E-Press.biz Economia & Mercado | Edição 070 | Ano I

Kátya Desessards

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NOTÍCIAS

Lula defende maior controle sobre o sistema financeiro mundial
Sete chefes de Estado se reuniram ontem em Nova Iorque para debater a crise financeira mundial. Ao sair da reunião, o presidente Lula defendeu que haja uma regulamentação no sistema financeiro por meio dos bancos centrais. Segundo ele, a busca de uma solução para o problema é uma questão de disposição política. "Está na hora de todo mundo ser regulamentado para que todo mundo saiba que há transparência no sistema financeiro mundial", afirmou Lula, que esteve reunido com o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso; o primeiro-ministro britânico Gordon Brown; da Espanha, José Luiz Zapatero; da Austrália, Kevin Rudd; e da Dinamarca, Anders Fogh Rasmussen; além do presidente da União Africana, Jakaya Kikwete. Para Lula, o aporte financeiro dos EUA às instituições financeiras, é uma demonstração de que o neoliberalismo está encerrado e que o sistema financeiro tem que ter seriedade. "Não é apenas o cidadão comum que tem que ser sério, não é apenas a dona de casa que tem que saber cuidar das finanças, do seu salário", comparou. Lula disse que os líderes apoiaram o fundo que o presidente dos EUA, George W. Bush pretende criar para salvar as instituições financeiras americanas. "É importante para que a crise não se alastre para os países em desenvolvimento e não afete os países mais pobres do mundo com recessão e desemprego", afirmou. Lula sugeriu que os candidatos à presidência dos Estados Unidos assinem uma carta assumindo compromissos para tranqüilizar o povo americano e o resto do mundo. Ele comparou o fundo proposto pelo governo americano ao Proer - Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional -, criado no Brasil na década de 1990 para reestruturar o sistema financeiro. O presidente disse que houve demora no anúncio de medidas pelo governo americano e que isso pode atrapalhar o desenvolvimento do Brasil. "Agora que pegamos gostinho de crescer e estamos gerando emprego, não vamos permitir que nenhuma crise do mundo atrapalhe a economia brasileira."
Na noite de ontem, o presidente George W. Bush disse, em rede nacional de televisão, que toda a economia americana está em crise e pediu que o Congresso americano aprove o pacote enviado pelo governo. "Estamos no meio de uma séria crise financeira, e o governo federal está respondendo com ações decisivas", disse o presidente americano. De acordo com ele, o pacote de US$ 700 bilhões não tem apenas o objetivo de salvar uma instituição financeira, mas preservar a economia americana. (Agência Brasil)


Bush admite que EUA estão imersos em uma "grave crise financeira"
O presidente George W. Bush assumiu que os EUA estão "imersos em uma grave crise financeira".
Em discurso televisionado da Casa Branca, o presidente pediu a aprovação urgente do pacote de US$ 700 bilhões para solucionar a crise financeira no país. Bush afirmou que foi obrigado a intervir para evitar o pânico financeiro e a recessão. Ele disse que, se a ajuda não for aprovada, poupanças serão perdidas, os despejos aumentarão, empregos serão perdidos, empresas vão fechar e o país irá mergulhar em "uma longa e dolorosa recessão." "Eu tenho profunda crença nas trocas comerciais livres, por isso me oponho a qualquer intervenção do governo", disse. Mas essas "não são circunstâncias normais. Os mercados não estão funcionando corretamente. Há uma disseminação da perda da confiança." "Sem ação imediata do Congresso, os EUA podem afundar em um pânico profundo", declarou o presidente na noite dessa quarta-feira. "Esse esforço de resgate não se destina a preservar alguma empresa ou setor em particular. Ele pretende preservar a economia como um todo", afirmou o presidente. Tentando explicar onde começou toda a crise, o presidente afirmou que o colapso das gigantes financeiras teve origem a partir de problema no crédito "subprime" (empréstimos imobiliários de segunda linha) no setor hipotecário, que teve enorme desenvolvimento na última década.


Governo deve adiar anúncio do modelo de exploração do pré-sal
A ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, disse ontem, que o governo deve adiar o anúncio do modelo de exploração do petróleo da camada pré-sal, tema que vem sendo discutido por um grupo interministerial do governo. Dilma confirmou que o grupo vai apresentar sugestões ao presidente Lula sobre a descoberta, mas não definiu prazo para que as medidas sejam anunciadas. "Estamos todos achando que ainda é necessário mais um período de reuniões, de debates para formular as alternativas de forma mais consistente", afirmou. O grupo se reuniria nessa quinta-feira para discutir o pré-sal, mas a reunião acabou cancelada devido a uma reunião do presidente Lula com ministros para discutir o PAC - Programa de Aceleração do Crescimento. Na semana passada, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse que o aumento dos tributos sobre a exploração de petróleo no caso do pré-sal, será uma das alternativas que serão apresentadas ao presidente. Após o dia 5 de outubro, a comissão interministerial formada para estudar mudanças no marco regulatório do petróleo, fará uma apresentação ao presidente sobre suas conclusões. Segundo o ministro, após a apresentação da comissão interministerial, Lula ainda ouvirá especialistas do setor e fará um "debate público' para
que a nova regra seja a mais consensual possível.


Arrecadação de impostos tem recorde em agosto e no ano
Arrecadação de impostos e contribuições federais bate recordes. Em agosto, o montante chegou a R$ 53,930 bilhões - o melhor resultado para o mês. Houve alta de 4,27%, em relação ao mesmo período do ano passado; mas queda de 13,2%, perante julho. No acumulado do ano, também um novo recorde para o período: 443 bilhões de reais. Houve um aumento de 10,3%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a Receita Federal, a arrecadação avançou por conta, principalmente, do crescimento da economia e da ação do órgão no combate à sonegação.

JPMorgan compra o Washington Mutual por US$ 1,9 bilhão
O JPMorgan Chase & Co comprou o Washington Mutual (WaMu), o sexto maior banco dos EUA por meio de leilão, disse na noite de ontem a Agência de Supervisão de Instituições de Poupança (OTS, na sigla em inglês)."Com a insuficiente liquidez para cumprir suas obrigações, o WaMu estava numa condição insegura e pouco sólida para conduzir seus negócios", disse a agência em comunicado, acrescentando que a Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC) apoiou o leilão que resultou na oferta feita pelo JPMorgan. O JPMorgan disse,num comunicado separado, que pagará cerca de US$ 1,9 bilhão por todos os depósitos, ativos e dívidas das operações bancárias do Washington Mutual. O banco também planeja vender US$ 8 bilhões em ações ordinárias. A compra do Washington Mutual não deverá resultar em qualquer impacto sobre os fundos da FDIC, disse a chairman da corporação, Sheila Bair, em conference call com jornalistas. Segundo ela, "não haverá nenhum custo para a FDIC". (Informações Agência Dow Jones)

Dificuldades da Alitalia expõem crise da aviação civil européia
Os altos preços do petróleo têm colocado em risco a existência de companhias aéreas menores e favorecido gigantes, como a alemã Lufthansa, a britânica British Airways e a franco-holandesa Air France-KLM. A companhia aérea italiana Alitalia tinha até ontem, para apresentar um plano de recuperação financeira ou, no mínimo, uma oferta para a compra da empresa. Do contrário, perderá a licença de vôo. O ultimato foi dado na segunda-feira, dia 22/9, pela Enac, órgão responsável pela aviação civil da Itália. Para o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, as chances de sobrevivência da Alitalia, estão no consórcio CAI - Companhia Aérea Italiana -, uma sociedade formada por 16 empresários italianos. Mas a CAI retirou na semana passada, uma oferta bilionária por não conseguir a aprovação de parte dos sindicatos. Ainda assim, assessores de Berlusconi negociam com a CAI, e o governo mantém as esperanças de que o consórcio salve a companhia aérea. (Deutsche Welle, da Alemanha)

