E-Press.biz Economia & Mercado | Edição 047

Kátya Desessards
katya@wline.biz

______________
NOTÍCIAS

Juro do crédito em agosto é o maior desde 2006
O juro médio das operações de crédito continua subindo e atingiu no levantamento preliminar de agosto, o maior nível desde novembro de 2006. Segundo números apresentados hoje pelo Banco Central, o juro médio das operações de crédito aumentou de 39,4% ao ano em julho para 40% ao ano, até o dia 13 de agosto. O porcentual é o mais elevado desde novembro de 2006, quando a taxa estava em 41%. Nas operações para as pessoas físicas, a taxa passou de 51,4% para 51,9% no período, a maior desde janeiro de 2007, quando a taxa estava em 52,3%. Entre as linhas desse segmento, o juro do cheque especial passou de 162,7% para 165,4% ao ano. Nos empréstimos para as empresas, a taxa subiu de 27,5% para 28,1% no levantamento preliminar de agosto. Nesse caso, o juro é o mais alto desde julho de 2006, quando estava em 28,3%. A despeito dos juros que não param de subir, o crédito continua crescendo em agosto. Dados preliminares do BC mostram que o estoque dos empréstimos cresceu 1,8% em agosto em levantamento feito até o dia 13. Nas linhas voltadas às empresas, a expansão foi de 2,1% na comparação com julho e nas operações para as famílias, a elevação foi de 1,4%.

Produção brasileira de aço bruto bateu recorde
A produção de aço bruto da indústria brasileira bateu um novo recorde, em julho: 3 milhões e duzentas mil toneladas. O montante é 11,5% superior em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Siderurgia, os setores automotivos, de máquinas industriais e de construção civil impulsionaram a demanda. As vendas para o mercado externo cresceram 29,4%.

Exportadores querem subsídios para buscar mercado oriental
A ausência de uma política nacional para a redução dos juros no Brasil tem incomodado cada vez mais os exportadores nacionais. Com o Real bastante valorizado, eles reclamam que o governo federal não cria subsídios cambiais para fomentar as vendas de commodities e demais produtos para outros países. Esse segmento necessita de larga organização para entrar em mercados emergentes como o oriental. Em visita ao Brasil na semana passada, o diretor-presidente do Jetro - Japan External Trade Organization -, Ko Sasaki, afirmou que os brasileiros necessitam aprimorar planejamento, preparação e paciência para conquistar os asiáticos. O especialista em comércio exterior lembrou que, devido à cultura, os comerciantes do país têm dificuldade para cumprir os prazos estipulados. Quando isso ocorre em negociação com os asiáticos, explica, há perda de confiança para as próximas negociações.
Os exportadores pedem que as autoridades nacionais implantem um plano abrangente nos moldes do Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto). Com medidas adequadas para estimular os investimentos – internos e externos -, seria possível ampliar o drawback verde amarelo e planejar as vendas de modo seguro. O setor da construção civil é um dos que mais crescem no país e pode servir como parâmetro de estímulo aos investimentos. O PIB - Produto Interno Bruto - desse segmento cresce ininterruptamente há quatro anos, após a crise vivida pela construção civil nos anos de 2002 e 2003. Entre as medidas implantadas pelo País, estão a ampliação do crédito habitacional e a desoneração do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - para materiais de construção.
Ações nesse sentido são necessárias para que o Brasil amplie a sua participação no comércio internacional, que hoje gira em torno de 1%. Enquanto isso, a China, a nova grande potência mundial, evolui com maquinário novo e tecnologia recente, como aponta o colunista Carlos Pimentel. O ocidente, por sua vez, se arrasta em decidir como lidar com barreiras não-alfandegárias e ajustar subsídios que deságuam na pouca eficiência de transportes e logística. Assim, fica difícil cumprir qualquer meta com planejamento, preparação e paciência.


