E-Press.biz Economia & Mercado | Edição 057

Kátya Desessards
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NOTÍCIAS

Mercado espera que BC suba taxa de juros para 13,75%
Embora os últimos índices de inflação tenham surpreendido para menos, o mercado financeiro mantém a "aposta" de que o Banco Central vai ajustar a taxa básica de juros do país (Selic) de 13% para 13,75% na reunião dessa semana. E esse ajuste não deve parar nesse mês, mas prosseguir até dezembro, quando a autoridade monetária deve estancar o ciclo de alta da Selic. Tudo porque é consenso entre os economistas de bancos e corretoras de que o alvo do BC não é a inflação desse ano, mas do próximo. E as expectativas para 2009, estão há cerca de um mês firmemente, apontando para um IPCA de 5% (acima do centro da meta, de 4,5%). O IPCA é o índice oficial de preços utilizado para o regime de metas do governo. "Apesar de ter havido melhora nos últimos dados de inflação, principalmente em função da queda nos preços das matérias-primas, ainda há muitas incertezas para o cenário de inflação em 2009", avalia o economista da corretora Concórdia, Elson Teles. Analistas também esperam que o BC não "afrouxe" o discurso anti-inflação, vazado tanto pelo comunicado pós-reunião quanto pela ata do Copom - Comitê de Política Monetária, divulgada na semana seguinte. Esses documentos são utilizados pelo banco para atuar sobre as expectativas dos agentes financeiros. "O Banco Central irá manter um discurso duro, em busca de ancorar as expectativas de inflação, e sem grandes surpresas, deverá haver ainda mais três aumentos de juros, que devem encerrar o ciclo ainda esse ano levando a Selic a 14,75%", espera a equipe de análise econômica da corretora Ativa. A Acrefi - Associação Nacional das Instituições de Crédito - é uma das poucas vozes do mercado financeiro, a apostar num ajuste da taxa Selic menor que 0,75 ponto percentual. Para o economista-chefe da instituição, Istvan Kasznar, o juro básico será elevado para 13,50%. "Apesar de a projeção indicar um IPCA acima dos 4,5%, que é o centro da meta, pelo menos dos 6,5%, que é o teto, não vamos passar. E a tendência clara é que, em 2009, a inflação convirja cada vez mais para os 4,5%", afirmou.

Custo nacional da construção civil varia 1,28%
O Custo Nacional da Construção Civil variou 1,28% em agosto de 2008, de acordo com a pesquisa realizada pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, em parceria com a Caixa Econômica Federal. O resultado é 0,25 ponto percentual maior em relação ao índice de julho. Ao levar em consideração agosto de 2007 (0,29%), o índice quase que duplicou.

Brasil encerra safra 07/08 de grãos com volume recorde
O Brasil produziu um recorde de 143 milhões e 800 mil toneladas de grãos, na safra 2007/2008. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, o montante é 9% superior em relação à safra passada. Para a Conab, o avanço é fruto da capacidade empreendedora do produtor brasileiro e da política de apoio consistente do governo à agricultura.

Justiça de São Paulo decreta falência da Vasp
O juiz titular da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, Alexandre Alves Lazzarini, decretou a falência da Vasp - Viação Aérea de São Paulo -, que não opera desde o início de 2005. A decisão é da última quinta-feira, dia 4/9, mas foi divulgada nessa segunda, 8/9. Segundo a decisão, a Vasp não teve condição de implementar o seu plano de recuperação judicial, em processo iniciado em julho de 2005, após a intervenção decretada pela 14ª Vara do Trabalho de São Paulo, em ação civil pública do Ministério Público do Trabalho e Sindicatos. O magistrado afirma em sua sentença que "as impugnações feitas pela Vasp à deliberação da assembléia de credores para a decretação da falência ou mesmo da anterior assembléia, não têm como ser acolhidas". A Vasp requereu sua recuperação judicial em julho de 2005 e, após aprovação do plano pelos credores, foi concedida a recuperação em julho de 2006. Entretanto, segundo decisão da Justiça, várias dificuldades surgiram. A Infraero (estatal que administra os aeroportos) solicitou a devolução das áreas aeroportuárias e a Vasp não cumpriu os prazos que lhe foram deferidos - ou o prazo de 180 dias a que se propôs - para superar o problema, razão pela qual a retomada das áreas voltou a ocorrer. A assembléia de credores foi encerrada sem sucesso decorrente dos mandados de segurança impetrados pelo Banco do Brasil, que ao contrário dos demais credores (inclusive trabalhistas), afirmava não conseguir acessar e entender as regras dos fundos da empresa. Encerrada essa assembléia, vieram pedidos de falência da empresa. (Agência Folha)

Grupo The New York Times corta empregos e fecha distribuidora
A crise que assola os EUA chegou ao setor editorial. O grupo The New York Times, proprietário do jornal homônimo e também do "International Herald Tribune", entre outras publicações, anunciou ontem o fechamento de sua divisão de distribuição e a eliminação de aproximadamente 550 empregos. A organização City & Suburban distribui o jornal "The New York Times" e outros 200 diários e revistas às bancas e outros pontos de venda na área metropolitana de Nova York. A partir de janeiro, essa tarefa será responsabilidade de outras companhias contratadas e dos próprios motoristas da empresa. Scott Heekin-Canedy, presidente e gerente geral do "New York Times", ressaltou, em comunicado, que o negócio "mudou de forma radical" desde que essa organização foi formada em 1992, e que a distribuição a atacadistas já não é tão rentável do ponto de vista econômico para a empresa. "Com a mudança, trocamos para um modelo de distribuição similar ao de nossa edição nacional, que é feita por outras organizações", afirmou o executivo. A empresa afirmou que o fechamento da distribuidora e a eliminação de 500 empregos aumentarão as despesas por compensações aos empregados afetados, mas diminuirão também os custos. (Efe, Nova York)

