E-Press.biz Economia & Mercado | Edição 055

Kátya Desessards
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NOTÍCIAS

Consumo de álcool crescerá 50% e atingirá 25 bilhões de litros até 2011
A demanda interna de álcool deve saltar de 16,47 bilhões de litros (2007) para 24,78 bilhões de litros em 2011, com um incremento de 50,46%, segundo estudo divulgado, nessa quinta-feira, pela Conab - Companhia Nacional de Abastecimento. De acordo com a pesquisa, as exportações também seguem em ritmo de crescimento. Até o final de 2008, serão enviados a outros países 4,17 bilhões de litros do combustível, ou 18,21% a mais que os 3,53 bilhões de litros de 2007. Já em 2011, as exportações devem chegar a 6,10 bilhões de litros, um aumento de 72,85% sobre o resultado do ano passado. Segundo a análise, essa mudança reflete a opção de indústrias, produtores, governo e consumidores por uma matriz energética limpa. "Após quatro safras positivas, a frota de veículos em circulação no país, movidos exclusivamente à gasolina, caiu de 45% para 8%", informou o analista Ângelo Bressan, responsável pela pesquisa "O etanol como um novo combustível universal."

Produção industrial cresce em 10 dos 14 locais pesquisados
A produção da indústria brasileira apresentou expansão em dez dos 14 locais pesquisados pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - em julho, na comparação com o mês anterior. De acordo com dados divulgados hoje, dia 4/9, o estado de Goiás apresentou o crescimento mais expressivo (3,1%). Segundo o levantamento, também houve elevação acima da média nacional - 1% no PA (2,3%), no AM (2,3%), em SC, no PR e no ES (todos com 2,1%), em MG (1,8%) e na BH (1,5%). Já nos estados do RJ (0,6%) e de SP (0,3%) a elevação ficou abaixo da média do país. Por outro lado, registraram queda em sua atividade as indústrias de PE (-3,2%), do CE (-1,4%), do RS (-1,1%) e da Região Nordeste (-1%). Ainda, de acordo com a pesquisa do IBGE, em relação ao mesmo período do ano passado, houve elevação da produção em 13 dos 14 locais observados. O levantamento do instituto destaca que o mês de julho desse ano, contou com um dia útil a mais do que em 2007. As expansões mais intensas, que ficaram no mesmo patamar ou acima da média nacional (8,5%), foram verificadas em GO (17,6%), puxadas pelo desempenho da indústria de alimentos e bebida (18,6%); no PR (15,1%), no ES (14,3%), em SP (10,9%), no PA e em MG (ambos com 8,6%) e ainda no AM (8,5%). Os estados do CE (6,3%), do RS (6,2%), do RJ (5,4%), de SC (3,6%), de PE (1,7%) e da BH (0,5%), apresentaram incremento da atividade industrial, mas abaixo da média do país. O único local em que houve queda foi a região Nordeste (-0,3%), influenciada pela queda em refino de petróleo e produção de álcool (-14,2%), produtos químicos (-2,5%) e têxtil (-5,6%), puxado pela diminuição na produção de tecidos de algodão e de malha. No indicador acumulado do ano, todos os locais registraram índices positivos. Os destaques, segundo o IBGE, foram ES (15,8%), GO (12,8%), PR (11,8%), e SP (10,0%), que apresentaram expansões significativas, principalmente nos setores de produção de máquinas e equipamentos (que representam os investimentos), exportadores de commodities, especialmente metálicas, da indústria automobilística (caminhões, automóveis e suas peças), da agroindústria (principalmente do Centro-Oeste) e da cadeia de construção. (Agência Brasil)

BNDES desembolsa quase R$ 80 bilhões em 12 meses
Os desembolsos do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - somaram R$ 79,11 bilhões nos 12 meses encerrados em julho. O número representa um incremento de 30% sobre os recursos liberados entre agosto de 2006 a julho de 2007. A maior parte dos desembolsos foram direcionados para o setor de infra-estrutura (41%) e indústria (38%), seguido pelo setor de comércio e serviços (14%). Em valores financeiros, os recursos liberadores para infra-estrutura atingiram R$ 32,60 bilhões nos 12 meses, o que representa um crescimento de 74%, puxado principalmente pelos investimentos na área de transporte terrestre e energia elétrica. Para o setor industrial, o BNDES registrou um decréscimo de 1% no total desembolsado, comparando com os recursos liberados entre agosto de 2006 e julho de 2007. O banco estatal ressaltou que o desempenho foi afetado pelo setor de exportações, que perdeu força nesse ano. Descontando as operações para o setor de comércio externo, o montante liberado cresceu 20,2%.

Venda de máquinas agrícolas cresce 0,7% em agosto
As vendas internas de máquinas agrícolas no atacado somaram 5,4 mil unidades em agosto de 2008, o que representa um crescimento de 0,7% em relação a julho e de 31,7% sobre o mesmo mês de 2007. Os dados foram divulgados há pouco pela Anfavea -Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. No acumulado dos primeiros oito meses do ano, foram comercializados 35,5 mil unidades, um crescimento de 47,8% sobre igual intervalo do ano passado.

Estudo mostra impacto econômico de Jogos Olímpicos em cidades-sede
Os Jogos Olímpicos ajudam a aquecer as economias dos países que o sediam. Isso é o que mostra texto divulgado no dia 3/9, pelo Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada -, sobre o impacto das Olimpíadas nas cidades-sedes, regiões e países. O estudo aponta que o turismo é um dos fatores que mais crescem nos países que recebem os Jogos Olímpicos. Para realizar o estudo, os pesquisadores do instituto basearam-se em números das Olimpíadas de Barcelona (1992), Sidney (2000) e Pequim (2008). Um dos pontos mostrados no documento explica que, Jogos Olímpicos são estimuladores de turismo, como foi o caso da Austrália. De acordo com fontes oficiais, 45% de turistas norte-americanos afirmaram que estavam dispostos a conhecer Sidney, logo após a cidade ter sido anunciada como sede dos jogos de 2000. Já em Pequim, as Olimpíadas foram apenas o começo de uma nova política de meio ambiente e infra-estrutura, que perdurará até 2015. Estima-se que os investimentos, até essa data, sejam em torno de US$ 1,1 bilhão. Para os chineses, os Jogos Olímpicos também serviram para mostrar ao mundo do que a China é capaz de oferecer, impulsionando o crescimento da economia nos próximos anos. O estudo do Ipea revelou ainda, que os Jogos Olímpicos tiveram um impacto positivo sobre a taxa de desemprego em Barcelona, cidade-sede do evento em 1992. No período compreendido entre outubro de 1986 a julho de 1992, a taxa, que vinha crescendo, caiu de 18,4% para 9,6% (contra 15,5% no resto da Espanha). Os especialistas do instituto alertam, porém, que as discussões sobre o tema devem ser consideradas antes de candidatar uma cidade para ser sede das Olimpíadas, como é o caso do Rio de Janeiro, que tenta sediar as competições de 2016. De acordo com o texto do Ipea, é necessário observar desde a relação custo-benefício de organizar um evento de porte internacional, até calcular se os investimentos atenderão critérios democráticos e sociais.

