E-Press.biz Economia & Mercado | Edição 074 | Ano I

Kátya Desessards

Shaná tová umetuká! Um ano bom e doce. Feliz ano 5769

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ESPECIAL

Senado dos EUA aprova pacote de ajuda bilionária a setor financeiro
Para alívio, ainda que momentâneo, dos mercados mundiais, o Senado dos EUA aprovou na noite dessa quarta-feira, o pacote de ajuda ao setor financeiro, de US$ 700 bilhões, proposto pelo Departamento do Tesouro e defendido, intensamente, pelo presidente americano, George W. Bush. Submetido a reformas depois de ter sido rejeitado pela Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados), o novo texto finalmente obteve apoio para ser aprovado.
No Senado, o texto recebeu 74 votos a favor e 25 contra. Agora, o projeto, com as reformas incluídas no Senado após as negociações entre republicanos e democratas, deve seguir para a Câmara. A decisão de ontem deve causar euforia no mercado financeiro, reação oposta à que se viu logo após a rejeição na segunda-feira. Anunciada durante o horário de funcionamento do pregão nas Bolsas em Wall Street, o efeito entre os investidores foi devastador: o Dow Jones teve uma queda recorde em pontos, 777,68. No Brasil, a Bovespa chegou a perder mais de 13%.
A crise financeira, que já dura mais de um ano, vem causando quebras, prejuízos e problemas a instituições de alcance global, como os bancos Citigroup, UBS, Lehman Brothers, Washington Mutual, Bear Stearns, Fortis, Merrill Lynch, Wachovia, AIG, além das duas principais empresas do setor hipotecário americano, Fannie Mae e Freddie Mac. A jornada acerca do pacote bilionário começou no último dia 19 de setembro, quando o secretário do Tesouro, Henry Paulson, disse que o governo empregaria "centenas de bilhões de dólares" para responder à crise financeira, e que isso incluiria um aumento nas ações do governo no mercado imobiliário - a raiz dos problemas financeiros dos EUA.
No dia seguinte, o pacote foi preparado pelo Tesouro: um documento de três páginas, sem muitos detalhes, com uma cifra considerável (US$ 700 bilhões) para comprar títulos "podres", aqueles cuja expectativa de pagamento é baixíssima – e, como conseqüência, corre risco sério de calote. Durante as negociações, o presidente do Fed - Federal Reserve -, Ben Bernanke, compareceu ao Congresso para tentar mostrar a necessidade do pacote.

Bernanke, que foi chefe dos conselheiros econômicos da Casa Branca e é especialista na Grande Depressão de 1929, pintou um cenário preocupante, principalmente em período de campanha para eleições legislativas: "Acredito que se os mercados de crédito não estiverem funcionando, empregos serão perdidos, nossa taxa de crédito vai aumentar, mais despejos vão ocorrer, o PIB - Produto Interno Bruto - vai contrair e a economia não vai conseguir se recuperar de um modo normal, saudável", disse.
O próprio Bush, antes do fracasso da medida na segunda-feira, havia feito três apelos em rede nacional de TV aos congressistas, para que o pacote fosse aprovado. No primeiro, no dia 24/9, Bush assumiu que o país está "imerso em uma grave crise financeira" e que a não-aprovação da ajuda mergulharia o país em "uma longa e dolorosa recessão". No dia 26/9, o presidente reconheceu haver desacordos sobre determinados aspectos do pacote, mas não sobre a necessidade de se fazer algo para evitar maiores danos à economia. No dia 29/9, horas antes da votação na Câmara, Bush voltou à TV para dizer que a aprovação do pacote deveria ser difícil, mas que deveria passar. O governo, bem como todo o mercado financeiro, foi surpreendido.

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SERVIÇO

Entenda a proposta de pacote que foi aprovado pelo senado americano

Com a aprovação da proposta ontem a noite pelo Senado, segue hoje para nova votação na Câmara.
Quais são as principais propostas do pacote?
O pacote de ajuda ao mercado financeiro tem cinco pontos principais.
1. US$ 700 bilhões serão liberados em parcelas para a compra de papéis podres em poder de bancos e outras empresas em dificuldades financeiras.

2. O pacote prevê restrições nos pagamentos feitos a executivos das instituições beneficiadas pela ajuda;
3. O governo terá participação em empresas que forem ajudadas;
4. A implementação do pacote será supervisionada por uma comissão;
5. O Tesouro terá que estabelecer um programa de seguros para garantir os ativos das empresas que estão com problemas.

Quais são as principais diferenças entre o pacote que foi rejeitado na Câmara dos
Representantes e a versão atual?
As mudanças procuram garantir que o contribuinte americano ganhe mais com a adoção do plano. A principal alteração diz respeito ao aumento do limite de depósitos bancários que passam a ser garantidos pelo governo - que passa de US$ 100 mil para US$ 250 mil. Também foram incluídos descontos nos impostos para promover o uso de fontes de energia
renováveis por empresas, no total de quase US$ 80 bilhões, e a prorrogação e ampliação de outras reduções nos impostos para pessoas físicas e empresas. De acordo com o jornal americano "The New York Times", foram adicionadas mudanças como a extensão de 'créditos tributários para empresas que investirem em pesquisas e desenvolvimento", e "descontos nos impostos para vítimas de recentes enchentes, tornados e tempestades". Segundo analistas, ao incluir as mudanças no pacote, os líderes do Senado esperam ganhar o voto de republicanos que ainda relutam em apoiá-lo, mas há o risco de que isso desagrade democratas da Casa.


Como o pacote deve funcionar? Com a aprovação da proposta pelo Legislativo e pelo Executivo americanos, os US$ 700 bilhões devem ser desembolsados em três parcelas: primeiro US$ 250 bilhões serão liberados imediatamente, após a aprovação do pacote. Depois, se o presidente americano pedir, mais US$ 100 bilhões. A segunda metade dependerá de uma nova aprovação do Congresso. Com o dinheiro, o governo ajudará as instituições com problemas, comprando os papéis podres, em troca de ações das empresas. Dessa forma, se o banco se recuperar, os contribuintes vão lucrar com os dividendos dos papéis. Passará a haver restrições aos pagamentos dos executivos dos bancos, que deixarão de ter os chamados "pára-quedas dourados" - imensos pagamentos destinados a banqueiros que estão deixando suas instituições. O governo vai cancelar deduções de impostos a empresas que pagarem mais de US$ 500 mil por ano a seus executivos. O Tesouro também lançará um programa de seguros para garantir os ativos dos bancos em dificuldade. Os prêmios seriam pagos pelas próprias instituições financeiras socorridas. Por fim, será criado o comitê que ficará encarregado de supervisionar a aplicação do dinheiro do pacote. Entre as autoridades que farão parte desse comitê estão os presidentes do Fed (o banco central americano), Ben Bernanke, e da Comissão de Mercado de Valores (órgão que regulamenta o mercado de ações, semelhante à Comissão de Valores Mobiliários brasileira), Chris Cox.

Por que o projeto original foi rejeitado na Câmara? O projeto é bastante impopular nos EUA. Uma pesquisa realizada pelo jornal americano USA Today, antes das mudanças atuais no plano, revelou que apenas 22% dos eleitores o apoiavam. Muitos americanos consideram o pacote uma proposta de ajuda aos banqueiros e, em um ano de eleições legislativas (além da presidencial), muitos congressistas, que são candidatos à reeleição, consideraram politicamente arriscado demais votar a favor da proposta. Também pesou o fator ideológico. Muitos republicanos conservadores são, por princípio, contrários a uma intervenção do Estado na economia. A maior parte dos republicanos - do mesmo partido do presidente George W. Bush, que era a favor da proposta - votou contra o plano.

Como deve ser a votação agora na Câmara da nova proposta? Na Câmara, todas as cadeiras estão sendo renovadas. Os candidatos dos partidos, democrata e republicano, à Casa Branca, os senadores Barack Obama e John McCain, apoiaram o pacote e acompanharam a votação de dentro do senado. Simpatizantes do plano haviam avaliado que a aprovação do pacote seria por uma boa margem no Senado, agora isso vai ampliar a pressão sobre a votação na Câmara para que também o aprove. Mas o projeto que foi aprovado pelo Senado pode ser mudado significativamente na Câmara. Se isso acontecer, ele terá que passar por uma comissão formada por membros das duas Casas, o que poderá causar mais atrasos no processo.