A oferta acompanha demanda e não gera inflação
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, aproveitou um discurso comemorativo dos 200 anos de existência do Ministério da Fazenda, ontem, para mandar um recado ao Copom - Comitê de Política Monetária - do BC - Banco Central -, que definirá, na quarta-feira, o nível da taxa básica de juro (Selic). Segundo ele, a oferta de produtos tem acompanhado a demanda interna, "o que não gera pressão inflacionária". A tese é oposta àquela defendida pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, para quem a forte demanda da economia é uma das razões do atual surto inflacionário. A taxa Selic está hoje em 13% ao ano e a previsão de analistas de instituições financeiras, é de que o Copom decidirá por um aumento de 0,75 ponto percentual, elevando-a para 13,75% ao ano. Mantega destacou a baixa vulnerabilidade externa do Brasil. "Com o esforço de todos, conseguimos colocar o Brasil na rota de crescimento. Um crescimento robusto, acima de 4%, de 4,5% e até de 5%, como estamos tendo hoje", afirmou. "É um crescimento robusto e sólido, porque gera emprego e renda", continuou. Mantega disse que o Brasil, hoje, é uma potência emergente, graças às políticas do atual governo e de governos anteriores, que fortaleceram os fundamentos econômicos. Segundo ele, isso faz com que a economia, hoje, esteja sob controle, mesmo com um quadro econômico internacional adverso. À tarde, Mantega voltou a alfinetar o presidente do BC, durante um seminário realizado pelo Ministério da Fazenda. Tendo Meirelles ao lado, Mantega disse que trabalha com a convicção de que o atual ciclo de crescimento econômico (do País), não será interrompido, embora tenha admitido uma menor queda da expansão da atividade no próximo ano, em virtude das medidas que já foram adotadas para ajustar o Brasil ao cenário de crise internacional. O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, que participou do seminário, acha que há um "cabo de guerra" entre o Ministério da Fazenda e o Banco Central em torno da taxa de juro. "Acho que o BC vai aumentar os juros para reafirmar a sua independência", disse Delfim. "Há uma grande dúvida sobre a demanda, mas sobre a inflação planetária não há dúvidas", acrescentou. (Agência Estado)

Vale amplia investimentos em gás e petróleo
A mineradora Vale comprou 25% de participação no bloco exploratório BM-S-47, na Bacia de Santos, área com potencial para descobertas de gás natural. A fatia foi comprada da petroleira espanhola Repsol, que permanece com 25% da concessão. O restante pertence à companhia britânica BG, responsável pela operação do projeto. A Vale estreou no setor de petróleo e gás no ano passado, em busca de suprimento de energia para as suas atividades. O BM-S-47 fica próximo ao campo de Merluza, uma das únicas áreas hoje, em produção na Bacia de Santos. É o resultado da fusão de duas concessões menores arrematadas pelo consórcio BG/Repsol na 7ª Rodada de Licitações da ANP - Agência Nacional do Petróleo -, em 2006. Em abril desse ano, um poço perfurado pela BG encontrou indícios de gás natural na área. Não há, porém, informações sobre volumes descobertos. Procurada, a Vale não quis comentar a aquisição, aprovada pela diretoria da ANP em reunião do dia 13 de agosto. Na 9ª Rodada de Licitações da ANP, no ano passado, a companhia arrematou nove áreas exploratórias, sempre em parceria com petroleiras. "Como grande consumidora de energia, a Vale está buscando a diversificação e otimização de sua matriz energética, através da maior utilização do carvão térmico, combustíveis renováveis e gás natural", afirmou a companhia, em nota divulgada após o leilão. Alguns meses antes, a companhia já havia anunciado parceria com a Shell para avaliar oportunidades na exploração de gás. A parceria previa a possibilidade de entrada da mineradora em projetos de exploração de petróleo da multinacional, na bacia do Espírito Santo. Naquele Estado, a companhia tem um grande terminal de exportação de minério, pelo Porto de Tubarão, e planeja construir uma siderúrgica, em parceria com a chinesa Baosteel.

Walmart amplia vendas, mas Target tem agosto ruim
As duas maiores redes de lojas de departamentos de descontos dos EUA tiveram desempenhos completamente diferentes no mês de agosto, refletindo a migração dos consumidores para formatos puramente, focados em preço e deixando de lado aspectos mais ligados a moda. O Walmart disse que suas vendas cresceram 3% em mesmas lojas no mercado americano, excluindo combustíveis, em relação ao mesmo período de 2007. O resultado ficou acima das expectativas do mercado (de 1,6%), e da própria empresa (de até 2%), reforçando a certeza de que a maior varejista mundial vem sendo uma das grandes vencedoras do mercado americano nesse momento de desaceleração da economia. Em termos absolutos, as receitas da empresa cresceram 8,7% na comparação anual, para US$ 30,67 bilhões. Já na rival Target, o resultado foi bem diferente. A empresa divulgou uma queda de 2,1% em suas vendas em lojas abertas há mais de 12 meses, ainda que acima das expectativas de Wall Street, de -2,6%. As receitas líquidas no mês cresceram 3,1%, para US$ 4,85 bilhões.

Magazine Luiza quer abrir 120 lojas na Grande São Paulo
Prestes a desembarcar em grande estilo na Grande São Paulo, com 50 pontos de venda que serão inaugurados ainda nesse mês, o Magazine Luiza, terceiro maior varejista de eletroeletrônicos do país, pretende abrir pelo menos 120 lojas na região até 2010, em um investimento de até R$ 150 milhões. A capital paulista é um sonho de consumo do Magazine Luiza há anos, e ganhou força com o desenvolvimento da operação online da empresa, que permitiu o desenvolvimento da marca na região sem o investimento em uma forte estrutura física.