Produção de veículos perde força, mas ainda supera 2007
A produção de veículos começou a desacelerar em agosto na comparação com os primeiros meses do ano, como previa a indústria, mas registrou novo recorde nos primeiros oito meses do ano, segundo dados da Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. As vendas também perderam a força. As exportações tiveram crescimento. Foram fabricados 314,7 mil veículos em agosto, alta de 12,6% na comparação com o mesmo período de 2007, e queda de 1% em relação a julho desse ano. No acumulado do ano, a produção alcançou 2,32 milhões de unidades, alta de 20,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. As vendas no mercado doméstico foram de 244,8 mil em agosto, alta de 4% em relação ao mesmo período do ano passado, e queda de 15,1% em relação a julho desse ano. Nos oito primeiros meses do ano, os licenciamentos alcançaram 1,94 milhão de unidades, aumento de 26,4% na comparação com o mesmo intervalo de 2007, que já havia sido recorde. A Anfavea já havia previsto que a alta dos juros, o atendimento de demanda reprimida, além da forte base de comparação, poderiam inibir o mercado nesse segundo semestre. Os postos de trabalho nas montadoras totalizaram 130.445 vagas no mês passado. Apenas em agosto foram criados 1.083 postos de trabalho. Já as exportações registraram, em agosto, embarques de US$ 1,327 bilhão, alta de 7,6% na comparação com julho e de 6,8% em relação a agosto de 2007. No acumulado do ano, as exportações somaram US$ 9,444 bilhões, alta de 9,1% na comparação com o mesmo intervalo de 2007. Em unidades, no entanto, a Anfavea registrou queda das vendas externas de 3,3% no acumulado do ano, de 529.609 para 512.007 unidades. O declínio é compensado pelo ajuste de preço e pela venda de veículos de maior valor agregado.

Sony faz recall de 73 mil notebooks Vaio e Brasil é afetado
A companhia de tecnologia Sony e o CPSC - Comissão de Segurança de Produtos do Consumidor - dos EUA anunciaram, nessa quinta-feira, dia 4/9, o recall de 73 mil notebooks da linha Vaio (o Brasil é um dos países afetados). De acordo com a agência federal responsável pela certificação de produtos comercializados no país, os computadores sofrem superaquecimento e podem ter curto-circuitos. A companhia recebeu 15 relatos de aquecimento excessivo da máquina. Um consumidor chegou a sofrer queimaduras leves. Os modelos afetados são Vaio VGN-TZ100, VGN-TZ200, VGN-TZ300 e VGN-TZ2000. "Apesar de uma quantidade ínfima de exemplares terem sido afetados, a Sony Brasil Ltda., acompanhando as diretrizes mundiais de respeito ao público consumidor e mantendo os padrões de excelência da empresa, desde logo se prontifica a realizar a inspeção e eventual reparo dos componentes internos em todos os modelos da série VAIO TZ", informa a Sony em um comunicado. A empresa informa que o problema pode ocorrer na entrada do cabo de energia externa, ao redor do monitor de LCD ou da área da câmera integrada. Se houver superaquecimento, as partes de plástico do notebook derretem. Os compradores dos laptops Vaio devem entrar em contato com a Sony para saber se devem passar pelo recall, de acordo com a comissão norte-americana. O Brasil está entre os países afetados. A Sony disponibiliza o telefone 0800 880 7788 e o site
www.sony.com.br, para mais esclarecimentos.

Salton investe na elaboração de espumantes

Os investimentos da Salton, de Bento Gonçalves, na região serrana gaúcha, para ampliar o volume da elaboração de espumantes nesse ano, ganharam mais um aliado no último mês. A vinícola adquiriu quatro novas autoclaves – tanques onde acontece a fermentação do produto –, com capacidade total de 256 mil litros. Maior produtora de espumantes do Brasil e líder na sua comercialização há quatro anos consecutivos, a Salton começou 2008 com a prazerosa responsabilidade de ampliar a oferta do produto para atender à demanda, já que em 2007, rótulos como o Salton Brut Poética e o Salton Moscatel tiverem os estoques zerados ainda no início de dezembro. Para esse ano, a empresa trabalha com um acréscimo de 800 mil garrafas de espumantes finos, em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2007, quando foram comercializados 3,6 milhões de garrafas de espumantes, o incremento foi de 500 mil garrafas. Do Salton Brut Poética, que superou todas as expectativas com a comercialização de 63 mil garrafas em 2007, serão colocadas no mercado 144 mil garrafas. O Salton Moscatel terá seu volume quase duplicado, passando das 378 mil garrafas no ano passado para 600 mil garrafas.

Safra de cana-de-açúcar baterá novo recorde em 2008

A safra de cana-de-açúcar baterá um novo recorde em 2008. A indústria vai esmagar 558 milhões 720 mil toneladas de cana. A informação foi divulgada ontem, pela Companhia Nacional de Abastecimento. O volume é 11,4% superior ao processado no ano passado, quando a quantidade contabilizada foi de 501 milhões 540 mil toneladas. Do volume a ser colhido, 317 milhões 820 mil toneladas serão destinadas à fabricação de etanol, o que significa 17,29% a mais que em 2007. Já a produção de açúcar vai consumir 240 milhões 890 mil toneladas de cana, um crescimento de 4,4%.

