Edição 044 | E-Press.biz Economia & Mercado | 2008

Kátya Desessards
katya@wline.biz

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NOTÍCIAS

Governo prevê saldo comercial de US$ 62 bilhões no agronegócio
O Ministério da Agricultura prevê que o agronegócio alcançará em 2008, um saldo comercial de US$ 62 bilhões, quase 25% maior do que o de 2007, que foi de US$ 49,8 bilhões. Os resultados da balança comercial do agronegócio nos sete primeiros meses do ano são mais do que suficientes para justificá-la. Ao apresentar o desempenho do setor, o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, disse que, em 2008, o agronegócio será o grande responsável pelo superávit da balança comercial do País. De janeiro a julho, as exportações do agronegócio totalizaram US$ 41,7 bilhões, 30,2% mais do que o total de US$ 32,0 bilhões, exportado em igual período de 2007. Por causa da recente queda dos preços dos produtos agrícolas no mercado mundial, o Ministério da Agricultura previu que, daqui até dezembro, o crescimento das exportações será um pouco mais lento, de modo que, na média do ano, deverá ficar entre 26% e 27%, alcançando o valor total de US$ 74 bilhões, ante os US$ 58,4 bilhões de 2007. As importações, que alcançaram US$ 8,6 bilhões em 2007, deverão totalizar US$ 12 bilhões neste ano. O Brasil vem ganhando espaço no comércio mundial do agronegócio. Em dez anos (entre 1997 e 2007), a fatia dos produtos brasileiros neste comércio aumentou de 4,9% para 6,9%, de acordo com o estudo Intercâmbio Comercial do Agronegócio, do Ministério da Agricultura. Neste período, o crescimento médio do setor no Brasil foi de 9,6% ao ano. Nos últimos três anos, o crescimento foi maior - média de 14% ao ano - graças, sobretudo, ao aumento dos preços.

Meirelles diz ser viável reduzir inflação para 4,5% em 2009
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou na segunda-feira, dia 18/8, para investidores, em Nova York, que é "viável" trazer a inflação para 4,5% em 2009. "A queda recente da inflação corrente e das expectativas reforça que é viável trazer a inflação de volta à meta em 2009", acrescentando que a mudança nas expectativas mostra a credibilidade do BC. "A única forma de ver que um BC está comprometido é ver expectativas de inflação caindo. Com isso o custo da política monetária é menor", ressaltou. Meirelles, que participou de evento na Câmara de Comércio Brasil-EUA, na cidade americana, ressaltou que a projeção do mercado para o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo - em 2008 caiu, segundo a pesquisa Focus divulgada nessa segunda, de 6,45% para 6,44%. Para 2009, porém, a projeção mantém-se em 5%. "Já existem sinais de que a política monetária começou a influenciar as expectativas de inflação", disse. Esse fato também ilustra que a economia do País desfruta dos benefícios da estabilidade. O centro da meta da inflação para esse ano e o ano que vem, é de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima.Câmbio - O presidente reafirmou que o BC está comprometido com a meta de inflação e que não tem meta para a taxa de câmbio. "O BC tem compromisso de não influenciar a tendência do mercado de câmbio", afirmou. O presidente enfatizou, no entanto, que o nível de reservas internacionais permite ao BC enfrentar questões de volatilidade no mercado de moedas, se necessário. Meirelles enalteceu ainda, a condição que o Brasil alcançou de credor externo líquido, com o setor público, credor em moeda estrangeira. "Trata-se de uma mudança estrutural, fundamental em relação ao passado de vulnerabilidade fiscal e externa", afirmou. O presidente do BC disse que além de inflação na meta em 2009, a expectativa é de câmbio flutuante e balança de pagamentos mais saudável que no passado. Meirelles ponderou que está ficando claro que pode haver desaceleração global, mas acrescentou que o Brasil está em melhor condição para enfrentar os cenários benigno e "menos benigno". Estabilidade - Os benefícios da estabilidade econômica brasileira também foram destacados hoje pelo presidente do Banco Central. "A estabilidade do crescimento tem sido alimentada pelo aumento do emprego formal e renda real maior do trabalhador", completou Meirelles, que participa de evento na Câmara de Comércio Brasil-EUA. Uma vez com crescimento estável, citou o presidente, a demanda precisa desacelerar. Ele mostrou tabelas indicando que setores sensíveis ao crédito, como vendas de veículos, cresceram a taxas maiores que 22% nos primeiros três meses do ano.