Preços do álcool sobem em SP
Os preços do álcool combustível fecharam em alta na semana passada, segundo levantamento semanal do Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. O litro do anidro fechou a R$ 0,874 (sem impostos), com alta de 0,93% sobre a semana anterior. O hidratado fechou a R$ 0,7394 (sem impostos), com aumento de 0,11% sobre a semana anterior. A alta reflete a maior demanda pelo produto no mercado interno.

Etanol será produzido por países da América Latina, Caribe e África
A produção de álcool combustível vai ser estimulada em países latino-americanos, caribenhos e africanos. Na semana passada, durante a Primeira Semana do Etanol, representantes estrangeiros afirmaram que a experiência brasileira em etanol, vai ajudar na implantação do programa do álcool combustível em países como México, Panamá, Moçambique, Honduras e Equador, que já cultivam a cana-de-açúcar para a fabricação de etanol. Os participantes do encontro visitaram uma unidade industrial de etanol em Iracemapólis, a 50 quilômetros de Araras. O Ministério da Agricultura e a ABC/MRE - Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores - organizarão, para o próximo ano, um programa de capacitação em etanol para países de língua inglesa.

Grupo Gandini investe em centro comercial em Itu
O Grupo Gandini anunciou o lançamento do empreendimento comercial Praça Bogliaco, em Itu/SP, com investimento de R$ 35 milhões. Desse total, R$ 10 milhões referem-se ao valor do terreno, já de propriedade do grupo. O centro comercial terá como loja-âncora o Tenda Atacado, dois blocos com 200 unidades modulares no total (para lojas de varejo, escritórios em geral, consultórios médicos e odontológicos), praça de alimentação e 530 vagas de estacionamento. O centro comercial será construído em um terreno com área de 37 mil metros quadrados, sendo que a unidade do Tenda Atacado terá área total de 14 mil metros quadrados e 6.000 metros quadrados de área de vendas. A primeira fase do projeto será a construção do atacado, que deverá entrar em operação em dezembro. A segunda fase conta com as 200 lojas, com inauguração prevista para fevereiro de 2010.

Setor moveleiro gaúcho mantém exportações em alta
O estado do RS apresentou crescimento de 4% de janeiro a agosto de 2008. Os gaúchos totalizaram nos oito meses do ano US$ 192.426.182. O Reino Unido, responsável por 13% das vendas externas do móvel gaúcho, teve queda de 3,5%. O país europeu comprou até o mês de agosto desse ano U$$ 24.309.079. As vendas de mobiliário gaúcho para os Estados Unidos permanecem em declínio. Aquele país comprou até agosto U$$ 12.714.086, queda elevada de 42% em relação a agosto de 2007. A Argentina apresentou crescimento de 23% de janeiro a agosto desse ano, os argentinos correspondem a 9% dos móveis gaúchos vendidos para o exterior. O Brasil vendeu, nos oito primeiros meses desse ano, US$ 654.451.038 em móveis, praticamente não houve alteração em relação ao mesmo período do ano passado, 0,2%. Os estados de São Paulo e Paraná elevaram suas exportações moveleiras em 28% e 16%, respectivamente. Já Santa Catarina teve queda nas exportações do setor moveleiro, -11% no acumulado de janeiro a agosto. A participação percentual dos estados na exportação moveleira brasileira permanece inalterada: SC (33%); RS (29%); SP (16%); PR (13%).
Vanilla Caffè inaugura mais três unidadesA rede de cafeterias Vanilla Caffè abriu três novas unidades em agosto, sendo duas unidades no Rio de Janeiro (Shopping Via Parque, na Barra da Tijuca; e no bairro do Flamengo), e uma em Taubaté/SP. A unidade paulista tem operação 24 horas, em um espaço de 120 metros quadrados e um display de charutos para apreciadores do tabaco. A rede estuda o mercado da Região Sul para investimentos futuros de expansão.

Embrapa faz leilão de touros jovens
O 8º Leilão Elite de Touros Jovens Embrapa será realizado dia 13 de setembro, a partir das 10h, na Fazenda Capivara, localizada na rodovia Goiânia - Nova Veneza, km 12, Santo Antônio de Goiás/GO. Serão ofertados 62 animais, dos quais 57 nelore (mocho e padrão) e 05 brahman. Todos possuem comprovadamente qualidade genética, com desempenho superior em sistemas de produção a pasto, e destinam-se ao aprimoramento de rebanhos para bovinocultura de corte do cerrado. Os reprodutores estão aptos ao acasalamento, prontos para estação de monta que se inicia nos próximos meses no Brasil Central. Os animais que irão a leilão passaram por várias etapas de seleção, que abrangeram um total de 21 mil bezerros, pertencentes a 33 criatórios particulares nas regiões: Norte, Centro-Oeste e Sudeste. O estágio decisivo durante esse processo foi a prova de ganho de peso a pasto na Fazenda Capivara, conduzida pela ABCZ - Associação Brasileira dos Criadores de Zebu -, Programa Nelore Brasil, Universidade Federal de Goiás e Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Para mais detalhes, o contato é +55 62 3533.2203. Já a Leiloraça Leilões, responsável pela venda dos touros, pode fornecer o regulamento completo do leilão, com as condições e formas de pagamento, pelo número +55 62 3275.8181 ou 3533.2205. Por esses telefones, os pecuaristas devem obrigatoriamente, confirmar presença com antecedência e fazer reservas de mesas. O Leilão Elite de Touros Jovens Embrapa ocorre anualmente e é promovido pela Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás/GO) e Embrapa Cerrados (Planaltina/DF). A média de público é de 300 pessoas e o evento atrai compradores do Pará, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo. Nessa iniciativa, uma série de instituições públicas e privadas são parceiras tecnológicas, tais como Associação Goiana dos Criadores de Zebu, Aval Serviços Tecnológicos, Ouro Fino, Integral Nutrição Animal, Bio Fórmula, CRV Lagoa, Planalto Tratores, Valtra, Itacal e Independência.

