de resgate. "Os passageiros da TAM vão experimentar todo um mundo novo de benefícios destinados aos clientes da Star Alliance, enquanto os clientes da aliança podem esperar tanto por uma rede de rotas ideal no Brasil e na América Latina quanto por um excelente nível de serviços no ar e de assistência em terra", enfatizou Albrecht.

Empresários suíços visitam País e têm interesse no etanol brasileiro

Uma missão de empresários da província Cantão do Jura, na Suíça, está em visita ao Brasil em busca parceiros comerciais para a importação de etanol. A comitiva esteve ontem, na sede da Única - União da Indústria da Cana-de-açúcar -, em São Paulo, liderada pelo ministro do Departamento da Economia da Cooperação e dos Municípios, Michael Probst. Na entidade, a delegação assistiu a uma apresentação feita pelo Departamento de Relações Institucionais da Única, sobre o futuro do setor sucroalcooleiro e energético no Brasil e as ações para estimular a produção e utilização do etanol de cana-de-açúcar, em outras partes do mundo. Além de obter informações sobre as produções de etanol, açúcar e bioeletricidade pelo setor, o grupo pretende conhecer outros segmentos econômicos, empresas e participar de eventos durante a permanência no País. Na agenda, os executivos contam, por exemplo, com visitas à Embraer e ao Centro de Nanotecnologia, localizado em Campinas/SP. (Agência Estado, de Ribeirão Preto)

Mercosul debate integração energética da América do Sul
A Comissão de Infra-Estrutura, Transporte, Recursos Energéticos, Agricultura, Pecuária e Pesca do Parlamento do Mercosul promove, de 9 a 11 de outubro, em Caracas/Venezuela, um seminário para discutir a Integração Energética da América do Sul. O principal objetivo do encontro é debater políticas públicas que permitam, com a participação do setor privado, uma integração no setor energético. Também serão discutidos temas como a regulamentação necessária para viabilizar a integração energética e o impacto da produção de energia sobre os preços dos alimentos.

Alcoa tem lucro abaixo do esperado
A norte-americana Alcoa, gigante do setor de alumínio, anunciou ontem, 7/10, uma queda de 52% no lucro líquido no terceiro trimestre, para US$ 268 milhões (US$ 0,33 por ação), ante os US$ 555 milhões (US$ 0,63 por ação), registrados em igual período do ano passado, quando a empresa se beneficiou com a venda de um ativo. O resultado do terceiro trimestre inclui um encargo pós impostos de US$ 0,04 por ação relacionado ao corte de funcionários de uma fundidora no Texas. A receita caiu para US$ 7,23 bilhões no terceiro trimestre, de US$ 7,39 bilhões registrados em igual período do ano passado. Analistas entrevistados pelo FactSet Research, estavam esperando, na média, um lucro de US$ 0,54 por ação sobre uma receita de US$ 7,27 bilhões. A mediana das expectativas dos analistas, entrevistados pela Thompson Reuters, era de um lucro de US$ 0,53 por ação. O presidente e executivo-chefe da Alcoa, Klaus Kleinfeld, alertou que o aperto no lucro resultante da queda dos preços do alumínio e enfraquecimento da demanda, enquanto os custos dos insumos permanecem elevados, "terão um impacto maior no futuro". Contudo, isso "será um tanto mitigado pelo recuo dos preços de energia e um dólar mais forte". "Vamos continuar a administrar nosso negócio e mantê-lo competitivo em um ambiente global turbulento. (Agência Dow Jones)

Votorantim Cimentos vai investir R$ 3,2 milhões
A empresa líder nacional na produção de cimento, com aproximadamente 40% de participação de mercado, investirá R$ 3,2 bilhões, para aumentar em 60% a sua capacidade de produção no Brasil, saindo das atuais 25 milhões para 39 milhões de toneladas/ano, até 2011. No próximo mês inaugurará a modernização do sistema de moagem em sua unidade de Aratu/BA, além de outras obras das fábricas de Santa Helena/SP, Itaú de Minas/MG e Sobradinho/DF, as reativações das unidades de Pinheiro Machado/RS, Cocalzinho/GO e Poty Paulista/PE, a inauguração da moagem de Barcarena/PA e Pecém/CE. Além disso, estão em ritmo acelerado as obras de construção das fábricas de Xambioá/TO, Vidal Ramos/SC, Porto Velho/RO, Baraúna/RN e Sepetiba/RJ, além de uma nova linha de produção em Salto/SP. Os investimentos ainda incluirão uma moagem em Imbituba/SC e novas linhas de produção em Rio Branco do Sul/PR, Sobradinho/DF e Nobres/MT (que também receberá um forno de pozolana, a ser inaugurado em julho de 2009).

Lanxess investirá 7 milhões de euros em usina em SP
A multinacional alemã Lanxess, com atuação na área de especialidades químicas, anunciou ontem, um investimento de 7 milhões de euros (R$ 18,5 milhões) na construção de uma usina de co-geração de energia, com capacidade de 4,5 megawatts (MW). A unidade, que irá operar a partir do uso do bagaço de cana-de-açúcar, entrará em operação no início de 2010 e garantirá 100% da energia elétrica e do vapor necessários para o funcionamento da fábrica de pigmento de óxido de ferro em Porto Feliz, no interior de São Paulo. De acordo com o presidente da Lanxess no Brasil, Marcelo Lacerda, a maior parte do valor a ser investido, ou 80% dele, será financiado pelo BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Os 20% restantes serão recursos próprios da empresa, que no final do ano passado, adquiriu o controle da Petroflex por R$ 526,7 milhões. Além disso, está previsto para o próximo dia 16 de outubro o leilão da OPA - Oferta Pública de Aquisição - que a Lanxess realizará pelas ações da Petroflex, que terá seu registro de companhia aberta cancelado. Apesar da crise mundial, a empresa informa que ainda não sentiu impacto em suas exportações de pigmento de óxido de ferro, inclusive para os EUA. A companhia mantém seu plano de expansão, principalmente em mercados em desenvolvimento, como o Brasil e a China. "Temos investimentos previstos de R$ 50 milhões no Brasil, entre 2007 e 2009, e mantemos nossas expectativas de negócios", afirma Lacerda. O Brasil representa 10% do faturamento da empresa no mundo, que foi de 6,6 bilhões de euros no ano passado. A segurança da empresa em relação aos projetos de crescimento é justificado pelo fato de a matriz na Alemanha ter obtido no final do ano passado linhas de crédito de 1,5 bilhão de euros.