O que aconteceria se o projeto não fosse aprovado? Os mais pessimistas previam conseqüências pesadas para o mercado financeiro. Mais instituições financeiras quebrariam, e os EUA entrariam em uma grande recessão com desdobramentos profundos na economia global. Depois da rejeição na Câmara (na primeira votação), as Bolsas de Valores de todo o mundo sofreram quedas significativas. O índice Dow Jones, da bolsa de Nova York, registrou na segunda-feira sua maior queda em pontos (mais de 770) em todos os tempos. Outro fator que atingiu muitos investidores foi a queda no preço do barril do petróleo e na cotação do dólar. Mas analistas dizem que o principal problema é que, sem o pacote, continuaria a incerteza sobre o futuro do setor financeiro. O mercado de crédito permaneceria praticamente paralisado, já que os bancos continuariam com receio de emprestar dinheiro uns aos outros. Indivíduos e empresas interessadas em obter financiamentos, também continuariam a ter dificuldade em obter dinheiro.

O que são papéis podres? Papéis podres são títulos com possibilidade de não serem pagos a seus detentores. Ou seja, têm alto potencial de prejuízo, apesar de o volume das perdas que eles representam ser incerto. Isso acontece porque eles estão atrelados a financiamentos imobiliários. A atual crise foi desencadeada pelo aumento da inadimplência de pessoas que contraíram hipotecas, mas não se sabe ao certo quais conseguirão honrar seus compromissos ou não.

Por que a compra desses papéis deve ajudar os bancos com problemas? A proposta em votação no Congresso é que os papéis sejam comprados pelo valor de maturação, muito superior ao valor de mercado. Com isso, as empresas em dificuldades receberiam uma grande injeção de capital, melhorando suas contas. Isso, por sua vez, aumentaria a liquidez do mercado - já que os bancos ganhariam mais segurança para emprestar recursos uns ao outros.
(Especial BBC, Reuters e Associated Press de Washington/EUA)

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NOTÍCIAS

Balança comercial brasileira ainda não reflete a crise
O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral, afirmou ontem, que a crise internacional ainda não teve reflexos nos dados da balança comercial brasileira. Ele admitiu, no entanto, que a valorização do dólar nos últimos dias, se mantida, poderá reduzir as importações nos últimos meses do ano. "O aumento do dólar cria restrições para o consumo não só de bens importados, mas também para o turismo", disse. Mas ele acredita que a queda nas compras não deve ser muito relevante. No acumulado de janeiro a setembro, as importações de bens de capital (máquinas e equipamentos), cresceram 50% em relação ao mesmo período de 2007, e de matérias-primas e intermediários, 46,5%. As compras de bens de consumo aumentaram 47% no mesmo período, e de combustíveis e lubrificantes, 78,2%. Do lado das exportações, Barral destacou que o Brasil tem conseguido manter a expansão das vendas para os EUA, mesmo com a crise financeira naquele mercado. Em setembro, o Brasil exportou US$ 3,1 bilhões para o mercado norte-americano, o que representa uma alta de 20,4% em relação a setembro de 2007. A expansão foi puxada pela venda de um módulo para plataforma no valor de US$ 862 milhões.
Para a União Européia, o crescimento das vendas foi de apenas 1,4%. Mas, segundo Barral, a
expansão foi pequena porque, em setembro de 2007, houve uma exportação de módulo para plataforma, no valor de US$ 556 milhões, o que ampliou a base de comparação. Para a China, as exportações brasileiras cresceram 53,9% ante setembro de 2007. O secretário avaliou que a queda nos preços das commodities, nas últimas semanas, também não foi sentida nas exportações. Segundo ele, uma das explicações é a vigência dos contratos fechados antes desse movimento de queda. "Quero refutar algumas notícias e palpites alarmistas do efeito da queda dos preços das commodities e do petróleo nas nossas exportações", disse. Para ele, o principal efeito de preço é no petróleo, que sofreu uma queda de 25,8%, entre as vendas da última semana de setembro e as vendas de agosto.


Petróleo cai para US$ 98,53 com aumento dos estoques
Os preços futuros de petróleo fecharam abaixo de US$ 100 o barril, reagindo ao aumento acima do esperado nos estoques da commodity nos EUA, na semana passada. O dado reforçou os temores
quanto à retração da demanda no país. Os contratos futuros do petróleo, com vencimento em novembro, negociados na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), fecharam com queda de US$ 2,11
(-2,1%) para US$ 98,53 o barril, com mínima em US$ 95,95 e máxima em US$ 100. No mercado
eletrônico ICE, o petróleo Brent para novembro, fechou com queda de US$ 2,84 para US$ 95,33
o barril. A mínima do contrato foi US$ 92,87 e, a máxima, US$ 100,31. Na Nymex, os preços chegaram a cair mais de US$ 4 depois que o Departamento de Energia (DOE) informou que o consumo de petróleo dos EUA caiu 7,1% nas quatro semanas anteriores, ante o mesmo período do ano passado. A demanda por gasolina recuou 4,5% no período para o menor volume em quase três anos. O volume de petróleo bruto, importado por meio dos portos do Golfo do México, dobrou na semana passada, o que ajudou a aumentar os estoques norte-americanos em 4,3 milhões de barris, de acordo com o DOE. Os estoques de gasolina subiram cerca de 900 mil barris, contrariando a expectativa de queda por conta da redução na produção das refinarias. O relatório refletiu, em parte, o impacto da passagem dos furacões Gustav e Ike pelo Golfo do México no mês passado, quando a extração de petróleo teve de ser reduzida. Os números, porém, reforçaram outro dado recente que mostrou queda na demanda por
combustível nos EUA, o maior consumidor de energia do planeta. Os participantes do mercado
de petróleo e de outras commodities continuaram de olho nas notícias sobre o pacote de
socorro aos bancos, que deverá ser votado pelo Senado dos EUA hoje à noite. Depois de ser
rejeitado pela Câmara dos Representantes na segunda-feira, a expectativa agora é que a
versão revisada do plano seja aprovada pelo Senado. (Agência Dow Jones)


Comissão do pré-sal fará novas reuniões para discutir marco regulatório
O diretor-geral da ANP - Agência Nacional do Petróleo -, Haroldo Lima, disse, ontem, que a reunião da comissão interministerial feita ontem, não foi conclusiva e que serão feitas novas reuniões para discutir um novo marco regulatório para o setor. Mais cedo, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), disse que a comissão deveria decidir ontem, a proposta que seria encaminhada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Lima, novas propostas surgiram e serão discutidas. Ele disse ainda que o presidente Lula, só definirá o modelo adotado, após o segundo turno das eleições, marcado para 26 de outubro. Entre as propostas em discussão está a criação de uma empresa estatal para administrar os
recursos do pré-sal.


Estrangeiro tirou R$ 1 bilhão da Bovespa em apenas 2 dias
A Bolsa de Valores de São Paulo registrou a saída de R$ 533.983 milhões em capital externo na última segunda-feira, dia 29/9. Nesse dia, o índice Bovespa despencou 9,36%, maior queda percentual desde 14 de janeiro de 1999. Somado ao resultado da sexta-feira anterior, dia 26/9, a bolsa já registrou a saída de R$ 1,034 bilhão. Na tarde do dia 29/9, a Câmara dos Representantes dos EUA rejeitou o pacote de socorro aos bancos, de US$ 700 bilhões, proposto pelo governo americano, o que levou pânico ao mercado financeiro em todo o mundo. No acumulado do mês, o saldo negativo de capital estrangeiro na Bovespa sobe para R$ 1.814 bilhão, resultado de compras de R$ 41.517 bilhões e vendas de R$ 43.332 bilhões. No ano, o saldo negativo chega a R$ 18.349 bilhões.