Receita vai liberar consulta ao quarto lote do IR 2008

A Receita Federal confirmou para a próxima segunda-feira, dia 8/9, a consulta ao quarto lote da restituição do Imposto de Renda Pessoa Física 2008. O número de beneficiados e os valores a serem pagos ainda não estão fechados. O dinheiro estará disponível no dia 15 de setembro. A consulta poderá ser feita no site da receita: www.receita.fazenda.gov.br, ou pelo telefone 146.

Para ONU, países emergentes vão crescer quatro vezes mais que ricos

Um relatório da Unctad, o órgão das Nações Unidas para o Desenvolvimento, prevê que os países emergentes vão crescer esse ano, quatro vezes mais que os ricos. Segundo o Relatório de Comércio e Desenvolvimento, divulgado nessa quinta-feira, as nações em desenvolvimento devem crescer 6,4% em 2008. O número é um contraste com a taxa de 1,6% prevista para os países desenvolvidos, abalados pela crise financeira e o desaquecimento econômico global. É o maior descompasso registrado entre o ritmo de crescimento dos dois grupos de países em 15 anos. Para o Brasil, a entidade espera crescimento de 4,8% esse ano, um pouco acima da média projetada para América Latina, de 4,6%.

Lojas Renner compra a Leader por R$ 670 milhões

A Lojas Renner anunciou, nessa quinta-feira, dia 4/9, a aquisição da concorrente Lojas Leader e de metade do braço financeiro da empresa, a Leader Crédito, por R$ 670 milhões. Parte do pagamento (R$ 230 milhões) será pago parceladamente ao longo de cinco anos, e o restante no fechamento da operação. A Lojas Leader possui 39 unidades nos Estados do RJ, ES, MG, PE, SE e AL. Seu foco de atuação é o comércio varejista de moda feminina, masculina e infantil, utilidades para o lar, cama, mesa e banho, brinquedos, lingerie, calçados e acessórios. "A operação representa mais um passo importante na consolidação dos negócios da Companhia no setor de varejo no Brasil, estando alinhada à sua estratégia de crescimento e de criação de valor para os seus acionistas", disse a Renner em comunicado ao mercado. Com a aquisição, a Renner tem duas ambições: chegar mais perto da líder do segmento, a C&A, e buscar clientes em classes mais baixas do que a que atualmente trabalha, o que é o foco da Leader. Sobre a Leader Crédito, foi firmado com o Bradesco (dono da outra metade da empresa) um contrato de opção de compra e venda, onde ambas as partes possuem uma opção firme para adquirir a parte do outro. Os acordos ainda terão que ser ratificados pelos acionistas da Renner, o que ocorrerá em meados de outubro. (Folha Online)

Luizaseg lucra R$ 3,7 milhões no semestre
A Luizaseg, joint-venture entre a rede de eletroeletrônicos Magazine Luiza e a seguradora Cardif, somou R$ 45 milhões em prêmios no primeiro semestre do ano, um crescimento de 50% em relação ao mesmo período de 2007. O lucro da companhia nos primeiros seis meses do ano foi de R$ 3,7 milhões. O seguro de garantia estendida passou a sortear prêmios mensais no valor de R$ 5 mil e impulsionou os negócios da companhia: o Magazine Luiza bateu a marca dos 850 mil contratos de garantia estendida comercializados no período.

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BASTIDOR

- 40 novas usinas até 2010. Brasil vai abrir 40 novas usinas de biocombustível até 2010, informou o Ministério da Agricultura. Segundo a Unica - Associação da Indústria Açucareira - vão ser investidos US$ 33 milhões na expansão até 2012.

- Pfizer teria comprado a Intervet Schering-Plough. A notícia, não oficial, já corre entre o mercado farmacêutico e acende a curiosidade do setor. Informações não oficiais dão conta de que a Pfizer teria comprado a Intervet Schering-Plough. Ainda não se sabe se a compra já estaria oficializada e nem quais divisões da Intervet Schering-Plough estariam envolvidas no negócio. Fontes seguras dos sites, Avicultura Industrial e Suinocultura Industrial, alertaram que um comunicado oficial da Pfizer, sobre essa aquisição, deverá ser divulgado em breve para a imprensa.

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MERCADOS: Ações, Mercadorias & Futuro

HOJE - O dólar comercial abriu em alta de 0,76%, a R$ 1,732, no mercado interbancário de câmbio. Ontem, a moeda americana fechou em alta pela sexta vez consecutiva a R$ 1,719 (+ 2,44%). Às 10h08, o dólar à vista era cotado a R$ 1,73 (+0,82%), na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), após abertura em alta de 0,93%, a R$ 1,732.


HOJE - A Bovespa abriu hoje em queda, após a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll) de agosto, cujo resultado foi pior do que o esperado e enterrou qualquer esperança de reação do mercado brasileiro de ações hoje. Ontem, a Bovespa atingiu o seu menor nível desde 21 de agosto de 2007. Às 10h11 (de Brasília), o Ibovespa caía 1,63%, a 50.571 pontos, na mínima do dia até o momento.

Ontem - Ibovespa fecha no menor nível em mais de 1 ano
Uma safra de indicadores econômicos ruins na Europa e nos Estados Unidos promoveu uma onda de aversão a risco que conduziu o índice Bovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, ao menor nível de pontuação em mais de um ano e a encerrar essa quinta-feira, na terceira maior queda porcentual de 2008. O Ibovespa terminou o dia de ontem, 4/9, em baixa de 3,96% - perdendo apenas para a queda de 6,6% de 21 de janeiro e de 5,01% de 19 de março - aos 51.408,5 pontos, menor pontuação desde os 49.815,1 pontos de 21 de agosto do ano passado. Com o desempenho de ontem, nas quatro sessões de setembro, o Ibovespa acumulou perdas de 7,67% e, no ano, o resultado negativo está em 19,53%. O índice oscilou entre a mínima de 51.157 pontos (-4,43%) e a máxima de 53.749 pontos (+0,42%). O volume financeiro totalizou R$ 5,217 bilhões (preliminar).

E nada indica que hoje o dia será melhor na Bolsa brasileira. Grande parte do mau humor de ontem, decorreu de dados que mostraram enfraquecimento do mercado de trabalho norte-americano e, nessa sexta-feira, sai o principal indicador desse segmento, o payroll, com expectativas nada favoráveis. Segundo analistas, não é impossível o Ibovespa romper os 50 mil pontos. Mas isso ainda não serve de justificativa para revisões nas previsões de 2008: eles ainda prevêem fechamento de 65 mil a 75 mil pontos. Ontem, as notícias ruins vieram da Europa, com a revisão em baixa do PIB da zona do euro e dados de enfraquecimento da demanda doméstica na Alemanha.