Missão chinesa habilitará indústrias no RS
O RS recebe a visita de uma missão chinesa dia 01 de setembro, com vistas a habilitar indústrias para exportação de carne suína àquele país. A missão visitará a Cooperativa de Suinocultores de Encantado, a Doux Frangosul S/A Agro Avícola Industrial, de Caxias do Sul, a Alibem Comercial Alimentos Ltda, de Santa Rosa e a Avipal S/A Alimentos, de Lajeado. A suinocultura é um segmento no qual o estado tem grande interesse, em função da quantidade e da qualidade de seus produtos, e do seu controle sanitário. Além disso, é um setor que tem todas as condições para aumentar os índices de produção e de produtividade, afirma o Superintendente Federal de Agricultura no Rio Grande do Sul, Francisco Signor. Caso as expectativas com a China se confirmem, como esperamos, a suinocultura do Rio Grande do Sul terá uma tarefa interessante para ser enfrentada. Todos conhecem o potencial de consumo do mercado chinês, explica o superintendente. O crescimento das exportações de carne suína é mais uma das razões para plantar milho, avalia Signor. Além disso, o Ministério da Agricultura continua apostando que a carne suína brasileira acessará também outros mercados, como o Japão e a União Européia, disse o dirigente, através da assessoria da SFA/RS.

Entidades realizarão debate na Expointer
A Abramilho - Associação Brasileira dos Produtores de Milho -, a Abef - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos -, a ABCS - Associação Brasileira dos Criadores de Suínos - e a Abimilho - Associação Brasileira das Indústrias do Milho -, realizarão durante a Expointer, no dia 03 de setembro, às 09 horas, no Parque Assis Brasil, na Casa da RBS, um debate sobre as perspectivas de produção de rações e mercado para alimentos, com transmissão ao vivo pelo Canal Rural.

Balança comercial tem resultado negativo de US$ 840 milhões
A balança comercial registrou saldo negativo na quarta semana de agosto de US$ 840 milhões, com exportações de US$ 3,731 bilhões e importações US$ 4,571 bilhões, segundo informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No mês, o superávit comercial soma em US$ 1,279 bilhões, com exportações de US$ 14,924 bilhões e importações de US$ 13,645 bilhões. No acumulado do ano, as exportações chegaram a US$ 126,022 bilhões e as importações estão em US$ 110,090 bilhões. O superávit comercial ficou em US$ 15,932 bilhões, valor bem menor do que o registrado do mesmo período de 2007 (US$ 26,321 bilhões). A redução no superávit comercial se deve ao ritmo de crescimento das importações maior do que das exportações. A redução da cotação do dólar favorece a importação de produtos.

Perdas nos supermercados sobem para 2,15% das vendas
Números divulgados pela Abras - Associação Brasileira de Supermercados -, mostram que as perdas nos supermercados brasileiros alcançaram 2,15% do faturamento do setor em 2007 (que foi R$ 136,3 bilhões). O resultado representa um aumento de 0,18 pontos percentuais em relação ao índice apurado em 2006, de 1,97%. Em 2005, o índice médio de perdas foi de 2,05% e, em 2004, de 1,78%. A principal causa de perdas para os supermercados continua sendo as quebras operacionais, com 43,2% do volume total. Os furtos (externos e internos) representaram 37,3% das perdas. A cesta de perecíveis representou 56% das perdas totais e nessas categorias a perda foi de 4,48% do total de vendas.

Dosmatic apresentou novo site
A Dosmatic U.S.A./International, Inc. já está com o seu novo site na internet. O www.dosmatic.com pode ser conferido em sete idiomas: português, inglês, espanhol, francês, italiano, alemão e holandês. O site está desenhado para ser uma fonte de informação e suporte para clientes e distribuidores. Na página eletrônica, é possível visualizar produtos, manuais, aplicações, informações técnicas e comerciais, além de contatar distribuidores e ler estudos de casos. O site também dispõe de cadastro para o envio de informações on-line e galeria de imagens para os clientes Dosmatic exibirem os dosadores instalados em suas propriedades.