BCE injeta mais US$ 40 bilhões no mercado
O BCE - Banco Central Europeu – injetou, ontem, no mercado interbancário mais US$ 40 bilhões a uma taxa de juros marginal de 2,55%, com vencimento hoje e diante de uma demanda de quase o dobro. Segundo o BCE informou ontem, 43 bancos participaram dessa operação de refinanciamento extraordinária em dólares e solicitaram US$ 72,691 bilhões. Dia 24/9, a entidade já havia injetado US$ 40 bilhões a uma taxa de juros marginal de 2,50%, que os bancos comerciais europeus devolveram ontem. Desde segunda-feira, o BCE injetou diariamente no mercado US$ 40 bilhões, com
vencimento a um dia. O banco europeu realiza as operações de injeção de dólares em relação ao acordo de divisas recíproco de caráter temporário (linha de swap) com o Fed - Federal Reserve. (Efe, de Frankfurt)


Para Alemanha, EUA perderão status de superpotência financeira
A Alemanha culpou os Estados Unidos na quinta-feira, 25/9, por criar a crise financeira global, com uma busca cega por maiores lucros, e disse que o país terá agora de aceitar uma maior regulação do mercado e a perda do status de superpotência financeira. Com um dos tons mais duros desde a piora da crise no início do mês, o ministro alemão das Finanças, Peer Steinbrueck, disse ao Parlamento que as turbulências financeiras deixarão "marcas profundas", mas ressalvou que ela é principalmente, um problema norte-americano. "O mundo nunca mais será como era antes da crise", disse Steinbrueck, vice-líder do centro-esquerdista partido Social-Democrata, à Bundestag, a câmara baixa do
Parlamento alemão. "Os EUA perderão o status de superpotência no sistema financeiro mundial. O sistema financeiro mundial se tornará mais multi-polar." Steinbrueck, cujos esforços para conseguir mais transparência dos hedge funds durante o período em que a Alemanha presidiu o G8 no ano passado, fracassaram em meio a divergências com EUA e Grã-Bretanha, atacou o que chamou de busca anglo-saxônica por lucros de dois dígitos e enormes bônus para banqueiros e executivos de empresas. "Banqueiros de investimento e políticos em Nova Iorque, Londres e Washington, não estavam dispostos a abrir mão disso", afirmou. O ministro alemão propôs oito medidas para lidar com a crise, incluindo uma proibição internacional de vendas a descoberto "puramente especulativas" e um aumento nas exigências de capital aos bancos para fazer frente aos riscos de crédito. (Reuters, de Berlim)


GE reduz previsão de lucros e suspende recompra de ações
A General Electric informou ontem, que reduziu sua previsão de lucro para o terceiro trimestre e para
todo o ano, e que paralisou seus planos de recompra devido à turbulência dos mercados financeiros. As ações da companhia tinham queda de 4,4% nas negociações antes da abertura do mercado. O conglomerado industrial, amplamente visto como um termômetro da economia norte-americana, informou que irá lucrar entre US$ 0,43 e US$ 0,48 por ação no terceiro trimestre, ante a umaperspectiva anterior de US$ 0,50 a US$ 0,54. Para o ano todo, a empresa informou que irá lucrar entre US$ 19,5 bilhões e US$ 21 bilhões, ou entre US$ 1,95 e US$ 2,10 por ação, ante a sua previsão
anterior de lucro, entre US$ 22 bilhões e US$ 23 bilhões, ou entre US$ 2,20 e US$ 2,30. "Dados os acontecimentos dramáticos recentes do mercado financeiro, nós tomamos algumas difíceis decisões para reduzir risco e fortalecer nosso balanço, enquanto mantemos nosso dividendo", disse Jeff Immelt, presidente-executivo da empresa, em um comunicado. "Nós suspendemos a recompra de ações para reduzir a alavancagem da GE Capital, enquanto ainda podemos buscar aquisições de oportunidade. Nós continuamos inteiramente comprometidos à classificação de crédito AAA", acrescentou ele. As ações da GE caíram pelo terceiro dia seguido na quarta-feira. Elas recuaram cerca de 8% na
última semana. (Reuters, de Washington)


Safra global de grãos deve atingir 1,754 bilhão de toneladas
A produção mundial de grãos em 2008/09, deve alcançar 1,754 bilhão de toneladas, segundo estimativa do Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês). O número mostra um aumento de 5 milhões de toneladas em relação ao levantamento do mês passado, e uma alta de 66 milhões, ou 3,9% sobre a safra anterior. O IGC revisou para cima a estimativa de produção de trigo, mas reduziu a previsão para o milho. A produção de trigo pode chegar a 676 milhões de toneladas em 2008/09, um avanço de 4 milhões de toneladas sobre a previsão anterior, e uma alta de 11% no ano. "Apesar de atrasos na colheita, aumentos nas estimativas para o Hemisfério Norte em setembro, compensam perspectivas de deterioração em alguns países do Hemisfério Sul", disse o IGC. A produção de milho foi apontada em 771 milhões de toneladas, queda de 3 milhões em relação à estimativa de agosto. A revisão para baixo foi provocada pela expectativa de redução nas safras da Argentina e do México. (Informações Agência Dow Jones)

Desperdício na construção civil chega a US$ 1 bilhão por ano no Brasil
Cresce em todo o mundo a preocupação com a questão ambiental no setor da construção civil, dado aos vultosos desperdícios que se acumulam em todos os anos, relacionados com o consumo de água, de energia, de materiais e mão-de-obra. Martin Paul Schwark, presidente das empresas Munte e Moura Schwark, São Paulo, estima que, a cada ano, o mundo perde o equivalente a US$ 500 bilhões com os desperdícios na construção civil, o que pode chegar a US$ 1 bilhão/ano no Brasil. Em apresentação no seminário “Os novos paradigmas nas tecnologias das edificações”, promovido pela Câmara Brasil-Alemanha e o Sinduscon-RS, na quarta-feira, 17/9, Schwark reconheceu que se trata de um cenário desolador. “Mas como enfrentá-lo? Qual a chave?”, indagou. “É preciso pensar não somente na construção como obra acabada, mas pensar antes”, respondeu. “Pensar em tudo. É preciso focar em todo o ciclo de vida da obra, até a demolição e a reciclagem. O novo paradigma é pensar na obra inteira”. É preciso ver o impacto ambiental da obra, suas vibrações e ruídos, o uso racional da água, do consumo de energia, da segurança e da qualidade de vida, o que faz parte da nova onda da construção sustentável. São os chamados green buildings, que atendem a todos os quesitos relacionados com a sustentabilidade e que resultam na economia de recursos e energia em sua construção e operação. Nessa linha, estão sendo criadas regras de sustentabilidade por empresas certificadoras, assinalou Schwark. (Informações Câmara Brasil-Alemanha, de Porto Alegre)

Renault demitirá mais 2 mil pessoas em 19 países europeus
O grupo industrial automobilístico francês Renault demitirá mais 2 mil funcionários de suas filiais em 19 países europeus, além das 4 mil demissões na França anunciadas no início de setembro. "O plano não afetará o pessoal de produção", indicou a direção da empresa em nota enviada à France Presse. Segundo outra agência de notícias, a Associated Press, das novas demissões, 900 serão na França. O total de 6 mil cortes responde por 4,6% dos 130 mil funcionários da empresa. Como conseqüência de problemas gerais no setor automobilístico e de dificuldades comerciais com seu novo modelo Laguna, em 9/9, a Renault apresentou um plano de 4 mil demissões na França. "A decisão foi tomada para assegurar à Renault competitividade e manutenção da capacidade de desenvolvimento no longo prazo", afirmou a montadora em comunicado. Segundo o sindicato CGT, o plano terá mais impacto na Espanha, Itália, Reino Unido e Alemanha, principalmente no setor comercial. Para a reestruturação, a direção da empresa informou dar preferência às demissões voluntárias dos trabalhadores. (France Presse e Associated Pres)

São Paulo arrecada R$ 37,2 milhões com nova venda de créditos de carbono
A Prefeitura de São Paulo arrecadou 13,689 milhões de euros (R$ 37,2 milhões) na manhã dessa segunda-feira, 22/9, com a venda de 713 mil RCEs - Reduções Certificadas de Emissão - de carbono. O leilão foi realizado pela BM&FBovespa, e o lote foi arrematado pela Mercuria Energy Trading SA, com sede em Genebra, na Suíça. Os créditos de carbono podem ser usados tanto para cumprir eventuais metas de redução de emissão de gases de efeito estufa, como para vender no mercado internacional. Os certificados de redução de emissão de carbono foram obtidos através de projetos realizados nos aterros sanitários Bandeirantes e São João, nas zonas Norte e Leste da capital. Em ambos os aterros foram instalados sistema de captação dos gases produzidos pela decomposição do lixo urbano ali depositado. Esses gases, principalmente o gás carbônico e o metano, são causadores do efeito estufa. Os gases emitidos nos dois aterros são utilizados para a geração de energia elétrica. Segundo a Bolsa, a Mercuria pagou 19,20 euros por tonelada de carbono, o que representa um ágio de 35,21% em relação ao preço mínimo de 14,20 euros por tonelada. Dez instituições participaram do evento, sendo que oito fizeram ofertas. Esse foi o segundo leilão de crédito de carbono realizado pelo município. Em outubro do ano passado, a Prefeitura arrecadou R$ 34 milhões com a venda de 808.450
RCEs para o banco belgo-holandês Fortis. Na época, o leilão - o primeiro realizado na América Latina - foi finalizado com ágio de 27,6% sobre a oferta inicial de 12,70 euros por tonelada.