APS anuncia investimento de R$ 2,5 milhões em eficiência energética
O empresário gaúcho e diretor da APS Engenharia de Energia, Aldemir Spohr, anunciou durante a realização do Fórum Brasileiro de Energia, ocorrido em Bento Gonçalves/RS, que estará investindo a partir desse mês de outubro, recursos próprios da ordem de R$ 2,5 milhões em projetos de eficiência energética. Conforme o diretor, a APS está buscando identificar projetos nos setores industrial e comercial tendo como objetivo principal, transformar possíveis desperdícios em competitividade de mercado. Spohr salienta que “essa iniciativa objetiva identificar as oportunidades para se trabalhar com eficiência energética, viabilizar mecanismos de financiamento, implementar e gerir as ações, além de medir os resultados obtidos”. Nos contratos de performance, os resultados obtidos pela economia de energia serão utilizados para remunerar os serviços prestados pela APS.

Lorena Ativa é a aposta da Garibaldi para o verão
Com a proximidade do calor, a Vinícola Garibaldi tem expectativas otimistas para o aumento do consumo de produtos com menor teor alcoólico, como brancos e roses. Como no verão a tendência é a substituição de vinhos tintos por brancos, pois podem ser servidos frescos e fora das refeições, a aposta está no vinho branco seco Lorena Ativa, lançado recentemente pela empresa. Ele apresenta características similares ao vinho tinto quando relacionado aos benefícios à saúde. Com apelo diferenciado para o consumidor, o vinho foi obtido com a adoção de diferentes tecnologias, a cultivar aromática BRS Lorena, que é o resultado do cruzamento entre as variedades Malvasia Bianca e Seyve Willard, que confere características do moscatel. Além disso, tem um processo de vinificação inédito para vinhos brancos, com maceração, o que favorece a extração de compostos fenólicos, como os polifenóis, altamente benéficos à saúde. “O resultado da combinação dessas tecnologias, é uma bebida que contém até quatro vezes mais antioxidantes como a quercetina e o resveratrol, em relação aos demais vinhos brancos encontrados no mercado, sem prejuízo ao paladar”, destaca o enólogo e sommelier Maiquel Vignatti. O vinho Lorena Ativa integra a tradicional marca Aquasantiera, e leva em seu rótulo o selo “Tecnologia Embrapa” e no contra-rótulo um texto com informações sobre a nova técnica de elaboração.

BIC investe em linha de produtos sustentáveis
A BIC colocou no mercado a linha Ecolutions, constituída por produtos que colaboram para a preservação do meio ambiente, e que reafirmam o compromisso da empresa com a sustentabilidade. Na composição dos produtos, são utilizados materiais reciclados ou materiais provenientes de fontes menos agressivas ao meio ambiente. A caneta esferográfica BIC Ecolutions Round Stic, por exemplo, é produzida com 40% de material reciclado de embalagens pós-consumo da Tetra Pak, reduzindo o impacto ambiental. O produto também está disponível para o mercado promocional, comercializado pela BIC Graphic. Outros produtos da linha são o lápis preto BIC Evolution, que tem 40% de material reciclado em sua composição e utiliza sobras de embalagens de iogurtes (pré-consumo); e o corretivo líquido Base Água, que utiliza água no lugar de solvente.

Saraiva abre três lojas em Porto Alegre
A rede de livrarias Saraiva dá continuidade ao seu programa de expansão com a abertura de uma Megastore no Barra Shopping Sul, em Porto Alegre/RS. A empresa também converteu duas lojas da Siciliano para a bandeira Saraiva, no Moinhos Shopping e outra no Iguatemi Porto Alegre, ambas na capital gaúcha. A mudança acontece também no portfólio de produtos e serviços, com a inclusão das categorias de informática, eletrônicos, games, CDs e DVDs, além de livros importados.

Chilli Beans amplia participação no mercado externo
A Chilli Beans, rede brasileira especializada em óculos escuros e acessórios de moda, abre no Panamá um quiosque e uma loja, em mais um passo da estratégia da marca de expandir seu conceito e marca no mercado internacional. A primeira iniciativa da Chilli Beans no exterior se deu em 2005, com a abertura do primeiro ponto de venda em Portugal (hoje são seis em Lisboa). Em junho de 2006, a rede chegou aos Estados Unidos, com uma loja na Melrose Avenue de Los Angeles. No Brasil, a Chilli Breans possui mais de 200 pontos de venda, entre lojas e quiosques. A chegada na capital do Panamá será feita em parceria com a empresa local Pinevere.

Novo cliente da DUE Company
A DUE Company – Relacionamento com a Imprensa comemora a conquista da conta da Incoterm, a maior indústria de termômetros da América Latina. Com 35 anos, a empresa tem seu parque fabril em Porto Alegre/RS, onde está situada a administração, produção e laboratórios, além de contar com escritório em São Paulo/SP, como estrutura de apoio. Líder absoluta na produção de termômetros e densímetros de vidro, a Incoterm tem linhas de produtos que vão desde a saúde, área clínica, alimentação, jardinagem, agropecuária, passando pela área petroleira e álcool combustível, até estações meteorológicas. Os trabalhos para Incoterm se somarão às ações já desenvolvidas para o grupo de clientes da área de indústria, intensificando a propagação de informações aos veículos de todo país. Além da Inconterm, fazem parte do grupo de clientes da DUE Company, Famastil Taurus Ferramentas, Vinícola Garibaldi, RCD Ambientare, Cristall Villa Bella Hotel, San Tao Sushi Lounge, Moscerino Ristorante, La Table D´Or Mediterranée, Varanda das Bromélias Boutique Hotel, Portugalia, Cisame-Prontopsiquiatria, Via Zen e Clube do Nadismo.

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BASTIDORES

- À estaca zero. A venda do Complexo Hoteleiro de Costa do Sauípe voltou à estaca zero. A Previ - fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil - proprietária da Sauípe S.A., abriu novo prazo para negociar a venda do complexo turístico de Costa do Sauípe, no Litoral Norte da Bahia. O fundo espanhol CVCapital, de Enrique Bañuelos, saiu da negociação que envolvia a rede jamaicana SuperClubs.

- Novo presidente. A ABCCC - Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos - empossará sua nova diretoria hoje, às 19h, em sua sede de Pelotas/RS. Na oportunidade Henrique José Marim Teixeira passará o cargo para Roberto Sidney Davis Junior, que presidirá a ABCCC no biênio 2008-2010.

