E-Press.biz Economia & Mercado | Edição 076 | Ano I

Kátya Desessards

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NOTÍCIAS

CNI prevê de crescimento de 5,3% do PIB em 2008 e 3,5% em 2009
A CNI - Confederação Nacional da Indústria - aumentou a previsão de crescimento da economia
brasileira nesse ano, mas já prevê uma desaceleração em 2009, quando o país deve sofrer efetivamente, os efeitos da crise internacional de crédito. A estimativa para 2008 passou de 4,7% (previsão feita em junho) para 5,3%. Para o próximo ano, a CNI divulgou uma "estimativa preliminar" para o crescimento do PIB - Produto Interno Bruto -, soma das riquezas produzidas no ano, "em torno de 3,5%". O governo prevê um crescimento de até 5,5% nesse ano, e de 4,5%, em 2009. "O desempenho da economia brasileira em 2008 não será afetado pela crise financeira internacional, principalmente por conta da ampliação da demanda interna", diz a CNI em nota. "A crise internacional só se refletirá nos resultados da economia nacional a partir do ano que vem." Apesar de considerar que o país está mais forte para enfrentar as turbulências externas, a CNI avalia que "essas condições não impedem que os desdobramentos da crise mundial alcancem o Brasil.

Inflação, dólar e juros
A previsão de crescimento da indústria para esse ano subiu de 5% para 5,5%. O consumo das famílias, que vem sustentando o crescimento da economia, passou de 5,5% para 6%. Os investimentos devem crescer 13,5%, ante previsão anterior de 10,5%. A entidade reduziu a previsão de inflação de 6,4% para 6,2%, dentro do limite superior da meta, que vai de 4,5% a 6,5%. Mas a CNI espera um aumento maior da taxa básica de juros, que deve passar dos atuais 13,75% ao ano, para 14,50% ao ano em dezembro. A previsão anterior era de que a Selic não passaria de 14,25% ao ano. Para o dólar, a CNI revisou a projeção de R$ 1,67 na média de dezembro para R$ 1,80. O saldo da balança comercial passou de US$ 20 bilhões para US$ 25 bilhões. O resultado será a diferença entre exportações de US$ 208 bilhões e importações de US$ 183 bilhões. Segundo a CNI, os dois fatores da crise que vão se refletir no Brasil são a falta de crédito internacional para investimentos e a redução nas vendas de produtos brasileiros no exterior. "O primeiro tem efeito mais imediato, enquanto o segundo irá se
apresentar de forma progressiva à medida que o comércio mundial perca dinamismo", diz a CNI.
A entidade avalia que o Banco Central terá papel importante para resolver o problema de falta de liquidez no sistema. "O Banco Central deve mostrar-se atento aos problemas de liquidez e ao aumento do custo do crédito, reavaliando a intensidade da política monetária, que não foi dimensionada para um cenário mais adverso como o atual." O BC já anunciou uma série de medidas para reduzir os efeitos da crise no Brasil. Foram duas reduções no ompulsório para direcionar mais recursos para os bancos pequenos, e dois leilões de venda de dólares no mercado. Mesmo assim, a instituição ainda avalia que há riscos para a inflação, como mostra o Relatório de Inflação divulgado na semana passada pelo BC. A última decisão do Copom - Comitê de Política Monetária - do BC, mostrou que a diretoria está
dividida em relação à intensidade do aumento dos juros para combater a inflação. Por isso, a
Selic deve continuar subindo, mesmo que de forma menos intensa.


Brasil é o melhor país para se investir em biocombustíveis, diz E&Y
O Brasil tornou-se o país mais atraente do mundo para quem quer investir no setor de biocombustíveis, deixando os EUA para trás. A afirmação é da Ernst & Young e foi publicada em relatório trimestral da consultoria. "Concentrada principalmente na produção de etanol de cana-de-açúcar, a indústria brasileira foi impulsionada pela introdução de uma mistura obrigatória de biodiesel no combustível tradicional e pelo aumento da demanda da Índia", justificou a Ernst & Young. O relatório indica que a indústria americana, por sua vez, foi prejudicada pelo aperto na oferta de crédito. O Reino Unido ocupa apenas a nona colocação no ranking, já que a confiança do investidor foi abalada pelas crescentes críticas à sustentabilidade dos biocombustíveis tradicionais. A Ernst & Young conclui que é preciso acelerar o uso de matérias-primas não usadas na alimentação para a produção de biocombustíveis. "Cientistas e produtores concordam que a segunda geração de biocombustíveis, que envolve, entre outras soluções, o uso de safras não comestíveis e dejetos, terá menor emissão de carbono e será mais sustentável do que as tecnologias atuais", afirmou. Contudo, nenhuma tecnologia da chamada segunda geração, se mostrou comercialmente viável até o momento. (Agência Dow Jones)

BNDES diz que pode precisar de R$ 40 bilhões a mais para crédito
Em meio ao bloqueio do crédito causado pela crise financeira mundial, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, afirmou que o banco pode precisar de R$ 40 bilhões adicionais em 2009 para atender aos pedidos de empresas brasileiras, segundo entrevista de Sérgio Malbergier e Valdo Cruz. Encarregado pelo presidente Lula de manter o ritmo de investimentos no país em tempos de secura no crédito externo, Coutinho afirmou que o BNDES já tem garantidos R$ 70 bilhões. Para este ano, o banco prevê desembolsos de até R$ 90 bilhões. O aporte seria um "colchão" a ser usado caso o mercado não se recupere rapidamente. "Obviamente espero que não seja necessário tudo isso, seria um colchão, e também parte disso pode ficar para 2010", disse. Ele defende crescimento com "sensatez e prudência". "Ninguém está pensando em pisar no acelerador", diz, mas também "não é porque o mundo pisou no freio que temos de fazê-lo."

Bush: lei ajudará os EUA a enfrentarem a crise financeira
O presidente norte-americano George W. Bush elogiou a aprovação do plano de ajuda às instituições financeiras pela Câmara dos Representantes. Em breve declaração nos jardins da Casa Branca, ele afirmou que a lei "é essencial para ajudar a economia a enfrentar a crise financeira". O projeto foi aprovado pela Câmara por 263 votos a favor e 171 votos contrários. De acordo com Bush, o relatório mostrando uma inesperada e grande perda de postos de trabalho no mês passado nos EUA, representou uma "notícia decepcionante que coloca em destaque a urgência da lei que o Congresso aprovou". O presidente elogiou os líderes dos dois partidos no Congresso por seu trabalho duro e cooperação. "Ao se unirem nesse projeto, nós agimos com coragem para ajudar a evitar que a crise em Wall Street, se torne uma crise nas comunidades em todo o país", afirmou Bush. A aprovação, também, envia um sinal ao mundo de que os EUA vão agir para "estabilizar nossos mercados financeiros e manter um papel de liderança na economia global", acrescentou. Bush reconheceu a ampla preocupação sobre usar o dinheiro do contribuinte para salvar bancos, mas disse que o custo final será "bem menor" do que o gasto inicial do governo, uma vez que o plano é vender os ativos problemáticos de volta para o mercado assim que esse se recuperar. Ele alertou que os "americanos devem também, esperar que leve algum tempo para que a legislação tenha seu total impacto sentido
em nossa economia". (Agência Dow Jones, de Washington)


