E-Press.biz Economia & Mercado | Edição 077 | Ano I

Kátya Desessards

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Balança comercial registra superávit de US$ 129 milhões no início de outubro

A balança comercial registrou um superávit de US$ 129 milhões nos três primeiros dias de outubro. O resultado é a diferença entre exportações de US$ 2.561 bilhões e importações de US$ 2.432 bilhões. O saldo comercial registrado na primeira semana do mês de outubro, pela média diária, ficou 72,4% abaixo do apresentado em todo o mês de outubro de 2007 (US$ 156 milhões), e 65,7% inferior ao superávit médio diário registrado durante setembro último (US$ 125,5 milhões). De janeiro à primeira semana de outubro (192 dias úteis), as exportações acumularam US$ 153.429 bilhões, com média diária de US$ 799,1 milhões, um incremento de 28,6% sobre o desempenho médio diário apresentado no mesmo período de 2007 (US$ 621,5 milhões). Na mesma comparação, observou-se um crescimento de 51,8% nas importações brasileiras. No ano, o superávit acumulado é de US$ 19.785 bilhões, com média diária de US$ 103 milhões. Pelo critério da média diária, o saldo comercial ficou 36,7% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando o desempenho médio diário registrado foi
de US$ 162,8 milhões.

Para Mantega crise vai gerar incertezas sobre 2009 no Brasil

Em sua apresentação na reunião do Conselho Político, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou que a fase aguda da crise internacional gera incertezas sobre como será 2009 no Brasil. De acordo com o material distribuído pela Fazenda, na avaliação de Mantega, a fase aguda da crise gerou um travamento do crédito externo, um encarecimento do crédito doméstico e perdas patrimoniais no mercado acionário e de derivativos. Conforme os slides, o ministro ressaltou que a resposta do governo à restrição de crédito, tem sido dada por meio de empréstimo de curto prazo em dólar para o sistema bancário, utilização das reservas e de swaps cambiais, redução do compulsório, aumento dos recursos do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -, bem como de linhas pré-embarque da instituição e antecipação de desembolso para a safra 2008/2009. O ministro destacou que o Brasil está entre os países com crescimento sustentável e mais sólido. Ele mencionou que o Brasil vive o maior ciclo de investimentos, com o ritmo mais de duas vezes superior ao ritmo do consumo. Mantega apresentou ainda, os dados da inflação acumulados em 12 meses, bem como as
expectativas de mercado que apontam para uma desaceleração até 2009. O ministro também
apresentou dados que mostram que, em 2007, os países em desenvolvimento representavam 50% da
pauta de exportações brasileiras, enquanto a outra metade, foi para os países desenvolvidos. Em 2002, os países emergentes representavam 38% e os desenvolvidos, os 62% restantes. Mantega também apresentou números sobre os volumes significativos de IED - Investimento Estrangeiro Direto - e das reservas internacionais e destacou a redução da vulnerabilidade externa, medida pela relação entre dívida externa e PIB. Além disso, mostrou informações sobre os resultados fiscais. De acordo com Mantega, o Brasil tem condições de manter o atual ciclo de crescimento, apesar da crise. Isso, segundo ele, será feito por meio de respostas aos desafios colocados pela crise, a continuação do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento - e o aumento dos investimentos, ganho de produtividade e investimentos em infra-estrutura. O ministro reconhece que deve haver uma redução "moderada" no crescimento de 2009. Na apresentação divulgada pelo Ministério, a expansão de 4,5% para o PIB no ano que vem está mantida.

Solvência - Mantega destacou, em sua apresentação na reunião do Conselho Político, a evolução do índice de Basiléia dos dez maiores bancos brasileiros, que ficou em 14,91% em junho, acima portanto das recomendações internacionais (8%) e do Banco Central (11%). Apesar disso, os dados apresentados pelo ministro mostram que houve uma redução no índice de Basiléia em relação à posição do início deste ano e do final do ano passado, quando esse indicador, que mede a solvência dos bancos, estava na casa de 17%.

Governo edita MP para poder financiar exportações com reservas do Brasil

O Palácio do Planalto editou ontem, dia 6/10, uma medida provisória destinada a fazer frente aos efeitos da crise de liquidez do mercado financeiro internacional sobre a economia brasileira. A decisão foi comunicada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante reunião do Conselho Político no Palácio do Planalto. A MP, que será publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União, vai garantir aparato legal ao Banco Central para a criação de uma linha de crédito com os dólares das reservas internacionais destinada a financiar as exportações de empresas brasileiras. A criação dessa linha de crédito foi anunciada ontem a tarde em entrevista coletiva conjunta de Mantega e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. O BC comprará títulos de bancos privados no exterior e pagará às instituições com a moeda norte-americana das reservas. Depois de um prazo, a autoridade monetária
devolverá os títulos aos bancos, que reembolsarão os dólares que receberam. A operação, na prática, funcionará como um empréstimo e não consumirá as reservas internacionais brasileiras, atualmente em US$ 207 bilhões. Isso porque os dólares das reservas serão devolvidos posteriormente. Na entrevista, Meirelles não forneceu detalhes sobre as linhas de crédito, como o prazo dos contratos e o volume de moeda norte-americana a ser ofertado. No entanto, Meirelles ressaltou que a instituição tem US$ 23 bilhões disponíveis para atuar no mercado futuro. A sistemática é a mesma dos US$ 2,5 bilhões leiloados pelo Banco Central desde o agravamento da crise internacional. Nas últimas duas semanas, o BC vendeu US$ 1 bilhão, com a recompra futura contratada.

Pequeno investidor deve ter cautela, aconselha economista

Os pequenos investidores da Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo -, que colocaram em ações entre R$ 5 mil e R$ 30 mil, devem ter cautela no atual momento de turbulência do mercado de ações. A avaliação é de Lucy Sousa, presidente da Apimec - Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais. "O que a gente está recomendando a esses investidores é que não tomem decisões precipitadas de vender a qualquer preço. Os mercados estão muito estressados, há um certo pânico no mercado e não vale a pena vender ações em uma situação dessa. O que os investidores têm de fazer é deixar essas posições e pensar em uma visão de médio prazo, quando acreditamos que isso vai se recuperar", disse ela. A economista ressaltou que quem está disposto a aproveitar o momento de baixa e comprar ações deve apostar nas empresas sólidas que atuam na bolsa, como a Vale do Rio Doce e a Petrobras. Mas a decisão de comprar, segundo ela, ainda é arriscada. "A visão que a gente tem é que o preço das ações, as companhias mais sólidas, mais conhecidas estão realmente com preços muito baixos. Agora, como a gente ainda não sabe até onde vai parar essa crise, a gente não pode afirmar que já estamos no fundo do poço. Quem for comprar
agora, tem que saber que perspectiva de crescimento está postergada", afirmou.