Lançamento do iPhone no Brasil vira guerra
O lançamento oficial do iPhone de 3G - terceira geração - foi antecipado para ontem à noite. A expectativa inicial era que o aparelho chegasse ao mercado hoje. A Vivo e a Claro brigam para ser a operadora símbolo do iPhone, e marcaram eventos simultâneos em São Paulo. A Apple informou que não vai participar de nenhum deles. Na terça-feira, dia 23/9, a Claro enviou a alguns assinantes e potenciais clientes, um convite para a apresentação do aparelho celular da Apple, a ser feita no Terraço Daslu, às 21h30min (hora de Brasília). Para não ficar atrás, a Vivo anunciou entrevista coletiva às 23h (hora de Brasília). Nenhuma das operadoras revela o preço que cobrará pelo iPhone. Segundo fontes do mercado, o preço médio do aparelho deve ficar em R$ 1,5 mil. É grande a briga entre as teles para se antecipar às tendências de mercado. Na semana passada, o presidente da Claro, João Cox, disse que o iPhone será um dos pilares de sua estratégia para conquistar a liderança de mercado e tirar a Vivo da primeira posição. A Claro chegou a cobrar R$ 100 pela reserva do aparelho em seu site. Porém, desistiu da cobrança após ser criticada por consumidores e pelo Procon/SP, que considerou a cobrança ilegal.

Contratação temporária no comércio deve crescer 8% no Natal
O setor de comércio e varejo prevê a contratação temporária formal de 113 mil pessoas para atender a demanda de serviços no Natal, considerada a melhor época do ano tanto para as vendas quanto para geração de emprego temporário. Considerando as vagas informais, o número pode chegar perto de 350 mil vagas, informou ontem, o Sindeprestem - Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão-de-Obra e de Trabalho Temporário. De acordo com a entidade, a contratação formal para o Natal nesse ano, será 8% maior que o verificado no ano passado, quando foram abertas 105 mil vagas temporárias. Levantamento da Sindeprestem mostra que as funções mais solicitadas vão desde fiscais de loja, atendentes, passando por seguranças e vendedores e até vagas para papai Noel. "Os indicadores desse aumento são o crescimento da economia, oferta de credito e o aumento da formalização da mão-de-obra, que tem contribuído para o crescimento do trabalho temporário", explicou o diretor de comunicação da entidade, Vander Morales. Segundo ele, o setor prevê que 37% dos funcionários temporários sejam efetivados após a segunda quinzena de janeiro, quando tradicionalmente os contratos são encerrados. Esse índice é 3 pontos percentuais acima do registrado em 2007. A previsão é que o cadastramento dos candidatos às vagas comece nesse mês e as contratações sejam efetivadas a partir de outubro. Pesquisa do setor mostra que as lojas de departamentos devem aumentar a contratação de mão-de-obra temporária (10,7%), e os shoppings um pouco menos (4,9%). A média salarial fixa dessas vagas é de R$ 665, sendo que em alguns casos existem os bônus e comissões. Além disso, o levantamento mostra que 29% das pessoas contratadas nunca haviam trabalhado antes. "As vagas que vão demandar no fim do ano, não exigem tanta qualificação, o que acaba sendo uma ótima oportunidade para o jovem sem experiência entrar através dessa modalidade de contratação [temporária] no mercado de trabalho", afirmou Morales. De acordo com a Sindeprestem, o trabalhador temporário tem os mesmos direitos e benefícios que um funcionário efetivo tem, como salário quivalente a função, férias, um terço de férias, 13° salário, FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e o período conta para a aposentadoria.

Volks lança o Voyage, sedã da família Gol
A Volkswagen lançou ontem o Voyage, modelo que coloca a montadora em um novo nicho do mercado automotivo nacional, o dos sedãs "de entrada" (nível mais básico entre as cinco faixas de mercado disputado pelos sedãs). O carro faz parte da família do Gol e chega às revendedoras em cinco versões, da qual a mais barata, com motor 1.0, será comercializada a partir do fim do mês, pelo preço sugerido de R$ 30.990. Segundo a Volkswagen, é um preço pelo menos 8% mais baixo que o dos concorrentes diretos do Voyage: Chevrolet Prisma, Fiesta Sedan, Fiat Siena e Renault Logan.
As outras versões do Voyage, com motor 1.6, custarão entre R$ 35.180 e R$ 39.430. O modelo será fabricado na unidade de Taubaté/SP, com projeção de 90 mil unidades por ano, incluindo um percentual ainda indefinido de exportações para o México, a Argentina e outros países da América do Sul. "Chegamos na hora certa ao segmento dos sedãs de entrada, que pulou de 7% do mercado em 2002 para os atuais 15%, e deve continuar crescendo", disse o presidente da Volkswagen no Brasil, Thomas Schmall, durante a entrevista coletiva de lançamento do carro. A empresa batizou o novo modelo com o nome de um antigo modelo sedã, fabricado entre 1981 e 1995, e aposta em uma campanha de marketing baseada na reputação da marca - tanto que o slogan da campanha publicitária que chegará às TVs e outras mídias a partir de meados de outubro é "Voyage. Mais que um sedã, um Volkswagen". Além do preço e da tradição, a montadora aposta nos diferenciais tecnológicos, como o porta-malas que se abre por controle remoto, para conquistar os consumidores.
"Quem opta por um sedã está à procura de status e valoriza esses diferenciais", disse o gerente de propaganda e marketing, Marcelo Olival.


Accor planeja abrir 60 novos hotéis nos próximos três anos
Os novos empreendimentos no mercado brasileiro receberão investimentos de cerca de R$ 600 milhões nos próximos três anos. Nesse montante, já estão inclusos os investimentos em sete dos 20 hotéis a serem erguidos em parceria com a WTorre. Pela joint-venture, anunciada em abril, a construtora colocará R$ 500 milhões e a rede Accor mais R$ 100 milhões no projeto. A maior parte das inaugurações será com as bandeiras Formule 1 e Ibis, cujas diárias médias variam de R$ 75 a R$ 97, respectivamente. A decisão de apostar nesse nicho, mais popular, é porque o segmento econômico vem registrando o melhor desempenho dentro da rede. No primeiro semestre, enquanto o faturamento dos hotéis Formule 1 e Ibis avançou 27%, o das bandeiras Mercure e Novotel (com diárias de R$ 140 e R$ 169, respectivamente), cresceu 14% quando comparado ao mesmo período do ano passado. O faturamento da rede Accor no Brasil, sem incluir a bandeira de luxo Sofitel, nos seis primeiros meses, somou R$ 375 milhões, uma alta de 15%, considerando o mesmo número de empreendimentos de igual período de 2007. A meta é chegar ao final do ano com uma receita de R$ 800 milhões. No ano passado, foi de R$ 640 milhões. O grupo francês trabalha com quatro modelos de negócios. Dos 146 hotéis em atividade no país, a Accor é dona de quatro, tem 47 alugados e 14 funcionando em sistema
de franquia. Outros 81 hotéis são apenas administrados pela Accor. Os contratos, em geral, têm prazo de 10 anos. Na parceria com a WTorre, será de 15 anos, podendo ser renovado por mais quatro vezes.