Conheça o pacote bilionário para ajudar a economia dos EUA
A nova versão do projeto de lei sobre o acordo acerca do plano de US$ 700 bilhões para combater a crise financeira que abala os EUA, aprovado pelo Senado, também passou pela Câmara dos Representantes (deputados). A versão dos senadores inclui no plano mais US$ 150 bilhões em corte de impostos. O próximo passo é entrar em vigor após sanção do presidente George W. Bush. Com os US$ 700 bilhões, o governo ajudará as instituições financeiras com problemas, comprando os papéis "podres" (com possibilidade de não serem pagos a seus detentores), em troca de ações das empresas. Em linhas gerais, o projeto limita os poderes do Executivo para gerir o pacote, estreita a vigilância sobre a aplicação dos recursos, reduz os pagamentos milionários aos grandes executivos por trás das instituições financeiras que quebraram, além de ampliar benefícios para os contribuintes. Nas mudanças do texto, feitas pelo Senado, está a ampliação das garantias do governo a depósitos bancários dos cidadãos, dos atuais US$ 100 mil para US$ 250 mil. Além disso, foram incluídos descontos nos impostos para promover o uso de fontes de energia renováveis, valor de quase US$ 80 bilhões, e a prorrogação e ampliação de outras reduções nos impostos para pessoas físicas e empresas. O teor geral do plano contempla tanto as principais exigências do secretário Henry Paulson, quanto às principais críticas dos legisladores americanos ao teor do pacote, críticas essas que fizeram as negociações se arrastarem.

Veja os principais pontos do plano:
- O Departamento do Tesouro dos EUA terá a sua disposição os US$ 700 bilhões requisitados pelo secretário Henry Paulson, mas o montante não ficará disponível de uma vez só. Do total, uma parcela de US$ 250 bilhões será liberada imediatamente, e outros US$ 100 bilhões, somente se o presidente George W. Bush julgar necessário;
- O Congresso pode reter os US$ 350 bilhões restantes se não estiver satisfeito com o desempenho do programa.
- Os contribuintes vão receber direitos de compra de ações (warrants), das quais podem se eneficiar, assim que as empresas atingidas pelo programa se recuperem;
- O governo vai limitar os ganhos dos principais executivos das companhias participantes do programa. Os chefes de empresas quebradas não poderão receber os benefícios multimilionários - os famosos bônus - quando forem despedidos.
- O governo, também, vai elevar os impostos a empresas que paguem a seus executivos salários acima de US$ 500 mil por ano;
- O governo terá participação em empresas que forem ajudadas;
- O programa será supervisionado por um conselho, que deve incluir o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, entre outra altas autoridades;
- O governo poderá renegociar os prazos das hipotecas que vier a adquirir, para ajudar os moradores com problemas em saldar suas dívidas, a fim de evitar despejos;
- O secretário do Tesouro poderá exigir dos bancos que comprem seguros, de modo a ter alguma cobertura para suas carteiras de investimento que incluam títulos de alguma forma vinculados a hipotecas.
- Eleva-se de US$ 100 mil a US$ 250 mil a garantia aplicada aos depósitos dos clientes bancários quando uma entidade se vê com problemas no fechamento, ou perto de quebrar. A medida tem como objetivo manter a confiança no sistema bancário e evitar a fuga de dinheiro de uma entidade à outra.
- A FDIC -Federal Deposit Insurance Corporation -, entidade responsável por essas garantias, não terá limites para tomar recursos emprestados do Departamento do Tesouro para assegurar os pagamentos. Atualmente esse limite, que nunca foi usado, é de US$ 30 bilhões.
- Além dos US$ 700 bilhões, foram incluídos mais US$ 150 bilhões em corte nos impostos da classe média, de pequenos empresários e de famílias vítimas de acidentes naturais.
- Serão concedidas vantagens fiscais e outros incentivos para as empresas ou pessoas físicas, que invistam em energias renováveis, como usinas solares ou eólicas, produção de álcool a partir de celulose, ou na compra de carros elétricos ou híbridos.
- As empresas que investirem em novos mercados, em pesquisa e desenvolvimento, e as pequenas lojas e restaurantes que apostarem em melhorias receberão isenções fiscais.
- A SEC - Comissão de Valores Mobiliários americana - ganha autoridade para proibir a prática conhecida como "mark to market", que permite às entidades alocar a um bem o valor de mercado.

Pacote dos EUA ajuda setor financeiro, mas não resolve foco da crise
O pacote anticrise aprovado na sexta-feira, dia 3/10, na Câmara dos EUA, representa um auxílio real para o setor financeiro, mas não ataca de forma direta o núcleo da crise dos "subprimes": a inadimplência do setor imobiliário. "É uma ajuda direta para bancos, mas é afeta de forma somente indireta o restante da economia", comenta Gustav Penna Gorski, economista-chefe da corretora Geração Futuro. "A aprovação do pacote deve conseguir evitar a concretização de uma crise sistêmica global, com uma quebradeira em cascata dos bancos", avalia Miriam Tavares, diretora da corretora AGK. "No entanto, a retomada da confiança, o retorno do crédito e a melhora dos mercados, devem ser gradativas e não devem conseguir evitar uma desaceleração mais forte e prolongada, das economias desenvolvidas, com impactos para as emergentes", acrescenta, em comentário divulgado logo após a votação na Câmara. "Qual era o problema real da crise dos 'subprimes'? A inadimplência daquele pessoal que não tinha condições de pagar as hipotecas, mas que tomou o financiamento porque achava que a ciranda financeira iria durar. E esse plano não representa salvação nenhuma para o mutuário", comenta Gorski. "O objetivo principal desse pacote é dar algum preço para ativos que estavam totalmente ilíquidos [sem circulação] e que portanto, não tinham qualquer valor nos balanços dos bancos", afirma o economista da Geração Futuro. O analista se refere aos créditos problemáticos, gerados a partir das hipotecas americanas, que foram usados para compor produtos financeiros ao redor do mundo e que viraram "pó", quando as taxas de inadimplência passaram a subir a níveis assustadores nos EUA, por conta da alta dos juros na época. Sem uma referência de preços, esses ativos, que antes tinham ampla circulação pelos bancos, ficaram "congelados" nas carteiras de grandes instituições financeiras, que foram obrigadas a assumir perdas bilionárias. "O Tesouro vai usar esse dinheiro [os US$ 700 bilhões do pacote anticrise], para adquirir uma parte desses ativos e, dessa forma, sinalizar algum preço. Dessa forma, esses ativos podem a voltar a circular e os bancos têm condições de circular recursos de novo, não somente entre eles, mas pelo restante da economia. E isso é muito importante", diz ele.