Redecard e Visanet compartilham terminais
As principais empresas de cartão de crédito brasileiras começaram a compartilhar os terminais de pagamento com cartão (POS). Segundo a Redecard, no final de junho, mais de 5 mil máquinas de processamento de transações com cartões de crédito e débito já eram compartilhadas com a Visanet e a American Express. Apesar de ainda ser um número pequeno em relação aos milhões de terminais existentes no País, esse valor praticamente dobrou em relação ao primeiro trimestre. O maior compartilhamento das máquinas é defendido pelo governo. O Banco Central acredita que os comerciantes teriam duas economias: não precisariam pagar o aluguel do terminal para mais de uma empresa e poderiam ter um menor número de linhas telefônicas. O compartilhamento também poderia facilitar a penetração do cartão nas periferias das grandes cidades, em municípios do interior, em estabelecimentos comerciais com forte sazonalidade e entre profissionais liberais ou taxistas.

IAC exporta material genético de cana para o México
O IAC - Instituto Agronômico de Campinas -, vinculado à Secretaria de Agricultura de São Paulo, já exportou seus primeiros lotes de material genético de cana para a empresa mexicana de açúcar Piasa. Pesquisadores do IAC desenvolvem há quatro anos, variedades de cana-de-açúcar adequadas a regiões brasileiras. Desde 2004, já saíram de Campinas mudas apropriadas para o cultivo em Goiás, Minas Gerais, Tocantins, São Paulo e Mato Grosso. Segundo o secretário de Agricultura de São Paulo, João Sampaio, o IAC também está negociando exportar tecnologia para os países da África. Fundada em 1887, o IAC desenvolveu milhares de variedades da cadeia produtiva rural. O órgão já desenvolveu pesquisas curiosas, como a produção de tangerina sem sementes ou café com pouca cafeína. Também transformou o Estado de São Paulo no maior produtor brasileiro de borracha natural (ordenando no Interior o plantio, o manejo e a sangria das seringueiras).

Kopenhagen investe em excelência no atendimento
A rede de docerias Kopenhagen foi considerada em 2008, a melhor franquia do Brasil pela ABF - Associação Brasileira de Franchising -, devido em boa parte, à capacitação dos seus funcionários. O resultado é conseqüência da criação, em 2006, do NEK - Núcleo de Educação Kopenhagen -, que ministra treinamentos em diversos níveis em todo o País. Existem, porém, duas bases fixas, em São Paulo e Rio de Janeiro. Atualmente, são oferecidos três cursos, com visitas à fábrica da Kopenhagen e vivência em lojas. O DMK - Descobrindo o Mundo Kopenhagen - (40 horas), é o treinamento básico para formação das equipes de loja. Nele, o funcionário aprende a história da empresa, do chocolate, a missão e os valores da organização, bem como a linha de produtos, cafeteria e atendimento ao cliente. Após o DMK, vem o Normas e Procedimentos (8 horas), que aborda condutas para serem aplicadas dentro e fora da empresa. O terceiro módulo é A Arte de Liderar (14 horas), voltado para gerentes e líderes de equipe. Temas como autoconhecimento, liderança situacional, percepção e coaching são tratados.

Lojas do Magazine Luiza em SP terão mídia in-store
As 50 lojas do Magazine Luiza, que serão inauguradas na cidade de São Paulo no mês de setembro, contarão com a TV Luiza, cuja programação será exibida em cerca de mil telas de plasma. Além de apresentar promoções, novidades e ofertas do Magazine Luiza, o conteúdo, produzido pela SubWay Link, fornecerá informações através de canais de notícias. Somente na aquisição de equipamentos, o investimento superou R$ 1,6 milhão. O canal funcionará também como TV Corporativa, para a ministração de treinamentos à distância.