Brasil teve recorde de novos empregos em julho
No período de janeiro a julho deste ano, o Caged registra abertura de 1.564.606 empregos formais, também recorde para o período. O Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - de julho registrou a abertura de 203.218 empregos com carteira assinada no País, o melhor resultado para o mês da série histórica, iniciada em 1992. O resultado, divulgado nesta terça-feira (19) pelo Ministério do Trabalho, é 60,02% superior ao verificado em julho do ano passado, quando foram abertas 126.992 vagas. No período de janeiro a julho deste ano, o Caged registra abertura de 1.564.606 empregos formais, também recorde para o período. Este número é 28% maior do que o verificado em igual período de 2007, quando 1.222.495 empregos formais foram criados.

Famílias reduzem consumo no primeiro semestre
A alta dos preços inibiu o consumo das famílias no primeiro semestre. De acordo com a LatinPanel, com base no acompanhamento semanal de 8.200 domicílios em todo o País, indica que houve retração de 2% no volume de compras de 67 categorias das cestas de alimentos, bebidas, higiene pessoal e limpeza doméstica no primeiro semestre do ano, em relação ao mesmo período de 2007. O preço médio do conjunto das cestas, por sua vez, subiu 7%. O cenário é completamente diferente do verificado no primeiro semestre de 2007, quando o consumo estava em expansão e o volume de compra das famílias havia crescido 6% sobre o mesmo período de 2006. Segundo o levantamento, a cesta de alimentos foi a mais afetada, com queda de 3% no volume comprado nos primeiros seis meses do ano. Entre as categorias que sofreram as maiores quedas estão Leite Pasteurizado (saquinhos) (-24%), Farinha de Trigo (-15%), Sorvetes (-14%), Bolos Prontos Industrializados (-13%) e Polpas e Purês de tomate (-12%). Os produtos de limpeza também tiveram o consumo reduzido no semestre, com queda de 2% no volume comprado. Bebidas e produtos de higiene pessoal registraram estabilidade.

Expoagas deve movimentar R$ 210 milhões
Iniciou ontem, dia 19/8, a maior feira de fornecedores de supermercados do Cone Sul. Realizada pela Agas - Associação Gaúcha de Supermercados -, a 27ª Convenção Gaúcha de Supermercados e a ExpoAgas 2008 - Feira de Produtos, Equipamentos e Serviços para Supermercados -, ocupa o Centro de Exposições da Fiergs, em Porto Alegre, e vai até dia 21/8. A expectativa é movimentar R$ 210 milhões entre as 320 empresas expositoras (68% gaúchas). Conforme Antonio Cesa Longo, presidente da Agas, foi incluído nesse ano temas que contemplam toda a hierarquia de funções de um supermercado, desde o proprietário até o operador de caixa. Entre os objetivos da feira é oportunizar à indústria gaúcha, condições favoráveis para a realização de negócios com empresários do RS e de outros 15 estados brasileiros. O evento possibilita aos supermercadistas qualificar seus serviços, ter conhecimento das novidades, tendências e novos conceitos no setor. "O setor é extremamente ágil, por isso, os lançamentos de produtos que serão feitos durante o evento estarão nas gôndolas dos supermercados, um ou dois dias depois, para atender ao consumidor mais exigente do Brasil, o gaúcho", destaca o presidente. Entre as reivindicações que Antônio Longo fará na abertura do evento hoje, está o pedido de encaminhamento ao governo federal pela Abras - Associação Brasileira de Supermercados - da isenção da cobrança dos tributos PIS e Cofins na comercialização de carne de gado, aves e suínos. Segundo Longo, esses alimentos baixariam em 9,25% o seu preço de venda aos consumidores, de imediato.