'The Economist' aponta riscos na América Latina
A despeito das mudanças econômicas promovidas nos principais países da região, nos últimos anos, a América Latina ainda é mais dependente dos EUA do que muitos supõem. A avaliação é da revista britânica The Economist, que publicou na sexta-feira, dia 3/10, em seu site, uma reportagem sobre o impacto da crise dos EUA nas Américas do Sul e Central. Segundo a revista, uma prova de que os laços ainda são muito próximos, foi a forte queda do Índice Bovespa do dia 29/9, quando a Câmara dos Representantes dos EUA rejeitou o pacote de socorro do sistema financeiro apresentado pelo governo Bush. Enquanto o Índice Dow Jones perdeu 7% naquele dia, o principal termômetro da bolsa paulista caiu 9%. Ainda assim, a Economist reconhece que alguns países da região - notadamente Brasil, México, Colômbia e Peru - estão mais bem preparados para enfrentar a crise. No caso brasileiro, a revista destaca a solidez do sistema bancário, em parte pelo fato de que as instituições financeiras do País, não estavam expostas aos papéis lastreados em hipotecas de segunda linha (subprime). A outra razão é que os bancos brasileiros "não são dependentes do crédito estrangeiro". O outro vetor de preocupação diz respeito aos preços das matérias-primas (commodities), uma vez que praticamente todos os países da região se beneficiaram das altas desses produtos. Alguns, para a Economist, sofreriam mais: Venezuela, Argentina e Equador. "O Brasil, maior economia latino-americana, parece melhor posicionado. Mas as commodities respondem por 50% das exportações, deixando-o, também, vulnerável a uma queda nos preços."

Crise no EUA é produto de políticas "irresponsáveis", diz premiê canadense
A situação econômica dos Estados Unidos é "um desastre" e foi resultado de políticas "irresponsáveis", disse no dia 2/10, o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper. "O problema econômico e financeiro nos EUA é um desastre" provocado por políticas irresponsáveis', afirmou Harper durante um debate na TV, para as eleições legislativas no próximo dia 14/10, no Canadá. "Nós não temos seguido as mesmas políticas aplicadas nos EUA (...). Tomamos decisões muito diferentes no Canadá", disse o líder do Partido Conservador. O primeiro-ministro canadense foi acusado por quatro partidos de oposição de aplicar políticas econômicas muito liberais, seguindo o modelo da Casa Branca. A economia é o tema que domina a campanha eleitoral canadense para as legislativas de outubro. (France Presse, do Canadá)

Governo da Alemanha tenta solução urgente para banco em risco de quebra
Representantes do governo alemão, do Bundesbank (banco central nacional) e da BaFin (órgão
fiscalizador) se reuniram ontem, dia 5/10, em Berlim, para buscar uma solução urgente para o banco hipotecário alemão Hypo Real Estate (HRE). De acordo com o banco, o segundo maior provedor de hipotecas da Alemanha, um grupo de instituições financeiras alemãs envolvidas em um plano de resgate liderado pelo governo abandonou o projeto. Segundo um porta-voz da entidade financeira, o grupo retirou a proposta de fornecer um crédito imediato de 15 bilhões de euros (R$ 42,6 bilhões). A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou ontem (domingo) que seu governo está determinado a impedir que a crise do HRE contamine todo o sistema financeiro. Merkel também disse que a população não tem que temer por suas economias. O governo convocou todos os envolvidos a fazerem todo o possível para resgatar a instituição. "Chegou o momento de todos assumirem responsabilidades", disse o porta-voz do Ministério das Finanças, Torsten Albig, antes da reunião. O objetivo do encontro foi
encontrar alguma saída antes da abertura dos mercados financeiros hoje, dia 6/10, e evitar, assim, uma quebra. O anúncio do Hypo Real Estate sofre o fracasso nas negociações aconteceu apenas algumas horas depois que o jornal "Welt am Sonntag" antecipou a informação de que as necessidades da instituições para sobreviver são muito maiores que o pacote de resgate previsto.
Estratégia - A operação de ajuda previa as mencionadas garantias de crédito de parte dos bancos privados, além de uma segunda soma de 20 bilhões de euros (R$ 57 bilhões) por parte do Estado até meados de 2009. Do total de 35 bilhões de euros (R$ 100 bilhões) em créditos, o governo se comprometera a assegurar 26,5 milhões (R$ 75 milhões) com avais estatais. Mas, segundo um relatório do Deutsche Bank citado pelo jornal, o banco em crise necessita, até o final do ano, de uma injeção de cerca de 50 bilhões de euros, e de 70 bilhões a 100 bilhões até o fim de 2009. Um porta-voz do HRE não quis confirmar os números, mas reconheceu que os problemas de liquidez de sua filial Depfa Bank, na Irlanda, aumentaram desde que a operação de resgate foi anunciada. "Não há dúvida de que a liquidez do Depfa Bank piorou ao longo da semana desde que se começou a especular sobre a possibilidade de uma possível liquidação do HRE", disse o porta-voz. A entidade disse que o governo de Dublin deu a entender que está disposto a analisar um pacote de ajuda ao Depfa. (Efe, de Berlim)


Citigroup anuncia congelamento da fusão entre Wachovia e Wells Fargo
O grupo financeiro americano Citigroup anunciou em um comunicado ter obtido uma ordem judicial que congela a fusão entre o Wachovia - quarto maior banco dos EUA - e Wells Fargo - uma das instituições financeiras americanas que vêm resistindo aos efeitos da crise financeira que abala os mercados mundiais há mais de um ano. "O Citigroup obteve uma decisão de emergência estendendo a exclusividade do acordo entre o Citi e o Wachovia Corp. até nova determinação judicial", destaca o comunicado divulgado ontem à noite. A decisão do juiz Charles Ramos, da Suprema Corte do Estado de Nova York, convoca o Citigroup e o Wachovia para uma audiência na próxima sexta-feira, 10/10. (France Presse)

AIG vende ativos de filiais para pagar dívida com Fed
A gigante americana de seguros AIG, anunciou planos para vender seus ativos de suas filiais para aumentar seu capital e devolver um empréstimo de US$ 61 bilhões, do Fed - Federal Reserve. O Fed concordou no mês passado, em emprestar mais de US$ 85 bilhões para salvar a AIG do colapso e ajudar a limitar o contágio do mercado financeiro. "A AIG pretende manter suas filiais americanas, sinistros e negócios gerais de seguros estrangeiros, e manter um contínuo investimento em suas operações estrangeiras de seguro de vida", afirmou a empresa em nota. "As filias mundiais da AIG, e negócios relativos a sinistro, renderam aproximadamente US$ 40 bilhões em 2007. A empresa está explorando oportunidades para seus negócios restantes de alta qualidade e recursos", indicou o documento. (France Presse, de Boston/EUA)

Aracruz informa perdas com operações de câmbio; ações despencam
A Aracruz Celulose, que já havia advertido os acionistas sobre perdas em operações de câmbio no mercado futuro, revelou na noite de sexta-feira, dia 3/10, o tamanho do prejuízo sobre o caixa da empresa. Segundo a empresa, uma auditoria contratada para avaliar as operações, constatou um valor justo ("fair value) negativo em R$ 1,95 bilhão (em 30 de setembro). No pregão Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo -, a ação preferencial da Aracruz despenca 17,82%, cotado a R$ 5,30 nessa sexta-feira. O chamado "fair value", no jargão do setor financeiro, representa o valor de mercado de um bem, serviço ou ativo financeiro (no caso, as posições da Aracruz no mercado futuro). "Não obstante o resultado contábil ("fair value") apurado, o efeito caixa das operações financeiras de derivativos da Companhia é positivo em cerca de R$ 25 milhões no terceiro trimestre", afirma a diretoria da Aracruz, em seu comunicado ao mercado. Na semana passada, a Aracruz havia reconhecido que algumas de suas aplicações financeiras, foram fortemente influenciadas "pela recente instabilidade das cotações do dólar norte-americano, decorrente do momento de grande volatilidade dos mercados mundiais". A Sadia também revelou grandes perdas com o câmbio, da ordem de R$ 760 milhões ,com a crise internacional. Em comunicado ao mercado, a Sadia justificou o prejuízo devido à "severidade da crise internacional e da alta volatilidade da cotação da moeda norte-americana".