Cotação do Açúcar no Mercado Misto
Os contratos de segunda posição do açúcar fecharam com ligeira alta na sexta-feira. Em Nova York, os contratos de março fecharam a 15,61 centavos de dólar por libra-peso, com alta de 8 pontos. Os com vencimento em outubro, encerraram a 13,95 centavos de dólar, com recuo de 19 pontos. Analistas ouvidos pela Bloomberg, afirmaram que o recuo dos contratos de primeira posição, reflete a valorização de dólar em comparação com outras moedas estrangeiras. O petróleo em queda também ajuda a pressionar os preços da commodity. Nos vencimentos futuros, a perspectiva de redução da produção mundial tem dado suporte às cotações. No mercado paulista, a saca de 50 quilos do açúcar fechou na sexta-feira, a R$ 29,48, segundo o índice Cepea/Esalq.

Burger King lucra 28% mais
A rede americana de fast food Burger King, declarou que no ano fiscal encerrado em 30 de junho, seus lucros cresceram 28% em relação ao exercício anterior, para US$ 190 milhões (US$ 1,08 por ação). O faturamento da empresa subiu 10%, para US$ 2,46 bilhões, impulsionado pelo crescimento de 13% na América Latina, para US$ 115 milhões. Nos Estados Unidos e no Canadá, a receita anual aumentou 9%, para US$ 1,579 bilhão.

TAM inaugura maior terminal de cargas em Manaus
O maior terminal da TAM Cargo, o braço de cargas da TAM Linhas Aéreas, será inaugurado hoje em Manaus, e sua ampliação faz parte dos R$ 22 milhões que a empresa está investindo este ano em seis dos seus 42 terminais no Brasil.

______________
BASTIDOR

Exemplo de empreendedorismo e de mercado. Em outros estados e, principalmente, no RS, não se veria a lição que as livrarias Cultura e Companhias das Letras estão dando em São Paulo. As duas estão compartilhando o mesmo espaço e investindo em shows e espetaculos - para crianças e adultos - que se realizam nas suas dependências.

A segunda maior fabricante de pneus da Europa, a alemã Continental, será vendida à Schaeffler, depois de a empresa ter subido em 7% o preço proposto. O presidente da Continental, Manfred Wennemer, que discorda do negócio, pedirá demissão do cargo. Assim, a unidade de Camaçari, na Bahia, mudará também sua direção.

Montadoras representam metade dos lucros enviados ao exterior. O negócio é muito bom! Foram US$ 2,529 bilhões em remessas no mês passado, segundo dados do Banco Central, sendo US$ 1,281 bilhão somente das montadoras. Em 2008, o envio dessas empresas atingiu US$ 4 bilhões, o que representa 25% das remessas de todas as empresas estrangeiras.

Coreanos arregalam os olhos para o Brasil. Um pelotão de executivos da montadora Hundai, desembargou no Brasil na semana passada, muito animados com os números das vendas dos carros importados no mercado brasileiro. A intenção é instalar uma fábrica no País, de carros pequenos e médios. Sabe-se que o atual importador, o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, deverá ser sócio dos coreanos nesse novo empreendimento.

Concessões rodoviárias e a revisão de contratos. A cobrança de pedágio em rodovias foi implementada com sucesso na Europa há muito tempo. No Brasil, durante muitos anos, só havia pedágio em poucas estradas e a responsabilidade por sua conservação recaía sobre empresas estatais.

As perspectivas para as exportações da Alemanha se deterioraram para o pior patamar em mais de 15 anos, segundo índice do instituto econômico Ifo, calculado para a revista WirtschaftsWoche.


Piauí exportou US$ 356,6 mil em mel no mês de julho. As exportações brasileiras de mel sofreram retração no mês de julho, na comparação com os resultados de junho deste ano. Em julho, o valor das exportações alcançou US$ 3,729 milhões, redução de 12,98% em relação ao mês anterior.


_________________________________

ÍNDICES ECONÔMICOS - FGV

ICC - O Índice de Confiança do Consumidor, da FGV - Fundação Getulio Vargas -, composto por cinco quesitos contidos na Sondagem de Expectativas do Consumidor -, elevou-se em 6,2% entre julho e agosto de 2008, ao passar de 101,9 para 108,2 pontos. Com o resultado, o índice recuperou parte das perdas ocorridas nos últimos meses.