Citi pede US$ 60 bilhões por quebra de acordo com Wachovia

O Citigroup entrou com uma ação judicial contra os bancos Wachovia e Wells Fargo e seus diretores, em que pede pelo menos US$ 60 bilhões em compensações pelo acordo fechado por essas duas instituições na sexta-feira. Na segunda-feira passada, dia 29/9, o Citi fechou um acordo preliminar para comprar as operações bancárias do Wachovia por US$ 2,16 bilhões. Na sexta-feira, contudo, o Wells Fargo surpreendeu com o anúncio de US$ 15,1 bilhões para adquirir todas as operações do Wachovia. O Citi imediatamente rejeitou o pacto entre os dois bancos e, no sábado, protocolou uma ação contra ambas as instituições. O Citi pleiteia US$ 20 bilhões em compensações e mais US$ 40 bilhões pelos danos causados pela interferência do Wells Fargo no pacto com o Wachovia. O banco também quer compensações do Wachovia pelo rompimento do acordo preliminar. A disputa legal, que tem lugar em Nova York, discute a validade do "acordo de exclusividade" que o Wachovia assinou quando assumiu o compromisso com o Citigroup. No sábado, dia 4/10, um juiz havia estendido a validade do acordo de segunda para sexta-feira, mas no domingo uma corte de apelação anulou a decisão. Sem nenhum tipo de compromisso, o destino do Wachovia pode ser arrastado por semanas ou meses, em uma disputa legal que deixa o banco no limbo, prejudicado pela controvérsia e ainda mais enfraquecido pela montanha de maus empréstimos que levou o banco ao acordo inicial com o
Citigroup na semana passada. (Agência Dow Jones)


Operadora alemã perde dados confidenciais de 17 milhões de clientes

A operadora de celular T-Mobile, da Deutsche Telekom, uma das maiores empresas européias de
telecomunicações, admitiu que perdeu dados confidenciais de 17 milhões de clientes na Alemanha - o fato, que foi ocultado por dois anos, envolveu números de telefone, datas de nascimento, endereços e e-mails. Discos contendo essas informações foram furtados em 2006 e estão "em mãos de pessoas desconhecidas", segundo a operadora. Entre os clientes afetados pelo furto estão políticos e celebridades da Alemanha. O porta-voz da empresa, Frank Domagala, afirma que dados bancários não foram envolvidos. "De acordo com nossas informações, apesar de esses dados terem sido colocados à venda no mercado negro, não houve um comprador". Domagala disse ainda, que procedimentos de segurança ganharam melhorias desde 2006. De acordo com a revista alemã "Der Spiegel", cópias desses documentos continuam a circular na internet. No comunicado, o diretor-geral da empresa, Philipp Humm, afirma que a operadora está ciente de que as informações estavam "mais uma vez sendo utilizados para prejuízo de nossos clientes". Detetives alemães têm trabalhado com a empresa, com o objetivo de proteger pessoas que possam estar em risco pela perda das informações.

Furlan assume presidência da Sadia

O ex-ministro Luiz Fernando Furlan foi anunciado ontem, como o novo presidente do Conselho de Administração da Sadia, no lugar de Walter Fontana Filho. Ele foi convidado para reassumir o cargo pelo conselho da empresa. Em reunião extraordinária do conselho realizada ontem, Fontana Filho e Eduardo Fontana d'Avila, presidente e vice-presidente do conselho, respectivamente, pediram renúncia de seus cargos. Furlan presidiu a Sadia por dez anos e deixou o cargo há seis para assumir o Ministério do Desenvolvimento a convite do presidente Lula. Ele diz que está voltando para a empresa porque foi 'convocado' para, num momento de turbulência, dar tranqüilidade ao grupo. A empresa anunciou, há alguns dias, perdas de mais de R$ 700 milhões em operações cambiais. De acordo com Furlan, a empresa exporta atualmente US$ 300 milhões e deve manter o investimento em seis novas fábricas que devem inaugurar ainda esse ano no país.

Petrobras faz entrega da 1ª produção

A Petrobras Biocombustível informou que entregou sua primeira produção comercial de biodiesel. De acordo com a subsidiária da estatal para projetos na área de biocombustíveis, o carregamento saiu sexta-feira passada da Usina de Candeias, na Bahia, com 44.780 litros de biodiesel. Segundo a empresa, a entrega faz parte da produção vendida pela empresa nos leilões de biodiesel da ANP - Agência Nacional de Petróleo. Ao todo, foram vendidos 8 milhões de litros de biodiesel. A Usina de Candeias tem capacidade de produzir 57 milhões de litros de biodiesel por ano. A Petrobras Biocombustível informou que a unidade tem diferenciais importantes, como os sistemas de instrumentação e controle automatizados e o de processamento de óleos vegetais brutos e flexibilidade no uso de matérias-primas. A Petrobras Biocombustível tem ainda outra usina de biodiesel em Quixadá, no Ceará, e uma terceira usina, em Montes Claros/MG, está em fase final de montagem. A capacidade total de produção das três usinas será de 170 milhões de litros por ano.

Commodities têm a maior queda dos últimos 50 anos

O petróleo, o cobre e o milho empurraram as commodities rumo a sua maior queda semanal dos últimos 50 anos, devido ao receio de que a pior crise financeira desde a Grande Depressão faça os EUA entrarem em recessão. As commodities despencaram 9,9% essa semana, conforme o Índice Reuters/Jefferies CRB, que inclui 19 matérias-primas. Foi a maior queda desde, pelo menos, 1956. A retração das commodities agrícolas vem ocorrendo desde julho desse ano, com declínio mais acentuado em setembro. Nos últimos quatro meses, as cotações da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) caíram 37%, e não foram compensadas pela alta do dólar no País, que se valorizou 27% no período. O mesmo ocorreu com o suco de laranja, cujos preços retraíram-se 34%. Compensações positivas ainda ocorrem com açúcar, algodão e café. A tendência é que o efeito compensatório do câmbio predomine e, dentro de certos limites, os produtores, em conjunto, não sejam muito afetados pela forte queda das cotações internacionais. Isso porque, a evolução do câmbio vem seguindo nos últimos dez anos, um padrão semelhante. Até agora, no mercado interno, o menor valor das cotações internacionais afetam apenas o milho. Em vez de empatar, produtores aproveitam a alta do dólar para fazer hedge e garantir cotações acima de R$ 2 para a moeda americana.

Com demissão de mil pessoas, eBay corta 10% dos funcionários

O eBay anunciou ontem, 6/10, uma redução drástica em seu quadro de funcionários. As demissões vão atingir mil pessoas - cerca de 10% dos empregados da companhia -, entre fixos e temporários. Segundo o site de leilões, a medida irá "simplificar" e "melhorar a organização", reduzindo os gastos. "Nunca é uma decisão fácil, mas essa redução irá ajudar na melhoria das nossas operações e teremos mais força para continuar investindo no crescimento", disse o executivo-chefe do eBay, John Donahoe. Mesmo com a redução, o eBay está adquirindo alguns sites e expandindo seus interesses. A companhia, que sofreu uma queda em seus negócios nos últimos anos, anunciou que irá comprar o Bill Me Later por US$ 820 milhões (R$ 1,8 bilhão). O sistema oferece ao consumidor financiamentos com prazos mais longos. Além do Bill Me Later, o eBay diz que está adquirindo o site de classificados dba.dk e o site de veículos bilbasen.dk por US$ 390 milhões (R$ 850 milhões).