- Unisys anuncia Ed Coleman como novo CEO e chairman. A Unisys anunciou que J. Edward Coleman foi eleito pelo conselho da empresa para assumir os cargos de CEO e chairman da companhia. O executivo substitui Joseph W. McGrath, que recentemente saiu da empresa após alguns maus resultados. Ed Coleman, como é conhecido, tem 30 anos de experiência no mercado de TI. O executivo já ocupou cargos de destaque em empresas como Gateway, CompuCom e Arrow Eletronics. Na Gateway, Coleman comandou diversas mudanças estratégicas feitas na empresa, que culminaram na sua aquisição pela Acer.

- Marcos Café assume as operações da NetApp no Brasil. Marcos Café é o novo country manager para o Brasil da NetApp. O execcutivo chega para substituir Matt Gharegozlou, que ocupava o cargo interinamente desde abril do ano passado. Café trabalhou na Sun por 12 anos, tendo ocupado o cargo de diretor de canais e alianças estratégicas. O executivo também passou pela IBM e desenvolveu pesquisas para o Departamento de Ciências da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais. O trabalho do executivo será dar continuidade aos projetos iniciados por Gharegozlou e tem como menta conquistar, pelo menos, 50 novos clientes no País.

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MERCADOS de Ações & Futuros
(Informações: Dow Jones, Bovespa e Reuters)

Bovespa cai ao menor nível desde novembro de 2006
Após nova sessão de forte volatilidade, a Bovespa ameaçou aliviar as perdas no fechamento de ontem, mas não sustentou a melhora, alinhada às oscilações dos principais índices acionários norte-americanos.

- O índice Bovespa (Ibovespa) encerrou em queda de 4,66%, aos 40.139,85 pontos - menor patamar desde 1º de novembro de 2006 (39.930,05 pontos). Durante a sessão, oscilou dos 43.167 pontos, na máxima (+2,53%), pela manhã, aos 39.583 pontos, na mínima (-5,98%), à tarde. O volume financeiro seguiu fraco e totalizou R$ 5.265 bilhões (preliminar). A perda acumulada em outubro pelo Ibovespa alcança 18,98% e no ano, -37,17%.

Análise - Não foram poucas as informações a serem digeridas pelos investidores de ontem. A expectativa de corte coordenado de juro por bancos centrais ao redor do mundo, que já havia dado ânimo segunda-feira, 6/10, permitiu uma abertura mais favorável ontem, que contou ainda com a ajuda do anúncio do Fed - Federal Reserve - para a criação da linha CPFF - Commercial Paper Funding Facitity -, a fim de complementar as atuais linhas de crédito disponíveis. A reação inicialmente positiva aos esforços do Fed para destravar o mercado de crédito corporativo, contudo, logo perdeu força, e as bolsas em Wall Street passaram a operar no vermelho, o que foi acompanhado pelo mercado acionário brasileiro. Ainda na primeira etapa do dia, os investidores locais repercutiram também notícias internas, com destaque para a decisão do governo de dar mais poderes ao BC para combater os efeitos da crise no Brasil. As ações dos bancos refletem essa indefinição: Bradesco PN caiu 0,59%, Itaú PN -3,20%, Unibanco Unit -1,83% e Banco do Brasil ON -5,84%. Entre as ações de bancos que não fazem parte do Ibovespa, Daycoval subiu 1,06%, Pine cedeu 17,84% e, Cruzeiro do Sul, declinou 2,63%.

- A trégua na correção de baixa dos preços das matérias-primas (commodities), ontem, não impediu quedas significativas em ações importantes da carteira do Ibovespa. No primeiro escalão, Petrobras PN caiu 5,67% e Petrobras ON recuou 5,92%, mesmo com o contrato de petróleo para novembro em Nova York fechando a US$ 90,06, em alta de 2,56%. A alta dos metais também não evitou a desvalorização de 3,67% das ações PNA da Vale e a queda de 4,07% dos papéis ON da mineradora.

- Ações de siderúrgicas também foram afetadas pela percepção de queda de demanda de aço no mercado interno. No final da tarde, o Wall Street Journal informou que as siderúrgicas preparam corte na produção para segurar preços. CSN ON caiu 7,89%; Usiminas PNA -5,31% e Gerdau PN -8,47%.

- No Ibovespa, as maiores quedas foram registradas por: B2W ON (-15,17%), Duratex PN (-14,35%) e Cyrela ON (-13,79%). No outro extremo: Telesp PN subiu 5,48%, JBS ON aumentou 5,05% e TIM Participações S.A. PN avançou 1,40%. Apenas sete das 66 ações que compõem o índice fecharam no azul.

BC intervém, mas dólar sobe mais 5% para R$ 2.312
Diante da persistente crise de confiança no mercado global, investidores no Brasil reforçaram posições defensivas em câmbio, num movimento que amparou novo salto das cotações do dólar e motivou o Banco Central a fazer dois leilões de câmbio. Mesmo assim, as cotações no mercado à vista não tiveram alívio e o dólar comercial fechou o dia na taxa máxima, de R$ 2.312, alta de 5,09%. É o valor mais alto do dólar desde 31 de maio de 2006, quando fechou a R$ 2,323.

- Na BM&F - Bolsa de Mercadorias & Futuros -, o dólar negociado nos contratos de liquidação à vista, também fechou na máxima, a R$ 2.312, alta de 4,85%. O volume de negócios somava cerca de US$ 2,9 bilhões por volta das 16h30min. O dólar comercial subiu ontem, pelo quarto dia consecutivo (há uma semana estava em R$ 1.902), e já acumula no mês de outubro, uma valorização de 21,56%. Em 2008, a apreciação da moeda americana ante o real atinge 30,25%.- No mercado futuro de dólar da BM&F, o contrato mais negociado, de novembro de 2008, voltou a bater à tarde, pelo segundo dia consecutivo, o limite de alta, ontem de R$ 2.3235 (+6%).

Dow Jones fecha no menor nível desde setembro de 2003
O mercado norte-americano de ações voltou a fechar em queda forte, com o índice Dow Jones registrando o nível de fechamento mais baixo desde 30/9/2003. O Nasdaq fechou no nível mais baixo desde 18/8/2003, e o S&P-500 encerrou no menor nível desde 27/8/2003. O índice de volatilidade VIX chegou ao fim do dia em alta de 3,1%, em 53,68, nível mais alto desde o início da crise financeira.