Valor das empresas na Bolsa caiu 10,3% em setembro
Em meio aos momentos mais agudos da crise financeira, o giro médio diário na Bolsa de Valores de São Paulo cresceu 14,3% em setembro, em comparação ao mês anterior, e foi de R$ 5.498 bilhões. Apesar da recuperação, o patamar ainda está distante do recorde registrado em maio desse ano, logo após o anúncio da obtenção da nota de grau de investimento pelo Brasil, quando o giro diário ficou em R$ 7.035 bilhões. Em setembro foram registrados, em média, 293.628 negócios por dia, recorde para a Bolsa paulista e 37,1% superior ao apurado em agosto. O recorde anterior havia sido alcançado em maio, com 260.256 operações. O valor de mercado das 396 companhias de capital aberto, negociadas na Bolsa paulista, caiu em setembro, em relação ao mês anterior, para R$ 1,787 trilhão, o que representou queda de 10,3%. É a menor capitalização bursátil desde abril de 2007, quando as 366 empresas listadas foram avaliadas em R$ 1,750 trilhão.

Supermercado prevê impacto da crise no fim de 2009
O varejo de pequeno e médio porte, que no ano passado contabilizou crescimento maior do que o visto pelas grandes redes, conforme a Apas - Associação Paulista de Supermercados -, começa a analisar os impactos da crise econômica mundial, e algumas redes acreditam que o maior choque nos negócios, por conta do cenário econômico externo, deverá ser sentido mais a partir do segundo semestre do ano que vem. Para algumas fontes do setor varejista, agora é o momento de repensar os investimentos para o próximo ano. O principal efeito da crise deverá ser a restrição de crédito, pois o consumidor se endividou muito nos últimos dois anos. No ano passado, o setor supermercadista nacional contabilizou faturamento bruto de R$ 136,3 bilhões, e, nesse ano, prevê alta média de 8% nos ganhos.

Vendas da Ford e Toyota nos EUA caem mais de 30%
As vendas de automóveis nos EUA voltaram a cair em setembro, apesar dos incentivos e da queda nos preços da gasolina. No mês, Ford, Toyota Motor e Honda Motor divulgaram declínio em suas vendas de 35%, 32% e 24%, respectivamente, enquanto a GM, que na ocasião praticou preços promocionais em homenagem ao aniversário do grupo, registrou declínio de 16%. Para a Ford, esse foi o pior desempenho mensal de vendas do ano até agora. "Os consumidores e os negócios estão em um ponto muito frágil", afirmou o chefe de marketing da montadora, Jim Farley. O diretor operacional da GM - General Motors -, Fritz Henderson, estima que o mercado de automóveis norte-americano deve permanecer enfraquecido em 2009, ao passo que os consumidores continuam preocupados com relação ao crédito e os preços da gasolina. A GM informou que em setembro obteve o seu melhor índice mensal de participação de mercado de 2008. "Nós ganhamos participação em varejo novamente, e nosso market share total, parece estar acima de 27% para o mês - sem um aumento dos incentivos", observou Mark LaNeve, diretor de vendas da GM para a América do Norte. No mês passado, as vendas totais de carros e caminhões leves da GM caíram de 334.974 em setembro de 2007, para 282.806 unidades. No período foram registrados 24 dias úteis de venda, um a menos do que a um ano atrás. As vendas de caminhões e utilitários esportivos diminuíram 19%, para 164.366, enquanto a de carros recuou 9,8%, para 118.440. Em 20 de agosto, a GM lançou uma promoção de desconto para funcionários em homenagem ao 100º aniversário da empresa, o que conteve a queda nas vendas naquele mês e conseqüentemente, levou a extensão do incentivo ao longo de setembro. A GM anunciou ontem novos incentivos. A montadora planeja oferecer descontos de até US$ 5 mil
para alguns modelos de picapes e veículos utilitários esportivos (SUV) - incluindo vários modelos 2009. - No caso da Toyota, o quinto mês consecutivo de queda nas vendas mostra como a gigante
japonesa - que um dia foi considerada quase imune às forças econômicas que tem atingido suas
concorrentes de Detroit - agora também está sofrendo. A Toyota vendeu 144.260 veículos em
setembro, comparado com as 213.042 unidades vendidas um ano atrás. A Toyota, que tem disputado com a GM o posto de líder mundial em vendas, informou que as vendas de carros de passageiros caíram 28% no mês, para 88.342 unidades, enquanto a de SUVs, despencaram 38%, para 22.784 unidades. A montadora japonesa passou a GM em vendas no primeiro semestre deste ano.

- A Ford vendeu 120.355 veículos leves, indicando queda de 35% no período em relação as
183.769 unidades vendidas em setembro do ano passado. As vendas de caminhões e vans da Ford
caíram 39%, as de SUV despencaram 57%, enquanto as do F-series recuaram 42%.

- As vendas da Honda caíram 24% no mês passado, de 127.200 para 96.626, com a de carros
recuando 22% e a de caminhões diminuindo 27%. Na avaliação de Dick Colliver, vice-presidente
executivo de vendas da Honda, ninguém está imune à crise em Wall Street, incluindo a Honda.

- Em Nova York, as ações da Ford fecharam em baixa de 12,69%, para US$ 4,54, enquanto as da Toyota recuaram 2,3%, para US$ 83,83 e as da GM subiram 0,53%, para US$ 9,50.
(Agência Dow Jones)

E no Brasil as vendas de veículos cresceram 8,1% em setembro
As vendas totais de veículos no País somaram 462.356 unidades em setembro de 2008, o que
representa um crescimento de 8,1% em relação ao total de agosto. Na comparação com o mesmo
mês do ano passado, houve um aumento de 30,59%. No acumulado de janeiro a setembro de 2008, as vendas totalizaram 3.792.565 unidades, com alta de 26,08% em relação ao mesmo período de 2007. Os dados foram divulgados ontem, pela Fenabrave - Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. As vendas de automóveis e comerciais leves somaram 254.182 unidades no mês passado, o que representa uma expansão de 10% em relação a agosto. Na comparação com igual mês do ano passado, as vendas desses dois segmentos subiram 30,94%. No acumulado de janeiro a setembro, as vendas de automóveis e comerciais leves somaram 2.096.396 unidades. O número indica um crescimento de 26,08% em relação ao resultado dos primeiros nove meses de 2007. As vendas de caminhões totalizaram 12.040 unidades em setembro, o que representa uma alta de 5,74% em relação a agosto. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve aumento de 47,77%. No acumulado de nove meses, o crescimento é de 32,31% com um total de 93.286 unidades comercializadas. As vendas de ônibus cresceram 7,17% em setembro sobre agosto, totalizando 2.512 unidades. Sobre o mesmo mês de 2007, as vendas do segmento tiveram alta de 42,40%. No período de janeiro a setembro foram comercializadas 19.490 unidades, com expansão de 20,49% sobre igual
intervalo de 2007. A comercialização de motos também registrou crescimento em setembro na comparação com agosto, com alta de 6,16%, totalizando 184.368 unidades. Em relação a setembro de 2007, as vendas registraram alta de 28,18%. No acumulado do ano cresceram 24,38%, para 1.507.852 unidades. Segundo a Fenabrave, as vendas de implementos rodoviários caíram 2,30% em setembro sobre agosto, totalizando 4.707 unidades. Na comparação com o mesmo mês do ano passado registraram alta de 68,71%. No acumulado do ano as vendas cresceram 42,83%, totalizando 38.289 unidades.