Paulo Zottolo deixa presidência da Philips na América Latina

O executivo Paulo Zottolo deixará a presidência da Philips. De acordo com a companhia, ele decidiu deixar a subsidiária da América Latina, que é responsável pelos negócios do setor de Produtos de Consumo/Estilo de Vida na região, para "'seguir outros caminhos". Zottolo, ainda segundo o comunicado, permanecerá na empresa até 31 de outubro. "Minha nova atividade será anunciada no início de novembro", informou Zottolo em comunicado. Ele será sucedido, temporariamente, pelo holandês Robert van de Riet, atualmente vice-presidente sênior da Philips Consumer Lifestyle (setor de negócios dedicado a produtos de consumo/estilo de vida). "A Philips respeita a decisão de Paulo Zottolo e deseja a ele, todo sucesso em sua carreira futura. Ele tem contribuído fortemente para o reposicionamento da marca Philips durante o tempo em que esteve na organização, principalmente, consolidando a identidade do setor de produtos de consumo/estilo de vida na região", disse em nota Gottfried Dutiné, vice-presidente executivo e membro do Conselho de Administração da Philips mundial. Paulo Zottolo ficou mais conhecido no Brasil em agosto do ano passado, quando disse que se o Piauí deixasse de existir, ninguém vai ficar chateado. "Não se pode pensar que o país é um Piauí,
no sentido de que tanto faz quanto tanto fez. Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado", afirmou em entrevista ao jornal "Valor Econômico". Na ocasião, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), protestou. "Tenho certeza de que o capitalismo afasta o homem do ser humano. Que Deus dê a ele a oportunidade de conhecer o Piauí e os homens e mulheres que aqui vivem." Zottolo entrou na Philips em maio de 2006, como COO (chefe das Operações) na América Latina, e assumiu a presidência para a região em abril de 2007. A Philips do Brasil é uma subsidiária da Royal Philips Electronics da Holanda e atua no país há 84 anos.


Tafisa ganha prêmio da Gazeta Mercantil

A Tafisa Brasil, que tem sede em Piên/PR, foi eleita a Melhor Empresa do Setor de Madeira e Móveis, pelo Balanço Anual feito pelo jornal Gazeta Mercantil. O prêmio será entregue no próximo dia 20 de outubro, em São Paulo/SP - são analisadas cerca de 10 mil empresas para a escolha das 30 que mais se destacaram em seus setores. São levados em conta fatores como: receita líquida em 2007, rentabilidade do capital, margem de lucro, rentabilidade do ativo e endividamento. "Estamos orgulhosos pelo reconhecimento público que nossa empresa está conquistando", disse Carlos Bianchi de Aguiar, presidente executivo da Sonae Indústria, sociedade portuguesa anônima de capital aberto que controla a Tafisa.

Consumidor brasileiro está disposto a pagar mais por produtos sustentáveis

O estudo global Our Green World, do grupo TNS, realizado online em junho de 2008 junto a 13.128 pessoas de 17 países, inclusive o Brasil, identificou que, para 52% dos 400 entrevistados brasileiros, as questões ambientais influenciam diretamente a decisão de compra e que 83% estariam dispostos a pagar mais por produtos e serviços ecologicamente corretos. Entretanto, ainda existe um grande caminho a percorrer entre a intenção e a efetivação da compra. Para a TNS, o mais relevante é que o levantamento identifica que um posicionamento das empresas em benefício do meio ambiente teria forte ressonância entre os consumidores brasileiros. A maioria dos latino-americanos acredita no comprometimento das empresas com o meio ambiente. Na Argentina, 52% dos entrevistados demonstraram essa convicção, contra 42% no México. No Brasil, o índice é de 56%, mas existe uma forte percepção de que as empresas adotam a prática por questões exclusivamente mercadológicas, ou seja, para vender mais. E apenas 19% apontaram a defesa do meio ambiente como driver das
atividades corporativas.


30% dos consumidores definem marca do produto no PDV

Um estudo realizado pelo grupo Ogilvy em 700 lojas de 24 países, envolvendo mais de 14 mil entrevistas com consumidores, afirma que 30% dos consumidores ao redor do mundo só definem na loja a marca de produto que irá comprar. O levantamento foi feito com cinco canais de distribuição e seis categorias de produtos para examinar como as decisões de compra mudam de acordo com canais, categorias de produtos, marcas, país e perfil de público. De acordo com o relatório “Shopper Decisions Made In-Store”, 10% dos clientes mudam de idéia na loja e compram uma marca diferente da que tinham planejado inicialmente; e quase 20% dos consumidores compram categorias que não tinham intenção de adquirir antes de chegar ao PDV. No mercado americano, praticamente 20% dos clientes deixam de comprar um item que tinham planejado. Os consumidores chegam à loja com uma idéia de que item adquirir, mas só tomam a decisão final em frente à gôndola.

Renner desiste de emitir dívida e pagará compra da Leader em parcelas

A crise financeira internacional levou a Lojas Renner, uma das maiores varejistas de vestuário e acessórios do país, a desistir da emissão de debêntures que havia sido anunciada no início desse mês, para bancar a aquisição da Leader, do Rio de Janeiro. Com o aumento brusco dos custos de captação, a empresa negociou com os controladores da rede fluminense o pagamento de R$ 440 milhões em seis parcelas, a primeira no fechamento da operação e a última em 31 de janeiro de 2011. A Renner não comentou o assunto, mas um fato relevante informou que o pagamento de outros R$ 230 milhões previstos no negócio seguirá a programação acertada originalmente. O valor será liquidado em cinco anos, conforme a realização de contingências fiscais e trabalhistas. Com a alteração, a empresa também adiou do dia 15 para o dia 20 de outubro a assembléia geral extraordinária destinada à aprovação da compra. A varejista, com sede em Porto Alegre/RS, estava estruturando a emissão de debêntures com remuneração equivalente a CDI mais 2% ao ano e cogitava tomar um empréstimo-ponte caso a operação não fosse concluída até outubro. Com a deterioração dos mercados de crédito, entretanto, o custo teria sido elevado para cerca de 120% do CDI.

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BASTIDORES

- Britânica Harrods bate recorde de vendas. A loja de departamentos britânica Harrods, um dos ícones do varejo do Reino Unido, declarou que apresentou no ano fiscal fechado em fevereiro, as maiores vendas de sua história. A empresa teve uma alta de 13,5% em suas receitas, para £668,3 milhões, com crescimento de 11,5% nos lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda), para £98,1 milhões. A Harrods, pertencente ao milionário Mohamed Al Fayed, tem reformado vários departamentos de suas lojas, incluindo calçados femininos, vestuário infantil e artigos para viagem, e inaugurou um ponto de venda no recém-aberto terminal cinco do aeroporto de Heathrow.

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MERCADOS de Ações & Futuros
(Informações: Dow Jones, Bovespa e Reuters)

Bovespa fecha em baixa de 5,43% após parar 2 vezes
A segunda-feira deve ficar para a história da Bolsa de Valores de São Paulo, embora o fechamento do pregão tenha mostrado um cenário menos catastrófico do que se viu nas primeiras horas do dia. O índice Bovespa encerrou em baixa de 5,43% aos 42.100,79 pontos. A pontuação é a menor desde 5 de março de 2007 (41.179,6 pontos). O volume financeiro de ontem, totalizou R$ 5.261 bilhões (preliminar).

Análise - Pela manhã, o mercado brasileiro de ações viveu momentos de pânico, contaminado pela forte queda dos principais índices de ações ao redor do mundo. A Bovespa acionou duas vezes o mecanismo de "circuit breaker", o primeiro quando a queda bateu em 10%, aos 18 minutos de pregão (às 10h18min) - os negócios foram interrompidos por meia hora - e o segundo as 11h43min, quando o índice caiu 15%, e parou por uma hora. Foi a terceira vez na história da Bovespa que o pregão regular parou por uma hora. A primeira vez foi em 28 de outubro de 1997 e a segunda, em 10 de setembro de 1998. Ontem, excepcionalmente, a Bovespa criou um limite de "circuit breaker", que seria acionado caso ocorresse uma queda de 20%.