Norueguês de olho no mercado de café do Brasil
Com o objetivo de estreitar o vínculo com o Brasil, Herman Friele, presidente da norueguesa Kaffehuset Friele AS, comprou a participação de 20% da Gávea Investimentos na Ipanema Coffees. A aquisição concretiza um namoro de longa data, iniciado em 2002. Na época, Herman, em visita ao Brasil, se empolgou com a possibilidade de comprar cafés naturais certificados. Daí em diante, tornou-se cliente da Ipanema, cujas fazendas são certificadas pela Utz Kapeh e Rainforest Alliance. No ano seguinte, inaugurou um centro educacional em uma das fazendas do grupo Paraguaçu, um dos acionistas da Ipanema, do qual Friele se tornou sócio em 2004 ao comprar parte de uma propriedade. Em termos práticos, a entrada da Friele favorece ambos os lados. "As duas empresas ganham em know-how e troca de conhecimentos", diz Rasmus Wolthers, representante da norueguesa no Brasil. "Para a Ipanema, a entrada da Friele traz o expertise de presença comercial em um mercado bastante importante como o europeu", diz Washington Rodrigues, presidente da Ipanema. E ainda salienta: "Com certeza, isso ajudará a definir nossa estratégia para os próximos cinco anos." No ano passado, das 100 mil sacas comercializadas pela brasileira, 12% teve como destino a Noruega. Nos blends da Friele, no mínimo, 50% de café é brasileiro. Outro diferencial do país é que, depois da água, a bebida mais consumida é o café. Por ano, um norueguês consome 11 quilos de café. No Brasil, o consumo é de 5 quilos per capita. Mas o fato é que a entrada da Friele alavanca o processo de internacionalização da Ipanema, deflagrado oficialmente no início do ano com a abertura de um escritório na Flórida.

Grupo de investidores fará aportes de R$ 3 bi em MT
O grupo de investidores Cluster de Bionergia poderá fazer investimentos de R$ 3 bilhões no Mato Grosso, para a construção de quatro usinas de etanol, segundo informações da Secretaria de Agricultura do Estado do Mato Grosso. O ex-secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, está encabeçando o projeto. O grupo deverá produzir 1 bilhão de litros de etanol por ano e 500 megawatts (MW) de energia, além de uma fábrica de alimentos para bovinos, tudo na região de Rondonópolis, sul do Estado. A empresa pretende montar um conjunto de quatro usinas para moer 12 milhões de toneladas de cana-de-açúcar entre 2012 e 2013. O plano da empresa é comprar cana de produtores da região, que além de fornecedores também poderão criar gado para confinamento, aproveitando o bagaço a partir da moagem. O grupo é constituído por 21 empresas de diversas áreas.

Ponto Frio vende 14,7% mais no trimestre
A Globex, controladora do Ponto Frio, segundo maior varejista de eletroeletrônicos do País, disse que no segundo trimestre do ano suas vendas líquidas subiram 14,7% na comparação com o mesmo período de 2007, para R$ 912,7 milhões. O lucro líquido, por sua vez, disparou 66,8% na mesma base de comparação, para R$ 11,7 milhões.

Sylvio Nóbrega Coutinho é o Executivo do Ano
O presidente da Usinas Itamarati, Sylvio Nóbrega Coutinho, é o Executivo do Ano. Engenheiro Industrial Metalúrgico, Coutinho foi indicado ao Prêmio MasterCana, entre outros motivos, pelo empenho e sucesso na recuperação da UISA, em Mato Grosso. Em 2004, a usina estava em situação pré-falimentar. Hoje, a unidade comemora recordes de produção, com otimização de gastos, ganhos de eficiência e, principalmente, gestão de pessoas. Coutinho receberá o prêmio no dia 1º de setembro, a partir das 19h30min, durante o MasterCana Centro-Sul, que será realizado no Clube de Campo Vale do Sol, km 331,5 da rodovia Atílio Balbo, em Sertãozinho/SP. "O prêmio MasterCana representa, acima de tudo, uma conquista de toda a empresa. É um trabalho de equipe. Ver resgatado o nome da Itamarati como uma das grandes empresas do setor é motivo de muita satisfação". Em 2008, o executivo completa 38 anos de vida profissional, 26 dos quais no setor de siderurgia. O conhecimento que adquiriu em quase quatro décadas, inclusive com vivências no exterior, fez de Coutinho um entusiasta da fórmula que determina o equilíbrio entre a máquina (hardware), a inteligência (software) e as pessoas (humanware). O Prêmio MasterCana é uma realização da Procana – Informações e Eventos, empresa que edita as publicações líderes no mercado sucroalcooleiro: JornalCana, Anuário da Cana e o site www.procana.com.

SouthTech e Olympikus garantem velocidade nos Jogos Olímpicos
A SouthTech, Datacenter de Porto Alegre, responsável pela hospedagem do portal do Patrocinador Oficial da Delegação Brasileira nos Jogos Olímpicos Pequim 2008, http://www.olympikus.com.br, disponibilizou 50% de Upgrade nos serviços de conexão para o site durante o período dos Jogos Olímpicos. A empresa gaúcha vem garantindo com sucesso, o acesso ao Portal, que nesse período recebe muito mais acessos que o habitual. A Olympikus é a marca do Uniforme Oficial da Delegação Brasileira nos Jogos Olímpicos Pequim 2008. Por ser patrocinadora do COB - Comitê Olímpico Brasileiro - desde 1999, fornece material esportivo para toda a delegação brasileira durante o ciclo olímpico, que compreende: os Jogos Sul–americanos, os Jogos Pan–americanos e os Jogos Olímpicos de Inverno e Verão. Além disso, desenvolve produtos de última geração, segundo as exigências dos competidores e as necessidades individuais de cada esportista.