Preço é o que mais importa na decisão de compra
O preço é o que pesa mais na decisão de compra para 67% das donas-de-casa brasileiras, mostra estudo da LatinPanel. Até junho, o gasto com produtos em promoção cresceu 14%, ante igual período de 2007. Nas cinco maiores redes de varejo, o avanço chegou a 20%. A pesquisa mostrou que a promoção mais popular é o folheto promocional.

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BASTIDOR

- Cláudio Arcuri agora é diretor no Buger King. A rede de fast food Burger King anunciou a nomeação de Cláudio Arcuri como diretor sênior de operações de franquia para a América do Su, e de treinamento para a região da América Latina e Caribe. A rede possui atualmente no Brasil, oito grupos franqueados, com o compromisso de abrir mais de 180 restaurantes nos próximos anos. Arcuri trabalha no Burger King há mais de sete anos, tendo, anteriormente, ocupado os cargos de gerente do negócio de franquias e diretor de operações de franquias na América Latina.

- Hipermarcas agora é líder. Com a aquisição da Niasi, proprietária das marcas Biocolor e Risque, num negócio de R$ 366 milhões, a Hipermarcas passou a ser líder do mercado de cosméticos no Brasil.

- A Pepsi vai iniciar nova fase de aquisições no Brasil. A ordem foi dada pela executiva Indra Nooyi, que esteve no País recentemente, com o objetivo de ampliar a participação da empresa no segmento de alimentos. Em 2007, a Pepsi comprou a fábrica de salgadinhos Lucky.

- A CSN está cautelosa. A empresa deixou em stand by, dois megaprojetos que estavam previstos para esse ano. O lançamento de ações da Casa de Pedra (detentora de grandes jazidas de minério de ferro) e a venda da Namisa (mineradora do grupo). Mesmo com a expectativa de gerar mais de US$ 25 bilhões em negócios para a CSN, o empresário Benjamin Steinbruch, quer esperar os novos cenários do mercado de ações e do sistema financeiro. Enquanto isso... meganegócios ficam na geladeira.

- Secretário de Agricultura de São Paulo em visita à Salton. A Salton recebeu no final da tarde do dia 23/9, a visita do secretário adjunto da Secretaria Estadual da Agricultura do Estado de São Paulo, Antônio Júlio Junqueira Queiroz. Interessado em conhecer a vinícola de Tuiuty, Queiroz fez a visita acompanhado da mulher, Renata. O casal foi recepcionado pelos diretores da Salton, Antônio Salton, Daniel Salton e Lucindo Copat, que apresentaram as instalações da empresa. Após a visita, tiveram a oportunidade de apreciar o sabor inconfundível do espumante Salton Evidence, servido com tábua de frios na cave da vinícola. O secretário adjunto se disse impressionado com a alta tecnologia aplicada na elaboração dos produtos, bem como com a ampla estrutura da Salton. Além do interesse pessoal
por vinhos, o secretário Queiroz também mostrou grande interesse pela expertise da Salton e pelo negócio. Poderá estar nascendo uma parceria...


- Construtoras de São Paulo pedem importação de cimento. O SindusCon/SP - Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo - pediu às cimenteiras brasileiras a importação imediata de cimento para a normalização do abastecimento no maior mercado do País. Na semana passada, a parada da unidade Itaú de Minas/MG, controlada pela Votorantim - a maior fornecedora do país -, provocou desabastecimento em São Paulo e uma súbita elevação dos preços. A Votorantim informou, em nota, que a unidade retomou a produção na segunda-feira, e que o abastecimento estaria regularizado em até uma semana. Sem estoque e com alta demanda, o fornecimento ficou irregular nas últimas semanas e mostra-se vulnerável a qualquer problema no parque industrial.


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MERCADOS: Ações, Commotidies & Futuros
(Informações da Dow Jones, Bovespa e Reuters)

Bovespa sobe 3,98% com iminência de acordo nos EUA
A iminência de um acordo no Congresso dos Estados Unidos para a aprovação do pacote de ajuda do governo ao sistema financeiro animou os investidores, que, por tabela, levaram as ações para cima. A Bolsa de Valores de São Paulo acompanhou o movimento, também influenciada por notícias locais que favoreceram as três empresas com maior participação no seu principal índice, o Ibovespa: Petrobras, Vale e BM&FBovespa.

- Na maior alta da semana, o Ibovespa fechou em alta de 3,98% ontem e voltou aos 51 mil pontos, para 51.828,46 pontos. Durante toda a sessão, o índice ficou no terreno positivo, entre a mínima de 49.848 pontos (+0,01%) e a máxima de 51.867 pontos (+4,06%). Apesar da alta, no mês ainda acumula perdas de 6,92% e, no ano, de -18,87%. O giro financeiro totalizou R$ 5,235 bilhões.

Índices Dow Jones e Nasdaq fecham o pregão em alta nos EUA
Os principais índices do mercado dos Estados Unidos fecharam ontem em alta, após a notícia de um acordo no Congresso sobre o plano de resgate financeiro.


- O índice Dow Jones ficou em mais 1,82%. O indicador chegou aos 300 pontos e caiu minutos depois. Já o Nasdaq, das ações de tecnologia, apresentou alta de 1,43%.

Bolsas européias fecham em alta por causa do pacote financeiro nos EUA
As Bolsas européias fecharam em alta nessa quinta-feira, com os ganhos nos papéis de bancos e seguradoras. Os investidores aguardam a decisão do Congresso americano sobre o pacote de ajuda ao setor financeiro americano, de US$ 700 bilhões, apresentado no sábado, 20/9, pelo Departamento do Tesouro dos EUA.

- A Bolsa de Londres teve alta de 1,99%, indo para 5.197,02 pontos.
- A Bolsa de Paris teve ganho de 2,73%, indo para 4.226,81 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt subiu 1,99% e fechou com 6.173,03 pontos.
- A Bolsa de Amsterdã teve alta de 2,42%, ficando com 369,35 pontos.
- A Bolsa de Milão subiu 1,95%, para 20.911 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve alta de 2,44%, indo para 6.945,49 pontos.

Bolsas asiáticas mantêm indefinição à espera de aprovação de plano nos EUA
As Bolsas da Ásia fecharam sem tendência definida nessa quinta-feira, 25/9, a espera do plano de US$ 700 bilhões para solucionar a crise no mercado financeiro dos Estados Unidos. O plano será discutido pelo presidente e por congressistas na Casa Branca, em Washington. Em discurso na TV ontem, o presidente George W. Bush assumiu que os EUA estão "imersos em uma grave crise financeira" e pediu a aprovação urgente do plano, visto como solução para a ameaça de recessão. Bush disse que, se a ajuda não for aprovada, poupanças serão perdidas, os despejos aumentarão, empregos serão perdidos e empresas vão fechar. "Eu tenho profunda crença nas trocas comerciais livres, por isso me oponho a qualquer intervenção do governo", disse. Mas essas "não são circunstâncias normais. Os mercados não estão funcionando corretamente. Há uma disseminação da perda da confiança", disse Bush. Em um movimento de espera pelo resultado da aprovação ou não do plano, a Bolsa de Tóquio fechou com leve recuo de 0,9%, com investidores receosos em investir no mercado. "O grande problema é que o mercado sabe que existe um plano, mas espera para descobrir, de fato, sua efetividade", afirmou Norihiro Fujito, do Mitsubishi UFJ Securities.

- Nos outros mercados asiáticos, somente as Bolsas de Xangai, Seul e Manila/Filipinas, tiveram altas. Na China, a aceleração chegou aos 3,64%, enquanto na Coréia do Sul, os ganhos foram de apenas 0,38%. As quedas ficaram entre 0,07% e 1,4%.

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ÍNDICES ECONÔMICOS
(Informações da FGV, IBGE, Fipe e Dieese)

IBGE: taxa de desemprego cai a 7,6% em agosto
A taxa de desemprego apurada nas seis principais regiões metropolitanas do País caiu para 7,6% em agosto, ante 8,1% em julho, divulgou hoje o IBGE. Em agosto do ano passado, a taxa havia sido de 9,5%. Segundo o IBGE, o rendimento médio real dos trabalhadores chegou a R$ 1.253,70 no mês passado, com alta de 2,1% em agosto ante julho, e aumento de 5,7%, na comparação com agosto do ano passado. Já a massa de rendimento real efetivo dos ocupados chegou a R$ 27,5 bilhões em julho - os dados se referem sempre ao mês anterior ao de referência da pesquisa mensal de emprego -, com alta de 3,3% ante junho, e aumento de 10,7%, na comparação com julho do ano passado.