AmBev prevê alta de 5% nas vendas no 3º trimestre
A fabricante de bebidas AmBev prevê um crescimento de um dígito percentual, no volume total de vendas, do terceiro trimestre desse ano, na faixa intermediária, o que significaria uma expansão ao redor de 5%. A empresa brasileira divulgou estimativas do seu resultado no contexto da operação de emissão de ações da sua controladora InBev, para financiar parte da aquisição da Anheuser-Busch. Segundo a AmBev, o volume de cerveja no Brasil deverá apresentar crescimento de um dígito percentual, na faixa inferior, enquanto em refrigerantes a expansão alcançará dois dígitos no período de julho a setembro. Na Argentina, os volumes de cerveja deverão crescer à frente da indústria, por volta de dois dígitos. "Esperamos que a nossa participação de mercado, também aumente, graças ao nosso forte desempenho no país e ao nosso foco no segmento premium, além de iniciativas bem-sucedidas de marketing e de inovações", disse a AmBev. No Canadá, a companhia antevê alta de um dígito percentual nos volumes comercializados de cerveja. A receita deve apresentar um crescimento na faixa de dois dígitos, sendo que o faturamento por hectolitro deverá crescer um dígito percentual.
"Tal crescimento decorrerá do mix de vendas e iniciativas de gerenciamento de receitas", segundo a AmBev. A AmBev informou também, que espera que o custo por hectolitro no terceiro trimestre cresça acima do primeiro semestre, sobretudo devido ao aumento nos custos da subsidiária Quinsa, que tem sofrido pressões nos preços de matérias-primas (commodities). "Os salários em Quinsa também aumentaram devido a maiores taxas de inflação. Esperamos também, que o custo por produto vendido do Canadá seja mais alto do que as tendências do primeiro semestre." Ainda conforme a AmBev, as tendências observadas nos primeiros seis meses do ano, como crescimento de receitas acima do aumento do volume e a contínua pressão de custos, se mantiveram no terceiro trimestre. "Devido ao aumento nos custos no terceiro trimestre de 2008, esperamos uma contração de margem Ebitda no trimestre, quanto comparado ao mesmo período de 2007", informou a empresa de bebidas. Os dados da AmBev são baseados nos resultados reais para os meses de julho e agosto e na última estimativa da administração, para o mês de setembro de 2008. "Assim, quando da divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2008, poderá haver diferenças significativas entre os resultados reais para
setembro e as estimativas, sendo certo que as respectivas análises também poderão variar forma relevante", ressalvou a AmBev.
(Agência Estado)

Crise global afeta venda de material de construção no Brasil
As 138 mil lojas de material de construção no país registraram forte redução da demanda nas duas últimas semanas, de acordo com a Anamaco - Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção. A demanda do varejo responde por 77% da receita da indústria de material de construção. Segundo a entidade, o comportamento do consumidor é reflexo direto das notícias da crise financeira no mercado mundial, e a projeção para outubro, é que o crescimento do setor perca fôlego. Por enquanto, porém, a influência é apenas psicológica, já que as principais fontes de recursos dos financiamentos habitacionais (caderneta de poupança e FGTS), não possuem relação com os títulos podres que contaminam os balanços dos bancos nos EUA.

Renner desiste de emitir dívida e pagará compra da Leader em parcelas
A crise financeira internacional levou a Lojas Renner, uma das maiores varejistas de vestuário e acessórios do país, a desistir da emissão de debêntures que havia sido anunciada no início desse mês, para bancar a aquisição da Leader, do Rio de Janeiro. Com o aumento brusco dos custos de captação, a empresa negociou com os controladores da rede fluminense o pagamento de R$ 440 milhões em seis parcelas, a primeira no fechamento da operação e a última em 31 de janeiro de 2011. A Renner não comentou o assunto, mas em fato relevante informou que o pagamento de outros R$ 230 milhões, previstos no negócio, seguirá a programação acertada originalmente. O valor será liquidado em cinco anos, conforme a realização de contingências fiscais e trabalhistas. Com a alteração, a empresa também adiou do dia 15 para o dia 20 de outubro, a assembléia geral extraordinária destinada à aprovação da compra. A varejista, com sede em Porto Alegre, estava estruturando a emissão de
debêntures com remuneração equivalente a CDI mais 2% ao ano, e cogitava tomar um empréstimo-ponte caso a operação não fosse concluída até outubro. Com a deterioração dos mercados de crédito, entretanto, o custo teria sido elevado para cerca de 120% do CDI.


MasterCard sugere práticas para estimular ativação de cartões
Os bancos brasileiros emissores de cartões de crédito, precisam avançar na adoção de práticas mais adequadas de ativação e retenção dos clientes. Enquanto nos EUA, 80% dos cartões de créditos emitidos são ativados, na região da América Latina e Caribe esse índice cai para algo entre 50% e 60%. Estudo realizado pela MasterCard Advisors elencou uma série de iniciativas adotadas em outros mercados, como o norte-americano, que poderiam ajudar a elevar a ativação dos cartões de crédito no Brasil. A idéia do estudo foi fornecer suporte para as iniciativas dos bancos emissores de cartões de crédito, no que se refere à ativação do cartão. As principais causas da não-ativação de um cartão de crédito são, por ordem de importância: o desconhecimento dos benefícios do produto, uma proposta de valor inadequada para aquele cliente e o fato de o plástico ter sido “empurrado” para o cliente e não vendido. O estudo sugere uma série de iniciativas, de boas práticas na venda e manutenção do cliente que deveriam ser adotadas.

Consumidora aumenta sofisticação na compra de itens de limpeza
Nos últimos dois anos, a classe C ganhou mais de 22 milhões de brasileiros que foram às compras não apenas de bens duráveis, mais também dos itens “de perfumaria” da cesta de limpeza. Segundo pesquisa da Nielsen, 60% desses consumidores passaram a comprar itens de limpeza que antes não compravam. A procura acontece principalmente por produtos que facilitam o dia-a-dia da consumidora atarefada, que trabalha fora e se preocupa com o bem-estar da família. Entre os mais procurados estão: detergente em pó com enzimas; multiuso de alta performance; e os produtos tira-manchas. O levantamento aponta ainda, que as compras de produtos de limpeza são feitas, em geral, a cada 17 dias, sendo que cada lar consome em média dois quilos/litros desses produtos, com um gasto médio de R$ 6 a cada compra. O detergente em pó está presente em 100% dos lares brasileiros e o amaciante de roupas, em 83%. Entretanto, somente 60% das residências possuem máquina de lavar roupa.