Vendas da 5àSec aumentam 20% no semestre

O primeiro semestre foi bastante positivo para a 5àSec, maior rede de lavanderias do Brasil. Em relação ao mesmo período do ano passado, as vendas aumentaram 20%. Nesse ano, a rede pretende abrir 100 novas lojas, o que corresponde a um crescimento de 43% em número de lojas, bem acima dos 20% de expansão registrados em 2007. A franquia brasileira foi a segunda em crescimento no ano passado, atrás apenas do país natal, a França, e é a terceira maior operação da empresa no mundo, atrás de França e Portugal. Nesse ano, a 5àSec direcionou o foco para o interior do Brasil. O objetivo é atingir cidades acima de 100 mil habitantes, principalmente nas localidades que ainda não contam com os serviços da rede.

Estudo aponta similaridades e diferenças contábeis do Brasil e do exterior
Elaborado pela Ernst & Young Brasil, com apoio acadêmico da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, o estudo é importante no processo de adoção dos princípios internacionais de contabilidade, ao comparar, de forma detalhada e fundamentada, as normas emitidas pelo IASB - International Accounting Standard Board - com as regras contábeis brasileiras. Divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários, o trabalho identifica e propõe soluções para as possíveis barreiras que a adoção integral do IFRS representa para o Brasil, indicando as também possíveis ações regulatórias para cada uma delas.

Bourbon Shopping Pompéia recebe novas lojas
O Bourbon Shopping Pompéia, do grupo gaúcho Zaffari, da zona oeste de São Paulo, recebeu duas novas operações. A primeira é a rede de calçados e acessórios Corello, que abriu uma loja-conceito no centro de compras. O ponto de venda é menor que as unidades normais da rede, com uma seleção do mix tradicional das lojas. Adepta do conceito fast fashion, a Corello tem novas opções toda semana. A outra recém-chegada ao centro de compras é a Le Lis Blanc, com um ponto de venda projetado pelo arquiteto Sig Bergamin, em uma área de 415 metros quadrados. A loja conta com dois conceitos: Le Lis Blanc, em moda feminina; e Le Lis Blanc Casa, com acessórios para casa.

Agência Radioweb fecha parceria com Itaú Cultural
Com o tema 50 anos de Bossa Nova, o Instituto Itaú Cultural produziu 20 programas com 30 minutos de duração e contratou a Agência Radioweb para sua distribuição, iniciada na primeira semana de agosto. As três primeiras edições do programa "Estéreo Saci Bossa Nova", que tem a apresentação de Fernanda Takai, vocalista da banda Pato Fu, alcançaram 900 veiculações em rádios. O interesse pelo programa também se estendeu a emissoras do Exterior - Estados Unidos, Itália, Portugal e Austrália -, que fizeram download do conteúdo para sua programação. Segundo Ana de Fátima Sousa, gerente de comunicação do Itaú Cultural, a parceria com a Radioweb é importante para a difusão dos programas sobre Bossa Nova do Itaú. Quem quiser ouvir os programas, estão disponíveis no endereço www.itaucultural.org.br/bossanova.

McCain monta cantina italiana e lanchonete na Festa do Peão de Barretos
A McCain, empresa especializada em alimentos congelados, marcará presença na 53ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos/SP, de 21 a 31 de agosto. Serão montadas duas barracas dentro no Rancho do Frigorífico Minerva, um dos parceiros da marca. Para divulgar a linha de pizzas McCain Sibarita, um dos espaços será ambientado como uma cantina italiana. No local, os visitantes poderão degustar alguns produtos da linha, composta por oito sabores: mussarela, quatro queijos, presunto com pimentão, pepperoni com mussarela, mussarela com vegetais, vegetais light, fugazzeta (mussarela, provolone e cebolas) e mussarela com presunto. Já a barraca destinada às batatas congeladas, será decorada como uma lanchonete de fast food. A McCain levará ao local as batatas congeladas Smile e Tradicional. A marca possui também as batatas pré-fritas congeladas Noisettes, Batata para Forno, além dos lançamentos Batata Doce e Noisettes Saborizadas (presunto, parmesão e ervas).