Inflação semanal desacelera para 0,44%, com alívio em Habitação
O IPC - Índice de Preços ao Consumidor - da Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - desacelerou para uma alta de 0,44% na terceira quadrissemana desse mês - 30 dias até 22/9 -, contra elevação de 0,52% no período imediatamente anterior. O alívio nos preços da categoria Habitação favoreceu a desaceleração, segundo dados divulgados nessa quinta-feira. O indicador da categoria Habitação teve alta de 0,97%, menor que a vista uma semana antes, quando estava em 1,24%. O dado de ontem, foi o menor desde a terceira semana de agosto, quando a alta foi de 0,67%. A categoria Despesas Pessoais também ajudou a aliviar a pressão sobre o índice geral: nessa categoria os preços tiveram alta de 0,98%, Contra 1,18% uma semana antes. Os preços dos alimentos tiveram deflação de 0,47%, ligeiro avanço em relação ao índice da semana passada, que
apontava deflação de 0,55%. Na categoria Vestuário os preços avançaram 0,38%, contra alta de 0,22% uma semana antes. Os preços na categoria Educação tiveram desaceleração, mostrando alta de 0,06%, contra 0,10% uma semana antes. Na categoria Transportes, os preços tiveram ligeira variação para baixo, registrando alta de 0,25%, contra 0,27% na leitura anterior. Nos preços na categoria Saúde voltaram a subir, apontando alta de 0,62%, contra 0,47% uma semana antes. O IPC mede a variação dos preços no município de São Paulo de famílias com renda de 1 até 20 salários mínimos. Na pesquisa, são feitas cerca de 110 mil tomadas de preços.


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MERCADO FINANCEIRO

Socorro do Fed a bancos atinge recorde de US$ 262 bilhões
Os empréstimos da linha de redesconto (crédito emergencial) do banco central americano (Fed) para os bancos atingiram novo recorde na semana passada, em meio ao esforço de parlamentares dos EUA para consolidar um acordo sobre o plano de socorro de US$ 700 bilhões do Tesouro americano para o mercado financeiro. O total de empréstimos, incluindo instituições depositárias e primary dealers (bancos autorizados a negociar diretamente com o Fed), mais do que dobrou, atingindo recorde de US$ 262,34 bilhões na semana encerrada ontem, ante US$ 121,29 bilhões na semana passada, segundo relatório do Fed. A média diária de empréstimos também saltou de US$ 47,97 bilhões para US$ 187,75 bilhões na semana passada. Na quarta-feira, dia 24/9, a instituição também liberou um empréstimo de US$ 44,57 bilhões para a seguradora American International Group (AIG), equivalente a mais da metade da linha de crédito da companhia com o Fed, de US$ 85 bilhões. Na quarta-feira passada, a AIG tomou emprestados US$ 28 bilhões, dois dias após a abertura da linha de crédito pelo Fed. Os empréstimos por meio do mecanismo de crédito para primary dealers, criado em março para os bancos de investimentos logo após o quase colapso do Bear Stearns, também atingiu recorde de US$ 105,66 bilhões até quarta-feira, em comparação a US$ 59,78 bilhões na semana anterior, encerrando um período de jejum em que os bancos de investimento não utilizaram o mecanismo. O número inclui empréstimos feitos ao Goldman Sachs, Morgan Stanley e Merrill Lynch, assim como aos seus equivalentes britânicos, conforme anunciado pelo Fed no fim de semana. O acesso ao crédito para os primary dealers marca a primeira vez desde a Grande Depressão em que primary dealers não-bancários foram autorizados a tomar empréstimos da janela de redesconto do Fed, privilégio geralmente reservado para bancos comerciais que se submetem a maior controle regulatório. Nas últimas semanas, o Fed disse que aceitaria uma série mais ampla de garantias, incluindo títulos e ações sem classificação de investimento em troca dos empréstimos. (Informações Agência Dow Jones)

BNDES pode ser recapitalizado
O governo deve anunciar novas medidas para reforçar o caixa de instituições financeiras federais, como o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - e a CEF - Caixa Econômica Federal. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, informou ontem que o governo estuda uma maneira de compensar o BNDES pelos cerca de R$ 5 bilhões em dividendos que a instituição pagou à União esse ano, algo que não vinha fazendo em anos anteriores. Isso poderia ser feito por meio de uma nova capitalização do banco. "É orientação do presidente Lula que o BNDES tenha recursos para manter os financiamentos e atender a demanda das empresas", disse. Bernardo ponderou, contudo, que a compensação ocorrerá somente, se a situação das contas públicas permitir, desde que não ponha em risco a meta de superávit primário (receita menos despesa, sem contar juros). A meta é de 4,3% do PIB - Produto Interno Bruto. "Isto vai depender dos números fiscais e da necessidade do BNDES", disse. A capitalização do BNDES também foi defendida pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em discurso ontem numa reunião de gerentes da CEF. Dilma mencionou a possibilidade de capitalização da CEF - Caixa Econômica Federal. "O governo está perfeitamente convencido de que é possível disponibilizar recursos tanto para o BNDES, para financiamentos a longo prazo do setor privado, quanto para a Caixa, para projetos de infra-estrutura e saneamento." Sem detalhar, Dilma ressaltou a importância das duas instituições no atual momento de falta de crédito no exterior. "Essas fontes (BNDES e Caixa) não vão secar", disse. "Sabemos que a crise é profunda e que afetou as correntes internacionais de crédito, mas temos hoje uma situação financeira e bancária bastante robusta”, completou. "Nossos bancos não foram contaminados pela crise e acho que o mercado de câmbio também não foi afetado.”


Hong Kong injeta US$ 500 milhões com medo de quebra de banco
O Banco Central de Hong Kong injetou, ontem, mais de US$ 500 milhões no mercado financeiro para
aumentar a liquidez, um dia depois de o Bank of East Asia cair no ranking de agências risco e sofrer com o temor de uma quebra do quinto maior banco da ilha. Centenas de clientes formaram enormes filas para sacar dinheiro com o temor que a instituição seja engolida em um reflexo da crise de crédito nos Estados Unidos, que se espalhou pelo mundo. De acordo com a Associated Press, o rumor sobre a quebra foi espalhada por celulares entre os clientes. A diretoria do banco e autoridades monetárias de Hong Kong qualificaram o boato como malicioso e sem fundamento. "O Bank of East Asia se mantém robusto", afirmou o secretário de Finanças de Hong Kong, John Tsang. O banco não informou qual foi o volume de saques nem quantos clientes estiveram nas agências. Em uma medida para acalmar os
investidores, o Bank of East Asia declarou que suas finanças não estão ligadas às companhias em crise nos EUA - se referindo ao Lehman Brothers, que pediu concordata, e à AIG - American International Group. Nessa semana, a agência de classificação de risco Moody's reduziu a nota do Bank of East Asia para negativo, citando um caso de má administração dos diretores do banco. A reclassificação surge uma semana depois que um relatório registrou prejuízo de cerca de US$ 12 milhões, em decorrência de uma "manipulação" de um investidor sobre negócios com derivativos. A descoberta forçou o banco a revisar para baixo seus ganhos no primeiro semestre do ano.