Cenário - As maiores perdas registradas entre as ações que compõem o Ibovespa foram de: Rossi Residencial ON (-20,43%), B2W ON (-18,00%) e Aracruz PNB (-15,46%). Apenas dois dos 66 papéis que integram o índice fecharam em alta: Cyrela ON (+2,35%) e Transmissão Paulista PN (+1,03%). No caso das blue chips Petrobras e Vale, as ações PN da estatal caíram 3,23% e as ON, -2,75%; enquanto as PNA da mineradora cederam 6,80% e as ON, -7,61.

- Na mínima dessa segunda-feira, o Ibovespa chegou a registrar queda de 15,50%, aos 37.617 pontos - níveis de dois anos atrás. Na máxima, alcançou 44.502 pontos, com leve baixa de
0,03%.


Entenda como funciona o "circuit breaker"
O "circuit breaker" é um mecanismo de segurança das Bolsas de Valores usado para paralisar os negócios nos mercados e evitar oscilações bruscas. Ele é acionado quando verificada uma queda de 10%, então os negócios são suspensos por meia hora. Na Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo -, para ocorrer novo acionamento, a queda precisa chegar a 15%, quando ocorre nova suspensão por até 1 hora. O patamar seguinte é uma queda de 20%. Esses parâmetros foram determinados de acordo com a volatilidade histórica do Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira. "O mecanismo tem o objetivo de amenizar quedas do mercado em situações que se mostram anormais, e, portanto, deve ser utilizado apenas nessas situações atípicas, pois seu uso freqüente pode acabar elevando a volatilidade do mercado, gerando um efeito inverso ao pretendido", destacam as regras da Bovespa.

Estrangeiros retiram R$ 696 milhões da Bovespa na 5ª feira
A Bovespa registrou a saída de R$ 696.280 milhões em capital externo em 2/10. Nesse dia, o Ibovespa, principal índice acionário do País, despencou 7,34% e fechou aos 46.145,10 pontos. Na mínima, o índice chegou a recuar 9,41%, aproximando-se do limite de baixa de 10% - quando é acionado o circuit breaker, sistema que interrompe as negociações na Bolsa por meia hora. No acumulado do mês, em dois dias as retiradas somam R$ 1.157 bilhão, resultado de compras de R$ 3.131 bilhões e vendas de R$ 4.289 bilhões. No acumulado de 2008, o saldo está negativo em R$ 19.505 bilhões.

Bolsa de Nova York reduz queda com esperança no Fed
O mercado norte-americano de ações voltou a fechar em queda forte, com o índice Dow Jones
fechando abaixo dos 10 mil pontos pela primeira vez, desde 26 de outubro de 2004. O S&P-500 fechou no nível mais baixo desde 2003.


Análise - Refletindo o sentimento de que o pacote de socorro de US$ 700 bilhões, aprovado na
semana passada pelo Congresso, pode não ser suficiente para garantir a saúde das instituições financeiras e em reação a quedas nas Bolsas globais que eliminaram US$ 2,2 trilhões, em valor de capitalização dos mercados, o Dow Jones chegou a cair 800 pontos durante o dia, o que foi sua maior queda durante o pregão em andamento de todos os tempos e, caso se sustentasse, seria a maior queda em pontos em um único dia. A recuperação, na última hora do pregão, foi atribuída ao sentimento de que o Fed - Federal Reserve - reduzirá agressivamente as taxas de juro de curto prazo, talvez antes mesmo da reunião regular, marcada para 28 e 29 de outubro. Todas as 30 componentes do Dow fecharam em queda; as que tiveram baixas de mais de 5% foram Bank of America (-6,55%), Alcoa (-5,87%), General Motors (-5,78%), Merck (-5,48%), Microsoft (-5,36%), Citigroup (-5,12%) e McDonald's (-5,11%). As ações do banco Wachovia caíram 6,92%, em meio à disputa entre Citigroup e Wells Fargo (-2,66%), sobre sua aquisição. No setor de tecnologia, as ações da eBay caíram 5,54%, depois de a empresa fazer um alerta de queda nos lucros e anunciar que demitirá 10% de sua força de trabalho.


- O índice Dow Jones fechou em queda de 369,88 pontos (-3,58%), em 9.955,50 pontos. A mínima foi em 9.525,32 pontos e a máxima em 10.322,76 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 84,43 pontos (-4,34%), em 1.862,96 pontos, com mínima em 1.777,02 pontos e máxima em 1.905,01
pontos. O S&P-500 caiu 42,34 pontos (-3,85%), para 1.056,89 pontos.


Bolsas européias têm quedas recorde com temor de recessão global
As Bolsas européias tiveram um de seus piores dias nessa segunda-feira. A Bolsa de Paris teve sua maior queda em um único dia; a Bolsa de Londres teve a maior queda em pontos em uma única sessão; e a Bolsa de Frankfurt teve a maior queda desde janeiro desse ano. O temor de que a iniciativa de governos dos países ricos, de dar suporte para evitar um agravamento da crise financeira, possa ter chegado tarde demais para evitar uma recessão em escala global.

- A Bolsa de Londres teve queda de 5,77% no índice FTSE 100, que fechou com 4.589,19 pontos
(a queda foi de 391,1 pontos).

- A Bolsa de Paris caiu 9,04% no índice CAC 40, que ficou com 3.711,98 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt perdeu 7,07% no índice DAX, que ficou com 5.387,01 pontos.
- A Bolsa de Amsterdã teve perda de 9,14% no índice AEX General, que ficou com 312,56 pontos.
- A Bolsa de Milão perdeu 8,24% no índice MIBTel, que fechou com 17.976 pontos.
- A Bolsa de Zurique fechou em baixa de 6,12%, com 6.458,72 pontos no índice Swiss Market.
- O índice FTSEurofirst 300 - que reúne as ações das principais empresas européias - caiu 7,8%, fechando com 1.004,90 pontos. Foi o pior resultado desde a queda de 6,3%, registrada no dia 11 de setembro de 2001, quando ocorreram os ataques contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York.

Análise - Entre as perdas do dia estiveram as dos bancos Barclays, Royal Bank of Scotland e HBOS, com quedas entre 14% e 20%. O ministro britânico das Finanças, Alastair Darling, disse que o governo deve apresentar uma nova lei para o setor bancário hoje, elevando os poderes das autoridades reguladoras. Com a lei, o Banco da Inglaterra (BC britânico), deverá receber um papel mais elevado para manter a estabilidade do sistema financeiro, disse o ministro. No setor de commodities, caíram as ações das mineradoras Kazakhmys e Eurasian Natural Resources, com perdas de 26,5% e 23,4% respectivamente. As ações da Xstrata, Antofagasta, Rio Tinto e Anglo American caíram entre 15% e 19%. No setor petrolífero as ações do BG Group (-10,9%), BP (-8,1%), Royal Dutch Shell (-7,7%) e da Cairn Energy (-17%) fecharam em baixa. O preço do petróleo caiu abaixo dos US$ 90 ontem.

Bolsas e moedas latinas registram queda acentuada
As principais bolsas e moedas latino-americanas registraram acentuadas perdas nessa segunda-feira, derrubados pela forte aversão ao risco que assolou os mercados ao redor do mundo - incluindo os de commodities -, em meio ao pânico dos investidores em busca de um porto seguro para seu dinheiro.