Livro sobre inovações do varejo global é lançado
'Foco no Varejo', o novo livro da Gouvêa de Souza & MD, apresenta os mais inspiradores casos nacionais e internacionais de inovação no setor varejista. Lojas na Índia, na China, no Brasil, na Austrália e em muitos outros países, mostrando que sempre é possível reinventar os negócios. Este livro certamente fará você repensar conceitos e propor novas soluções para alcançar mais consumidores e aumentar as suas vendas. Informações pelo e-mail debora@gsmd.com.br ou pelo telefone +55 11 3405.6695, com Débora.

Banco Central do Japão tem visão pessimista

O Banco do Japão divulgou na terça-feira, dia 19/8, sua avaliação mais pessimista sobre a economia desde a crise asiática de 1997/98, num sinal de que a desaceleração global, que teve como estopim a crise de crédito norte-americana, pode estar se espalhando rápido demais para que o país evite uma recessão. O crescimento global mais lento está afetando as exportações japonesas, a economia dos Estados Unidos vai continuar fraca este ano e um declínio dos preços das commodities frente ao pico de julho pode não significar o fim da era de custos altos, afirmou o presidente do BC, Masaaki Shirakawa. O Banco do Japão manteve a taxa de juro em 0,50 por cento por unanimidade, como amplamente esperado. Shirakawa ponderou que sua visão pessimista não balançou a perspectiva de uma recuperação e sinalizou que o BC deve manter o tom neutro de política monetária. O comunicado anunciando a decisão do juro descreveu a economia japonesa como "lenta" - termo que o BC usou pela última vez em maio de 1998, quando havia uma fuga de capital da Ásia. "Embora nós tenhamos dito que o crescimento econômico é lento, a possibilidade de a economia do Japão piorar é reduzida", disse Shirakawa a jornalistas. O comitê de política monetária do BC japonês, composto por nove membros, tem atualmente, duas vagas não preenchidas, incluindo a de vice-presidente. (Fonte: Reuters)

COMUNICADO – Recall da Mitsubishi
A MMC Automotores do Brasil iniciou na segunda-feira, dia 18/8, convocação aos proprietários dos veículos Mitsubishi Pajero Full, ano/modelo 2001 a 2004, chassis (em ordem não seqüencial) nº 00101 a 01003, a contatarem a rede de Concessionárias Mitsubishi para a substituição do acumulador de pressão, um componente de freio. De acordo com o comunicado da empresa, há a possibilidade de ocorrer o rompimento do diafragma interno do acumulador de pressão que, conseqüentemente, poderá ocasionar a diminuição do tempo de reação da freada e maior esforço sobre o pedal do freio. A MMC disponibiliza o telefone 0800 702 0404 e o site www.mitsubishimotors.com.br para mais esclarecimentos. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Mitsubishi)

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BASTIDOR

Dívida da Asia Motors na Bahia entrava projeto de nova fábrica no País
A montadora coreana negocia a solução para uma dívida estimada em R$ 1,6 bilhão com o governo federal, deixada por sua subsidiária Asia Motors, nos anos 1990. Na época, a fábrica foi anunciada e teve a pedra fundamental lançada no Centro Industrial de Aratu, na Bahia, com a presença do então presidente Fernando Henrique Cardoso, ministros e a diretoria da Asia Motors. O governo da Bahia concedeu incentivos fiscais para a empresa e fez a terraplenagem do terreno, hoje ocupado pelo Centro de Distribuição da Avon. Hyundai planejando a instalação de uma fábrica de carros populares em Piracicaba.

Multa pesada
Analistas estimam que as empresas de call Center poderão pagar mais de R$ 3 milhões em multas, se funcionarem durante 24h, todos os dias da semana. As novas regras foram determinadas pelo governo federal em decreto assinado pelo presidente Lula, mês passado, e entre em vigor a partir de 1/12 deste ano.

Suzano constrói fábricas no Maranhão e no Piauí
A Suzano vai investir US$ 6,6 bilhões na construção de três fábricas de celulose até 2015. Apenas duas das fábricas já têm local definido pela empresa, nos estados do Maranhão e Piauí. Com estes novos projetos de expansão, a Suzano amplia sua capacidade de produção de 2,8 milhões de toneladas para 7,2 milhões de toneladas de celulose.

Espírito Santo recebe investimento de US$ 17 milhões de Thompson Flores
O comandante da Infinity Bio-Energy, o empresário Sérgio Thompson Flores, dá continuidade a sua meta de comprar empresas. Mês passado, ele aumentou de 57,2% para 99,5% a sua participação na usina de Cridasa, no Espírito Santo. Flores investiu US$ 17 milhões no negócio. Já para esta safra, a usina está processando 723 mil toneladas de cana-de-açúcar.