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COMÉRCIO EXTERIOR

Governo confirma aumento da meta de exportações para US$ 202 bilhões
A meta de exportações brasileiras para esse ano foi revista para US$ 202 bilhões, segundo informou essa semana, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A meta anterior, fixada em julho desse ano, era de US$ 190 bilhões. A elevação representa um crescimento de 25,7% em relação ao ano passado. “É uma meta ambiciosa, porque esperamos que a média de exportações de setembro a dezembro, seja superior à dos últimos quatro meses”, disse o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral.De janeiro a agosto, a média das exportações foi de US$ 16,84 bilhões e a previsão para o período de setembro a dezembro é de US$ 17,78 bilhões. Entre os fatores que levaram o governo a elevar a meta estão: a reacomodação no preço das commodities (produtos básicos comercializados no mercado internacional), a elevação do preço de algumas delas em relação a 2007 – como, por exemplo: a carne bovina industrializada - e também o aumento da exportação de produtos de alto valor agregado, como aparelhos celulares 3G. Sobre a possibilidade de a crise nos EUA afetar ainda nesse ano, as exportações brasileiras, Barral disse que o efeito será praticamente zero, porque grande parte dos contratos para exportações já está fechada. Ele destacou, porém, que a longo prazo isso poderá representar queda na demanda. “Uma crise muito grave nos EUA afetará não apenas parceiros comerciais na América Latina, que são mais dependentes, como é o caso do México, como também outras grandes economias, como a Europa e a China. Isso pode gerar um efeito de queda na demanda para alguns produtos e queda nas exportações brasileiras”, explicou. Segundo Barral, outros fatores que justificam o pequeno efeito da crise sobre as exportações, seriam a diminuição da dependência do Brasil do comércio com os EUA e a diversificação da pauta de exportações para aquele país. Barral embrou que, entre janeiro e agosto do ano passado, o Brasil exportou US$ 16,3 bilhões para os EUA, enquanto no mesmo período desse ano, as vendas externas somaram US$ 18,4 bilhões, o que representa um crescimento de 14%. Na mesma comparação, o comércio com a União Européia aumentou 25,8%. O secretário não fez comentários sobre a meta para o próximo ano. Ele se limitou a dizer que, para estabelecer essa meta, o ministério vai levar em consideração fatores como previsões de importações, taxa de câmbio e crescimento econômico do mercado. (Agência Brasil)

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LOGÍSTICA & Infraestrutura

Itajaí e Detroit planejam investir US$ 25 milhões em modernização
Dois grandes estaleiros localizados em Itajaí/SC, o Detroit e o Itajaí, vão investir U$S 25 milhões em modernização para acompanhar e atender a demanda da construção naval, propiciada principalmente pela Transpetro, subsidiária da Petrobras para o setor de transportes e logística. A companhia vai construir 49 navios petroleiros nas duas fases do Promef 1 e 2 - Programa de Modernização e Expansão da Frota. "O Promef 1 vai gerar US$ 2,5 bilhões em investimentos, e o Estaleiro Itajaí venceu a licitação de três navios gaseiros de 7.200 metros cúbicos.
Novos investimentos - Para o Promef 2, o investimento previsto é de US$ 2 bilhões e o estaleiro é um forte candidato", disse o gerente técnico do Promef, Nilton Gonçalves, que esteve ontem em Florianópolis, na Fiesc - Federação das Indústrias de Santa Catarina - para apresentar os programas da empresa à cadeia produtiva do setor. O Promef 2 está em fase de licitação e as propostas serão abertas em 15 de outubro. O gerente da Transpetro afirma que, com as novas descobertas, possivelmente haverá um Promef 3.
Estaleiros convidados - "Também estamos contratando diretamente o Metaltanque 6, do Estaleiro Itajaí", diz. Gonçalves. Segundo ele, outros estaleiros de Itajaí foram convidados a participar da licitação dos navios ‘bunker’ de 4 mil metros cúbicos (para transporte de combustível para navegação). A Petrobras encomendou esse ano, ao mercado, as primeiras 24 embarcações de apoio de um lote de 146 que será licitado; mais 40 navios-sondas e ainda um volume de navios que será afretado pela sua área de abastecimento. O presidente da Detroit Brasil, Carlos Frederico da Cunha Teixeira, afirma que os estaleiros de Itajaí não têm capacidade para construir grandes navios, embora seja o segundo pólo brasileiro do setor. "Mas as empresas estão aptas a fornecer equipamentos de apoio portuário (como rebocadores) e marítimo", diz.
Renovação de frota - A Detroit, de Itajaí, através do Programa Nacional de Renovação de Frota da Petrobras, vai fazer quatro navios, no valor de US$ 500 milhões e a Naveship, também de Itajaí, possui contratos fechados para 13 navios, orçados em mais de US$ 1 bilhão. Teixeira, que é também delegado do Sindicato da Indústria Naval de Itajaí e Navegantes, afirma que a região concentra 30 empresas, sendo quatro envolvidas com a produção de aço. Somente os quatro grandes estaleiros absorvem 2.500 empregos diretos e o dirigente estima que esse número de vagas aumente 50%
em menos de um ano. "O problema é encontrar mão-de-obra disponível de chão de fábrica", comenta.
O diretor do Estaleiro Itajaí, Luiz Syder, afirma que o plano de investimento da empresa para 2009 é de US$ 10 milhões, com recursos próprios e do FMM - Fundo da Marinha Mercante. A empresa está em fase final de licitação para a construção dos três navios ao preço de US$ 120 milhões.
Estaleiro Elcano - A companhia Elcano, de origem espanhola, comprou o Estaleiro Itajaí, que estava fechado, em abril desse ano. A Elcano é uma empresa de navegação e está há seis anos no Brasil, com sede no Rio de Janeiro, com atuação na área de ship (transporte de carga a granel). (Gazeta Mercantil Online)


Pequena Aramex inova na logística
A Aramex, pequena empresa do Oriente Médio, reverenciada por Thomas L. Friedman no seu livro intitulado "O Mundo é Plano", como um modelo para empresas que se beneficiam do nivelamento do mundo por meio da globalização, consegue competir com gigantes de carga expressa como a DHL. Fadi Ghandour. O carismático fundador da Aramex revela uma das fórmulas do sucesso: "Entre nossas inovações de categoria internacional está o serviço Compre e Envie, que estamos agora cogitando lançar globalmente. "Compre e Envie" era originalmente um produto da guerra civil libanesa - quando
as situações de segurança fecharam rotas de viagens. Para a Aramex, isso foi de fato uma grande oportunidade", revela.


Bunge e Itochu anunciam parceria e prometem investir US$ 800 milhões
A americana Bunge e a japonesa Itochu anunciaram ontem, que selaram uma aliança para desenvolver em conjunto dois projetos sucroalcooleiros no Brasil. No total, os investimentos deverão somar US$ 800 milhões nos próximos quatro anos. A Bunge deverá aportar US$ 640 milhões e a trading Itochu, os US$ 160 milhões restantes. A Bunge explicou que a primeira joint venture envolve a usina Santa Juliana, localizada no município mineiro de mesmo nome. Comprada pela multinacional em setembro de 2007, a unidade já opera e tem capacidade para processar 1,6 milhão de toneladas de cana/ano. A partir dos aportes programados, afirma Adalgiso Telles, diretor corporativo da companhia, essa
capacidade será ampliada para 4,2 milhões de toneladas. "Trata-se de uma usina com logística excepcional". A outra tacada dos novos parceiros ainda é mantida em sigilo, já que prevê a construção de uma usina nova. Nesse caso, a única informação confirmada pelos parceiros, é que a Bunge entrará com 80% dos recursos, cabendo aos japoneses os demais 20%. "Procurávamos um parceiro grande para compartilhar esse mercado. O potencial do segmento de açúcar e álcool é grande e essa parceria poderá ser até ampliada no futuro", disse Telles. Na semana passada, a Bunge já havia anunciado a aquisição da usina Monte Verde, situada em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Essa deverá começar a rodar em maio do ano que vem, com capacidade para processar 1,4 milhões de toneladas de cana por safra.


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AGRONEGÓCIOS

Desembolsos do BB para safra 2008/09 somam R$ 6,7 bilhões
O Banco do Brasil informou, ontem a tarde, que os desembolsos da instituição para a safra 2008/09 superaram R$ 6,7 bilhões até a primeira quinzena deste mês de setembro. O montante representa incremento de 34% em relação aos recursos liberados no mesmo período da safra anterior. Somente para o mês de outubro, está previsto novo aporte no valor de R$ 2,7 bilhões. As liberações do próximo mês elevam os desembolsos do BB na safra atual para R$ 9,4 bilhões, segundo a assessoria de imprensa do banco. Mais cedo, o diretor de agronegócios do BB, José Carlos Vaz, disse que a liberação de crédito para custeio das lavouras da agricultura empresarial somou R$ 4,155 bilhões no acumulado do ano-safra até ontem. Em igual período da safra passada, a liberação para essa finalidade somou R$ 2,432 bilhões. Desde o início do atual Plano de Safra, foram aplicados mais de R$ 1,2 bilhão à agricultura familiar e R$ 5,5 bilhões foram destinados à agricultura empresarial, variação de 6,1% e 43,2%, respectivamente, em relação a safra anterior. A maior demanda por crédito para o custeio da safra acontece tradicionalmente nos meses de setembro e outubro e a expectativa do banco é de que, até o mês de dezembro deste ano, os desembolsos para o custeio da safra ultrapassem R$ 11,4 bilhões, 15% superior ao emprestado entre os meses de julho e dezembro do ano anterior. O Banco do Brasil informou ainda que vai acompanhar o comportamento dos saldos de depósitos à vista e da caderneta de poupança e poderá disponibilizar mais recursos para atender eventual aumento da demanda por crédito agropecuário.