México - O peso fechou a 11,8185 por dólar - menor nível desde maio de 2004 -, comparado com
uma abertura em 11,5780 por dólar e de 11,2335 por dólar, no fechamento de sexta-feira. O pesou registrou a maior queda frente ao dólar em um dia, desde a crise financeira de 1995. "O nível psicológico dos 12 pesos por dólar foi tocado e, então, o dólar recuou", disse um operador local, que descreveu o mercado como "sem lei". O índice IPC, da Bolsa do México, chegou a despencar 9,9% logo cedo, mas depois moderou as perdas com ajuda de algumas compras especulativas, e fechou com 21.749,13 pontos - nível mais baixo em dois anos -, em queda de 2.240,37 pontos, ou 5,40%. As ações de companhias de mineração e matérias-primas registraram as piores perdas no dia: Grupo Mexico -11%, Penoles -6,7% e Cemex -12%.


Argentina - Em sintonia com a queda mundial dos mercados, o índice Merval, da Bolsa de Buenos Aires, caiu 5,90%, ou 89,36 pontos, e fechou com 1.423,35 pontos. A bolsa portenha chegou a perder 11% logo após sua abertura, no final da manhã. No mercado cambial também houve uma forte repercussão da crise internacional e o dólar subiu dois centavos em relação ao fechamento da última sexta-feira, fechando em 3,21 pesos para a venda e 3,18 para a compra. Na Argentina, a situação externa se somou às incertezas locais provocadas pela manipulação das estatísticas públicas, especialmente da inflação, e pelos problemas relacionados ao superávit comercial e fiscal. Com a queda das commodities agrícolas, o caixa do Tesouro começa a ficar comprometido porque a arrecadação, fortemente apoiada pelos impostos de exportações (as chamadas "retenciones"), será menor.

Chile - Em Santiago, o peso chileno caiu 3,2% e fechou a 585,40 por dólar, menor nível em três anos, de 567,50 por dólar na sexta-feira. Analistas disseram que o peso provavelmente vai testar o próximo nível de suporte do peso ao redor de 597,00 por dólar, se os mercados de ações ao redor do mundo e os preços do cobre - principal produto de exportação do país -, continuarem a cair hoje, terça-feira. O índice de 40 ações blue chips Ipsa, da Bolsa de Santiago, chegou a despencar 8% na mínima do dia, antes de fechar com 2.445,27 pontos, em baixa de 6,2% - maior queda em um dia desde final de setembro de 1998, em conseqüência da crise dos mercados da Ásia. Além dos fatores externos, também pesou no mercado chileno a queda do Imacec - índice de atividade econômica mensal -, para uma expansão de 2,4% ao ano em agosto, de uma taxa de +6,2% ao ano em julho e de uma expectativa dos analistas +3,8 ao ano.

Colômbia - O peso colombiano caiu para 2.255,55 por dólar - nível de fechamento mais baixo desde 30 de janeiro de 2007 -, de 2.165,00 por dólar na sexta-feira. O índice de ações benchmark da Bolsa de Bogotá caiu 4,9% para 8.761,49 pontos, seu nível mais baixo desde 22 de julho, quando o índice fechou com 8.761,32 pontos.

Peru - O índice geral da Bolsa de Lima derreteu 9,27%, e fechou com 9.778,59 pontos - bem abaixo de sua máxima de 23.789,75 pontos registrada em 24 de julho de 2007. O subíndice do setor de mineração caiu 9,93%. As ações da mineradora Southern Copper Corp caíram 9,0% e as da Sociedad Minera Cerro Verde SAA, despencaram 13,5%. As ações da mineradora de metais preciosos Compania de Minas Buenaventura SAA recuaram 6,2%, apesar da alta dos preços do ouro. O Banco Central do Peru voltou a intervir no mercado de câmbio para conter a desvalorização do sol (moeda). O BC vendeu US$ 393 milhões, mas não impediu uma nova queda do sol para 3,071 por dólar, de 3,008 por dólar no fechamento de sexta-feira.

Petróleo fecha a US$ 87,81, menor valor em 8 meses
Os contratos futuros de petróleo caíram para nova mínima em oito meses na Bolsa Mercantil de Nova Iorque (Nymex), como parte de uma liquidação orientada pelo agravamento da crise de crédito, que derrubou vários mercados ontem, segundo operadores e analistas. - Na Nymex, os contratos de petróleo com entrega em novembro, caíram US$ 6,07, ou 6,47%, e fecharam a US$ 87,81 por barril no pregão viva-voz - nível mais baixo desde o fechamento de 23 de janeiro, de US$ 86,99. Incluindo as transações do sistema eletrônico Globex, a mínima foi de 87,57 por barril e a máxima, de US$ 92,68. - No sistema eletrônico da ICE Futures, de Londres, os contratos de petróleo Brent para novembro, caíram US$ 6,57, ou 7,28%, e fecharam a US$ 83,68 por barril. A mínima foi de US$ 83,36 e a máxima foi de US$ 88,65.

Análise - Os investidores fugiram dos mercados, de commodities (matérias-primas, como o petróleo) a ações, com os futuros de gás natural recuando para a mínima em 11 meses na Nymex (US$ 6,823 por milhão de unidades térmicas britânicas), e o índice acionário Dow Jones, de Nova York, despencou abaixo dos 10 mil pontos pela primeira vez desde 2004, com uma queda de mais de 800 pontos.

Bolsas da Ásia caem, após anúncio de pacotes de socorro de EUA e Europa
As Bolsas da Ásia operaram em forte queda nessa segunda-feira, mesmo após um fim de semana em que foram aprovados pacotes de resgate econômico nos EUA e na Europa. Investidores prevêem mais volatilidade nessa semana, em meio à espera dos detalhes do plano bilionário para salvar o sistema financeiro aprovado pela Câmara dos Representantes (deputados), na sexta-feira, 3/10.

- A Bolsa de Valores de Tóquio abriu os negócios ontem, com queda de 2,5%, antes de afundar para seu pior nível em quatro anos e meio no fechamento. O Nikkei, índice que mede os negócios na Bolsa, recuou 4,25%, para os 10.473,10 pontos.
- Em Hong Kong, a redução foi de 4,97%.
- Na Austrália, o mercado caiu 3,36%.
- Na Coréia do Sul, a retração foi de 4,29%.
- A maior queda da região era da Bolsa de Jacarta/Indonésia, de 10,03%.
- Em Xangai/China, a Bolsa voltou a funcionar após uma semana fechada devido a feriados, e
recuou 5,23%.