Nos Estados Unidos, o número de pedidos de auxílio-desemprego subiu 15 mil na última semana, ante expectativa de que cairia 5 mil.

Em Wall Street, o índice Dow Jones recuou 2,99%, aos 11.188,2 pontos, o S&P terminou em queda de 2,99%, aos 1.236,82 pontos, e o Nasdaq recuou 3,20%, para 2.259,04 pontos. O sinal de enfraquecimento da atividade econômica levou os investidores a se desfazerem de ativos de risco, o que responde pela fuga de estrangeiros vista ontem na Bovespa. As ações relacionadas a commodities (matérias-primas) caíram e reforçaram as vendas em Vale e Petrobras, que caíram mais de 3%.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato com vencimento em outubro do petróleo terminou em US$ 107,89 (queda de 1,34%). Petrobras ON perdeu 3,67%, PN, -3,53%, Vale ON, -3,03%, e PNA, -3,11%. Apenas seis ações do Ibovespa não caíram e as maiores altas foram Comgás PNA, +1,59%, e CCR ON (+0,71%).

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ÍNDICES ECONÔMICOS

Dólar se valorizou mais frente ao euro
O dólar registrou o maior valor ante o euro nesse ano, após a divulgação de resultados melhores do que a expectativa do mercado, em um relatório sobre o setor de serviços nos EUA. O rebaixamento nas projeções do Banco Central Europeu, para o crescimento do PIB na zona do euro, também deram impulso à moeda americana. Recentemente o euro atingiu mínima para o ano de US$ 1,4316, ante US$1,4365 anteriormente.

Preços para população de baixa renda têm deflação de 0,32% em agosto
O IPC-C1 - O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 -, calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos mensais, registrou deflação de 0,32% em agosto, contra altas de 0,61% em julho e 1,29% em junho. Foi o menor resultado desde junho de 2006, quando o índice registrou queda de 0,57%. Os dados foram divulgados ontem pela FGV. O índice acumulado em 12 meses até agosto ficou em 8,45%, primeiro recuo após cinco meses de aceleração. A taxa mensal divulgada hoje veio abaixo da apurada para o IPC-BR; já as taxas acumuladas para o ano e nos últimos 12 meses, superaram o indicador. A maior contribuição para o recuo do IPC-C1 veio do grupo Alimentação: a taxa em 12 meses dessa classe de despesa, passou de 18,85% para 15,85%. Os itens que mais contribuíram para esse movimento foram: arroz e feijão (80,21% para 68,12%), hortaliças e legumes (26,92% para 12,71%), laticínios (-2,29% para -9,91%) e carnes bovinas (45,01% para 40,36%). Os grupos, Vestuário (5,25% para 4,69%) e Saúde e Cuidados Pessoais (4,77% para 4,61%), também apresentaram recuos em suas taxas acumuladas em 12 meses, com destaque para roupas (4,69% para 4,22%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (5,02% para 4,36%). Já os grupos, Habitação (3,34% para 3,69%), Educação, Leitura e Recreação (4,36% para 4,85%), Transportes (2,53% para 2,56%) e Despesas Diversas (4,36% para 5,55%) tiveram alta, com destaque para tarifa de telefone fixo residencial (2,16% para 3,50%), curso de educação infantil (7,80% para 9,49%), tarifa de ônibus interurbano (3,63% para 4,55%) e cigarros (5,33% para 6,29%).

Reposição da inflação nos salários é a menor em três anos
A reposição da inflação nos salários é a menor em 3 anos, segundo pesquisa divulgada pelo Dieese. Das "trezentas e nove" negociações registradas no primeiro semestre, 86% conseguiram assegurar a recomposição da inflação medida pelo INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor. O percentual fica abaixo dos índices de 2006 e 2007, para o período. Ainda de acordo com o levantamento, 74% das negociações firmadas entre janeiro e junho, tiveram aumento real de salário, ou seja, com o índice superando a inflação. O resultado também é o menor, desde 2006.

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EXPOINTER 2008

Vendas somam R$ 136,5 milhões até hoje na Expointer
Os negócios realizados na 31ª Expointer - Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários - somam R$ 136,5 milhões até ontem, de acordo com balanço parcial. A feira começou no dia 30 de agosto e terminará no domingo, 7/9. Na edição anterior, as vendas somaram R$ 131,1 milhões. A comercialização de animais atingiu R$ 9,321 milhões até o final da tarde de ontem. No ano passado, as vendas movimentaram R$ 9,65 milhões. Os negócios com máquinas e implementos agrícolas somam R$ 126,5 milhões. Embora a feira tenha sido aberta ao público no dia 30/8, a inauguração oficial da Expointer - como é tradição - será feita amanhã, às 14h. (AE)

Genética animal da Embrapa é destaque na Expointer
Os animais apresentam características geneticamente superiores, obtidas com o desenvolvimento de tecnologias que melhoram os aspectos sanitários, reprodutivos e nutricionais. O melhoramento genético agrega valor ao plantel das propriedades rurais do Sul do Brasil. Búfalos, ovelhas e suínos da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária -, vinculada ao MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -, estão sendo expostos na Expointer 2008. Nessa edição da feira, a Embrapa Clima Temperado, conquistou quatro prêmios no certame de animais bubalinos, da raça Murrah: Fêmea Grande Campeã, Fêmea Reservada de Grande Campeã, Macho Reservado de Grande Campeão e Teste de Progene, em que concorrem quatro animais de um mesmo pai. Essa premiação corresponde a 80% do total de prêmios destinados a categoria de bubalinos Murrah, um recorde de premiação para a empresa. Segundo a pesquisadora, Maria Cecília Florisbal Damé, a premiação reforça a qualidade do trabalho de melhoramento genético que a Embrapa vem realizando com os bubalinos, através da técnica de inseminação artificial. "É extremamente gratificante conquistar essa premiação, pois estamos trabalhando, há mais de 20 anos, com o objetivo de obter animais geneticamente superiores e selecionados para a produção de carne", lembra.As ovelhas Booroola, pesquisadas pela Embrapa Pecuária Sul, também estão em exposição na Expointer, ao lado da Casa da Tecnologia. Essa linhagem apresenta alta prolificidade, em função de uma alteração genética que ocorreu naturalmente no gene do receptor para proteínas morfogenéticas. Conforme o pesquisador da Embrapa, Carlos Hoff de Souza, o gene Booroola oferece uma nova opção ao produtor comercial para um nível elevado de prolificidade e ainda, reter outras características desejáveis da raça do seu rebanho original. "O uso das Booroolas nos rebanhos, pode aumentar a média de produção atual do Estado que é de 70 cordeiros desmamados, produzidos por 100 ovelhas paridas, para 100 cordeiros de 70 ovelhas usando a mesma área pastoril", explica o especialista em ovinos. A tecnologia consiste na introdução do gene Booroola nas raças Corriedale e Texel. A Embrapa Suínos e Aves trouxe exemplares da linhagem de reprodutores MS 115, uma nova geração de suíno light que já está à disposição dos produtores e que foi lançada esse ano, em parceria com a Aurora. De acordo com o pesquisador, Marcelo Miele, a nova linhagem MS 115 vai proporcionar um ganho de R$ 11,3 milhões à suinocultura brasileira, somente em 2008. Os animais podem ser visitados no pavilhão de suínos. As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa Clima Temperado.