GE fará oferta de US$ 12 bilhões e US$ 3 bilhões são para Buffett
A General Electric anunciou uma oferta pública de "pelo menos" US$ 12 bilhões em ações ordinárias (ON). Além disso, o fundo Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett, mais uma vez assumiu um papel de salvador ao comprar US$ 3 bilhões em ações preferenciais perpétuas, numa oferta privada da GE. O anúncio é feito num momento em que o conglomerado, cujo braço financeiro responde por quase metade de sua receita, se une a gigantes financeiras que buscaram levantar capital nas últimas semanas, depois de verem suas ações despencarem em meio aos temores dos investidores acirrados pela crise do crédito. Até a semana passada, a companhia insistia que seu braço financeiro não sofria problemas. Isso mudou quando a GE cortou sua previsão para o terceiro trimestre e para o ano inteiro, citando "uma fraqueza e volatilidade sem precedentes nos mercados de serviços financeiros", e anunciou uma série de medidas - incluindo a suspensão de recompra de ação e provável suspensão de um aumento no dividendo pela primeira vez desde os anos 1970 - para fortalecer seu capital e liquidez. As ações da GE estavam por volta das 15h30min, em queda de 3,8%, em US$ 24,51. A ação caiu 34% esse ano. Os CDS - Credit Default Swaps - da General Electric
Capital Corp, braço financeiro, projetaram uma redução no custo de proteção contra default da empresa após o anúncio. Custa, agora, US$ 500 mil para proteger US$ 10 milhões em bônus de cinco anos da empresa, ante US$ 650 mil antes do anúncio, segundo a corretora Phoenix Partners Group. O custo havia atingido US$ 740 mil no início dessa quarta-feira, com o temor de que a GE teria dificuldades para ter acesso a financiamento via commercial papers, e outros mercados da dívida.

Cargill investirá R$ 190 milhões para produzir açúcar na Cevasa
A multinacional Cargill vai investir R$ 190 milhões para dobrar a capacidade de moagem e iniciar a produção de açúcar até 2010, na Cevasa - Companhia Energética Vale do Sapucaí -, destilaria em Patrocínio Paulista/SP, da qual detém 63% da participação acionária adquirida em 2006. O processamento por safra vai saltar de 1,4 milhão de toneladas para 2,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e a produção de açúcar será de mil toneladas por dia. A produção de álcool será mantida em 115 milhões de litros por safra. A companhia confirmou, por meio de sua assessoria de comunicação, os dados relativos ao aumento de produção e moagem, mas não informou, e nem negou, o valor dos investimentos. Além da transformação da destilaria de álcool em usina completa, os investimentos contemplam a co-geração de energia elétrica na unidade já a partir do próximo ano. Os 27% restantes da Cevasa pertencem à Canagril, que é uma empresa formada por 22 fornecedores de
cana da destilaria. A cana necessária para a expansão virá do aumento de produção desses
fornecedores e ainda de outros produtores independentes da região, na Alta Mogiana Paulista,
entre as cidades de Franca/SP e Ribeirão Preto/SP. Após os investimentos na aquisição do capital majoritário da Cevasa, a multinacional americana comprou, em 2006, 43,75% da Usina Itapagipe, na cidade mineira de mesmo nome, que pertencia à empresa portuguesa Taggia. A participação restante na Itapagipe pertence a diversos acionistas, entre eles o Grupo Moema, que também é sócio do terceiro projeto da Cargill no País: a construção da Usina Bom Jardim, prevista inicialmente para ser construída também, na cidade mineira. O projeto da Usina Bom Jardim, formalizado em 2006, no entanto, segue suspenso, de acordo com o empresário Maurílio Biagi Filho. Biagi era o dono, por meio da holding Maubisa, dos 63% da Cevasa, um dos sócios do Grupo Moema e também da Usina Itapagipe A construção da Usina Bom Jardim deve ser iniciada assim que o cenário de preços baixos, principalmente para o açúcar, for revertido. (Agência Estado)


Coca-Cola pode ser obrigada a abrir mão do Nestea
A Coca-Cola pode ser obrigada a ter de abrir mão do Nestea, caso o Cade - Conselho Administrativo de Defesa Econômica -, vote pela aprovação do relatório do conselheiro Paulo Furquim no processo da compra da Matte Leão. Furquim apresentou ontem, seu relatório pela aprovação do negócio, mas com a proibição de que a Coca-Cola produza e comercialize o Nestea no Brasil. Depois de lido o voto de Furquim, a votação foi suspensa porque o conselheiro Carlos Ragazzo pediu que o processo fosse convertido em diligência, para o levantamento de mais informações sobre o mercado brasileiro de chás ("iced tea"). A Coca-Cola já era dona do Nestea quando, em março de 2007, comprou a Matte Leão, que atua no mesmo segmento. Caberá ao conselheiro Ragazzo decidir quando o processo voltará novamente à pauta. A restrição foi proposta por Furquim "em face de preocupações de natureza concorrencial", e com o objetivo de "proteger e salvaguardar o interesse da coletividade".

Volume de cheques pré-datados aumenta 9%
Mesmo com a difícil situação pela qual passa a economia mundial e, com ela, também a do Brasil, o consumidor brasileiro não parece dar sinais de que parará de consumir, tanto que o volume de cheques pré-datados registrou crescimento de 9% em agosto desse ano, se comparado com o mesmo mês de 2007. O estudo, realizado pela TeleCheque, empresa de concessão de crédito para o varejo, mostra ainda que 80,47% dos cheques emitidos no mês passado, foram com data de vencimento futura. Segundo a empresa, os consumidores encontram nos talões de cheques uma boa alternativa na hora de parcelar suas compras, devido à flexibilidade de prazos e parcelamentos. O setor que mais recebeu cheques pré-datados foi o de Vestuário, no qual 89,35% dos pagamentos utilizaram essa modalidade. Em seguida, vem o de Calçados, com 88%, seguido por Móveis e Decoração, com 86,51%, e Supermercados, com 85,04%.

Electrolux investe nas classes B e C
Consolidada nas categorias de maior valor do mercado de linha branca, com imagem ligada a produtos sofisticados e modernos, voltados para as classes mais altas, a Electrolux prepara uma ofensiva para conquistar a classe C. De olho nesse nicho de mercado, a empresa estreou em nova categoria de fogões, com modelos de preços médios, e aposta no maior poder de compra do consumidor, que estaria migrando das categorias mais simples para as intermediárias. A meta, segundo Winston Merchor, diretor de marketing da multinacional sueca no Brasil, é duplicar o volume de vendas de fogões nos próximos três anos. Os novos fogões serão fabricados na planta de São Carlos. Hoje, a companhia atua apenas no segmento mais alto da categoria de fogões (onde detém a liderança), o que representa 20% de um mercado anual de cerca de cinco milhões de unidades. A categoria média, que a Electrolux está entrando após 18 meses de pesquisas com consumidores, representa outros 30% do mercado. Apesar de ainda estar de fora de 50% do mercado, composto por fogões mais baratos, de R$ 200 a R$ 500, Merchor afirmou que existe uma migração da categoria mais baixa para a categoria média, que tem crescido mais rápido. Por isso, a empresa ainda não tem planos de desbravar a categoria mais popular, apesar de não descartar a idéia. Além dos modelos que já estão no mercado, a nova linha de fogões de preço médio deve ser ampliada no início do próximo ano.

Mudança de comando na rede de ensino Metodista do RS
Hoje no Gabinete da Direção Geral e da Reitoria da Rede Metodista da Região do Sul, às 9h, na presença da presidência e demais integrantes do Conselho Diretor, do Bispo da 2ª Região Eclesiástica da Igreja Metodista, dos Pró-Reitores e dos Diretores, ocorre a Solenidade de Posse do professor doutor Norberto da Cunha Garin para os cargos de Diretor Geral da Rede Metodista de Educação do Sul e de Reitor do Centro Universitário Metodista.

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MERCADOS de Ações & Futuros
(Informações: Dow Jones, Bovespa e Reuters)

Bovespa inicia outubro em alta, mas dia foi de cautela
O quarto trimestre começou azul no mercado acionário doméstico. A Bovespa fechou o primeiro pregão de outubro em alta, descolando-se das Bolsas norte-americanas. Mas ambos os mercados foram guiados pelo mesmo sentimento: cautela. A expectativa em torno da votação do pacote de ajuda ao sistema financeiro no Senado norte-americano, trouxe alento aos investidores, mas depois da derrota inesperada na Câmara, na segunda-feira, a decisão foi esperar.

- O índice Bovespa terminou o pregão em alta de 0,52%, aos 49.798,65 pontos. Oscilou entre a
mínima de 47.641 pontos (-3,84%) e a máxima de 49.834 pontos (+0,59%). No acumulado do ano
até ontem, o Ibovespa acumula perda de 22,05%. O giro financeiro totalizou R$ 5,037 bilhões ontem.