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ÍNDICES ECONÔMICOS

Captação da caderneta de poupança recua pelo terceiro mês seguido
A captação da caderneta de poupança ficou em R$ 1.461 bilhão em setembro (diferença entre depósitos e saques realizados no mês), abaixo dos resultados registrados nos dois meses anteriores. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, no mês passado, os depósitos somaram R$ 95,7 bilhões e os saques, R$ 94,3 bilhões. Com esse resultado, o saldo acumulado de depósitos na caderneta de poupança chegou a R$ 257,6 bilhões. A procura pela caderneta de poupança caiu cerca de 50% nos nove primeiros meses desse ano. Entre janeiro e setembro, os depósitos feitos pelos poupadores superaram os saques em R$ 10.017 bilhões, ante R$ 19.719 bilhões captados no mesmo período do ano passado. Em 2007, a poupança terminou o ano com uma captação recorde de R$ 33.38 bilhões. Apesar da queda até setembro, a expectativa é que, em 2008, a poupança registre o segundo melhor
resultado desde 1995. Rentabilidade A queda registrada na captação acumulada no ano se deve ao movimento de alta da taxa básica de juros, a Selic. Os fundos DI e de Renda Fixa, que refletem os ganhos com juros, acumulam um ganho médio de 8,5% e 9% no ano, sem descontar o Imposto de Renda, que varia de 15% a 22,5%. A poupança, que é isenta de IR, registrou, até o mês passado, um retorno financeiro de 5,63%. O rendimento da poupança acompanha a variação da TR - Taxa Referencial. De janeiro a setembro, a inflação medida pelo IPCA-15 - Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 - foi de 4,96%. Pelo IGP-M - (Índice Geral de Preços – Mercado -, a inflação foi de 8,47%. No mesmo período, o Ibovespa, principal indicador da Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo -, registrou queda de 22,45%. Só em setembro, o decréscimo foi de 11,82%.

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MERCADO FINANCEIRO

Perfil de bancos brasileiros livra Brasil de uma crise hipotecária
Até mesmo o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já admite que a crise financeira dos EUA, poderá reduzir o ritmo de crescimento da economia brasileira em 2009. Economistas descartam, no entanto, que o país possa enfrentar algo nos moldes da crise hipotecária, que começou nos EUA e já deixa seqüelas na Europa. Segundo o economista Jason Freitas Vieira, economista-chefe da Uptrend Consultoria Econômica, a diferença de perfil entre os bancos brasileiros e os americanos impede que a
crise de crédito hipotecário de alto risco ("subprime"), atinja o sistema financeiro por aqui. Além de ter operações menos alavancadas - que significa investir em operações de risco que podem chegar a trazer perdas em montante superior ao patrimônio -, os bancos brasileiros dispõem de um varejo capaz de garantir a entrada generosa de recursos. "O perfil é diferente dos bancos aqui e nos Estados Unidos, e isso define que não vamos ter crise de hipotecas. Somos menos alavancados e a base de varejo é muito grande nos bancos brasileiros, o que garante recursos. Também não temos ativos podres [com alto risco calote]. A crise hipotecária é baseada em empréstimos sem vergonha, os 'subprime', com lastro ruim, que era a especulação imobiliária", explica Vieira. A atitude dos EUA beira a irresponsabilidade, conforme o economista. Segundo ele, há pelo menos três anos o governo e o sistema financeiro têm sido avisados dos riscos a que a economia americana se submetia, financiando clientes, de modo geral, de baixa renda, por vezes com histórico de inadimplência, e com dificuldade de comprovar capacidade de pagar dívidas. "Os americanos foram alertados. E até 2007, ignoraram. No ano passado, estive nos EUA e eles ainda estavam oferecendo crédito 'subprime' na televisão", disse Vieira. Segundo o economista do banco Real, Cristiano Souza, os bancos brasileiros, poupados dos efeitos direto da crise por não carregarem produtos com os problemáticos créditos "subprime", podem sofrer de forma indireta as conseqüências. "Os bancos podem ter alguma restrição para captar 'funding' [recursos para financiamento] no exterior. Lá fora, o mercado para colocação de títulos e debêntures [ativos de renda fixa], praticamente desapareceu", diz ele. Além do mercado doméstico, os bancos também buscam no exterior, recursos para emprestar à empresas e pessoas na praça financeira global. Num ambiente de alta aversão ao risco, no entanto, os grandes investidores globais evitam fazer negócios com empresas de economias emergentes.


BCE faz nova injeção de US$ 50 bilhões no sistema bancário
O BCE - Banco Central Europeu – injetou, ontem, US$ 50 bilhões com vencimento hoje, e a uma taxa de juros marginal de 4% em uma operação extraordinária para colocar liquidez. O BCE informou que 59 bancos participaram dessa operação de refinanciamento e pediram US$ 90.868 bilhões. Na sexta-feira, dia 3/10, o BCE injetou mais US$ 50 bilhões com vencimento ontem, e a uma taxa de juros marginal de 2,51%. Além disso, no dia 30 de setembro, o BCE fez uma injeção de pouco mais de US$ 60 bilhões em duas etapas - primeiro uma injeção de US$ 30 bilhões a uma alta taxa de juros marginal de 11% e, horas depois, uma outra de US$ 30,74 bilhões, à taxa de juros de 0,5%, com vencimento de um dia em ambos os casos. O Fed - Federal Reserve - e o BCE decidiram duplicar seu acordo de divisas recíproco (swap line), para aumentar a oferta de liquidez em dólares na zona do euro. No dia 29 de setembro, o Fed - Federal Reserve - anunciou, em conjunto com o BCE e outros oito bancos centrais, a ampliação de seus acordos de trocas recíprocas de divisas ("swap lines"), para US$ 620 bilhões, contra um volume de US$ 290 bilhões anunciado inicialmente. As trocas feitas dessa forma permitem injetar liquidez em dólares nos mercados que controlam. Os demais bancos centrais envolvidos são: o Banco do Canadá; o Banco da Inglaterra (BC britânico); o Banco Nacional da Dinamarca; o Banco da Noruega; o Banco do Japão; o Reserve Bank, da Austrália; o Sveriges Riksbank, da Suécia; e o SNB - Banco Nacional da Suíça. (Efe, de Frankfurt)

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AGRONEGÓCIOS

Conab divulga, na quarta, 1ª estimativa para safra 2008/09
A Conab - Companhia Nacional de Abastecimento - apresentará na quarta-feira, em Brasília/DF, a primeira projeção da safra de grãos para o ciclo 2008/09. O anúncio será feito pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, às 9h30min, no auditório da sobreloja do ministério. Participam também o presidente da Conab, Wagner Rossi, e o diretor de Logística e Gestão Empresarial, Sílvio Porto, segundo a assessoria da Conab. Esse primeiro resultado será divulgado com intervalos inferior e superior, em virtude da indefinição de alguns produtores sobre o que será plantado, efetivamente, no ciclo 2008/09. O trabalho de campo mobilizou 35 técnicos da Conab, no período de 15 a 19 de setembro. Eles conversaram com representantes de sindicatos e cooperativas rurais, agentes financeiros e de revendas de insumos do Centro-Sul do País. Informações sobre o impacto climático nas lavouras, nesse início de plantio, também serão divulgadas. A estatal vai atualizar também, os dados da produção passada com números do milho safrinha e do feijão terceira safra, que estão em fase final de colheita no País. O ciclo anterior fechou em 143,9 milhões de toneladas de grãos, o
maior da história.


Receita cambial com café sobe 19,2% e volume cai 2%, divulga CecaféLevantamento do Cecafé - Conselho dos Exportadores de Café do Brasil - divulgado ontem,
aponta que a receita cambial com exportação de café (verde e solúvel), no acumulado dos primeiros nove meses desse ano, cresceu 19,2%, em relação ao mesmo período do ano passado. O faturamento é de US$ 3.260 bilhões, ante US$ 2.734 bilhões no mesmo período de 2007. O volume da exportação brasileira de café totalizou 19.994 milhões de sacas de 60 quilos nos nove primeiros meses, com redução de 2% em relação ao mesmo período de 2007 (20.406 milhões de sacas). Desse total, o volume de café verde exportado pelo Brasil no período caiu 2,3%, ante janeiro a setembro de 2007. Foram embarcadas 17.528 milhões de sacas, em comparação com 17.947 milhões de sacas no ano passado. Do total de grão verde exportado no período, o embarque de arábica teve queda de 6,2% em volume, de 16.962 milhões de sacas para 15.916 milhões de sacas. Já o volume de café conillon, teve expressivo crescimento de 63,6% no período, de 985.243 sacas para 1.611 milhão de sacas. Quanto ao desempenho das exportações de café solúvel, o levantamento do Cecafé mostra pequena elevação de 0,3% no período, em volume. Foram embarcadas 2.466 milhões de sacas em equivalente de café solúvel, em comparação com 2.459 milhões de sacas nos primeiros nove meses do ano passado.