BRDE apresenta ganhos em projetos de irrigação e armazenagem
Apresentação do Banco foi promovida no dia 3/9, na Expointer. Em Maçarambá, na fronteira oeste do estado, projetos de irrigação, armazenagem e diversificação de culturas levaram a Agropecuária Sobradinho, a multiplicar a produção e aumentar o faturamento de menos de R$ 2 milhões, em 2002, para quase R$ 12 milhões nesse ano. Os resultados foram apresentados pela proprietária Gisele Wenning, em palestra promovida pelo BRDE - Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul –, na Expointer.Fundada em 1990, a Sobradinho está localizada a 600 km de Porto Alegre. “A armazenagem era um problema. Tínhamos que pagar frete para chegar até as empresas compradoras”, contou. Com financiamento do BRDE, a Sobradinho construiu quatro silos de armazenagem, com capacidade para estocar 27 mil toneladas de cereais. A propriedade também investiu na correção e reparação de solo, na pecuária e na ovinocultura, e começou a plantar cana, aveia e florestas, diversificando a matriz de receita.Em 2007, após enfrentar perdas com a seca nos anos anteriores, a Sobradinho decidiu investir na irrigação. A propriedade, de 12 mil hectares, não tem rios ou sangas, e dependia da chuva para produzir. Foi preciso construir barragens e implantar pivôs de irrigação, também financiados pelo BRDE, resultando numa área irrigada de 651 hectares. “A produção nas áreas irrigadas é muito superior”, garantiu a proprietária, que decidiu então, investir em um grande projeto de irrigação, com conclusão prevista para 2018. “É o maior projeto de irrigação do Estado. Serão 3 mil hectares irrigados, o que triplicará a produção”, adiantou Gisele. O número de pessoas empregadas também deverá subir. “Nossa região está se tornando uma das mais produtivas do Rio Grande do Sul”, destacou.Com R$ 10,98 milhões aplicados em dois anos, a região de Santiago, começa a sentir os resultados do crescimento. “O investimento está gerando riqueza para a cidade, e a produtividade vai aumentar. Já podemos sentir os reflexos no comércio”, afirmou a engenheira agrícola Ana Carla Gomes, em apresentação sobre o desenvolvimento da região de Santiago, a partir dos financiamentos concedidos pelo BRDE. “Pessoas que não tinham como crescer sozinhas estão conseguindo investir”, garantiu a engenheira. Arroz - Dono de 60% da produção brasileira de arroz, o Rio Grande do Sul tem potencial para ser um grande exportador, aposta o analista de mercado do Irga - Instituto Rio Grandense do Arroz -, Camilo de Oliveira, em palestra sobre armazenagem e perspectivas para o mercado de arroz. Segundo o analista, a produtividade no estado pode aumentar bastante com o investimento de técnicas de manejo. ”O arroz responde muito bem à tecnologia”, afirmou.Para Oliveira, a exportação é a saída para manter o preço pago pelo arroz, que teve valorização de 124% entre junho de 2007 e junho de 2008, influenciado pelo aumento da demanda por alimentos. Segundo ele, em 2005, 91,9% das exportações brasileiras eram de arroz quebrado, vendido a países pobres da África, como o Senegal. Hoje, a maioria exportada (64,2%) é de arroz de alta qualidade, e o arroz quebrado representa somente 31,6%. Outra arma para conseguir melhores preços é a armazenagem - entre as vantagens de poder estocar o produto, o analista destaca a maior autonomia de compra e venda, o custo menor de frete pós-safra, a possibilidade de negociar a produção com os compradores e o acesso a mecanismos de comercialização do governo. De março a julho desse ano, o Brasil exportou 275,8 mil toneladas do cereal, gerando faturamento de US$ 102,3 milhões. As informações são de assessoria de imprensa.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Exportações do agronegócio batem novos recordes em 2008
A balança comercial do agronegócio registrou dois recordes para o mês de agosto. As exportações atingiram 6 bilhões e 800 milhões de dólares, o que corresponde a um crescimento de 15,7% em relação a agosto de 2007. O superávit alcançou a cifra de 5 bilhões e 700 milhões de dólares. Os setores que mais contribuíram para o bom resultado mensal foram o complexo soja, carnes, sucroalcooleiro e café. A China vem se consolidando na primeira posição entre os destinos das exportações brasileiras, com um crescimento de 97,3%.