Dólar comercial sobe 0,84% e fecha a R$ 1,918
O dólar comercial subiu e fechou negociado ontem, a R$ 1,918 no mercado interbancário de câmbio, alta de 0,84% no dia, acompanhando a alta da moeda no exterior. O volume de negócios no câmbio doméstico, porém, continua prejudicado pelo enxugamento das linhas de financiamento à exportação, bem como pela espera dos desdobramentos relacionados à votação do plano de resgate ao setor financeiro nos EUA. Na taxa máxima dessa quarta-feira, o dólar comercial foi negociado a R$ 1,943; na mínima, ficou em R$ 1,903. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), nos contratos de liquidação à
vista, o dólar fechou a R$ 1,9245, alta de 1,08%. De acordo com informações do mercado, o giro financeiro somava US$ 1,3 bilhão às 16h40min.


Bolsas dos EUA fecham em baixa à espera de votação de pacote
As Bolsas americanas fecharam em baixa nessa quarta-feira, em uma sessão hesitante antes da votação no Senado dos Estados Unidos, do plano de resgate dos bancos americanos.

- O Dow Jones Industrial Average (DJIA), principal índice da Nyse (Bolsa de Valores de Nova
York), caiu 0,18%
, encerrando a 10.831,07 pontos.


- O Nasdaq, de alto componente tecnológico, retrocedeu 1,07%, a 2.069,40 pontos. O índice
ampliado Standard & Poor's 500 perdeu, por sua vez, 0,45%, a 1.161,06 pontos. Após registrar grande volatilidade nas sessões anteriores, os índices abriram e operaram em forte baixa durante toda a manhã, recuperando-se um pouco no final do pregão. "O mercado esperava a votação do Senado", explicou Peter Cardillo, da Avalon Partners.


Bolsas da Europa fecham em alta, à espera de pacote
As principais bolsas européias terminaram o pregão de ontem, em alta, em meio ao otimismo de que um pacote revisado de auxílio ao mercado financeiro pelo Congresso dos EUA, será aprovado nos próximos dias. O mercado acionário europeu também reagiu bem à intensificação das ações entre os governos e bancos centrais no sentido de apoiar o setor bancário.

Análise - Um dia antes da divulgação da decisão do BCE - Banco Central Europeu - sobre a taxa básica de juros na zona do euro (15 países europeus que compartilham a moeda), a instituição alocou US$ 50 bilhões em operação de recompra por um dia (overnight). O Banco da Inglaterra (BoE, o banco central inglês) realizou operação adicional para dar mais US$ 30 bilhões em recursos para uma semana. Além disso, após as medidas tomadas ontem pelo governo irlandês - para garantir os depósitos bancários -, parlamentares da França devem anunciar um plano de estabilização do sistema financeiro do país até sexta-feira, dia 3/10. As ações do Crédit Agricole subiram 3,06%, enquanto as do Société Générale avançaram 1,98%. Ao mesmo tempo, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, solicitou uma reunião com os representantes do G-8 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo e a Rússia) para discutir o aprofundamento da crise no sistema financeiro global.

- Na Itália, o banco Unicredit disse que melhoraria o balanço por meio da cisão de alguns de seus ativos imobiliários. A instituição também acrescentou que não considera mais a possibilidade de uma parceria com um banco de investimentos internacional. As ações subiram em 11,09% em Milão, após encerrarem com queda acentuada nas últimas duas sessões.

- Na Suíça, o banco UBS ganhou destaque com rumores de que a instituição pretende cortar
1,9 mil empregos. O UBS não quis comentar sobre o assunto e as ações subiram 6,72% em Zurique.

- Em Londres, o índice FTSE 100 subiu 1,17%, para 4959,6 pontos. A Standard Life Investments, unidade de gestão de investimentos do grupo de seguros Standard Life, afirmou que apóia a compra da cedente de hipotecas HBOS pelo banco Lloyds. A Standard Life é acionista nas duas instituições. A HBOS subiu 21% e o Lloyds 10,38%. O Royal Bank of Scotland terminou em alta de 0,56%.

- O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, encerrou em alta de 0,56%, para 4.054,54 pontos. A ArcelorMittal recuou 4,94% e a Alcatel-Lucent subiu 4%. A Peugeot e a Renault tiveram declínio de 3,56% e de 3,53%, respectivamente.

- Em Frankfurt, o índice DAX terminou em queda de 0,42%, para 5.806,33 pontos. A Daimler
perdeu 8,55% em meio a especulação de alerta nos lucros, negada pela empresa. O Commerzbank
subiu 16,54% e a Hypo Real Estate 13,25%.

- O índice Ibex-35, da Bolsa de Madri, subiu 1,77%, para 11.182,50 pontos. A Sacyr-Vallehermoso liderou os ganhos, com alta de 13,03%, após receber recomendação de compra do Goldman Sachs. As companhias do setor de energia renovável tiveram recuperação dos declínios recentes, com a Iberdrola Renovables avançando 3,59% e a Abengoa 2,04%. A Repsol caiu 0,24%, pressionada pelo declínio nos preços do petróleo.

- A Bolsa de Lisboa, em Portugal, fechou em baixa de 0,42%, a 7.999 pontos
.

HOJE - Bolsas da Ásia (informações até às 3h20min)
Bolsas da Ásia caem mesmo com aprovação de socorro financeiro nos EUA
As Bolsas Asiáticas abriram em queda nesta quinta-feira, a despeito da esperada aprovação do pacote bilionário de ajuda ao setor financeiro dos EUA.

- O Nikkei, índice que mede os negócios da Bolsa de Valores de Tóquio, chegou a operar em queda de 1,1%, aos 11.242,70 pontos, por volta do meio dia (hora local).
- Em Hong Kong, o indicador abriu com recuo de mais de 0,8%.
- Em Seul (Coréia do Sul), o mercado operava com perdas de 1,2%.
- A Bolsa de Xangai (China), recuou 0,16% no início do pregão, seguiu caindo até 3,76%.
- O BoJ (Banco Central japonês) injetou mais um trilhão de ienes (US$ 9,449 bilhões) no sistema financeiro nacional, em sua 12ª intervenção para aumentar a liqüidez do mercado e evitar a alta excessiva da taxa básica de juros. Desde a quebra do banco de investimento americano Lehman Brothers, em 15 de setembro, o BoJ já injetou mais de 23 trilhões de ienes (US$ 220 bilhões).


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ÍNDICES ECONÔMICOS

Índice semanal de preços fecha setembro com deflação de 0,09%
O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) encerrou a última semana de setembro com deflação de 0,09%, contra deflação de 0,04% no período imediatamente anterior. Na última semana de agosto, segundo dados divulgados ontem pela FGV - Fundação Getulio Vargas.

Os grupos Alimentação (-0,91% para -0,97%) e Habitação (0,28% para 0,24%) foram os que mais contribuíram para a queda, com destaque para os itens frutas (4,03% para 2,11%) e tarifa de eletricidade residencial (-0,46% para -0,83%).

Os índices dos grupos Despesas Diversas (de 1,21% para 1,02%), Educação, Leitura e Recreação (0,26% para 0,11%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,27% para 0,19%) e Transportes (0,16% para 0,10%) também desaceleraram. Os destaques nesses grupos foram os itens alimento para animais domésticos (3,79% para 2,92%), salas de espetáculo (1,70% para 0,42%), medicamentos em geral (0,20% para -0,02%) e seguro facultativo para veículo (1,07% para -0,23%).

O grupo Vestuário (0,27% para 0,58%) foi o único a registrar alta, com destaque para roupas (0,21% para 0,70%) e calçados (0,22% para 0,34%).


Os índices foram calculados com base em preços coletados entre os dias 1º e 30 de setembro, comparados com os do período de 1º a 31 de agosto. A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 7/10, e divulgada no dia 8/10 pela FGV.