Análise - A queda das ações aconteceu apesar de o Fed - Federal Reserve - ter lançado um programa de aquisição de commercial papers (títulos de curto prazo, emitidos por empresas, como fonte de financiamento) de companhias selecionadas, com o objetivo de aliviar a crise de crédito. Rumores sobre as necessidades de elevação de capital de instituições como Morgan Stanley, Bank of America e o Royal Bank of Scotland, alimentaram as incertezas dos investidores. A queda dos índices acelerou-se à tarde, depois de o presidente do Fed, Ben Bernanke, reconhecer a deterioração das condições da economia; outro fator foi o anúncio de que o crédito ao consumidor sofreu contração em agosto, o que não acontecia desde janeiro de 1998.

- O índice Dow Jones fechou em queda de 508,39 pontos, em 9.447,11 pontos. A mínima foi em 9.436,67 pontos e a máxima, em 10.124,03 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 109,08 pontos (5,80%), em 1.754,88 pontos. O S&P-500 caiu 60,66 pontos (5,74%), para fechar em 996,23 pontos. O NYSE Composite perdeu 366,53 pontos (5,43%) e fechou em 6.388,38 pontos. (Agência Dow Jones)

Petróleo fecha a US$ 90 com anúncios do Fed
Os contratos futuros de petróleo fecharam acima de US$ 90 por barril, na Nymex - Bolsa Mercantil de Nova York -, recuperando-se da queda para os preços mínimos de oito meses, registrada ontem. Os operadores apontaram vários motivos para a alta, entre elas o discurso do presidente do Fed - Federal Reserve -, Ben Bernanke, sugerindo que o banco central norte-americano poderá baixar a taxa básica de juros, o que poderia estimular a economia e ajudar a estabilizar o consumo de petróleo. O plano do Fed para ajudar o mercado de commercial papers, anunciado ontem pela manhã, também contribuiu para a reação positiva do petróleo, segundo operadores.

Análise - Se o preço voltar a cair a Opep deve reduzir a produção de petróleo. Desde o recorde alcançado em julho, a cotação do combustível recuou mais de US$ 55. O diretor da agência de petróleo da Líbia defendeu que os produtores reduzam a oferta para proteger suas receitas, se os preços continuarem em torno de US$ 90 por barril.- Na Nymex, os contratos de petróleo com vencimento em novembro, subiram US$ 2,25 (2,56%) e fecharam a US$ 90,06 por barril no pregão regular. Incluindo as transações do sistema eletrônico Globex, a mínima foi de US$ 87,87 por barril e a máxima de US$ 93,02. No sistema eletrônico da ICE Futures, os contratos de petróleo Brent, para novembro, subiram US$ 0,98 (1,17%) e fecharam a US$ 84,66 por barril. A mínima foi de US$ 82,84 e a máxima foi de US$ 87,99.

Bolsas européias perdem força, apesar de acordo da UE para apoiar bancos
As Bolsas européias perderam força ao longo do dia, e as baixas predominaram entre os mercados locais nessa terça-feira. Os governos europeus fecharam um acordo para agir de forma coordenada a fim de evitar quebras entre os bancos europeus e o Federal Reserve, anunciou um programa para comprar papéis de dívida de curto prazo, além de uma ação com outros BCs, para injetar US$ 450 bilhões no sistema bancário até o fim do ano. Mesmo assim, o pessimismo afetou os negócios.

- A Bolsa de Londres fechou em ligeira alta de 0,35% no índice FTSE 100, ficando com 4.605,22 pontos.
- A Bolsa de Paris subiu 0,55% no índice CAC 40 (depois de subir mais de 1% durante o dia), fechando com 3.732,22 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt caiu 1,12% no índice DAX, para 5.326,63 pontos.
- A Bolsa de Amsterdã teve queda de 1% no índice AEX General, indo para 309,44 pontos.
- A Bolsa de Milão caiu 0,91% no índice MIBTel, ficando com 17.812 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve queda de 0,48%, encerrando o dia com 6.427,76 pontos no índice Swiss Market.

Análise - A União Européia anunciou um acordo para apoiar grandes grupos financeiros a fim de evitar uma onda de quebras entre bancos europeus, o que poderia agravar ainda mais a crise. Já haviam recebido ajuda antes do acordo o alemão Hypo Real Estate, o belgo-holandês Fortis e o franco-belga Dexia. A situação dos bancos britânicos também preocupou os investidores: rumores no mercado de que o Royal Bank of Scotland, o Barclays e o Lloyds TSB, teriam pedido ao ministro da Economia britânico, Alistair Darling, um plano de ajuda ao setor bancário afetou as ações do setor bancário. Entre as decisões tomadas ontem, pelos governos europeus, está a de elevar de 20 mil euros para pelo menos 50 mil euros a garantia dos depósitos nos bancos do bloco, para evitar uma corrida para saques. Ontem, o governo da Islândia assumiu o controle total sobre o segundo maior banco do país, o Landsbanki, em uma operação equivalente à nacionalização. A notificação sobre a nacionalização do Landsbanki, aconteceu pouco depois que a Rússia concedeu à Islândia um crédito de 4 bilhões de euros para ajudar o país a sair da crise financeira que ameaça seu sistema bancário.

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ÍNDICES ECONÔMICOS

IGP-DI aponta inflação de 0,36% em setembro, ante deflação de 0,38% em agosto
O IGP-DI mostrou inflação de 0,36% em setembro, ante uma deflação de 0,38% em agosto, de acordo com a FGV - Fundação Getúlio Vargas. A variação está acima das expectativas do mercado financeiro, que estimava entre 0,28% e 0,30%. Segundo a FGV, os preços por atacado subiram, em média, 0,44% ante uma deflação observada de 0,80% no mês anterior. Somente os itens do grupo Matérias-primas tiveram reajustes, em média, de 0,51%, contra uma deflação de 4,84% em agosto. Entre os destaques desse grupo, o preço da soja em grão, que em agosto havia ficado 12,39% mais barata, em setembro ficou 2,59% mais cara; o preço do tomate havia caído pela metade (deflação de 50,19%), ficou 1,16% mais caro em setembro. No caso dos preços ao consumidor, a FGV ainda detectou uma deflação de 0,09% em setembro, contra uma variação de 0,14% em agosto. A FGV destacou os preços do grupo Habitação - que subiram menos, 0,24% em setembro ante 0,72% em agosto - e do grupo Alimentação - deflação de 0,97% em setembro ante deflação de 0,72% em agosto. O terceiro componente do IGP-DI, o INCC (custos da construção civil), também registrou variação em setembro abaixo da oscilação de agosto: 0,95% ante 1,18%.