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ÍNDICES ECONÔMICOS - FGV

19/08/2008 - Prévia (14h)
Índices FGV100 FGV100E
Nº Índice 8630 16351
Variação 1,18% 2,21%
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19/08/2008 - Fechamento (18h)
Índices FGV100 FGV100E
Nº Índice 8530 16143
Variação 0,01% 0,91%

Oscilações Máxima Mínima
Variação 9,22% -5,97%
Empresa Abyara/ON Even/ON

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MERCADO DE AÇÕES - Bovespa

Divuldaga 2ª prévia dos índices Ibovespa, IBrX-50 e IBrX que vão vigorar de setembro a dezembro de 2008
A BM&FBOVESPA divulga a segunda prévia da carteira teórica do Índice Bovespa, que vai vigorar de 1º de setembro a 30 de dezembro de 2008. A prévia lista 66 ações e registra como novidade a entrada das ordinárias de Bovespa HLD. Mantiveram-se a entrada das ordinárias de Redecard e as saídas das ordinárias de Cyre Com-CCP e das preferenciais de Telemig Part, registradas na primeira prévia. Os cinco ativos que apresentaram o maior peso na composição do índice foram: Petrobras PN (15,499%), Vale R Doce PNA (12,916%), Bradesco PN (3,638%), Vale R Doce ON (3,357%) e Itaubanco PN (3,265%). Para efeitos de comparação, os ativos com maior peso na composição do Ibovespa, que vigorou entre maio e agosto de 2008, foram: Petrobras PN (14,139%); Vale R Doce PNA (12,749%), Bradesco PN (3,840%), Vale R Doce ON (3,349%) e Itaubanco PN (3,161%).
No portfólio do IBrX-Brasil, ingressaram as ordinárias de Abyara, BMF, Bovespa HLD, Magnesita S.A., Marfrig, PDG Realt e Tenda, bem como as preferenciais de Fosfertil.
Saíram as ações ordinárias de Ambev, Banestes, Equatorial, Ideiasnet, Inpar e São Martinho e as preferenciais de Daycoval, Marcopolo e Telemig Part. Já a carteira do IBrX-50 apresentou as entrada das ordinárias de Bovespa HLD, Redecard e Rossi Resid e as saídas das ordinárias de Cyre Com-CCP e Telemar e das preferenciais de Brasil Telec e Brasil T Par.

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ANÁLISE SETORIAL

Queda das commodities pode reduzir safra de verão
O novo ciclo de baixa na agricultura, com a reversão de preços dos grãos, pode inviabilizar os lucros dos produtores já nessa safra de verão. Associações do setor já estão revisando suas estimativas, prevendo migração de cultura e queda na produtividade como resultado da fuga dos fundos de investimentos desses mercados.
Em apenas um mês, a queda nas cotações já é bastante expressiva. A média mensal dos preços do milho recuou de R$ 26,28 em julho para R$ 24, esse mês. No caso da soja a retração é ainda mais acentuada, de R$ 53,57 em julho, para R$ 45 no mês de agosto.
A previsão dos analistas é que para aqueles que não adotaram mecanismos de proteção, a crise seja pior que a observada em outros períodos, já que dessa vez vem acompanhada de novos fundamentos, como a fuga dos fundos de investimento dos mercados futuros do setor, e da forte alta dos custos com insumos. Em dólar, o rendimento do produtor é ainda mais depreciado. Hoje o exportador trabalha com um câmbio de R$ 1,57, em média. Em setembro de 2007 esse valor era de R$ 1,90.
Para o professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite, ainda que a maioria dos produtores não fique em situação de endividamento, eles terão uma sensível redução de lucros nessa safra. "Isso se deve ao fato de que as despesas de produção, foram feitas num momento de alta dos preços dos fertilizantes, sementes e defensivos agrícolas, e terão suas receitas em momento de queda dos preços dos produtos agrícolas no mercado internacional", avalia. Segundo o especialista, o Brasil deve manter o foco nos países emergentes já que, mais que nos Estados Unidos, a desaceleração das economias do Japão e Europa deve reduzir o consumo de alimentos na região.
A Aprosoja - Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso - já espera um rendimento inferior ao obtido na safra 2007/2008. Ainda que a entidade não espere uma redução de área de plantio, já espera que a safra 2008/2009 tenha uma produtividade inferior. Isso porque a um mês do plantio, cerca de 30% dos fertilizantes não haviam sido comprados.
A perspectiva de preço também não é das melhores e a posição vendedora dos fundos, aumenta a cada dia. Em janeiro de 2008 a diferença entre os contratos comprados e vendidos batia na casa dos 140 mil e hoje, está na casa dos 80 mil.
A Abrapa - Associação Brasileira dos Produtores de Algodão - divulgou um levantamento no qual prevê uma nova redução da área plantada no País. A nova estimativa aponta uma redução de 9,6%, ante a previsão de 20% apresentada no estudo anterior, feito num período de alta para os grãos. De acordo com o presidente da Abrapa, Haroldo Cunha, foi justamente a queda dessas commodities que fez aumentar a intenção de plantio de algodão para a próxima safra.
A inflação medida pelo IGP - Índice Geral de Preços - entre os dias 11 de julho e 10 de agosto, pela FGV - Fundação Getúlio Vargas -, já mostra os reflexos da queda das commodities. O índice desacelerou para 0,38%, ante a alta de 2% registrada na medição de julho.
O item Matérias-Primas Brutas foi o que mais influenciou na forte desaceleração, registrando deflação de 1,87% esse mês ante a inflação de 4,54% de julho. Nesse subgrupo, destacam-se os itens soja em grão (12,88% para -6,51%), bovinos (11,15% para 0,72%) e milho em grão (6,93% para -3,73%).