A 3ª prévia do IPC-S cai para 0,24% com alimentos
A terceira prévia da inflação medida pelo IPC-S - Índice de Preços ao Consumidor – Semanal -, caiu para 0,24%, ante alta de 0,34%, na leitura anterior do índice, informou hoje a FGV - Fundação Getúlio Vargas. Segundo a entidade, a principal contribuição para a desaceleração da taxa do indicador, na passagem da segunda para a terceira prévia, partiu de elevações de preços menos intensas e até deflações em quatro das sete classes de despesa usadas para cálculo do índice. É o caso do grupo de Educação, Leitura e Recreação (de 0,09% para 0,06%); Vestuário (de -0,23% para -0,27%); Transportes (de 0,23% para 0,18%) e Alimentação (de -0,06% para -0,45%). No caso do item Alimentos, a FGV informou que a deflação registrada na terceira prévia do IPC-S foi a menor taxa para essa classe de despesa desde a segunda semana de julho de 2006, quando houve queda de 0,64%. No setor de alimentação, houve quedas e desacelerações de preços em Hortaliças e Legumes (-4,99% para -7,08%), Carnes Bovinas (0,24% para -0,41%), Laticínios (-0,53% para -0,84%) e Óleos e Gorduras (-0,39% para -0,86%). Já os outros grupos apresentaram aceleração de preços. É o caso de Habitação (de 0,81% para 0,85%).

25/08/2008 - Fechamento (18h)
Índices FGV100 FGV100E
Nº Índice 8637 16420
Variação -1,76% -1,87%

Oscilações Máxima Mínima
Variação 4,28% -6,90%
Empresa Duratex PN Even ON

_________________________
MERCADO DE AÇÕES

Bovespa fecha dia em queda de 2,46%, aos 54.477 pontos

O Ibovespa fechou em forte queda de 2,46%, aos 54 mil 477 pontos, com o pessimismo em relação ao setor financeiro dos Estados Unidos. O ajuste no preço das commodities também afetou o desempenho do índice, por causa dos papéis atrelados às matérias primas, como os da Vale e da Petrobras. O giro financeiro ficou em 2 bilhões e 500 milhões de reais, abaixo da média diária. A maior queda do dia foi da Eletropaulo, que caiu 4,95%. Na outra ponta, as ações da Duratex subiram 4,28%.

Principais bolsas da Europa encerraram o pregão em queda
As Bolsas de Valores da Europa encerraram o pregão em queda. O mercado foi influenciado pelo setor energético. A Bolsa de Frankfurt terminou o dia com desvalorização de 0,72%. Paris recuou 1,01%. A Bolsa de Madri registrou índice negativo de 1,48%. E Milão encerrou a -0,63%. A Bolsa de Londres não operou, em razão do feriado bancário.

__________________________
MERCADO FINANCEIRO

Rentabilidade dos bancos brasileiros supera a dos americanos
Enquanto a rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) dos bancos brasileiros disparou nos últimos seis anos, desde o início do governo Lula, atingindo o pico de 21,7% em 2008, as instituições financeiras americanas viram seus lucros despencarem este ano para o patamar de um dígito, ficando em torno de 8,9% este ano. Como era de se esperar, a redução dos ganhos dos bancos americanos se acentuou desde o ano passado, quando eclodiu a crise do setor de crédito imobiliário nos Estados Unidos. Desde então, a rentabilidade destas instituições caiu de 11,3% para 8,9%, segundo a pesquisa. Quando a comparação da rentabilidade sobre o patrimônio se restringe aos quatros maiores bancos dos dois países, fica acentuada a disparidade na curva. Enquanto as empresas brasileiras atingiram um pico de 30,4% em 2007, as americanas desceram à mínima de 7,1% este ano.No Brasil, os resultados do Itaú e Unibanco tiveram a melhor relação do último semestre, atingindo o patamar de 30% de rentabilidade sobre o patrimônio líquido. Nos EUA, os piores números foram do Bank of America, 5,8% e do Citigroup, -11,5%. Na comparação dos lucros em dólares nos seis primeiros meses de 2008, os resultados dos bancos brasileiros se aproximavam bastante dos registrados pelas instituições americanas, embora o valor em ativos destas últimas ainda sejam bem maiores.No primeiro semestre deste ano, o Itaú lucrou US$ 2,566 bilhões, o Unibanco, US$ 941 milhões, o Banco do Brasil, US$ 2,507 bilhões e o Bradesco, US$ 2,579 bilhões. O Goldman Sachs teve lucro de US$ 3,598 bilhões, o JP Morgan de US$ 4,736 bilhões e o Bank of America de US$ 4,620 bilhões. O Citigroup teve prejuízo de US$ 7,606 bilhões neste período.