Governo deve elevar meta de exportação para US$ 200 bilhões
O governo prepara a revisão da meta de exportações desse ano para um valor próximo ou superior a US$ 200 bilhões, informou ontem, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. O anúncio deve ocorrer em duas semanas e vai marcar a segunda ampliação de meta, que esse ano já havia subido de US$ 180 bilhões para US$ 190 bilhões. O ministro revelou ainda, que na semana que vem deve anunciar, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a regulamentação do programa Drawback Verde Amarelo. Por esse programa não é necessário pagar Imposto sobre IPI - Produtos Industrializados -, nem Finsocial sobre o insumo comprado no Brasil para um produto que será exportado. O Drawback Verde e Amarelo já tinha sido anunciado no lançamento da PDP - Política de Desenvolvimento Produtivo -, mas não estava funcionando bem e, por isso, o governo o está regulamentando. No Fórum Especial promovido, ontem, pelo ex-ministro do Planejamento, João Paulo dos Reis Velloso, o ministro ouviu alertas da Funcex - Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex) e da AEB - Associação de Comércio Exterior do Brasil -, sobre a trajetória de déficits em transações correntes - formado pelo total das contas da balança comercial, de serviços e rendas e transferências unilaterais. Miguel Jorge defendeu que é "precipitado falar em volta da vulnerabilidade externa, embora em hipótese alguma essa questão deva ser negligenciada". O presidente da AEB, Benedicto Fonseca Moreira, poupou o câmbio e centrou fogo nas questões de burocracia, tributação, infra-estrutura. Pediu a privatização dos portos e acrescentou às críticas o fato de o governo brasileiro privilegiar os interesses da agricultura nas negociações na Rodada Doha na OMC - Organização Mundial do Comércio. De acordo com Moreira, o mercado de produtos agrícolas no mundo "é nosso e será nosso de qualquer jeito" e não vale a pena dar em troca maior abertura comercial em produtos industriais e serviços, áreas que considera "estratégicas". "É uma abertura defeituosa, aleijada", afirmou. (Agência Estado)

Brasil se prepara para exportar carne de frango para a Rússia
De acordo com a Abef, suspensão dos russos ao produto dos Estados Unidos abriu oportunidade para o setor avícola brasileiro. A suspensão das importações de carne de frango dos Estados Unidos, decidida pela Rússia, pode ser uma oportunidade para o Brasil aumentar a participação no mercado. É a avaliação da Abef - Associação Brasileira dos Exportadores de Frango -, que já estuda uma estratégia para conquistar o mercado russo.O presidente da Abef, Francisco Turra, explicou nessa quarta, dia 3/9, que o setor privado estuda como aproveitar a oportunidade e busca também uma parceria com o governo federal. “Estamos trabalhando firmes porque achamos que esse espaço só pode ser brasileiro”, disse ele ao Agribusiness Online, do Canal Rural, direto de Esteio/RS, onde se realiza a Expointer.Turra afirmou que o Brasil é responsável por 40% do frango exportado em todo o mundo. Reconheceu que o aumento dessa participação com a entrada no mercado russo não é um trabalho de curto prazo, mas que será feito de forma gradual. “Vamos começar a perceber isso em 90 dias. Primeiro, se sobrou espaço para nós e eu acho que vai sobrar porque, em maio, na OIE - Organização Internacional de Saúde Animal -, já recebemos um sinal. E os contratos se encerram e, de repente, quem os assume é o Brasil”.Guerra Fria avícola - Analisando a divergência entre Estados Unidos e Rússia, que resultou na interrupção dos negócios com carne de frango, Francisco Turra se disse convicto de que se trata de uma “guerra fria” (em referência à disputa entre o bloco comunista, liderado pela União Soviética, e o capitalista, pelos Estados Unidos, no pós-segunda guerra mundial). “Nenhum país retaliou os Estados Unidos, que exportam para a União Européia, o mercado mais exigente do mundo. Se houvesse uma reação da União Européia, a Rússia poderia dizer que é problema sanitário. Mas não. Acho que é fruto dessa guerra fria que começou a acontecer”, salientou Turra. (Canal Rural)

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MATÉRIA Especial

O futuro dos Créditos de Carbono
Uma boa notícia para os investidores e interessados no comércio mundial de créditos de carbono: pesquisa da Enviromental Finance Publications, mostra que cresceu 33% o total de fundos de investimento, cuja carteira carrega os papéis lastreados na redução de emissões de gases de efeito estufa - eram 56 fundos no ano passado, e agora eles somam 80 ao redor do mundo. O salto dos recursos por eles administrados foi ainda maior: de US$ 7,9 bilhões para US$ 12,87 bilhões, expansão de 63%. No cerne dessa evolução está, a entrada em vigor do período em que as emissões serão mensuradas pelo Protocolo de Kyoto, acordo internacional que prevê que os países ricos signatários reduzam, entre 2008 e 2012, os gases de efeito estufa que lançam na atmosfera a um valor 5,2%, em média menor do que os níveis verificados em 1990. Portanto, é uma boa notícia, mas já tinha data marcada para acontecer.O problema para esse mercado é justamente o que vem depois de 2012, pois ainda é uma incógnita o que vai acontecer. As negociações para a efetiva implantação de um esquema de compensações andam vagarosamente. Há diversos problemas a contornar: a inclusão ou não de grandes países em desenvolvimento no rol das nações com metas de redução a cumprir - contra o que se colocam as principais potências desse grupo, China, Índia e Brasil, a aceitação ou não de novas formas de compensação, por exemplo, manter florestas intocadas, atrair os Estados Unidos para o comércio global - os americanos não são signatários de Kyoto.

Os beneficiados - China, Índia e Brasil são, hoje, os maiores beneficiados com recursos de projetos internacionais de redução de emissões em países em desenvolvimento. O Secretariado de Mudança Climática da ONU, responsável pelas validações de créditos de carbono válidos para a medição sob Kyoto, contabilizava, até o dia 27 de agosto, 1.151 projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo aprovados, dos quais 760 - ou dois terços - se encontravam nesses três países. O MDL é o mecanismo previsto no Protocolo de Kyoto para que as nações, que têm que reduzir suas emissões, possam fazê-lo investindo em projetos de despoluição em países em desenvolvimento. Portanto, hoje, sem obrigatoriedade de reduzir suas emissões, os três países atraem investimento internacional com iniciativas que cortem gases de efeito estufa. Se passarem a ter que abater suas próprias emissões, essa fonte de recursos diminui.