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MERCADO FINANCEIRO

Previsão do SBPE de R$ 25 bilhões para habitação deverá ser superada
O SBPE - Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo - que havia previsto em abril a aplicação de R$ 25 bilhões no setor habitacional, até final de 2008, no financiamento de aproximadamente 250 mil moradias, poderá ser superado por causa do alto aquecimento do setor em todo o País. Em 2007, foram aplicados R$ 18,30 bilhões para a produção de 195 mil imóveis. Somente em janeiro desse ano, o total de contratações somou 17 mil unidades, crescimento de 93% sobre janeiro de 2007, envolvendo R$ 1,6 bilhões. A tendência é que a expansão do crédito imobiliário continue até 2010, na ordem de 26% ao ano, o equivalente a financiar R$ 31 bilhões em 2009 e R$ 40 bilhões, em 2010.
Uma regulamentação de mercado visando a segurança jurídica, a estabilidade econômica, a recuperação de renda do trabalhador e o aumento da oferta de empregos, está sendo um dos fatores determinantes para a continuidade da expansão do crédito imobiliário no Brasil. A flexibilização das condições de crédito com prazos de pagamentos mais amplos, menores juros e maior cota de financiamento, propiciou um aumento de 69% ao ano dos valores contratados para a construção de mais de 461 mil unidades, no período de 2003 a 2007. Trata-se de um novo ciclo de crescimento do mercado imobiliário, porém, muito longe ainda para uma solução do déficit habitacional que atinge 7,964 milhões de unidades. Do total, apenas 3,7% se concentram entre famílias com renda superior a cinco salários mínimos e 6%, entre 3 e 5 salários mínimos, podendo em curto prazo serem atendidos pelo mercado. A grande fatia desse universo (aproximadamente 90,3%), ainda depende de subsídios para o acesso à moradia. As empresas do setor também vêm tendo um papel fundamental nesse contexto, com a produção de imóveis mais compatíveis com o déficit. É claro que a desoneração da cadeia da construção para reduzir os valores das unidades, para a população de menor renda, é determinante.