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MERCADO DE TI

PromonLogicalis anuncia Cássio Moura como novo CFO
A PromonLogicalis confirmou Cássio Moura como o seu novo CFO - Chief Financial Officer - da empresa. A fusão da Promon com a Logicalis aconteceu em maio, em um acordo avaliado em 77 milhões de dólares. Moura, de 39 anos, tem passagens em empresas como a Procter & Gamble, Gillette e Organon. Graduado em engenharia eletrônica e em administração, pela Universidade Mackenzie, e pós-graduado em finanças pela Harvard Extension School, o executivo será responsável pela gestão financeira da empresa que conta com 500 funcionários e faturamento anual estimado em 250 milhões de dólares.

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ANÁLISE SETORIAL

Soja transgênica é um "caminho sem volta"
Na próxima safra, deverá ocupar quase 65% do espaço nacional da cultura. Na região de Ribeirão Preto/SP, no plantio prestes a ser iniciado, a soja convencional continua predominando, principalmente devido à rotação com a cana-de-açúcar, mas já vai perdendo área para a transgênica. “É um caminho sem volta”, define o agrônomo Ricardo Mendonça, gerente comercial da cooperativa Carol, de Orlândia. Ele aponta que, entre outras vantagens, a soja transgênica oferece maior facilidade de manejo, daí sua expansão. Rotação com a cana No Nordeste de São Paulo, observa a soja convencional ainda tem maior penetração principalmente por causa de sua utilização nas áreas de reforma de cana, a cada cinco ou seis anos. Nesse processo, é feito o plantio da soja com a gradagem do solo e o uso do controle mecânico das plantas daninhas, conseqüentemente dispensando a aplicação de herbicidas glifosatos. Em termos práticos, há herbicidas que eliminam não só a planta daninha, mas também a soja convencional. A partir daí foi comemorado o surgimento da soja transgênica, que, no entanto, enfrentou resistência de organizações internacionais, como também, a restrição de entrada no mercado europeu, face à suspeita de efeitos nocivos ao meio ambiente e à saúde humana. No meio desse processo, o Brasil, segundo maior produtor mundial de soja, não seguiu a evolução que ocorreu em outros países: nos Estados Unidos, maior país produtor, a soja
transgênica ocupa 92% do espaço da cultura.

Grãos GM avançaram mais no Sul do país
No Brasil, a soja transgênica começou a ser cultivada mesmo antes de sua liberação pelo governo, principalmente no Sul do país. No sul, hoje, a transgênica atinge índice de 85%, enquanto no Sudeste deve chegar esse ano, a 58% e, no Centro-Oeste, a 51,5%, segundo levantamento da consultoria Céleres, que registra índice nacional de 64,7%. Da área total de 22.395 mil hectares prevista para a soja no Brasil em 2008/09, a transgênica deve ocupar 14.484 ha, com aumento de 1,2 milhão em relação ao ano passado.
Perspectiva
Na macrorregião de Ribeirão Preto, que compreende 85 municípios, não há levantamento oficial, mas se estima que a transgênica, com a expansão que vem registrando, vai ocupar cerca de 30 mil dos 100 mil hectares de soja nessa nova safra. “A perspectiva é de que continuará a expansão, graças ao bom resultado das pesquisas que favorece o aparecimento de novas cultivares, inclusive de ciclo precoce indicadas para a rotação com a cana-de-açúcar”, afirma o agrônomo José André Pazetto, supervisor do Departamento de Produção de Sementes da Carol. Reforçando o pensamento de especialistas, Pazetto acredita que “num futuro não muito distante, a soja transgênica vai predominar em todas as áreas”. Não se fala em 100%, pois nem os EUA chegaram a tanto. Há alguns fatores que sustentam a soja convencional e, entre eles, se inclui a perspectiva de remuneração suplementar para quem a produzir.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Brenco vai exportar álcool anidro para a americana Lyondell
A Brenco - Companhia Brasileira de Energia Renovável - assinou na quarta-feira passada, em Houston, no Texas/EUA, um contrato para exportar álcool anidro para a companhia de petróleo Lyondell. Os volumes e a duração do contrato não foram divulgados pelas duas empresas. Mas, de acordo com Rogério Manso, vice-presidente comercial e logística da Brenco, trata-se de um contrato de longo prazo e volumes expressivos. Segundo Manso, o álcool anidro que será fornecido pela Brenco, vai ser utilizado pela Lyondell para a produção de ETBE (éter etílico terc-butílico), um aditivo que após ser processado pela indústria americana, será exportado para o Japão.A Brenco vai exportar o álcool anidro a partir das duas primeiras unidades bioenergéticas da Brenco, instaladas em Goiás, usina Morro Vermelho, e em Mato Grosso, unidade Alto Taquari, que terão início de operação previsto para 2009. Em 2010, três novas unidades da empresa entram em operação: Água Emendada/GO, Costa Rica/MS e Paranaíba/MS, que também fornecerão parte do álcool negociado com a Lyondell.Em 2009, as duas plantas da Brenco vão produzir no total 320 milhões de litros de álcool. Em 2010, com as outras cinco unidades em operação, os volumes subirão para 1 bilhão de litros por safra. O produto será escoado por meio da infra-estrutura logística integrada, desenvolvida pela Brenco. A empresa investirá US$ 1 bilhão na construção de um duto, que interligará Alto Taquari/MT ao Porto de Santos/SP. Com investimentos programados em R$ 5,5 bilhões para 2015, a Brenco deverá contar com até 12 unidades industriais. A empresa visa atingir capacidade de processamento de 44 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano - equivalente à produção anual de 3,8 bilhões de litros de etanol – com co-geração de 690 MW de energia elétrica a partir do bagaço da cana.