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MERCADO FINANCEIRO

BNDES cria nova linha para exportações, de R$ 5 bilhões
O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - anunciou ontem, novas linhas de financiamento às exportações, no total de R$ 5 bilhões, como havia adiantado anteontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O presidente do banco, Luciano Coutinho, explicou que a linha, que foi batizada de pré-embarque especial, tem como objetivo suprir a carência atual de crédito à exportação em função das turbulências do sistema financeiro. Ele lembrou que o BNDES tem como objetivo complementar o esforço que já vem sendo feito pelo governo, de ampliar a oferta de financiamento aos exportadores. A linha terá prazo de 18 meses e taxa diferenciada por categoria. Ficou mantida a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP, atualmente em 6,25% ao ano), para os setores de equipamentos industriais, infra-estrutura e equipamentos aeronáuticos. Já o custo de financiamento para os segmentos de bens de capital para o setor automotivo (caminhões, tratores), e bens de consumo subiu. Os dois segmentos poderão escolher entre uma taxa fixa de 15% ao ano mais o spread (diferença entre o juro cobrado e a taxa de captação dos recursos) dos agentes repassadores, ou uma taxa em moeda estrangeira que terá custo de no máximo 8% ao ano mais spread dos agentes. Pela primeira opção, o exportador pagará um pouco mais caro, mas estará protegido contra variações cambiais. Nas linhas tradicionais do banco, essa taxa fixa antes variava entre 8% e 12% ao ano, dependendo do segmento de atuação da companhia. O BNDES decidiu ainda ampliar de US$ 50 milhões para US$ 150 milhões, o limite estabelecido para que cada companhia do setor de bens de consumo acesse as linhas de crédito às exportações. Coutinho explicou que o objetivo de triplicar o limite de acesso às linhas, é dar mais gás às empresas para que não paralisem suas exportações. O executivo destacou, porém, que o limite assegura uma maior distribuição entre as companhias. Coutinho admite que a demanda pelas novas linhas, possa elevar, ainda mais, os recursos do banco destinados à exportação em 2008. Até agosto, o BNDES liberou US$ 3,5 bilhões para o setor e a expectativa era chegar ao fim do ano com o patamar de US$ 6 bilhões, mas agora o executivo admite que esse patamar, pode chegar a até US$ 8,5 bilhões.

Cartões de crédito devem faturar 22% mais em outubro
O mercado de cartões de crédito deverá atingir em outubro faturamento de R$ 19,9 bilhões, o maior valor já registrado nesse ano, segundo pesquisa divulgada pelo Itaucard nessa terça-feira. Em relação ao mesmo período de 2007, a expansão deverá ser de 21,8%. Além de apontar manutenção da tendência de crescimento do segmento apresentada, ao longo do ano, o levantamento indica expansão da utilização do cartão de crédito como forma de pagamento. A projeção para esse mês é que sejam realizadas 253 milhões de transações - volume 18,09% maior que igual mês de 2007. O número de plásticos em circulação, também deverá crescer até o final de outubro e atingir 106,7 milhões de unidades, 17,9% a mais que no mesmo período de 2007. Segundo o levantamento do Itaucard, o volume total de cartões circulando no país, deverá fechar 2008 em 110 milhões de unidades - 18,43% (ou 17,1 milhões de unidades) a mais do que o registrado no final do ano passado. Quanto ao valor pago, em média, com o cartão de crédito, o levantamento aponta que em outubro ele deverá atingir R$ 78,68 - "valor que deve subir nos dois últimos meses do ano, em razão do Natal". No acumulado de janeiro a outubro (no fechamento do mês), o faturamento deverá atingir R$ 177,4 bilhões, com 2.298 bilhões de transações e 106,7 milhões de unidades em circulação. Como comparação, nos dez primeiros meses de 2007, o faturamento do setor era de R$ 145,1 bilhões, com 1.928 bilhão de transações e 90,5 milhões de plásticos. 12 meses O faturamento total estimado para esse ano, é 22% superior a 2007, aos R$ 223,5 bilhões. Entre janeiro e dezembro devem ser realizadas 2.843 bilhões de transações (acréscimo de 18,8%). Segundo a pesquisa, as 450 milhões de operações a mais que devem ser feitas nos 12 meses desse ano (ante o volume do ano passado), representa aproximadamente o total de transações do ano de 1998.

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AGRONEGÓCIOS

Aumenta em quase 50% a demanda de seguro rural entre os produtores
O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural comprometeu R$ 90 milhões, até sexta-feira, 3/10, superando em cerca de 50% os R$ 61 milhões aplicados em todo o ano de 2007. Os três produtos que mais demandaram subvenção foram a soja, correspondendo a 41% do valor total que já foi comprometido, o milho (18%) e o trigo (12%). “É bastante provável que a totalidade dos R$ 160 milhões disponibilizados pelo programa seja utilizada pelos produtores”, estima o diretor do Departamento de Gestão de Seguro Rural, Welington Soares de Almeida, da Secretaria de Política Agrícola. “Outubro é o mês em que as contratações de seguro rural tornam-se mais intensas”, lembra. Para Welington Almeida, em 2008 os produtores lançarão mão do seguro rural ainda mais do que anteriormente. “Duas seguradoras que operam fortemente no mercado já solicitaram recursos complementares ao Mapa”, destaca.

O futuro do mercado de carne
Mesmo diante de um cenário mundial temeroso com as conseqüências da crise financeira norte-americana, o Brasil apresenta resultados que deixa pelo menos os setores do agronegócio mais seguros quanto ao futuro. Um deles é o estoque de passagem de milho, que deve bater recorde histórico nessa virada de 2008 para 2009. Ele deverá ser de 11 milhões de toneladas contra quatro milhões do fim do ano passado.
A informação foi dada na última sexta-feira, 3/10, durante evento que tratou do tema “Como será o mercado de carne nos próximos anos”. A promoção reuniu durante todo o dia no Hotel Deville, em Cascavel, grandes empresários e executivos do agronegócio, bem como presidentes de cooperativas e técnicos ligados ao setor primário de várias regiões do País.
O dia foi dedicado a análises dos mercados, a partir de números atuais e de projeções que se referem, entre outros elementos, à produção, consumo e políticas de incentivo e também quanto a linhas de crédito. Os trabalhos foram abertos por Luiz Henrique Rodrigues Estima, responsável pelo private bank do JP Morgan para os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e pelo especialista em commodities e consultor de grãos Paulo César Kindrat.
Depois de repassar alguns indicadores econômicos do país e do mundo, Estima informou que sua instituição trabalha com um cenário de crescimento positivo do Brasil em 2009, "talvez um pouco abaixo dos 3,9% previstos para esse ano". Quanto à taxa de câmbio, ele disse que qualquer previsão é "mero exercício de futurologia, diante da extrema volatilidade que vive atualmente o mercado financeiro mundial".
Em sua apresentação, Kindrat destacou que, diante do quadro atual, a perspectiva que se faz para o mercado de grãos para 2009, é que os preços no mínimo se mantenham na média de 2008. O empresário Velci Kaefer, da Globoaves, analisa as informações do estoque de passagens e de manutenção de preços como confortantes para o agronegócio e principalmente, para a cadeia de aves. “Dá tranquilidade porque esses são indicativos de que não faltarão produtos e os preços vão manter-se relativamente acessíveis”.