Bolsas próprias - Com os Estados Unidos, o problema parece menor. Apesar de estarem fora do Protocolo de Kyoto, vários estados americanos já têm legislação com metas próprias de redução de emissões, liderados pela Califórnia, o mais rico deles. E, em Chicago, já há uma Bolsa de comercialização de títulos lastreados em redução de emissão de carbono, que bate mensalmente seus recordes de comercialização.Por fim, já é consenso que o desmatamento, responsável por até 20% das emissões mundiais, precisa ser reduzido com compensações financeiras. Mas ainda não há uma solução sobre como fazê-lo. A iniciativa do governo amazonense chamada de Bolsa Floresta - um valor é pago aos moradores de áreas intocadas para que não a desmatem - é citada como modelo a ser desenvolvido. A WWF estima que a criação de um sistema de salvaguardas de florestas tropicais, custe de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões por ano, e sugere que esses recursos venham exatamente do mercado de créditos de carbono.O prazo para fechar um acordo que valha após o fim de Kyoto, é 2009. As discussões seguem em seminários internacionais de dois em dois meses. Os olhos do mercado de carbono estão voltados nesse momento para Acra, em Gana. De lá, pode sair a boa notícia de um avanço nas negociações. Ou mais incertezas quanto ao futuro desse esquema de comercialização.

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ANÁLISE SETORIAL

Algodão cederá espaço para soja e milho em 2008/09
O algodão vai ceder espaço para soja e milho na próxima safra, 2008/09, que começa a ser plantada a partir de novembro nas principais regiões produtoras do país. Analistas, ouvidos pelo Valor acreditam que a área no Brasil deverá cair cerca de 10%, em linha com a tendência global para a cultura, que também cederá espaço para os grãos nos principais países produtores. Na atual temporada, 2007/08, o plantio ocupou cerca de 1,084 milhão de hectares, segundo levantamento da Conab - Companhia Nacional do Abastecimento. A colheita está estimada em 1,561 milhão de toneladas. Em 2008/09, a migração deverá ser maior em Mato Grosso e Goiás, respectivamente, primeiro e terceiro maiores produtores do país. No oeste baiano, a área deverá ser mantida. Os preços mais atraentes para os grãos estimulam a migração de cultura. No caso do algodão, as cotações já chegaram "ao fundo do poço" no país, de acordo com Miguel Biegai, analista da consultoria Safras&Mercado. No fim de agosto, as cotações da pluma no mercado interno, romperam o patamar de R$ 1,20 libra-peso, descendo para entre R$ 1,16 e R$ 1,17. "O maior avanço da colheita nos últimos 15 dias, em função do tempo mais favorável, tem pressionado os preços", afirma Biegai. Na segunda quinzena do mês passado, os preços estavam entre R$ 1,20 e R$ 1,21 a libra-peso. Agora, com os preços em baixa, os compradores começam a voltar ao mercado. No Brasil, a colheita de algodão está 92% concluída. No mesmo período do ano passado, a safra já estava praticamente finalizada.
A retração dos preços do algodão, refletem o avanço da colheita no país e, também, a queda da demanda no mercado internacional. Dados do Icac - Conselho Consultivo Internacional do Algodão -, compilados pela agência Dow Jones Newswires, mostram que o consumo mundial continua fraco, por conta da crise financeira global. Outro fator importante é que as cotações do algodão superam as do poliéster (principal concorrente da pluma). O último relatório do Icac, divulgado no início de setembro, indica que o consumo global deve recuar 1,2%, para 26,2 milhões de toneladas. A produção mundial pode cair 5,8%, para 24,7 milhões de toneladas em 2008/09.
A produção menor do algodão no mercado internacional é resultado de um corte na área plantada nos principais países produtores de algodão, uma vez que os grãos - soja e milho - estão com preços mais competitivos. Nos Estados Unidos, a produção deverá recuar 1,2 milhão de toneladas. A expectativa do Icac é que a produção americana atinja 3 milhões de toneladas na safra 2008/09. As importações mundiais podem crescer 4,3%, para 8,6 milhões de toneladas em 2008/09. Já os estoques globais devem cair 12%, para 10,7 milhões de toneladas em 2008/09.

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LOGÍSTICA & INFRA-ESTRUTURA

MRS quebra recorde de transporte mensal e prevê crescer 13% no ano
A MRS Logística, concessionária da malha ferroviária Sudeste, bateu seu próprio recorde em agosto, transportando 13,1 milhões de toneladas no mês. O volume é 12,9% superior aos 11,6 milhões de toneladas do mesmo período do ano passado. Julio Fontana Neto, presidente da empresa, prevê fechar o ano com 142 milhões de carga transportada, 12,7% acima dos 126 milhões de toneladas de 2007. Para o executivo, o desempenho do mês passado sinaliza que a MRS começa a entrar no ritmo aquecido da economia do país. E garante que a ferrovia está preparada para volumes até maiores que esses. "Deveríamos já estar num ritmo de 156 milhões de toneladas (os 13 milhões anualizados), mas os grandes projetos de exportação de minério não vêm desempenhando como deviam. Se tivesse acontecido, teríamos ido mais adiante", disse, referindo-se a problemas que a Vale, um dos maiores clientes da MRS, teve com manutenção de terminais de carga e repontencialização de nova pelotizadora da MBR, que prejudicou seus embarques nesses oito primeiros meses do ano. Julio Fontana acredita que já no segundo semestre desse ano, a companhia vai normalizar seu transporte de minério.
Quem garantiu a boa performance de agosto, foi a exportação de minério da CSN, que atingiu 1,91 milhão de tonelada de minério no mês. Contribui também, o transporte de bauxita da CBA - Companhia Brasileira de Alumínio -, do grupo Votorantim, que atingiu a marca inédita de 150,1 mil toneladas, a partir da expansão da fábrica de alumínio da CBA em São Paulo. A MRS também destaca o aquecimento da construção civil no Brasil, que levou a novo recorde no transporte de areia para clientes como Pedrasil e AB Areias, totalizando 132,6 mil toneladas. O fluxo de exportação de ferro gusa, pelo Porto do Rio, quebrou novamente outro recorde, de 142,8 mil toneladas.
Para 2009, Fontana aposta em um crescimento do transporte de carga da MRS em 20%. Ou seja, pode cravar em 170 milhões de toneladas. "Estamos investindo para isso", garantiu o executivo. Segundo ele, a MRS está preparada para um início de ano muito forte. "Fizemos uma série de investimentos que deverão entrar em operação no final do ano. Vamos receber 1,7 mil vagões de uma encomenda de 2,7 mil da GE americana. O restante chega no primeiro trimestre. Estamos colocando em operação 95 locomotivas novas, e temos mais 65 por chegar até janeiro".
Além disso, ele adiantou que até dezembro, a MRS estará operando com o trecho de 100 quilômetros da via férrea Barra Mansa a Itaguaí duplicado. Também está trabalhando em um projeto de melhoria da parte da MRS que passa por uma grande favela na chegada a Santos. "Estão sendo estudados esses gargalos e pretendemos resolvê-los. Só falta o aval do governo federal". (Valor On line)