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MERCADOS de Ações & Futuros
(Informações: Dow Jones, Bovespa e Reuters)

RESUMO DE SEXTA-FEIRA, dia 3/10:

Bovespa fecha em queda de 3,53%, apesar de aprovação de pacote nos EUA
O fim da "novela" do pacote anticrise nos EUA levou pouco alívio para os mercados na sexta-feira. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) voltou a fechar com forte queda, enquanto o dólar atingiu seu preço mais alto em 13 meses. E no epicentro da crise, a Bolsa de Nova York perdeu 1,50%, em meio ao pessimismo generalizado dos investidores sobre a economia americana. E os efeitos da crise americana já se fazem sentir nas empresas. Devido às turbulências recentes no mercado internacional, a Aracruz Celulose admitiu perdas com operações de câmbio e suas ações despencaram.

- O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, amargou retração de 3,53% e desceu para os 44.517
pontos, o nível mais baixo desde 28 de março de 2007. O giro financeiro continua reduzido: R$ 5,03 bilhões, abaixo da média diária do mês passado (R$ 5,3 bilhões), que já registrou o volume mais estreito de negócios na comparação com outros meses.


- O dólar comercial foi cotado a R$ 2,046 na venda, o que representa um salto de 1,13% sobre a cotação de ontem. Trata-se do maior preço para a moeda americana desde 16 de agosto de 2007. A taxa de risco-país marca 356 pontos, um aumento de 4% sobre a pontuação anterior.

Bolsas americanas caem apesar de aprovação de pacote
As Bolsas norte-americanas fecharam em queda na sexta-feira passada, apesar de a Câmara de Representantes (deputados) dos EUA ter aprovado o plano de resgate financeiro elaborado pelo governo americano.

- O índice Dow Jones fechou hoje com queda de 1,5%, aos 10.325,38 pontos -durante o pregão, o Dow Jones chegou a subir 2,98%. O tecnológico Nasdaq caiu 1,48%, aos 1.947,39 pontos, enquanto o seletivo S&P 500 fechou com baixa de 1,35%, aos 1.099,23 pontos.

- No acumulado da semana, a tensão acerca do pacote de US$ 700 bilhões e de números negativos da economia dos EUA fizeram o Dow Jones descer 7,34%, o Nasdaq, 10,81%, e o S&P 500, 9,38%.

Bolsas européias fecham em alta com otimismo sobre aprovação de pacote
As Bolsas européias fecharam em alta nessa sexta-feira. Os investidores europeus mantiveram o bom humor ao longo do dia à espera de quê o pacote de ajuda financeira nos EUA.

- A Bolsa de Londres fechou em alta de 2,26%, indo para 4.980,25 pontos.
- A Bolsa de Paris subiu 2,96%, para 4.080,75 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt teve ganho de 2,41%, fechando com 5.797,03 pontos.
- A Bolsa de Amsterdã disparou 3,99%, fechando com 344,02 pontos.
- A Bolsa de Milão subiu 1,82%, para 19.591 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve alta de 2,39%, indo para 6.891,89 pontos. O índice FTSEurofirst 300 - que reúne ações das principais empresas européias - teve alta de 2,9%, indo para 1.088,65 pontos. Na semana, o indicador teve queda de 1,5%. As ações que se destacaram nessa sexta-feira, foram as do banco BNP Paribas (+11%), além das do britânico Barclays (+8,6%) e do Credit Suisse (+8,3%), refletindo o otimismo com a possibilidade da aprovação do pacote e com o anúncio de que o banco americano Wells Fargo, com sede em San Francisco (costa oeste do país), e considerado uma das instituições bancárias mais resistentes á atual crise financeira, irá adquirir o Wachovia, sem assistência do governo.

Bolsas asiáticas caem com desconfiança sobre pacote dos EUA
O mercado asiático recebeu com desconfiança pelo segundo dia, o pacote de US$ 700 bilhões para resgate financeiro, aprovado pelo Senado dos EUA nessa quarta-feira, 1º/10. As Bolsas de Valores da região seguiram a tendência mundial e fecharam com perdas nessa sexta-feira, encerrando mais uma semana no vermelho em decorrência da crise.

- A Bolsa de Tóquio operou durante todo o dia no vermelho e fechou as operações da sexta-feira, dia 3/10, com queda de 1,94%, aos 10.938,10 pontos. A perda foi a maior desde 2005, e já começa a causar pânico no mercado japonês, sobretudo com relação ao desempenho do setor de tecnologia e com a exportação ao país. "Os indicadores da economia americana estão péssimos, a tendência é piorar", afirmou Hiroaki Osakabe, da Chibagin Asset Management. "A economia japonesa não está boa, os EUA não estão bons, a Europa não está bem. O próximo alvo podem ser as economias emergentes - e isso só vai aumentar os grandes importadores, como o Japão."
- A Bolsa de Hong Kong afundou 2,40% no pior resultado entre os principais mercados do continente.
- Em Sydney/Austrália, os negócios retraíram 1,49%.
- Em Seul/Coréia do Sul, as perdas foram de 1,39%.

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ÍNDICES ECONÔMICOS

RESUMO da semana de 29/9 a 3/10:

IGP-M - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou em setembro variação de 0,11%. No mês anterior a taxa foi de -0,32%. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de agosto para setembro: IPA, de -0,74% para 0,04%; IPC, de 0,23% para -0,06% e INCC, de 1,27% para 0,95%.

ICIO - Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas reduziu-se em 2,2% entre agosto e setembro de 2008, ao passar de 123,0 para 120,3 pontos.

IPC-SO - IPC-S de 30 de setembro de 2008 apresentou variação de -0,09% , taxa 0,05 ponto percentual (p.p.) abaixo da apurada com base na coleta encerrada em 22 de setembro. Nesta apuração, seis das sete classes de despesa componentes do índice registraram decréscimos em suas taxas de variação.

ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR
FIPE - Calculado somente para a cidade de São Paulo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,38% no mês desetembro, mantendo a mesma taxa registrada no mês anterior. O grupo Alimentação foi o único que apresentou variação negativa de 0,32%. Os demais grupos que compõem o indicador registraram as seguintes variações: Despesas Pessoais (0,81%), Habitação (0,72%), Saúde (0,58%), Vestuário (0,58%), Transporte (0,27%) e Educação (0,08%).


DIEESE - O valor da Cesta Básica, em setembro, registrou recuo em quatorze das dezesseis capitais
pesquisadas. As maiores retrações verificaram-se nas cidades de Belém (-7,34%), Salvador (-6,96%), Aracaju (-5,28%) e Curitiba (-5,15%). Apenas em Florianópolis (2,04%) e Rio de Janeiro (0,42%) houve elevação.


Indústria - Segundo o IBGE, em agosto, a produção industrial registrou recuo de 1,3% na série com ajuste sazonal. No mês anterior, houve avanço de 1,0%. Na comparação com agosto de 2007, o índice da indústria avançou 2,0%, no acumulado dos últimos doze meses, 6,5% e no acumulado do ano 2008, 6,0%.