Carnes
O especialista em avicultura e diretor da Global Poultry Strategies, Gordon Butland, fez uma leitura aprofundada sobre as perspectivas para o mercado principalmente do frango. Gordon abriu sua participação informando que os países passam a buscar soluções caseiras e melhorar seus estoques, principalmente no que se refere ao milho. No entanto, alertou, o consumo de milho deve crescer menos que o da soja nos próximos dez anos, grão que tem 85% das colheitas mundiais extraídas das Américas.
Haverá uma pressão por alimentos a base de carnes nos próximos anos em função de o crescimento populacional, na casa de 11% em média, estar acima da produção de alimentos, que avança na ordem de 2,5% ao ano. A China desenvolverá papel importante nesse cenário, porque tem 20% da população do planeta, e apenas 6% da água, bem como a Índia, que tem 18% da população e 3% da água. O Brasil por sua vez, segundo Gordon, tem apenas 3% da população e 13% de toda a água potável do planeta e isso, associado à fertilidade do solo, faz uma diferença enorme nesse mercado.
A China sozinha consome 30% de toda a carne produzida no globo e o grande desafio é onde conseguir matéria-prima para que a produção seja suficiente para atender toda a demanda. Apesar das perspectivas para a carne de frango, consumida sem nenhum tipo de preconceito no mundo todo, o importante, segundo Gordon, é fixar novas metas de expansão de produção e de investimentos a partir de estudos técnicos e planejamento detalhados.
O empresário Roberto Kaefer, da Globoaves concorda: “Crescemos no Brasil 10% nesse ano, e aumentamos a exportação em 14%. O que se busca agora é entender se esse nível de crescimento é benéfico para o setor e que conseqüências poderá trazer”. Roberto defende que a expansão do segmento para o próximo ano deva ficar em 5%, a fim de aumentar demais a demanda e reduzir preços. “Diante da análise global do segmento, precisa-se buscar o equilíbrio como o melhor aliado”.


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MERCADO DE TI

Oracle e SAP não chegam a acordo sobre processo judicial
A Oracle e a SAP realizaram nessa segunda-feira, 6/10, mais uma audiência sobre o processo TomorrowNow. Segundo um porta-voz da SAP, as companhias falharam em chegar a um acordo durante a audiência, que aconteceu a portas fechadas, em uma das cortes distritais de São Francisco/EUA. O porta-voz não quis dar mais detalhes e, o porta-voz da Oracle, não quis fazer comentários.A ação contra a SAP foi movida pela Oracle no ano passado. Nela, a Oracle acusa os funcionários da TomorrowNow, subsidiária da SAP e fornecedora da área de serviços de suporte da Oracle, de fazer downloads ilegais dos patches da Oracle, e de outros materiais, e de utilizá-los para conquistar clientes da companhia norte-americana.De acordo com um comunicado divulgado na última sexta-feira, a Oracle recebeu depoimentos do CEO da SAP, Henning Kagermann, e do co-CEO, Leo Apotheker, mas ainda aguarda os depoimentos de outros executivos, incluindo o ex-presidente, Shai Agassi. Ainda de acordo com o comunicado, até aqui a SAP disponibilizou para revisão da Oracle, 9 terabytes de documentos, mas os dois lados discordam sobre quais documentos são relevantes para o caso e o quanto a Oracle deve ter acesso a eles.A notícia de que os dois lados não chegaram a um acordo, não causou surpresa. A SAP vem tentando chegar a um acordo, mas a Oracle vem aumentando suas acusações e alegou recentemente, que os executivos da SAP sabiam do “modelo ilegal da negócios” da TomorrowNow, quando adquiriram a empresa. A SAP admitiu que os funcionários da empresa, fizeram “downloads inapropriados”, do web site da Oracle, mas negam que tenha sido algo tão estratégico quanto alega a rival. Em julho, a SAP anunciou que poderia fechar a TomorrowNow depois de não encontrar um comprador para a companhia.

AMD divide-se em duas companhias para cortar custos
A AMD confirmou ontem, que planeja dividir-se em duas companhias: uma voltada ao desenvolvimento de chips e outra focada apenas na fabricação. A divisão, e mais especificamente, a criação da unidade de fabricação, contará com a participação de dois fundos de investimentos pertencentes ao governo de Abu Dhabi. A fabricante espera que o movimento lhe garanta os recursos necessários para que ela possa competir efetivamente com a Intel, que domina a indústria de microprocessadores.A ATIC - Advanced Technology Investment Company -, criada pelo governo de Abu Dhabi, vai comprar uma parte substancial da operação de manufatura – por enquanto chamada de Foundry –, e aplicar fundos adicionais nos próximos cinco anos para a construção de uma nova fábrica de chips no estado de Nova York. Além disso, o fundo investirá na atualização da fábrica mantida em Dresden, Alemanha. Depois de criada, a Foundry continuará sediada nos EUA e vai fabricar chips para outras companhias.A ATIC vai investir 1,4 bilhão diretamente na Foundry e pagar outros 700 milhões de dólares para a AMD, ficando com 55,6% da nova companhia e metade dos assentos no conselho. Em troca, a AMD contribuirá com propriedade intelectual e com a unidade de Dresden, mantendo 44,4% da nova empresa. A Foundry também assumirá 1,2 bilhão de dólares em débitos da AMD. Nos próximos cinco anos, a ATIC vai investir entre 3,6 bilhões de dólares e 6 bilhões de dólares na modernização da fábrica de Dresden, e na construção da unidade nos Estados Unidos.Na área de desenvolvimento, a Mubadala Development vai pagar 314 milhões de dólares pela ampliação de sua participação na AMD, que agora será de 19,3%. Em novembro do ano passado, a empresa pagou 622 milhões de dólares por 8,1% de participação.A Foundry será comandada por Doug Grouse, atual vice-presidente sênior de operações de manufatura da AMD. O executivo vai renunciar ao cargo para assumir o cargo de CEO da nova companhia. Hector Ruiz – que recentemente deixou o cargo de CEO - também deixará o cargo de chairman da AMD para se tornar chairman da unidade de negócios com chips.