________________________
MATÉRIA Especial

Brasil é o queridinho entre as principais economias emergentes
A mineradora sul-africana Anglo American, viveu dois milagres econômicos no Brasil. Mas foram necessários 24 anos para apostar de fato, suas fichas no País, onde fincou sua base em 1973. Até o ano passado, a operação brasileira da Anglo, era a lanterninha entre as dez subsidiárias. A entrada em minério de ferro, com a compra da MMX do empresário Eike Batista, colocou a filial em outro patamar.Hoje aparece entre os três maiores destinos de investimentos do grupo, ao lado do Chile e da África do Sul. Só esta área vai receber US$ 10 bilhões até 2010, sendo 55% apenas neste ano, um recorde na história da multinacional e talvez, o maior desembolso feito por estrangeiros neste ano de uma só vez. "O Brasil entrou no radar da Anglo. A companhia decidiu apostar alto porque quer participar deste crescimento", diz o presidente da Anglo Ferrous Brazil, Alexandre Gomes.O "radar" da Anglo dá a medida da importância que o Brasil ganhou no cenário internacional. Entre 2006 e 2007, o País teve o maior crescimento de investimentos diretos estrangeiros entre as economias emergentes, à frente de China, Índia e Rússia, segundo a Unctad, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento. O volume dobrou - saiu de US$ 18,8 bilhões para US$ 37,4 bilhões. Até julho deste ano, encostou em US$ 20 bilhões, o que leva a acreditar que o País deve atingir neste ano, o mesmo patamar de 2007, contrariando a tendência mundial, que aponta queda de 37% no fluxo de investimentos. Quando a expressão Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) foi cunhada pelo banco Goldman Sachs, há sete anos, economistas do mundo inteiro questionaram a presença do Brasil. Até 2006, ainda não havia consenso se o País poderia ou não fazer parte do bloco que dominaria a economia em 40 anos. O banco revisou suas análises e o manteve na lista.Ainda assim, para muitas multinacionais e fundos de participação estrangeiros, o Brasil só foi redescoberto mais recentemente. "O País está passando por novas fases de crescimento, diferente dos vôos de galinha de antes. Os investidores agora conseguem enxergar a longo prazo", diz o presidente da Sobeet - Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica, Luis Afonso Lima. O avanço em alguns aspectos macroeconômicos é indiscutível. Com a inflação sob controle, os juros em queda, a melhora na renda e a maior oferta de crédito, o consumo disparou, fazendo a festa das montadoras, das construtoras, das empresas de alimentos, dos bancos, das fabricantes de eletroeletrônicos e do varejo de forma geral. O Brasil ainda perde em termos de tamanho e custo de mão-de-obra, mas os estrangeiros estão sendo atraídos principalmente pelo crescimento do mercado local. Neste quesito, o País já ganha da China, iguala-se à Índia e só perde para a Rússia, segundo levantamento da Unctad e elaborado pela Sobeet. O acesso a recursos naturais e a mão-de-obra eficiente, faz o Brasil ter preferência dentro dos Brics. Daí o espantoso interesse da Anglo American, da ArcelorMittal, que na semana passada pagou US$ 830 milhões por uma única mina de ferro em Minas Gerais, e das petrolíferas. Isto, sem falar no etanol, que fez uma legião de gringos construírem ou apenas visitarem usinas por aqui.O Walmart, no País desde 1995, não teria reservado um investimento de R$ 1,8 bilhão para o próximo ano se não confiasse num bom cenário. Neste ano, a classe média tornou-se maioria (51%). Desde 2004, a rede americana já aplicou R$ 3 bilhões na operação brasileira, sendo R$ 1,2 bilhão neste ano. Hoje a filial é referência para outros emergentes. O último presidente, Vicente Trius, assumiu no ano passado a operação da cadeia de supermercados na Ásia. A expectativa em Bettonville, sede do Walmart, é que ele repita do outro lado do mundo a experiência tida aqui. O Carrefour chegou a cogitar sair do Brasil por dificuldades em competir com o alto grau de informalidade no setor. Em 2007, deu o recado contrário ao pagar R$ 2,2 bilhões (à vista) pelo Atacadão. (Agência Estado)