Setor Público - Em agosto o setor público não financeiro apresentou superávit primário de R$ 10,1 bilhões. No ano, o superávit primário acumulado alcançou R$ 108,3 bilhões, equivalente a 5,77% do PIB, 0,51 ponto percentual (p.p.) maior que o superávit registrado no mesmo período de 2007. A dívida líquida do setor público alcançou R$ 1.182,7 bilhão, em agosto, o que corresponde a 40,5% do PIB, com redução de 0,3 p.p. do PIB em relação a julho.

Balança Comercial - A balança comercial, no mês de setembro, registrou superávit de US$ 2,762 bilhões, abaixo do registrado em setembro de 2007, de US$ 3,477 bilhões. As exportações totalizaram US$ 20,025 bilhões e as importações, US$ 17,263 bilhões. No acumulado do ano, a balança comercial
alcançou superávit de US$ 19,656 bilhões, com exportações de US$ 150,868 bilhões e importações de US$ 131,212 bilhões.


ECONOMIA INTERNACIONAL
Estados Unidos - Em setembro, a taxa de desemprego foi de 6,1%, a mesma do mês anterior, e o
número de desempregados ficou em 9,5 milhões, em setembro, contra 9,4 milhões, em agosto.


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MERCADO FINANCEIRO

BCE injeta mais US$ 50 bilhões no sistema bancário
O BCE - Banco Central Europeu - injetou na sexta-feira, US$ 50 bilhões com vencimento hoje, dia 6/10, e a uma taxa de juros marginal de 2,51%, em uma operação extraordinária para colocar liquidez. O BCE informou que 59 bancos participaram dessa operação de refinanciamento, e pediram US$ 82.901 bilhões. O banco europeu injetou, na quinta e na quarta-feira, US$ 50 bilhões, com um dia de vencimento. Além disso, na terça-feira, dia 30/9, o BCE injetou à tarde, US$ 30,74 bilhões a juros marginais de 0,5% e, de manhã, US$ 30 bilhões, a uma alta taxa de juros marginal de 11%, com vencimento de um dia, em ambos os casos. No dia 29/9, o Fed - Federal Reserve - havia anunciado, em conjunto com o BCE e outros oito bancos centrais, a ampliação de seus acordos de trocas recíprocas de divisas ("swap lines"), para US$ 620 bilhões, contra um volume de US$ 290 bilhões, anunciado inicialmente. As trocas feitas dessa forma permitem injetar liquidez em dólares nos mercados que controlam. Os demais bancos centrais envolvidos são: o Banco do Canadá; o Banco da Inglaterra (BC britânico); o Banco Nacional da Dinamarca; o Banco da Noruega; o Banco do Japão; o Reserve Bank (da Austrália); o Sveriges Riksbank (da Suécia); e o SNB (Banco Nacional da Suíça). A quebra do banco americano de investimentos Lehman Brothers, e a do WaMu - Washington Mutual -, no setor de empréstimos e poupança ("savings & loans"), ocorreu em boa parte porque essas instituições não conseguiram encontrar fontes de crédito para financiar suas operações. O Lehman não encontrou crédito entre as instituições privadas e nem junto ao governo; acabou por pedir concordata. Já o WaMu conseguiu ser adquirido pelo banco JPMorgan Chase, na semana passada. A seguradora AIG, uma das maiores instituições financeiras do mundo, obteve junto do Fed um empréstimo de US$ 85 bilhões - também atingida pela onda de desconfiança do setor financeiro sobre a solvência de algumas das empresas mais afetadas pela crise das hipotecas "subprime" (de maior risco). (Efe)

UBS eliminará 2 mil empregos em banco de investimentos
O banco suíço UBS, o maior do país e fortemente atingido pela crise das hipotecas de alto risco, anunciou que eliminará 2.000 empregos em seu banco de investimentos nos EUA e no Reino Unido. Com o corte, chega a 6.000 o número de demitidos desde o ano passado. Em comunicado, o banco afirmou que outra parte do plano de ajuste afetará a região da Ásia-Pacífico. O UBS afirma que seu banco de investimentos (Investment Bank), deve "se readaptar as condições dos mercados", e por isso abandonará algumas atividades. "A crise persistente nos mercados financeiros e a nova dinâmica que se iniciou em nosso setor se traduzem, para nosso estabelecimento, na necessidade de adaptar suas atividades. As perspectivas quanto aos benefícios futuros são incertas", disse o presidente diretor-geral do banco de investimentos do UBS, Jerker Johansson. "Essas medidas vão permitir que nos concentremos em nossos pontos fortes, para levar nossos custos a um nível mais sustentável e
posicionar nossas atividades principais para a próxima fase de crescimento", acrescentou. A entidade anunciou que vai abandonar as atividades no setor das matérias-primas (exceto metais preciosos), além de reduzir fortemente as atividades no setor imobiliário e nos negócios por conta própria. O UBS é o próximo grande banco a ser afetado pela crise financeira nos EUA, que vem causando quebras, prejuízos e problemas a instituições de alcance global. Estão na lista também os bancos Citigroup, Lehman Brothers, Washington Mutual, Bear Stearns, Fortis, Merrill Lynch, Wachovia, AIG, além das duas principais empresas do setor hipotecário americano, Fannie Mae e Freddie Mac.

Citigroup contesta venda do Wachovia ao Wells Fargo

O banco Citigroup considerou, nessa sexta-feira, 03/10, que o acordo de fusão anunciado entre o Wachovia e o Wells Fargo constitui uma "clara ruptura" do acordo de exclusividade que assinou com o Wachovia, e aludiu à possibilidade de iniciar ações judiciais. "O acordo do Wachovia quanto a uma transação com o Wells Fargo, é uma clara ruptura de um acordo de exclusividade entre o Citi e o Wachovia", informou o Citigroup em um comunicado. "O Citi solicitou que o Wachovia e o Wells Fargo terminem e não procedam a nenhuma transação proposta", acrescenta. Na segunda-feira, dia 29/9, o Citi informou que iria adquirir as operações bancárias do Wachovia com a assistência da FDIC - Corporação Federal de Seguro de Depósito -, órgão do governo que garante operações do setor bancário americano. O Wachovia ficaria apenas com as operações de varejo em corretagem e em negociações de títulos O anúncio de sexta-feira, 3/10, no entanto, refere-se à fusão entre Wachovia e Wells Fargo, incluindo as operações de varejo. O Wells Fargo, com sede em San Francisco (costa oeste do país), e considerado uma das instituições bancárias mais resistentes á atual crise financeira, disse que a fusão com o Wachovia não vai exigir participação da FDIC ou de qualquer outro órgão do governo. O banco informou que vai levantar US$ 20 bilhões com emissão de ações. O Wachovia está entre as instituições bancárias mais atingidas pela crise financeira em curso, surgida a partir dos problemas no mercado imobiliário - em particular no segmento de hipotecas 'subprime' (que reúne clientes com histórico de problemas com crédito). Os problemas do Wachovia têm boa parte de sua origem na aquisição da companhia hipotecária Golden West Financial em 2006, por cerca de US$ 25 bilhões, quando o mercado imobiliário ainda estava em um momento de euforia. Com a compra, o Wachovia assumiu US$ 122 bilhões em hipotecas do tipo "Pick-A-Payment", na qual a Golden West era especialista. Nessa modalidade, os mutuários tinham permissão para deixar de fazer alguns pagamentos. A crise financeira que atinge a economia americana inclui, entre suas baixas até o momento, a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, a venda do Merrill Lynch, a preço de ocasião (US$ 50 bilhões), ao Bank of America e ajudas bilionárias à seguradora AIG (US$ 85 bilhões), e às gigantes hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac (US$ 200 bilhões). Além disso, também quebrou
o banco de empréstimos e poupança ("savings & loans") Washington Mutual, no que analistas definiram como a maior falência de um banco nos EUA. (France Presse)