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MERCADO FINANCEIRO

União Européia autoriza Deutsche Bank comprar os ativos do ABN
Os serviços europeus de concorrência autorizaram, nessa quarta-feira, o banco alemão Deutsche Bank a comprar alguns ativos do holandês ABN Amro, que pertenciam a seu concorrente belgo-holandês Fortis. Fortis anunciou em 2 de julho a concessão de parte das atividades do banco comercial ABN Amro na Holanda ao Deutsche Bank por 709 milhões de euros. Essa sessão era uma das condições impostas pela Comissão Européia para aprovar a compra, por parte do Fortis, de um terço do ABN Amro pelo total de 24 bilhões de euros. Fortis, atingido pela crise financeira internacional, foi parcialmente nacionalizado dentro de um plano de resgate anunciado no domingo passado e que prevê também, a cessão do conjunto dos ativos do ABN Amro que havia adquirido. Controle A UE também anunciou, nessa quarta-feira, medidas para reforçar a "[vigilância dos bancos]": e controlar melhor os riscos que assumem, em meio à crise financeira mundial que forçou o resgate estatal de vários estabelecimentos bancários em dificuldades. Entre as regras propostas por Bruxelas, estão "limitar os empréstimos que um banco pode conceder" e "permitir às autoridades nacionais, controlar a vigilância das atividades dos grupos bancários multinacionais". Essas iniciativas, que devem ser aprovadas pelos 27 membros da UE e o Europarlamento, revisam uma legislação bancária européia relativa aos "fundos próprios regulatórios". O texto tem por objetivo garantir a solidez financeira dos bancos e as empresas de investimento, exigindo que disponham de uma quantia determinada de recursos financeiros
próprios para cobrir os riscos assumidos. Além do Fortis, a chegada da crise financeira à Europa provocou a nacionalização de outros bancos, o grupo bancário e de seguros franco-belga Dexia.


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LOGÍSTICA & INFRAESTRUTURA

Anac não prevê maior oferta de vôos em Congonhas
A Anac - Agência Nacional de Aviação Civil - informou ontem, que a nova regra para redistribuição das autorizações para pousos e decolagens (slots), não prevê o aumento da oferta de slots em Congonhas, único aeroporto que já registra restrições a novos pedidos. Com isso, a concorrência das empresas pelas autorizações já concedidas, tende a se acirrar a partir da implementação da nova regra - atualmente, a aviação regular detém 249 pares de slots para operar em Congonhas. O projeto anunciado ness quarta-feira, pela Anac, prevê que as empresas que já operam no aeroporto (Gol/Varig, TAM, Pantanal e OceanAir), terão de ceder parte de seus slots para as companhias aéreas que não operam no local, chamadas de entrantes. Nessa primeira etapa, as entrantes teriam no máximo 20% dos slots disponíveis no aeroporto. Mas em uma segunda etapa, que poderá entrar em vigor entre o final de 2011 e o início de 2012, esse percentual tende a crescer.

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AGRONEGÓCIOS

Mantega antecipa R$ 5 bilhões de recursos para a agricultura
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem, que a antecipação de recursos para a agricultura, que, segundo ele, já está sendo executada pelo Banco do Brasil, é de R$ 5 bilhões. "Achamos que mais R$ 5 bilhões resolvem o problema", disse, durante entrevista coletiva na porta do Ministério da Fazenda. "As medidas de ajuste estão sendo tomadas. O BB já está antecipando recursos para a agricultura. Vamos colocar mais crédito", disse. Segundo Mantega, o governo não vai fazer um pacote de medidas para enfrentar a crise internacional. "Pacote é coisa do passado. O momento é de tomar medidas específicas, o que já estamos fazendo", afirmou. O ministro disse ainda, torcer para que os EUA acertem um acordo para votar o pacote e que o projeto não beneficie apenas os banqueiros, como também os mutuários e correntistas bancários do mercado norte-americano. Crédito - O ministro assegurou que, se for necessário, o governo tomará novas medidas para irrigar o crédito a exportadores. Ao falar na portaria do Ministério da Fazenda, horas depois da reunião de coordenação política com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para avaliar a crise financeira internacional, o ministro reconheceu que o problema mais imediato decorrente da crise é a da falta de crédito para os exportadores. Ele disse que o Banco Central já está fazendo leilões de dólares e o governo está "estimulando os bancos" a darem crédito. Se for necessário, disse Mantega, novas medidas serão tomadas.


BB confirma antecipação de crédito rural para amenizar crise
O diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, José Carlos Vaz, confirmou ontem, que o BB já está
antecipando recursos para amenizar a falta de crédito rural. O diretor, no entanto, evitou confirmar o valor de R$ 5 bilhões mencionado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista à tarde, como o total de recursos já antecipados pelo BB. José Carlos Vaz afirmou que a antecipação se refere, apenas, aos recursos já previstos no Plano de Safra 2008/09, anunciado em junho. "O BB está antecipando desembolsos em relação ao plano de safra e, se houver necessidade de mais recursos, o governo alocará", afirmou o diretor de agronegócios do banco federal. Ele discorda da avaliação de que a antecipação do crédito gera riscos de falta de recursos para a safra no ano que vem. Para ele, a decisão mostra que "o governo está determinado a assegurar recursos para garantir a safra". Diante do cenário externo pouco favorável para o crédito, Vaz não descarta que os desembolsos do banco continuem crescendo em outubro. Segundo a programação original, R$ 1,2 bilhão deve ser liberado em crédito rural no mês corrente. A decisão de antecipar recursos foi tomada porque muitos produtores, não têm conseguido tomar empréstimos em tradings e bancos privados que são, normalmente, dependentes de recursos externos. Além disso, as tradings têm evitado o modelo tradicional de financiamento depois da forte volatilidade dos preços das commodities no mercado internacional. Cálculos do governo mostram que 1/3 da safra é financiado com recursos oficiais, 1/3 com recursos das tradings e 1/3 com recursos dos próprios agricultores. Com a menor oferta de crédito das tradings, que tradicionalmente financiam o plantio da safra por meio de compras antecipadas, os produtores foram obrigados a pedir mais empréstimos nos bancos, especialmente no BB, que é o principal agente financiador do agronegócio. Segundo o diretor, o BB desembolsou ao produtor rural R$ 6,7 bilhões desde julho. O valor, calculado até 29 de setembro, é 35% maior que registrado em igual período do ano passado. O diretor do banco chama a atenção para o desempenho das linhas para o custeio da agricultura empresarial, que saltaram 70% e já somam R$ 4,1 bilhões. Esse segmento é o principal tomador de crédito das tradings e bancos privados. No Plano Agrícola e Pecuário, o governo prevê aplicação de R$ 55 bilhões para a agricultura empresarial no período de julho de 2008 a junho de 2009. Desse total, R$ 45,4 bilhões devem ser oferecidos aos agricultores com taxa de juro controlada do crédito rural (6,75% ao ano), incremento de 19,9% no ano-safra. Outros R$ 13 bilhões são oferecidos aos agricultores familiares com juro máximo de 5,5% ao ano.

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MERCADO DE TI

Setor de TI na América Latina deve gerar US$ 51,45 bi em 2008
Levantamento da IDC aponta que o mercado de TI na América Latina, vai movimentar 51,45 bilhões de dólares no ano de 2008, alta de 14% no ano. O crescimento em dígitos duplos vai acontecer, de acordo com a empresa de pesquisas, até 2011, com a alta anual média de 11,6% ao ano. Em relatório divulgado no início do ano, a IDC estimava um crescimento menor: alta de 12,8% para 48 bilhões de dólares. Hoje, a TI significa 4% do mercado mundial de TI. Desse montante, o Brasil é responsável por pouco menos da metade do faturamento (46,9%.). A segunda colocação é da Argentina, mas com um tamanho muito menor (6,1%), seguida pelo do Chile (5,1%). Matias Berardi, gerente de pesquisas da IDC, disse em webcast, sobre o levantamento, que o bom desempenho da América Latina acontece mesmo com a crise financeira nos EUA. “Apesar da lentidão econômica, a AL segue como uma das principais regiões emergentes no mundo. E continua como uma das melhores regiões para fornecedores de TI”, disse. Ele disse que a maior fatia dos investimentos latino-americanos em TI foi em hardware (59%), com a compra de servidores, PCs, entre outros. Logo depois, chega o setor de serviços com 29% e software com 12% dos aportes. O mercado de consumidor final representa mais de 20% dos investimentos. Berardi afirma que esse número significativo acontece por conta da maior
facilidade de conseguir crédito, além da desvalorização do dólar. “Esperamos que o mercado de PCs, cresça em quase 26% em unidades na América Latina, em 2008”, disse.