Assume nova presidente do Núcleo de Criadores de Brangus de Bagé/RS
A produtora rural Débora Dilélio Dias é a nova presidente do Núcleo de Criadores de Brungus de Bagé. Após seis anos à frente da presidência, Ricardo Willer ressalta a satisfação em ter dado continuidade a um trabalho iniciado na região pelo produtor Belchior Dias, por alguns anos. A posse aconteceu na sede da Rural de Bagé na segunda-feira, dia 22/9. A atual presidente já participava ativamente das atividades da raça Brangus na região, ela foi a responsável pela formação do colegiado responsável pela reconstrução do núcleo de Brangus e atualmente participa das atividades e programações da raça. Conforme Débora, as próximas ações da diretoria serão diretamente ligadas a programação da 96ª Expofeira de Bagé. A raça Brangus terá sua participação nos dias 14 e 15 de outubro, na 96ª
Expofeira. A programação será composta com a entrada dos animais na terça-feira, e na quarta-feira, 15/10, às 8h o julgamento de classificação, às 15h o remate da raça e às 17h, o Remate anual de Produção da Embrapa. A raça Brangus Ibajé é uma experiência que deu certo. É uma das mais recentes raças brasileiras, que está sendo formada através do cruzamento da rusticidade do nelore com a qualidade e produtividade do aberdeen-angus. Os trabalhos experimentais do programa de formação foram iniciados em 1945. Nesse ano, por iniciativa do diretor do DNPA - Departamento Nacional de Produção Animal -, Mário Oliveira, foram enviados dois reprodutores a Fazenda
Experimental “Cinco Cruzes” – hoje Embrapa. As matrizes Angus foram adquiridas em Uruguaiana. Em 1953, houve a primeira seleção nos animais oriundos desse cruzamento, sendo que em 1955 nasceram os primeiros animais.


Associação Brasileira de Angus destaca as vendas da raça na Expointer 2008
Com os três remates promovidos pela ABA - Associação Brasileira de Angus - durante a Expointer 2008 – VII Angus Rústico do Sul, Golden Angus e Feira da Novilha Angus – a raça Aberdeen Angus divulgou ontem, dia 25/9, que atingiu um total de R$ 1,104 milhão em vendas na mostra agropecuária finalizada esse mês, em Esteio/RS. A cifra é inédita para a raça, na mostra, que em 2007 comercializou um total de R$ 719,1 mil com dois leilões. Em outra análise, observa-se que os bovinos de corte venderam R$ 1,757 milhão na mostra, desses R$ 653,040 mil representam a soma da comercialização das demais raças de corte (Charolês, Devon, Hereford, Polled Hereford, Braford e gado geral comercializado na Feira de Novilhas Selecionadas). Realizada pela primeira vez na Expointer, com oferta de ventres
comerciais AD e geral, a 1ª Feira da Novilha Angus obteve valor total de R$ 385,38 mil, ajudando a Angus a superar o total comercializado por outras raças de corte, em Esteio. Nessa edição relacionada ao gado comercial, promovida pela ABA, Farsul e Santa Úrsula Remates, a Feira da Novilha Angus obteve média de R$ 1,51 mil na venda de novilhas “AD”. Foram ofertadas 400 novilhas, sendo 171 registradas AD. Destaque para as 37 novilhas prenhes de Roberto Soares Beck, da Estância do Espinilho (Cruz Alta/RS), valorizadas em R$ 2,4 mil cada, arrematadas por Dirceu Machado Rodrigues, da Cabanha Valentina Brasil (Viamão/RS). Beck, que ainda comercializou animais nos leilões de argola e a campo, da raça, foi o criador individual que mais vendeu animais Angus na mostra. “Além das novilhas, vendi 30 animais rústicos PC, no Angus Rústico do Sul, e duas fêmeas de argola, no Golden Angus”, ressaltou, mostrando acreditar na arrancada da Expointer para a comercialização da temporada de Primavera. Um dos principais momentos para os criadores da raça, o Leilão Golden Angus, superou expectativas e alcançou total de R$ 315,6 mil – incremento de 13,3% sobre a edição de 2007, quando a soma foi de R$ 278,6 mil. Foram vendidos 27 lotes, com média geral de R$ 12 mil. O grande destaque foi a venda de 50% da grande campeã da Expointer 2008, Major Gemada Kila, da Cabanha Olhos DÁgua (Alegrete/RS), adquirida pela Cabanha Maufer (Cruzeiro do Sul/RS), por R$ 45 mil. Além da grande campeã, Maurício e Fernando Weiand, proprietários da cabanha, adquiriram 50% da fêmea Espinilho 5005 - o segundo maior valor negociado no leilão - por R$ 42 mil, e também 50% da filha da Espinilho 5005, Espinilho 7030, da Estância Espinilho, por R$ 22,5 mil. Com 72 animais a campo negociados, o VII Angus Rústico do Sul totalizou R$ 403,5 mil com comercialização 25% maior que 2007. A média dos 30 touros (PO e PC) arrematados, foi de R$ 9,383 mil. As 12 fêmeas (PO e PC) negociadas, tiveram remuneração de R$ 5,225 mil em média. Este valor supera o de 2007, que chegou a R$ 3,692 mil. Foi comercializado ainda, um lote especial de 30 fêmeas AD, obtendo média de R$ 2 mil. Destaque para a venda do melhor macho PO do VII Angus Rústico do Sul, tatuagem TEIC5, por R$ 16 mil. Carlos Alberto Martins Bastos, da Estância do Itapipocai (Uruguaiana/RS), foi o comprador do exemplar ofertado pela Cabanha Santo Ângelo (Barra do Quaraí/RS), de Jorge Martins Bastos.


Cocamar bate recorde de recebimento de milho
A Cocamar superou na manhã de terça-feira, dia 23/9, o recorde de recebimento de milho que havia sido batido em 2003, de 400 mil toneladas. Esse mesmo número foi atingido por volta das 11h40min e, segundo a cooperativa, o recebimento do cereal deve continuar ainda por mais alguns dias. Para a safra de inverno desse ano, a previsão era atingir 350 mil toneladas, contra 180 mil de 2006. As lavouras apresentaram média de produtividade igualmente acima do esperado. A expectativa dos técnicos era de que ela se situasse ao redor de 3.600 quilos por hectare, 240 quilos a menos do alcançado até agora. O engenheiro agrônomo Paulo André Machinski, do departamento técnico da Cocamar, explica que os danos ocasionados pelas geadas ocorridas nos dias 16 e 17 de junho, foram menores que o esperado na região da cooperativa. Por outro lado, esse bom resultado pode ser atribuído também, segundo entendidos, ao maior uso de tecnologia por parte dos agricultores, que decidiram investir no milho da safrinha. (Assessoria de imprensa da Cocamar, de Maringá/PR)

Raiva bovina e controle da mosca bicheira na fronteira gaúcha é debatido
O diretor do DPA - Departamento de Produção Animal - da Seappa - Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio -, Dagoberto Buen;, representantes da superintendência estadual do MGAP - Ministério da Agricultura e do Ministério de Ganadería, Agricultura e Pesca - do Uruguai; da DGSG - Direção Geral de Serviços Ganaderos - e DAS - Divisão de Sanidade Animal - debateram na quarta-feira, dia 24/9, em Rivera, no Uruguai, o controle da raiva bovina e o projeto piloto desenvolvido entre o país vizinho e o Rio Grande do Sul para controle da mosca da bicheira. Conforme Bueno, as iniciativas visam à melhoria do controle do rebanho nos dois países, principalmente, nas áreas da fronteira seca, porque já faz um ano que o problema da raiva bovina surgiu no Uruguai e continuam morrendo animais vítimas da doença. Ele acrescenta que, em relação ao controle da mosca da bicheira, a parceria entre o RS e o Uruguai é altamente positiva, pois permitirá maior avanço no combate as doenças que atingem os bovinos. Também participaram da reunião, o chefe do setor de combate e profilaxia da raiva bovina da Seappa - Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio -, Nilton Rossato e os superintendentes regional de Alegrete, Joal Pontes e de Uruguaiana, Ana Helena Schenkel. (Assessoria de imprensa da Seappa/RS, de Riveira/Uruguai)