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LOGÍSTICA & INFRAESTRUTURA

Sonho da Via Expressa Portuária começa a se tornar realidade
O sonho de uma via exclusiva para caminhões que trabalham com o Porto de Itajaí começa a se tornar realidade. No final da manhã dessa quinta-feira, 02/10, foram entregues os primeiros 600 metros asfaltados. No total, a primeira etapa da Via Expressa Portuária tem uma extensão de 3,9 quilômetros.
Os trabalhos de terraplanagem, preparação da infra-estrutura para recebimento do asfalto, já foram concluídos em mais de dois quilômetros da via. A previsão é de terminar o asfaltamento de 2,7 quilômetros em, no máximo, dois meses. O diretor técnico do Porto Municipal de Itajaí explica a importância do trabalho de infra-estrutura que está sendo feito em toda Via Expressa Portuária. “Além da terraplanagem, foi executado todo o trabalho de drenagem da via, evitando alagamentos futuros nas ruas próximas. Foi colocada uma nova tubulação na saída das ruas, com um diâmetro maior, para dar melhor vazão às águas da chuva”, explica o diretor técnico. Para o superintendente do Porto Municipal de Itajaí tão importante quanto os trabalhos físicos da Via Expressa Portuária, é o trabalho de desapropriação e remanejamento das famílias. “O Porto de Itajaí já investiu, em recursos próprios, mais de R$ 1,1 milhão na desapropriação e remanejamento de mais de 30 famílias nos arredores da Via Expressa Portuária. Temos uma comissão especial formada por colaboradores do Porto e da Prefeitura
Municipal que visita família por família, conversa com as pessoas e explica o que vai acontecer. No nosso ponto de vista, essa é a grande contra partida social da atividade portuária, humanizar os processos e mostrar a sociedade que o Porto de Itajaí é nosso”, ressalta o superintendente.

Via Expressa Portuária
Sonhada por muitos e cantada por vários, a via de acesso ao Porto Municipal de Itajaí, exclusiva para caminhões, é um objeto de desejo antigo da cidade de Itajaí. Entretanto, com o grande desenvolvimento da atividade portuária na cidade nos últimos anos, a Via Expressa Portuária tornou-se não apenas um desejo, mas sim uma necessidade. No total, a VEP - Via Expressa Portuária - terá 6,2 quilômetros que ligarão a BR 101 direto ao Porto de Itajaí, humanizando o trânsito e retirando de circulação, aproximadamente, 1.500 caminhões por dia. (Inf: Comunicação Portuária de Itajaí)


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AGRONEGÓCIOS

Antecipação de crédito para a agricultura trará mais liquidez para o setor
A opinião é do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Edílson Guimarães, que participou das discussões sobre a adoção da medida anunciada, na sexta-feira à tarde, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A decisão tem o objetivo de garantir o crédito agrícola no período do plantio da safra 2008/2009, que ocorre até novembro. Segundo Guimarães, o governo federal vai continuar discutindo o aumento da oferta de recursos para custeio da nova safra, mais demandado até final do ano, assim como para a comercialização, no primeiro semestre de 2009. Além da falta de liquidez do mercado, a medida previne a retração de crédito das empresas de trading.

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MERCADO DE TI

CA e BMC podem ser adquiridas em poucos anos
Em um relatório recente, a Forrester aconselhou executivos de TI a otimizar o atual portfólio de gestão de software. Ainda que existam varias opções, é mais provável que o cliente opte por um desses quatro fornecedores BMC, CA, HP ou IBM. O conselho da Forrester vai além ao sugerir que os CIOs definam uma estratégia de gerenciamento que terá um desses quatro como fornecedor base e os outros entram apenas para preencher possíveis gaps. O instituto afirma que a HP e a IBM devem conseguir assumir o papel de fornecedor base, mas a BMC e a CA talvez não sejam capaz disso. "A HP e a IBM são tão gigantescas que podem sobreviver, mas a BMC e a CA estão mais vulneráveis a variações nesse mercado e a tentativas de aquisição," disse Glenn O'Donnell, analista da Forrester.
A BMC e a CA não possuem os negócios de hardware e serviços que tanto a HP – ainda mais após
a compra da EDS – e a IBM têm. "A Oracle é um fornecedor menor de gestão, mas vai conseguir
a liderança da mesma maneira de sempre. Tanto a BMC quanto a CA podem ser presas. A Oracle
precisa se tornar um líder expressivo em gestão, já que isso representa um ponto fundamental
na sua estratégia de negócios", disse. Já a Microsoft está sendo um forte competidor em gestão no seu próprio ambiente, mas produtos como a virtualização e o novo Systems Center estão expandindo essa fronteira. "Com a competição saindo do mundo Linux/Java para o Google, nós acreditamos que a Microsoft vai manter os lucros buscando ambientes heterogêneos," afirma O'Donnell. “O que não for
consumido pela Oracle, vai ser incluído dentro das ambições da Microsoft." (Network World/ EUA)


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ANÁLISE SETORIAL

Sondagem Abinee aponta cautela com crise americana
A sondagem conjuntural realizada no final de setembro pela ABINEE, ainda não verificou reflexos significativos nos negócios do setor, apesar da gravidade da crise econômica nos EUA. Segundo o levantamento, não ocorreram cancelamentos nem reprogramações de pedidos, e as vendas e entradas de encomendas continuaram aquecidas, motivo pelo qual, permanecem as expectativas de crescimento, tanto no mês de setembro como no acumulado do ano, na comparação com igual período do ano anterior. No entanto, a demora na aprovação do pacote de ajuda ao setor financeiro pelo Congresso dos EUA, e a preocupação quanto ao agravamento da crise, inclusive com a possibilidade de contaminação do mercado europeu, aumentaram a apreensão dos empresários. Apesar da gravidade da crise econômica nos EUA, a sondagem conjuntural realizada no final de setembro pela Abinee, ainda não verificou reflexos significativos nos negócios do setor.Segundo o levantamento, não ocorreram cancelamentos nem reprogramações de pedidos, e as vendas e entradas de encomendas continuaram aquecidas, motivo pelo qual, permanecem as expectativas de crescimento, tanto no mês de setembro como no acumulado do ano, na comparação com igual período do ano anterior. No entanto, a demora na aprovação do pacote de ajuda ao setor financeiro pelo Congresso dos EUA, e a preocupação quanto ao agravamento da crise, inclusive com a possibilidade de contaminação do mercado europeu, aumentaram a apreensão dos empresários.Deve-se lembrar que a atividade da indústria eletroeletrônica está sendo estimulada pelos investimentos produtivos, principalmente de projetos de expansão de segmentos como de petróleo e gás, açúcar e álcool, papel e celulose e siderúrgico entre outros, que estão em pleno processo de crescimento decorrente tanto do mercado interno como do internacional, e também pelos investimentos na indústria da construção civil e nos segmentos sensíveis ao crédito ao consumidor, estimulados pelos prazos dilatados e pelos custos baixos. Portanto, as possíveis restrições ao acesso aos recursos internacionais para a concessão de crédito para o mercado interno, ou a retração no consumo mundial de commodities, são preocupações para o setor. Por sua vez, estão sendo verificadas manifestações das empresas sobre a desvalorização do Real, devido ao aumento dos custos de importação e à volatilidade das taxas de câmbio, que dificultam a avaliação dos preços dos produtos importados em moeda brasileira. Isso afeta a indústria eletroeletrônica de forma generalizada, e é, nesse momento, o principal impacto da
crise sobre setor. Portanto, o clima é de espera para os reflexos da crise internacional. A questão é se chegará, qual a intensidade e quanto tempo durará.O setor considera que os bons fundamentos da economia deverão ajudar a administração das dificuldades, mas considera que é o momento do governo mostrar ações que efetivamente, consolidem esses fundamentos como o controle e a redução dos gastos públicos, com vistas à redução das necessidades de recursos externos.