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MATÉRIA ESPECIAL

Petrobras: novo plano estratégico leva em conta a crise
A revisão do plano estratégico da Petrobras já está considerando o cenário atual de crise mundial, disse ontem, o gerente executivo da área de engenharia da estatal, Pedro Barusco. "Nós estávamos já com tudo muito adiantado e prestes a divulgar os investimentos previstos no plano, quando fomos surpreendidos por essas turbulências", comentou ontem em entrevista coletiva à imprensa, realizada em função da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje em Angra dos Reis, a uma plataforma da companhia. Segundo Barusco, "obviamente" os planos da companhia já estão sendo reavaliados sob a ótica da crise econômica mundial. Mas, segundo ele, ainda não há nenhuma informação formal sobre um possível adiamento na divulgação do plano estratégico, que compreende o período até 2020, e deverá incluir os investimentos na área do pré-sal. "As dificuldades vêm exatamente daí. Temos uma crise de crédito financeiro. E esses novos projetos precisarão de crédito, seja tomado por parte da Petrobras, seja do restante da cadeia produtiva", comentou.
Novo pólo
O parque das Baleias - área ao norte da Bacia de Campos, na costa capixaba - já está sendo
considerado dentro da Petrobras, como o novo pólo do pré-sal brasileiro, disse ontem, o gerente executivo de Exploração e Produção da companhia, José Antonio Figueiredo. "Pensamos em até mudar o nome da área, diante das boas revelações que ela vem nos trazendo", comentou. Hoje, o pólo do pré-sal no País está localizado na Bacia de Santos, na área em torno de Tupi e Iara, onde foram identificados até 12 bilhões de barris de óleo equivalente. Na área do Parque das Baleias, a Petrobras já tinha encontrado nos últimos anos indícios de óleo pesado na parte sobre a camada de sal. Mas começou a perfurar também, abaixo dessa formação geológica, o que permitiu conectar o primeiro poço do pré-sal a uma plataforma em operação, a P-34, no campo de Jubarte, no início de setembro. Segundo Figueiredo, já foram perfurados quatro poços nessa área, "todos com excelentes resultados", e outros dois devem ser furados até o final do ano, para confirmar as descobertas na área. Além de Jubarte, o Parque das Baleias tem ainda por entrar em produção os campos de Cachalote, Baleia Azul, Baleia Franca e Baleia Anã.

Pré-sal
A Petrobras adotou a estratégia de estender seus poços perfuratórios para além da camada de sal, em todas as regiões da costa brasileira por onde se estende essa formação geológica, informou Figueiredo. A camada de sal é uma formação que se estende ao longo de 900 quilômetros na costa do Brasil, por uma largura de 200 quilômetros. Assim, disse o executivo, a companhia começou a perfurar poços no pré-sal de campos tradicionais na Bacia de Campos, como Roncador e Marlim, por exemplo. Para tentar comprovar a antiga tese dos geólogos nacionais, de que há uma segunda bacia com o mesmo ou maior potencial, localizada abaixo da Bacia de Campos, hoje responsável pela produção de 80% do petróleo nacional. "O que estamos fazendo é um esforço exploratório conjunto para estender
as perfurações que já estavam programadas acima da camada de sal, para baixo dessa barreira", disse. Ele não soube dimensionar quantos poços especificamente, estão sendo furados ou estão programados para o pré-sal em toda a extensão da costa brasileira. A principal vantagem dessas perfurações, tanto na Bacia de Campos, quanto na Bacia do Espírito Santo, é que a camada de sal nessas regiões, é menos extensa dos que os dois quilômetros encontrados em Santos. No Espírito Santo, por exemplo, ela chega a ter apenas 200 metros "A profundidade dos reservatórios, que na Bacia de Santos é de 6 mil a 7 mil metros, nas demais localizadas fica em torno de quatro mil metros", comentou.

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MERCADO ONLINE

Dia das Crianças gera R$ 359 milhões em vendas pela web
O comércio eletrônico começa a sentir o efeito do Dia das Crianças em suas vendas. A expectativa da e-bit, especializada em informações sobre o varejo digital, é de que o faturamento do setor tenha um crescimento de 30% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo R$ 359 milhões. O tíquete médio gasto deve manter-se estável na casa dos R$ 300. Entre os produtos com maior procura deverão estar os eletrônicos, sobretudo computadores e videogames, que vem ganhando espaço ano a ano; além dos brinquedos, que historicamente crescem nessa época do ano. Outro segmento que deve ganhar atenção especial por parte dos varejistas é o de tocadores de MP3 e MP4.

Acordo entre Google e Yahoo é adiado por investigação do DOJ
O início do controverso acordo em buscas do Google e o Yahoo será adiado, por conta de uma investigação do DOJ - Departamento de Justiça - dos Estados Unidos. “Quando anunciamos nosso
acordo com o Yahoo em junho, concordamos em atrasar a implementação até outubro, para dar tempo aos órgãos reguladores de verificar os detalhes”, disse o Google na sexta-feira, dia 3/10. “Como ainda estamos em conversas com o Departamento de Justiça, concordamos com um breve atraso na implementação do acordo, enquanto as discussões continuam”, afirmou a empresa. Anunciado logo após o fracasso da tentativa de compra do Yahoo pela Microsoft, o acordo permitirá que links, patrocinado do Google, apareçam junto a resultados de busca do Yahoo nos EUA e Canadá. Críticos afirmam que o acordo vai prejudicar a concorrência e elevar os preços, já que Google e Yahoo são os dois maiores players do mercado de buscas. O Google argumenta que os preços permanecerão justos porque os anúncios são vendidos em sistema de leilão. “Nem o Google nem o Yahoo determinam os preços de anúncios”, escreveu Tim Armstrong, presidente de anúncios e comércio para o Google na América do Norte, em seu blog.


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MERCADO DE LUXO

A moda vai à Bolsa
Vender ações na Bolsa de Valores nunca foi uma coisa muito comum no universo das grandes empresas de moda e artigos de luxo. Por isso, até pouco tempo atrás, a maioria delas olhava com certo desdém para o mundo plebeu dos pregões, e permanecia exclusivamente sob o controle dos próprios fundadores ou herdeiros. A situação começou a mudar nos últimos anos, quando alguns nomes importantes do mercado resolveram abrir o capital. Faz parte desse grupo corporações como a italiana Damiani, uma das mais exclusivas joalherias do mundo; e a francesa Louis Vuitton, responsável há mais de um século pela criação de alguns dos principais objetos de desejo já produzidos para as
mulheres. No total, dez grandes companhias do setor negociam atualmente, seus papéis no mercado de capitais. A lista deve aumentar em breve. Apesar da crise financeira, pelo menos, outras três grifes de porte, já anunciaram oficialmente, planos de seguir o mesmo caminho: Salvatore Ferragamo, Prada e Tommy Hilfiger. Especula-se ainda, que as casas de alta costura Roberto Cavalli e Valentino, também estejam em fase adiantada de planejamento para entrar na onda. A adesão dessas empresas, à Bolsa de Valores, tem como objetivo dar uma resposta adequada aos desafios criados pelas tendências principais do segmento de luxo na atualidade: o forte crescimento nos negócios e a multiplicação de consumidores em países fora dos eixos mais tradicionais, como Europa e EUA. Segundo a consultoria americana Bain & Company, as vendas das 200 maiores companhias do mundo desse segmento, alcançaram US$ 250 bilhões em 2007, quase o dobro do valor registrado há dez anos. Boa parte da evolução deve ser creditada na conta dos consumidores de mercados emergentes.
Entre as empresas do setor de luxo que ainda vão fazer o IPO, a que desperta mais atenção no
momento é o grupo Prada. A empresa vive uma fase de ótima saúde financeira. Em 2007, ela registrou aumento de 14% em suas vendas, que somaram US$ 2,4 bilhões. Foi em 1990 que a Prada decidiu deixar as fronteiras italianas e se transformar em uma marca internacional. Hoje, tem 250 lojas em 65 países. Mas há potencial para um crescimento ainda maior. O dinheiro da abertura de capital ajudaria a acelerar o ritmo dessa expansão. Segundo estimativas dos analistas, a companhia pode arrecadar US$ 1,5 bilhão com a venda de um terço de seu capital. Inicialmente, o IPO estava previsto para ocorrer no primeiro semestre de 2008. Em razão da crise na economia global, porém, a Prada adiou um pouco os planos.


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