Segunda negra derruba ações de TI e podem afetar profissionais
Analisas acreditam que, em breve, profissionais de TI começarão a ouvir sobre ‘sinergia’, considerado o código para demissões.Os acontecimentos que atingiram Wall Street na última segunda-feira, sinalizaram que as empresas norte-americanas de TI não sairão imunes da crise financeira naquele país, e fora dele. É só observar o que aconteceu com ações como as da Apple, que vinha apresentando um forte desempenho nos trimestres anteriores: as ações da companhia caíram 23%.Outros gigantes do setor também sentiram os efeitos, embora não com o mesmo impacto. As
ações da HP tiveram queda de 3,62%, enquanto as da IBM caíram 5%. Mais que isso, o valor das
ações não deve ser a única área em que as companhias de TI devem sentir os efeitos da crise.Alguns analistas estão alertando o setor sobre a possibilidade de que os investimentos e as prioridades de TI mudem por um trimestre ou dois, ao contrário do que previam há uma semana. Para companhias que já estavam com foco em redução de custos, a queda das bolsas nessa segunda-feira (foi a maior registrada em um único dia na história), “pode representar o triplo em redução”, avalia o analista independente Rob Enderle.A oferta de vagas no setor de TI também deve sentir os efeitos da crise, principalmente na área de serviços financeiros. Ao anunciar, nessa segunda-feira, a compra do Wachovia por 2,16 bilhões de dólares, o Citigroup disse esperar uma economia de 3 bilhões de dólares com o ganho de sinergia da consolidação. Segundo analistas, data centers são parte de qualquer
processo de virtualização.O Wachovia não está sozinho. A aquisição do Washington Mutual Bank pelo JPMorgan Chase, por 1,9 bilhão de dólares, deve representar mudanças para os profissionais de TI da instituição. O Washington terá que migrar para a plataforma tecnológica do Chase, em um processo de integração que deve estar concluído em 2010.Relacionados entre si, os problemas vividos por essas empresas afetarão todos os níveis de TI, incluindo profissionais autônomos como Mark Balckburn, consultor de TI especializado em Microsoft SQL Server. O profissional passou parte do domingo escrevendo aos congressistas em Washington, pedindo que rejeitassem o pacote de ajuda proposto pelo governo. “O pacote só vai tirar dinheiro dos pobres para dar aos ricos, deixando a conta para os contribuintes. A solução do governo agora é criar futuros impostos”, disse.Blackburn trabalha na área de TI desde os anos 80 e disse que, desde 1998, o valor que recebe por hora – 60 dólares – não muda. Ele explicou que isso não acontece por causa da concorrência com profissionais estrangeiros que utilizam o visto H-1B, e pelos processos de terceirização feitos por empresas que buscam mão-de-obra mais barata.Mesmo áreas que continuam aparentemente intocadas, como as vendas de servidores, devem ser afetadas. “É difícil dizer exatamente o que vai acontecer, uma vez que as pessoas fizeram seus planos sem saber o que nós sabemos agora”, disse Jean Bozman, analista da IDC.Charles King, analista da Pund-IT, vê o mercado de TI nos primeiros estágios da redução de
vendas. Isso pode representar dificuldades para fornecedores que queriam oferecer novos produtos, como o Microsoft Windows Server 2008, para companhias que estejam buscando formas de cortar ou reduzir gastos. “A menos que o negócio prove que é absolutamente crítico, ter esses produtos para ampliar resultados ou economizar dinheiro, eu acredito que as empresas vão cortar investimentos o máximo que puderem”, afirmou.


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ANÁLISE SETORIAL

Crédito para exportador caiu pela metade após 15/9
A preocupação do governo brasileiro com o crédito e a expectativa dentro e fora do País, quanto ao financiamento de grandes investimentos, podem ser medidos por duas informações divulgadas ontem, pelo Banco Central: o crédito para a exportação caiu pela metade após a derrocada do banco de investimentos americano Lehman Brothers, em meados de setembro, e no dia 15/9, primeiro dia útil após o fracasso das negociações para salvar o Lehman, empresas e investidores estrangeiros remeteram US$ 1,299 bilhão do Brasil para o exterior. O valor é 640% maior que a média diária de saída de recursos registrada nas quatro primeiras semanas de setembro (US$ 175,3 milhões). Na média diária, as empresas exportadoras tomaram US$ 164,9 milhões em empréstimos para financiar vendas ao exterior, entre os dias 15 e 26 de setembro. O valor corresponde à metade do verificado nas duas primeiras semanas do mês, entre 1º e 12, quando a média ficou em US$ 342 milhões por dia. As negociações fracassadas para tentar salvar o banco de investimentos Lehman Brothers aconteceram exatamente, entre os dois períodos comparados, nos dias 13 e 14. A queda no volume médio de empréstimos para o comércio exterior diminuiu 51,7%, depois do anúncio de concordata do banco nos EUA. A piora é explicada pela dificuldade dos bancos em encontrar dinheiro disponível para emprestar aos exportadores. Os dados do BC mostram também, que o pior dia do mês para os exportadores foi a
segunda-feira, 22/9. Naquele dia, apenas US$ 117 milhões - ou R$ 209 milhões pelo câmbio do dia - foram fechados em contratos de crédito. O valor corresponde a um terço do registrado em 10/9, o melhor dia do mês, quando exportadores conseguiram US$ 457 milhões nos bancos. Esses números se referem ao ACC - Adiantamento de Contrato de Câmbio -, instrumento mais comum para o financiamento de exportações. Normalmente, essa linha de crédito usa recursos captados no exterior e, por isso, é atrelada à variação da moeda norte-americana. Com o agravamento recente da crise financeira, o acesso ao capital estrangeiro está praticamente fechado e bancos têm enfrentado dificuldade para emprestar, por pura falta de dinheiro. Normalmente, quando é fechada uma venda ao exterior, o exportador vai ao banco, toma os recursos emprestados e, com esse dinheiro, compra a matéria-prima e paga a produção. O financiamento é quitado quando a empresa recebe o pagamento do cliente estrangeiro. Com a crise, esse caminho está mais difícil de ser percorrido porque o crédito está mais difícil e caro.
Fluxo cambial

"O estrangeiro ainda tem recursos no Brasil, mas momentos tensos geraram a saída mais forte de aplicações feitas, por exemplo, na Bolsa de Valores", disse o assessor de investimentos da corretora Souza Barros, Luiz Roberto Monteiro, sobre as remessas de US$ 1,299 bilhão do Brasil para o exterior - 640% a mais do que o fluxo registrado nas quatro primeiras semanas de setembro. No fim das quatro primeiras semanas de setembro, o fluxo financeiro, que inclui investidores e empresas que remetem lucros, registrou a saída líquida de US$ 3,507 bilhões do Brasil. Apesar dessa fuga, o mês de setembro ainda tem saldo positivo no fluxo cambial. Isso porque a balança comercial brasileira permaneceu positiva e foi responsável pelo ingresso de US$ 6,256 bilhões. Dessa forma, o período terminou com o ingresso líquido de US$ 2,749 bilhões.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Receita com exportação de frango in natura cresce 85%, divulga Secex
A receita com as exportações brasileiras de carne de frango in natura em setembro, cresceu 85% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Somou US$ 578,3 milhões, contra US$ 312,2 milhões em setembro de 2007. Segundo dados da Secex - Secretaria de Comércio Exterior -, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, divulgados ontem, o preço médio da tonelada embarcada foi de US$ 2.004,6 contra US$ 1.447,1 no mesmo mês do ano passado. O volume embarcado também cresceu: foi de 288,5 mil toneladas em setembro de 2008 e de 215,7 mil toneladas em setembro de 2007. Na comparação com agosto desse ano, houve queda no volume embarcado e no preço médio da tonelada exportada. O Brasil exportou em agosto 296,7 mil toneladas de carne de frango in natura, com preço médio de US$ 2.040,7 a tonelada, o que resultou numa receita de 605,4 milhões. A receita com as exportações de carne suína in natura, em setembro, foi 59% maior que a
obtida no mesmo mês do ano passado. Somou US$ 143,7 milhões contra US$ 90,1 milhões de
setembro de 2007. O aumento se deve ao preço, que subiu em um ano. O preço médio da tonelada
embarcada no mês passado foi de US$ 3.362,2, enquanto em setembro de 2007 foi de US$ 2.038,6. Já o volume de carne suína embarcado caiu em um ano. Em setembro somou 42,7 mil toneladas ante 44,2 mil toneladas no mesmo mês do ano passado. Na comparação com agosto houve pequeno crescimento. Naquele mês as exportações de carne suína somaram 42,1 mil toneladas.