Tip Top inaugura franquia em São Paulo

A Tip Top, aos 56 anos de vida, iniciou em 2008 seu projeto de franquias. Em março, foi aberta a primeira unidade nesse modelo, no Shopping Bourbon Pompéia, em São Paulo. Nessa semana, um novo ponto de venda foi aberto, no Shopping Ibirapuera (também na capital paulista), e até o final de ano deverão ser inauguradas unidades em São Paulo nos shoppings Center Norte, Morumbi e Pátio Paulista, além de uma loja em Florianópolis/SC, no Floripa Shopping. O projeto da empresa prevê a abertura de 100 unidades em cinco anos, fortalecendo a marca Tip Top, que é distribuída em 8.000 pontos de vendas no Brasil e no exterior.

Exportações de café em agosto atingem US$ 354 milhões
No acumulado janeiro/agosto, o país vendeu 17.069.969 sacas do produto, para uma receita de US$ 2.772.808. Embora em relação ao acumulado janeiro/agosto de 2007, tenha havido queda de 6% no volume exportado (em 2007 foram 18.161.236 sacas), a receita mostra que houve um incremento de 14,2% (em 2007, a receita foi de US$ 2.427.721). Os dados foram divulgados sexta-feira, 4/9, pelo Cecafé - Conselho dos Exportadores de Café do Brasil. Conforme seu diretor geral, Guilherme Braga, os preços mantém a tendência observada nos últimos anos de aumentos graduais e continuados e refletem, em última análise, a oferta mundial do produto (que há anos se mantém, sem apresentar excedente), e a demanda que vem acusando um incremento no consumo em vários mercados. Já os preços refletem um bom equilíbrio entre a oferta mundial do produto e a demanda. Os números apresentam também, a performance dos tipos de café brasileiros no acumulado janeiro/agosto. O destaque novamente é do robusta/conillon. Houve uma variação positiva de 68,1% na venda desse café no período: enquanto no acumulado janeiro/agosto de 2007 foram exportadas 771.849 sacas de robusta/conillon, no mesmo período desse ano, foram comercializadas 1.297.209 sacas. O diretor geral do Cecafé, Guilherme Braga, explica que o aumento das exportações do robusta/conillon, resulta de uma situação particular que ocorre no Vietnã, maior produtor mundial desse tipo de café. “O Vietnã adotou medidas de controle da sua oferta, o que elevou os preços mundiais da variedade, posicionando o conillon brasileiro em níveis competitivos”. Os dados do Cecafé incluem, ainda, os principais compradores do café brasileiro. Os quatro primeiros importadores continuam sendo Alemanha, com 2.779.356 sacas adquiridas entre janeiro e agosto; EUA, com 2.548.457 sacas; Itália, com 1.659.559 sacas; e Bélgica, com 1.385.979 sacas de café.

TAM obtém participação recorde de 54,18% em agosto
A TAM obteve, em agosto, a maior participação de sua história no fluxo de passageiros transportados no mercado doméstico, ou 54,18% do total, conforme dados da ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil - divulgados ontem. A companhia lidera esse ranking desde julho de 2003. O consultor aeronáutico Paulo Bittencourt Sampaio, afirma que parte desse resultado histórico pode ser atribuído à unificação operacional da Gol e da Varig, com redução de vôos e aeronaves por causa da otimização das duas operações. Com essas mudanças, a Gol obteve pelo segundo mês consecutivo, seu pior desempenho mensal pelo menos desde janeiro de 2007, com fatia de 34,13%. Isso já havia acontecido em julho, quando a companhia respondeu por 35,33% da demanda de vôos dentro do País. A Varig está na terceira posição, com 4,44%, seguida pelos 2,97% da WebJet. Juntas, TAM, Gol e Varig responderam por 92,75% dos vôos domésticos. "Deveremos ter boas notícias da Gol e da Varig a partir de outubro e, principalmente, em 2009. As duas empresas vão ter uma rede integrada e mais enxuta", afirma Sampaio. Ele destaca o crescimento de 31,7% no fluxo de passageiros transportados da TAM em agosto, mas ressalta que a operação unificada da Gol e da Varig deverá começar a surtir efeitos positivos no mês que vem, quando as mudanças deverão ter início.

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BASTIDOR

- O laticínio goiano Morrinhos, pertencendo ao GP Investimentos, pagou R$ 50 milhões pela marca Poços do Caldas. Curioso é que a marca já havia sido comprada, há cerca de 5 anos, pelo controlador da Parmalat, o fundo Laep que abriu capital na Bovespa no ano passado, mas os papéis não decolaram.

- A Coca-cola vai pagar US$ 2,4 bilhões pela produtora de sucos Huiyuan Juice, da China. Essa é a maior operação já realizada pela Coca-cola num país asiático.
- A Kibon quer recuperar as perdas do verão de 2008. Vai investir R$ 42 milhões para lançar 24 novos produtos até o final desse ano. Essa aposta está embasada nas previsões de mais calor no próximo verão, principalmente nas regiões sudeste do País.


- O inesperado crescimento da indústria automobilística já compromete a qualidade dos componentes, segundo pesquisa da consultoria Booz & Company. O custo da não-qualidade já chega a 2% do faturamento do setor de autopeças, que é de R$ 75 bilhões.

- A modernização do Hotel Laje de Pedra, situado em Canela/RS, seguirá as últimas tendências da arquitetura e construção. Os tradicionais carpetes serão substituídos por pisos laminados, que reduzem o acúmulo de fungos e umidade, evitando reações alérgicas. De acordo com a arquiteta Arlene Lubianca, que assina o projeto de modernização, tapetes soltos serão utilizados sobre os pisos de cor marfim. Os tapetes escolhidos serão de materiais naturais em cores claras, harmonizando com todo o conceito.