_______________________
ANÁLISE SETORIAL

Planos das empresas em prol do engajamento não funcionam
Segundo pesquisa do International Project Management Institute, nos últimos 10 anos, não houve crescimento significativo no índice de sucesso dos planos estratégicos. Para complicar, a avaliação de uma lista com importantes planos de empresas norte-americanas, realizada pelo Standish Group, recebeu o nome de "Chaos Report", uma vez que, enquanto apenas 26% dos projetos desenvolvidos podem ser considerados como "sucessos", 28% são fracassos confirmados e os restantes 46% não podem ser definidos como uma coisa nem outra.
Motivo

A razão desses fracassos, na opinião do coordenador do Comitê de Criação do CONARH 2008 - Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas -, Luiz Augusto Costa Leite, é que muitos empresários acreditam que o planejamento estratégico de uma empresa é uma atividade solitária ou limitada a um grupo de consultores e experts, que precisa ser seguida à risca em passos, etapas e processos pelo restante da organização. "Os gestores de pessoas e os empresários devem entender que o engajamento das equipes de trabalho é algo que se conquista ao longo do planejamento, e não depois de finalizá-lo", afirma ele.
Caso bem-sucedido
Quando o assunto é planejamento estratégico, muitos se lembram de um caso bem-sucedido, que é o da empresa canadense Cirque Du Soleil. Em maio, ao participar do 2º ConviRH - Congresso Virtual de Recursos Humanos -, Alfredo Castro, diretor-sócio da MOT - Mudanças Organizacionais e Treinamento , lembrou que, com 3,5 mil funcionários de 40 nacionalidades diferentes, crescimento anual de 15% e investimento de 70% do lucro em pesquisa e desenvolvimento, trata-se de um dos principais casos de liderança de sucesso, atualmente. Não é à toa que, em 2007, o empresário Guy Laliberté, que comanda a organização, figurou na lista dos bilionários da revista Forbes. O diretor da MOT listou algumas características de Laliberté que foram essenciais para seu sucesso à frente da administração do Cirque: Determinação; Visão; Compromisso com um ideal; Resiliência; Coragem para mudar; Prazer para educar e servir; Respeito à diversidade; Paixão pelo que faz; Visão coletiva; Crença nas pessoas. Imagine ter de lidar com 3,5 mil pessoas, originárias de vários países, que falam idiomas diferentes, e precisam se entender entre si, ou seja, necessitam trabalhar em harmonia, pois o espetáculo deve ser bom o suficiente para emocionar o público. Nas últimas décadas, mais de 50 milhões de espectadores já assistiram às apresentações do Cirque du Soleil.

__________________
EXPEDIENTE

Produção: WLine.biz - Intelligent Business Strategies / wline@wline.biz
Revisão: Professora Lúcia Iná Sá d’Oliveira / + 55 51 9299.1274

Assessoria de Imprensa: Leed Inteligência e Soluções em Comunicação
Letícia Souza - +55 51 9946.0809 / letícia@leedcomunicacao.com.br
www.leedcomunicacao.com.br

Os direitos autorais deste Blog são protegidos pela lei nº 9.610/98.
E-Press.biz - Copyright © 2008 - Todos os direitos reservados a Kátya Desessards