Ritmo do consumo de ovos é muito lento
Segundo os analistas da Jox Assessoria Agropecuária, o consumo de ovos no mercado brasileiro é lento. “Esse é um momento bastante delicado para o setor de postura”, alertam. Além de a produção ser excessiva para a demanda atual, existem estoques tanto nas bases produtoras quanto nas praças de comercialização. Como há muita oferta, de acordo com a Jox, os preços encontram-se sob forte pressão de baixa. “Não se tem indícios de que a demanda possa crescer de forma substancial no curtíssimo prazo. Parece que, de forma mais rápida, a adequação da produção ao mercado, terá
que vir via descartes das poedeiras mais velhas”, apontam os analistas. A caixa de 30 dúzias de ovos brancos extra Cif em São Paulo, é comercializada entre R$ 40 e R$ 42. No Rio de Janeiro, a mesma caixa está cotada entre R$ 43 e R$ 45 – mesmo valor praticado em Belo Horizonte/MG.


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MATÉRIA ESPECIAL

Vinícola gaúcha investe em tecnologia para minimizar gargalos e crise no setor
A concorrência dos vinhos importados está fazendo com que a Vinícola Garibaldi adote estratégias em vários setores da empresa para manter as metas até o fim do ano, vender o estoque excedente e não comprometer a próxima safra. A principal delas é um aporte financeiro na área de tecnologia. Nessa semana, chega à empresa um rolhador automático para espumantes, vindo da Itália, que vai proporcionar maior rapidez na confecção do produto. Fazem parte do investimento tanques de inox, autoclaves para espumantes e uma encaixotadora e seladora para caixas de papelão.
Juntos, os investimentos atingem mais de R$ 1 milhão. Um dos principais motivos que levam a empresa a investir num momento delicado é não imobilizar sua estrutura. “Estamos buscando diferentes alternativas, como criar foco no suco de uva e espumantes”, declara o presidente da vinícola, Oscar Ló. “E para avançar nesse setor, precisamos investir imediatamente, e com precisão”. As estratégias
não param por aí. A vinícola também dará ênfase aos produtos orgânicos, que levam a marca Da Casa. “Somos a única no País com uma linha completa nesse segmento”, explica. Para explicitar isso ao mercado, a empresa quer criar uma marca forte, de referência em qualidade, e uma identidade que reforce o apelo ao meio ambiente, à saúde do consumidor e os benefícios ao produtor. “Já estamos organizando degustações em pontos-de-venda e casas especializadas para promover os produtos da linha”, aponta Oscar.
De acordo com o presidente, os investimentos servirão ainda para que a vinícola tenha força para competir com bebidas mais populares, como a cerveja, por exemplo. “Precisamos intensificar o trabalho que já vem sendo feito, mudando hábitos e costumes”. Ele lembra que a queda nas vendas é observada em determinados produtos, em especial na linha de vinhos viníferas, mas a Vinícola Garibaldi demonstra um crescimento de 20% na linha de espumantes e 30% na linha de sucos de uva prontos para beber, em relação ao mesmo período do ano passado, mostrando que o mercado é muito promissor.
A participação no programa Wines from Brazil, em conjunto com a Apex, é outro esforço para colocar vinhos finos em taças estrangeiras. Nesse ano, a Garibaldi já participou de diversas ações e já deu início ao trabalho fora do País. A meta da vinícola é alcançar um faturamento de 35 milhões até o término do exercício de 2008, com um crescimento em torno de 15% em relação ao ano de 2007. “Estamos apostando na época do final de ano, e as vendas tendem a aumentar com a chegada das festividades”, projeta Oscar. (Assessoria de Imprensa da Garibaldi)

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MERCADO DE TI

Lojas Colombo recebe prêmio da Microsoft
A Lojas Colombo, uma das principais varejistas de eletroeletrônicos do país, recebeu da Microsoft a premiação “Maior evolução em vendas em 2008“, em virtude da comercialização de computadores com Office pré-instalado e pelo desempenho das vendas de computadores pessoais de mesa e de notebooks com sistema operacional Windows. No primeiro semestre desse ano, a rede ampliou em 250% as vendas desses produtos, em relação ao mesmo período de 2007. Os computadores portáteis representam cerca de 40% do total de PCs vendidos pela Colombo.

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ANÁLISE SETORIAL

Crise econômica afetará novos investimentos no Brasil
A crise internacional deverá afetar as decisões por novos investimentos no país, avaliou nessa quinta-feira, 25/9, o Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Para o coordenador da Carta de Conjuntura do órgão, Marcelo Nonnenberg, a alta volatilidade de preços e de fontes de financiamento vai prejudicar, pelo menos por algum tempo, as intenções de investidores em aplicar recursos em novos projetos no Brasil. "A gente espera que as decisões por novos investimentos, sejam afetadas por essa crise financeira internacional, até porque, ninguém sabe a dimensão e quanto tempo isso vai durar", afirmou Nonnenberg, que não vê maiores problemas em relação a investimentos já em
curso ou definidos. Sobre as fontes de financiamento, Nonnenberg destacou que o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - pode compensar em parte, o que seria obtido no exterior, mas "não pode fazer milagres". Apesar do quadro turbulento, Nonnenberg disse que nem a crise ou qualquer outro fator, como a política de elevação da taxa de juros, irá impactar de forma significativa, o desempenho da economia brasileira em 2008. O Ipea estima que o PIB - Produto
Interno Bruto - terá crescimento próximo do teto de 5,2% projetado pelo órgão no início do ano. "Nem a crise internacional e nem outro fator, como a elevação da taxa de juros, vai afetar de forma substancial o crescimento da economia brasileira para 2008. Todas as previsões de crescimento estão sendo revistas para cima, e mantemos nosso teto de 5,2%, e acreditamos que ficará bastante próximo". Um impacto relevante que o Ipea vislumbra para o ano que vem, é sobre as exportações. Diante da "evidente desaceleração da economia internacional", conforme ressaltou Nonnenberg, da queda dos preços das commodities no mercado internacional, o desempenho da balança comercial brasileira, que vem piorando nos últimos tempos, deverá ser ainda mais afetado. As exportações ainda não foram atingidas. Há uma continuidade do dinamismo das exportações. No entanto, as elas vêm
crescendo estimuladas pela elevação dos preços, e devemos esperar, nos próximos meses, que a redução desses preços atinja nossas exportações e elas comecem a cair, a alta do dólar pode segurar um pouco essa tendência de queda das vendas externas. A queda das commodities beneficia, por outro lado, o controle da inflação, que esteve bastante pressionada no primeiro semestre pela alta dos alimentos. O recente movimento de arrefecimento da inflação, estimulado pela queda dos preços das commodities, deverá se manter por mais algum tempo, segundo avaliação do Ipea. O resultado deverá ser a inflação próxima dos 6% ao final do ano, avaliou a economista do órgão, Maria Andréia
Peixoto. Nos últimos 12 meses encerrados em agosto, a inflação medida pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo - tem alta acumulada de 6,17%. De janeiro a agosto, a inflação subiu 4,48%. O que vai nortear a inflação até o final do ano é o preço dos alimentos.


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MERCADO DE LUXO

Longchamp reedita sucesso
Para comemorar seus 60 anos de fundação, a francesa Longchamp, revirou o baú e tirou um dos modelos mais famosos da marca. O modelo LM, ícone da marca nos anos 70, foi criado pelo fundador da marca, Phillipe Cassegrain. A bolsa em couro foi símbolo de sucesso da marca no mercado asiático, europeu e norte-americano. Preço do luxo retro: R$ 1,84 mil. As interessadas em ter uma só sua, podem entrar em contato pelo telefone da importadora, em São Paulo, +55 11 3552.1555.

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