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MERCADOS: Ações, Mercadorias & Futuro

- O Ibovespa fechou em forte queda de 2,35%, aos 50 mil 717 pontos, penalizado pela desvalorização dos papéis atrelados ao mercado de matérias-primas. O peso das commodities, mais uma vez, isolou o índice dos ganhos externos, com o otimismo dos investidores, em relação ao setor de financiamento de hipotecas dos Estados Unidos. O volume de negócios ficou em 5 bilhões 100 milhões de reais. A maior baixa do dia foi da Cesp - Companhia Energética de São Paulo -, que despencou 8,81%. Na outra ponta, as ações da Cyrela subiram 4,96%

- O índice Dow Jones Industrial Average, da Nyse, subiu 2,59%, para 11.510 pontos, enquanto o S&P 500 teve alta de 2,05%, indo para 1.267 pontos. Já a Bolsa Nasdaq encerrou com alta de 0,62%, indo para 2.269 pontos.

- As principais Bolsas de Valores da Europa fecharam com forte alta ontem. A Bolsa de Paris teve alta de 3,42%. Londres subiu 3,92%. A Bolsa de Madri registrou índice positivo de 3,72%. Já Milão teve alta de 3,13%. Frankfurt terminou com mais 2,22%.

- As Bolsas da Ásia fecharam em alta ontem, após o anúncio do governo dos Estados Unidos de que irá intervir nas gigantes de financiamento imobiliário do país, Freddie Mac e a Fannie Mae, profundamente afetadas pela recente crise dos créditos "subprime". A maior alta foi registrada na Bolsa de Seul (Coréia do Sul), a qual fechou com crescimento de 5,15%, aos 1.476,65 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng cresceu 4,32% e encerrou o pregão de ontem aos 20.794,27 pontos. No Japão, a Bolsa de Tóquio fechou o dia com ganhos de 3,38% do índice Nikkei, aos 12.624,46. O mercado chinês fechou com queda, mesmo com o anúncio do presidente americano. A Bolsa de Xangai recuou 2,68%. Na noite de domingo, o presidente dos EUA, George W. Bush, disse que tomará o controle de Freddie Mac e Fannie Mae, dizendo que é "inaceitável" o risco que o colapso dessas empresas representaria para economia.

Bovespa tem 1ª entrada de capital externo em setembro
A Bovespa registrou, na quarta-feira da semana passada, dia 3/9, a primeira entrada de capital externo em setembro, de R$ 138,002 milhões. Com isso, o saldo de investimento estrangeiro no mês, passa a ser positivo em R$ 45,258 milhões. Porém, no acumulado do ano, o saldo de recursos externos está negativo em R$ 16,490 bilhões. No mês passado, os estrangeiros retiraram R$ 2,251 bilhões em capital externo. Ao longo de agosto foram apuradas apenas cinco entradas líquidas (entradas menos saídas) de recursos externos: nos dias 6, 19, 20, 27 e 28. O volume de retiradas apresentado em agosto, embora seja considerável, é bem inferior aos recordes históricos atingidos em junho e julho desse ano, quando foram registradas saídas de R$ 7,415 bilhões e R$ 7,626 bilhões, respectivamente.

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ÍNDICES ECONÔMICOS

Dólar fecha dia com alta de 0,87%: R$ 1,735 para venda
O dólar comercial fechou em alta de 0,87%, numa sessão marcada pela volatilidade, por conta do noticiário sobre o setor imobiliário dos EUA. Foi a sexta valorização seguida da divisa. A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a 1 real 733 para a compra. E a 1 real 735 para a venda. O preço do petróleo fechou em baixa nessa segunda-feira. O mercado acompanha a paridade do dólar em relação a outras moedas. E os investidores também monitoram a trajetória do furacão Ike, que deve entrar no Golfo do México nos próximos dias. O óleo tipo light, negociado em Nova York, encerrou cotado a US$ 106,14 - uma desvalorização de US$ 0,09. Em Londres, o barril do tipo Brent fechou em US$ 103,44, uma queda de US$ 0,65.

- IGP-DI - O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna - registrou em agosto a primeira deflação desde o começo de 2006, refletindo uma forte queda dos custos de alimentos agrícolas, sobretudo no atacado. O indicador caiu 0,38% no mês passado, após subir 1,12% em julho, informou a FGV - Fundação Getúlio Vargas - ontem. Analistas consultados pela Reuters esperavam um recuo de 0,30% em agosto, segundo a mediana de 17 projeções, que oscilaram de queda de 0,16% a 0,50%. Entre os componentes do IGP-DI, o IPA - Índice de Preços por Atacado -, declinou 0,80% em agosto, ante alta de 1,28% em julho.- O IPA agrícola caiu 5,09% em agosto, após avançar 1,14% no mês anterior.

- IPC - O Índice de Preços ao Consumidor - subiu 0,14%, abaixo da alta de 0,53% em julho.- INCC - O Índice Nacional de Custo da Construção - teve elevação de 1,18%, ante 1,46% anterior.- Inflação - O Banco Central prevê um aumento da taxa básica de juros na próxima quarta-feira, dia 10/9, de 13% ao ano para 13,75% ao ano. O levantamento também mostra a expectativa de que a taxa Selic continue subindo nas duas últimas reuniões do Copom - Comitê de Política Monetária do BC - em 2008, até alcançar 14,75% ao ano. As duas previsões foram mantidas em relação às pesquisas divulgadas nas últimas quatro semanas, o que significa que nem mesmo a queda recente da inflação mudou as expectativas do mercado financeiro sobre os juros no curto prazo. Apenas para o final de 2009 houve mudança. Os economistas, que esperavam um recuo dos juros no próximo ano para 14%, agora esperam uma queda maior, para 13,75% ao ano.