Freios Controil investe em BI da Sadig
Com faturamento anual de R$ 90 milhões, a Freios Controil obtém informações rápidas e precisas sobre indicadores financeiros, produção, estoques, controladoria e qualidade, através do Sadig Análises, auxiliando na tomada de decisões gerenciais. Cruzar diversos dados fornecendo relatórios que ajudam no gerenciamento das atividades, essa era a grande necessidade da Freios Controil, que viu no Sadig Análises a melhor solução. Inicialmente o Business Intelligence da Sadig, foi implantado somente na área comercial em 2007 e, devido à mudança do ERP Focco3i, mais módulos foram adquiridos em 2008, somando 25 módulos distribuídos em todos os setores da empresa. O projeto foi implantado pela Otimiza Consultoria, parceira comercial e serviços credenciada pela Sadig. A solução Sadig Análises, que já está na sua 6ª versão, despertou interesse na empresa por ser versátil, fácil de usar e instalar, além de integrar dados originados de diversos sistemas e plataformas, fornecendo resultados concretos que qualificam a tomada de decisões. Atualmente, a Freios Controil possui cinco licenças de rede e cinco replicadas que atendem 30 usuários. Tendo como base as mais variadas informações de cada setor, a solução permite cruzamento entre todos os dados, gerando relatórios e estatísticas que descartam a necessidade de criar diversas documentações. Segundo Daniel Szczepaniak, responsável pelo setor de Tecnologia da Informação da Freios Controil, "o grande diferencial da solução é a dinâmica de trabalho, pois o BI envia e-mail diário para os gestores com vários indicadores e análises como faturamento, produção, estoques, qualidade, para que eles possam acompanhar posições de estoques, gastos realizados, controlar, diariamente, o custo da não qualidade e evitar surpresas no final do mês. Além disso, é uma ferramenta muito útil aos gestores e analistas para a construção de relatórios, gráficos e integração com Excel. Em 2009, pretendemos implantar o Produto Performance da Sadig".

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ANÁLISE SETORIAL

Crise internacional de crédito deve afetar indústria já no início de 2009
A indústria brasileira deve sentir os efeitos da crise internacional de crédito já no início de 2009, segundo avaliação da CNI - Confederação Nacional da Indústria. De acordo com o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a desaceleração da indústria em agosto, divulgada ontem, pela entidade, ainda não reflete esse problema. Ele também avalia que qualquer impacto no final de 2008 será pequeno e não vai comprometer o crescimento previsto para esse ano. "Para 2008, algum certo arrefecimento pode ser observado nos últimos meses do ano, mas nada que comprometa o desempenho da indústria nesse ano", afirmou Castelo Branco. A CNI prevê crescimento da economia de 5,5% em 2008 e de 3,5% em 2009. Esse resultado menor no próximo ano será reflexo do encarecimento do crédito internacional, que deve atingir também as linhas no mercado doméstico. "Já nos primeiros meses de 2009, vamos ter uma percepção mais clara dessa desaceleração na economia mundial", afirmou. "O efeito da redução no volume de crédito e o encarecimento do crédito, vão se transmitir para as linhas que não têm ligação com recursos internacionais." Segundo Castelo Branco, com esse aperto no crédito internacional, seria hora de o Banco Central rever a política de aumento juros, com "uma parada para se observar com mais clareza os efeitos da crise na economia brasileira". Aprofundamento A entidade diz que o aprofundamento da crise em setembro, tornou explícito o problema de crédito, que afeta primeiro as empresas que dependem de financiamento para o comércio exterior. O economista afirma que esse fator impedirá os setores exportadores de aproveitar os benefícios da alta do dólar, que barateia os produtos brasileiros no exterior. "Não adianta a taxa de câmbio estar num nível mais positivo se você não tem o crédito. Nesse cenário, dificilmente esses setores vão encontrar crédito para fazer esses negócios", afirmou. Segundo ele, a sondagem industrial da CNI já mostrou problemas de crédito para grandes empresas, mas não foi verificado os motivos dessa retração.

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LOGISTICA E INFRA-ESTRUTURA

Movimento dos portos cairá 6%
O movimento de cargas nos principais portos dos Estados Unidos deve cair 6% nesse ano, em comparação com os resultados alcançados em 2007,segundo levantamento realizado pela Federação Ferroviária Nacional. Até dezembro, devem passar pelos terminais norte-americanos 15,5 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). No ano passado, esse total chegou a 16,5milhões. Em agosto, a queda prevista para o ano era de 4%, mas a projeção foi refeita devido ao agravamento da crise financeira. Apesar do menor movimento, os portos de Los Angeles e Long Beach continuam congestionados.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Exportações agrícolas de setembro cresceram 38,5%
As exportações de produtos agrícolas renderam US$ 6,8 bilhões no mês de setembro, crescimento de 38,5% em relação ao resultado obtido no mesmo mês de 2007, informou ontem, o Ministério da Agricultura. Em setembro, o superávit da balança comercial do agronegócio foi de US$ 5,7 bilhões. Os dois resultados são recordes para o mês de setembro, informou, em nota, o ministério. A crise financeira internacional não prejudicou o desempenho das exportações agrícolas. No período acumulado de 12 meses, entre outubro de 2007 e setembro de 2008, as exportações do agronegócio renderam US$ 70,9 bilhões. No acumulado do ano até setembro, o agronegócio exportou 29,2% a mais que nos primeiros nove meses de 2007, alcançando a cifra de US$ 55,3 bilhões.