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COMÉRCIO EXTERIOR

União Européia reabre portas para carne brasileira
A diretoria-geral para DG-Sanco - Saúde e Consumidores da União Européia -, com sede em Bruxelas, informou que os estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estão liberados para comercializar carnes produzidas em seus território no continente europeu. Na prática, isso significa que mais 39,8 milhões de bovinos devem ser somados ao rebanho apto para a venda de carne in natura na UE, desde que cumpram as normas para Eras - Estabelecimentos Rurais Aprovados - no Sisbov. Com a medida, 287 municípios das regiões Sudoeste, Sul e Central de Minas Gerais poderão
vender carne bovina para a UE. Desde 1994, eles estavam impedidos de exportar para o bloco por causa de focos de febre aftosa no Estado, registrados no ano anterior. "Agora temos uma situação uniforme com todo o Estado autorizado a exportar para a União Européia", comemora o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues. Minas Gerais é o Estado com maior número de fazendas aprovadas pela União Européia. Atualmente, dos 364 estabelecimentos credenciados no país, 184 são mineiros. A liberação do gado mineiro pode promover um aumento de até 20% na exportação. Hoje existem 364 estabelecimentos certificados no Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. "Agora, serão aproximadamente 126,8 milhões de animais, formando a base do rebanho de onde pode ser exportada carne bovina para aquele mercado", informou o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz. A decisão deve ser publicada no jornal oficial da União Européia nas próximas semanas. (Valor Online)


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MATÉRIA ESPECIAL

Os dois mundos da classe média
O encarregado de manutenção José Hildo Reis dos Santos, de 45 anos, e o comerciante Wilson Costa, de 38, moram na favela de Paraisópolis, a segunda maior de São Paulo, que fica no coração do Morumbi, um dos bairros mais abastados da cidade. Na favela, vivem 80 mil pessoas, a maioria pertence às camadas: média e baixa da população brasileira. Apesar de fazerem parte da mesma comunidade, Santos e Costa têm hábitos de consumo diferentes e não possuem os mesmos bens.
Além disso, olham para o futuro de maneiras distintas. Mas ambos, segundo os institutos de pesquisas, fazem parte da classe média brasileira, a classe C, que já é a maioria da população. Santos tem computador, máquina de lavar roupa automática, e acaba de vender um Celta 2005 para comprar outro carro mais novo, um Palio 2006. Quando chegou da Bahia, em 1995, tinha só o curso primário.
Hoje, tem o segundo grau completo. Também carrega uma dívida de quase R$ 20 mil, assumida com bancos, para custear a faculdade dos filhos. Já Costa não tem computador, nem planeja comprar um em breve, e está juntando dinheiro para dar entrada num carro usado. O comerciante, que tem um barzinho na favela de Paraisópolis, só cursou até a 5ª série do primeiro grau e não pensa em voltar a estudar por enquanto. Santos e Costa retratam os dois mundos da classe C brasileira, identificados numa pesquisa feita pela LatinPanel, que visita semanalmente 8.200 domicílios em 1.687 municípios. De acordo com a enquete, realizada no fim do ano passado, a renda média mensal familiar da classe C1, a mais abastada, é de R$ 1.631,75 e a da classe C2, a mais empobrecida, de R$ 1.188,75. A diferença de renda entre as classes C1 e C2 é superior a um salário mínimo (R$ 415). Um montante significativo que explica boa parte das diferenças entre os dois grupos que compõem a classe média. A classe C1 gasta 13% da renda com transporte, bem mais que a classe C2 (9%), por causa do carro próprio. Enquanto a classe C2 emprega 2% do orçamento com educação, a C1 gasta o dobro (4%).

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MERCADO ONLINE

Netshoes assume e-commerce oficial do Internacional
A Netshoes, loja virtual no segmento de esportes & lazer, anunciou mais uma parceria com um grande clube de futebol do país. Além de manter a gestão do Shoptimão, a loja oficial do Corinthians, a Netshoes passa a administrar a loja virtual do Sport Clube Internacional, de Oorto Alegre/RS, sendo responsável por toda a estrutura e transação do portal de compras, que oferece produtos licenciados do time colorado. A Netshoes pretende fechar acordos com mais dois clubes ainda esse ano e, no final de 2009, responder pelo e-commerce de mais dez times nacionais.

Bug pode permitir que crackers derrubem servidores de internet
Fornecedores de equipamentos de infra-estrutura para a internet trabalham em correções para uma série de falhas de segurança que poderiam permitir que crackers derrubem servidores de internet com pouco esforço. A comunidade de segurança tem comentado os bugs desde terça-feira, dia 30/9, quando o pesquisador Robert Hansen abordou o problema em seu blog. Detalhes técnicos das vulnerabilidades não foram divulgados, mas os experts em segurança que descrobriram o problema, Robert Lee e Jack Louis da fornecedora de segurança Outpost24, disseram que é possível tornar offline os sistemas operacionais Windows, Linux, outros sistemas embarcados e até firewalls com um ataque de negação de serviço, ou denial of service (DOS). Esta falha reside no software TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) usado por estes sistemas para enviar dados via internet. Lee e Louis primeiro discutiram o problema em uma conferência em Amsterdã. De acordo com Lee, muitos dos fornecedores que estão vulneráveis ao problema já começam a trabalhar em correções com a ajuda do National Computer Emergency Response Team, da Finlândia. "Os fornecedores que são responsáveis por criar soluções estão trabalhando" disse Lee, Chief Secutiry Officer da Outpost24. "A mensagem é 'relaxem, as pessoas que precisam estar envolvidas estão'", afirmou Lee sem detalhar quanto tempo os fornecedores podem levar no trabalho de correção do problema. Em um comunicado, a Microsoft disse que estava investigando o problema e que "não estava ciente de qualquer ataque tentando usar a vulnerabilidade em questão ou de impacto para o consumidor." (IDG Now)

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