- IPCA - A expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo nesse ano, que serve como meta de inflação, caiu de 6,32% para 6,27%. Há quatro semanas, estava em 6,45%. O teto da meta de inflação para esse ano é de 6,50% (meta de 4,5% com dois pontos percentuais de tolerância para cima e para baixo). A estimativa para a inflação para os próximos 12 meses caiu de 5,26% para 5,22%. Para 2009, foi mantida a previsão para o IPCA em 5%. Em relação a outros índices de inflação, também houve queda nas previsões para 2008.

- IGP-DI - A expectativa do mercado para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna caiu de 10,31% para 10,27%; o IGP-M - Índice Geral de Preços – Mercado - teve a previsão reduzida de 10,37% para 10,35%; e o IPC - Índice de Preços ao Consumidor - da Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômica -, caiu de 6,47% para 6,41%. - IGP-M - Para 2009, a previsão para o IGP-M subiu de 5,48 % para 5, 50%. A do IGP-DI recuou de 5,29% para 5,20%. Para o IPC-Fipe, passou de 4,64% para 4,67%.

- PIB - As expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto foram mantidas em 4,8% (2008) e 3,6% (2009). A previsão para a relação dívida/PIB nesse ano passou de 40,55% para 40,50%. Para 2009, ficou em 39,50%.- Dólar/ano - A estimativa para o dólar subiu de R$ 1,63 para R$ 1,65 no final desse ano. Para dezembro de 2009, a previsão passou de R$ 1,73 para R$ 1,75.

- Balança Comercial - Para o saldo da balança comercial em 2008, subiu de US$ 23,50 bilhões para US$ 23,73 bilhões. Para 2009, caiu de US$ 14,25 bilhões para US$ 13,75 bilhões. A expectativa para o déficit em conta corrente nesse ano subiu de US$ 26,40 bilhões para US$ 27,35 bilhões. Para 2009, ficou estável em US$ 34,80 bilhões, em 2009.

- Investimentos Estrangeiros - Caíram as expectativas de investimentos estrangeiros diretos de US$ 35 bilhões para US$ 34,5 bilhões (2008). Para o próximo ano, foi mantida a previsão de US$ 30 bilhões.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Calçado chinês chega subfaturado ao Brasil
A chegada de calçados chineses baratos, ao mercado brasileiro, carrega altas doses de fraude ao fisco. Investigação do Ministério do Desenvolvimento indica que o mesmo tipo de calçado é declarado na aduana brasileira por uma diferença de preço superior a 800% em relação a outros países. No jargão técnico, a fraude é chamada de subfaturamento e possui, na maioria das vezes, conivência dos importadores. Os dados apurados pela Secretaria de Comércio Exterior foram repassados para a Receita e a Polícia Federal investigarem as ramificações no país. A fraude consiste em declarar à Receita que, determinado contêiner, possui "calçados de solado externo de borracha, plástico ou couro natural", e que o produto custa US$ 16,35. Esse será o valor usado no cálculo do imposto. O problema é que o calçado é vendido por um preço bem mais alto no mercado. Mas a fiscalização dessa prática é extremamente difícil, dada a capilaridade do comércio. Nesse caso, só foi possível comprovar a fraude com a ajuda da iniciativa privada. A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados identificou a prática, e reuniu dados sobre os principais produtos envolvidos. De posse dos dados, a equipe da Secex, comparou os valores declarados no Brasil com as informações de outros países. Dessa maneira, a Secex descobriu que o mesmo calçado declarado por US$ 16,35 no Brasil, chegou à Hungria com o preço de US$ 157,84, diferença de 865,38%. Outro exemplo são os "calçados para outros esportes, de borracha ou plástico", que entram no Brasil por US$ 11,50, e na Itália por US$ 106,27 - variação de 824,09%. O governo quer, agora, ampliar a metodologia para identificar fraudes em outros produtos. "Foi possível descobrir o subfaturamento no caso dos sapatos, pela colaboração com a iniciativa privada. O que a gente quer é que isso sirva de metodologia para outros produtos", disse o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral. Segundo Barral, o subfaturamento é um tipo de fraude antiga no comércio internacional, que ganhou espaço nos últimos anos com a maior agressividade de economias emergentes no cenário externo. Para o economista Roberto Segatto, presidente da Abracex - Associação Brasileira do Comércio Exterior -, a prática de subfaturamento é comum em produtos chineses. "A grande maioria das quinquilharias que vem da China entra subfaturada. A tendência são eles forçarem ainda mais, porque é uma maneira de ganharem mercado", avaliou. A Embaixada da China em Brasília admitiu, por meio de sua assessoria de imprensa, que há problemas em alguns produtos chineses e que isso vem sendo investigado. A assessoria ressaltou que o importante é que isso não atrapalhe as relações comerciais entre os dois países.

Pré-registro de substâncias químicas em circulação na EU vai até dezembro
Empresas que possuem produtos químicos em circulação na União Européia, têm até o dia 1° de dezembro para efetuar o pré-registro exigido pela ECHA - Agência Européia de Substâncias Químicas. Esse prazo está em vigor desde junho e a exigência faz parte de uma série de novas medidas para garantir o uso seguro de produtos químicos e reduzir os riscos para o ambiente e a saúde.O prazo para o registro definitivo desses produtos será ampliado até 30 de novembro de 2010, 31 de maio de 2013 ou 31 de maio de 2018, de acordo com a quantidade colocada no mercado por empresa (a partir de uma tonelada), e risco à saúde e ao meio ambiente. Já os novos produtos terão até dezembro para realizar o registro definitivo. As novas regras para registro, avaliação, autorização e restrição de produtos químicos são de responsabilidade da ECHA e estão em vigor desde o dia 1º de junho.As obrigações valem tanto para substâncias produzidas na União Européia como para as que são importadas. Por isso, as empresas que exportam esse tipo de produto, devem fazer as alterações impostas para continuar comercializando seus produtos nos países membros.De acordo com a Abiquim - Associação Brasileira da Indústria Química -, as empresas devem observar uma série de medidas, como fazer uma análise de sua linha de produção; verificar a abrangência das substâncias produzidas e exportadas; comparar as substâncias exportadas com a lista de substâncias isentas; analisar suas obrigações e deveres como exportador; informar-se sobre os prazos de implementação de cada ação, entre outras.Em 2007, o Brasil exportou US$ 1,4 bilhão em produtos das indústrias químicas para a União Européia, valor 25% superior ao registrado em 2006, e respondeu por 3,5% do total das vendas brasileiras ao mercado comunitário.No site da ECHA (
http://echa.europa.eu/home_pt.asp), disponível também em português, é possível pesquisar todas as normas sobre o assunto, além de dispor de serviço de assistência, orientações para o registro e perguntas mais freqüentes.