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MATÉRIA Especial

Países do Golfo compram mais alimentos do Brasil
Os países do GCC - Conselho de Cooperação do Golfo -, bloco econômico formado por Catar, Omã, Bahrein, Kuwait, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, importam atualmente mais de US$ 12 bilhões em alimentos ao ano. A demanda gera fortes possibilidades de novos negócios para produtores de alimentos do Brasil.
A escassez de produtos agrícolas, somada à demanda crescente no mundo todo, tem gerando uma forte alta nos preços de produtos alimentícios básicos, como arroz, trigo, derivados do leite e óleo de cozinha em todo o Oriente Médio, de acordo com o site do jornal árabe Gulf News.Desde 2000, os preços dos alimentos, no mercado internacional, cresceram 75%. O trigo, por exemplo, teve aumento de mais de 200% no período entre 2000 e 2008. Arroz e soja também bateram recordes de preço e o milho atingiu o maior valor dos últimos 12 anos. E o alto custo dos cereais elevou preços da carne bovina, frango, ovos e laticínios.
De acordo com Mohamed Adel El Ghandour, especialista em agricultura e responsável pelo Departamento Internacional da empresa Egypt Green, o país do GCC que mais importa alimentos é a Arábia Saudita. Em segundo lugar vêm os Emirados Árabes Unidos, que importam mais de 3 bilhões de euros em alimentos ao ano, ainda segundo o Gulf News.Nos Emirados, os alimentos tiveram aumento de 30% em 2007 e, para esse ano, a previsão é de que a taxa chegue a 40%. Por esse motivo, El Ghandour afirmou que Emirados e Arábia Saudita, assinaram acordos internacionais para garantir sua segurança alimentar e diversificar seus recursos agrícolas.
Conforme noticiado pela ANBA, alguns países do GCC vêm investindo em lavouras em outros países, principalmente na África. Os Emirados Árabes Unidos, ainda segundo El Ghandour, estão analisando a possibilidade de adquirir cerca de 40 mil hectares de terra no Paquistão, a um custo de US$ 500 milhões. Os Emirados também estão desenvolvendo um projeto agrícola no Sudão, país árabe situado na África. A lavoura utiliza tecnologia de ponta e ocupa uma área de 28 mil hectares. Ele destacou as vantagens do investimento agrícola nos países do Comesa - Mercado Comum da África Oriental Austral - e da Bacia do Rio Nilo, que contam com água potável, mão-de-obra qualificada e de baixo custo, e de terras férteis em abundância. Para El Ghandour, o continente africano, principalmente os países da Bacia do Nilo, representam uma esperança para os países árabes obterem segurança alimentar.
El Ghandour adiantou ainda, que o Sudão, em particular – que além de ter água e terras férteis, fica próximo das nações do GCC –, é uma boa opção para investimento em agricultura. Segundo ele, carne bovina, leite e peixes são prioridades para os países árabes no setor de alimentos. Ele afirma que fora da África, o grande parceiro é o Brasil. (Fonte: Reuters)

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CURIOSIDADES do Mercado de Luxo

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OBSERVATÓRIO

O E-Press.biz Economia & Mercado, tem a seção – Observatório - para a livre exposição de seus leitores e das assessorias de imprensa.

Exportações do Setor Moveleiro gaúcho cresce 6%
O Rio Grande do Sul mantém a segunda posição entre os Estados exportadores de móveis, respondendo por 29,3% das vendas externas brasileiras do setor. O setor moveleiro brasileiro vendeu nos sete primeiros meses deste ano US$ 566 milhões, aumento de 1,3% no período. Os Estados Unidos, responsáveis por 18% das exportações do setor, comprou o equivalente a US$ 101 milhões, queda de 32% na comparação ao mesmo período de 2007. Na comparação mensal julho-junho/2008, o Brasil aumentou em 10% a venda do setor moveleiro. Na a Argentina, que no acumulado do ano apresentou crescimento de 50% na compra do móvel brasileiro, em julho teve queda de 1%, ante junho. O RS exportou de janeiro a julho US$ 166 milhões, 6% a mais em relação ao mesmo período do ano passado.
As vendas para os EUA continuam caindo, 42% a menos de janeiro a julho, totalizaram US$ 10,9 milhões. Quando o mês de julho é analisado, as exportações gaúchas também registram crescimento. Os gaúchos venderam 9% a mais em mobiliário, na comparação com junho deste ano. Assim como no restante do país, o estado do RS vendeu menos para o país vizinho; a Argentina importou 25% menos móveis gaúchos em julho deste ano. Quanto aos outros estados, São Paulo continua se destacando, de janeiro a julho de 2008 teve crescimento de 27% na exportação moveleira, e, se comparado somente o mês de julho ante junho deste ano, o crescimento foi ainda maior, 31%. Santa Catarina diminuiu as exportações de móveis nos sete primeiros meses de 2008. SC exportou 10% a menos em comparação com o mesmo período de 2007. Comparando-se o mês de julho, os catarinenses apresentaram crescimento nas vendas externas de mobiliário, 3,2%.
Participação - O RS mantém a segunda posição entre os Estados exportadores de móveis, respondendo por 29,3% das vendas externas brasileiras do setor, nos sete primeiros meses deste ano. Em primeiro lugar vem Santa Catarina com 33,2% do total vendido ao exterior, em terceiro lugar aparece São Paulo, com 15,9% do total exportado pelo setor moveleiro brasileiro.
(FONTE: Assessoria de Imprensa do MDIC - Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio)

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