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MERCADO DE TI

Departamento comercial do Grupo Vigor ganha agilidade com BI da Sadig
A Vigor gerencia, de forma simples e ágil, informações sobre faturamento, metas, resultados e avaliações de campanhas de marketing, a partir da implantação do Sadig Análises no departamento comercial. O Grupo Vigor dispõe da solução desde 2002, sendo que, atualmente, o Sadig Análises atende cerca de 50 usuários em rede e também remotos (replicados), permitindo que sejam gerados, trocados e analisados dados comerciais entre os usuários das unidades do Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Goiás. Com o Sadig Análises, os gestores acompanham volumes e margens de todas as linhas de produtos, clientes, canais de venda, diminuindo a lista de tarefas pendentes e realizando o seu acompanhamento diário, tornando-se importante no gerenciamento e no processo decisório da área comercial da Vigor. Segundo Ricardo Zamboni, Gerente de TI da Vigor, “a solução da Sadig proporcionou, em um curto espaço de tempo, controle de informações, diminuição do backlog da área de TI e aumentou a satisfação do usuário final”.Com mais de 20 anos de atuação, a SADIG é reconhecida como especialista em informações gerenciais, apoiando profissionais de organizações de diversos portes e segmentos. São mais de 500 empresas clientes e 4 mil usuários, distribuídos em 16 estados do Brasil. Além de uma completa infra-estrutura própria, a SADIG conta com uma rede de parceiros comerciais e de serviços, o que lhe permite atuar nacionalmente . As soluções SADIG se caracterizam por praticidade, objetividade e excelente relação investimento / benefícios. Toda a sofisticação tecnológica é utilizada para gerar resultados verdadeiramente úteis, tendo a simplicidade e o bom-senso como bases fundamentais. Alguns clientes da empresa são: Royal Canin, Demobile, Dell Anno, Moval, Grupo Simbal, Ceusa, Rede Dudony, Super Muffato, Lojas Gang, Calçados Beira-Rio, Tintas Killing, Mangels, Brasmetal, Nutrella, Seven Boys, Vigor, Speedo, Hospital Samaritano, Unimed, entre outros.


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PESQUISA & TECNOLOGIA

Biomassa: um combustível ecológico para o aquecimento aviário
O Brasil, em função de suas extensas áreas, clima favorável e desenvolvimento agrícola, é produtor potencial de biomassa, seja ela proveniente de resíduos agrícolas ou industriais ou de plantios específicos/dedicados. O consultor Jorge Monteiro, da Global Capital Biomassa & Biocombustíveis, aponta a utilização da biomassa como energia alternativa para o aquecimento em aviários. “Essa é uma tendência mundial de contribuição para a preservação do meio ambiente, fazendo uso de combustíveis de baixo impacto ambiental, limpo, renovável e auto-sustentável”, explica Monteiro. “E, na busca por maior competitividade, reduzindo os custos com energia e visando promover o equilíbrio econômico e ambiental, é possível adequarmos os sistemas de aquecimento dos berços aviários, com maior eficiência energética, economia e conscientização ambiental, substituindo os sistemas que atualmente fazem uso de combustíveis fósseis para geração de energia”. De acordo com o consultor, que desenvolve uma pesquisa nessa área, revela que as principais matérias-primas utilizadas na geração dessa energia “limpa”, são os resíduos de madeiras, resíduos industriais (processadores de alimentos), resíduos da indústria sucroalcooleira e culturas específicas, como o capim-elefante e a mamona.


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CURIOSIDADE

Cidade na Sicília oferece casas por 1 euro
Uma pequena cidade no oeste da Sicília achou uma solução revolucionária para resolver seus problemas de habitação. Salemi, que fica entre dois rios, está oferecendo casas por apenas 1 euro (o equivalente a R$ 2,40). A maior parte delas foi danificada por um terremoto há 40 anos e, desde então, boa parte da população deixou a cidade. A idéia é do prefeito Vittorio Sgarbi. Ele acredita que essa é a única forma de revitalizar o centro histórico da cidade. "Há 3.700 casas de propriedade do conselho (municipal), quase todas estão na parte velha da cidade, e têm risco de desabar", explicou Sgarbi. As casas são extraordinariamente baratas, mas quem decidir comprar uma, será obrigado a reformar sem alterar o estilo original do imóvel, num prazo de dois anos, a um custo elevado.
Inicialmente, Sgarbi, havia oferecido as casas de graça a moradores de Salemi que concordassem em reformá-las. E para promover sua causa, deu a primeira moradia ao presidente do clube de futebol Inter de Milão, Massimo Moratti. "Nós estamos pensando em pessoas que têm sensibilidade e recursos econômicos para embarcar nessa aventura", disse Sgarbi. O prefeito já foi crítico de arte e no passado, já se definiu como um anarquista. Já ocupou um cargo elevado no Ministério da Cultura em uma administração anterior do atual premiê, Silvio Berlusconi. Entre os pretendentes a casas em Salemi, estaria o ex-integrante da banda Genesis, Peter Gabriel. Sgarbi se disse bastante satisfeito com o interesse que a sua proposta vem despertando. Segundo ele, há várias pessoas programando visitas à cidade. (BBC Online)


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MERCADO DE LUXO

Griffe sem comentários
O grupo alemão Zwilling, têm fabricado peças que são verdadeiras jóias em acessórios de luxo de cozinha e cutelaria. A marca possui desde uma lixa de unha, que custa R$ 75, até um jogo de facas por R$ 12 mil. E o que há de tão precioso? A linha de facas Twin 1731, por exemplo, produzida em homenagem aos 277 anos de fundação da empresa, é fabricada com o mesmo tipo de aço utilizado em foguetes espaciais. Os interessados em adquirir os produtos no Brasil, terão que ir a São Paulo, pois a primeira loja da empresa no País foi inaugurada – em junho -, no Bourbon Shopping Pompéia, em São Paulo. Mas caso você esteja viajando pode encontrar a marca em mais de 100 países. Quem quiser conhecer mais sobre a companhia ou sobre seus produtos de luxo podem acessar: www.zwilling.com.

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