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LOGISTICA & Infraestrutura

“Overbooking” na navegação
O aumento do comércio internacional está pressionando a oferta de transporte marítimo no mercado. Muitas empresas começam a enfrentar uma espécie de “overbooking” da navegação mundial e, mesmo com a contratação antecipada, não conseguem contêineres e espaço nos navios e precisam esperar um novo agendamento das embarcações. Com o atual cenário, o frete disparou, há cobrança de prêmios e aumento de custos. A BS Colway, que importa 80 mil pneus por mês da China, registra atrasos de cerca de 30 dias na chegada das mercadorias, segundo seu diretor de assuntos corporativos, Ozil Coelho Neto. A situação, contudo, deve piorar até o fim do ano, com o aumento das importações para o Natal. “Hoje a China faz o Natal do mundo e a procura por navios para trazer mercadorias de lá aumenta muito. Tivemos que replanejar nossa logística.” Segundo ele, o frete marítimo já subiu 13% nos últimos 60 dias e alguns armadores já começaram a praticar sobrepreço – em torno de 5%. “Somos obrigados a adiar um mês de faturamento (de R$ 8 milhões), por conta desse problema.” As dificuldades são confirmadas pelos armadores. “Quem quiser contratar navios da Ásia para o Brasil vai ter dificuldades. O tempo de espera chega a três semanas”, afirma Wilson Roque, gerente para o Paraná e Santa Catarina da Hamburg Süd, que controla a Aliança Navegação. Com a China puxando as rotas, começa a faltar navios e contêineres em outras partes do mundo, como nos Estados Unidos e na Europa. Por conta do overbooking, a norte-americana Interface Flor, fabricante de carpetes em placas, está sofrendo para importar produtos da matriz para o Brasil. Em função de falta de espaço nas embarcações, uma carga de 12 contêineres – que equivalem a 70% da sua importação mensal – prevista inicialmente para chegar ao Brasil em 15 de agosto, só deve desembarcar em solo brasileiro em 11 ou 12 de setembro. “Já tivemos um prejuízo de US$ 800 mil e cinco contratos cancelados”, conta Roberto De Donato, gerente comercial da Interface Flor no Brasil. De acordo com ele, a matriz vem tentando negociar com as companhias marítimas, maior velocidade nas entregas para evitar mais prejuízos. Mas os armadores já informaram que o problema pode voltar a ocorrer até o fim do ano. A empresa importa entre 40 mil e 45 mil metros quadrados por mês de carpetes dos EUA e o aumento da procura provocou reajuste no frete, que, desde março, subiu entre 25% e 30%. Outra empresa que enfrentou o problema foi a importadora Porto a Porto, que há dois meses sofreu com o overbooking na importação da França, conta Patrícia Almeida, gerente de comércio exterior. Uma carga de 10 contêineres de vinhos e chocolates – a média de importação é de 30 contêineres por mês – encomendada para ao Natal, teve que esperar de três a quatro semanas.Para os armadores, além do crescimento da demanda, o problema no Brasil é mais grave do que em outras partes do mundo, por conta dos gargalos de infra-estrutura portuária e das greves seqüenciais, que elevaram o tempo de espera de navios e provocaram cancelamento de escalas. A Hamburg Süd cancelou, de janeiro a agosto desse ano, 150 escalas na costa leste da América do Sul. Segundo o gerente regional para o Paraná e Santa Catarina, Wilson Roque, os navios da empresa já tiveram que aguardar, nesse ano, 8 mil horas nos portos para iniciar operações, em função de problemas de calado, clima (com formação de nevoeiro) e greves. “Para seguir a programação e evitar atrasos, muitos navios optam por seguir para outros portos, o que gera um efeito em cadeia. A carga que ia embarcar fica no porto e o produto importado, fica no navio. Quando essa embarcação chegar ao outro porto, terá menos espaço e não vai conseguir atender a demanda.”

Caixa anuncia 1º investimento do FI-FGTS em ferrovia
A CEF - Caixa Econômica Federal - anunciou na sexta-feira, dia 5/9, o primeiro investimento realizado pelo FI-FGTS - Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço -, que será feito em um projeto de expansão da malha ferroviária. De acordo com informações da assessoria da CEF - administradora e gestora do fundo que utiliza recursos do FGTS para investir em infra-estrutura -, serão aplicados R$ 500 milhões do FI na compra de debêntures (títulos de dívida), que serão emitidas por uma empresa privada que comanda projeto de expansão da malha ferroviária. A Caixa afirma que o dinheiro proporcionará "o aumento da eficiência operacional, redução de acidentes e aquisição de novos vagões e locomotivas" para suporte ao aumento do volume transportado de carga.O FI-FGTS foi criado no âmbito das ações do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento -, por meio de medida provisória que virou lei em junho de 2007. A primeira parcela de recursos do FGTS para o FI soma R$ 5 bilhões, mas o total poderá chegar a R$ 17 bilhões. O dinheiro sairá do patrimônio líquido do FGTS.Um comitê financeiro com representantes do governo, empresários e trabalhadores - como no âmbito do Conselho Curador do FGTS -, define os projetos que poderão receber investimentos do FI. Entre os vários projetos de obras, ainda em estudo pelo comitê como possíveis investimentos do fundo, estão os projetos de construção das usinas hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. (Agência Estado)