Complexo soja exportou US$ 1,6 bilhão em setembro
As exportações do complexo soja - grão, farelo e óleo - somaram US$ 1,6 bilhão em setembro, informou o Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O volume embarcado de soja cresceu 2,5%, enquanto o de óleo de soja subiu 20,6% no mês. Todos os produtos do complexo foram favorecidos pelo aumento dos preços no mercado internacional, o que propiciou o bom desempenho do setor. De acordo com dados do ministério, os preços médios da soja na Bolsa de Chicago, subiram 4,3% no acumulado dos últimos 12 meses. No período acumulado de sete dias, encerrado no dia 6 de outubro, no entanto, os preços recuaram 1,2%, reflexo de venda de contratos futuros devido à crise internacional. No mês, o faturamento obtido com as vendas de carnes cresceu 66,7% e somou US$ 1,4 bilhão, resultado tanto dos preços mais elevados, quanto do aumento da quantidade exportada. O ministério destacou o crescimento das vendas de carne bovina in natura para Rússia (114,3%), Irã (451,5%) e Venezuela (403%). O crescimento das vendas de carne bovina in natura de 55,9% resultou do aumento de 48% nos preços e do incremento do volume em 5,2%. As exportações de carne de frango in natura apresentaram um forte incremento de 85,3%, favorecidas tanto pelo aumento do preço como pela quantidade embarcada. Os mercados de destino que mais contribuíram para esse crescimento foram Japão (263%), Venezuela (214%) e Arábia Saudita (92%). O valor das vendas externas de carne suína in natura cresceu 59,4%, em razão do aumento do preço internacional aumentado, 64,9% em média, o que compensou a redução do volume exportado em 3,3%. A marca histórica de US$ 70,9 bilhões das exportações do agronegócio, registrada no período entre outubro de 2007 e setembro de 2008, foi 26,2% superior ao valor das vendas entre outubro de 2006 e setembro de 2007. O superávit nos últimos 12 meses foi de US$ 59,5 bilhões.

Destaques - Os setores que mais se destacaram no período foram: o complexo soja, com US$ 17,7 bilhões; carnes, com US$ 14,5 bilhões; cereais, farinhas e preparações, com US$ 2,4 bilhões e produtos florestais, com US$ 9,5 bilhões. A China continua liderando o ranking dos países importadores do agronegócio, de janeiro a setembro. As vendas para aquele mercado foram 91,2% superiores as do mesmo período de 2007. O país asiático importa 12,8% do agronegócio brasileiro. Os Países Baixos respondem por 9,2% e os EUA, 8,6%. Vale destacar o crescimento das exportações para a Venezuela (140%), que já ocupa o 10º lugar do ranking, e para Tailândia (82,8%), em 17º. Em relação às importações, em setembro, o Brasil importou menor volume de trigo (5,5%), arroz (6,2%) e milho (43%). No entanto, em comparação com o mesmo período do ano anterior, as importações de produtos do agronegócio foram superiores em 55,1%.

Setor avícola quer conseguir benefícios do "drawback verde-amarelo"
No início de outubro, as empresas exportadoras do Brasil ganharam um novo mecanismo para aumentar a competitividade e reduzir os custos de exportação. Desde o dia 1º de outubro, está em vigor o chamado "drawback" verde-amarelo, regime que permitirá que as empresas recebam isenção tributária também na compra de insumos nacionais, equiparando-se com a isenção já existente na compra de insumos importados. Com isso, os exportadores terão a suspensão de tributos federais como IPI - Imposto Sobre Produtos Industrializados -, PIS - Programa de Integração Social - e a Cofins - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - na compra de insumo brasileiro. No entanto, essa medida não contempla a compra de insumos agrícolas, o que faz com que o setor avícola nacional se mobilize para conseguir rever a questão e conseguir se inserir nesse novo plano de benefícios para o setor. Em virtude disso, a ABEF - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos - está argumentado junto ao DECEX - Departamento de Operações de Comércio Exterior -, órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O setor luta por uma nova portaria, lei ou decreto que permita esse benefício também aos insumos agrícolas.


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MERCADO ONLINE

Comércio eletrônico mira alta de 35% esse ano
Com uma taxa de crescimento na receita de 1.200% de 2001 para 2007, o mercado de comércio eletrônico viu o seu melhor momento surgir com o barateamento dos itens de informática, que permitiu acesso das classes menos favorecidas da população brasileira aos equipamentos e serviços baseados na rede mundial de computadores. Sustentado por esse fenômeno, o e-commerce do Brasil saltou de um faturamento de R$ 550 milhões, em 2001, para R$ 6,3 bilhões, no ano passado. A expectativa esse ano é fechar com R$ 8,5 bilhões, um crescimento próximo a 35% em relação a 2007.

Sears investe em modelos 3D em site de vestuário
A rede americana de lojas de departamentos Sears, é um gigante em decadência, mas eventualmente a empresa apresenta traços de inovação. A varejista lançará no dia 22/10, um novo sistema de busca de produtos em seu site de venda de vestuário, usando fotos em vez de texto, e um recurso 3D para permitir aos clientes visualizar melhor os produtos e suas combinações. O My Virtual Model estará disponível no site Sears.com. Os clientes inserem suas medidas e uma foto, para que o modelo se pareça com eles, e então passam a experimentar uma série de combinações de roupas, calçados, bolsas e acessórios. O modelo atualmente disponível no site é bidimensional, como uma boneca de papel. Além disso, o sistema de busca permitirá aos consumidores escanear uma imagem ou estilo de uma revista e buscar esse item no catálogo da Sears. Será possível ainda enviar por e-mail os looks, para que os amigos dêem suas opiniões.

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MERCADO DE LUXO

Estilista cria roupas inteligentes que recarregam celulares
Está cansado de ver a bateria de seu celular acabar e ter que encontrar uma tomada para recarregar seu celular ou iPod? Uma estilista argentina pode ter a solução: um casaco atemporal com painel solar embutido. A linha de “roupas inteligentes”, criada por Julieta Gayoso, reconhece a presença constante da tecnologia no mundo moderno e a irritação causada pelo esgotamento de baterias. Por isso, um inovador casaco com painel solar criado pela estilista. Um cabo vai do painel solar até uma bateria no bolso interno, onde até oito aparelhos eletrônicos podem ser recarregados ao mesmo tempo, sempre que houver sol. E isso não é tudo que Gayoso criou. Sua linha de roupas Indarra.dtx inclui calças e jaquetas com artefatos de controle sem fio, com o qual o usuário pode pular de uma canção a outra ou mudar o volume de seus tocadores de MP3 guardados em uma mochila. Pode soar como algo apenas para nerds, mas suas roupas não são criações futuristas. Elas seguem um estilo propositalmente clássico: peças de roupa utilitárias, feitas para serem usadas por muito tempo.

Armani quer celular...
A grife italiana Giorgio Armani e a empresa de tecnologia Samsung já haviam lançado um telefone celular em conjunto. O sucesso foi tão grande que as duas empresas se uniram para lançar um novo modelo: o Samsung Armani 2 Night Effect, que emite luzes coloridas. Ele tem câmera fotográfica de 3.2 megapixel, rádio FM e bluetooth. O aparelho será lançado na Europa ao preço de 300 euros.


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