- CAFÉ -
A receita cambial com exportação de café, em setembro, apresentou crescimento de 61,49%, em
comparação com o mesmo mês de 2007. O faturamento é de US$ 436,8 milhões, ante US$ 270,5
milhões em setembro do ano passado, segundo dados divulgados pela Secex. No mês passado,
foram embarcadas 2,647 milhões de sacas de 60 quilos, o que representa elevação de 33,26% ante as 1,986 milhão de sacas de setembro de 2007. Dados da secretaria mostram ainda, que em setembro passado houve aumento de 33,66% em termos de receita com exportação de café na comparação com agosto (US$ 326,8 milhões). No período, o crescimento em volume exportado foi de 31,16% (2,018 milhões de sacas em agosto). Nos próximos dias, o Cecafé - Conselho dos Exportadores de Café - deverá divulgar levantamento definitivo sobre os resultados de setembro.
- CARNE -
A receita cambial com exportação de carne bovina in natura, em setembro, apresentou elevação de 55,85%, em comparação com o mesmo mês de 2007. Os frigoríficos faturaram US$ 454 milhões ante US$ 291,3 milhões em setembro do ano passado, conforme os resultados divulgados pela Secex. O volume embarcado em setembro foi de 103,7 mil toneladas, o que corresponde a um aumento de 5,28% em relação a setembro de 2007 (98,5 mil toneladas). O relatório da secretaria mostram também, que em setembro a receita cambial com exportação de carne bovina in natura é 8,85% maior ante agosto (US$ 417,1 milhões). Em termos de volume, no período houve elevação de 7,91% (96,1 mil toneladas em agosto). Exportação de milho em setembro caiu 80%, divulga MDICAs exportações brasileiras de milho em setembro somaram 274,3 mil toneladas, volume 80% menor que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando 1,364 milhão de toneladas foram embarcadas para o exterior. Na comparação com agosto, também houve queda. O Brasil exportou 293,3 mil toneladas de milho em agosto. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior e foram divulgados ontem, pelo MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Com a falta de demanda pelo milho brasileiro, a receita com as exportações do cereal seguem caindo. Em setembro, ela somou US$ 69,3 milhões, ante US$ 78 milhões arrecadados em agosto. O preço médio da tonelada embarcada também caiu: foi de US$ 252,8 em setembro, ante US$ 266 a tonelada no mês anterior.

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MATÉRIA ESPECIAL

Mercado editorial brasileiro cresce e fatura mais de R$ 3 bilhões
O mercado editorial brasileiro registrou um faturamento de R$ 3,013 bilhões em 2007, o que corresponde a um crescimento nominal de 4,62%, segundo um estudo da Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - da Universidade São Paulo. Descontada a inflação do setor, de 4,18%, o crescimento real foi de 0,44%. O volume de vendas alcançou aproximadamente, 329 milhões de exemplares, o que representa um aumento de 6,06% em relação a 2006. Os dados apontam que o volume de livros vendidos foi de cerca de 329 milhões de exemplares em 2007, aumento de 6,06% em relação ao ano anterior. A pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro foi encomendada pela CBL - Câmara Brasileira do Livro - e pelo SNEL - Sindicado Nacional dos Editores de Livros -, e os dados foram divulgados nessa quarta-feira, em São Paulo. O crescimento no comércio, do porta a porta, impressionou e cresceu mais de 90%, segundo o estudo. Apesar disso, as livrarias são o grande ponto de vendas do mercado. A pesquisa inclui vendas para o mercado em geral e para o governo federal, que continua sendo o maior comprador do mercado, com R$ 726,8 milhões, ou cerca de 24% do total de vendas do setor. A pesquisa registrou queda nas compras federais de 0,67% em comparação a 2006. O mercado comprou mais em 2007, o que pode indicar um aumento no consumo de livros pela população, segundo interpretação da pesquisa. As vendas para o mercado totalizaram R$ 2,286 bilhões - um aumento de 6,41% na comparação entre 2007 e 2006. "O mercado comprou mais. Isso significa que a população tem lido mais, resultado de uma série de ações voltadas para a
difusão do livro e promoção da leitura", declarou a presidente da CBL, Rosely Boschini, segundo comunicado. Segundo Sonia Jardim, presidente do SNEL, houve aumento no número de exemplares produzidos e vendidos no ano passado e a queda no preço médio do livro vendido em 2007 (R$11,41), em relação a 2006 (R$11,61). A queda no preço médio do livro foi motivada por uma economia em
escala por parte das editoras e pela desoneração fiscal do setor, segundo Jardim. Também houve crescimento no volume de exemplares vendidos, de 8,21% para o mercado, que comprou cerca de 200 milhões de livros, e de 2,89% para o governo federal, que adquiriu aproximadamente 129 milhões de unidades.


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MERCADO ONLINE

Acesso residencial à web cresce 78% em 2 anos
Segundo o Ibope/NetRatings, acesso em agosto atinge 24,3 milhões de brasileiros, potencializado por sites de turismo e esportes após Jogos Olímpicos de Pequim.O número de usuários que acessam a internet, a partir de suas casas, totalizou 24,3 milhões em agosto - aumento de 26,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados pelo Ibope/NetRatings, ontem, dia 1/10. Ainda que a quantidade de brasileiros navegando tenha aumentado, as horas gastas online, caíram. Em agosto, foram 23 horas e 50 minutos, tempo 4,3% menor que o mês anterior. Mesmo com a queda, o Brasil manteve a liderança no quesito entre todos os outros mercados globais, a frente de Reino Unido (21h e 45min) e Alemanha (21h e 2 min). Entre os conteúdos acessados, os destaque são as categorias "Viagens e Turismo", com acesso 52,2% maior que o mesmo mês no ano anterior, e "Esportes", potencializado principalmente pelos Jogos Olímpicos de Pequim. Segundo o Ibope/NetRatings, 44,5% dos internautas brasileiros acessaram sites dentro da categoria, batendo o recorde anterior de 42,2% alcançado em julho de 2007 com os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. O interesse do brasileiro pela competição também foi o maior entre todos os mercados analisados pela consultoria, batendo França (42,2%), Reino Unido (41,1%) e EUA (41,7%).

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MERCADO DE LUXO

A cobiçada pelos milionários...
Mesmo antes de ser lançada no mercado, o novo modelo do estaleiro italiano Riva está deixando muito milionários aficionados por iates babando. A pergunta que não quer calar? Como será o Megaiate Duchessa 92? A grande jogada de marketing do estaleiro fez efeito. Um grande número de sites e blog sobre o assunto, estão enlouquecendo e especulando sobre o que estão chamando de: jóia do mar. Tanto alvoroço tem procedência, já que a Riva tem histórico que baliza tanta circunstância... já satisfez clientes céleres como o príncipe Ranier de Mônaco, o bilionário grego Aristóteles Onassis e o Rei do Hussein da Jordânia. Sabe-se apenas que o modelo Duchessa terá 92 pés (cerca de 28 metros), quatro suítes, sala e cozinha, interior decorado com elegância mas totalmente clean, muito espaçoso, comportando mais de 8 pessoas muito bem acomodadas. A potência dos dois motores são atrativos a parte, cada possui 2,2 mil cavalos e, juntos, alcançam uma velocidade de 29 nós ou 53,7 km/h. Preço da cobiça: US$ 6,8 milhões. Os interessados ou curiosos podem acessar o site da Riva:
www.riva-yacht.com. No site tem fotos internas e externa do megaiate, que confesso, são de tirar o fôlego.

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