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ANÁLISE SETORIAL

Um mercado tímido, mas prestes a decolar
Dá para contar nos dedos os helicópteros particulares no Paraná – quem trabalha na área diz que não passam de dez os empresários que optaram pela engenhoca para se locomoverem. Em Curitiba, ver um deles cruzando os ares ainda é um acontecimento, e há até quem acene para os tripulantes. Há cerca de 40 aeronaves no estado – um décimo do número de São Paulo, que tem a segunda maior concentração de helicópteros do mundo e onde já há, inclusive, movimento popular para regulamentar o tráfego dos barulhentos. O mercado ainda tímido do Paraná, no entanto, atrai as empresas do setor que procuram oportunidades de crescimento, e que prometem: o número de aeronaves vai aumentar em breve.“O Paraná tem um potencial muito grande”, comenta a gerente comercial regional da Helibras, Patrícia Lima. Única fabricante de helicópteros da América Latina, a empresa mineira tem desde janeiro um representante em Curitiba, que atende as regiões Sul e Centro-Oeste do país. “Essas regiões podem não ter a maior frota, mas estão descobrindo o uso do helicóptero.” Segundo ela, nos últimos três anos o número de clientes no estado dobrou.Também está no Paraná uma das maiores empresas de táxi aéreo do país, a Helisul. A empresa, que trabalha apenas com helicópteros e tem 25 aeronaves, começou sobrevoando as Cataratas do Iguaçu, com um modesto Bell 47 para dois passageiros. Hoje, em vôos panorâmicos, a atração só perde para o Grand Canyon e o Havaí – além de Foz, os helicópteros da Helisul sobrevoam também o Rio de Janeiro, onde a empresa mantém o único heliponto do Pão de Açúcar. “Eu ia sentadinha ali na frente, perto dos pés do meu pai”, lembra Raphaela Biesuz, filha do proprietário da empresa e atual diretora-administrativa.Recentemente, a Helisul, que também faz serviços aéreos especializados, como combate a incêndios, filmagens, transporte e aerolevantamentos, comprou o seu terceiro hangar no Aeroporto do Bacacheri, destinado à oficina – outra de suas atividades. Desde o início do ano, a principal base de manutenção da empresa foi transferida de Foz do Iguaçu para Curitiba. “Curitiba já tem uma malha aérea grande. Isso facilita muito a importação de peças, e também o tráfego de pessoas e técnicos”, explica Raphaela.Na Helisul, a maioria dos serviços e contratos ainda está fora do Paraná. Por aqui, o foco são as atividades de manutenção e os vôos panorâmicos sobre as Cataratas. Em outros estados, como São Paulo e Rio de Janeiro, o helicóptero já é ferramenta de trabalho. “Para empresários, para quem tempo é dinheiro, o helicóptero tem uma utilidade muito grande. Ele escapa do trânsito, sem contar o aspecto da segurança”, diz o piloto Octávio Teixeira de Souza Neto, que há três anos opera um helicóptero particular no Paraná. Raphaela lembra que, para algumas atividades, o helicóptero é fundamental – e em qualquer estado. “No Amazonas, por exemplo, não tem outro jeito de chegar a não ser por helicóptero. Para fazer uma exploração geológica, ele também é excelente, porque pode parar, se aproximar da área e até pousar. O avião passa reto.”Ainda que não sofram com o trânsito das grandes cidades, alguns (poucos) empresários do Paraná,já desembolsaram alguns milhões para investir em um helicóptero. “Na Região Sul, há uma concentração muito grande de empresas com bases em diferentes cidades. O deslocamento entre elas fica mais rápido”, explica Patrícia Lima, da Helibras. “Há também uma carência de aeroportos no interior, o que dificulta o uso de aviões ou jatos particulares.”Foram essas facilidades que chamaram a atenção de um empresário paranaense, proprietário de um dos helicópteros que sobrevoam regularmente a capital. Dono de fazendas no interior do Paraná e de Mato Grosso do Sul, e sócio de empresas baseadas em várias cidades, ele comprou há dois anos, um Esquilo B3, o campeão de vendas da Helibras, avaliado em US$ 3 milhões (cerca de R$ 5 milhões). “Com o jato executivo que eu tinha, para ir a uma fazenda, era preciso descer num aeroporto e andar mais 90, 120 quilômetros de carro. Para ir a São Paulo, tinha que avisar Congonhas, com 24 horas de antecedência, para ter onde aterrissar.”Segundo ele, o custo do jato chegava a ser três vezes maior, por conta dos gastos com tripulação, taxas para aterrissagem e decolagem e sistemas de vigilância por radar. Para o empresário, o número de executivos paranaenses com helicóptero deve aumentar em breve – em função não só das facilidades da aeronave, mas também das condições, cada vez piores, do trânsito nas grandes cidades e das estradas do interior. “Empresários amigos já estão na fila para comprar.” (Gazeta do Povo/PR)


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MERCADO DE LUXO

Quer saber das horas como James Bond?
Velocidade, conforto e design são os atributos de decisão que seduzem os consumidores de carros esportivos. No entanto, há um modelo especial que nenhum desses atributos são lá tão importantes... o que é levado em conta é o relógio. Sim, o relógio, a colunista não está maluca, não. O Aston Martin DBS, avaliado em US$ 260 mil, tem feito sucesso por causa do brinde que dá. Quem compra o carrão leva um relógio produzido pela suíça Jaeger-LeCoultre. O modelo de pulso foi batizado de AMVOX2 DBS e possui um transponder que permite abrir e fechar o veículo, exatamente como o lendário agente secreto James Bond. Preço do relógio se for comprado em separado: US$ 38 mil. Os interessados podem conhecer o famoso relógio, acessando www.jaeger-le-coultre.com.

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